49
Seminários Didáticos de Pesquisa - Doutorado Alda Ernestina dos Santos 27/05/2013 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais Química de Produtos Naturais Alucinógenos

Seminário didático - Doutorado

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Seminário didático - Doutorado

Seminários Didáticos de Pesquisa - Doutorado

Alda Ernestina dos Santos

27/05/2013

1

Universidade Federal do Rio de JaneiroInstituto de Pesquisas de Produtos Naturais

Química de Produtos Naturais Alucinógenos

Page 2: Seminário didático - Doutorado

2

SUMÁRIO1– Introdução

AlucinógenosConceitos e Definições , Histórico e Classificação

2- Justificativa

3- Desenvolvimento do tema

I- AlcalóidesPrincipais tipos, classes e atividades biológicas

II- Produtos Naturais alucinógenosFontes de obtençãoOcorrência e distribuição Principais representantesEstudos FitoquímicosDrogas virtuais sonoras ( e-drugs )

4- Conclusões

Page 3: Seminário didático - Doutorado

3

Page 4: Seminário didático - Doutorado

4

Conceitos e definições

Nichols, 2004

� Alucinógeno – 1º termo a ser proposto ;

� Psicodélico – proposto em 1953 por Humpfrey Osmond e banido do meio científico em 1968;

� Psicomim ético – termo proposto em 1969;

� Enteógeno – termo proposto em 1973;

� Psicodisléptico – termo mais abrangente.

Introdução

Page 5: Seminário didático - Doutorado

5

Abordagem Histórica

Alucinógenos nas primeiras civilizações americanas

Schultes, 1976

Fig. 1: Desenho mexicano do sec. XVI. Fig. 2: Esculturas em forma de cogumelos alucinógenosdatadas de 1000-500 anos a.C.

Introdução

Fig. 3: Personagem dos videogames, inspirado nos cogum elosalucinógenos.

Page 6: Seminário didático - Doutorado

6

Abordagem Histórica

Fig. 4: Estátuas de Xochipilli, Deus das flores na cul tura asteca.

Presença na cultura asteca

Schultes, 1976

Introdução

Page 7: Seminário didático - Doutorado

7

Abordagem Histórica

Alucinógenos na Idade Média: As 3 ervas da bruxaria e a fórmula do voo

Martinez et al . (2009)

Fig. 8: Representação das bruxasda Idade Média.

Hyosciamus niger

Atropa belladonaMandragora officinarum

Fig. 5: As três parcas da mitologia grega

Fig. 6: Representação da colheita da mandrágora.

Fig. 7: Uso do meimendro como anestésico.

Introdução

Page 8: Seminário didático - Doutorado

8

Abordagem HistóricaAlucinógenos na cultura e religião brasileira: Pari cá e Ayahuasca

Martinez et al . (2009)

Fig. 10: Preparo da ayahuasca em sede do Santo Daime, RJ .

Fig. 9: Índios aspirando paricá.

Religiões Ayahuasqueiras

� Santo Daime – Raimundo Irineu Serra,1930.

� Barquinha – Daniel Pereira de Matos,1940.

� União do Vegetal – José Gabriel da Costa,1961.

Introdução

Page 9: Seminário didático - Doutorado

9

Abordagem HistóricaAlucinógenos pelo mundo

Schultes, 1976.Fig.11: Coleção de selos postais estampados com alucinó genos de diferentes locais.

Introdução

Page 10: Seminário didático - Doutorado

10

Classificação quanto a forma de obtenção

Naturais

Semi-sintéticos

Sintéticos

NH

N

O

O

N

H

N

NH

O

N

Introdução

N,N-dimetitriptamina

LSD

3,4-metilenodioxi- N-metilamfetamina(MDMA)

Page 11: Seminário didático - Doutorado

11

JUSTIFICATIVA

� Importante e interessante grupo de substâncias na q uímica de produtos naturais;

� Uso desde a antiguidade, grande importância históri ca e cultural;

� Presença na cultura e desenvolvimento de diferentes grupos étnicos, seitas e religiões;

� Substâncias alternativas no tratamento da dependênc ia química e distúrbios psíquicos;

� Grande uso como drogas recreativas;

� Incluídos na lista de substâncias controladas de di ferentes países.

Page 12: Seminário didático - Doutorado

DESENVOLVIMENTO

I - ALCAL ÓIDES

12

Page 13: Seminário didático - Doutorado

13

Alcalóides Características

� Compostos nitrogenados;

� Caráter básico ( alkali );

� Geralmente derivados de aminoácidos;

� Bases insolúveis em água;

� Sais hidrossolúveis;

� Grande diversidade;

� Diversas funções nos vegetais;

� Grande potencial farmacológico

Brielmann et al . (2006)

NH

..

Page 14: Seminário didático - Doutorado

14

Alcalóides Tipos

Dewick, 2002

VerdadeirosN no heterociclo

Originado de aminoácido

CO2H

NH2

NH2N

CO2Me

O

O

ProtoalcalóidesN fora do heterocicloOriginado de aminoácido

CO2H

NH2OHNH2

MeO

MeO

OMe

PseudoalcalóidesN no heterocicloNão originado de aminoácido

CO2HNH

Page 15: Seminário didático - Doutorado

15

Alcalóides Derivados de aminoácidos

Dewick, 2002

Chiquimato

NH

CO2H

NH2

(Trp)

CO2H

NH2OH

CO2H

NH2

CO2-

OH

OH

OH

(Tyr)

(Phe)

IndólicosΒ-carbolínicos

PirroloindólicosIndólico terpenóide

Ergot

FenetilaminasIsoquinolínicos

Pseudoalcalóides

SCoA

O

Acetato

NH2 NH2

CO2H

(Orn)NH2 NH2HO2C

(Lys)

TropânicosPirrolidínicos

Pirrolizidínicos

QuinolizidínicosPiperidínicos

Indolizidínicos

NNH

CO2H

NH2(Hys)

Imidazólicos

Ribose-5-fosfato

Page 16: Seminário didático - Doutorado

16

Alcalóides

Dewick, 2002

NH

CO2H

NH2

NH

N

NH

NH

N

NH

HO2C

NH

N

O

MeO2CTriptofano Β-carbolínico Pirroloindólico Ergot Indólico Terpenóide

CO2H

NH2OH

Tirosina

NH2OH

Fenetilamina

N

Isoquinolínico

CO2H

NH2

Fenilalanina

NH3CO

OH

O

HPseudoalcalóides

NH2 NH2

CO2H

Ornitina

N

Tropânico

NH

Pirrolidínico

N

Pirrolizidínico

NH2 NH2HO2C

Lisina

N

Quinolizidínico NH

Piperidínico

N

Indolizidínico

Anéis heterocíclicos

NNH

CO2H

NH2

Histidina

NH

NImidazólico

Page 17: Seminário didático - Doutorado

17

Alcalóides Precursores não aminoácidos

Ácido nicotínico

Piridínicos

N

CO2H

N

N

Nicotina

CO2H

NH2Ácido

antranílico

N

NN

QuinazolínicoQuinolínico

N

Acridínico

N

NHN

N

O

AMP

N

NN

NH

O

Cafeína

Dewick, 2002

Pseudoalcalóides

FenilalaninaAcetatoTerpenosEsteróides

NH

CO2H

Page 18: Seminário didático - Doutorado

DESENVOLVIMENTO

II – PRODUTOS NATURAIS ALUCINÓGENOS

18

Page 19: Seminário didático - Doutorado

19

Alucinógenos Naturais

NH

N

OH

Microorganismos

Vegetal

Animal

NH2

MeO

MeO

OMe

N

NH

O

NH2

Fontes de obtenção

Mescalina

Bufotenina

LSA

Page 20: Seminário didático - Doutorado

20

Alucinógenos Naturais

Fig. 12: Distribuição das plantas alucinógenas no rein o vegetal.

Ocorrência e distribuição

Schultes, 1976

Page 21: Seminário didático - Doutorado

21

Alucinógenos Naturais Principais Representantes

Alcaloidais� DMT� Mescalina� Psilocina� Psilocibina� Hiosciamina� Escopolamina� Ibogaína� LSA� Harmina

Não-alcaloidais� Salvinorina A� Thujona� THC

Page 22: Seminário didático - Doutorado

22

DMT (N,N-dimetiltriptamina)

Classe: Alcalóide indólico semelhante a serotonina

Fontes: P. viridis (Rubiaceae ), A. peregrina (Fabaceae) e Virola sp. (Myristicaceae )

Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT do tipo 2

Usos: Preparações indígenas como: paricá e ayahuasca

Vias de administração: Fumo, inalação (30 min de ação), injetávelou oral (3-4 hs de ação)

NH

N

NH

NH2

Richardson et al . (2007); Carlini, 2003

DMT Serotonina

Page 23: Seminário didático - Doutorado

23

DMT (N,N-dimetiltriptamina)

Fig. 13: Ayahuasca e seus derivados.

Ayahuasca

+ =

Psychotria viridisFonte de DMT

Banisteriopsis caapiFonte de MAOI Ayahuasca

Halpern, 2004

+

Mimosa hostilisFonte de DMT

Peganum harmalaFonte de MAOI

=

Anahuasca

NH

N

+NH

NH3CO =

Pharmahuasca

DMTHarmina

Page 24: Seminário didático - Doutorado

24

Efeitos da ayahuasca

Fig. 14: Ondas cerebrais, frequências e funções. Mapa s cerebrais por EEG. Hoffmann et al . (2001)

Page 25: Seminário didático - Doutorado

25

Mescalina (3,4,5-trimetoxifenetilamina)

Fig. 15: Estrutura da mescalina e sua principal fonte, o cacto L. williamsii .

Classe: Fenetilamina

Fontes: Cactáceas como Lophophora williamsii e Trichocereus sp.

Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT 2A e 2C

Usos: Enteógeno no peyotismo na NAC (Native American Church)

Vias de administração: Oral, consumo dos botões de peyote

Doses típicas: 200-400 mg ou 6-12 botões de mescal. 10-12 hs de ação

Aghajanian & Marek, 1999Richardson et al . (2007)

NH2H3CO

H3CO

OCH3

Legalidade do Uso: EUA e Canadá, permitido somente a membros da NAC

Mescalina

Page 26: Seminário didático - Doutorado

26

Psilocibina e Psilocina

Fig. 16: Espécime de P. cubensis.

Classe: Indólico (Triptamina)

Fontes: Fungos dos gêneros Psilocybe, Panaeolus e Conocybe

Mecanismo de ação: Agonista parcial de receptores 5-HT do tipo 2

Usos: Enteógeno em tribos indígenas do México e América do Sul

Vias de administração: Consumo dos cogumelos in natura ou desidratados

Doses típicas: 4-6 mg, promovendo 4-6 hs de ação

Schultes, 1976Abraham et al . (1996)

O

PO

OH

O-

NH

N+

H

NH

N

OH

PsilocibinaPsilocina

Page 27: Seminário didático - Doutorado

27

Hiosciamina e Escopolamina

Classe: Tropânicos

Fontes: A. belladona, H. niger, M. officinarum (Solanaceae ) e D. stramonium(Convolvulaceae )

Mecanismo de ação: Anticolinérgicos

Usos: Fórmula do voô e recreativo

Richardson et al . (2007); Schultes et al . (1992)

Efeitos: Delírios, perda de contato com a realidade, sono profu ndo e amnésia

O

O

OH

N

O

O

OH

N

O

(-) – hiosciamina (-) – hioscina (escopolamina)

(-) – hiosciamina(+) – hiosciaminaAtropina (-) – hioscina

(+) – hioscinaAtroscina

Page 28: Seminário didático - Doutorado

28

Ibogaína

Classe: Indólico terpenóide

Fontes: Raízes de Tabernanthe iboga (Apocynaceae )

Mecanismo de ação: Atuação sobre receptores dopaminérgicos

Usos: Enteógeno (tribos africanas), no tratamento da dependên cia química e como agente dopante por atletas

Carlini, 2003Carai et al . (1992)

Efeitos: Estado oneirofrênico (baixas doses), convulsões e parad a respiratóriaLetal (altas doses)

Fig. 17: Uso enteógeno da ibogaína em ritual Bwiti.

NH

N

H3CO

Ibogaína

Page 29: Seminário didático - Doutorado

29

LSA (Amida do ácido lisérgico)

Classe: Alcalóide do tipo Ergot

Fontes: Claviceps sp, Ipomoea violacea e Argyreia nervosa (Convolvulaceae )

Mecanismo de ação: Agonista de receptores 5-HT do tipo 2

Usos: Rituais astecas e como substituto do LSD

Halpern, 2004Richardson et al . (2007)

Doses típicas: 2-5 mg, promovendo 4-8 horas de ação

N

NH

O

NH2 N

NH

O

NN

NH

HO2C

Potencial alucinógeno(+) – ácido lisérgico (inativo)LSD > LSA (100 vezes mais potente)

(+) – ácido lisérgico LSALSD

Page 30: Seminário didático - Doutorado

30

Harmina

Classe: β-Carbolínico

Fontes: Largamente distribuída (vegetais, insetos, mamíferos )

Mecanismo de ação: Inibidor da MAO-A e afinidade por receptores 5-HT 2A/2C

Usos: Preparo da ayahuasca

Patel et al. (2012)Brierley & Davidson, 2012

Concentração na ayahuasca: 30 mg de harmina em 200 mL do chá

Doses típicas: 300- 400 mg com 4-8 horas de ação

NH

NH3CO

NH

N

NH

NH3CO

Harmina

Harmano

Harmalina

Page 31: Seminário didático - Doutorado

31

Salvinorina A

Classe: Diterpeno

Fontes: Salvia divinorum (Lamiaceae )

Mecanismo de ação: Agonista do receptor κ-opióide

Usos: Recreativo e em rituais indígenas de profecias

Prisinzano, 2005Johnson et al . (2011)Appel & Kim-Appel, 2007Fig. 18: Produto comercial a base de S. divninorum .

Vias de administração: Fumo: forma pura, ativo a 200-500 µg, com 15-30 min de ação; Folhas de S. divinorum com ação de 30-60 minutos

Legalidade do Uso: Tanto salvinorina A quanto S. divinorum têm sidoproibidas em vários países

O

O

O OH

OH H

O

O

O

Salvinorina A

Page 32: Seminário didático - Doutorado

32

Thujona

Classe: Monoterpeno

Fontes: Artemisia absinthium (Asteraceae )

Mecanismo de ação: Antagonista do receptor GABA A

Usos: Recreativo

Pelkonen et al . (2013)Padosh et al . (2006)Olsen, 2000

Vias de administração: Absinto, bebida alcoólica a base de A. absinthium

OH OH

Forma α cerca de 2-3 vezes mais potente que a forma β

Efeitos: Convulsivante, neurotóxica, agressividade e alucinaç ões visuais

α-thujonaβ-thujona

Page 33: Seminário didático - Doutorado

33

Thujona

Smith, 2006Fig. 19: Natureza morta com Absinto e Auto-Retrato, ob ras de Van Gogh. Absinto comercial.

Absinto

� Lançamento na França em 1797� Banida em 1915� Alto teor alcoólico (40-85%)� Conhecida popularmente por Green fairy� Van Gogh e o absinthismo

Page 34: Seminário didático - Doutorado

34

∆9 –THC (delta-9-tetraidrocanabinol)

Classe: Canabinóide

Fontes: Cannabis sativa (Cannabaceae )

Mecanismo de ação: Atuação sobre receptores canabinóides CB-1

Usos: Recreativo

Brenneisen, 2007; Huestis & Smith, 2007

Vias de administração: Oral ou fumo das folhas de C. sativa

Doses típicas: 2-5 mg com 3-5 horas de ação

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

10 20 30 40 50 60 70 80 90 2000 2010-2013

Década

Est

udos

Fonte: Science Direct. Acesso em 07/05/13.

117 383 451 581 10474316

8125

15427

25226

69593301

Fig. 20: Estudos científicos com THC.

O

OH

Page 35: Seminário didático - Doutorado

35

Alucinógenos Naturais Elucidação Estrutural da Atropina

Fig. 21:Elucidação da atropina através de reações quími cas.

Fonte: Martinez et al . (2009)

Page 36: Seminário didático - Doutorado

36

Alucinógenos Naturais Isolamento e Elucidação Estrutural

Brandt & Martins, 2010

� CCD

� SPE e MSPD (Dispersão da Matriz em Fase Sólida)

� CG-EM (EI/IT)

� CLAE-DAD

� CLAE-EM/EM (APCI/ESI);

� Variedade de fases estacionárias

� qRMN e RMN

Page 37: Seminário didático - Doutorado

37

Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos

Fig. 22: Cromatograma (SPE-CG-EM) do vinho da jurema e ayahuasca em modo full scan (A e C) e em m/z 57-59 (B e D).

SPE( PMDS/DVB). Coluna SLB-5 (30m x 0.25 mm x 0.25 µm); Temp. 50-280 oC (20 oC/min);Gás de arraste: He; Fluxo: 1 mL/min

Page 38: Seminário didático - Doutorado

38

Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos

Fig. 23: Cromatograma CLAE- FLD de brancos de urina (A ) e soro (C), urina (B) e soro (D) apos consumo de A. nervosa.

Coluna C 18 (100x4.6 mm); Temperatura 55 oC; Fase móvel: A= MeOH; B=ACN; C= CHOONH 4 (pH=6.6); 0-6 min = Isocratico (30%A) e (70%C); 7-20 min gradiente (85%A )-(10%B)-(5%C).Fluxo: 0.7 mL/min

Page 39: Seminário didático - Doutorado

39

Alucinógenos Naturais Estudos Fitoquímicos

� Maior rapidez� Não-derivatização� Análise não destrutiva� Informações estruturais� Boa sensitividade (sinal intenso em 2.7 ppm)� Facilidade no preparo da amostra� DMBO - bom padrão interno (não se sobrepõe aos sinais da amo stra)

Vantagens do m étodo

Page 40: Seminário didático - Doutorado

40Bruker DPX 300 MHz; 298 K; Probe Multinuclear (5mm); Solvente: CDCl 3; Padrão interno DMBO.

δ (ppm)

Fig. 24: Espectro de RMN 1H de solução contendo DMT e DMBO, destaque dos sinais u sados na quantificação.

Page 41: Seminário didático - Doutorado

41

Drogas Virtuais Sonoras ( e-drugs)

� O que são?

� I-doser

� Como funcionam?

� Fenômeno na França e EUA

� 2009 – Mais de 10 milhões de downloads

Fig. 25: Funcionamento das ondas binaurais. Principai s tipos de ondas cerebrais.

Page 42: Seminário didático - Doutorado

42

Page 43: Seminário didático - Doutorado

43

CONCLUSÕES

� Os alucinógenos constituem um interessante grupo de substâncias na química de produtos naturais;

� Agem sobre receptores diversos, provocando efeitos variados;

� Pertencem a diferentes classes de metabólitos secun dários. No entanto, a maioria é do tipo alcaloidal;

� Uso alternativo no tratamento de distúrbios diverso s;

� Uso no passado X uso atual;

� Possíveis drogas de abuso;

� Importância química, histórica e evolutiva

Page 44: Seminário didático - Doutorado

“ A mente que se abre a uma nova id éia jamais voltará ao seu tamanho original. ”

Albert Hofmann

Page 45: Seminário didático - Doutorado

45

REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

� ABRAHAM, H.D.; ALDRIDGE, A.M.; GOGIA, P. The psycho pharmacology of hallucinogens. Neuropsychopharmacology, v. 14, n. 4 , p. 285-298. 1996.

� AGHAJANIAN, G.K.; MAREK, G.J.; Serotonin and halluc inogens. Neuropsychopharmacology, v. 21, n. 2S, p. 16 S-23 S . 1999.

� APPEL, J.; KIM-APPEL, D. The rise of a new psychoac tive agent: Salvia divinorum . International Journal of Menthal Health and Addictio n, 5, 248-253. 2007.

� BRENNEISEN, R. Chemistry and analysis of phytocanna binoids and other Cannabis constituents, p. 17-50. In: ELSOHLY, M.A. Marijuana and the cannabinoids. New Jersey: Humana Press. 2007.

� BRIELMANN, H.L.; SETZER, W.N.; KAUFMAN, P.B.; KIRAK OSAN, A.; CSEKE, L.J. Phytochemicals: the chemical components of plants, p. 30-36. In: CSEKE, L.J. et al. Natural products from plants. Boca Raton: Taylor & Francis Group. 2006.

Page 46: Seminário didático - Doutorado

46

� BRIERLEY, D.I.; DAVIDSON, C. Developments in harmin e pharmacology –implications for ayahuasca use and drug-dependence t reatment. Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, 3 9, p. 263-272, 2012.

� CARAI, M.A.M.; AGABIO, R.; BOMBARDELLI, E.; BOUROV, I.; GESSA, G.L.; LOBINA, C.; MORAZZONI, P.; PANI, M.; REALI, R.; VAC CA, G.; COLOMBO, G. Potential use of medicinal plants in the treatment of alcoholism. Fitoterapia, 71, p. S38-S42. 2000.

� CARLINI, E.A. Plants and the central nervous system . Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 75, p. 501-512. 2003.

� DEWICK, P.M. Medicinal natural products: a biosynth etic approach. 2a ed. Chichester: John Wiley & Sons, 2002. 507p.

� GAUJAC, A.; AQUINO, A.; NAVICKIENE, S.; ANDRADE, J. B. Determination of N,N-dimethyltryptamine in Mimosa tenuiflora inner barks by matrix solid-phase dispersion procedure and GC-MS. Journal of Chromato graphy B, 881, p. 107-110. 2012.

� HALPERN, B.L. Hallucinogens and dissociative agents naturally growing in the United States. Pharmacology & Therapeutics, 102, p. 131-138. 2004.

Page 47: Seminário didático - Doutorado

47

� HOFFMANN, E.; HESSELINK, J.M.K.; BARBOSA, Y. W.M.S. Effects of psychedelic, tropical tea, Ayahuasca, on the electroencephalogra phic (EEG) activity of the human brain during a shamanistic ritual. MAPS Bulle tin, p. 25-30. 2001.

� HUESTIS, M.A.; SMITH, M.L. Human cannabinoid pharmac okinects and interpretation of cannabinoid concentrations in biol ogical fluids and tissues, p. 205-236. In: ELSOHLY, M.A. Marijuana and the cannab inoids. New Jersey: Humana Press. 2007.

� JOHNSON, M.W.; MACLEAN, K.A.; REISSIG, C.J.; PRISIN ZANO, T.E.; GRIFFITHS, R.R. Human psychopharmacology and dose-effects of s alvinorin A, a kappa opioidagonist hallucinogen present in the plant Salvia divinorum . Drug and Alcohol Dependence, 115, p. 150-155. 2011.

� MARTINEZ, S.T.; ALMEIDA, M.R.; PINTO, A.C. Alucinóg enos naturais: um vôo da Europa medieval ao Brasil. Química Nova, v. 32, n. 9, p. 2501-2507. 2009.

� MOURA, S.; CARVALHO, F.G.; OLIVEIRA, C.D.R.; PINTO, E.; YONAMINE, M. qNMR: an applicable method for the determination of dimet hyltryptamine in ayahuasca, a psychoactive plant preparation. Phytochemistry Lette rs, 3, p. 79-83. 2010.

Page 48: Seminário didático - Doutorado

48

� NICHOLS, D.E. Hallucinogens. Pharmacology & Therape utics, 101, p. 131-181. 2004.

� OLSEN, R.W. Absinthe and γ-aminobutyric acid receptors. PNAS, v. 97, n. 9, p. 4417-4418. 2000.

� PADOSCH, S.A.; LACHENMEIER, D.W.; KRONER, L.U. Absi nthism: a fictitious 19th century syndrome with present impact. Substance Abu se Treatment, Prevention and Policy, v. 1, n. 14, 14p. 2006.

� PAULKE, A.; KREMER, C.; WUNDER, C.; TOENNES, S.W. A nalysis of lysergic acid

amide in human serum and urine after ingestion o Argyreia nervosa .

Analytical, Bioanalytical Chemistry, n. 404, p. 531- 538. 2012.

� PATEL, K.; GADEWAR, M.; TRIPATHI, R.; PRASAD, S.K.; PATEL, D.K. A review on medicinal importance, pharmacological activity and bioanalytical aspects of beta-carboline alkaloid “Harmine”. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, p. 660-664. 2012.

Page 49: Seminário didático - Doutorado

49

� PELKONEN, O.; ABASS, K.; WIESNER, J. Thujone and thu jone-containing herbal medicinal and botanical products: toxicological ass essment. Regulatory Toxicology and Pharmacology, 65, 100-107. 2013.

� PRISINZANO, T.E. Psychopharmacology of the hallucin ogenic sage Salvia divinorum . Life Sciences, 78, p. 527-531. 2005.

� RICHARDSON, W.H.; SLONE, C.M.; MICHELS, J.E. Herbal drugs of abuse: an emerging problem. Emergency medicine clinics of Nor th America, 25, p. 435-457. 2007.

� SCHULTES, R.E. Hallucinogenic plants: a golden guid e. New York: Golden Press, 1976. 160p.

� SMITH, P.E.M. Absinthe attacks. Practical Neurology , 6, p. 376-381. 2006.