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SÉRIE: INICIAÇÃO CIENTÍFICA E GESTÃO AMBIENTAL: UNIÃO QUE DÁ CERTO - I Alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da FATEC Jundiaí desenvolvem projetos de Iniciação Científica em parceria com a Agência de Inovação do Centro Paula Souza Orientados pela professora Ana Carolina Barros De Gennaro Veredas, alunos do Curso de Gestão Ambiental desenvolveram e desenvolvem projetos de Iniciação Científica sobre prevenção de impactos no uso de agrotóxicos, utilização do biogás como forma geradora de energia elétrica (que será tratado nesta matéria) e análise de possíveis melhorias ao perímetro da Fatec e suas áreas adjacentes em termos de eficiência energética e mobilidade urbana. O projeto “Estudo de Valorização Energética do Biogás em Aterro Sanitário”, desenvolvido pela aluna Viviane Hernandes, formanda de 2014, sob a co-orientação do professor João Carlos dos Santos, em parceria com o Grupo Essencis, de Caieiras, se debruça sobre a energia renovável, fornecida pelo biogás. O estudo buscou analisar o potencial de geração de biogás de um aterro sanitário, verificando a possibilidade de valorizá-lo como forma geradora de energia elétrica através de um sistema de aproveitamento energético, a termelétrica. “O biogás de aterro sanitário é uma fonte viável e renovável de energia, já em pleno uso em muitos aterros sanitários no mundo. No Brasil, é ainda necessário avançar no aperfeiçoamento e ampliação deste uso. Sendo assim, o estudo da valorização energética do biogás em aterro sanitário é de fundamental importância, visando melhorar a condição sanitária brasileira, com a gestão adequada dos resíduos sólidos e o aproveitamento energético do biogás nos aterros sanitários, afirma Ana Carolina, orientadora do projeto. Para obter informações sobre o tipo de resíduo gerado de acordo com sua quantidade e qualidade, que varia de uma região a outra, foi utilizado o estudo gravimétrico de resíduos sólidos urbanos, (que serve para conhecer a composição do resíduo por tipologia e quantidade) que são enviados ao aterro Essencis, sendo este o início do projeto. Estas informações servem também para direcionar quais ações de reciclagem são melhor indicadas, podendo ser tomadas iniciativas juntamente à esfera administrativa, norteando a respeito do planejamento de novas ações que visem minimizar a quantidade de resíduos sólidos urbanos.

Série - Iniciação Científica e Gestão Ambiental - União que dá certo - I

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SÉRIE: INICIAÇÃO CIENTÍFICA E GESTÃO AMBIENTAL: UNIÃO QUE DÁ

CERTO - I

Alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da FATEC Jundiaí

desenvolvem projetos de Iniciação Científica em parceria com a Agência de Inovação do

Centro Paula Souza

Orientados pela professora Ana Carolina Barros De Gennaro Veredas, alunos do

Curso de Gestão Ambiental desenvolveram e desenvolvem projetos de Iniciação Científica

sobre prevenção de impactos no uso de agrotóxicos, utilização do biogás como forma

geradora de energia elétrica (que será tratado nesta matéria) e análise de possíveis melhorias

ao perímetro da Fatec e suas áreas adjacentes em termos de eficiência energética e mobilidade

urbana.

O projeto “Estudo de Valorização Energética do Biogás em Aterro Sanitário”,

desenvolvido pela aluna Viviane Hernandes, formanda de 2014, sob a co-orientação do

professor João Carlos dos Santos, em parceria com o Grupo Essencis, de Caieiras, se debruça

sobre a energia renovável, fornecida pelo biogás. O estudo buscou analisar o potencial de

geração de biogás de um aterro sanitário, verificando a possibilidade de valorizá-lo como

forma geradora de energia elétrica através de um sistema de aproveitamento energético, a

termelétrica. “O biogás de aterro sanitário é uma fonte viável e renovável de energia, já em

pleno uso em muitos aterros sanitários no mundo. No Brasil, é ainda necessário avançar no

aperfeiçoamento e ampliação deste uso. Sendo assim, o estudo da valorização energética do

biogás em aterro sanitário é de fundamental importância, visando melhorar a condição

sanitária brasileira, com a gestão adequada dos resíduos sólidos e o aproveitamento energético

do biogás nos aterros sanitários”, afirma Ana Carolina, orientadora do projeto.

Para obter informações sobre o tipo de resíduo gerado de acordo com sua quantidade e

qualidade, que varia de uma região a outra, foi utilizado o estudo gravimétrico de resíduos

sólidos urbanos, (que serve para conhecer a composição do resíduo por tipologia e

quantidade) que são enviados ao aterro Essencis, sendo este o início do projeto. Estas

informações servem também para direcionar quais ações de reciclagem são melhor indicadas,

podendo ser tomadas iniciativas juntamente à esfera administrativa, norteando a respeito do

planejamento de novas ações que visem minimizar a quantidade de resíduos sólidos urbanos.

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Com os dados dos estudos gravimétricos, foram utilizados dois métodos matemáticos

reconhecidos internacionalmente (IPCC e USEPA) para estimar a quantidade de biogás

gerado nas condições apresentadas, ambos apontando para a viabilidade da implantação do

sistema de aproveitamento energético. Alguns cenários foram avaliados e a projeção da

produção de biogás apontou geração até o ano de 2100, dependendo do cenário e modelo

avaliado, com uma produção total estimada de biogás média de 1,10 x 1010

m3, equivalente a

um potencial energético de 1,72 x108 GJ.

“Escolhemos o biogás, pois um de seus componentes é o gás metano, um dos

causadores do efeito estufa quando liberado na atmosfera. Quando o biogás é utilizado, o

metano não é liberado”, diz Viviane, que tem como projeção transformar o trabalho em

artigos para serem publicados em revistas científicas.

Sobre a experiência: “achei muito importante [participar deste projeto de Iniciação

Científica], principalmente por beneficiar tanto a mim, quanto ao conhecimento e também à

FATEC, por meu trabalho servir como fonte de estudo e de possível continuidade”, e

acrescenta: “Gostaria de agradecer à FATEC, por proporcionar outras formas de pesquisas,

também à minha orientadora, Ana Carolina, que me incentivou no projeto, e a outros

colaboradores, que também me ajudaram na elaboração do trabalho”.