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Simulado de linguagens, códigos e suas tecnologias

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

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TEXTO 1

ENERGIA – O BRASIL NA CONTRAMÃO?

O Ministério de Minas e Energia publicou recentemente o Plano Decenal de Expansão de Energia para os próximos dez anos, em que se prevê

um aumento substancial da geração de energia elétrica com usinas termoelétricas, usando carvão, óleo diesel

e óleo combustível, principalmente nos Estados do Norte do país.

Em termos práticos o que isso significa é que a tradicional energia hidrelétrica (limpa e renovável), na qual se baseou a industrialização do país e

que hoje representa 84% da capacidade instalada, vai cair para 76%.

A Empresa de Planejamento Energético (EPE), responsável pelos leilões de energia, tem uma explicação simples para o que está ocorrendo: a culpa é dos ambientalistas, que criam obstáculos ao licenciamento

e à construção de novas usinas hidrelétricas, principalmente na Amazônia.

A EPE argumenta que as termoelétricas constantes do Plano Decenal "são resultado dos leilões realizados" – o que é verdade. O que a EPE não diz é que os leilões são organizados de acordo com o modelo energético adotado no começo do governo atual e que ele é realmente responsável pelo que está ocorrendo.

De acordo com esse modelo, vencem os leilões os empreendedores que oferecerem energia pelo menor custo quando a usina começar a funcionar.

Aparentemente, esse é um bom sistema, porque favorece os consumidores, mas tem o resultado perverso que favorece também as usinas que podem ser construídas rapidamente, mesmo que sejam poluentes.

Fonte: GOLDEMBERG, José. “Energia – o Brasil na contramão?”. In jornalO Estado de S. Paulo. 16/2/2009 (fragmentos).

TEXTO 2

DE VOLTA AO CANDEEIRO E AO CARRO DE BOI

Que tal dizermos agora aos milhões de brasileiros retirados da pobreza e que recém-ingressaram nas primeiras faixas do consumo que eles podem tudo, menos… consumir energia?

Energia elétrica não brota dos roçados nem cai do céu, como a chuva. Precisa ser produzida, e é cara. As

opções são poucas: as térmicas alimentadas por petróleo ou carvão, as usinas nucleares e as hidroelétricas, disponíveis em poucos países. O Brasil é um deles e dos mais ricos em recursos hídricos. Mas querem que desse recurso (limpo, renovável e menos caro) abramos mão, como querem que abramos mão da alternativa nuclear, embora sejamos possuidores de uma das maiores reservas de urânio do mundo.

Mas saberão os inocentes do Leblon o que faz o governo quando a geração de energia elétrica, no Brasil derivada principalmente das hidroelétricas, não atende à demanda? Aciona as termelétricas movidas a diesel ou carvão mineral, os campeões em emissão de CO2 , aumentando o aquecimento global. Em resumo: lutar contra hidrelétricas e usinas nucleares é defender a fonte fóssil. Não tem saída.

Falar nas alternativas eólica ou solar em termos de alternativas para o país (produção em grande escala) é ignorar que essas fontes são ainda caras, tecnologias em desenvolvimento, mesmo pouco eficientes. Hoje, essas fontes geram 1.436 MW e podem chegar, em 2020,

a 6.041 MW. Ora, isso representará apenas 3,59% do total de energia de que necessitaremos naquele ano. Basear nessas fontes nosso futuro energético…

Voltemos para o candeeiro a azeite e ao carro de boi. Voltemos nós, pois os ricos já estão comprando apartamentos em Miami.

Fonte: AMARAL, Roberto. “De volta ao candeeiro e ao carro de boi”. Inrevista CartaCapital. 13/12/2011 (fragmentos).

TEXTO 3

Fonte: BORGES, Juliana. Disponível em http://pele-da-terra.deviantart.com/ Acesso em 5/2/2012.

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REDAÇÃO

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PROPOs tA DE REDAÇÃO:

Com base na compreensão dos textos motivadores e em seus conhecimentos prévios, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

PRODuÇÃO EnERgét icA bRAsi lEiRA: é POssívEl cOnc i l iAR ExPAnsÃO, DEsEnvOl vimEn tO sOciAl E sustEn tAbi l iDADE?

Observações:•Seu texto deve:

• ser redigido em norma culta escrita do português;• conduzir a uma proposta de intervenção para a temática em questão;• respeitar os direitos humanos.

•O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.•O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.•O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.•A redação deve ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1026534-pais-usa-energia-suja-no-horario-de-pico.shtml, com dados da Aneel. Acesso em 22/1/2012.

2011 2014*2012* 2013*

68.003 71.72275.004

80.32683.977

TEXTO 4

FALTA DE HIDRELÉTRICAS

Carga exigida no país (em MW)

2011 2014*2012* 2013*

Reserva de hidrelétrica em queda no país, em %

19

1311

7

4

Enquanto o consumo de pico sobe no Brasil, a capacidade das hidrelétricas de suprir essa demanda cai. A solução, mais cara e poluente, tem sido o uso das termelétricas

2010* Previsão

2010* Previsão

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Qu Es tÃO 1

Estamos num momento de superação do binômio centro/periferia, pois os intercâmbios sociais levam ao cruzamento de barreiras geoculturais. Os mapeamentos nos informam que a comunicação urbana desses

novos atores culturais transbordam as atividades locais. As práticas de periferia deixam seus signos em vários trajetos e percursos da cidade, operando com interações artísticas questionadoras do establishment. Por exemplo, os grafites enunciam um modo de comunicação com interações de grupos distintos, disputando territórios físicos e simbólicos, ou mesmo construindo relações de solidariedade com outros “pedaços” urbanos, evidenciando uma dinâmica viva no fazer cultural.

Fonte: SOUZA, Valmir de. “Globalização e periferia”. In: Le Monde Diplomatique Brasil, julho/2011. Disponível em: http://www.

diplomatique.org.br/artigo.php?id=960. Acesso em 10/2/ 2012 (fragmento).

O autor defende a ideia de que o grafitea)é arte típica de periferia e deveria por isso restringir- se a esse espaço.b)ilustra como as barreiras geoculturais vêm sendo superadas na cidade.c)causa problemas como as disputas por territórios físicos e simbólicos.d)é uma forma de comunicação entre grupos segregados e periféricos.e) mostra como uma prática artística pode

confirmar oestablishment.

Qu Es tÃO 2

Fonte: disponível em http://voices.allthingsd.com/files/2008/12/1188.gif.Acesso em 22/1/2012.

No cartum, a expressão que ajuda o leitor a estabelecer relações com o discurso de sustentabilidade é

a) “real gift ”.b) “stupid gift ”.c) “handmade”.d) “green gift ”.e) “hide the axe”.

Qu Es tÃO 3

Fonte: Disponível em: http://www.joyoftech.com/joyoftech/ joyimages/881.gif. Acesso em 22/1/2012.

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As expressões linguísti cas e as representações de costumes tí picos em festas de aniversário concorrem para que o texto tenha a função de

a)causar o humor e o deboche, ao satirizar o uso de aparelhos tecnológicos em situações inadequadas.b)promover o consumo, ao ilustrar a diversidade de meios tecnológicos que podem ser oferecidos como presentes.c)provocar o riso e a reflexão, ao ironizar o rápido envelhecimento de recursos tecnológicos.d)criticar as relações sociais, ao representar os processos de desumanização causados pelas tecnologias.e)regulamentar as normas de etiqueta, ao indicar possíveis usos das tecnologias.

Qu Es tÃO 4Text 1

Leonard Hofstadter and Sheldon Cooper are both brilliant physicists. They are colleagues, best friends, and roommates, although in all capacities their relationship is always tested primarily by Sheldon's regimented, deeply eccentric, and non-conventional ways. They are also friends with their Cal Tech colleagues mechanical engineer Howard Wolowitz and astrophysicist Rajesh

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Koothrappali. The foursome spend their time working on their individual work projects, playing video games, watching science-fiction movies, or reading. As they are self-professed nerds, all have litt le or no luck with popular women.

Fonte: “Huggo”. The Big Bang Theory storyline (fragmento). Disponível em: http://www.imdb.com/title/tt0898266. Acesso em 22/1/2012.

Text 2A woman who moves into an apartment next door to

two brilliant but socially awkward physicists shows them how little they know about life outside of the laboratory.

Fonte: “Huggo”. The Big Bang Theory storyline (fragmento). Disponível em: http://www.imdb.com/title/tt0898266. Acesso em:22/1/2012.

Os textos são resenhas da série The Big Bang Theory. A palavra que no texto 1 serve para tipificar

comportamentos como o que foi destacado no texto 2 é

a) colleagues.b) roommates.c) foursome.d) self-professed.e) nerds.

Qu Es tÃO 5

Quando começou a ensinar balé clássico a adolescentes cegas, a professora de dança Fernanda Bianchini ouviu de muitos colegas que seria impossível transformar as moças em bailarinas, pois era preciso que o aluno enxergasse os movimentos para poder imitá-los. O início foi de fato desanimador. Tentava ensinar posições e passos ajustando braços e pernas das meninas – as sequências eram reproduzidas, mas logo se afrouxavam. A turma começou a progredir quando as próprias alunas sugeriram um método de aprendizado que se revelou muito mais eficiente: pediram para

tocar o corpo de Fernanda enquanto ela fazia cada movimento.

Fonte: “A dança das bailarinas cegas. Mente e cérebro”, 13 de setembro de 2011. Disponível em

http://184.173.8.24/index.php/escola/canais-escola/ educacao-fisica-adaptada/19488-a-danca-das-bailarinas-cegas.

Acesso em 1/2/2012 (fragmento).

Da experiência relatada, apreende-se que a inclusão em práti cas como o balé

a)avança com repetições nas práticas dos movimentos.b)deve partir de profissional sem necessidades especiais.c)precisa buscar alternativas de adaptação para as diferenças.d)depende do esforço individual para a superação dos limites.e)fica impedida pelos limites trazidos pelas necessidades especiais.

Qu Es tÃO 6Texto 1

Fonte: disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/File:MagrittePipe.jpg.Acesso em 29/1/2012.

Texto 2

Fonte: disponível em http://www.banksy.co.uk/indoors/pipe.html.Acesso em 29/1/2012.

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No texto 1, reprodução da pintura surrealista de Magritte, a frase em francês significa “Isto não é um cachimbo”. No texto 2, reprodução da intervenção do arti sta contemporâneo e britânico Banksy, a frase em inglês pode ser traduzida por “Isto é um cano” ou “Isto é um cachimbo”, já que “pipe” pode significar cano ou cachimbo, conforme o contexto. A relação que esse texto estabelece com o primeiro é de

a)paródia, já que a pintura original é relembrada para trazer novas ideias sobre a arte e a realidade.b)imitação, à medida que as formas básicas e a estrutura linguísti ca originais são preservadas.c)repetição da ideia de que a arte revela a realidade, mas com a alteração da forma e das palavras.d)sátira ao ideal surrealista de fazer arte representativa, por meio da ambiguidade de sentidos do termo “pipe”.e)afirmação da ideia de autonomia da arte, com a exploração de representações figurativas e realistas.

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Qu Es tÃO 7

Fonte: disponível em http://ooutroladodalaura.blogspot.com/. Acessoem 28/1/2012.

A interpretação que a personagem faz do que a outra leu concorre na ti rinha para efeitos de humor e criticidade porque

a) reconhece a diversidade de biotipos e belezas.b) trata da aparência física como valor essencial.c) sugere algo fora dos padrões de beleza atuais.d) expressa uma sinceridade própria entre amigas.e) contraria discursos impostos à beleza feminina.

Fonte: AZEVEDO, Aluísio. O Mulato, 11ª ed., São Paulo: Editora Ática, 1992,pg. 15 (fragmento).

Na descrição literária de uma cena da cidade de São Luís (MA) do século XIX, há predomínio de um dos procedimentos tí picos da estética naturalista , que é

a)o uso do humor para criticar problemas sociais, como ocorre na representação da alegria e dos costumes dos moradores.b)a caracterização idealizada de protagonistas femininas, como acontece na referência à personalidade e à aparência de Carolina.c)a incorporação de vozes socialmente marginalizadas, como ocorre com o foco narrativo ocupado pela voz tísica da mulher.d)o emprego de palavras e imagens que animalizam o humano, como acontece em referências aos personagens.e) a utilização de recursos expressivos da

subjetividade,

Qu Es tÃO 9Texto 1

Fonte: disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/File:We_Can_Do_It!.jpg. Acesso em 30/1/2012.

Texto 2

Qu Es tÃO 8

A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada, de mulher, cantar em falsete a “gentil Carolina era bela”; do outro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: “Fígado, rins e coração!’’ Era uma vendedeira de fatos

de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada, os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel.

Fonte: disponível em: http://juliestagis.wordpress.com/2008/09/22/barock-obama/. Acesso em 29/1/2012.

como o uso de exclamações na fala do narrador.

plano de governo.

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O texto 1, de autoria do arti sta pop J. Howard Miller, retrata a norte-americana Geraldine Doyle, que se tornou um ícone do período da II Guerra Mundial ao posar com seu uniforme de trabalhadora industrial dizendo: “We can do it!” (Nós podemos fazer!). Em 2008, na campanha presidencial norte-americana, foi divulgada uma montagem baseada no trabalho de

Miller, com o slogan: “Yes, we can!” (Sim, nós podemos!). Além das imagens e da expressão verbal, esse texto procura evocar do primeiro a ideia de que

a)os setores industriais devem ter prioridade no desenvolvimento do país.b)atores sociais podem conquistar funções que antes lhes eram negadas.c) a ampliação de postos de trabalho deve ser parte

do

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d)os cidadãos precisam estar preparados para as imposições da guerra.e)as mulheres devem ter papel predominante no projeto de um governo.

Qu Es tÃO 10

Uma tarde surpreendi no oitão da capela Luís Padilha discursando para Marciano e Casimiro Lopes:

–Um roubo. É o que tem sido demonstrado categoricamente pelos filósofos e vem nos livros. Vejam: mais de uma légua de terra, casas, mata, açude, gado, tudo de um homem. Não está certo.

Marciano, mulato esbodegado, regalou-se, entronchando-se todo e mostrando as gengivas banguelas:

–O senhor tem razão, Seu Padilha. Eu não entendo, sou bruto, mas perco o sono assuntando nisso.

Casimiro Lopes franziu as ventas, declarou que as coisas desde o começo do mundo ti nham dono.

–Qual dono!, gritou Padilha. O que há é que morremos trabalhando para enriquecer os outros.

Saí da sacristia e estourei:–Por esta vez passa. Mas se me constar que vocês

andam com saltos de pulga, chamo o delegado de polícia, que isto aqui não é a Rússia, estão ouvindo? E sumam-se.

Fonte: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 87ª. ed. Rio de Janeiro: Record,2008, p.68-69 (fragmentos).

Nessa passagem de São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos, o discurso defendido por Padilha e combatido pelo narrador e personagem central, Paulo Honório, remete às ideias

a) iluministas, que motivaram a Revolução de 1789.b) nacionalistas, defendidas na Revolução de 1930.c) socialistas, que implicaram a Revolução de 1917.d) capitalistas, presentes na tensão da Guerra Fria.e) anticomunistas, presentes na Revolução de 1964.

Qu Es tÃO 11

Texto 1Canção do exí l io

Eu morro sufocado em terra estrangeira.Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosasmas custam cem mil réis a dúzia.Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Fonte: MENDES, Murilo. In BASTOS, Alcmeno. Poesia Brasileira e Estilos

Texto 2

SaBiá

Vou voltarSei que ainda vou voltar Vou deitar à sombraDe uma palmeira Que já não há Colher a florQue já não dá E algum amorTalvez possa espantarAs noites que eu não queira E anunciar o dia.

Fonte: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86043/. Acesso em7/2/2012 (fragmento).

O poema e a canção retomam e atualizam a Canção do exílio, de Gonçalves Dias, ao

a)tematizar a saudade da terra natal e enaltecer os costumes de suas culturas locais.b)louvar os elementos da natureza e as ações de preservação que os mantêm acessíveis.c)retomar a sensação de estar no exílio e idealizar positivamente elementos da terra distante.d)expressar relações com elementos da terra distante e a percepção de que esses sofreram mudanças.e)manifestar o desprezo pelos elementos da terra ausente e a satisfação com a vida no exílio.

Qu Es tÃO 12

Fonte: 28º Anuário do Clube de Criação de São Paulo (vários autores).2008. Pg. 201.

de Época. 2. ed., Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004, p.125 (fragmento). da campanha.

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A intervenção feita em espaços públicos e reproduzida acima construiu um texto explorando

a)a coincidência de sentidos de uma palavra e deum desenho e o conhecimento prévio dos receptores sobre a data.b)a combinação de cores, formas, frases e números e o conhecimento prévio dos receptores sobre os autores

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c)a ambiguidade de sentidos de um sinal de trânsito e o conhecimento prévio dos receptores sobre os objetivos da campanha.d)a imitação da forma de um objeto e o conhecimento prévio dos receptores sobre os modos de fazer campanha publicitária.e)a semelhança geométrica entre as formas de dois objetos e o conhecimento prévio dos receptores sobre um sinal de trânsito.

Qu Es tÃO 13

Fonte: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Outdoor da Campanha depromoção da igualdade no trabalho.

Disponível em: http://www.prt4.mpt.gov.br/pastas/publicacoes/ imagens/campanhas/iguald_mulher_merc_trab/ID0185-OutdoorMPT.jpg.

Acesso em 2/2/2012.

O texto procura criar em seus leitores uma noção de diferença que

a)é negativa, por reforçar que as mulheres ainda sofrem discriminação no trabalho.b)se desconstrói, ao indicar que não haja mais diferenças entre homens e mulheres.c)é positiva, por sugerir a especificidade dos gêneros e a igualdade entre eles no trabalho.d)é idealista, por ignorar a realidade de exclusão em que ainda vive parte das trabalhadoras.e)se anula, por desconsiderar a crescente supremacia feminina no mercado de trabalho.

Qu Es tÃO 14

Como p roTeger Sua rede ConTr a haCkerS eSperToS?

Um de seus empregados mais novos recebe um telefonema de um técnico de manutenção de computadores. “Meu nome é José da Silva”, diz o técnico. “A rede de sua empresa está com problemas e eu

estou trabalhando nisso. Preciso que você digite alguns comandos.”

A pessoa ao telefone pede então ao funcionário que identifique seu computador. “A-ha”, diz ele. “Essa é a máquina que está causando os problemas. Preciso de

Depois que a pessoa tiver essas informações, você pode ter um problema de roubo de identidade. Ele tem uma rota para entrar no seu sistema e saber como sua rede está estruturada. Se você tiver um banco de dados de clientes e seus cartões de crédito, ele pode baixá-lo. Ou ele pode entrar em sua folha de pagamento, em que vai encontrar números de CPF e RG.

seu nome de usuário e senha.”

escolarização.

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Fonte: http://www.microsoft.com/brasil/security/smb/shield.mspx.Acesso em 28/1/2012 (fragmento).

A alternati va mais interessante para evitar esse ti po de invasão a redes de empresas seria

a)proibir que novos funcionários tivessem acesso aos dados da empresa, especialmente a usuários e senhas de rede.b)instalar um antivírus em todos os computadores da empresa e periodicamente fazer as atualizações dele.c) contratar periodicamente técnicos especializadose de confiança da empresa para a realização de cópias dos dados.d)trocar periodicamente as senhas de acesso à rede e procurar usar nelas combinações de nomes e números alternados.e)orientar os funcionários para que não informem dados da empresa a pessoas desconhecidas por telefone ou e-mail.

Qu Es tÃO 15

Mas, nisso, o juiz entrou no ring, isto é, surgiu meu tio, entusiasmadíssimo:

– Vamos escrever à Don'Ana do Janjão, da Panela Cheia! Carta grande, palavreado escolhido. E outra para o bobo do marido... Mas não bota nada de que ele é bobo, aí, não, hein!?...

Pode escrever, pode pôr na carta: “Minha ilustríssima e prezada comadre...” e na outra: “Querido e estimado compadre Coronel Janjão”. Ele não é coronel nenhum, mas não faz mal... Muito distinta, a comadre Don'Ana... É capaz de querer fazer com a gente um trato por fora: ela manda o pessoal dela por aqui votar comigo,

e eu faço o mesmo com o povinho que tenho por lá, no Piau...

Fonte: ROSA, João Guimarães. Sagarana. 38 ed. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 1984 (fragmento).

Para obter o que espera com sua carta, o personagem pede que ela seja escrita em linguagem

a)popular, com uso de palavra no diminutivo (“povinho”), que seria mais adequada a situações informais.b)regional, com a ocorrência do termo “bobo”, típico em variedade falada por comunidades do sertão mineiro.c)padrão, com o uso de interjeição (“hein”), típica nas interações entre falantes de maior grau de

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d)formal, com o emprego de pronome detratamento (“prezada”), que sugere respeito entre os interlocutores.e)afetiva, com o emprego de expressão de menor formalidade (“querido”), que indica vinculação de intimidade.

Fonte: Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/tragico-e-comico/category/urbanoide/ Acesso em 23/1/2012.

O uso da variedade linguísti ca na ti rinha foi

a)coerente, por combinar com a identidade construída para o personagem.b)correto, por promover a transformação da variedade culta do português.c)inadequado, por incentivar o uso indiscriminado das gírias pelos jovens.d)importante, por combater os estrangeirismos no português não padrão.e)indevido, por causar a inverossimilhança na sequência dos quadrinhos.

Qu Es tÃO 17Texto 1 evoCação do

r eCife (Manuel Bandeira)

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povoPorque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nósO que fazemos É macaquearA sintaxe lusíada

Fonte: BANDEIRA, Manuel. “Evocação do Recife”. In: Libertinagem & Estrela da Vida Manhã. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000

(fragmento).

Texto 2

A censura de que “ninguém fala como eu escrevo” é besta. Primeiro: escrita nunca foi igual à fala. Tem suas

leis especiais. Depois: se trata dum esti lo literário, si fosse igual ao dos outros não é esti lo literário, não é meu. Isso é elogio, mostra que é civilização. Agora quero saber quem que nega o meu esti lo ter raízes fundas nas expressões do meu povo desde a pseudo-culta até a ignara popular?

Fonte: ANDRADE, Mário de. A Gramatiquinha. São Paulo: Duas Cidades;Secretaria de Estado da Cultura, 1990. p. 325.

Qu Es tÃO 16Os textos 1 e 2

trazem como opinião comum

a) a crítica aos esti los literários vigentes.

b) a defesa de que a escrita imita a fala.

c) o repúdio aos textos da cultura escrita.d) a valorização da

língua oral e popular.e) o respeito à influência lusitana na língua.

Qu Es tÃO 18

A indústria dirá: artistas não podem sobreviver se não forem pagos. A vantagem da internet é a divulgação gratuita do seu trabalho.

Em 1999, quando fui publicado pela primeira vez na Rússia (tiragem de 3 mil exemplares),

o país logo enfrentou uma crise de fornecimento de papel. Por acaso, descobri uma edição "pirata" de O Alquimista e postei na minha página.

Um ano depois, a crise já solucionada, eu vendia 10 mil cópias.

Chegamos a 2002 com 1 milhão de cópias; hoje, tenho mais de 12 milhões de livros naquele país. Fonte: COELHO Paulo, “Pirateiem meus

livros”. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2905201107.

htm: Acesso em 10/2/2012 (excerto).

O autor do texto procura combater

a)a pirataria de seus textos, argumentando com estatísticas sobre as cópias que foram realizadas pela internet.b)o discurso das indústrias, argumentando com exemplos da própria experiência como autor pirateado.c)os artistas que comercializam seus livros, argumentando com o princípio de que a arte deva ser trabalho gratuito.d)a posição dos internautas, argumentando com as más consequências que a pirataria traz para a indústria do papel.e)o mercado russo, argumentando com números sobre a apropriação indevida de sua obra por meio de sites e blogs.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Qu Es tÃO 19

O namoro de Carlos e Ana chegava ao fim.A razão? Ele era fã de carteirinha de VAN HELSING e ela, de CREPÚSCULO.

Fonte: disponível em http://vincevader.net/micro/microcontos2.pdf.Acesso em 25/1/2012.

Considerando o limite de caracteres e a função de um miniconto, como o transcrito anteriormente, a publicação mais interessante seria por meio do(a)

a) Messenger.b) Twitter.c) YouTube.d) Flickr.e) Wikipédia.

Qu Es tÃO 20

Você também deve ter alguma palavra que aprendeu na infância, achava que tinha um certo significado e aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é a frase (que eu já comentei aqui) HOJE É DOMINGO, PÉ DE CACHIMBO. Na verdade não é Pé de Cachimbo, mas sim PEDE (do verbo pedir) cachimbo. Ou seja, pede paz, tranquilidade, moleza, pede uma cervejinha. E a gente sempre a imaginar um pé de cachimbo no quintal, todo florido, com cachimbos pendurados, soltando fumaça. E, assim, existem várias palavras.

Fonte: PRATA, Mário. O Amor de Tumitinha Era Pouco e se Acabou. Disponível em http://www.marioprataonline.

com.br/obra/cronicas/o_ amor_de_tumitinha.htm. Acesso em 30/1/2012 (fragmento).

O texto permite discuti r como a criança parti cipa da identidade linguísti ca de um país, ao representar com humor como ela

a) tem dificuldade em perceber que os sentidos das palavras permanecem os mesmos, independentemente dos usos.

b) inventa palavras sem sentido, em situações marcadas pelo predomínio do lúdico, como nas brincadeiras de roda.

c) experimenta sentidos e formas compartilhados em produções que ela herda da tradição cultural, como as parlendas.

d) desrespeita as regras básicas da língua, organizando e combinando as palavras em inesperadas construções sintáticas.

e) explora a imaginação para pensar em situações absurdas, em que as palavras percam a coerência e o sentido.

Qu Es tÃO 21

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uma BiBl i o TeCa d igiTa l na uSp

A USP guarda um acervo bibliográfico e documental sobre assuntos brasileiros ímpar no país e no mundo. A responsabilidade por ampliar o acesso aos seus acervos, aliada ao fato de a universidade reunir os

recursos técnicos e tecnológicos que permitam fazê-lo, resultou no caráter estratégico do Projeto Brasiliana USP: a formação de uma biblioteca brasiliana digital, a ser construída por uma rede nacionalmente articulada de insti tuições públicas e privadas dispostas a dela participarem.

Fonte: disponível em http://www.brasiliana.usp.br/node/505.Acesso em 30/1/2012.

A iniciati va pode ser considerada positi va para o desenvolvimento do conhecimento, na medida em que

a)permite a pesquisadores de diferentes instituições e áreas publicarem eletronicamente trabalhos inéditos.b)se propõe a eliminar meios de informação obsoletos, como livros, jornais, revistas e documentos impressos.c)oportuniza que pessoas de diferentes lugares façam consultas e leituras de fontes de pesquisas a distância.d)amplia o patrimônio da universidade, que centralizará fisicamente as obras de diversas instituições do país.e)permite à instituição a aquisição de novos recursos técnicos e tecnológicos para projetos futuros.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Qu Es tÃO 22

* Texto que acompanha o anúncio:

o que é melhor: Br i n Ca r de pega-pega, CaBra-Cega ou Boia-fria?

O maior moti vo para que tantas crianças brasileiras em idade escolar não frequentem a escola é o trabalho infantil. No Brasil, 1 milhão de meninos e meninas trocaram o estudo pelo trabalho. O Unicef ajuda a levar essas crianças e adolescentes de volta às salas de aula. Mas, para isso, precisa do seu apoio. Se você conhece algum caso de exploração de trabalho infantil, denuncie. Veja como ajudar no site www.unicef.org.br

Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10794.htm. Acesso em

30/1/ 2012.

Para convencer o leitor a colaborar com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o anúncio usa como estratégia argumentati va a

a) intimidação, ao apontar as consequências para quem se omite diante do trabalho infantil.

b) coação, ao exigir que denúncias sejam feitas diretamente ao Unicef, por meio de seu site.

c) chantagem, ao apresentar o que as crianças poderiam ganhar caso não trabalhassem.

d) comoção, ao colocar o leitor no lugar da criança que não pode escolher do que brincar.

e) persuasão, ao apresentar o número de crianças que o Unicef levou de volta à escola.

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