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Sistema Cardiovascular (Circulatório) Prof. Gustavo Martins Pires E-mail: [email protected] Conteúdo: O conceito e a manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados pela adequada nutrição celular. A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Assim, o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos às células de todas as partes do organismo.Da mesma forma, o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células. (Na imagem da sibila Criméia (ou Cúmica), identifica-se na bolsa um coração, inclusive com a veia cava - fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br/2011/11/segredos-teto-capela-sistina.html)

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O conceito e a manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados pela adequada nutrição celular. A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Assim, o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos às células de todas as partes do organismo.Da mesma forma, o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células.

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C o n t e ú d o :

O c o n c e i t o e a m a n u t e n ç ã o d a v i t a l i d a d e d o o r g a n i s m o s ã o

p r o p o r c i o n a d o s p e l a a d e q u a d a n u t r i ç ã o c e l u l a r . A f u n ç ã o b á s i c a

d o s i s t e m a c i r c u l a t ó r i o é a d e l e v a r m a t e r i a l n u t r i t i v o e

o x i g ê n i o à s c é l u l a s . A s s i m , o s a n g u e c i r c u l a n t e t r a n s p o r t a

m a t e r i a l n u t r i t i v o q u e f o i a b s o r v i d o p e l a d i g e s t ã o d o s

a l i m e n t o s à s c é l u l a s d e t o d a s a s p a r t e s d o o r g a n i s m o . D a m e s m a

f o r m a , o o x i g ê n i o q u e é i n c o r p o r a d o a o s a n g u e , q u a n d o e s t e

c i r c u l a p e l o s p u l m õ e s , s e r á l e v a d o a t o d a s a s c é l u l a s .

(Na imagem da sibila Criméia (ou Cúmica), identifica-se na bolsa um coração, inclusive com a

veia cava - fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br/2011/11/segredos-teto-capela-sistina.html)

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1. Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 03

2. Divisão ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 04

3. Coração ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 04

4. Circulação do sangue -------------------------------------------------------------------------------------------- 13

5. Tipos de vasos sanguíneos -------------------------------------------------------------------------------------- 17

6. Atividades --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21

Referências ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22

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Sumário

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento e a manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados pela adequada

nutrição celular. A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às

células. Assim, o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos

alimentos às células de todas as partes do organismo. Da mesma forma, o oxigênio que é incorporado ao

sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células. Além desta função primordial,

o sangue circulante transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais

onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. O sangue possui ainda células

especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranha e microrganismos. O sistema tema

circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, no interior

dos quais circulam humores. Os tubos são chamados vasos e os humores são o sangue e a linfa. Para que

estes humores possam circular através dos vasos, há um órgão central - o coração, que funciona como

uma bomba contrátil-propulsora. Sendo um sistema tubular hermeticamente fechado, as trocas entre o

sangue e os tecidos vão ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas

- os capilares. Por meio de permeabilidade seletiva, que se processa através de fenômenos físico-

químicos complexos, material nutritivo e oxigênio passam dos capilares para os tecidos, e produtos do

resíduo metabólico, inclusive CO2, passam dos tecidos para o interior dos capilares. Certos componentes

do sangue e da linfa são células produzidas pelo organismo nos chamados órgãos hemopoiéticos, os

quais são incluídos no estudo do sistema circulatório.

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2. DIVISÃO

Sistema sanguífero, cujos componentes são os vasos condutores de sangue (artérias, veias, e

capilares) e o coração (o qual pode ser considerado como um vaso modificado);

Sistema linfático, formado pelos vasos condutores da linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos

e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas);

Órgão hemopoiéticos, representados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço e timo).

3. CORAÇÃO

É um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tecido

muscular que forma o coração é de tipo especial - tecido muscular estriado cardíaco, e constitui suas

camada média ou miocárdio. Forrando internamente o miocárdio existe endotélio, o qual é contínuo com

a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna recebe o nome de

endocárdio. Externamente o miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. A cavidade

do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) entre átrios e ventrículos

existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sanguínea - são as valvas.

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(Coração - fonte: Atlas de Anatomia Humana Sobotta)

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(Coração - fonte: Atlas de Anatomia Humana Sobotta)

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Forma

O coração tem a forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice e

faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). A base do coração não tem uma delimitação nítida, isto

porque corresponde à área ocupada pelas raízes dos grandes vasos da base do coração, isto é, vasos

através dos quais o sangue chega ou sai do coração.

Situação

O coração fica situado na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma sobre

o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais (mediastino). Sua maior

porção se encontra à esquerda do plano mediano. O coração fica disposto obliquamente, de tal forma

que a base é medial e o ápice lateral. O maior eixo do coração - eixo longitudinal (da base ao ápice) é,

pois, oblíquo e forma um ângulo de aproximadamente 40º com o plano horizontal e também com o

plano mediano do corpo.

Morfologia interna

Quando as paredes do coração são abertas, verifica-se que a cavidade cardíaca apresenta septos,

subdividindo-a em quatro câmaras. O septo horizontal - septo átrio-ventricular, divide o coração em

duas porções, superior e inferior. A porção superior apresenta um septo sagital - septo inter-atrial, que a

divide em duas câmaras: átrios direito e esquerdo. Cada átrio possui um apêndice, o qual visto na

superfície externa do coração se assemelha a orelha de animal e recebe por isso o nome de aurícula (do

latim auris, orelha).

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A porção inferior apresenta também um septo sagital - septo interventricular, que a divide em

duas câmaras: ventrículos direito e esquerdo. O septo atrioventricular possui dois orifícios, um à direita

e outro à esquerda - óstios atrioventriculares direito e esquerdo, possibilitando assim a comunicação do

átrio direito com o ventrículo direito e do átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo.

Os óstios atrioventriculares são providos de dispositivos que permitem a passagem do sangue

somente do átrio para o ventrículo: são as valvas atrioventriculares. A valva é formada por uma lâmina

de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces pelo endocárdio. Esta lâmina é descontínua,

apresentando subdivisões incompletas, as quais recebem o nome de válvulas ou cúspides. A valva

atrioventricular direita possui três válvulas e recebe a denominação de valva tricúspide; a valva

atrioventricular esquerda apresenta duas válvulas e chama-se valva mitral.

Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara aumenta

consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio e consequente refluxo de

sangue para esta câmara. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos

papilares, os quais são projeções do miocárdio nas paredes internas do ventrículo.

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Vasos da base

Os vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração, têm suas raízes situadas na base

deste órgão, razão pela qual esta área (base) não tem delimitação nítida. No átrio direito desembocam a

veia cava superior e a veia cava inferior. No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares, em

número de quatro (duas de cada pulmão). Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que após curto

trajeto bifurca-se em artérias pulmonares direita e esquerda, para os respectivos pulmões. Do ventrículo

esquerdo sai a artéria aorta, que se dirige inicialmente para cima e depois para trás e para a esquerda,

formando assim o arco aórtico. Cada uma destas valvas está constituída por três válvulas semilunares,

lâminas de tecido conjuntivo forradas de endotélio, em forma de bolso, com o fundo voltado para o

ventrículo e a porção aberta voltada para a luz da artéria.

Esqueleto cardíaco

Consiste de uma massa contínua de tecido conjuntivo fibroso que circunda os óstios

atrioventriculares e os óstios do tronco pulmonar e da aorta. Nele se inserem as valvas dos orifícios

atrioventriculares e dos orifícios arteriais, além de camadas musculares.

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(Esqueleto cardíaco - Fonte: Atlas de anatomia humana Sobotta II)

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Pericárdio

É um saco fibro-seroso que envolve o coração, separando-o dos outro órgãos do mediastino e

limitando sua expansão durante a diástole ventricular. Consiste de uma camada externa fibrosa -

pericárdio fibroso e de uma camada interna serosa - pericárdio seroso. Este último possui uma lâmina

parietal, aderente ao pericárdio fibroso e uma lâmina visceral, aderente ao miocárdio e também chamada

epicárdio. Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existe uma cavidade virtual - cavidade do

pericárdio, ocupada por camada líquida de espessura capilar, que permite o deslizamento de uma lâmina

contra a outra durante as mudanças de volume do coração.

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(paredes cardíacas - fonte: http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/tunicascardiacas2.jpg)

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4. CIRCULAÇÃO DO SANGUE

A circulação é a passagem do sangue através do coração e dos vasos. A circulação se faz por

meio de duas correntes sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. A primeira corrente

sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e se dirige aos capilares pulmonares, onde se

processa a hematose, ou seja, a troca de CO2 por O2. O sangue oxigenado resultante é levado pelas veias

pulmonares e lançado no átrio esquerdo, de onde passará para o ventrículo esquerdo. A outra corrente

sanguínea sai do ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, a qual vai se ramificando sucessivamente e

chega a todos os tecidos do organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares nos quais se

processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Após as trocas, o sangue carregado de resíduos e CO2

retorna ao coração através de numerosas veias, as quais em última instância, são tributárias (ou

afluentes) de dois grandes troncos venosos - veia cava inferior e veia cava superior, as quais

desembocam no átrio direito, de onde o sangue passará para o ventrículo direito.

Sistema de condução

O controle da atividade cardíaca é feito através do nervo vago (atua inibindo) e do sistema

simpático (atua estimulando). Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito -

o nó sinu-atrial, considerado como o "marca-passos" do coração. Daí, ritmicamente, o impulso espalha-

se ao miocárdio, resultando contração. Este impulso chega ao nó átrio-ventricular, localizado na porção

inferior do septo inter-atrial e se propaga aos ventrículos através do feixe atrioventricular.

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(Sistema de condução do coração - fonte:

http://www.hcbr.com.br/hemodinamica-marcapasso.php)

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Tipos de circulação

Circulação pulmonar ou pequena circulação, tem início no ventrículo direito, de onde o sangue

é bombeado para a rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado

retorna ao átrio esquerdo. Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração.

Circulação sistêmica ou grande circulação, tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue

é bombeado para a rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue

retorna pelas veias ao átrio direito. Em resumo, é uma circulação coração-tecidos-coração.

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(Sistema geral da circulação do sangue - fonte: http://saladeobservacao.blogspot.com.br/2012/02/como-

funciona-nosso-corpo-circulacao.html)

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(Esquema do sistema circulatório - fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diagram_of_the_human_heart_(cropped)_pt.svg)

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5. TIPOS DE VASOS SANGUÍNEOS

Artérias

As artérias têm paredes constituídas de três túnicas (camadas) de tecidos que circundam um

espaço oco, chamado de luz, através do qual flui o sangue. A túnica interna (íntima) é composta de

epitélio escamoso simples chamado de endotélio e tecido elástico. A túnica média consiste de músculo

liso e fibras elásticas. A túnica externa é composta principalmente de fibras elástica e colágenas.

Como resultado da estrutura da túnica média, especialmente, as artérias apresentam duas

propriedades principais: elasticidade e contratilidade. Com respeito à elasticidade, quando os ventrículos

do coração contraem se e ejetam sangue para o interior das artérias, esta se expandem para acomodar o

sangue extra. Então, quando o ventrículo relaxa, o recuo das fibras elásticas nas artérias força o avanço

sanguíneo. A contratilidade de uma artéria vem de seu músculo liso, que é suprido pela porção simpática

do sistema nervoso autônomo. Quando aumenta a estimulação simpática, aumentam as contrações da

musculatura lisa, estreitando desta forma a luz, um processo chamado de vasoconstrição. A

vasodilatação, ou o aumento do diâmetro da luz, resulta de uma diminuição na estimulação simpática e

consequente relaxamento da musculatura lisa. Algum grau de vasoconstrição é necessário para a

manutenção da circulação.

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(Estruturas comparativas dos vasos sanguíneos - fonte: http://magicnumbers-

parussolo.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html)

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Arteríolas

Uma arteríola (arteríola = artéria pequena) é uma artéria muito pequena (quase microscópica)

que distribui sangue aos capilares. À medida que as arteríolas vão ficando menores, elas gradativamente

consistem de pouco mais que uma camada de endotélio coberta por umas poucas fibras de músculo liso.

As arteríolas têm um papel importante na regulação do fluxo sanguíneo das artérias em direção

aos capilares. Durante a vasoconstrição, o fluxo sanguíneo para os capilares é restrito; durante a

vasodilatação, o fluxo fica aumentado significativamente.

Capilares

Os capilares (capillaris = como fios de cabelo) são vasos microscópicos que conectam as

arteríolas às vênulas. A função primária dos capilares é permitir a troca de nutrientes e resíduos entre o

sangue e as células do tecido. Os capilares são encontrados perto de quase todas as células no corpo,

mas sua atividade varia com a atividade do tecido. Tecidos corporais com alta atividade metabólica

(nervos, muscular, fígado, rins) requerem mais oxigênio e nutrientes de forma que existem mais

capilares para o seu suprimento sanguíneo.

A estrutura dos capilares é admiravelmente adaptada aos seus propósitos. Como as paredes

capilares são compostas por uma única camada de células endoteliais e uma membrana basal, as

substâncias no sangue passam facilmente através delas para atingir as células e vice-versa. Dependendo

de quão estreita é a junção das células endoteliais, tipos diferentes de capilares permitem vários graus de

permeabilidade. A estrutura dos capilares é vital para a homeostase dos tecidos porque as paredes de

todos os outros vasos são muito grossas para permitir a troca de substâncias entre o sangue e as células

dos tecidos.

Em algumas regiões, os capilares passam diretamente de arteríolas para vênulas, em outro

lugares, formam uma rede de extensas ramificações entre os dois vasos. Esta rede aumenta a área de

superfície para difusão, e, dessa forma, permite uma rápida troca de grandes quantidades de materiais. O

sangue normalmente flui através de somente uma pequena porção da rede capilar quando as

necessidades metabólicas são baixas, Mas quando um tecido se torna ativo (metabolicamente), a rede

capilar inteira é preenchida de sangue. O fluxo sanguíneo nos capilares é regulado por fibras de

músculos liso espalhadas ao longo de arteríolas e esfíncteres pré-capilares, anéis de músculo liso na sua

origem. Fibras de músculo liso e esfíncteres pré-capilares contraem (vasoconstrição) e relaxam

(vasodilatação) para regular o fluxo sanguíneo através deles.

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Vênulas

Quando vários capilares se unem, eles formam pequenas veias chamadas de vênulas (venula =

pequena veia). As vênulas coletam sangue dos capilares e o drenam para as veias. As vênulas são

semelhantes em estrutura às arteríolas; suas paredes são mais finas próximo aos capilares e engrossam à

medida que progridem em direção ao coração.

Veias

As veias são estruturalmente semelhantes às artérias. mas suas túnicas média e íntima são mais

finas. A túnica externa das veias é a camada mais espessa. A túnica íntima pode dobrar se para dentro

para formar válvulas. Apesar destas diferenças, as veias ainda são suficientemente flexíveis para

acomodar variações no volume e na pressão do sangue que passa através delas. A luz de uma veia é

mais ampla que a de uma artéria correspondente.

Quando o sangue deixa os capilares em direção às veias, ele perde uma grande quantidade da sua

pressão. Isso pode ser observado no sangue que jorra de um vaso cortado. O sangue de uma veia flui

vagarosa e uniformemente. O sangue de uma artéria jorra em rápidas golfadas. As diferenças estruturais

entre artérias e veias refletem esta diferença de pressão. Por exemplo, as parede das veias não são tão

fortes quanto as das artérias. A baixa pressão nas veias, entretanto, tem suas desvantagens. Quando está

parado, a pressão empurrando sangue pelas veias para cima e apenas suficiente para vencer a força da

gravidade. Por esta razão, muitas veias, especialmente aquelas nos membros, apresentam válvulas que

previnem o fluxo reverso.

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(Capilares e esfíncter pré-capilares - fonte: Atlas of Vascular Anatomy: An Angiographic Approach, 2nd Edition)

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( Estruturas comparativa dos vasos sanguíneos. O tamanho relativo do capilar em (c) está aumentado para

enfatizá-lo. Note a valva no intero da veia - fonte: TORTORA, G.J. Principios de anatomia humana. 10. ed.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.)

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6. ATIVIDADES

1. Qual a principal função dos sistema cardiovascular?

2. Explique as circulações pulmonar e sistêmica.

3. Onde termina a circulação pulmonar?

4. Quais cavidades cardíacas estão relacionadas com a circulação sistêmica?

5. Quais cavidades cardíacas estão relacionadas com a circulação pulmonar?

6. Explique a posição correta do coração.

7. Quais os limites do coração?

8. Qual o nome da camada serosa que envolve o coração formando um saco?

9. Quais são as camadas da parede cardíaca? EXplique-as.

10. Qual das camadas cardíacas é a mais calibrosa?

11. Descreva a configuração interna do coração.

12. Qual a função das válvulas (valvas) mitral e tricúspide?

13. O ósteo atrioventricular esquerdo possui qual valva? E o direito?

14. Explique a estrutura anatômica das válvulas atrioventriculares?

15. O que é sistole? E diástole?

16. Explique o feixe elétrico do coração.

17. Onde está localizada a estrutura conhecida por "marcapasso cardíaco"?

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Page 22: Sistema circulatório

REFERÊNCIAS

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.. Anatomia orientada para a clínica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2007.

DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A.. Anatomia humana sistêmica e segmentar: para o estudante

de medicina. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.

GARDNER E ET AL. Anatomia Geral — Introdução. Anatomia — Estudo Regional do Corpo

Humano. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1971. p.3-9.

TORTORA, G.J. Principios de anatomia humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2007.

NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. 4. ed. Elsevier, 2002.

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1. FUNCIONALIDADE DO

O pé possui funções

importantes como suportar o

peso e servir como alavanca

para impulsionar o corpo. A

construção do pé com vários

ossos e articulações, permite a

adaptação do pé aos tipos de

superfícies, além de aumentar

sua ação propulsora.

2. ESQUELETO DO PÉ

O esqueleto do pé é formado

pelos ossos tarsais, metatarsais

e falanges. Quase todos os

ossos se unem por articulações

sinoviais, conferindo

mobilidade necessária para se

adaptar a forças longitudinais

aplicadas sobre o pé e, se

moldar aos diferentes tipos de

superfícies durante a marcha.

Os ossos do tarso (do grego –

tarso = superfície plana) a

palavra era usada para uma

série de estruturas planas.

Hipócrates usava a expressão

“tarsós podós” = planta do pé.

Galeno utilizou o termo para o

esqueleto, envolvendo apenas

os ossos cuneiformes e cubóide

como parte do tarso. São ossos

pares e curtos, totalizando sete

ossos em cada pé.

O tálus (do latim – talus

= tornozelo, dado de

jogar), articula-se,

proximalmente, com a

face inferior da tíbia e,

as porções articulares

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