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• É o Conselho Cientifico para a avaliação de professores
• O Conselho Científico para a Avaliação de Professores foi criado pelo Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro, com a missão de implementar e assegurar o acompanhamento e a monitorização do regime de avaliação do desempenho do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.
O Decreto Regulamentar n.º 4/2008, de 5 de Fevereiro, define o CCAP como órgão consultivo do Ministério da Educação, dotado de autonomia técnica e científica, com a atribuição de formular recomendações, orientações, pareceres e propostas que, tendo por referência o conhecimento consolidado e a informação actualizada na área da sua intervenção, contribuam para:
• Fundamentar decisões e procedimentos em matéria de avaliação de desempenho do pessoal docente;
• Promover a adequada aplicação e utilização do sistema de avaliação de desempenho do pessoal docente;
• Fomentar uma cultura de avaliação docente e de desenvolvimento profissional.
ContactosMorada: Av. 5 de Outubro, 107, 8.º1069-018 LisboaCoordenadas GPS: 38º 44' 19.42'' N, 9º 08'
54.04'' WTel.: +351-1-217 811 720 Endereço electrónico: [email protected]ítio: http://www.ccap.min-edu.pt
Actividades do CCAP
Recomendações, Orientações, Pareceres e Propostas
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Publicações do CCAP
Legislação sobre ADD
Biblioteca Ligações Úteis
Ligações Úteis
Recomendações N.º 6/CCAP/2010Orientações sobre a construção dos instrumentos de registo. Aplicação das Recomendações N.º 1/CCAP/2008 ao Decreto Regulamentar N.º 2/2010, de 23 de Junho. Outubro de 2010
CCA Flávia Vieira e Maria Alfredo MoreiraSupervisão e avaliação do desempenho docente. Para uma abordagem de orientação transformadoraColecção Cadernos do CCAP, n.º 1 Abril de 2011
http://www.ccap.min-edu.pt/docs/Caderno_CCAP_1-Supervisao.pdf
Proposta N.º 1/CCAP/2010Padrões de desempenho docenteAgosto de 2010
• está a editar um conjunto de cadernos temáticossobre a abordagem à ADD:
• o 1º (Abril/2011) “ Supervisão e Avaliação do Desempenho Docente: Para uma abordagem de orientação transformadora” de Flávia Vieira e Maria Alfredo Moreira
• os próximos serão: “Avaliação e Observação de aulas”• “Ética na Avaliação Desempenho”• “Quadro conceptual de Avaliação em 6 Países Europeus”• está a promover seminários temáticos;• Próximo seminário em Setembro/Outubro
“Supervisão e avaliação do Desempenho Docente: Para
uma Abordagem de Orientação Transformadora”
de Flávia Vieira e Maria Alfredo Moreira
• Oradora:
Ideias que nem sempre se conciliam…
- A melhoria dos resultados escolares
- A Qualidade das aprendizagens
- A Orientação para o desenvolvimento
pessoal e profissional num
quadro de reconhecimento e
de mérito
Não há uma relação directa entre resultados e qualidade das
aprendizagens porque são ideias que não se articulam muito
entre elas…
A ADD proporciona um diálogo sobre os dilemas, paradoxos da
mesma e menos sobre a inovação, a melhoria…
A palavra Avaliador/avaliado cristaliza a relação entre ambos
Pressupostos …
A auto-avaliação deveria ser a
base de todo o processo.
A partir de …
O último livro do filósofo José Gil
Neste pequeno livro com quatro ensaios depoucas páginas, mas de cariz muito crítico:“A subjectividade perdida”, “Processos desubjectivação”, “A mais-valia de biopoder” e“A avaliação e a identidade”.
Um leque composto pela relação com temasfortes como o distante “lá fora” (oestrangeiro visto pelo olhar português), asespecificidades dos discursos políticos e opolémico estado da educação no país.
José Gil, na finalização desencantada destelivro, “tudo isto está a esboroar-se, com acrise global a acelerar bruscamente oprocesso. (…) É a ameaça psicótica (…) deperder a imagem de si, ou aidentidade. De desaparecer, enfim.” Não éestranho, portanto, o retorno constante doautor às palavras melancólicas do poetaPessoa e às “lágrimas de Portugal”.
É possível associar avaliação a
democracia?• «Destaquemos três efeitos maiores
da avaliação em geral:
• 1.A captura de forças livres pelo diagrama «avaliação» estabelece hierarquias fixas nas relações de poder.
• 2. O ser singular do indivíduo é submetido a uma grelha geral em que se comparam, se quantificam e se qualificam competências.
• 3. Estes padrões marcam o grau máximo de poder e de saber. Como tal, induzem no indivíduo a convicção de que está sempre numa situação (a que corresponde um sentimento) de inferioridade e de impoder face ao avaliador e à imagem ideal do avaliado (que vai esforçar-se por a atingir).”
Assim:
• Existe um conjunto de sufoco, submissão, obediência neste processo da ADD.
• Onde cabe o assumir da inovação, do risco?...• Será que estamos a alimentar uma lógica de distorção
comunicacional?
• Porquê? Porque —• “ …e refiro-me aqui ao Estatuto da Carreira Docente, ao Estatuto do Aluno e
à avaliação dos professores — a vertente autoritária e super-reguladora do Estado exerce-se fundamentalmente e quase exclusivamente na forma, na burocracia, nas centenas de documentos, formulários, regulamentações que os professores devem estudar, preencher, horários extraordinários que devem cumprir, etc., sem que os conteúdos do ensino, a substância da relação de aprendizagem professor - aluno seja tratada. Quem examine em pormenor toda esta extraordinária burocracia, a que estão submetidos os professores fica com a ideia de que uma espécie de delírio atravessa quotidianamente os conceptores e decisores do MNE».
SuperVisão da educação como transformadora, dialogante
com visão da educação que se quer promover, onde interessa
o debate, a auto-avaliação, a percepção do que o professor faz e também faz a regulação do seu processo de ensino –
aprendizagem…
• Supervisão está muito associada à inspecção.
• Nos anos 50 nos EUA é que muda o conceito e passa a ser centrada na sala de aula.
• Em Portugal só nos anos 80 com Isabel Alarcão é que passa a ter esta dimensão.
A supervisão e a avaliação como transformadora…O portefólio pode e deve ter um desenvolvimento criativo…
A supervisão e a avaliação como transformadora…O portefólio pode e deve ter um desenvolvimento criativo…
A supervisão centrada na sala de aula envolve a repetição cíclica de uma sequência de fases:
• Uma sessão pré-observação para conhecimento dos objectivos e dasestratégias de ensino, aprendizagem e avaliação previstos para a aula enegociação e dos focos específicos e procedimentos da observação);
• • A observação da aula;• • A análise dos dados
recolhidos;• • A sessão pós-observação para
discussão e reflexão crítica sobre osacontecimentos observados e
identificação de aspectos positivos easpectos a melhorar;
• • A avaliação global do processo tendo em vista o estabelecimento de
• acções e metas de desenvolvimento/aprendizagem.
• A observação de aulas constitui um óptimo processo dos supervisores recolherem evidências que lhes permitam tirar conclusões e proporcionar feedback aos professores e estabelecer, com eles, metas de desenvolvimento.
• Simultaneamente, a observação das aulas do supervisor deverá facilitar o contacto com uma diversidade de abordagens, metodologias, actividades comportamentos específicos.
• Muitas coisas aprendem-se através daobservação e o ensino não constitui uma excepção.
. A observação regular de aulas e uma discussão de qualidade sobre o desempenho constituem uma componente importante do processo de desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer professor, independentemente do seu nível deconhecimento e experiência.
A superVisão deve trazer insight sobre o que fazemos – o centro da prática do professor
♪ Supervisão constrói condições para uma avaliação colegial.
♪ O avaliador ajuda a mediar e a construir, a reflectir sobre o avaliado e a ter um papel centrado no processo que deve ser comum na comunicação entre ambos - conhecimento partilhado.
• Insight = entendimento, percepção profunda
• (…) O processo pelo qual chegamos a conhecer a verdade sobre o mundo consiste numa repetição uma e outra vez de três passos: experiência,entendimentoe julgamento
• Em psicologia, insight é o momento da tomada de consciência do paciente sobre si próprio.
Qual é a utilidade das grelhas de observação?
ESTRATÉGIA CAMALEÓNICA(fazer o que o avaliador quer ver).
Se há um instrumento geral de observação como é que há hipótese de negociação.
Qualquer instrumento construído deve ser provisório e exploratório.
Deve-se promover a reformulação dos instrumentos; ir experimentando e avaliando os mesmos…
É impossível fragmentar uma aula em muitos momentos e classificá-los de modo independente.
a) Observação para fins de desenvolvimento: “Integram-se quase
sempre nesta categoria a observação de colegas, em contexto de
sala de aula, e a maioria da orientação pré-estágio”. O foco da
observação é geralmente decidido pelo estagiário/a observado/a .
b) Observação para fins de formação “(…) observações nas
quais o foco da aprendizagem incide sobre o "comportamento
profissional competente”. Geralmente o foco é pré-determinado.
c) Observação para fins de avaliação: “Normalmente, as
observações incidem em múltiplos aspectos e utilizam listas de
verificação complexas ou temporizações rigorosas”. Concebidas
para incluir alguma forma de feedback oral e/ou escrito.
d) Observação para fins de investigação: “(…) com o objectivo
principal de criar teorias para
Muito débil na investigação em Portugal
“A observação de aulas não é uma estratégia de avaliação do professor, mas sim de regulação colaborativa de práticas, devendo motivar a construção de uma visão intersubjectiva das metas e processos da educação escolar.” (Vieira, 1993)
OBSERVAÇÃO DE AULAS: O QUE SE VÊ …E O QUE NÃO SE VÊ…
Algumas Finalidades da Observação de Aulas
Diagnosticar os aspectos/dimensões do conhecimento e da prática profissional a trabalhar/melhorar;
• Adequar o processo de supervisão às características e necessidades específicas de cada professor;
• Estabelecer as bases para uma tomada de decisão fundamentada sobre o processo de ensino e aprendizagem;
• Avaliar a adequação das decisões curriculares efectuadas pelos professores e, eventualmente, sugerir abordagens ou percursos alternativos;
• Proporcionar o contacto e a reflexão sobre as potencialidades e limitações de diferentes abordagens, estratégia, metodologias e actividades;
Desenvolver diferentes dimensões do conhecimento profissional dos professores
Antes de cada observação, deverá ser realizada
uma discussão
sobre a perspectiva do professor relativamente ao ensino e à aprendizagem,
aos objectivos da aula,
a estratégia definida para a concretização desses objectivos,
a integração dessa aula específica no currículo e na planificação mais alargada do professor,
as possibilidades de diferenciação em resposta a diferentes características e ritmos dos alunos e a forma como serão obtidas evidências do grau de concretização dos objectivos previstos.
Em que aspectos poderá incidir a observação das
aulas?
Para cada observação
de aula deverão ser definidos
focos específicos
(negociados entre o supervisor e o
professor), devendo ser evitadas observações
livres (adequadas apenas numa fase inicial/exploratória
em que se desconhecem por completo as competências do
professor)
que conduzem a análises claras e
precisas.
Esta observação poderá centrar-se em…
competências de ensino específicas
como,por ex.,
a correcção científica do discurso,
- a adequação do discursoao tipo de alunos,- o início e a conclusão daaula,- a gestão do trabalho degrupo ou de outras formasde trabalho prático,- a utilização de recursos,a forma de questionar osalunos,a interacção professor alunos oua gestão dos comportamentos na sala de aula.
Tarefas do ciclo de avaliação
Questões possíveis durante uma reunião prévia
1. Quais são os objectivos que definiu para a aula que irei observar amanhã?
2. O que pretende que os alunos aprendam?
3. Como é que esta aula está relacionada com as aulas anteriores e as aulas
seguintes?
4. Que estratégia irá implementar para alcançar os objectivos propostos? Que
abordagens e actividades irá propor? Porque escolheu essas actividades?
5. Que aspectos do ensino ou da aprendizagem dos alunos espera melhorar?6. Que aspectos gostaria que eu observasse? Que tipo de informação gostaria
que eu recolhesse?
ICEBERGUE
COMO É QUE O PORTEFÓLIO AJUDA A
INTERPRETAR a parte submersa do icebergue que justifica a parte superior e a interpreta (a realização da aula):
como fez,
porque fez,
o que fez.
Deverá ser um texto de aprendizagem profissional.
Nada do que é objectivo tem interesse, o contrário é que é interessante:
contexto partilhado porque o juízo pessoal limita a visão do que se vê; por isso, há que:
dialogar e saber o ponto de vista do outro e
fazer uma interpretação intra-subjectiva.
O Portefólio, porquê?
DUALIDADE SUPERVISÃO/AVALIAÇÃO• A supervisão é uma forma de
avaliação mais formativa do que sumativa ?
• Qual é a diferença entre supervisão e avaliação formativa?
• Qual é a posição, relação que deve existir nas escolas entre avaliação transformativa e sumativa?
• Há a tendência para reproduzir a supervisão - avaliação da “formação inicial” (orientação estágio)mais directiva, mas agora na “formação contínua”(ADD) sem ser directiva?
• A supervisão pode tornar-se um modelo?
• Trará deslocação da responsabilização para o supervisor?
• Qual é a função do supervisor?
• Deve ser não directiva assume o papel de ouvinte, conselheiro…
• As circunstâncias podem mudar e ir alternando entre não directivo e colaborativo.
Não há nenhum modelo de supervisão imposto – muito colegial.O avaliador pode começar por propor que o avaliado veja 1º as aulas do avaliador.A supervisão é uma parte do processo avaliativo com funções, relações e traços que as unem.
Supervisão é reguladora porque tem três momentos: planear, monitorizar e avaliar.
A supervisão tem propósitos que vão para além do propósito avaliativo a não ser a
avaliação holística.
A supervisão tempropósitos que vão paraalém do propósitoavaliativo a não ser aavaliação holística.
• Desta forma, a avaliação deve ser holística (analisando os diversos 'intervenientes' no processo de ensino -aprendizagem), deve ter em conta as diferentes perspectivas e interpretações dos diversos actores, devendo, também, contribuir para a análise da própria avaliação (meta - avaliação).
• Assim, é fundamental que a avaliação assuma uma vertente crítica e reflexiva da própria acção, a fim de analisar e melhorar essa mesma acção:
• trata-se de um processo de reflexão –acção - reflexão.
• Para tal é necessário que o professor tenha em conta as perspectivas alternativas e diferentes interpretações dos outros actores do processo de ensino - aprendizagem, ou seja, os alunos.
Avaliar é ter o propósito de fazer um juízo de valor.
PARTE II
Debate grupo verde (meu grupo)
com os moderadores:
José Ramos (Esc Sec. Matosinhos)
Relatoras: Cristina Bastos
e Aldina Lobo (CCAP)
É importante a visão da organização, os objectivos articulativos…
Que tipo de supervisão acontece nas escolas?
Partilha de experiências/entreajuda/colaborativa/partilha
Contextos
Supervisor - avaliador transformadora ( crescer em conjunto)
Alguns constrangimentos:
falta formação em supervisão
Não há uma supervisão objectiva, no entanto, também não há formação para supervisão/avaliadores porque não há horário disponível /tempo para as fazer por isso não há prática de supervisão nas escolas.
Contributos da supervisão para a avaliação
avaliação sem supervisão, não!Se a supervisão tivesse sido com formação
Com reconhecimento entre paresCentrada na sala de aula
Sim!Iria promover um trabalho colaborativo!
PRÁTICAS DE SUPERVISÃO NAS ESCOLAS DA REDE
Quais as práticas de supervisão nas escolas?Ligação entre a supervisão e a actual ADD?
Sugestões de melhoria do sistema?Respostas:
Grupo roxoTodas as escolas têm consciência da actividade supervisora de modos diferentes: umas mais administrativas outras mais pedagógicas:Avaliação professores/alunos/escolasNa melhoria dos materiais pedagógicos e na análise dos resultados
ConstrangimentosMentalidade e cultura da escolaFalta de formaçãoExcessiva carga horáriaDiminuição do pedido de observação aulasGrande dispersão das escolasPreparação prévia das observaçõesObservar sem instrumentos pré-concebidosNecessidade alargamento do horário do avaliadorAcentuado papel núcleo da avaliação da escolaAdicionar dispositivos aos já existentes na coordenação
Grupo verdeDistinguir a supervisão com a avaliação classificação:Se as escolas fizessem a supervisão sem classificação as escolas funcionariam muito bem…É uma prática já instalada mas que as distâncias e os megas -agrupamentos tolhem…Não haver formação para os avaliadores/supervisoresA velhice não é um posto, pois, os mais novos têm conhecimentos mais actualizados e formações mais recentes e diferentes…Sobrecarga de horárioMuitos relatores na mesma escolaA supervisão esgota-se na transformação em resultados – avaliaçãoInvestimento na formação contínuaA avaliação por mérito não deve ter cotas…A avaliação entre pares deve ser do mesmo grupoValorização do avaliador na imagem, tempo e dinheiro/supervisor
Grupo amareloMelhorias:
A supervisão está incipiente nas escolas, por isso, têm que se desconstruir os conceitos de supervisão e avaliaçãoDiscussão mais colectiva no desenvolvimento profissionalPré e pós – observação são muito importantes para o desenvolvimento profissionalPôr no portefólio o bom e o mau/ mostrar a fase evolutiva do professorO relator criar uma abertura à sua práticaTer féEnvolvimento em projectos podem ser modos de supervisãoFormação especializadaOs instrumentos devem ser mais abertos, sem tantos pormenoresNem todos fazem a pré-observação
Síntese dra. Flávia VieiraO caminho faz-se caminhando…Devemos ter sempre presente que na supervisão há uma narrativa do constrangimento e outra do desenvolvimento…Não há conceitos únicos de supervisão (onde começa, onde se pode separar, intercessionar, colidir, acabar em avaliação…A avaliação vai ser sempre contraditória!Sabemos muito pouco de avaliação porque é sempre feita com base na experiência/intuição…Há muitas formas de avaliar!
Mas em educação, tudo é demais.Nada é simples, fácil ou definitivo.Tudo exige o olhar supervisivo dainterrogação da realidade para a suacompreensão e transformação(Glanz,p.62,2005)
A coordenadora do departamento
Maria Filomena Velho Correia
Cabral