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Curso Profissional de Técnico
de Apoio Psicossocial
FALAR COM ALGUÉM É O PRIMEIRO PASSO PARA
PARAR O TEU SOFRIMENTO. NÃO TE CALES, O
SILÊNCIO APENAS PROTEGE QUEM AGRIDE OU
ABUSA.
CONTACTOS CONTACTOS CONTACTOS DEDEDE APOIOAPOIOAPOIO ÀÀÀ VÍTIMAVÍTIMAVÍTIMA:::
PARA DENÚNCIA, AJUDA OU ESCLARECIMENTOS
(telefones gratuitos):
Linha Nacional de Emergência Social: 144
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
(APAV): 707 200 077
Centro de Informação às Vítimas de Violência
Doméstica: 800 202 148
SOS Criança: 800 202 651
Linha do Cidadão Idoso: 800 203 531
Serviço de Informação à Vítima de Violência
Doméstica: 800 202 148
Associação das mulheres contra a violência:
213 866 722
A violência é um acto intencional e inter-
pessoal que diz respeito a um comportamento
voluntário, directo ou indirecto, que surge num
contexto de interacção ou relação entre duas
(ou mais) partes envolvidas, em situação de
desigualdade de poder, e que se caracteriza
pelo uso da força, coação ou intimidação, de
carácter individual ou colectivo, comportando
vários graus de gravidade e atingindo a vitima
nas suas necessidades, integridade física e
moral, nos seus bens e/ou nas suas participa-
ções simbólicas e culturais, causando prejuízo,
dano e sofrimento.
O abuso define qualquer comportamento
seguido por uma pessoa para dominar e con-
trolar outra, no contexto de uma relação espe-
cial; no abuso há uma relação de proximidade
e confiança entre a vítima e o abusador, que se
caracteriza pela situação de dependência , par-
ticular vulnerabilidade e submissão da vítima
ao abusador, o qual se apresenta com poder
e/ou responsabilidade sobre a vítima. O abuso
é assim uma patologia da interacção.
Teresa Magalhães (2010). Violência e abuso. IUC.
Este desdobrável foi elaborado, no âmbito das disci-
plinas de Psicologia e de Psicopatologia, pelos forman-
dos do TAP com supervisão do respectivo formador;
todas as ilustrações são dos próprios formandos e
foram realizadas na disciplina de Expressão Plástica.
QQQ UEUEUE FAZERFAZERFAZER QUANDOQUANDOQUANDO SESESE
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ALGUÉMALGUÉMALGUÉM ESTÁESTÁESTÁ AAA SERSERSER VÍTI-VÍTI-VÍTI-
MAMAMA DEDEDE VIOLÊNCIAVIOLÊNCIAVIOLÊNCIA OUOUOU DEDEDE
ABUSOABUSOABUSO???
A VÍTIMA DE ABUSO OU VIOLÊNCIA:
Deve ir ao hospital, centro de saúde ou médico, mesmo que não tenha sinais externos de agressão física.
Deve identificar o agressor.
Deve apresentar denúncia ou queixa na esquadra da PSP, no posto da GNR ou na Polí-cia Judiciária.
Se a vítima vive com o abusador (a maior parte dos actos de abuso ocorre no seio da família), a lei em vigor per-mite ao tribunal decretar o afastamento do agressor da residência; antes deste pro-cedimento jurídico, a vítima pode solicitar protecção à seguranças social, nomea-damente para ser alojada em instituições adequadas.
A PSP, a GNR ou a PJ são obrigadas, quan-do há uma denúncia de abuso, a registar a denúncia e a actuar, independentemente da vontade da vítima.
A violência doméstica e os maus tratos são actos que o Código Penal Português consi-dera como crimes, nomeadamente os maus tratos físicos e psíquicos, as ofensas corporais, o abuso sexual e o incumprimento do dever de alimentos.
DENUNCIAR UM ABUSO. PORQUÊ?
O abuso, se não for parado, tem em geral ten-
dência a perpetuar-se no tempo e a tornar-se cada
vez mais violento, mais frequente e por isso mais
perigoso.
O abuso atinge os mais vulneráveis e indefesos, a
nível psicológico, físico, sexual ou socioeconómico,
nomeadamente as crianças, as mulheres, os idosos
e as pessoas portadoras de deficiência.
A denúncia de uma situação de abuso por tercei-
ros (alguém que não é interveniente na situação de
abuso) é fundamental sobretudo quando as vítimas
são incapazes de revelar o abuso e de pedir ajuda.
Sem uma intervenção atempada, a situação pode
tornar-se cada vez mais grave, trazendo muitas
vezes danos irrecuperáveis e mesmo a morte.
Em Portugal, a lei actual considera os crimes de
violência doméstica, maus tratos e certos abusos
sexuais de menores, como crimes de natureza públi-
ca. Isto significa que o crime pode ser denunciado
por qualquer pessoa independentemente da vonta-
de da vítima, devendo as autoridades agir de ime-
diato.
ABUSO DE CRIANÇAS E JOVENS — ALGUNS SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA.
Bullying (abuso físico ou psicológico entre crianças
e jovens no espaço escolar): 1) A criança é muitas
vezes alvo de brincadeiras inadequadas, piadas,
alcunhas cruéis ou agressões físicas? 2) Recusa-se
a ir à escola (ou manifesta grande ansiedade antes
de ir) e anda triste sem motivo? 3) Não tem ami-
gos ou não se sente à vontade com eles? 4) É mui-
to sensível quando brincam com ela, reagindo com
choro ou de forma agressiva? 5) Houve alterações
inexplicáveis do rendimento escolar e oscilações
inabituais do estado de humor?
Abuso sexual: 1) Queixas de hemorragia vaginal
ou rectal, dor ao urinar, cólicas intestinais. 2)
Doenças sexualmente transmissíveis. 3) Ausências
ou atraso na escola, ou nos atendimentos de saú-
de. 4) Poucos cuidados com o corpo e as roupas;
uso de roupa inadequada para o clima. 5) Fezes e
urina pela casa; urinar na roupa ou na cama depois
de 7 anos, quando não há nenhum problema físico
visível. 6) Cansaço, sonolência, problemas de sono,
agitação nocturna, pesadelos. 7) Dificuldades de
concentração na escola ou no trabalho. 8) Com-
portamento agressivo, auto-
destrutivo, tímido, submisso,
retraído ou mutismo. 9) Medo
de ficar só ou em companhia
de determinada pessoa. 10)
Comportamentos e atitudes em
relação à vida sexual claramen-
te deslocadas para a idade.