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INDISSOCIABILIDADE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: UMA
REFLEXÃO TEÓRICA
MS. ANDRÉA KOCHHANN
O tema que será abordado em nossa fala a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão com produção científico-acadêmico. O objetivo é refletir teoricamente sobre a efervescência dessa indissociabilidade na Universidade, em especial na Universidade Estadual de Goiás. Se o sistema nervoso das universidades é a pesquisa, deve-se entender que a partir dela ocorre o ensino e a extensão. Eis o norte dessa reflexão.
* ONDE VOCÊ ESTUDA OU LECIONA?
* QUAL A DIFERENÇA ENTRE FACULDADE E UNIVERSIDADE?
Para discutir sobre a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão é preciso conceituar universidade. O espaço universitário precisa ser entendido como o espaço da produção do conhecimento. A universidade é centro por excelência de pesquisa, como afirma Demo (2005) e já defendiam os signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação (1932).
A desmistificação crucial é sobre a separação entre pesquisa e ensino. Eles são indissociáveis. Mas, como diz Demo (2006, p. 12) “Muitos estão dispostos a aceitar universidades que apenas ensinam, como é o caso típico de instituições noturnas, nas quais os alunos comparecem somente para aprender e passar, e os professores, quase todos biscateiros de tempo parcial somente dão aula.”.
Consoante a questão da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão, a Universidade Estadual de Goiás – UEG, vem alicerçando essa tripla função em seus cursos ou seria una função?. O conceito de universidade que esta instituição adota é que a todas deveriam adotar – a pesquisa precede o ensino e a extensão.
Na concepção de um ensino de qualidade que a Universidade Estadual de Goiás imprime realizar, parte do princípio de pesquisa. Nessa linha de pensamento é preciso então conceituar a pesquisa para a Universidade Estadual de Goiás. No Plano de Desenvolvimento Institucional encontra-se uma conceituação para a pesquisa que converge com o que Demo (2005) defende ao dizer que a pesquisa deve preceder o ensino e a extensão.
Com a mesma intensidade afirma-se que a realização de ações extensionistas é a consolidação da pesquisa, visto que a sociedade será diretamente beneficiada com os resultados da pesquisa. Se uma pesquisa parte de uma problemática deve chegar a uma resposta, mesmo que crie outras tantas problemáticas. Essas respostas precisam chegar a sociedade, seja via ensino ou extensão. De preferência via ensino e extensão, consolidando assim a indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão.
Seja pelas vias da pesquisa, do ensino ou da extensão, a produção efetivada deve ser socializada em forma de divulgação textual ou virtual. Assim é possível organizar livros, capítulos de livros, artigos, relatório técnico, relato de experiência, resumos expandidos, resumos simples, manuais didáticos, anais de eventos, comunicações e banners em eventos, Cds, DVDs, movie maker, Slideshare, You tube, notas em jornais e revistas e outros.
A discussão sobre a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão paira
muito eventos acadêmicos e algumas perguntas têm sido constantes é se
esse tripé é difícil de acontecer? Se a produção científica pela
indissociabilidade é difícil de acontecer? Para que serve a produção científica? O que eu ganho com isso?
Os professores que atuam com os jovens e adultos, que estão na
Universidade, precisam deixar claro para esses estudantes a importância
que essas ações proporcionam em sua formação acadêmica e o que isso lhe
trará de contribuições para sua profissão. A práxis é o melhor caminho da formação acadêmica. O melhor não
significa o mais fácil. O melhor é possível. Para saber basta começar. Eis
o convite.