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CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA: AS FEIRAS MEDIEVAIS As invasões germânicas e a progressiva ruralização do Império Romano a partir dos séculos IV e V transformaram o comércio europeu numa atividade econômica secundária em relação à agricultura. A insegurança e a tendência à auto-suficiência dos domínios senhoriais diminuíram o ritmo e a quantidade das trocas. As antigas cidades romanas que sobreviveram às invasões perderam sua função mercantil e manufatureira e permaneceram apenas com função religiosa de sede de bispado, ou política, abrigando a corte de reis e condes. Nessa época de início da Idade Média, o comércio era realizado por mercadores "sirios", designação que incluía todos aqueles provenientes da parte oriental do antigo Império Romano que ia da Grécia ao Egito, incluindo os judeus. Esses mercadores comercializavam produtos exóticos de luxo, como especiarias, perfumes, tecidos finos, couros trabalhados, papiros, azeite, tâmaras e figos. Existiam também os mercadores, servidores especializados dos reis, condes, bispos e abades que percorriam os domínios comprando e vendendo a produção excedente e negociando os artigos orientais. O comércio regional na Europa Medieval deu origem aos portos localizados ao longo das vias fluviais, utilizadas por serem mais rápidas e seguras que as péssimas e mal-conservadas estradas, e às feiras, encontros periódicos de produtores e mercadores realizados numa data fixa a cada ano. A atividade comercial era vista com desconfiança, apesar de ser reconhecida como importante e necessária para os reis, os nobres e o povo em geral. A Igreja via o mercador como "um escravo do vício... um amante do dinheiro", e portanto, um pecador. Na sociedade feudal, a riqueza não era para ser aumentada e somente era reconhecida como fruto da herança. O trabalho deveria ser suficiente para manter a condição em que cada um nascera. Assim, o lucro em si não era condenável quando fosse "uma retribuição justa pelo trabalho que tinha dado". O comércio estava submetido ao controle dos soberanos. Condes e bispos deveriam estar presentes quando das trocas de escravos, cavalos, artigos de ouro e prata, a fim de evitar a comercialização de artigos roubados. Os mercadores pagavam impostos em troca da proteção dos reis, que os consideravam seus vassalos. Aos poucos, aglomerações de mercadores que mais tarde seriam denominadas burgos foram ganhando uma importância na economia, em função do crescimento demográfico e agrícola da Europa Ocidental contribuindo para a recuperação econômica das cidades e para o aumento do número de mercadores,

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CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA: AS FEIRAS MEDIEVAIS

As invasões germânicas e a progressiva ruralização do Império Romano a partir dos séculos IV e V

transformaram o comércio europeu numa atividade econômica secundária em relação à agricultura.

A insegurança e a tendência à auto-suficiência dos domínios senhoriais diminuíram o ritmo e a quantidade

das trocas. As antigas cidades romanas que sobreviveram às invasões perderam sua função

mercantil e manufatureira e permaneceram apenas

com função religiosa de sede de bispado, ou política, abrigando a corte de reis e condes.

Nessa época de início da Idade Média, o comércio era realizado por mercadores "sirios", designação que

incluía todos aqueles provenientes da parte oriental do antigo Império Romano que ia da Grécia ao Egito, incluindo os judeus. Esses mercadores

comercializavam produtos exóticos de luxo, como especiarias, perfumes, tecidos finos, couros trabalhados, papiros, azeite, tâmaras e figos. Existiam também os mercadores, servidores

especializados dos reis, condes, bispos e abades que percorriam os domínios comprando e vendendo a

produção excedente e negociando os artigos orientais.

O comércio regional na Europa Medieval deu origem aos portos localizados ao longo das vias fluviais,

utilizadas por serem mais rápidas e seguras que as péssimas e mal-conservadas estradas, e às feiras, encontros periódicos de produtores e mercadores realizados numa data fixa a cada ano. A atividade

comercial era vista com desconfiança, apesar de ser reconhecida como importante e necessária para os reis, os nobres e o povo em geral.

A Igreja via o mercador como "um escravo do vício... um amante do dinheiro", e

portanto, um pecador. Na sociedade feudal,

a riqueza não era para ser aumentada e somente era reconhecida como fruto da

herança. O trabalho deveria ser suficiente para manter a condição em que cada um

nascera.

Assim, o lucro em si não era condenável

quando fosse "uma retribuição justa pelo trabalho que tinha dado". O comércio estava

submetido ao controle dos soberanos.

Condes e bispos deveriam estar presentes quando das trocas de escravos, cavalos,

artigos de ouro e prata, a fim de evitar a comercialização de artigos roubados.

Os mercadores pagavam impostos em troca da proteção dos reis, que os consideravam seus vassalos. Aos poucos, aglomerações de mercadores que mais tarde seriam denominadas burgos foram ganhando uma importância na economia, em função do crescimento demográfico e agrícola da Europa Ocidental

contribuindo para a recuperação econômica das cidades e para o aumento do número de mercadores,

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dando origem a uma classe social nova, a burguesia.

Essa transformação ocorrida a partir de meados do século X mudaria de uma vez por toda a ordem

econômica feudal, dando início ao que chamamos de acumulação primitiva do capital, ou capitalismo.

Nos períodos do ano em que as estradas se tornavam intransitáveis devido à chuva ou à neve, os mercadores

procuravam parar no cruzamento de grandes rotas em portos fluviais ou marítimos, ou junto a uma antiga

cidade ou castelo fortificado. Essa permanência logo

fazia surgir um bairro mercantil ou manufatureiro – o burgo - ao lado do castelo feudal ou da catedral. A

princípio, o burgo era apenas "um emaranhado de vielas, cloacas e pocilgas", espremido entre muralhas e

portões que se fechavam à noite.

Nele, como já foi citado, concentravam-se mercadores

e artesãos dos diversos ofícios, o que incentivava as trocas com as aldeias dos camponeses visto que os centros urbanos necessitavam de matérias primas e de alimentos. Os burgos, nascidos próximos

aos domínios castelos ou catedrais, não tardaram em procurar se libertar do jugo dos senhores

feudais, obtendo sua autonomia através da compra da Carta de Franquia, mediante uma indenização paga ao conde ou barão, ou pela guerra.

Para os camponeses, a cidade significava a liberdade, pois a servidão não existia no solo

urbano, daí afirmar-se na época que "o ar das cidades liberta". Nas cidades, a produção era

realizada pelos artesãos que se reuniam em corporações de ofício ou guildas. Em cada

corporação existiam os mestres, os oficiais e os

aprendizes de determinada profissão, que fabricavam e comercializavam os artigos

necessários ao consumo da cidade e das propriedades senhoriais vizinhas. Cada mestre

tinha um número variável de aprendizes e o número de mestres guardava certa proporção

com as necessidades da comunidade.

A verdade é que, de um simples local de trocas,

um mercado, as cidades ou burgos, lugar dos

burgueses, foram se transformando em centros manufatureiros especializados no

artesanato de lã, linho, tapetes, couraças, elmos, vestuário, vitrais para as catedrais, etc.,

se especializaram também na comercialização de produtos orientais de luxo que iam buscar

em Bizâncio e Alexandria, para revender na Europa. O comércio com os árabes trouxe a prosperidade de Nápoles, Bari, Salerno, Amalfi, Gaeta e

principalmente Gênova e Veneza que se tornaram importantes centros comerciais, manufatureiros

e bancários da Europa Medieval. O processo lento e gradual no qual as cidades começaram a ressurgir, após as Cruzadas, é chamado pelos historiadores de Renascimento Comercial e Urbano.

Fonte principal: www.miniweb.com.br

OBSERVAÇÕES:

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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO:

AS RELAÇÕES DE EXPLORAÇÃO NO TRABALHO

A sociedade feudal, predominante na Europa Ocidental medieval, tinha como contradição fundamental a

relação entre senhores e servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles serviam a seus senhores em troca da

ocupação de pequena parcela da grande propriedade senhorial, ou seja, em troca de poderem usufruir de casa e comida.

Os camponeses trabalhavam para garantir a sua

sobrevivência e a de sua família, por meio da agricultura de subsistência, e estavam sujeitos a uma série de obrigações para com o senhor das terras,

dentre as quais a mais importante era o trabalho forçado em determinados dias da semana diretamente

nas terras administradas pelo senhor feudal. A

submissão ao senhor também podia se traduzir na obrigação de entregar o excedente da produção agrícola ou, no momento de decadência do sistema, do pagamento de taxas e impostos por dinheiro obtido no

comércio dos bens produzidos pelos camponeses.

A exploração senhorial do braço camponês se dava através da coerção extraeconômica, ou seja, por meios não puramente econômicos, e sim através da força das armas e de imposições ideológicas e de ordem cultural-

religiosa. Isto porque o camponês, proprietário de fato das terras por ele ocupadas (mas não de direito), exercia o controle dos meios de produção. Somente com o uso superior da força militar e ideológica, o senhor feudal submetia o camponês ao trabalho compulsório e ao conjunto de obrigações servis.

Na Idade Média o trabalho tem uma estreita vinculação com a religiosidade e sua organização vincula-se fortemente às diretrizes da Igreja. É sabido que a Igreja Católica tinha forte influência na manutenção da estratificação social. A concepção predominante

é de que o trabalho exige sacrifício e desprendimento e que a docilidade para enfrentar as dificuldades físicas e materiais enobrece o espírito.

Assim, o trabalho é procurado como penitência para os pecados da carne. Deveria proporcionar cansaço para o corpo e distração para o espírito, afastando-o de tentações demoníacas. Na Idade

Média, a ênfase do trabalho recai na expiação dos pecados e no combate à fraqueza da carne, prestando-se à manutenção da estratificação social. A sociedade medieval, marcada pelas

diferenças sociais, mantinha um modo de produção característico da divisão entre senhores e servos.

Nesse modelo as relações sociais caracterizam-se por rígida hierarquia entre os senhores, proprietários das terras, e os servos, aqueles que as cultivavam. A esses últimos cabia, em troca do trabalho, apenas a parte da produção necessária à subsistência

familiar. Os servos deviam obediência aos senhores, mas, diferentemente dos escravos, possuíam direito à vida e proteção dos senhores em caso de guerra. À igreja,

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detentora do saber competia a manutenção dos princípios de obediência que regulavam essas relações. (GONÇALVES; WISE, 1997, p. 22)

A vida nos mosteiros sugeria uma rígida disciplina de orações e introspecção. Parece ter surgido aí, segundo Carmo (1997) a obrigatoriedade moral do trabalho, independente da sua necessidade material, para

ocupação da mente, de vez que a desocupação é inimiga da alma. Assim, os monges dedicavam algumas horas dos seus dias aos ofícios manuais. Nas sociedades medievais, o ócio (ótium) aparece como um termo associado ao não trabalho, ao estar desocupado ou livre de uma obrigação. Neste sentido, estar ocupado significa negar o ócio, daí o termo negócio - nec-otium - conhecido até os dias do hoje.

Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o desenvolvimento das forças produtivas.

Como a exploração sobre os servos no campo aumentava, devido à necessidade crescente de os senhores feudais, para manterem sua posição de domínio, ostentarem luxo e riqueza, elementos simbólicos essenciais numa sociedade aristocrática, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na cidade, o crescimento da

produtividade dos artesãos era freado pelos regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela ordem feudal. A crise da sociedade feudal, provocada pelas próprias leis internas ao sistema, abriu caminho para o desenvolvimento progressivo das relações capitalistas de produção. Com a reforma protestante, o trabalho aparece como a base e a chave da vida. "Há uma ênfase de que a fé deve ser reforçada

pelo trabalho" (CARMO, 1992, p. 27). Neste sentido, passa a ser exaltado o esforço pessoal e a dedicação ao trabalho, estimulando-se a poupança ou investimento do capital excedente obtido, condenando-se o desfrute de bens.

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NA ATUALIDADE

Hoje, todos os funcionários de qualquer fábrica que seja, bem como qualquer trabalhador de outro setor, desfrutam de benefícios e leis

trabalhistas que definem os direitos e deveres dos empregados. Existem os sindicatos que ainda defendem a classe dos trabalhadores, e mais do que isto, existe uma legislação específica em que, conforme consta na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), são alguns direitos dos trabalhadores:

Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço; Exames médicos de admissão e demissão; Repouso Semanal Remunerado (1 folga por semana); Salário pago até o 5º dia útil do mês; Primeira parcela do 13º

salário paga até 30 de novembro. Segunda parcela até 20 de dezembro; Férias de 30 dias com acréscimos de 1/3 do salário; Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário; Licença Maternidade de 120 dias, com

garantia de emprego até 5 meses depois do parto; Licença Paternidade de 5

dias corridos; FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a favor do empregado; Garantia de 12 meses em casos de acidente; Adicional noturno de 20% para quem trabalha de 22:00 às 05:00 horas; Faltas ao

trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano), alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por

atestado médico; Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão; Seguro-Desemprego (Os direitos do trabalhador, 2009).

É bom ressaltar que estes são alguns dos direitos válidos no Brasil e que as leis trabalhistas podem variar

conforme cada país. Outro aspecto a ser destacado é que existem muitas empresas que atuam de maneira clandestina ou até mesmo que sonegam impostos, prejudicando assim a situação dos trabalhadores.

Portanto, mesmo com todos esses direitos garantidos e conquistados através de muita luta por parte dos trabalhadores, podemos perceber que a situação de alguns trabalhadores não evoluiu, alguns ainda são tratados

com desigualdade, de forma humilhante e desumana, não recebendo nenhum direito garantido por Lei, e o que pode ser pior: muitas vezes, para garantir a permanência no emprego, trabalhadores (em sua maioria leigos ou de baixo nível de escolaridade) se submetem a condições ilegais como trabalhar mais horas do que foram

contratados, receber salários às prestações, desconto no salário do funcionário o prejuízo da empresa, enfim, condições desumanas e que lesam a condição do empregado, forçando-o a trabalhar com medo de ser demitido e perder a única fonte de renda da sua família.

OBSERVAÇÕES:

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CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA: OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA IDADE MÉDIA

Em geral, os historiadores tradicionais mostram grande má vontade para com o

período medieval: Teria sido uma época de superstição e atraso, estagnação e

crueldade. É uma visão certamente preconceituosa, causada pelo ódio à influência

exercida naquela época pela Igreja Católica, de cujo espírito estavam impregnadas,

em maior ou menor grau, todas as instituições.

Da era medieval, herdamos desde a diversão proporcionada pelo baralho, tarô,

xadrez e pelo próprio Carnaval, à proteção contra o frio, o vento e a chuva

proporcionada pelo vidro, lareiras e chaminés. O garfo que nos ajuda a comer as

massas feitas com a farinha de trigo, e esta por sua vez processada pelos moinhos

de água ou de vento, foram algumas das comodidades que resultaram das

invenções feitas nesse período que vai do século V ao XV.

Foi durante o século XIII, com os primeiros relógios mecânicos das igrejas, que se

regularizou a percepção do tempo com a introdução das horas de igual duração, tanto

nos dias mais longos de verão como nos mais curtos do inverno. Tal feito não havia

sido alcançado na Antiguidade por notáveis civilizações como a dos egípcios, persas

ou gregos. O toque dos sinos regulava a vida comunitária das aldeias e dos feudos, sendo uma referência para todos os tipos de

compromissos: de simples encontros, aos de trabalho nas oficinas e no comércio.

Portanto, a Idade Média foi época de muitos inventos, grandes e pequenos, de cuja

origem às vezes não se suspeita. Vejamos alguns:

Foram os medievais os primeiros a tirar todo o proveito, para a navegação, das

agulhas imantadas que se dirigem sempre para o Norte. Com pleno aproveitamento

dessa propriedade, nasceu a bússola.

Foram os medievais, que conseguiram ‒ e infelizmente não trouxeram com isto

grande vantagem à civilização ‒ utilizar a pólvora, não apenas como fogo de

artifício à moda dos chineses, mas como eficientíssimo meio de combate.

Foram ainda os medievais, que conseguiram inventar a imprensa. A imprensa em

madeira ‒ xilografia ‒ já era conhecida na Europa desde o século XII, mas seu

desenvolvimento maior datou do século XV, quando Gutenberg, natural da

Mogúncia, inventou os caracteres móveis de metal.

Também foi na Idade Média, no século X, que começou a ser utilizado o papel na

Europa, em lugar do pergaminho.

Quase todas as invenções medievais foram fruto das necessidades daquela época em que o homem via o trabalho como uma

forma de proporcionar cansaço para o corpo e distração para o espírito, afastando-o das tentações demoníacas, dentre muitas

temos mais algumas, fruto do conhecimento acumulado dos monges beneditinos:

moinho de água;

a serra hidráulica;

o relógio mecânico;

o arado;

o jugo para o cavalo;

o canal com reclusas e portas;

a canga múltipla para os bois;

a máquina para enovelar a seda; o guindaste

a dobadoura;

o tear;

o cabrestante complexo;

as Universidades;

a utilização do carvão fóssil;

a química dos ácidos e das bases;

Os relógios mecânicos de peso difundem-se no fim do século XIII. No século XV surgem os relógios de areia, ou

ampulhetas.

Foi inventado também esse aparelho extraordinário, o carrinho de mão, que permite a um homem realizar o trabalho de

dois.

No século XI, os europeus começaram a usar ferraduras nos animais; isto lhes aumenta a vida útil e, com a utilização da

carreta de quatro rodas, possibilita um distanciamento maior entre a aldeia e os campos.

São também criações medievais a chaminé doméstica, a vela e o círio.

A roda d’água foi usada em toda a parte, para bombear água, serrar madeira, pulverizar o pigmento das tintas e o malte

da cerveja, acionar máquinas, triturar minérios, forjar ferro, espichar arames... Com ela, a escavação das minas

ultrapassou em muito os 800 metros de profundidade.

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Aprimoraram-se as engrenagens e outros dispositivos mecânicos. Surge o fole com

placas e válvulas.

No fim da Idade Média, o alto-forno possibilitou a fabricação do ferro fundido. Essa foi

a invenção mais importante da indústria metalúrgica. O bronze, uma liga de cobre e

estanho, com um ponto de fusão mais baixo que o ferro, era fundido desde os começos

do século XII e utilizado na fabricação de sinos e estátuas. A fabricação de um sino

exigia técnica especial para que o mesmo produzisse um som adequado. O fundidor

deveria, antes de iniciar o trabalho, calcular o tamanho do sino e as proporções exatas.

O primeiro poço artesiano conhecido foi perfurado em 1126.

Entre as inovações medievais, aparecem também a sericultura (introduzida na Sicília

por volta de 1130), a falcoaria, o arenque defumado e a “champanhização” do

vinho branco.

Na indústria doméstica, a roca substitui o fuso para enrolar a estriga. E a partir de

1280, a roda de fiar (provavelmente uma das grandes invenções da indústria têxtil)

compete com a roca e o fuso, os quais possibilitaram às mulheres trabalhar enquanto

supervisionavam outras atividades.

No século XIV, o linho é pela primeira vez empregado na confecção de roupas brancas,

em oposição aos grosseiros panos de lã até então usados, o que acarreta uma melhoria

na higiene e o retrocesso da lepra; fornece também matéria-prima barata para a

indústria papeleira trazida da China no século XIII.

Além disso, foram inventados o botão e a camisa.

O álcool aparece em Salerno por volta de 1110 e sua

fabricação melhora rapidamente, com o emprego de

desidratantes, como o carbonato de potassa. Além disso, a

técnica da destilação aperfeiçoa-se, empregando-se o

alambique clássico cujo escoadouro tubular, em forma de

serpentina, mergulha numa cuba para a circulação da água.

Os óculos para corrigir a miopia aparecem por volta de

1285; primeiro, de cristal de rocha, depois de vidro.

Nos séculos seguintes, outros artesãos iriam melhorar as

lentes, de onde resultariam o telescópio e o microscópio.

Na arquitetura, temos o estilo gótico e o estilo românico, o

aperfeiçoamento da técnica dos vitrais, utilizados

principalmente nas igrejas e possibilitando melhor iluminação

das mesmas, as pontes com arcos em segmento, as

comportas e as dragas.

A letra de câmbio aparece no século XIII. Os cambistas examinavam e pesavam as moedas; do ―banco‖ onde eles

realizavam essa operação surgiu a instituição bancária, e as variadas práticas financeiras nasceram desse serviço primitivo

de câmbio de dinheiro.

As feiras, existentes desde o século XI, eram centros de intercâmbio em grande

escala, que se esforçavam em reunir o maior número possível de homens e

produtos.

Começa-se a utilizar a grade; revolvido mais amplamente, melhor arejado, o solo

absorve melhor a marga, uma argila que contém carbonato de cálcio e, quando

misturada à camada superior do solo, mostra-se um fertilizante valioso.

A irrigação (de pastos e terras de lavoura) começou a ser empregada em larga

escala e a Itália provavelmente abriu o caminho.

Na Idade Média, outra invenção, o mangual, que substituiu a vara de bater,

aperfeiçoa o processo de debulha.

Nesse período, além das plantas cultivadas nos tempos clássicos, foram

aprimorados: a espelta, o centeio, a aveia e o fagópiro. Além do sorgo, outras

culturas foram introduzidas na região mediterrânea, pelos gregos ou árabes:

arroz, cana-de-açúcar, algodão e amoreira.

O pousio trienal e, a partir do século VIII, o sistema de três plantações

alternadas, permitem a aclimatação de novas culturas e aumentam

acentuadamente a produção agrícola.

Depois da manivela — descoberta de importância fundamental — ocorreu a

invenção alemã da biela, peça rígida com duas articulações para transformar o

movimento rotativo em alternativo. Começaram a utilizar-se ferramentas, como a

plaina, e passou-se a usar o carvão como combustível.

Diversas invenções, como a cola e o papel, foram transmitidas pela China à

Europa.

A tinta romana para escrever, feita do negro da fumaça com goma e água, não tinha fixadores; era uma tinta moída; ao

passo que a utilizada na Idade Média se fazia por infusão, com goma, pedra-ume e resina de carvalho.

Vê-se, portanto, que a Idade Média, ao contrário do que muitos imaginam, foi extremamente fecunda em avanços técnicos.

FONTES: ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. Porto, Afrontamento, 1982. 7 http://www.lepanto.com.br/dados/EstPrgIdM.html

http://www.arscientia.com.br/materia/ver_materia.php?id_materia=483 http://www.clerus.org/clerus/dati/2007-11/23-13/06IDADEMEDIA.html pt.wikilingue.com/es/Agricultura

Page 7: Textos Idade Média Cursos Técnicos

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CURIOSIDADES SOBRE A SAÚDE NA IDADE MÉDIA HIGIENE E DOENÇAS

Na Idade Média, o banho, era considerado prejudicial se tomado em excesso. As

pessoas geralmente tomavam apenas dois ou três banhos ao ano; e quase sempre

por volta do mês de Maio ou Junho, quando começa a primavera na Europa e o clima

já estava um pouquinho mais quente. Daí a origem do mês de Maio, ser o mês eleito

para os casamentos, porque desta feita as noivas tomavam o banho no mês de Maio e

o cheiro das partes intimas não era tão forte. O uso do bouquet pela noiva também

era utilizado para dissipar o mau odor da mesma. Quando era decidido que o banho

seria tomado, quem tinha prioridade de usar a água limpa, ou seja a primeira água,

era o chefe da família, e assim sucessivamente os banhos eram tomados, a começar

pelo pai, mãe, filhos, e por último os bebês; quando então a água já estava

totalmente imunda.

O cheiro dos corpos, de suor e das partes íntimas impregnavam todas as casas. As

roupas eram lavadas também somente duas ou três vezes ao ano, devido a raridade

das mesmas e o alto custo do sabão. Em consequência disto, cheiravam mal, eram imundas, e viviam cheias de pulgas, piolhos

e insetos. Os dentes não eram lavados, portanto a grande maioria já não os tinha na boca, e as pessoas que ainda os tinham,

estavam apodrecidos e negros. Quando vemos em fotos antigas, lacaios a abanar as pessoas, não era pelo calor e sim pelo odor

fétido que era exalado das bocas e das partes íntimas; portanto usava-se o abano para dissipar o mau cheiro.

Nas áreas urbanas, o excrementos corporais e a água usada no banho eram atirados pela janela, o esgoto era a céu aberto o

que obviamente propiciava a proliferação do mau cheiro e de doenças altamente contagiosas e infecciosas. As roupas de cama

eram sujas, e às vezes dormiam numa mesma cama quatro ou seis pessoas.

Devido a tanta falta de higiene e a muitas vezes manterem animais de grande porte dentro de casa, a proliferação dos ratos era

também grande. A taxa de mortalidade infantil era grande, 1/3 das crianças morriam antes de completar um ano de idade. A

saúde era tratada com desleixo, e quase sempre designavam a doença como um castigo divino. As doenças eram tratadas com

infusões caseiras e por vezes tratamentos absurdamente exóticos, utilizando excrementos de animais, urina e outros tipos de

unguentos.

A doença fazia parte da vida cotidiana. Para muitas enfermidades não havia tratamento, e os doentes aceitavam que tinham

simplesmente que viver com elas. Uma dessas doenças era a lepra, uma doença infecciosa da pele. Os leprosos tinham que viver

afastados, por causa do medo do contágio e havia leis que os proibiam de entrar nas cidades.

Construíram-se casas (leprosarias ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das cidades.

Entre as doenças vulgares para as quais não havia cura temos o sarampo, a tuberculose, a disenteria, a difteria, a varíola e a

escarlatina.

A mais temida das doenças, entretanto, era a peste bubônica, conhecida

por peste negra. Chegou à Europa vinda do Oriente, e manifestou-se pela

primeira vez em Itália em 1347. Espalhou-se rapidamente matando entre

20% a 40% da população européia. Em Portugal, entre fins de Setembro

e o Natal de 1348, a peste negra matou cerca de um terço da população.

A peste era transmitida pelos ratos e pelas pulgas destes, ambos

contaminados pela bactéria Pasteurella Pestis. . Após o contágio a pessoa

tinha poucos dias de vida. Os sintomas eram febre altíssima, mal-estar

geral, vômitos e bolhas de pus espalhavam-se pelo corpo do doente,

principalmente nas axilas e virilhas. As pessoas atribuíam a peste como

sendo um castigo divino, enviado aos homens para pagarem os seus

pecados.

Uma das razões da rápida propagação da peste nas cidades era a falta de

higiene. Nesta época as pessoas viviam no meio de grande sujidade. O

lixo das casas e oficinas era simplesmente atirado para a rua. Só no

século XIX se compreendeu devidamente a importância da limpeza para a

saúde.

Page 8: Textos Idade Média Cursos Técnicos

ALIMENTAÇÃO

De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os

padrões modernos. A quantidade era superior à qualidade. A arte de cozinhar

estava ainda numa fase rudimentar uma vez que as conquistas da cozinha romana

tinham-se perdido com a queda do Império. As duas refeições principais do dia

eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, entre as dez e as

onze horas da manhã. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde.

O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em

média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Para os

menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À

ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas.

A base da alimentação dos ricos era a carne. Ao lado das carnes de matadouro ou

carnes gordas - vaca, porco, carneiro, cabrito - consumia-se largamente caça e

criação. A criação não variava muito da de hoje: galinhas, patos, gansos, pombos,

faisões, pavões, rolas e coelhos. Não existia ainda o peru que só veio para a

Europa depois da descoberta da América. Fabricavam-se também enchidos vários,

como chouriços e linguiça. A forma mais frequente de cozinhar a carne era assá-la

no espeto (assado). Mas servia-se também carne cozida (cozido), carne picada

(desfeito) e carne estufada (estufado).

O peixe situava-se também na base da alimentação, especialmente entre as classes menos abastadas, e durante os dias de

jejum estipulados pela Igreja. Um dos peixes mais consumidos pelos portugueses na Idade Média, parece ter sido a pescada

(peixota). Sardinha, congros, sáveis, salmonetes e lampreias viam-se também com frequência nas mesas de todas as classe

sociais. Também se comia carne de baleia e de toninha, bem como mariscos e crustáceos. Ao lado do peixe fresco, a Idade

Média fez grande uso de peixe seco salgado e defumado.

A fruta desempenhava papel de relevo nas dietas alimentares medievais. Conheciam-se praticamente todas as frutas que

comemos hoje. Muitas eram autóctones, outras foram introduzidas pelos árabes. Apenas a laranja doce viria a ser trazida por

Vasco da Gama, no século XV. Certas frutas eram consideradas pouco saudáveis como as cerejas e os pêssegos por os julgarem

"vianda húmida". Também o limão se desaconselhava por "muito frio e agudo". Era uso comer fruta acompanhada de vinho, à

laia de refresco ou como refeição ligeira, própria da noite. Da fruta fresca se passava à fruta seca e às conservas e doces de

fruta. Fabricavam-se conservas e doces de cidra, pêssego, limão, pêra, abóbora e marmelo. De laranja se fazia a famosa flor de

laranja, simultaneamente tempero e perfume.

O fabrico de bolos não se encontrava muito desenvolvido. Anteriormente ao século XV, o elevado preço do açúcar obrigava ao

uso do mel como único adoçante ao alcance de todas as bolsas. Havia exceções: fabricavam-se biscoitos de flor de laranja,

pastéis de leite e pão de ló, juntamente com os chamados farteis, feitos à base de mel, farinha e especiarias. Com ovos também

se produziam alguns doces: canudos e ovos de laçoa. Contudo, só a partir do Renascimento se desenvolverá a afamada

indústria doceira nacional.

Mas a base da alimentação medieval, quanto ao povo miúdo, residia nos cereais e no vinho. Farinha e pão, de trigo, milho ou

centeio, e também cevada e aveia, ao lado do vinho, compunham os elementos fundamentais da nutrição medieval.

O número de bebidas era extremamente limitado. Desconhecia-se o café. chá, chocolate e a cerveja, à base do vinho e água se

matava a sede ou se acompanhavam os alimentos. Bebia-se vinho não só ao natural mas também cozido e temperado com

água. Não eram especialmente apreciadas as hortaliças e os legumes, pelo menos

entre as classes superiores. O povo, esse fazia basto uso das couves, feijões e

favas. As favas, assim como as ervilhas, as lentilhas, o grão de bico tinham

igualmente significado como substituição ou complementos do pão. Os

portugueses do interior, sobretudo beirões e transmontanos recorriam à

castanha. Durante metade do ano comiam castanha em vez de pão. Nas casas

ricas, onde a culinária era requintada, as ervas de cheiro serviam de

ingredientes indispensáveis à preparação das iguarias, como coentros, salsa e

hortelã, ao lado de sumos de limão e de agraço, vinagre, de cebola e de

pinhões. Cebola e azeite entravam para o tradicional refogado.

Para bem condimentar os alimentos, usavam os portugueses da Idade Média

espécies várias de matérias gordas. O azeite, em primeiro lugar mas também

a manteiga, o toucinho e a banha de porco ou de vaca. O tempero básico

era, naturalmente, o sal também usado para a conservação dos alimentos.

As chamadas viandas de leite estão sempre presentes, isto é, queijo, nata, manteiga e doces feitos à base de lacticínios. O leite

consumia-se em muito fraca quantidade. Na sua maior parte transformava-se em queijo ou manteiga. Servia também como

medicamento. Ovos consumiam-se cozidos, escalfaldos e mexidos.

É após do ano 1000 que a procura da comida se torna mais complicada, devido à diminuição das áreas destinadas às plantações.

A carne era valiosa e escassa e por isso considerada sinônimo de prosperidade e abundância.

Os poucos animais domésticos que existiam eram considerados animais de trabalho, essenciais para desenvolver o trabalho nos

campos e não carne para comer. Aumenta por isso o consumo de cereais como o centeio e trigo-sarraceno, utilizados pela

preparação de simples pães. O pão presente em todas as refeições, era de vários tipos: de cevada, de centeio e até de castanha.

A mesa de quem vivia dos produtos da terra previa também a presença de verduras e legumes. Couves, abóboras, cebolas,

espinafres eram ótimos quando preparados em sopas e acompanhados com grão-de-bico, favas e lentilhas. Os legumes, ricos de

proteínas, eram fáceis de conservar, e muitas vezes eram as lógicas substituições da carne. Esta era destinada apenas para os

dias de festivos: frangos, galinhas, alguns coelhos, representavam a única variante para os trabalhadores da agricultura. As

ervas aromáticas, já bastante conhecidas, como o tomilho, o alecrim e o manjericão, junto ao pouco azeite de oliveira,

enriqueciam essas simples refeições que estavam na base da alimentação de um camponês.

Page 9: Textos Idade Média Cursos Técnicos

TRATAMENTOS PARA ENFERMIDADES

CIRURGIA: CRUEL, SUJA E TERRIVELMENTE DOLOROSA

Os cirurgiões da época tinham pouquíssimo conhecimento sobre a anatomia humana,

sobre antissépticos, que fizessem com que as feridas não infeccionassem, e sobre anestésicos. Não era agradável ser um paciente nessas horas,

mas não havia muita escolha. Para se livrar da dor, você

era submetido a mais dor. Na maioria dos casos, monges se tornavam cirurgiões, já que eles tinham acesso à literatura sobre medicina. No entanto, em 1215, o Papa pediu para que eles não fizessem mais o trabalho. A tarefa sobrou para fazendeiros que tinham experiência tratando animais.

“DWALE”: UM ANESTÉSICO CRUEL QUE PODIA SER

FATAL A cirurgia na idade média era usada somente em casos de vida ou morte. Uma razão é que não havia anestésico

―confiável‖ que pudesse aliviar a dor enorme de um procedimento cirúrgico. Algumas poções usadas para amortecer o paciente ou induzir o sono podiam

ser letais. Um dos exemplos é o Dwale, uma mistura de suco de alho, suco de cicuta, ópio, vinagre e vinho que

era dado ao paciente antes de uma cirurgia. O suco de cicuta sozinho poderia ser fatal – ele é tão forte como anestésico que o paciente para de respirar.

CIRURGIA DE CATARATA: DOLORIDA E RARAMENTE SALVAVA O OLHO DO PACIENTE

Uma operação de catarata

incluía a inserção de uma faca ou de uma agulha pela córnea, forçando as lentes do olho até o fundo do órgão. Posteriormente, uma seringa era usada para extrair por

sucção a catarata.

FEITIÇOS: RITUAIS PAGÃOS OU PENITÊNCIA RELIGIOSA COMO FORMA DE CURA

Tratamentos medievais, normalmente, eram uma

mistura de fatos científicos, crenças pagãs e imposições religiosas. Um exemplo é que, quando alguém contraía a peste bubônica, era determinado que ele passasse

por um período de penitência, se confessando com um padre. Como a doença era vista como um castigo de Deus, se o paciente admitisse seus pecados, talvez sua vida fosse poupada.

CIRURGIÕES EM CAMPOS DE BATALHA: PUXAR FLECHAS NÃO É UM TRABALHO FÁCIL

Como remover flechas dos corpos de soldados? Normalmente a ponta da flecha

ficava dentro do corpo do soldado, enquanto só era possível tirar o cabo. Esse problema foi ―resolvido‖ com a colher de flecha, que

era inserida na ferida causada pelo disparo e ―pescava‖ a ponta da flecha.

BEXIGA BLOQUEADA: UM CATETER DE METAL INSERIDO DIRETAMENTE

NA BEXIGA O bloqueio da bexiga, devido à sífilis ou a outras doenças venéreas, era comum na época, já que não havia antibiótico. O

cateter urinário (um tubo de metal inserido através da uretra até a bexiga) começou a ser usado em meados de 1300.

Quando o tubo não conseguia passar pela uretra, outros aparelhos eram usados – provavelmente apresentando um

risco tão grande quanto o da própria doença.

SANGRIA: A CURA PARA QUASE QUALQUER DOENÇA

Os médicos da idade média achavam que praticamente todas as doenças eram causadas por excesso de líquido no corpo. Então a solução era tirar o sangue dos pacientes. Havia dois métodos ―principais‖. O primeiro usava sanguessugas para tirar o

sangue. O bicho era colocado sobre o local e sugava uma boa quantidade do líquido. O outro era um tradicional corte na veia, normalmente no braço.

PARTO: MULHERES, QUANDO GRÁVIDAS, ERAM PREPARADAS PARA A PRÓPRIA MORTE

Dar a luz na idade média era tão mortal que a Igreja pedia que as grávidas se preparassem para morrer. E teve uma

época em que parteiras mais experientes foram perseguidas como bruxas, já que usavam métodos para aliviar a dor de suas pacientes. Quando um bebê estava morto no útero, uma faca era usada para que ele

fosse desmembrado ainda na barriga da mãe, para facilitar a ―retirada‖ do feto.

CLYSTERS: UM MÉTODO MEDIEVAL USADO PARA INJETAR REMÉDIOS… PELO ÂNUS

O ―clyster‖ era uma versão medieval do supositório, um aparelho que injetava fluidos no corpo através do ânus. Era um

cano ligado a um recipiente. O cano ia ―lá‖ enquanto, no recipiente, estava o remédio.

HEMORRÓIDAS: A AGONIA ANAL TRATADA COM FERRO QUENTE

Você leu direito. O tratamento para hemorróidas era queimá-las com ferro quente.

Há até uma história sobre um monge que, sofrendo com suas hemorróidas enquanto trabalhava no jardim, sentou se em uma pedra que, milagrosamente, o

curou do problema. A pedra existe até hoje, com a marca das hemorróidas do monge, e é visitada por muitos que esperam curar seu ―problema‖ até hoje.

FONTE: INTERNET