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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO Profa. Noemia Galduróz Cossermelli

Trabalho - Direito Coletivo do Trabalho

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DIREITO COLETIVO DO

TRABALHO

Profa. Noemia Galduróz Cossermelli

DEFINIÇÃO

O Direito Coletivo do Trabalho compreende o estudo das

relações jurídicas estabelecidas em grupo para

solução dos conflitos de interesses que abrangem a

categoria econômica e profissional.

2

DIREITO COLETIVO

PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS

CF/1988

1. Direito de organização sindical e a liberdade sindical

2. Manutenção do sistema confederativo com os sindicatos, federações e confederações, sem menção às centrais sindicais

3. Unicidade sindical com a autodeterminação das bases territoriais (sindicato único num município)

4

PRINCÍPIOS

CF/1988

4. Livre criação de sindicatos sem autorização prévia do Estado

5. Livre administração dos sindicatos, vedada intervenção do Estado

6. Livre estipulação, pelas assembleias sindicais, da contribuição devida pela categoria

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PRINCÍPIOS

CF/1988

7. Liberdade individual de filiação e desfiliação

8. Direito dos aposentados, filiados ao sindicato, de votar nas eleições e de serem votados

9. Garantias aos dirigentes sindicais

10. Direito de negociação coletiva

11. Direito de greve

12.Direito de representação dos trabalhadores

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DIREITO COLETIVO

FONTES

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FONTES NORMATIVAS

1. FONTES INTERNACIONAIS

1.1 Convenções Internacionais – OIT

- liberdade sindical – C. n. 87/48

(não-ratificada pelo Brasil)

- direito de sindicalização e

negociação coletiva - C n. 98/49

8

FONTES NORMATIVAS

2. FONTES NACIONAIS

2.1 Leis Constitucionais

2.2 Leis infraconstitucionais

2.3 Disposições da Administração Pública

2.4 Jurisprudência dos Tribunais

2.5 Convenções e Acordos Coletivos

2.6 Estatutos dos sindicatos

2.7 Usos e costumes

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ORGANIZAÇÃO

SINDICAL

NATUREZA JURÍDICA

10

ENTIDADE SINDICAL - NATUREZA JURÍDICA

(depende do sistema jurídico nacional)

1. Direito Privado

- disciplinado como as demais associações - (Código Civil - arts. 53 a 61)

2. Direito Público

- Órgãos pertencentes ao Estado (apêndice do Estado –(Cotrim Neto)

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ORGANIZAÇÃO

SINDICAL

CONCEITO

12

CONCEITO DE ENTIDADE SINDICAL

Sindicato é uma organização social

constituída para, segundo um Princípio de

Autonomia Privada Coletiva, defender

interesses trabalhistas e econômicos nas

relações coletivas entre os grupos sociais

Amauri Mascaro Nascimento

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ORGANIZAÇÃO SINDICAL PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

14

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - CF/88 – Art. 5º

Art. 5º.

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

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PRINCÍPIOS - CF/88 – ART. 5º.

Art. 5º.

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

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ORGANIZAÇÃO SINDICAL ESTRUTURA E PREVISÃO LEGAL

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ESTRUTURA SINDICAL

NACIONAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

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ORGANIZADA POR NO MÍNIMO

03 FEDERAÇÕES – ART. 535 CLT

ORGANIZADA POR NO MÍNIMO

05 SINDICATOS – Art. 534

ASSOCIAÇÃO PARA

DEFESA DOS

INTERESSES COMUNS

EMPREGADOS E

EMPREGADORES

CONFEDERAÇÃO

FEDERAÇÃO

SINDICATO

DE

BASE

ESTRUTURA SINDICAL ATRIBUIÇÕES E RERROGATIVAS

DAS CENTRAIS SINDICAIS:

Âmbito nacional, reunindo a:

• Filiação de, no mínimo, 100 sindicatos distribuídos nas 5 regiões do país

• Filiação em pelo menos 03 regiões do país de, no mínimo, 20 sindicatos em cada uma

• Filiação de sindicatos em, no mínimo, 05 setores de atividade econômica

• Filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional

CONFE-

DERAÇÃO

FEDERAÇÃO

SINDICATO

DE

BASE

19

CENTRAIS SINDICAIS

Lei 11.648/08

ESTRUTURA SINDICAL ÓRGÃOS DO SINDICATO

DIRETORIA

ASSEMBLÉIAS

SINDICAIS

CONSELHO FISCAL

20

Representação e defesa dos Interesses da entidade

perante o Poder Público e as empresas

Fonte de decisões, geral ou extraordinária, com

participação dos associados do sindicato nas

votações (greve, negociações coletivas, lista de

representantes sindicais nos órgãos do Estado,

eleições sindicais de diretoria etc.)

Aprovação das contas da diretoria e os demais

atos de controle da Gestão financeira do

sindicato

CF/88

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

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ASSOCIAÇÃO SINDICAL - Art. 511

CLT

Art. 511 - É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.

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CATEGORIA ECONÔMICA - Art. 511

CLT

Art. 511.

§ 1º - A solidariedade de interesses econômicos dos

que empreendem atividades idênticas, similares ou

conexas constitui o vínculo social básico que se

denomina categoria econômica.

23

CATEGORIA PROFISSIONAL - Art. 511

CLT

Art. 511.

§ 2º - A similitude de condições de vida oriunda da

profissão ou trabalho em comum, em situação de

emprego na mesma atividade econômica ou em

atividades econômicas similares ou conexas, compõe a

expressão social elementar compreendida como

categoria profissional.

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CATEGORIA DIFERENCIADA - Art. 511

CLT

Art. 511.

§ 3º - Categoria profissional diferenciada é a que se

forma dos empregados que exerçam profissões ou

funções diferenciadas por força de estatuto

profissional especial ou em consequência de condições

de vida singulares.

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BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO

Base sociológica do grupo

A associação sindical se divide em dois ramos :

a) integrado pelos trabalhadores

b) constituído de empregadores

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BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO

1º) Sindicatos por profissão

são as organizações que reúnem todos os que militam

numa determinada atividade profissional,

independentemente da empresa em que trabalham.

Essa categoria é encontrada na vida social, e não criada

pelo Estado.

Exemplo

- todos os motoristas se reúnem num sindicato

- os engenheiros se reúnem num sindicato

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BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO

2º) sindicato por empresa

o sindicato representa todos os que trabalham numa

empresa, independentemente da profissão que nela

exerçam.

Exemplo.

- EUA (no Brasil, não)

- Chile (se pequenos, os empregados agrupam-se em um

sindicato interempresarial)

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BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO

3º) Sindicato por categoria profissional e econômica

ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BRASIL

Ela é constituída de sindicatos por:

- categoria profissional

- categoria geral ou diferenciada

- categoria econômica ou patronal

Sendo o município a base mínima da representação que os sindicatos exercerão

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CATEGORIAS.

REPRESENTATIVIDADE SINDICAL DE

TRABALHADORES E DE

EMPREGADORES

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CATEGORIAS SINDICAIS

CF/88 (art. 8º., I)

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,

observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a

fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão

competente, vedadas ao Poder Público a interferência

e a intervenção na organização sindical.

- registro dos estatutos no CRPJ

- unicidade sindical

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CATEGORIAS SINDICAIS

CF/88 (art. 8º., I)

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

- registro dos estatutos no CRPJ

- controle de unicidade sindical – o STF pacificou a matéria definindo que os estatutos sindicais, mesmo se não registrados no CRPJ deveriam ser levados a deposito no orgão do MTE para fins de cadastro e verificação da unicidade sindical

- STF – Pleno MI 144-8-SP. DJU 28.5.1993

- Sumula 667 STF

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CATEGORIAS SINDICAIS

SINDICATO PATRONAL

Assembléia de empresas da categoria econômica

Aprovação do estatuto social

Registro em Cartório de Títulos e Documentos

Registro no Cadastro Brasileiro de Entidades sindicais

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ACORDOS E

CONVENÇÕES

COLETIVAS

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CONTRATOS COLETIVOS

ART. 611

CLT

Art. 611- Convenção Coletiva de Trabalho é o

acordo de caráter normativo, pelo qual dois

ou mais Sindicatos representativos de

categorias econômicas e profissionais

estipulam condições de trabalho aplicáveis,

no âmbito das respectivas representações, às

relações individuais do trabalho.

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CONTRATOS COLETIVOS

ART. 611

§ 1º- É facultado aos Sindicatos

representativos de categorias profissionais

celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais

empresas da correspondente categoria

econômica, que estipulem condições de

trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou

das empresas acordantes às respectivas

relações de trabalho.

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CONTRATOS COLETIVOS

ART. 620

Art. 620- As condições estabelecidas em

Convenção, quando mais favoráveis,

prevalecerão sobre as estipuladas em

Acordo.

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VIGÊNCIA DAS CONVENÇOES

COLETIVAS

Art. 613, II, CLT

- impõe que os instrumentos normativos profissionais

tenham prazo de vigência

Art 614, § 3º, CLT

- impede a estipulação de prazo superior a dois anos.

.

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INCORPORAÇAO NAS NORMAS COLETIVAS

NOS CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO

• SÚMULA N.º 277. CONVENÇÃO COLETIVA DE

TRABALHO OUA C O R D O C O L E T I V O

D E T R A B A L H O . E F I C Á C I A .

• ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão

do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)

• As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou

convenções coletivas integram os contratos

individuais de trabalho e somente poderão ser

modificadas ou suprimidas mediante negociação

coletiva de trabalho.

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FORMAS DE SOLUÇÃO DOS

CONLFITOS COLETIVOS DE

TRABALHO

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FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONLFITOS

COLETIVOS DE TRABALHO

1. AUTOCOMPOSIÇÃO

1.1 acordo coletivo de trabalho

1.2 convenção coletiva de trabalho

2. HETEROCOMPOSIÇÃO

2.1 mediação

2.2 arbitragem privada (lei 9.307/96)

2.3 jurisdição – Poder Normativo da Justiça do

Trabalho.

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DIREITO DE GREVE

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GREVE – CF/88

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo

aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de

exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele

defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades

essenciais e disporá sobre o atendimento das

necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às

penas da lei.

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CÓDIGO PENAL DOS CRIMES CONTRA ORGANIZAÇAO

DO TRABALHO Paralisação de trabalho, seguida de violência

ou perturbação da ordem

Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa:

Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados.

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GREVE – CF/88

Art. 37. A administração pública direta e indireta de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à

livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e

nos limites definidos em lei específica;

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GREVE – LEI 7.783/89

LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989

Dispõe sobre o exercício do direito de greve,

define as atividades essenciais, regula o

atendimento das necessidades inadiáveis da

comunidade, e dá outras providências.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo

aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de

exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio

dele defender.

Parágrafo único. O direito de greve será exercido na

forma estabelecida nesta Lei.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo

exercício do direito de greve a suspensão coletiva,

temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação

pessoal de serviços a empregador.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.

Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços.

§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.

§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembléia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no caput, constituindo comissão de negociação.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 5º A entidade sindical ou comissão

especialmente eleita representará os interesses dos

trabalhadores nas negociações ou na Justiça do

Trabalho.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:

I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve;

II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 6º.

§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.

§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.

§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 8º A Justiça do Trabalho, por iniciativa de qualquer das

partes ou do Ministério Público do Trabalho, decidirá sobre

a procedência, total ou parcial, ou improcedência das

reivindicações, cumprindo ao Tribunal publicar, de imediato,

o competente acórdão.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.

Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;

II - assistência médica e hospitalar;

III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

IV - funerários;

V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:

VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;

X - controle de tráfego aéreo;

XI compensação bancária.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 12. No caso de inobservância do disposto no

artigo anterior, o Poder Público assegurará a

prestação dos serviços indispensáveis.

60

GREVE – LEI 7.783/89

Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades

essenciais, ficam as entidades sindicais ou os

trabalhadores, conforme o caso, obrigados a

comunicar a decisão aos empregadores e aos

usuários com antecedência mínima de 72 (setenta

e duas) horas da paralisação.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:

I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;

II - seja motivada pela superveniência de fatos novos ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados,

ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será

apurada, conforme o caso, segundo a legislação

trabalhista, civil ou penal.

Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de

ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e

oferecer denúncia quando houver indício da prática

de delito.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 16. Para os fins previstos no art. 37, inciso VII, da

Constituição, lei complementar definirá os termos e os

limites em que o direito de greve poderá ser exercido.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por

iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar

negociação ou dificultar o atendimento de

reivindicações dos respectivos empregados (lockout).

Parágrafo único. A prática referida no caput assegura

aos trabalhadores o direito à percepção dos salários

durante o período de paralisação.

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GREVE – LEI 7.783/89

Art. 18. Ficam revogados a Lei nº 4.330, de 1º de junho de 1964, o Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto de 1978, e demais disposições em contrário.

Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 28 de junho de 1989; 168º da Independência e 101º da República.

JOSÉ SARNEY

66

LIBERDADE SINDICAL

CONVENÇÃO N. 87/48

CONVENÇAO N. 87/48

LIBERDADE SINDICAL E

DIREITO DE SINDICALIZAÇÃO

Aprovada na 31ª reunião da Conferência

Internacional do Trabalho São Francisco (1948),

entrou em vigor no plano internacional em 4.7.50.

É considerada a mais importante das convenções da

OIT, tendo sido ratificada por 108 dos 164 Estados

Membros da Organização.

CONVENÇAO N. 87/48

O Presidente Eurico Gaspar Dutra encaminhou o

texto da convenção ao Congresso Nacional

(Mensagens n. 256)

Motivos porque o Brasil não se insere entre os

países que aderiram a esse tratado multilateral.

CONVENÇÃO N. 87/48 – Art. 1º.

Artigo 1º. - “Todo Membro da OIT para a qual esteja em vigor esta Convenção se obriga a pôr em prática as disposições seguintes”.

CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 2º.

• Os trabalhadores e os empregadores, sem

qualquer distinção e sem autorização prévia, têm

o direito de constituir as organizações que

julguem convenientes, assim como de se filiar a

essas organizações, com a única condição de

observar seus estatutos.

CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 3º.

1 - As organizações de trabalhadores e empregadores têm o direito de:

• redigir seus estatutos e regulamentos administrativos

• eleger livremente seus representantes • organizar sua administração e suas atividades

• formular seu programa de ação 2 - As autoridades públicas deverão se abster de toda

intervenção que vise a limitar esse direito ou a dificultar seu exercício legal

CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 4º.

As organizações de trabalhadores e de

empregadores não estarão sujeitas à

dissolução ou suspensão por via

administrativa

CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 5º.

• As organizações de trabalhadores e de

empregadores têm direito de:

- se constituir em federações e confederações,

assim como de filiar-se às mesmas

• Toda organização, federação ou confederação

tem o direito de:

- filiar-se a organizações internacionais de

trabalhadores e de empregadores