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0 Índice Páginas 1.0 Introdução 1 2.0 Objectivos 2 2.1 Geral 2 2.2 Específicos 2 3.0 Metodologia 2 4.0 Regencial teórico 3 4.1 Definições 3 4.2 Mudanças climáticas 3 4.3 Características das mudanças climáticas 4 4.4 Mudanças climáticas e problemas fitossanitários 6 4.5 Vulnerabilidade na Agricultura 6 4.6 Contribuição da agricultura para o efeito estufa 7 4.7 Culturas mais afectadas pelas mudanças climáticas 8 5.0 Conclusão 11 6.0 Referências bibliográficas 11

Trabalho sobre mudancas climaticas

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Page 1: Trabalho sobre mudancas climaticas

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Índice Páginas

1.0 Introdução 1

2.0 Objectivos 2

2.1 Geral 2

2.2 Específicos 2

3.0 Metodologia 2

4.0 Regencial teórico 3

4.1 Definições 3

4.2 Mudanças climáticas 3

4.3 Características das mudanças climáticas 4

4.4 Mudanças climáticas e problemas fitossanitários 6

4.5 Vulnerabilidade na Agricultura 6

4.6 Contribuição da agricultura para o efeito estufa 7

4.7 Culturas mais afectadas pelas mudanças climáticas 8

5.0 Conclusão 11

6.0 Referências bibliográficas11

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1.0 Introdução

As mudanças climáticas têm implicações significativas para a vida presente, para as gerações

futuras e para os ecossistemas dos quais a humanidade depende. Por conseguinte, as mudanças

climáticas foram e continuam a ser objecto de intensa investigação científica e debate público.

Há fortes evidências de que o aquecimento da Terra ao longo do último meio século tem sido

causado em grande parte pela actividade humana, devido à queima de combustíveis fósseis e

mudanças no uso da terra, incluindo a agricultura e o desmatamento. O tamanho do incremento

da temperatura no futuro e outros aspectos das mudanças do clima, especialmente em escala

regional, ainda estão sujeitos à incerteza. No entanto, os riscos associados a algumas dessas

mudanças são substanciais. É importante que os tomadores de decisão tenham acesso à ciência

do clima da mais alta qualidade, e que considerem as suas descobertas na formulação de

respostas apropriadas. Considerando os debates públicos e políticos em curso sobre as mudanças

climáticas, o objectivo deste documento é resumir as actuais evidências científicas sobre as

mudanças climáticas e suas causas. Considera-se que a ciência está bem estabelecida onde há

amplo consenso, mas o debate contínua, onde continua a existir uma incerteza substancial. Os

impactos das mudanças climáticas, diferentemente das causas, não são considerados aqui. Neste

efeito no presente trabalho irá aprimorar-se sobre os efeitos das mudanças climáticas na

agricultura.

Page 3: Trabalho sobre mudancas climaticas

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3.0 Objectivos

3.1 Geral

Estudar o efeito das mudanças climáticas na agricultura.

3.2 Específicos

Definir o que são mudanças climáticas;

Descrever o efeito das mudanças climáticas na agricultura;

Caracterizar os ciclos agrícolas;

Avaliar as culturas mais afectadas pelas mudanças climáticas.

3.0 Metodologia

Para a execução do presente trabalho recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica, Para a execução

do presente trabalho recorreu-se “a uma pesquisa bibliográfica, a qual é definida como sendo

aquela que provém de um material já elaborado com vista a ajudar ao leitor na sua investigação

(manuais, revistas, jornais, etc.) ”. (MORREIRA:1999). E ainda recorreu-se á internet através de

artigos tipo pdf que ajudaram para o enriquecimento do mesmo.

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4.0 Regencial teórico

4.1 Definições

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para o cultivo da terra para produção de espécies

vegetais.

Clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio ambiente

atmosférico de uma determinada região ao longo do ano.

Mudanças climáticas refere-se a variações no clima que podem ser identificadas (usando testes

estatísticos) por mudanças na média e/ou na variabilidade de suas propriedades, e que persistem

por um longo período de tempo, tipicamente décadas ou mais. Ela refere-se a qualquer mudança

do clima ou qualquer que seja sua decorrência, tanto por variações naturais ou pelas actividades

humanas.

Ciclos agrícolas compreende o período desde o plantio, o desenvolvimento ate a colheita de uma

determinada cultura.

Efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha emitida

pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera.

4.1 Mudanças climáticas

a) Efeitos naturais

Na maioria das mudanças climáticas verificadas na escala global são de efeitos naturais (aquelas

que ocorrem pela acção da natureza), em outros casos devidos à actividade humana, podem ser

iniciadas por processos que modificam tanto a quantidade de energia absorvida do Sol quanto a

quantidade de energia infravermelha emitida de volta para o espaço.

Mudanças climáticas podem, portanto, ser iniciadas por variações na energia recebida do Sol,

mudanças nas quantidades e características dos gases de efeito estufa, partículas e nuvens, ou

mudanças na reflectividade da superfície da Terra.

Page 5: Trabalho sobre mudancas climaticas

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O desequilíbrio entre a radiação absorvida e emitida como resultado dessas mudanças será

referido aqui como "forçamento climático" (também conhecido como "forçamento radioactivo) e

em unidades de W/m². Um clima com forçamento positivo tenderá a provocar um aquecimento e

um forçamento negativo um resfriamento. Mudanças climáticas agem no sentido de restabelecer

o equilíbrio entre a energia absorvida do Sol e da energia infravermelha emitida para o espaço.

Em princípio, mudanças climáticas em uma ampla escala de tempo podem surgir a partir de

variações dentro do próprio sistema climático, devido, por exemplo, às interacções entre os

oceanos e a atmosfera; neste documento, nos referimos a elas como "variabilidade interna do

clima". Tal variabilidade interna pode ocorrer porque o clima é um exemplo de um sistema

caótico: que pode apresentar variações internas complexas imprevisíveis, mesmo na ausência de

forçamentos climáticos discutidos no parágrafo anterior.

Há evidências muito fortes para indicar que mudanças climáticas ocorreram em uma ampla

variedade de ritmos diferentes, de décadas a milhões de anos, e que a actividade humana é uma

adição relativamente recente à lista de possíveis causas das mudanças climáticas.

A alternância entre períodos glaciais e interglaciais, nos últimos poucos milhões de anos,

acredita-se terem sido uma resposta às mudanças nas características da órbita da Terra em torno

do Sol. Enquanto estas levaram a pequenas variações no total de energia recebida do Sol,

resultaram em mudanças significativas na sua distribuição geográfica e sazonal. As grandes

mudanças do clima, na movimentação para dentro e para fora de períodos glaciais, são provas da

sensibilidade do clima a mudanças no balanço.

4.2 Características das mudanças climáticas

As mudanças climática dizem respeito as variações da temperatura, precipitação, nebulosidade e

outros fenómenos climáticos em relação às médias históricas sazonais. Tais variações podem

alterar as características climáticas de uma maneira a alterar sua classificação didáctica. Os tipos

de classificação para as regiões climáticas são: classificação do clima de Köppen, classificação

do clima de Thornthwaite e classificação do clima de Martonne. Podem estar em causa

mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até milhões de

anos.

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Estas alterações podem ser causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por

forças externas (como, por exemplo, variações na actividade solar) ou, mais recentemente, pelo

resultado da actividade humana.

Causa das mudanças climáticas

O sistema climático terrestre responde a desequilíbrios energéticos, chamados de forçantes

climáticas. Na história geológica do planeta vários factores já induziram mudanças climáticas

significativas, como as várias transições entre Eras do Gelo e Interglaciais ocorridas no

Quaternário. Suas causas podem ser classificadas como naturais (internas e externas) e

antrópicas

Consequências das mudanças climáticas

As mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os

climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da

temperatura mundial, fenómeno conhecido como aquecimento global. Este fenómeno, gerado

pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o

aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas

últimas décadas em função das mudanças climáticas.

Efeito estufa

O Sol é a fonte primária de energia para o clima da Terra. Observações de satélite mostram que

cerca de 30% da energia do Sol que atinge a Terra acaba sendo reflectida de volta para o espaço

pelas nuvens, gases e pequenas partículas na atmosfera, e pela superfície da Terra. O restante,

cerca de 240 watts por metro quadrado (W/m²) em média no planeta, é absorvido pela atmosfera

e pela superfície. Para equilibrar a absorção de 240 W/m² de energia proveniente do Sol, a

superfície da Terra e a atmosfera emitem praticamente a mesma quantidade de energia de volta

para o espaço; e o fazem através de radiação infravermelha. Em média, a superfície emite

significativamente mais do que 240 W/m², mas o efeito resultante da absorção e da emissão da

radiação infravermelha pelos gases atmosféricos e as nuvens reduz a quantidade que retorna para

o espaço, equilibrando a energia recebida do Sol.

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Assim, a superfície se mantém mais quente do que do contrário seria, porque, além da energia

que recebe do Sol, ele também recebe energia infravermelha emitida de volta pela atmosfera. O

aquecimento que resulta dessa energia infravermelha é conhecido como efeito estufa.

Outros agentes das mudanças climáticas globais

Além das variações nas concentrações de gases de efeito estufa, há um grande número de

contribuições não tão bem caracterizadas para os forçamentos climáticos, tanto naturais como

induzidas pelos humanos.

Erupções vulcânicas são exemplos de um mecanismo de forçamento climático natural. Uma

erupção vulcânica individual tem seus maiores efeitos sobre o clima apenas por alguns anos após

a erupção, e esses efeitos são dependentes da localização, do tamanho e do tipo de erupção.

Estima-se que forçamentos naturais devidos às variações sustentadas da energia emitida pelo Sol

sobre a Terra nos últimos 150 anos foram pequenos (cerca de 0,12 W/m²). Porém, observações

directas da energia emitida pelo Sol só se tornaram disponíveis em 1970 e as estimativas sobre

períodos mais confiáveis dependem da observação de mudanças em outras características do Sol.

Uma série de mecanismos tem sido propostos e poderiam reduzir ou ampliar o efeito das

variações solares, mas estes continuam a ser áreas da pesquisa activa.

A actividade humana resulta em emissões de diversos gases de vida curta (como o monóxido de

carbono e o dióxido de enxofre) e partículas na atmosfera. Isto afecta as concentrações

atmosféricas de outros gases importantes para o clima, tais como o ozónio e outras partículas que

levam a um forçamento climático. Os cálculos, acoplados a uma variedade de observações

atmosféricas, indicam que as partículas têm causado um forçamento climático negativo de cerca

de 0,5 W/m², com uma incerteza de ± 0,2 W/m². As partículas também influenciam directamente

as propriedades das nuvens.

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4.3 Mudanças climáticas e problemas fitossanitários

b) Efeitos Humanos

As mudanças climáticas globais causarão alterações no actual cenário fitossanitário da

agricultura brasileira. Como o ambiente determina a ocorrência de doenças, pragas e plantas

invasoras, alterações no clima causarão modificações na incidência e severidade desses

problemas. Os impactos económicos, sociais e ambientais podem ser positivos, negativos ou

neutros, pois as mudanças climáticas podem diminuir, aumentar ou não ter efeito sobre os

diferentes patos sistemas ou pragas, em cada região.

Os microrganismos fitopatogênicos e as pragas estão entre os primeiros organismos a evidenciar

os efeitos das mudanças climáticas devido às numerosas populações, facilidade de multiplicação

e dispersão e o curto tempo entre gerações. Dessa forma, constituem um grupo de indicadores

fundamental, que precisa ser avaliado quanto aos impactos das mudanças climáticas. Além disso,

são um dos principais factores responsáveis por reduções de produtividade e podem colocar em

risco a sustentabilidade do agro-ecossistema. Diante das ameaças que as mudanças climáticas

representam à protecção de plantas, nos próximos anos, um estudo detalhado do assunto vem

sendo desenvolvido por muitos ecologistas do mundo.

4.4 Vulnerabilidade na Agricultura

A agricultura é uma actividade altamente dependente de factores climáticos, como temperatura,

pluviosidade, humidade do solo e radiação solar. A mudança climática pode afectar a produção

agrícola de várias formas: pela mudança em factores climáticos, incluindo a frequência e a

severidade de eventos extremos, pelo aumento da produção devido ao efeito fertilizador de

carbono por meio de maiores concentrações de CO2 atmosférico, pela alteração da intensidade de

colheita devido a uma mudança no número de graus dia de crescimento, ou então modificando a

ocorrência e a severidade de pragas e doenças (Shaw, 1997), entre outros efeitos

Estudos baseados em modelos de circulação geral (GCM) mostram que a produtividade de várias

culturas tende a diminuir em algumas regiões do globo e aumentar em outras. Assim, a produção

em áreas tropicais e subtropicais, principalmente na África sub-saariana, devido às grandes áreas

de clima árido e semi-árido e sua dependência de agricultura, tende a ser mais afectada em

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relação às regiões temperadas (Jones et al., 1997; CGIAR, 1998).

4. 5 Contribuição da agricultura para o efeito estufa

Ao mesmo tempo que se constitui em uma actividade potencialmente influenciável pela mudança

do clima, a agricultura também contribui para o efeito estufa com emissões de gases como o

metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O e

óxidos de nitrogénio (NOx).

Estima-se que 20% do incremento anual do forçamento radioactivo global é atribuído ao sector

agrícola, considerando-se o efeito dos gases metano, óxido nitroso e gás carbónico (baseado em

IPCC, 1996a), excluída a fracção correspondente às mudanças do uso da terra relacionadas às

actividades agrícolas (15%). O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pelo

setor agropecuário, contribuindo com 15% e 6%, respectivamente, para o forçamento radioactivo

global (Cotton & Pielke, 1995). As fontes agrícolas de gases de efeito estufa são o cultivo de

arroz irrigado por inundação, a pecuária, dejectos animais, o uso agrícola dos solos e a queima de

resíduos agrícolas. O cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária doméstica e seus

dejectos, assim como a queima de resíduos agrícolas promovem a liberação de metano (CH4) na

atmosfera. Estima-se que cerca de 55% das emissões antrópicas de metano provêm da agricultura

e da pecuária juntas (IPCC, 1995). Os solos agrícolas, pelo uso de fertilizantes nitrogenados,

fixação biológica de nitrogénio, adição de dejectos animais, incorporação de resíduos culturais,

entre outros factores, são responsáveis por significantes emissões de óxido nitroso (N2O). A

queima de resíduos agrícolas nos campos libera, além do metano (CH4), óxido nitroso (N2O),

óxidos de nitrogénio (NOx) e monóxido de carbono (CO).

4.6 Culturas mais afectadas pelas mudanças climáticas

As culturas que são especialmente afectadas nos campos de cultivo são: feijão, soja, trigo e

milho, e ainda algumas outras tais como: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, girassol,

mandioca, etc.

Segundo os pesquisadores, se nada for feito para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nem

para adaptar as culturas à nova situação, ocorrerá uma migração de plantas para regiões nas quais

hoje não são cultivadas, pois os agricultores partirão em busca de condições climáticas melhores.

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Áreas que actualmente são as maiores produtoras de grãos podem não estar mais aptas ao plantio

bem antes do final do século. Uma das consequências mais graves, afirma Pinto, é que a

mandioca pode desaparecer do semi-árido. Apesar de, no balanço geral, a cultura ser beneficiada,

podendo se espalhar para outros pontos do mundo, ela vai desaparecer onde hoje é mais

necessária para a segurança alimentar. Os pesquisadores já alertam para áreas de cultivo que

serão mais afectadas e começam a discutir medidas para aliviar esses impactos.  Culturas como

feijão, soja, trigo e milho serão especialmente afectadas, apontam estudos actuais sobre pesquisa

de mudanças Climáticas globais. Tomando como base os hectares cultivados em 2009 e, se

mantidas as actuais condições de produção, as projecções para 2030 apontam grandes reduções

de área, tanto nos prognósticos pessimistas como nos cenários mais optimistas. Para o feijão, a

queda vai de 54,5% a 69,7%. Para a soja, importante commoditie nacional, para um pais que

corresponde o maior produtor mundial de soja e o primeiro em volume de exportação, a redução

estimada é de 15% a 28%.

Mas, como já vimos, a agricultura é um tremendo filão. Portanto, uma actividade que movimenta

bilhões de dólares todos os anos não será negligenciada por órgãos de pesquisa brazucas de

forma alguma. Em outras palavras, a tendência é que os futuros governos invistam pesadamente

nessa área, procurando conter os sangramentos que devem ocorrer. Aliás, alguns deles

provocados pela própria actividade agrícola, que pode causar danos ao ambiente quando exercida

de maneira inconsequente e não conservacionista, contribuindo, inclusive, para o efeito estufa e

provocando a morte e decomposição de muitos organismos.

De acordo com Hilton Silveira Pinto, coordenador da sub-rede Agricultura e pesquisador da

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), “é necessário buscar soluções para adaptação e

mitigação dos efeitos do aquecimento global na agricultura”.

Figura1: exemplo da cultura de trigo afectado pelas mudanças clima

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5.0 Conclusão

Há fortes evidências de que mudanças nas concentrações de gases de efeito estufa devido às

actividades do ser humano são a causa dominante do aquecimento global que tem ocorrido no

último meio Século. Esta tendência de aquecimento deve continuar, assim como as mudanças

nas precipitações em longo prazo, em muitas regiões. O maior e mais rápido aumento do nível do

mar é provavelmente o que terá profundas implicações para as comunidades costeiras e nos

ecossistemas.

Não é possível determinar exactamente o quanto a Terra vai aquecer ou exactamente como o

clima vai mudar no futuro, mas estimativas cuidadosas das potenciais mudanças e das incertezas

associadas têm sido feitas. Os cientistas continuam a trabalhar para diminuir estas áreas de

incerteza. A incerteza pode funcionar nos dois sentidos, pois as mudanças e seus impactos

podem ser menores ou maiores do que os previstos.

Como muitas decisões importantes, escolhas de políticas sobre mudanças climáticas têm que ser

feitas na ausência de conhecimento perfeito. Mesmo que as incertezas remanescentes sejam

substancialmente resolvidas, a grande variedade de interesses, culturas e crenças da sociedade é

que fazem com que um consenso sobre tais escolhas seja difícil de alcançar. No entanto, os

potenciais impactos das mudanças climáticas são suficientemente graves que decisões terão de

ser tomadas. A ciência climática - incluindo o conjunto de conhecimentos que já está bem

estabelecido, e os resultados de pesquisas futuras - é a base essencial para projecções sobre o

clima futuro e planeamento, e deve ser um componente vital da argumentação pública nesta área

complexa e desafiadora.

É fato reconhecido que as mudanças climáticas decorrentes do processo de aquecimento global

afectam o desempenho económico, muitas têm sido as constatações científicas que os aumentos

nos níveis de concentração de gases de efeito estufa ocasionarão elevações de temperatura e

variações nos níveis de precipitação. Diante dessa preocupação, espera-se que as consequências

sejam directas sobre os recursos hídricos, sobre sectores como o de energia e, em particular,

sobre a produção agrícola.

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6.0 Referências bibliográficas

DECONTO, J. G. Aquecimento global e a nova geografia da produção agrícola no Brasil. São

Paulo: Embrapa; Campinas: Unicamp, 2008.

GHINI, R.. Mudanças climáticas globais e doenças de plantas. Jaguariúna: Embrapa Meio

Ambiente, 2005.

MARENGO, José A. Mudanças climáticas globais e seus efeitos sobre a biodiversidade:

caracterização do clima actual e definição das alterações climáticas para o mundo ao longo do

século XXI. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2006, p. 137.

RONALD Rey, G. Prinn e BRUCE Fegley Jr. Características das mudanças climáticas e seu

impacto na agricultura. Earth and Planetary Science Letters, 1987, n. 83, p. 1-15.