63
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MAIARA ALVES BEZERRA UM PARALELO ENTRE AULAS TRADICIONAIS E AULAS PRÁTICAS UTILIZANDO MODELOS DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CE IGUATU-CEARÁ 2012

Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MAIARA ALVES BEZERRA

UM PARALELO ENTRE AULAS TRADICIONAIS E AULAS PRÁTICAS

UTILIZANDO MODELOS DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA

DE ENSINO FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CE

IGUATU-CEARÁ 2012

Page 2: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

MAIARA ALVES BEZERRA

UM PARALELO ENTRE AULAS TRADICIONAIS E AULAS PRÁTICAS

UTILIZANDO MODELOS DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA

DE ENSINO FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CE

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas do Centro da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientação: Profa. Dra. Alana Cecília de Menezes Sobreira.

IGUATU-CEARÁ 2012

Page 3: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de
Page 4: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

Dedico

A Deus, minha amada mãe Marlucia, que

é a minha fortaleza, meu pai José, a

minha irmã Iara e o meu namorado

Cássio, por terem sido o alicerce que me

manteve firme na caminhada. Amo todos!

Page 5: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

AGRADECIMENTOS

A Deus, autor e princípio de toda a vida, por estar sempre presente, me

dando força e coragem para vencer os obstáculos da caminhada.

A minha mãe Marlucia Bezerra, que acima de tudo é uma grande amiga e

sempre está presente em minha vida, me ajudando a enfrentar os desafios do dia a

dia, me incentivando a nunca desistir dos sonhos, porque nada é impossível. Ao

meu pai José Alves, que sempre esteve ao meu lado durante essa jornada e foi

graças à ajuda dele que estou realizando esse grande sonho. A minha irmã Josefa

Iara, que me apoiou e me ajudou nos momentos que mais precisei, aos meus avós,

e finalmente, a toda minha família que amo muito e sempre estiveram comigo, me

apoiando e incentivando nos bons e maus momentos.

A minha orientadora, profa. Dra. Alana Cecília de Menezes Sobreira, pela

sua eficácia, competência, esforço e dedicação ao me orientar.

Ao meu namorado Cássio Gonçalves, por um ser um grande

companheiro, que sempre esteve comigo e nunca mediu esforços para me ajudar.

A minha madrinha Zenilda Araújo, por abrir as portas de sua casa, me

acolhendo e, por ser uma grande amiga com quem posso contar sempre que

precisar.

Aos professores do curso de Ciências Biológicas, Alana Cecília, Ana

Cristina, Ricardo Rodrigues, Môngolla Keyla, Ana Kelen, Fernando Roberto,

Carmem Rogélia, Irismaura Cordeiro, pelos ensinamentos e confiabilidade em

transmitir seus conhecimentos e, principalmente a Sdena Nunes, que além de

professora se tornou uma grande amiga, com quem aprendi muitas coisas que

levarei por toda a vida.

Aos caros colegas de turma, Lucilane, Thamires, Nikaelly, Aila, Denis,

Jamile, Elvis, Lívia, João Victor, Jessika, Heryman, Marlúcia e Kemili, que sempre

estiveram comigo, compartilhando a amizade, as alegrias e dificuldades que sugiram

ao longo do tempo em que estivemos juntos.

A todos que contribuíram de forma direta ou indireta na concretização

desse grande ideal de vida.

Muito obrigada!

Page 6: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

Minha força vem de um Deus que faz milagres

Minha fé está além do impossível

Minha esperança viva está

Meu coração não quer parar

Pois nunca é tarde, não é tarde para se sonhar.

Fernanda Brum.

Page 7: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

RESUMO

A educação é a base para o desenvolvimento de um país por ser responsável pela manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade, por isso, é importante investir em políticas educacionais que ajudem a melhorar o processo educativo, visando o aperfeiçoamento do ensino e consequentemente um aprimoramento da aprendizagem. O objetivo desse trabalho foi avaliar a aprendizagem dos alunos do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Jeremias Felipe, através da construção de modelos didáticos feitos com material de baixo custo no Ensino de Ciências. Os dados foram coletados no mês de Agosto de 2012, tendo como instrumento de coleta, um questionário contendo quatorze perguntas objetivas, que foi aplicado aos alunos presentes na sala, depois da aula ministrada pela professora responsável pela turma. Foi aplicado o mesmo questionário antes e depois da construção dos modelos didáticos com o intuito de averiguar a assimilação e aprendizagem do conteúdo estudado. Os resultados obtidos demonstraram que aulas práticas com construção de modelos didáticos, feitos com materiais de baixo custo, são ótimas ferramentas para uma aprendizagem significativa, porque despertam o interesse dos alunos, incentivam o envolvimento, melhoram a capacidade de associação e memorização do conteúdo estudado e estimulam a curiosidade da turma, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz, quando comparado as aulas tradicionais, em que o professor se detém exclusivamente ao uso do livro didático, quadro e giz. É evidente que aulas práticas com construção de modelos didáticos, estimulam a criatividade e auxiliam na assimilação do assunto abordado em sala, por isso a escola deveria propiciar locais onde os professores pudessem desenvolver aulas diversificadas e atraentes, permitindo aos educandos ter um contato mais próximo com os assuntos abordados nas aulas tradicionais. Palavras-chave: Educação, Ensino Fundamental, Ensino de Ciências.

Page 8: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

ABSTRACT

The education is the basis for the development of a country to be responsible for the maintenance and perpetuation from the transposition the generations that follow, the cultural ways of being, be and act necessary for coexistence and the adjustment of a member in your group or society, so it, is important to invest in educational policies that help to improve the educational process, aiming the improvement of teaching and consequently an upgrading of learning. The aim of this study was to assess learning in the 5th year students of School in Education fundamental Jeremiah Felipe, through the construction of didactic models made with low cost material on Science Teaching. Data were collected in month August 2012, taking as an instrument for collection, a questionnaire containing fourteen objective questions, which was applied to the students gifts in the room, after the class taught by the teacher responsible for the class. Was applied the same questionnaire before and after construction of didactic models in order ascertain the learning and assimilating the content studied. The results showed that practical classes with construction of didactic models, made with low cost materials, are great tools for meaningful learning, because arouse students' interest, encourage engagement, improve the ability of association and memorization of the content studied and stimulate the curiosity of the class, making the teaching-learning process more effective, when compared the traditional classes, wherein the teacher holds exclusively the use of didactic book, whiteboard and chalk. Is evident that practical classes with construction of didactic models, stimulate creativity and help in the assimilation of the subject matter addressed in the classroom, therefore school should provide places where teachers could develop lessons diversified and attractive, allowing learners to have a closer contact with the topics covered in traditional classes.

Key words: Education, fundamental Education, Science teaching.

Page 9: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................... 09

2. OBJETIVOS....................................................................................... 11

2.1. Objetivo Geral................................................................................. 11

2.2. Objetivos Específicos...................................................................... 11

3. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................ 12

3.1. Educação no Brasil......................................................................... 12

3.2. Ensino Fundamental....................................................................... 13

3.3. Ensino de Ciências na Forma Tradicional...................................... 14

3.4. Novas Tecnologias e Metodologias no Ensino de Ciências........... 17

3.4.1. Jogos Didáticos............................................................................ 17

3.4.2. Literatura de Cordel..................................................................... 18

3.4.3. Aulas de Campo........................................................................... 20

3.4.4. Construção de Modelos Didáticos............................................... 20

4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................... 22

4.1. Tipo de Estudo................................................................................ 22

4.2. Cenário da Pesquisa....................................................................... 22

4.3. Sujeitos da Pesquisa....................................................................... 23

4.4. Instrumentos de Coleta de Dados................................................... 23

4.5. Análise dos Dados.......................................................................... 25

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................... 26

5.1. Incentivo para os Alunos Construírem Modelos Didáticos.............. 26

5.2. Metodologia Tradicional do Ensino de Ciências Adicionada à Construção de Modelos Didáticos na Aprendizagem dos Alunos do 5º Ano.........................................................................................................

28

5.3. Interesse dos alunos do 5º ano por Aulas de Ciências Realizadas

com Modelos Didáticos Construídos com Material de Baixo Custo.......

39

6. CONSIDERAÇOES FINAIS............................................................... 43

REFERÊNCIAS...................................................................................... 44

APÊNDICES.......................................................................................... 52

Apêndice A: Termo de Autorização para Realização da Pesquisa....... 53

Apêndice B: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................. 55

Apêndice C: Questionário Individual para os Alunos do Ensino Fundamental..........................................................................................

57

Apêndice D: Modelos didáticos construídos pelos alunos do Ensino Fundamental..........................................................................................

60

Page 10: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

9

1. INTRODUÇÃO

A educação é a base para o desenvolvimento de um país por ser

responsável pela manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações

que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e

ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade, por isso, é importante

investir em políticas educacionais que ajudem a melhorar o processo educativo,

visando o aperfeiçoamento do ensino e consequentemente um aprimoramento da

aprendizagem.

Atualmente, no Brasil, os sistemas educacionais se encontram em baixos

níveis, a realidade da educação brasileira são salas de aula superlotadas,

desvalorização do profissional e estrutura física defasada (LIMA; VASCONCELOS,

2006). Além dos constantes problemas relacionados à falta de interesse do poder

público e pouca disponibilidade dos recursos financeiros fornecidos pelos grupos

gestores.

No Ensino de Ciências, a problemática não poderia ser diferente: não há

incentivo para atividades práticas, os laboratórios de biologia, química e informática,

quando se apresentam, são sucateados ou não tem os aparelhamentos necessários,

sem esquecer o despreparo do educador que muitas vezes não é capacitado para

utilizar esses tipos de recursos. Como se não bastasse, materiais e livros didáticos

não são fornecidos ou, em alguns casos, não são acessíveis para a compreensão

dos alunos.

Percebe-se assim, que a educação é desatualizada e o ensino não

recebe a importância necessária. Por isso, existe a necessidade de buscar novas

metodologias de ensino para sair do ensino tradicional comum. Uma das alternativas

que podem ajudar no processo de ensino-aprendizagem é a utilização de aulas com

construção de modelos didáticos, a fim de que os alunos aprendam de maneira

lúdica e assim tenham uma fixação melhor do assunto e uma aprendizagem mais

satisfatória. Aulas práticas, com a construção de modelos didáticos, ajudam a

despertar o interesse e a curiosidade da turma por ser uma experiência nova. Então,

os estudantes deixam a posição de ouvintes e começam a participar mais

efetivamente da aula, saindo da rotina e realmente fixando o conteúdo, não apenas

decorando por algumas semanas ou meses.

Page 11: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

10

O Ensino de Ciências exige do aluno maior engajamento e atenção, por

fazer parte do seu dia a dia, sendo inegável que as aulas práticas despertam o

interesse e a curiosidade porque é mais fácil aprender quando se tem algo para

visualizar e, principalmente quando são os alunos que produzem o material utilizado

na aula. Alguns autores como Martins et al. (2010) e Peraçoli e Carniatto (2008)

destacam a importância da construção de modelos como método de ensino,

favorecendo uma aprendizagem mais satisfatória, porque contextualiza a prática

com a teoria.

Devido ao pouco investimento financeiro e a pouca infraestrutura

apresentada nas escolas, é interessante trabalhar com material que possa

aproveitar os recursos existentes. Sendo assim, é importante que essas aulas sejam

realizadas com material de baixo custo e acessível para todos, como: papelão,

cartolina, materiais recicláveis, jornal, massa de modelar, EVA (Etileno Acetato de

Vinila), isopor, lápis de cor, canetinha, tesoura, entre outros.

Assim, este trabalho se propôs a testar a efetividade de aulas práticas

utilizando modelos didáticos feitos com material de baixo custo, que são citadas por

diversos autores como uma das soluções viáveis e rápidas para melhorar o

processo de ensino-aprendizegem, uma vez que, funcionam como um contraponto

para as aulas teóricas. Acredita-se assim, que se consiga a simplificação do

conteúdo através da construção de modelos didáticos para que o aluno participe

mais ativamente da aula e compreenda o assunto abordado com maior facilidade.

Page 12: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

11

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Avaliar a aprendizagem dos alunos do 5º ano da Escola de Ensino

Fundamental Jeremias Felipe no município de Iguatu-Ce, através da

construção de modelos didáticos feitos com material de baixo custo no Ensino

de Ciências.

2.2. Objetivos Específicos

Incentivar os alunos do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Jeremias

Felipe a construírem modelos didáticos que auxiliem o Ensino de Ciências;

Avaliar a metodologia tradicional do Ensino de Ciências adicionada à

construção de modelos didáticos na aprendizagem dos alunos do 5º ano da

Escola de Ensino Fundamental Jeremias Felipe;

Analisar o interesse dos alunos do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental

Jeremias Felipe por aulas de Ciências realizadas com modelos didáticos

construídos com material de baixo custo;

Page 13: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

12

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Educação no Brasil

A educação é capaz de desenvolver nos indivíduos suas potencialidades

ao permitir o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da

cidadania e qualificação para o trabalho, como previsto na Constituição de 1988

(CASTRO, 2009).

Recentemente no Brasil, ocorreram avanços importantes na ampliação do

acesso a todos os níveis e modalidades educacionais, mas ainda é um grave

problema a baixa escolaridade média da população e a desigualdade permanente, o

que mantém na pauta das discussões a necessidade da universalização da

Educação Básica e a melhoria da qualidade da educação, bem como a eliminação

do analfabetismo (CASTRO, 2009).

É constante, tanto no meio intelectual como institucional do campo da

educação, a constatação de um quadro sombrio da escola pública. Verifica-se por

meio de avaliação e de pesquisas, a sua deterioração e ineficácia em relação aos

seus objetivos e formas de funcionamento. São reiteradas as demandas pela

ampliação dos recursos financeiros para todos os níveis de ensino, em especial para

a Educação Básica e Educação Profissional (LIBÂNEO, 2012).

Durante a história da educação, muitas reformas educacionais foram

propostas e buscaram tratar os problemas educacionais em termos de integração

curricular, interdisciplinaridade e contextualização, visando um ensino de melhor

qualidade para os estudantes. As reformas recentes acabaram se limitando às

metodologias de ensino, objetivando um ensino contextualizado e interdisciplinar.

Todavia, a integração curricular continua basicamente a mesma desde as primeiras

reformas curriculares que culminaram na elaboração da primeira Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional em 1961(JÚNIOR, 2007).

Pode-se dizer que, todos os estudos sobre o fenômeno educacional de

forma implícita ou explícita, parecem discutir, questionar e apontar novos métodos,

estratégias, meios, entre outros, para uma melhoria da assim chamada qualidade da

educação. O mesmo vale para as políticas educacionais, especialmente no que diz

respeito às chamadas “reformas educacionais” que, ao menos no plano do discurso,

Page 14: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

13

justificam suas propostas e projetos com base na necessária busca da melhoria da

qualidade da educação (CORRÊA, 2003).

Uma educação de qualidade necessita de um grande investimento,

porque tanto a qualidade dos professores quanto a infraestrutura física das escolas

afetam o rendimento dos alunos de forma significativa, sendo que esses fatores são

encontrados constantemente nas instituições de ensino do país.

3.2. Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental, como etapa inicial da escolarização no Brasil, tem

sido entendido como sendo obrigatório para os cidadãos brasileiros e é referência

para quaisquer políticas educacionais dadas a sua imprescindibilidade por um lado,

e intencionalidade, por outro (PEREIRA; FERREIRA, s/d). O Ensino Fundamental

começou a se expandir no Brasil, a partir dos anos de 1950, sendo que não existiam

as mínimas condições para uma educação eficiente, então a situação educacional

foi se agravando (WERTHEIN; CUNHA, 2009).

Com isso, diversas mobilizações aconteceram na sociedade civil entre o

final da década de 70 e a década de 80 e elas demandavam a extensão do direito à

educação para as crianças pequenas: movimentos de bairro e sindicatos nas

grandes cidades lutavam por acesso a creches, grupos de profissionais e

especialistas da educação mobilizavam-se no sentido de propor novas diretrizes

legais, prefeituras procuravam dar resposta à demanda crescente por creches e pré

escolas, criando e/ou ampliando o atendimento (CAMPOS; FÜLLGRAF; WIGGERS,

2006).

Aconteceram diversas mudanças na educação como: nas Leis Federais

nº. 11.114/05, que instituiu o início da obrigatoriedade do Ensino Fundamental aos 6

anos de idade, e a Lei de nº 11.274/06, que ampliou a duração do Ensino

Fundamental para nove anos, mantido o início aos 6 anos (ARELARO; JACOMINI;

KLEIN, 2011). Essa inserção das crianças de 6 anos no Ensino Fundamental tem

provocado indagações, tanto para a educação infantil quanto para o Ensino

Fundamental, especialmente, no que tange às políticas e práticas pedagógicas e

sua adequação à faixa etária das crianças (KRAMER; NUNES; CORSINO, 2011).

Segundo Schmidt, 2011, p. 108

Page 15: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

14

A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos, não é apenas a ampliação de um ano no Ensino Fundamental. Esse ano a mais foi acrescentado na etapa de alfabetização, com ingresso da criança aos seis anos de idade. Ou seja, esse ano a mais deve representar, de fato, um tempo maior para a criança se apropriar da leitura e da escrita e, com isso, ter condições para fazer uso da escrita em diferentes situações do cotidiano.

Segundo dados do Relatório de Observação nº 4, de 2011, sobre as

desigualdades na escolarização no Brasil, do Conselho de Desenvolvimento

Econômico e Social: o analfabetismo incide mais desfavoravelmente nas áreas

rurais, no nordeste, nas pessoas de cor preta e parda, e entre os mais pobres,

revelando as desigualdades da nossa sociedade já, historicamente detectadas,

sendo que um dos principais grupos populacionais ainda desfavorecidos no direito à

educação está no campo (BRASIL, 2011 apud SCHMIDT, 2011).

Analisar e problematizar as práticas na educação, favorece a reflexão

sobre a inserção das crianças de 6 anos no Ensino Fundamental, tendo em vista

que a escola é relevante na formação das crianças e dos jovens (KRAMER; NUNES;

CORSINO, 2011). Porque a criança entrando mais cedo na escola, tem mais

chances de aprender a ler e escrever mais precocemente.

O Ensino Fundamental brasileiro ainda apresenta muitos problemas, uma

pesquisa apresentada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira (INEP) sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)

2009 revela que, ao final dos anos iniciais, a média nacional é de 4,6 e no final do

Ensino Fundamental é de 4,0. Abaixo, portanto, de acordo com a Organização para

a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), dos índices de países com

desenvolvimento similar ao do Brasil. Dados do Relatório de Observação nº 4, de

2011, sobre as desigualdades na escolarização no Brasil, do Conselho de

Desenvolvimento Econômico e Social, indicam que, em 2009, as crianças com 10

anos de idade cursaram, em média, 2,3 anos do Ensino Fundamental, e as de 14

anos, 5,8 (SCHMIDT, 2011).

3.3. Ensino de Ciências na Forma Tradicional

O Ensino de Ciências tem como objetivo a formação de cidadãos críticos

e participativos, além de conhecedores dos saberes próprios da disciplina. Segundo

os Parâmetros Curriculares Nacionais, mostrar a Ciência como um conhecimento

que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, para

Page 16: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

15

reconhecer o homem como parte do universo e como indivíduo, é a meta que se

propõe para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental (CRUZ, 2008).

É reconhecida a amplitude e a complexidade de se pensar o ensino das

mais variadas disciplinas para os anos iniciais, e neste contexto, o Ensino de

Ciências, não está excluído (MALAFAIA; RODRIGUES, 2008). Entretanto, o Ensino

das Ciências Naturais foi sendo aos poucos implantado no século XIX, a disciplina

de Ciências só veio a surgir em 1932, e desde então se estabeleceu,

definitivamente, no currículo das escolas brasileiras (JÚNIOR, 2007).

No Brasil e em outros países do mundo, no período de 1950 a 1960, o

Ensino de Ciências, foi bastante influenciado pelas transformações decorrentes da

Segunda Guerra Mundial, como a industrialização, o desenvolvimento tecnológico e

científico (NEVES; SILVA, 2006).

A época da industrialização, o desenvolvimento científico e tecnológico

vinha ocorrendo em diversas partes do mundo. Esse divisor de águas levou a um

novo objetivo do Ensino de Ciências: pensar na democratização do ensino para o

cidadão que iria conviver com o produto da ciência e da tecnologia e deveria ter

esse conhecimento, não apenas na forma de um especialista. Outro ponto, mas de

natureza educativa, refere-se ao fato das discussões sinalizarem que a educação

científica não mais deveria centrar-se apenas em conceitos, teorias e leis. Ou seja,

há uma necessidade de diminuir a distância entre a teoria e a prática (NEVES;

SILVA, 2006).

Então à medida que Ciência e Tecnologia foram reconhecidas como

essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social, a importância do Ensino

de Ciências em todos os níveis foi crescendo, sendo objeto de inúmeros movimentos

de transformação do ensino, podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos

das reformas educacionais (KRASILCHIK, 2000).

Atualmente, a Ciência e a Tecnologia se interconectam amplamente,

modificando cada vez mais, o mundo e a maneira como os seres humanos

interagem e percebem a si mesmos (UNESCO, 2005 apud RAMOS; ROSA, 2008),

porém apesar de todos os recursos existentes, atualmente a forma como se ensina

é muito semelhante a do passado, com aulas teóricas ou demonstrativas, pois não

se sabe ainda como preparar os estudantes para torná-los capazes de lidar de forma

eficiente não só com a grande quantidade de novas informações, mas também com

as ramificações contínuas do saber (MEIS, 2006).

Page 17: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

16

A perspectiva de ensinar e de aprender Ciências está presente também

nos Parâmetros Curriculares Nacionais, ao considerar que é imprescindível no

processo de ensino e aprendizagem, o incentivo às atitudes de curiosidade, de

respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das

informações às provas obtidas, de valorização da vida, de preservação do ambiente,

de apreço e respeito à individualidade e à coletividade (BRASIL, 1998).

Assim, o modelo tradicional de ensino não apresenta muita eficiência no

aprendizado e, a maioria dos professores não buscam alternativas além do livro

didático, quadro, pincel ou giz. Então, a maneira como o conhecimento é repassado

não permite ao aluno propor, planejar, analisar e resolver situações nas quais viesse

aprender a construir os princípios e leis científicas (NEVES; SILVA, 2006).

Estudos realizados em 2002 pela OCDE atribuem o desinteresse dos jovens pelas carreiras que tratam das ciências e das tecnologias a uma questão de sentido: os estudantes rejeitam a proposta da escola de apresentar-lhes o mundo sob a interpretação de uma ciência fria e metódica, distante dos seus interesses. Desejam que o ensino deixe clara a importância dos conhecimentos científicos e tecnológicos para ajudá-los a compreender melhor o mundo em que vivem (OCDE, 2002 apud CHINELLI; FERREIRA; AGUIAR, 2010, p. 18).

Nesse sentido, o professor de Ciências é exposto a uma série de

desafios, os quais incluem acompanhar as descobertas científicas e tecnológicas,

constantemente manipuladas e inseridas no cotidiano, e tornar os avanços e teorias

científicas palatáveis a alunos do Ensino Fundamental, disponibilizando-as de forma

acessível, porque o Ensino de Ciências é um fator importante para o aluno

compreender o mundo que o cerca, e isto requer profundo conhecimento teórico,

metodológico e dedicação para se manter atualizado no desempenho de sua

profissão (LIMA; VASCONCELOS, 2006).

Para muitos educadores, tais desafios são agravados por deficiências em

suas licenciaturas, de universidades públicas ou privados, pois a rapidez com que os

conceitos se ampliam e surgem novas tecnologias faz com que a formação do

professor possa ser considerada “obsoleta” poucos anos após sua graduação.

Então, a educação se torna precária e os resultados, mais precisamente, os que

envolvem o Ensino de Ciências, acabam por prejudicar seriamente o

desenvolvimento do país (RAMOS; ROSA, 2008). Já que o sistema educacional

brasileiro é quase todo voltado para os interesses do mercado de trabalho, então se

torna necessário o desenvolvimento do pensar crítico e criativo visando o aumento

Page 18: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

17

de habilidades sociais que serão necessárias na vida cotidiana (MALAFAIA;

RODRIGUES, 2008).

3.4. Novas Tecnologias e Metodologias no Ensino de Ciências

No decorrer de toda a história do Ensino de Ciências até hoje, o

conhecimento da contextualização das aulas de Ciências com atividades práticas,

geralmente, não chegaram a fazer parte do dia a dia da escola, principalmente no

Ensino Fundamental. Ao longo da história da educação no Brasil, essa

contextualização sofreu diversas críticas por parte dos professores. O argumento

usado era que os educandos seguiam mecanicamente receitas prontas, sem uma

análise ou reflexão no cumprimento de suas tarefas. Esta crítica geralmente vinha

aliada à falta de preparo do professor, que tendo uma formação inicial baseada

apenas na transmissão de conhecimentos já elaborados, fazendo com seus alunos

uma mera repetição daquilo que ele pode ter aprendido na universidade

(PERAÇOLI; CARNIATTO, 2009).

No mundo globalizado e tecnológico que vivemos o professor tem muitas

opções de aulas diversificadas como jogos didáticos, literatura de cordel, aulas de

campo, construção de modelos didáticos e, até mesmo o pátio e o entorno da escola

são locais onde a prática e a teoria podem ser trabalhadas ao mesmo tempo

(ARAÚJO, 2011).

3.4.1. Jogos Didáticos

As mudanças referentes aos recursos didáticos, principalmente os

pedagógicos, incluem os jogos didáticos que, quando usados adequadamente

tornam a aprendizagem menos mecânica, mais significativa e prazerosa para o

aluno (MENECHINI; SILVA, 2011).

A origem dos jogos didáticos é desconhecida, mas sabe-se que diversos

povos como egípcios, romanos e maias, utilizavam-se destes para ensinar normas,

valores e padrões de vida advindos das gerações antecedentes (MORATORI, 2003).

Deste modo, observa-se, que desde a antiguidade, os jogos didáticos já

eram vistos como elemento de fundamental importância no processo de ensino e

aprendizagem, pois se acreditava que por meio destes, o ato de educar pudesse

Page 19: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

18

tomar rumos que abrangiam a imaginação, a curiosidade e a própria aprendizagem

de maneira alegre e eficaz (CONTIN; FERREIRA, 2008).

Nesse sentido, os materiais didáticos se apresentam como ferramentas

fundamentais para os processos de ensino e aprendizagem, e o jogo didático se

caracteriza como uma importante e viável alternativa para auxiliar em tais processos

por favorecer a construção do conhecimento ao aluno (CAMPOS; BORTOLOTO;

FELÍCIO, 2002).

Assim, os jogos podem ser considerados educativos, porque

desenvolvem habilidades cognitivas importantes para o processo de aprendizagem

como: resolução de problemas, percepção, criatividade, raciocínio rápido, dentre

outras habilidades. Desde seu planejamento, o jogo didático é elaborado com o

objetivo de atingir conteúdos específicos para ser utilizado no âmbito escolar

(ZANON; GUERREIRO; OLIVEIRA, 2008). Quando o objetivo é quebrar a rotina das

aulas tradicionais de uma forma eficiente e criativa, os jogos didáticos se tornam

recomendáveis, porque envolve adultos, jovens e crianças (MORIM, 2000 apud

PENTEADO; OLIVEIRA; ZACHARIAS, 2010).

3.4.2. Literatura de Cordel

A literatura de cordel veio da Península Ibérica trazida pelos

colonizadores, tornou-se uma das grandes riquezas culturais do povo brasileiro,

principalmente do povo nordestino. O cordel é classificado como literatura popular

impressa e nas primeiras décadas do século XIX, contribuiu muito para o letramento

do povo dessa região (BARBOSA; PASSOS; COELHO, 2011). Esse, consiste numa

poesia de caráter popular, que originalmente era realizada apenas oralmente.

Contudo, após alguns anos, ela passou a ser realizada de forma escrita ou impressa

em folhetos. Seus versos são escritos em rimas e algumas vezes com ilustrações,

chamadas de xilogravuras (SILVA et al., s/d).

Diante do problema educacional que o nosso país enfrenta, é

preocupante o crescente desinteresse e a passividade dos alunos em sala de aula,

em que existe certo distanciamento entre a realidade proposta pelos livros didáticos

e a realidade dos alunos. Uma aproximação pode ser promovida por meio da

literatura de cordel, que tem um enorme potencial didático e o poder de se aliar ao

processo ensino-aprendizagem de forma que se consiga revitalizar o gosto pela

Page 20: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

19

leitura. Além do mais, o cordel pode ser utilizado como instrumento de baixo custo

para a divulgação científica, capaz de atingir diversos segmentos sociais, por meio

da utilização de rimas que atraem e tornam a leitura mais agradável e prazerosa

sobre os diversos temas possíveis (BARBOSA; PASSOS; COELHO, 2011).

A literatura de cordel pode ser definida como patrimônio da cultura

nordestina, já que ela preserva o sentir, o fazer e o saber do sujeito nordestino.

Nessa perspectiva, ela pode ser definida como um viés social que abrange inúmeros

aspectos do nordeste. Suas poesias além de expressar os valores nordestinos, nos

convidam a refletir acerca da realidade social nordestina. Em função disso, esse tipo

de literatura é um recurso que propaga um conhecimento sócio-histórico e promove

uma reflexão critica acerca da realidade (PROFÍRIO et al., 2010).

A literatura de cordel consiste num recurso de comunicação popular, uma

vez que aborda fatos do dia a dia das pessoas e, sobretudo, retrata aspectos

culturais de determinada região. A cultura consiste em tudo que o homem faz, seja

pensamento ou ação. Assim, retrata as mais diversas formas por meio das quais os

homens se relacionam em seu meio social. Como, por exemplo, essa literatura

propaga os aspectos folclóricos, na medida em que expõem diversos costumes,

personagens, crenças, fábulas, histórias e tradições. E, para tanto, se utiliza de uma

linguagem variada. Em alguns casos, utilizando-se do humor e da sátira, para expor

seus objetivos. Isto é, para abordar diversas temáticas do cotidiano das pessoas

(SILVA et al., s/d).

Dessa forma, a cultura deveria ser mais abordada na escola e na sala de

aula, como requisito obrigatório no processo do ensino e da aprendizagem. A

valorização da cultura local deveria ser um dos elementos mais significativos na

prática docente e escolar. Convém discuti-la, não só nas aulas de história ou

literatura, como tema transversal, mas também em todas as disciplinas, inclusive no

Ensino de Ciências, em que a literatura de cordel pode ser trabalhada como

elemento pedagógico (FILHO; SANTOS, s/d).

Um dos objetivos da utilização do cordel como recurso didático é

possibilitar um Ensino de Ciências que contribua para a formação do educando e

supere a memorização do conteúdo. Contudo, é necessário esclarecer que esse

recurso não pode ser pensado de forma isolada, desarticulada da proposta

pedagógica. Acredita-se que as mudanças na dimensão metodológica devem ser

consequência de uma resignificação da ação pedagógica como um todo, pois uma

Page 21: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

20

mudança isolada nos procedimentos metodológicos não produzirá um salto

qualitativo na prática docente (BARBOSA; PASSOS; COELHO, 2011).

3.4.3. Aulas de Campo

As aulas de campo de Ciências em um ambiente natural podem ser

positivas na aprendizagem dos conceitos, à medida que são um estímulo para os

professores, que vêem uma possibilidade de inovação para seus trabalhos e assim

se empenham mais na orientação dos alunos. Para os alunos é importante que o

professor conheça bem o ambiente a ser visitado e que este ambiente seja limitado,

no sentido espacial e físico, de forma a atender os objetivos da aula (SANTOS, 2002

apud SENICIATO; CAVASSAN, 2004).

Assim as aulas de Ciências e de Biologia desenvolvidas em ambientes

naturais tem sido apontadas como uma metodologia eficaz tanto por envolverem e

motivarem crianças e jovens nas atividades educativas, quanto por constituírem um

instrumento de superação da fragmentação do conhecimento (SENICIATO;

CAVASSAN, 2004).

Dessa forma, o Ensino de Ciências também deve estimular a ampliação

do conhecimento sobre a diversidade da vida nos ambientes naturais e construídos,

discutindo a dinâmica da natureza, e como a vida se processa em diferentes

espaços, ao longo do tempo. Deve visar uma reconstrução crítica da relação

homem-natureza, superando visões distorcidas, utilitaristas, no qual o homem surge

como “senhor” e o ambiente natural como fonte inesgotável de recursos (VIVEIRO,

2006).

As aulas de campo permitem que os alunos tenham o contato direto com

a natureza, o que possibilita uma interação maior entre ambos, porque a relação

com o ambiente natural é algo novo então, estimula a curiosidade da turma,

misturando-se teoria e prática.

3.4.4. Construção de Modelos Didáticos

Como proposta para uma prática pedagógica diferenciada o professor

pode se utilizar de artifícios como a construção de modelos didáticos. Estes

representam uma forma lúdica de instigar os alunos a pensarem e produzirem novos

conhecimentos (MENDONÇA; SANTOS, 2011).

Page 22: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

21

Considera-se que, o aluno ao construir seu conhecimento terá um

aprendizado mais efetivo, para isso é necessário que o educador dê a ele

oportunidade de aprender a argumentar e exercitar a razão, não fornecendo-lhe

respostas prontas e definitivas ou lhe impor o próprio ponto de vista. Neste processo

educativo, a utilização de material didático-pedagógico que permita a manipulação e

visualização do conteúdo é uma ferramenta relevante, possibilitando um

aprendizado experiencial (SOUZA; ANDRADE; JÚNIOR, 2008). Assim, a confecção

do material de apoio vem atender à necessidade do aluno, melhorando a

visualização e percepção do objeto real (MARTINS et al., 2010).

Os modelos didáticos são um dos recursos mais utilizados no Ensino de

Ciências e Biologia para mostrar objetos em três dimensões. Para diminuir as

limitações e envolver o aluno no processo de aprendizagem, é importante que eles

façam os próprios modelos (KRASILCHICK 2004 apud MATOS et al., 2009).

O material produzido pelos alunos pode ser utilizado também em

atividades extraclasse, como: oficinas para escolas, empréstimos para feiras de

ciências, dentre outros, possibilitando assim a intensa participação dos alunos no

processo de aprendizagem. Além disso, contribuem não apenas para o

conhecimento dos estudantes envolvidos, como também para o intercâmbio entre os

alunos, promovendo a difusão do conhecimento e desenvolvendo a criatividade e o

espírito de equipe entre os estudantes (MATOS et al., 2009).

Quando os modelos didáticos construídos nas aulas práticas são feitos

com materiais de baixo custo, encontrados no cotidiano da turma, as aulas tornam-

se mais atrativas e motivadoras, porque os alunos saem da posição de ouvinte e

participam ativamente da aula.

Page 23: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

22

4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 4.1. Tipo de Estudo

O estudo foi do tipo exploratório, descritivo, observacional, numa

abordagem quantitativa. A opção por um trabalho de cunho exploratório encontra

respaldo em Gil (2010) quando ele defende que a pesquisa exploratória envolve

levantamento bibliográfico, aplicação de questionário ou ainda entrevista com

pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e a análise

de exemplos que estimulam a compreensão.

A pesquisa descritiva apresenta uma experiência, uma situação, um

fenômeno ou processo nos mínimos detalhes. A grande contribuição das pesquisas

descritivas é proporcionar novas visões sobre uma realidade já conhecida.

Geralmente, assumem a forma de levantamentos e quando o aprofundamento da

pesquisa descritiva permite estabelecer relações de dependência entre variáveis, é

possível generalizar resultados (SANTOS, s/d). De acordo com Gil (2008), as

pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de

uma população, fenômeno ou de uma experiência.

A pesquisa observacional é aquela realizada pelo pesquisador, em que

este apenas observa, de modo passivo, a ocorrência dos eventos sobre os sujeitos

da pesquisa. Pode ser descritivo, quando observador apenas descreve os eventos

ocorridos, ou analítico, quando o observador testa hipóteses ou estabelece

associações correlações ou inferências (PEREIRA, 2008).

A pesquisa quantitativa é utilizada nos casos no qual é necessário um

estudo exploratório para a obtenção de um conhecimento mais profundo do

problema da pesquisa, ou ainda quando se deseja um diagnóstico inicial de uma

situação e, principalmente, nos estudos experimentais e pesquisa de campo

(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2006).

4.2. Cenário da Pesquisa

A pesquisa foi realizada na Escola de Ensino Fundamental Jeremias

Felipe que está localizada no sítio Morada Nova, Iguatu – CE, caracterizando-se por

ser única na região, recebendo o título de escola pólo. Essa instituição de ensino foi

Page 24: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

23

fundada em 1988, atualmente possui 32 funcionários, sendo 7 professores e,

apresenta 149 alunos que cursam do 1° ao 5° ano. O nome dado a escola foi uma

homenagem para um morador da comunidade que era uma pessoa muito solidária.

O município de Iguatu localiza-se no Alto Jaguaribe, na região centro-sul

do Ceará, distante cerca de 380 km da capital do Estado. É considerada cidade pólo

da região, com 96.495 habitantes, IBGE (2010) e o sítio Morada Nova encontra-se a

26 km do município de Iguatu.

4.3. Sujeitos da Pesquisa

Foram convidados a participar da pesquisa os alunos do 5º ano da Escola

de Ensino Fundamental Jeremias Felipe localizada no município de Iguatu-CE. A

classe possui dezesseis alunos, com idade média de dez anos que assistem às

aulas de Ciências três vezes por semana. As aulas são ministradas pela professora

da turma que possui licenciatura em Matemática, como a tutora não está atuando na

área dela, esse pode ser um dos motivos pelo qual ela não desenvolve atividades

práticas com a turma.

4.4. Instrumentos de Coleta de Dados

A pesquisa foi realizada em quatro etapas:

1. Aplicação de Questionário:

Os dados foram coletados no mês de agosto de 2012, tendo como

instrumento para coleta de dados, um questionário contendo quatorze perguntas

objetivas (Apêndice C) que foi aplicado aos alunos presentes na sala no momento

mais apropriado para eles, para não prejudicá-los no curso normal das atividades

escolares. Segundo Gil (2010), pode-se definir questionário como a técnica de

investigação composta por um número significante de questões apresentadas por

escrito às pessoas.

É importante ressaltar que o questionário foi entregue após o

acompanhamento das aulas ministradas pela professora da turma, sobre o estudo

do “Sistema Genital Humano, Uma Nova Vida e As Percepções e Ações Humanas”,

Page 25: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

24

com o intuito de averiguar a assimilação e aprendizagem dos alunos, por meio de

uma metodologia tradicional de ensino, em que a professora se detém apenas ao

uso do livro didático. O questionário foi respondido de forma manuscrita por cada

participante.

2. Construção de Modelos Didáticos pelos Alunos:

Os modelos didáticos construídos pelos alunos foram simples de fazer e

utilizaram materiais de baixo custo. Foram feitos, a partir de modelos prontos,

construídos por mim e levados para a sala de aula, servindo de referência para que

a partir de orientações, os alunos produzissem peças semelhantes. A construção

dos modelos didáticos aconteceu após as aulas ministradas pela professora. O

tempo de execução dessa atividade foi de uma hora/aula.

Os modelos didáticos construídos pela turma foram o óvulo e

espermatozóide, ambos feitos com massa de modelar. Outro modelo didático

contruído foi o corpo humano, enfatizando o cérebro, a coluna vertebral e os nervos.

Para construir esse modelo os estudantes foram divididos em equipes e utilizaram

papel madeira, canetinha, régua, lápis e borracha. O modelo foi construído da

seguinte maneira: um aluno se deitou sobre o papel madeira e outro desenhava o

contorno do seu corpo com um lápis e depois cobriam com canetinha, em seguida

eles faziam a coluna vertebral e seus nervos e por último desenhavam o cérebro

(apêndice D). Esses modelos construídos pelos alunos foram deixados na escola

para que outros estudantes pudessem utilizá-los.

3. Observação da Construção dos Modelos Didáticos:

No momento que os alunos estavam construindo os modelos didáticos, foi

observado o interesse, participação e engajamento da turma, na realização dessa

atividade.

4. Reaplicação do questionário

Após a construção dos modelos, foi reaplicado o mesmo questionário que

foi utilizado depois das aulas da professora. O intuito desse processo é avaliar se

realmente a construção de modelos didáticos facilitou a assimilação dos conteúdos

de Ciências trabalhados em sala.

Page 26: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

25

4.5. Análise dos Dados

Os dados foram analisados por meio da utilização de técnicas estatística,

em que foram utilizadas tabelas e gráficos.

De acordo com Marconi e Lakatos (2006), análise é uma tentativa de

evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Já a

interpretação, significa a exposição do material apresentado, em relação aos

objetivos propostos e a relação com o tema.

Os gráficos têm por objetivos dar um conhecimento da situação real do

atual problema estudado. No que diz respeito às tabelas, estas auxiliam na

apresentação dos dados, facilitando o leitor a compreensão e interpretação desses

(MARCONI; LAKATOS, 2006).

Page 27: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

26

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa foi realizada com os alunos do 5º ano da Escola de Ensino

Fundamental Jeremias Felipe, localizada no município de Iguatu-CE. Em um

primeiro momento foi feita a observação das aulas sobre “A Reprodução Humana” e

“As Percepções e Ações Humanas”, as quais foram ministradas pela professora

responsável pela turma.

Em seguida, foi aplicado um questionário contendo 14 perguntas

objetivas, algumas relacionadas ao conteúdo estudado em sala de aula durante a

aula expositiva ministrada pela professora titular e outras que abordavam a

construção e utilização de modelos didáticos construídos com material de baixo

custo sobre os temas estudados em sala de aula. Posteriormente, os estudantes

construíram os modelos didáticos.

Após a discussão em sala de aula sobre os temas acima relacionados foi

aplicado novamente o mesmo questionário, com o intuito de avaliar a aprendizagem

dos alunos depois da construção dos modelos didáticos. Através dos dados obtidos

nesta pesquisa verificou-se o aprendizado dos alunos do 5º ano do Ensino

Fundamental na disciplina de Ciências, com e sem o uso de modelos didáticos

construídos com material de baixo custo, comparando assim duas realidades. Todos

os dados foram coletados no mês de agosto de 2012.

A turma em que a pesquisa foi realizada era composta por 16 alunos, na

primeira vez que o questionário foi aplicado todos os estudantes estavam presentes

na sala e a turma inteira respondeu as questões. Depois que os alunos construíram

os modelos didáticos e foi aplicado novamente o mesmo questionário, apenas 14

educandos responderam as questões, porque havia faltado 2 estudantes nesse dia.

5.1. Incentivo para os Alunos Construírem Modelos Didáticos

Espera-se que depois da realização desse trabalho, os alunos da turma

em que a pesquisa foi realizada, comecem a pedir para a professora trazer algo de

novo e atraente para a sala de aula, porque os estudantes não conheciam aulas

práticas e, construir modelos didáticos chamou a atenção da turma, motivou os

alunos a participarem da aula e o mais importante a aprendizagem melhorou

significativamente.

Page 28: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

27

Com isso, a professora regente da turma, poderá utilizar recursos

didáticos em busca de uma aula mais atraente e como forma de motivar e estimular

os alunos a terem mais atenção ao aprendizado, uma vez que as aulas tradicionais

tornam os alunos mais dispersos e menos interessados. Através da observação

realizada durante a construção de modelos didáticos, foi possível perceber que os

alunos demonstraram mais entusiasmados e houve uma maior participação por

parte deles, em que os mesmos não precisaram decorar nomes científicos e as

palavras complicadas do livro didático e conseguiram ver na prática o que acontece

na teoria.

Muitas vezes o aluno necessita receber estímulos para agir. Os estímulos

que podem ser utilizados pelo professor para motivar os alunos são denominados

incentivos, estes são importantes recursos didáticos e devem ser frequentemente

utilizados. Uma incentivação bem sucedida propicia a participação ativa de todos os

alunos, isso porque eles se sentirão apoiados pela orientação do professor, seguros

para expor suas dúvidas, estimulados a debater suas idéias, tranquilos para

apresentar exemplos pessoais, ansiosos para demonstrar o que aprenderam e,

desafiados a executar as próximas atividades (VALENTE, 2009).

Segundo Furman (2009), incentivar os alunos a fazerem atividades

práticas na sala de aula gera notícias boas. Não é preciso ter um laboratório para

fazer essas atividades e a maior parte das experiências pode ser realizada com

materiais de baixo custo e em sala de aula, que resulta em um espaço adequado

para fazer a maioria das atividades práticas.

A importância dos métodos alternativos deve ser pesquisada para se

obter um conhecimento crescente de seus benefícios para os alunos, bem como

incentivados na educação para que professores obtenham, assim, melhores

resultados no processo de ensino-aprendizagem (COELHO et al., 2010).

Incentivar a participação dos estudantes em aulas práticas ajuda a

despertar a curiosidade para aquilo que o professor está explicando, porque eles

percebem que podem utilizar os conhecimentos adquiridos em sala de aula além do

ambiente escolar. O incentivo para os alunos construírem modelos didáticos, traz

inúmeras vantagens para a aprendizagem, principalmente pelo fato de que os

educandos aprendem se divertindo.

Através das aulas práticas, se incentiva o aprendizado, visando despertar

nos estudantes o interesse e o amor pela ciência. É preciso desmistificar a ciência e

Page 29: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

28

possibilitar que os estudantes observem e compreendam sua presença no cotidiano

(TONELOTO, 2012).

Existe uma quantidade satisfatória de literaturas que estimulam o ensino

dinâmico, com vivencia e linguagem acessível. Por isso se faz necessário implantar

projetos que incentivem as comunidades escolares utilizarem os recursos

disponíveis para melhorar a compreensão dos alunos do Ensino Fundamental em

relação ao Ensino de Ciências (MARTINS, s/d).

Kist, Baumgartner e Ferraz (2008), acreditam que as aulas práticas de

Ciências devem realizar objetivos como: introduzir formas de pensamento mais

críticas e criativas, estimular a comparação de diferentes hipóteses e instigar a

imaginação de novas possibilidades, porque são todos voltados ao desenvolvimento

do aluno e de futuros pesquisadores, que necessitam de incentivo para a busca de

conhecimento a partir do que já possuem.

Incentivar as aulas práticas pode ser o caminho para melhorar a

qualidade de ensino, visto que a escola deve proporcionar ao educando maneiras

que lhes permitam se organizar e se tornarem responsáveis pelos espaços que são

disponibilizados (SANTANA et al., s/d).

5.2. Metodologia Tradicional do Ensino de Ciências Adicionada à Construção

de Modelos Didáticos na Aprendizagem dos Alunos do 5º Ano

No que se refere ao conteúdo de Ciências ministrado em sala de aula,

foram abordadas no questionário seis perguntas, três que avaliavam o conhecimento

dos alunos sobre o conteúdo “A Reprodução Humana” e três perguntas sobre o

conteúdo “As Percepções e Ações Humanas”. Antes da construção dos modelos

didáticos foi verificado o conhecimento dos alunos sobre as alterações que podem

ocorrer durante a puberdade, 87,5% dos alunos responderam que meninos e

meninas passam por mudanças físicas e comportamentais. Na questão que

perguntava quais são as células reprodutivas feminina e masculina, 87,5% dos

estudantes responderam que era óvulo e espermatozóide. Já a questão que

indagava sobre o tempo de gestação humana, 93,75% dos estudantes responderam

que era nove meses. Em relação ao sistema nervoso, foi perguntado se este

controlava todas as atividades do nosso corpo e 56,25% dos alunos responderam

sim. Na questão que indagava qual a localização do cérebro, 100% dos alunos

Page 30: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

29

responderam que era na cabeça e 81,25% dos alunos responderam que a medula

espinhal possui nervos (Tabela 1).

Tabela 1: Respostas dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, antes e depois da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo, em relação ao conteúdo de Ciências ministrado em sala de aula. Iguatu/CE agosto de 2012.

Fonte: Direta E.E.F. Jeremias Felipe/2012.

Os resultados obtidos antes da construção dos modelos didáticos

demonstram que mesmo em aulas em que a professora utiliza uma metodologia

tradicional de ensino, os alunos conseguem assimilar parte do conteúdo ministrado

em sala, porém aulas expositivas não devem ser utilizadas como único recurso,

porque a aprendizagem de cada aluno é diferenciada. Nas aulas tradicionais, os

alunos aprendem apenas seletivamente o conteúdo e, pouco tempo depois

Antes Depois

Na puberdade: N° % N° %

O corpo de meninos e meninas passa por mudanças físicas e comportamentais

14 87,5 14 100

O corpo não sofre nenhuma mudança 1 6,25 - -

Não sei 1 6,25 - -

Quais as células reprodutivas feminina e masculina? Nº % Nº %

Zigoto e espermatozóide 1 6,25 - - Óvulo e espermatozóide 14 87,5 14 100 Nenhuma das alternativas 1 6,25 - - Qual o tempo de gestação humana? Nº % Nº %

7 meses 1 6,25 - - 9 meses 15 93,75 14 100

Não sei - - - - O sistema nervoso controla todas as atividades do corpo. Essa afirmação está correta?

Nº % Nº %

Sim 9 56,25 13 92,85

Não 5 31,25 1 7,15

Não sei 2 12,5 - - Onde está localizado o cérebro? Nº % Nº %

Na coluna vertebral - - - - Na cabeça 16 100 14 100 Nenhuma das alternativas - - - - Na medula espinhal existe nervos? Nº % Nº %

Sim 13 81,25 14 100

Não 2 12,5 - - Não sei 1 6,25 - -

Page 31: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

30

esquecem o conhecimento adquirido em sala, ou têm dificuldades de aplicá-los em

novas situações.

Os conteúdos repassados por aulas tradicionais tendem a ser esquecidos

mais rapidamente, já que a audição passiva é um veículo de aprendizagem menos

eficiente, havendo o risco de ocorrer um pequeno aprendizado (SANTOS, 2011).

A maioria dos conhecimentos científicos trabalhados em sala de aula

acaba sendo esquecida pelos alunos. Muitos destes conhecimentos não têm sentido

para eles, pois não conseguem aplicá-los em situações do cotidiano e por isso têm

dificuldades de assimilá-los (SCHROEDER; GIASSI; MENESTRINA, 2005).

Segundo Balbinot (2004), no Ensino de Ciências as aulas expositivas,

pautadas na transmissão de informações pelo professor que visa a assegurar a

memorização do conteúdo, ainda são muito frequentes no Ensino Fundamental.

Essas aulas caracterizam-se por apresentar uma listagem de termos e conceitos

para serem decorados pelos alunos.

O Ensino de Ciências na maioria das vezes é considerado pelos alunos

de difícil entendimento e compreensão, por ser uma disciplina com grande

abrangência e diversidade de conteúdos, aliado a diversas nomenclaturas distantes

do cotidiano. Como ocorre com a maioria das disciplinas, o aluno apenas memoriza

momentaneamente conteúdos com o propósito de alcançar pontuação favorável nas

avaliações, não construindo um conhecimento efetivo sobre o conteúdo abordado

em sala de aula (SOUSA; JOAQUIM, s/d).

A questão da relação com o saber pode ser colocada quando se constata

que alguns estudantes, têm desejo de aprender, enquanto outros não manifestam

esse mesmo desejo. Uns parecem estar dispostos a aprender algo novo, são

apaixonados por este ou por aquele tipo de saber ou pelo menos, mostram certa

disponibilidade para aprender. Outros parecem pouco motivados para aprender e às

vezes, recusam-se explicitamente a fazê-lo (Charlot, 2001apud Viana, 2003).

Durante a observação, em sala de aula, foi possível perceber que os

erros cometidos pela turma, podem está relacionados às constantes conversas

paralelas entre os alunos e também pela falta de atenção destes no momento da

explicação do conteúdo ministrado em sala, além do fato de estudantes vêem o

Ensino de Ciências como algo distante da realidade deles.

Em geral, alguns problemas como desmotivação e falta de interesse do

aluno, podem ser vistos como algo constituído internamente no sujeito, ou como

Page 32: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

31

algo constituído a partir da ação de uma série de determinantes presentes no

contexto social e familiar (IENKE; FERNANDES, 2011).

Para Charlot (2001), a causa social do fracasso escolar é a origem das

famílias das crianças que sofrem por causa de deficiências sócio- culturais, ou seja,

a causa do fracasso escolar é a origem sociofamiliar pouco favorecida de boa parte

dos alunos.

Para alguns professores o baixo desempenho escolar é de

responsabilidade do aluno. Alguns educadores questionam se a falta de interesse

dos alunos se deve ao fato de eles terem consciência de que serão aprovados

mesmo não tendo adquirido os conhecimentos necessários (IENKE; FERNANDES,

2011).

A maioria dos alunos pensa que nunca vão utilizar os conhecimentos

adquiridos ao longo de vários anos na sala de aula e, por isso ficam dispersos no

momento da explicação do conteúdo ministrado pelo professor.

Depois que os alunos construíram os modelos didáticos com materiais de

baixo custo e foi aplicado novamente o mesmo questionário, se pôde perceber uma

melhoria significativa da aprendizagem do conteúdo de Ciências.

A respeito de conhecimento dos alunos sobre as alterações que podem

ocorrer durante a puberdade, 100% dos alunos responderam que meninos e

meninas passam por mudanças físicas e comportamentais. Quando questionados

quais são as células reprodutivas feminina e masculina, 100% responderam que era

óvulo e espermatozóide. Já a questão que perguntava sobre o tempo de gestação

humana, 100% dos estudantes responderam que era nove meses. Em relação o

conhecimento dos estudantes sobre o sistema nervoso, foi perguntado se este

controlava todas as atividades do nosso corpo e 92,85% dos alunos responderam

sim. Quando indagados qual a localização do cérebro, 100% dos alunos

responderam que era na cabeça e 100% dos alunos responderam que a medula

espinhal possui nervos (Tabela 1).

A confecção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo, após as

aulas teóricas ajudou os estudantes a entenderem e assimilarem melhor o assunto

trabalhado, pela professora responsável pela turma. A aula diversificada atraiu mais

a atenção da turma e os estudantes participaram ativamente e, à medida que os

modelos didáticos foram sendo construídos, houve uma nítida melhoria na

Page 33: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

32

capacidade assimilativa, associativa e de memorização do conteúdo pelos alunos,

se comparado as respostas destes antes da construção dos modelos didáticos

(Tabela 1).

A utilização de materiais alternativos como um recurso demonstrativo,

estimula o aluno numa aula teórico-prática, tornando o processo de ensino-

aprendizagem mais eficaz e interessante. Modelos didáticos são de suma

importância porque, além de desenvolverem a capacidade criativa do aluno, também

representam uma construção do conhecimento que pode ser utilizada como

referência, uma imagem analógica que permite materializar uma idéia ou um

conceito, tornando-os assim, diretamente assimiláveis (GIORDAN; VECCHI, 1996).

Campos, Bortoloto e Felício (2002), consideram que a apropriação e a

aprendizagem significativa de conhecimentos são facilitadas quando tomam a forma

aparente de atividade lúdica, porque os alunos ficam entusiasmados quando

recebem a proposta de aprender de uma forma mais interativa e divertida,

resultando em um aprendizado mais significativo.

De acordo com Bizzo (2000), as aulas práticas são uma boa forma de se

verificar e auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que acompanhar o

processo de aprendizagem dos alunos, passa pela observação dos progressos e

das dificuldades da sala de aula. É uma atividade importante que o professor deve

fazer em sala de aula, pois os alunos muitas vezes têm dificuldade de compreender

o porquê dos conteúdos por ele estudado na escola. Segundo Souza (2012), aulas

práticas despertam nos alunos a curiosidade, observação, integração, capacidade

de formular hipóteses e apresentar soluções.

As aulas práticas são ferramentas de grande importância na prática do

docente, pois possibilitam levantamento de hipóteses, questionamentos e

observações que promovem a construção do conhecimento dos estudantes

(SOUSA; JOAQUIM, s/d).

Quando os estudantes foram indagados se aulas tradicionais eram

suficientes para a aprendizagem deles, 56,25% dos alunos responderam sim

(Gráfico1).

Page 34: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

33

Gráfico 1. Respostas dos alunos do 5° ano, antes da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo, a cerca da aprendizagem com aulas tradicionais. Iguatu/CE agosto de 2012.

Na turma em que a pesquisa foi realizada, os estudantes só tinham

contato com aulas tradicionais, em que o educador utiliza o quadro, giz e o livro

didático, então esse pode ser um dos motivos pelo qual a maioria da turma acha que

só aulas teóricas são suficientes para a assimilação do conteúdo.

A técnica mais difundida para o Ensino de Ciências é principalmente a

aula expositiva, nestas os principais recursos utilizados pelos professores são o

quadro e o giz (SANTOS, 2011). De acordo com Escolano, Marques e Brito (2010),

o livro didático, também é um recurso muito utilizado pela maioria dos professores,

devido principalmente a sua facilidade de acesso.

Dentro da abordagem tradicional, o livro didático favorece a memorização,

com raras possibilidades de contextualização. Ao formular atividades que não

contemplam a realidade dos alunos se formam indivíduos treinados para repetir

conceitos, aplicar fórmulas e armazenar termos, sem, no entanto, reconhecer

possibilidades de associá-los ao seu cotidiano (VASCONCELOS; SOUTO, 2003).

Constata-se a existência de inúmeras críticas relacionadas,

especialmente, aos procedimentos tradicionais de ensino empregados pelos

professores e à utilização do livro didático no magistério das séries iniciais do Ensino

Fundamental. É evidente o descompasso que existe entre o ensinado em sala de

aula e a realidade dos alunos, o que torna as aulas de Ciências Naturais irrelevantes

56, 25% 31,25%

12,5%

Sim

Não

Nem sempre

Page 35: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

34

e sem significado, porque o que se veicula nas escolas quase nunca se relaciona

com a realidade dos educandos (FILHO; SANTANA; CAMPOS, 2011).

Em relação à construção dos modelos didáticos, foi afirmado para os

alunos que modelos didáticos auxiliam a visualização de estruturas observadas no

livro didático, 50% dos estudantes responderam que gostam de construir modelos

didáticos. Quando foi perguntado aos alunos se aulas práticas com construção de

modelos didáticos facilitam mais a aprendizagem que aulas tradicionais, 68,75% dos

estudantes responderam sim. Quando os estudantes foram indagados em qual tipo

de aula eles aprendem mais, 56,25% responderam que é em aulas usando o

quadro. Foi afirmado para os alunos que o ensino de Ciências precisa de aulas

práticas para melhorar a compreensão do assunto estudado, 93,75% dos estudantes

concordaram com essa afirmação. Já na questão que perguntava qual o tipo de aula

que os alunos preferem, 75% dos estudantes responderam que preferem aulas

práticas com construção de modelos didáticos juntamente com aulas tradicionais,

porque as duas juntas tornam a aprendizagem mais satisfatória. Quando os

estudantes foram indagados se gostam de confeccionar modelos didáticos, 87,5%

responderam sim (Tabela 2).

Tabela 2. Respostas dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, antes e depois da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo, em relação às aulas práticas com construção dos modelos didáticos. Iguatu/CE agosto de 2012.

Antes Depois

Modelos didáticos auxiliam a visualização de estruturas observadas no livro didático. Você acha melhor:

Nº % Nº %

Construir os modelos didáticos 8 50 14 100

Que a professora traga pronto 7 43,75 - -

Nenhuma das alternativas 1 6,25 - -

Aulas práticas com construção de modelos didáticos facilitam mais a aprendizagem que aulas tradicionais?

Nº % Nº %

Sim 11 68,75 13 92,85

Não 1 6,25 -

Às vezes 4 25 1 7,15

Você aprende mais em aulas: Nº % Nº %

Usando o quadro 9 56,25 2 14,30

Materiais feitos por você 7 43,75 12 85,70

Nenhuma das alternativas - - - -

O ensino de Ciências precisa de aulas práticas para Nº % Nº %

Page 36: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

35

melhorar a compreensão do assunto estudado?

Sim 15 93,75 14 100

Não 1 6,25 - -

Não sei - - - -

Você prefere: Nº % Nº %

Aulas práticas com construção de modelos didáticos 1 6,25 2 14,30

Aulas tradicionais 3 18,75 1 7,15

Aulas práticas com construção de modelos didáticos juntamente com aulas tradicionais

12 75 11 78,55

Você gosta de confeccionar modelos didáticos? Nº % Nº %

Sim 14 87,5 13 92,85

Não 1 6,25 1 7,15

Nem sempre 1 6,25 - -

Fonte: Direta E.E.F. Jeremias Felipe/2012.

Mesmo não existindo aulas práticas na escola onde a pesquisa foi

realizada, a maioria da turma expressa à necessidade desse tipo de aula para

facilitar a aprendizagem, como mostrado na tabela acima.

Dentre as modalidades didáticas existentes, tais como aulas expositivas,

demonstrações, excursões, discussões, aulas práticas e projetos, como forma de

vivenciar o método científico, as aulas práticas e projetos são mais adequados.

Entre as principais funções das aulas práticas estão: despertar e manter o interesse

dos alunos, envolver os estudantes em investigações científicas, desenvolver a

capacidade de resolver problemas, compreender conceitos básicos e desenvolver

habilidades (KRASILCHIK, 2008).

Na disciplina de Ciências Naturais a prática não deveria ser desvinculada

da teoria. Por isso, se acredita que o reconhecimento por parte dos alunos na

construção do pensamento científico, atesta o caráter investigativo das aulas

práticas (PRIGOL; GIANNOTTI, 2008).

Na expectativa de reverter os problemas que afligem a área da educação,

se acredita que a implementação de novas práticas educativas, dentre as quais se

destaca o uso de estratégias de ensino diversificadas, possam auxiliar na superação

de alguns obstáculos (PEDROSO, 2009).

Page 37: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

36

Segundo Leite, Silva e Vaz (2005), aulas práticas servem de estratégia e

podem auxiliar o professor a retomar um assunto já trabalhado em sala, construindo

com seus alunos uma nova visão sobre um mesmo tema. Quando compreende um

conteúdo abordado em sala de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os

fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar discussões durante as

aulas fazendo com que os estudantes, além de exporem suas idéias, aprendam a

respeitar as opiniões de seus colegas de sala.

As aulas práticas são excelentes para o contato direto com as imagens

observadas no livro didático, além de incentivarem o envolvimento, a participação e

o trabalho em equipe. Isso se tornará possível se o experimento for bem planejado e

investigativo, tendo relação com o contexto da vida do aluno (LEPIENSKI; PINHO,

s/d).

O professor não precisa de um laboratório grandioso e bem equipado

para realizar práticas com seus alunos, estas podem ser feitas em qualquer sala de

aula, sem a necessidade de instrumentos ou aparelhos sofisticados e caros, existem

vários tipos de materiais de baixo custo que podem ser utilizados na realização de

aulas não tradicionais.

Depois da aula prática, foi afirmado para a turma que modelos didáticos

auxiliam a visualização de estruturas observadas no livro didático, 100% dos

estudantes responderam que gostam de construir modelos didáticos. Quando

indagados se aulas práticas com construção de modelos didáticos facilitam mais a

aprendizagem que aulas tradicionais, 92,85% dos estudantes responderam sim.

Quando questionados em qual tipo de aula eles aprendem mais, 85,70%

responderam que é em aulas que eles constroem o material. Foi afirmado para os

estudantes que o ensino de Ciências precisa de aulas práticas para melhorar a

compreensão do assunto estudado e 100% dos educandos concordaram com essa

afirmação. Já na questão que perguntava qual o tipo de aula os alunos preferem,

78,55% dos estudantes responderam que preferem aulas práticas com construção

de modelos didáticos juntamente com aulas tradicionais, porque as duas juntas

tornam a aprendizagem mais satisfatória. Quando indagados se gostam de

confeccionar modelos didáticos, 92,85% responderam sim (Tabela 2).

O contato com materiais diversificados e atraentes mudou a opinião dos

alunos, se analisarmos as respostas destes antes da construção dos modelos

didáticos (Tabela 2). Eles gostaram muito de construir os modelos didáticos com

Page 38: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

37

materiais de baixo custo, porque para eles foi uma atividade nova, antes

desconhecida, já que nunca tiveram esse tipo de aula antes e, essa novidade

agradou a turma inteira. A empolgação e o entusiasmo dos estudantes eram nítidos,

todos participaram da construção dos modelos didáticos e relataram que a aula tinha

sido atraente e proveitosa, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

Através da utilização de materiais de baixo custo, encontrados no

cotidiano da turma, é possível se propiciar aulas mais atraentes e motivadoras, nas

quais os alunos são envolvidos na construção de seu conhecimento (SOUZA;

ANDRADE; JÚNIOR, 2008).

Segundo Zuanon, Diniz e Nascimento (2010), a concepção dos alunos,

em relação ao processo de ensino e de aprendizagem, quando aliado à

oportunidade de manusear materiais pedagógicos construídos por eles e à de

estreitar relações interpessoais, implica em uma forma de aprendizagem satisfatória.

Uma aula diferenciada marca os alunos de uma forma que os livros não

conseguem, aulas práticas ficam na memória como algo para se lembrar para

sempre, seja pelas descobertas, brincadeiras ou pelo fato de sair da rotina da aula

tradicional (BUENO; PARODE, 2011).

Ao escolher modelos didáticos como aporte pedagógico, se tem a

possibilidade de trabalhar a interatividade e raciocínio dos estudantes, exercitando a

mente com uma forma lúdica de assimilar novos conhecimentos. É fundamental que

professores entrem em consenso sobre a utilização de materiais didáticos, porque

estes são pontos-chave de reforço na melhoria de suas aulas, para que estas sejam

descontraídas e possuam a participação de todos da turma em conjunto

(MENDONÇA; SANTOS, 2011).

Os recursos didáticos são ferramentas fundamentais para a

aprendizagem, servindo de instrumentos facilitadores. A construção do

conhecimento que, na escola, se dá mediante o processo de ensino-aprendizagem

pode ser realizada de uma forma diferente da tradicional, ou seja, com a utilização

de práticas inovadoras que são levadas para dentro da sala de aula e que, de

alguma forma incentiva e motiva o aluno. Para sair da rotina de aulas expositivas, os

professores podem utilizar várias atividades dinâmicas que sirvam de estímulo para

seus alunos e os induzam a participarem mais efetivamente das aulas (SANTANA,

SANTOS, 2010).

Page 39: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

38

Quando os estudantes foram indagados se aulas tradicionais eram

suficientes para a aprendizagem deles, 100% responderam não (Gráfico 2).

Gráfico 2. Respostas dos alunos do 5° ano, depois da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo, a cerca da aprendizagem com aulas tradicionais. Iguatu/CE agosto de 2012.

Depois que os alunos construíram os modelos didáticos, perceberam que

aulas práticas, quando comparadas as aulas expositivas, são ótimas ferramentas

para a construção do saber, ajudando na compreensão e fixação do assunto

estudado e, que somente aulas tradicionais não são muito eficientes para uma

aprendizagem proveitosa.

Uma aula expositiva pode ser aprimorada por meio da utilização dos

recursos didáticos. Uma vez que o aluno deixará a situação passiva e se tornará um

agente ativo da situação, podendo dessa maneira absorver mais os conteúdos

expostos pelos professores (SANTOS, 2011).

Filho et al. (2011), acredita que o processo de ensino-aprendizagem não

deve mais objetivar pela memorização, mas sim primar pelo desenvolvimento do ato

de pensar, refletir, para que o aluno possa se expressar corretamente e seja capaz

de identificar e solucionar problemas, tomando decisões conscientes e

responsáveis.

100%

Sim

Não

Nem sempre

Page 40: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

39

5.3. Interesse dos alunos do 5º ano por Aulas de Ciências Realizadas com

Modelos Didáticos Construídos com Material de Baixo Custo

No que se refere ao interesse dos alunos por aulas não tradicionais, foi

indagado para estes se aulas práticas com construção de modelos didáticos são

mais interessantes que aulas tradicionais, 43,75% dos estudantes responderam não

(Gráfico 3).

Gráfico 3. Interesse dos alunos do 5° ano do Ensino Fundamental por aulas práticas, antes da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo. Iguatu/ CE agosto de 2012.

A falta de interesse da maioria da turma por aulas práticas pode está

relacionado à ausência de recursos didáticos nas aulas de Ciências, porque os

educandos não têm contato com materiais diversificados e só conhecem aulas

tradicionais.

As aulas teóricas são importantes na aprendizagem dos alunos, mas

essas os tornam meros expectadores. Já na relação teoria x prática, os estudantes

passam a atuar como coadjuvantes no processo ensino-aprendizagem. É o sujeito

ativo e passivo da relação (SOUZA, 2012).

A aula expositiva pode ser enriquecedora e dinâmica desde que o

professor tenha domínio de conteúdo, consiga prender a atenção dos alunos, utilize

25%

43,75%

31,25%

Sim

Não

As vezes

Page 41: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

40

a linguagem didática com todos os seus recursos, procure tornar as ideias concretas

e, o mais importante, se certifique de que os alunos estão aprendendo realmente

(VALENTE, 2009).

Segundo Santos et al. (2011), o Ensino de Ciências nas escolas

brasileiras, ainda acontece de forma tradicional e as pesquisas nessa área,

costumeiramente, têm como foco o professor. Porém, as pesquisas visando superar

o modelo tradicional de ensino, têm aumentado nos últimos anos.

A educação escolar tradicional tende a apresentar suas aulas usualmente

transmitidas de forma oral, na qual as palavras precisam ser ouvidas e memorizadas

pelos alunos, para posteriormente serem repetidas. Na maioria das vezes, grande

parte destas palavras não possui significado algum para os estudantes, por não

possuírem ligação alguma com o real (PASCHOAL; GURGEL, s/d).

De acordo com Libâneo (2001), os professores que ministram aulas

tradicionais repassam a matéria, exercícios e depois cobram o conteúdo na prova,

essa metodologia pode dar alguns bons resultados, porém o mais comum é o aluno

memorizar o que o professor fala, decorar a matéria e mecanizar fórmulas e

definições, sendo que a maioria dos educadores não se dá conta de que a

aprendizagem duradoura é aquela pela qual os alunos aprendem a lidar de forma

independente com os conhecimentos.

A aula expositiva tem sofrido sérias restrições como principal recurso da

educação porque nesse tipo de aula o professor é quem sabe, este transmite o seu

saber e, o aluno é quem tem que aprender, ou seja, recebe passivamente o

conhecimento (VALENTE, 2009).

Em relação ao interesse dos alunos por aulas expositivas, foi perguntado

para estes se aulas práticas com construção de modelos didáticos são mais

interessantes que aulas tradicionais, 92,85% dos estudantes responderam sim

(Gráfico 4).

Page 42: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

41

Gráfico 4. Interesse dos alunos do 5° ano do Ensino Fundamental por aulas práticas, depois da construção dos modelos didáticos com materiais de baixo custo. Iguatu/ CE agosto de 2012.

Desde o início da aula de Ciências com construção dos modelos didáticos

pelos alunos, estes demonstraram muito interesse, curiosidade e entusiasmo com o

desenvolvimento da atividade proposta, o que os tornou mais participativos na aula.

Foi possível perceber grande engajamento entre os estudantes no momento de

desenhar o corpo humano, enfatizando o cérebro, a coluna espinhal e seus nervos

e, também quando fizeram o óvulo e o espermatozóide, utilizando massa de modelar

(Apêndice D). Houve envolvimento e interação entre os educandos no momento de

construção dos modelos didáticos, o que tornou a aula mais proveitosa.

A realidade das escolas brasileiras mostra que o profissional da educação

deve buscar alternativas educacionais, para usá-las em sala de aula, que promovam

o interesse e muito mais o aprendizado significativo aos educandos, dentre elas,

destaca-se a utilização de modelos didáticos (SOUZA; FARIA, 2011).

De acordo com Santos (2011), os recursos didáticos podem ser utilizados

de várias maneiras, como por exemplo, pela utilização de materiais palpáveis,

levados para a sala de aula e, também confeccionados pelos próprios alunos,

despertando o interesse e curiosidade da turma.

A organização de atividades interessantes permite a exploração e a

sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de desenvolvimento

92,85%

7,15%

Sim

Não

As vezes

Page 43: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

42

intelectual dos estudantes, em diferentes momentos do desenvolvimento (BRASIL,

1998).

Os alunos do Ensino Fundamental se sentem mais interessados ao lidar

com aulas utilizando recursos didáticos, por possuírem ainda um espírito de criança.

Contudo, não significa dizer que os recursos não possam ser aproveitados por

alunos de maior faixa etária, porque aulas práticas podem ser utilizadas por

estudantes de qualquer idade (SANTOS, 2011).

A utilização de aulas práticas é fundamental, porque o aluno poderá

visualizar ou até mesmo testar a teoria que é vista na sala de aula de uma forma

diferente, podendo vivenciar e comprovar o que foi exposto pelo professor. Isso

facilitará o aprendizado do aluno, tornando a aula mais interessante (SANTANA;

SANTOS, 2010).

Page 44: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

43

6. CONSIDERAÇOES FINAIS

Apesar dos avanços tecnológicos, grande parte dos professores ainda

utiliza metodologias tradicionais de ensino, as quais não beneficiam a aprendizagem

dos alunos. É interessante que o professor utilize metodologias alternativas como

dinâmicas, construção de modelos didáticos, confecção de jogos, ou seja, aulas que

despertam a atenção do aluno, favorecendo a intensa participação da turma e a

difusão do conhecimento.

A realização desse trabalho possibilitou a análise de três questões

importantes para o Ensino de Ciências que foram: interesse dos alunos por aulas

práticas, utilização de aulas tradicionais juntamente com práticas e incentivo para o

acontecimento das aulas diversificadas, já que a escola em que a pesquisa foi

realizada não dispunha desse recurso para os alunos.

O interesse dos alunos pela construção dos modelos didáticos demonstra

que aulas práticas atraem a atenção dos alunos, melhoram aprendizagem e o

entusiasmo aumenta significativamente, porque os estudantes de uma forma geral

gostam de novidades.

O professor pode utilizar modelos didáticos dentro e fora da sala de aula,

porque esses são alternativas viáveis para o aprimoramento do processo de ensino-

aprendizagem, principalmente quando são feitos com materiais de baixo custo,

estimulando a participação da turma e consequentemente um melhor desempenho.

Os recursos didáticos são fundamentais para uma aprendizagem significativa,

porque propiciam uma maior assimilação do conteúdo estudado.

É evidente que aulas práticas preparam os alunos para a construção do

saber, contextualizam o conteúdo com o cotidiano, estimulam a criatividade e

auxiliam na assimilação do assunto abordado em sala. A escola, por sua vez,

deveria propiciar locais onde os professores pudessem desenvolver esse tipo de

aula, permitindo aos educandos ter um contato mais próximo com os assuntos

abordados nas aulas tradicionais.

Page 45: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

44

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, G. C. Botânica no Ensino Médio. 2011. 24 f. Monografia (Graduação no

curso de licenciatura em Biologia a distância) - Universidade de Brasília. Brasília, 2011. ARELARO, L. R. G.; JACOMINI, M. A.; KLEIN, S. B. O ensino fundamental de nove anos e o direito à educação. Rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.1, p. 35-51, jan./abr. 2011. BALBINOT, M. C. Uso de modelos, numa perspectiva lúdica, no ensino de

ciências. In: IV ENCONTRO IBERO-AMERICANO DE COLETIVOS ESCOLARES E

REDES DE PROFESSORES QUE FAZEM INVESTIGAÇÃO NA SUA ESCOLA,

2004. Disponível em:

<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Cie

ncias/Artigos/perspectiva_ludica.pdf>. Acesso em: 16 de agosto de 2012.

BARBOSA, A. S. M.; PASSOS, C. M. B.; COELHO, A. A. O cordel como recurso didático no Ensino de Ciências. Rev. Experiências em Ensino de Ciências, v.6, p.

161-168, 2011. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de

Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BUENO, B. F. W.; PARODE, M. F. Realidade docente e a utilização de aulas práticas como recursos didáticos. Rev. Visão Acadêmica, p. 82-88, 2011. CAMPOS, L. M. L.; BORTOLOTO, T. M.; FELÍCIO, A. K. C. A produção de jogos

didáticos para o Ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a

aprendizagem. São Paulo: Pró-Reitoria de Graduação - Instituto de Biociências da

Universidade Estadual de São Paulo, p. 47- 60, 2002.

CAMPOS, M. M.; FÜLLGRAF, J.; WIGGERS,V. A qualidade da educação infantil

brasileira: alguns resultados de pesquisa. Rev. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n.

127, p. 87-128, jan./abr. 2006.

CASTRO, J. A. Evolução e desigualdade na educação brasileira. Rev. Educação e Sociedade, Campinas, v. 30, n. 108, p. 673-697, 2009.

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. Resenha de SILVA, N. O desejo de um ser humano é desejo do desejo do outro. Rev. Ecoos, v. 3, n. 1, p. 173-204, 2001.

Page 46: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

45

CHINELLI, M. V.; FERREIRA, M. V. S.; AGUIAR, L. E. V. Epistemologia em sala de

aula: a natureza da ciência e da atividade científica na prática profissional de

professores de Ciências. Rev. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 17-35, 2010.

COELHO, F. S.; ZANELLA, P. G.; FERREIRA, F. C.; BARROS, M. D. M.; FERES, T. S. Jogos e modelos didáticos como instrumentos facilitadores para o Ensino de Biologia. In: SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DA PUC MINAS, 2010, Campus

Coração Eucarístico. Anais... Campus Coração Eucarístico, 2010. p. 1-12. CONTIN, R. C.; FERREIRA, W. A. Jogos: Instrumentos pedagógicos no Ensino da

Matemática, 2008. Disponível em: <http://www.inf.unioeste.br/~rogerio/Jogos-

Instrumentos-Pedagogicos.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2012.

CORRÊA, B. C. Considerações sobre qualidade na educação infantil. Rev.

Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 119, p. 85-112, 2003.

CRUZ, J. L. C. Ensino Fundamental 5º ano: guia e recursos didáticos. 2ª. ed. São

Paulo: Moderna, 2008.144 p. ESCOLANO, A. C. M.; MARQUES, E. M.; BRITO, R. R. Utilização de recursos didáticos facilitadores do processo ensino aprendizagem em Ciências e Biologia nas escolas públicas da cidade de Ilha Solteira/SP. In: 2º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2010, Ponta Grossa/PR. Anais... Ponta Grossa/PR, 2010, p. 1-16. FILHO, A. B. S.; SANTANA, J. R. S.; CAMPOS, T. D. O ensino de Ciências naturais nas séries/anos iniciais do Ensino Fundamental. In: V COLÓQUIO

INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEPORANEIDADE, 2011, São Cristóvão/SE. Anais... São Cristóvão/SE, 2011. p. 1-9. FILHO, F. S. L.; CUNHA, F. P.; CARVALHO, F. S.; SOARES, M. F. C. A importância do uso de recursos didáticos alternativos no ensino de química: uma abordagem sobre novas metodologias. v.7, n.12, p. 166-173, 2011.

FILHO, W. S. S.; SANTOS, R. P. O uso da literatura de cordel como texto auxiliar no ensino de Ciências no Ensino Fundamental. p. 1-16, s/d. Disponível em: <http://www.fisica-interessante.com/.../artigoliteratura_de_cordel_ensino_d...>. Acesso em: 05 de abril de 2012. FURMAN, M. O ensino de Ciências no Ensino Fundamental: colocando as pedras fundacionais do pensamento científico. 2009, p.1-20. Disponível em: <http://www.sangari.com/visualizar/institucional/pdfs/Colocando_as_pedras_fundacionais.pdf>. Acesso em: 02 de setembro de 2012. GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

_____. A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Page 47: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

46

GIORDAN, A.; VECCHI, G. Do saber: das concepções dos aprendentes aos

conceitos científicos. 2 ed. Porto Alegre: Artemed; 1996, 222 p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 05 de maio de 2012. IENKE, E. L. P.; FERNANDES, C. S. As crenças do corpo docente sobre o fracasso escolar de estudantes do Ensino Fundamental. Rev. Voos, Guairacá, 2. ed., v. 2, p.

14-30, 2011. JÚNIOR, C. A. O. M. O Currículo e a Formação de Professores de Ciências do Ensino Fundamental dos estados do Paraná e São Paulo. 2007. 139 f.

Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) - Instituto de Física, Instituto de Química, Instituto de Biociências e à Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007. KIST, C. P.; BAUMGARTNER, L.; FERRAZ, D. F. Revisando e elaborando roteiros de aulas práticas de Ciências numa abordagem investigativa. In: 1°

SIMPÓSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E XX SEMANA DA PEDAGOGIA, 2008, Unioeste – Cascavel/PR. Anais... Cascavel/PR, 2008. p. 1-13. KRAMER, S.; NUNES, M. F. R.; CORSINO, P. Infância e crianças de 6 anos: desafios das transições na educação infantil e no ensino fundamental. Rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.1, p. 69-85, jan./abr. 2011.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Edusp, 2008.

_____. M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. Rev. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.14, nº1, p.85-93, Jan./Mar. 2000. LEITE, A. C. S.; SILVA, P. A. B.; VAZ, A. C. R. A importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: uma abordagem investigativa sobre a percepção dos alunos do PROEF II. Rev. Ensaio, v. 7, n. 3, p. 1-16, 2005.

LEPIENSKI, L. M.; PINHO, K. E. P. Recurso didático no ensino de Biologia e Ciências. p. 1-13, s/d. Disponível em: <http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/400-2.pdf>. Acesso em: 26 de agosto de 2012.

LIBÂNEO, J. C. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.38, n.1, 2012.

_____. J. C. O essencial da didática e o trabalho de professor: em busca de

novos caminhos. 2001, p.1-9. Disponível em: <http://www.ucg.br/site_docente/edu/libaneo/pdf/didaticadoprof.pdf>. Acesso em 05 de setembro de 2012.

Page 48: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

47

LIMA, K. E. C.; VASCONCELOS, S. D. Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Rio de Janeiro, v.14, n.52, p. 397-412, jul./set. 2006. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n52/a08v1452.pdf>. Acesso em: 09 de março de 2012. MALAFAIA, G.; RODRIGUES, A. S. L. Uma reflexão sobre o ensino de Ciências no nível fundamental da educação. Rev. Ciência & Ensino, v.2, n. 2, p. 1-9, junho de

2008. MARCONI, M; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico:

procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e

trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo-SP: Atlas, 2006.

MARTINS, E. K.; NOGUEIRA, M. K. F. S.; FERREIRA, A. R.; MORALES, A. G.M. A

utilização de material didático botânico no Ensino de Ciências. In: SIMPÓSIO

NACIONAL DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2., 2010, Paraná. Anais...

Paraná, 2010. p. 1-14.

MARTINS, K. D. M. Ensino de ciências de forma acessível às crianças do Ensino Fundamental visando o aprimoramento educacional. p. 1-23. s/d.

Disponível em: <http://anhanguera.edu.br/home/index2.php?option=com...task>... Acesso em: 08 de outubro de 2012.

MATOS, C. H. C.; OLIVEIRA, C. R. F.; SANTOS, M. P. F.; FERRAZ, C. S. Utilização

de modelos didáticos no Ensino de Entomologia. Rev. de Biologia e Ciências da

Terra, v. 9, n. 1, p. 19-23, 2009.

MEIS, L. Método científico e ensino de Ciências. In: Os desafios do Ensino de

Ciências. Agosto, 2006. p. 13-17. MENDONÇA, C. O.; SANTOS, M. W. O. Modelos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: aparelho reprodutor feminino da fecundação a nidação, 5,

2011, São Cristovão – SE. Anais... São Cristovão – SE, 2011. p. 1-11. MENECHINI, L. R.; SILVA, M. C. Utilização de jogos didáticos: um recurso que favorece o processo de ensino e a aprendizagem. v. 13, n. 2, p. 213-226, jul./dez. 2011. MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C.S. Manual de metodologia da pesquisa no Direito. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

MORATORI, P.B. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino aprendizagem?, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2003. NEVES, L. S.; SILVA, M. G. L. Pensando formas de ensinar o conhecimento científico. Natal-RN: UFRN, 2006. 160 p.

Page 49: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

48

PASCHOAL, C. S. R.; GURGEL, C. M. A. Aprender ciências na percepção dos alunos: evidências de um paradigma de ensino fragmentado. s/d. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/carmemsilviapaschoal.rtf>. Acesso em: 10 de setembro de 2012.

PEDROSO, C. V. Jogos didáticos no ensino de biologia: uma proposta

metodológica baseada em módulo didático. In: IX CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE E III ENCONTRO SUL BRASILEIRO DE PISICOPEDAGOGIA, 2009, Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Anais... Paraná, 2009, p. 3182-3190. PENTEADO, M. M.; OLIVEIRA, A. P.; ZACHARIAS, F. S. Tabelix - jogo da memória como recurso pedagógico para o ensino-aprendizagem sobre a tabela periódica. Rev. Ciências & Idéias, v. 2, n.1, p. 1-9, Abr./Set. 2010. PERAÇOLI, L. T.; CARNIATTO, I. Atividade contextualizada no ensino de ciências como forma de enriquecer os conteúdos, levando o aluno a uma aprendizagem cognitiva significativa. In: 1º SIMPÓSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E XX SEMANA DA PEDAGOGIA, 2008, Unioeste – Cascavel/PR. Anais... Cascavel/PR, 2008. p. 1-12. PERAÇOLI, L. T.; CARNIATTO, I. Avaliação de práticas educativas pedagógicas utilizadas no ensino de ciências. Paraná, p. 1-24, 2009. Disponível em: <http://

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2470-8.pdf>. Acesso em: 15 de abril de 2012. PEREIRA, A. C. Estudos observacionais. p. 1-68. 2008. Disponível em:

<http://www.fop.unicamp.br/reuniao/downloads/3dia_A_Pereira_tipos_pesquisa.pdf>.

Acesso em: 26 de setembro de 2012.

PEREIRA, S. M.; FERREIRA, L. S. Política Educacional para o Ensino Fundamental no Brasil: do PNE ao PDE em busca de eqüidade e qualidade. s/d. Disponível em: <http://www.sbec.org.br/evt2008/trab19.pdf>. Acesso em: 15 de março de 2012. PRIGOL, S.; GIANNOTTI, S. M. A importância da utilização de práticas no processo de ensino-aprendizagem de ciências naturais enfocando a morfologia da flor. In: 1° SIMPÓSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E XX SEMANA DA PEDAGOGIA, 2008, Unioste, Cascavel/ PR. Anais... Cascavel/ PR, 2008, p. 1-12. PROFÍRIO, S.; SILVA, A. A.; ARCANJO, J. G.; DOURADO, J. G.; SANTOS, J. P.; SOUZA, F. E. B.; SILVA, R. L.; DIAS, W. A.; CORDEIRO, W. S.; TENÓRIO, A. C. Literatura de cordel e leitura: a fala dos professores sobre o uso desse gênero textual como suporte didático. In: JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 10., 2010, Recife. Universidade Federal Rural de Pernambuco: UFRPE, 2010. RAMOS, L. B. C.; ROSA, P. R. S. O ensino de Ciências: fatores intrínsecos e extrínsecos que limitam a realização de atividades experimentais pelo professor dos

Page 50: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

49

anos iniciais do Ensino Fundamental. Rev. Investigações em Ensino de Ciências,

v.13, p.299-331, 2008. SANTANA, L. C.; SANTOS, L. C. M. Análise da falta de interesse e a motivação dos alunos do primeiro ano do ensino médio. In: IV COLÓQUIO

INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEPORANEIDADE, 2010, Laranjeiras/SE. Anais... Laranjeiras/SE, 2010. p 1-10. SANTANA, S. L. C.; JÚNIOR, J. A. M. M.; FOLMER, V.; PUNTEL, R. L.; SOARES, M. C. Sugestão para planejamento de atividades experimentais. p. 1-53. s/d. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/ppgecqv/Producao/atividades_experimentais.pdf>. Acesso em 10 de outubro de 2012. SANTOS, A. C.; CANEVER, C. F.; GIASSI, M. G.; FROTA, P. R. O. A importância do ensino de Ciências na percepção de alunos de escolas da rede pública municipal de Criciúma/SC. Rev. Univap, São José dos Campos-SP, v. 17, n. 30, dez. 2011. SANTOS, C. J. G. Tipos de pesquisa. p. 1-10, s/d. Disponível em:

<http://www.oficinadapesquisa.com.br/_OF.TIPOS_PESQUISA.PDF>. Acesso em:

04 de maio de 2012.

SANTOS, L. C. M. Experiência com a utilização dos recursos didáticos nas aulas de ciências do 7º ano na escola Estadual profº Arício Fortes. In: V

COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEPORANEIDADE, 2011, São Cristóvão/SE. Anais... São Cristóvão/CE, 2011. p. 1-17. SCHMIDT, L. L. Política do Ensino Fundamental de nove anos: como ela chega à

escola. Rev. PerCursos, Florianópolis, v. 12, n. 01, p. 105 - 117, jan. / jun. 2011.

SCHROEDER, E.; GIASSI, M. G.; MENESTRINA, T. C. As concepções alternativas dos alunos como referencial para o planejamento de aulas de Ciências: análise de uma experiência didática para o estudo dos Répteis. In: V

ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS ATAS DO V ENPEC. n. 5, 2005. p. 1-12. SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e

aprendizagem em Ciências: um estudo com alunos do ensino fundamental. Rev.

Ciência & Educação, v. 10, n. 1, p. 133-147, 2004.

SILVA, S. P.; LUCENA, K. G. M.; LUCENA, C. R. S.; SOUZA, C. O.; ARAÚJO, W.

E.; TENÓRIO, A. C.; ARCANJO, J. G. Literatura de cordel e ensino: uma

linguagem alternativa que promove a interdisciplinaridade. s/d. Disponível em:

<http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/R0767-1.pdf>. Acesso em:

02 de maio de 2012.

SOUSA, S. C. S.; JOAQUIM, W. M. Proposta de um manual com atividade prático/teórica sobre decompositores para professores do ciclo II do Ensino Fundamental. In: XIII ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO

Page 51: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

50

CIENTÍFICA, IX ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO E III ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR, Vale do Paraíba, s/d. Anais... Vale do Paraíba, s/d. p. 1-4.

SOUZA, C. A. B. Alternativas de aulas práticas para o ensino de ciências do 8º ano do ensino fundamental. Rev. Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 11, n. 1, p. 3-17, jul. 2012. SOUZA, D. C.; ANDRADE, G. L. P.; JÚNIOR, A. F. N. Produção de material

didático-pedagógico alternativo para o ensino do conceito pirâmide Ecológica:

um subsídio a Educação Cientifica e Ambiental, 4, 2008, Estância Turística de

Tupã/SP. Anais... São Paulo, 2008.

SOUZA, P. F.; FARIA, J. C. N. M. A construção e avaliação de modelos didáticos para o ensino de ciências morfológicas - uma proposta inclusiva e interativa. v.7, n.13, p. 1550-1561, 2011.

TONELOTO, C. Feiras de ciências: incentivo à curiosidade e à criatividade. 2012. Disponível em: <http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/4019/feiras-de-ci-ncias-incentivando-a-curiosidade-a-pesquisa-e-a-criatividade.html>. Acesso em: 06 de outubro de 2012.

VALENTE, N. Habilidades do professor em sala de aula. 2009. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/habilidades-do-professor-em-sala-de- aula/20767/>. Acesso em 19 de setembro de 2012. VASCONCELOS, S. D.; SOUTO, E. O livro didático de Ciências no Ensino Fundamental: proposta de critérios para análise do conteúdo zoológico. Rev. Ciência & Educação, v. 9, n. 1, p. 93-104, 2003. VIANA, M. J. B. A relação com o saber, com o aprender e com a escola: uma abordagem em termos de processos epistêmicos. Rev. Paidéia, v.12, p. 175-183,

2003. VIVEIRO, A. A. Atividades de campo no ensino das ciências: investigando

concepções e práticas de um grupo de professores. 2006. Dissertação (Mestrado

em Educação para a Ciência) - Faculdade de Ciências da UNESP/Campus de

Bauru. Bauru, 2006.

WERTHEIN, J.; CUNHA, C. Ensino de Ciências e desenvolvimento: o que

pensam os cientistas. 2ª ed. Brasília: UNESCO, 2009. 276 p.

ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático ludo químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Rev. Ciências & Cognição, v. 13, p. 72-81, 2008. ZUANON, A. C. A.; DINIZ, R. H. S.; NASCIMENTO, L. H. Construção de jogos didáticos para o ensino de Biologia: um recurso para integração dos alunos à prática

Page 52: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

51

docente. Rev. Brasileira de Ensino de Ciências e Tecnologia, v. 3, n. 3, p. 49-59,

set./dez. 2010.

Page 53: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

52

APÊNDICES

Page 54: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

53

APÊNDICE A - TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU-FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Eu, Maiara Alves Bezerra estou realizando um estudo, sob orientação da

professora Dra. Alana Cecília de Menezes Sobreira, com o intuito de ampliar o

conhecimento acerca das aulas práticas, realizadas com construção de modelos

didáticos, com a finalidade de facilitar a compreensão dos alunos da Escola de

Ensino Fundamental Jeremias Felipe localizada no município de Iguatu-Ce, sobre o

assunto estudado em sala.

Trata-se de um estudo quantitativo que tem como finalidade identificar os

itens acima citado bem como discutir os resultados.

Desse modo solicitamos, por meio deste, a autorização para a realização da

pesquisa, intitulada “UM PARALELO ENTRE AULAS TRADICIONAIS E AULAS

PRÁTICAS UTILIZANDO MODELOS DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE” à Direção da

referida Escola.

Eu, __________________________________________________ RG n°

__________________________________ ciente das informações recebidas,

concordo com a coleta de dados da pesquisa intitulada “UM PARALELO ENTRE

AULAS TRADICIONAIS E AULAS PRÁTICAS UTILIZANDO MODELOS

DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA DE ENSINO

FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE” que será realizada sob responsabilidade de

Maiara Alves Bezerra graduanda do curso de Ciências Biológicas da Universidade

Estadual do Ceará/UECE – Faculdade de Educação, Ciências e Letras de

Iguatu/FECLI, pois fui informada de que em nenhum momento, a instituição estará

exposta a riscos causados pela liberação do estudo.

Estou ciente também de que os resultados encontrados no estudo serão

usados apenas para fins científicos. Fui informado de que a instituição não terá

Page 55: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

54

nenhum tipo de despesa ou gratificação pela referida participação nesta pesquisa, e

de que terei acesso aos resultados publicados em períodos científicos.

Tendo exposto concordo voluntariamente em autorizar a execução da

pesquisa na Escola de Ensino Fundamental Jeremias Felipe.

__________________________________

Diretora Geral Maria Lucia Lima de Figueredo

Pedagoga

__________________________________

Maiara Alves Bezerra

Page 56: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

55

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU-FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Prezado (a) Sr. (a):

Eu, Maiara Alves Bezerra, acadêmica do IX semestre do Curso de Graduação

em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Faculdade de

Educação Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), sob orientação da profª. Dra. Alana

Cecília de Menezes Sobreira, estou desenvolvendo uma pesquisa cujo título é “UM

PARALELO ENTRE AULAS TRADICIONAIS E AULAS PRÁTICAS UTILIZANDO

MODELOS DIDÁTICOS NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA DE ENSINO

FUNDAMENTAL JEREMIAS FELIPE” que tem como objetivo geral: avaliar a

aprendizagem dos alunos do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Jeremias

Felipe no município de Iguatu-CE, através da construção de modelos didáticos feitos

com material de baixo custo no Ensino de Ciências.

Por essa razão, o seu filho (a) está sendo convidado (a) a participar da

pesquisa. Sua participação consistirá em permitir que o seu filho (a) responda a um

questionário, com quatorze questões. O tipo de procedimento apresenta um risco

mínimo que será reduzido mediante esclarecimentos detalhados sobre o intuito e

objetivos desta pesquisa. Os benefícios esperados com o estudo são no sentido de

contribuir para a disseminação de conhecimentos a toda a comunidade acadêmica,

principalmente aos gestores das escolas, professores, visto que esses dados podem

contribuir para o desenvolvimento de estratégias que impacte na educação desses

alunos.

Todas as informações fornecidas pelo seu filho (a) serão utilizadas

somente para esta pesquisa. Suas respostas serão confidenciais e seu nome não

aparecerá no questionário e nem quando os resultados forem apresentados.

Page 57: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

56

A participação de seu filho (a) na pesquisa é voluntária. Caso o (a) Sr. (a) autorize

a participação, não receberá nenhuma compensação financeira, também não sofrerá

qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado a pesquisa. Se o (a)

Sr. (a) estiver de acordo deverá assinar esse Termo.

Iguatu - Ce, _______ de ________________ de 2012.

__________________________________________

Assinatura do Responsável

__________________________________________

Assinatura do Pesquisador

Page 58: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

57

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU-FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Este questionário busca avaliar a aprendizagem dos alunos do 5º ano da

Escola de Ensino Fundamental Jeremias Felipe, através da construção de modelos

didáticos feitos com material de baixo custo no Ensino de Ciências. Os dados aqui

anotados serão utilizados na elaboração de minha monografia de conclusão do

Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

Não é necessário identificar seu nome.

Obrigado pela colaboração.

Maiara Alves Bezerra

1. Na puberdade: ( ) Meninos e meninas passam por muitas mudanças físicas e comportamentais ( ) O corpo não sofre nenhuma mudança ( ) Não sei

2. As células reprodutivas humanas feminina e masculina são, respectivamente:

( ) Zigoto e espermatozóide ( ) Óvulo e espermatozóide ( ) Nenhuma das alternativas

3. O tempo de gestação humana é normalmente:

( ) 7 meses ( ) 9 meses ( ) Não sei

4. O sistema nervoso controla todas as atividades do nosso corpo. Você acha que

essa afirmação está correta?

( ) Sim ( ) Não

Page 59: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

58

( ) Não sei 5. Onde está localizado o cérebro?

( ) Na coluna vertebral

( ) Na cabeça

( ) Nenhuma das alternativas

6. Na medula espinhal existe nervos?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sei

7. O ensino de Ciências precisa de aulas práticas para melhorar a compreensão do

assunto estudado. Você concorda com essa afirmação?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sei

8. Modelos didáticos auxiliam a visualização de estruturas observadas no livro

didático. Você acha melhor:

( ) Construir os modelos didáticos

( ) Que a professora traga pronto

( ) Nenhuma das alternativas

9. Em sua opinião, aulas práticas com construção de modelos didáticos, facilitam

mais a aprendizagem que as aulas tradicionais?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

10. Você acha que as aulas tradicionais são suficientes para sua aprendizagem?

( ) Sim ( ) Não ( ) Nem sempre

11. Você aprende mais em aulas:

( ) Usando o quadro

( ) Materiais feitos por você

( ) Nenhuma das alternativas

Page 60: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

59

12. Aulas com construção de modelos didáticos são mais interessantes que aulas

tradicionais?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

13. Você prefere: ( ) Aulas práticas com construção de modelos didáticos ( ) Aulas tradicionais ( ) Aulas práticas com construção de modelos didáticos juntamente com aulas tradicionais, porque as duas juntas tornam a aprendizagem mais satisfatória

14. Você gosta de confeccionar modelos didáticos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Nem sempre

Page 61: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

60

APÊNDICE D – MODELOS DIDÁTICOS CONSTRUÍDOS PELOS

ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU-FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Figura 1. Construção das células reprodutivas feminina e masculina, utilizando massa de modelar, pelos alunos do 5° ano do Ensino Fundamental.

Page 62: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

61

Figura 2: Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental construindo os modelos didáticos do corpo humano, com ênfase no cérebro, coluna espinhal e os nervos.

Page 63: Um paralelo entre aulas tradicionais e aulas práticas utilizando modelos didáticos na disciplina de ciências na eef jeremias felipe no município de

62

Figura 3: Modelos didáticos prontos, construídos pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.