2
U U m m T T o o q q u u e e d d e e M M á á g g i i c c a a n n a a S S a a l l a a d d e e A A u u l l a a Kathy Paterson (traduzido e adaptado pelo Prof. Giba Canto, Fev-2015) Meu livro é sobre mágica! 1 Como todo professor sabe, o bom ensino envolve certa magia seja na pessoa do instrutor, na apresentação dos temas, ou na motivação dos estudantes. Sem um toque de mágica o ensino fica maçante, os alunos não se inspiram, as lições se tornam menos eficazes e mais “esquecíveis”. Considere a seguinte situação: Os alunos estão irriquietos em classe. Regina, a professora, procura orientá-los na sequência da solução de um problema, e percebe que vários deles estão cochichando, alguns estão sonhando acordados, um deles está atazanando o coleguinha da frente e a maioria mostra aquele semblante de “não tem ninguém em casa”. O sol brilhante da primavera que se mostra através das janelas é muito mais atraente do que a professora. Ela para de falar para ver se eles voltam a prestar atenção; muitos nem notam que ela interrompeu sua apresentação. Professores reconhecem essa cena. Pode-se facilmente dizer que a maioria deles, se não todos, já experimentaram situações semelhantes que, provavelmente, estão aumentando em frequência ao longo do tempo. Todos lutando com a SADD (Síndrome do Aluno Desfocado e Desmotivado). Por quê? O que torna tão difícil atingir e ensinar nossos alunos? Será que existe alguma forma de despertá-los, de fazê-los se ligar, de mantê-los envolvidos e estimulados? Existe um método secreto para competir com o ambiente altamente tecnológico em que vivem, em que são bombardeados diariamente com fortes estímulos sensoriais? Sim, eu acho que existe! Considere a seguinte situação; Regina, a professora, agita ruidosamente um pandeiro. Todos os olhos se voltam para ela e eles param de conversar. A sua intensa e premeditada ação atinge o objetivo. Então ela diz em voz baixa, “Vejo que perdi a atenção da maioria de vocês, vamos para um pequeno jogo...” Os alunos passam a se interessar, pois já estão acostumados a essas atividades de refocalização e gostam dessas rápidas interjeições. “Vire para o colega do lado”, diz Regina. “Vamos balançar 2 um pouco”. Imediatamente os alunos ficam completamente engajados, rindo, falando e tentando fazer o balanço corporal indicado pela professora. Depois de um minuto, Regina interrompe a atividade com novo agito do pandeiro. “Obrigado por entrarem nessa deixa”, ela diz sinceramente. “Agora que já sacudimos um pouco aquele excesso de energia, é hora de retomarmos o problema...” Os alunos, agora refocados, retornam à tarefa. Nesse momento todas as atenções estão dirigidas à professora. 1 Introdução do livro “3-Minute Motivators” de Kathy Paterson, publicado por Pembroke, Ontário-Canadá, em 2007. 2 Essa é a atividade 50 que a autora propõe na página 49 do seu livro.

Um Toque de Mágica na Sala de Aula

Embed Size (px)

Citation preview

UUmm TTooqquuee ddee MMáággiiccaa nnaa SSaallaa ddee AAuullaa

Kathy Paterson (traduzido e adaptado pelo Prof. Giba Canto, Fev-2015)

Meu livro é sobre mágica!1 Como todo professor sabe, o bom ensino envolve

certa magia – seja na pessoa do instrutor, na apresentação dos temas, ou na motivação dos estudantes. Sem um toque de mágica o ensino fica maçante, os alunos não se inspiram, as lições se tornam menos eficazes e mais “esquecíveis”. Considere a seguinte situação:

Os alunos estão irriquietos em classe. Regina, a professora, procura orientá-los na sequência da solução de um problema, e percebe que vários deles estão cochichando, alguns estão sonhando acordados, um deles está atazanando o coleguinha da frente e a maioria mostra aquele semblante de “não tem ninguém em casa”. O sol brilhante da primavera que se mostra através das janelas é muito mais atraente do que a professora. Ela para de falar para ver se eles voltam a prestar atenção; muitos nem notam que ela interrompeu sua apresentação.

Professores reconhecem essa cena. Pode-se facilmente dizer que a maioria deles, se não todos, já experimentaram situações semelhantes que, provavelmente, estão aumentando em frequência ao longo do tempo. Todos lutando com a SADD (Síndrome do Aluno Desfocado e Desmotivado).

Por quê? O que torna tão difícil atingir e ensinar nossos alunos? Será que existe alguma forma de despertá-los, de fazê-los se ligar, de mantê-los envolvidos e estimulados? Existe um método secreto para competir com o ambiente altamente tecnológico em que vivem, em que são bombardeados diariamente com fortes estímulos sensoriais?

Sim, eu acho que existe! Considere a seguinte situação;

Regina, a professora, agita ruidosamente um pandeiro. Todos os olhos se voltam para ela e eles param de conversar. A sua intensa e premeditada ação atinge o objetivo. Então ela diz em voz baixa, “Vejo que perdi a atenção da maioria de vocês, vamos para um pequeno jogo...” Os alunos passam a se interessar, pois já estão acostumados a essas atividades de refocalização e gostam dessas rápidas interjeições. “Vire para o colega do lado”, diz Regina. “Vamos balançar

2 um

pouco”. Imediatamente os alunos ficam completamente engajados, rindo, falando e tentando fazer o balanço corporal indicado pela professora. Depois de um minuto, Regina interrompe a atividade com novo agito do pandeiro. “Obrigado por entrarem nessa deixa”, ela diz sinceramente. “Agora que já sacudimos um pouco aquele excesso de energia, é hora de retomarmos o problema...” Os alunos, agora refocados, retornam à tarefa. Nesse momento todas as atenções estão dirigidas à professora.

1 Introdução do livro “3-Minute Motivators” de Kathy Paterson, publicado por Pembroke, Ontário-Canadá, em 2007.

2 Essa é a atividade 50 que a autora propõe na página 49 do seu livro.

A professora, neste cenário, usa um pouco de mágica para trazer o grupo de volta ao foco de estudo; propiciou uma descarga do excesso de energia e trouxe de volta os alunos para a lição. Ela usou uma das técnicas do meu livro “3-Minute Motivators”, que não passam de atividades simples que podem ser utilizadas em qualquer nível de ensino, e com qualquer diversidade de pessoas. Eu já experimentei usá-las no ensino universitário, com adultos, e até em convenções e workshops.

O meu livro “3-Minute Motivators” traz uma coleção de atividades simples e rápidas que podem ser usadas nas classes, mesmo ficando nas carteiras, ao lado das carteiras, próximo às carteiras, com pequena ou nenhuma preparação por parte do professor, com o uso de poucos objetos além de papel e lápis. As ações foram criadas para envolver todos os alunos de forma interessada, altamente motivadora, por uns três minutos e então refocalizar na tarefa que estava proposta, isso é Mágica!

Mas por que essas atividades são necessárias? Os estudantes não deveriam ter uma motivação intrínseca para aprender? Eles não deveriam querer crescer intelectualmente? Eles não apreciam a necessidade individual de desenvolvimento como seres humanos? Acredito que a resposta a cada uma destas questões é “sim”; infelizmente na sociedade atual, existe um enorme bombardeamento dos nossos sentidos, com distrações de elevada intensidade, que nos entorpecem e fazem com que o aprendizado em sala de aula se pareça chato, inautêntico e monótono.

Considere todos os alunos do mundo...

Como podem as crianças ser estimuladas e motivadas por algo que elas veem como aborrecido e sem brilho, e quando estão repletas de celulares, MP3 de música e incontáveis videogames de sofisticada tecnologia? Como podem elas prestar atenção, quando são tentadas diariamente por uma variada sorte de informações estimulantes que estão nas pontas dos seus dedos via Internet? Como podem elas suportar ouvir um único assunto, estáticas numa carteira, quando estão ansiosas por retomar aos seus videogames, celulares, câmeras e outros sistemas de entretenimento?

É realmente necessário um toque de mágica para manter, hoje em dia, os estudantes inspirados e focados. O meu livro “3-Minute Motivators” aborda esse tema, oferecendo um conjunto de saudáveis atividades prontas para uso imediato em qualquer sala de aula. Use-os com mente aberta e divirta-se!