27
Vanguardas Europeias

Vanguardas e Modernismo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Vanguardas e Modernismo

Citation preview

Page 1: Vanguardas e Modernismo

Vanguardas Europeias

Page 2: Vanguardas e Modernismo

FUTURISMO:

-Liderado pelo italiano Marinetti, autor do Manifesto Futurista (1909)

- Celebração da técnica e da velocidade

-Desprezo pelo passado

-Elogio da guerra

-Revolução na linguagem

Page 3: Vanguardas e Modernismo

Visões simultâneas, de Umberto Boccioni

Page 4: Vanguardas e Modernismo

CUBISMO

• Geometrização das figuras

• Predomínio de linhas retas

• Representação de todas as partes do objeto num mesmo plano (variação da perspectiva

• Simultaneidade

Page 5: Vanguardas e Modernismo

Les demoisellesd’Avignon, de Pablo Picasso

Page 6: Vanguardas e Modernismo

DADAÍSMO

• Negação radical das tradições artísticas

• Arte da destruição

• Niilismo

• Non-sense; absurdo

Page 7: Vanguardas e Modernismo

A Fonte, de Marcel Duchamp

Page 8: Vanguardas e Modernismo

SURREALISMO

• Manifesto Surrealista, escrito por André Breton (1924)

• Valorização do inconsciente

• Atmosferas oníricas, delirantes, mágicas

Page 9: Vanguardas e Modernismo

A persistência da Memória, de Salvador Dalí

Page 10: Vanguardas e Modernismo

A traição das imagens, de René Magritte

Page 11: Vanguardas e Modernismo

Semana de Arte Moderna

Page 12: Vanguardas e Modernismo
Page 13: Vanguardas e Modernismo

Teatro Municipal de São Paulo, local que sediou a Semana de Arte Moderna de 1922.

Page 14: Vanguardas e Modernismo

Os Sapos, de Manuel Bandeira

Enfunando os papos,Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:- "Meu pai foi à guerra!"- "Não foi!" - "Foi!" -"Não foi!".

O sapo-tanoeiro,Parnasiano aguado,Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado.

Vede como primoEm comer os hiatos!Que arte! E nunca rimoOs termos cognatos.

[...]

Page 15: Vanguardas e Modernismo

Artes Plásticas

Page 16: Vanguardas e Modernismo

Entre morros e roda d’água, de Anita Malfatti

Page 17: Vanguardas e Modernismo

Cabeça de Cristo, de Victor Brecheret

Page 18: Vanguardas e Modernismo

Abaporu, de Tarsila do Amaral

Page 19: Vanguardas e Modernismo

Mário de Andrade

Page 20: Vanguardas e Modernismo

Inspiração

São Paulo! Comoção de minha vida...Os meus amores são flores feitas de original...Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro...Luz e bruma... Forno e inverno morno...Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...Perfumes de Paris... Arys!Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...

São Paulo! Comoção de minha vida...Galicismo a berrar nos desertos da América!

Page 21: Vanguardas e Modernismo

Ode ao burguêsEu insulto o burguês! O burguês-níquel,o burguês-burguês!A digestão bem-feita de São Paulo!O homem-curva! o homem-nádegas!O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!Eu insulto as aristocracias cautelosas!Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!que vivem dentro de muros sem pulos;e gemem sangues de alguns mil-réis fracospara dizerem que as filhas da senhora falam o francêse tocam os "Printemps" com as unhas!Eu insulto o burguês-funesto!O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!Fora os que algarismam os amanhãs!Olha a vida dos nossos setembros!Fará Sol? Choverá? Arlequinal!Mas à chuva dos rosaiso èxtase fará sempre Sol!Morte à gordura!

Morte às adiposidades cerebrais!Morte ao burguês-mensal!ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?–Um colar... –Conto e quinhentos!!!Mas nós morremos de fome!"Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!Oh! purée de batatas morais!Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!Ódio aos temperamentos regulares!Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,sempiternamente as mesmices convencionais!De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!Dois a dois! Primeira posição! Marcha!Todos para a Central do meu rancor inebrianteÓdio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!Morte ao burguês de giolhos,cheirando religião e que não crê em Deus!Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!Ódio fundamento, sem perdão!Fora! Fu! Fora o bom burgês!...

Page 22: Vanguardas e Modernismo

Oswald de Andrade

Page 23: Vanguardas e Modernismo

a descoberta

Seguimos nosso caminho por esse mar de longoAté a oitava de PaschoaTopamos avesE houvemos vista de terra

os selvagensMostraram-lhes uma galinhaQuase haviam medo dellaE não queriam pôr a mãoE depois a tomaram como espantados

Page 24: Vanguardas e Modernismo

primeiro chá

Depois de dansaremDiogo DiasFez o salto real

as meninas da gare

Eram tres ou quatro moças bem moças e bem gentisCom cabellos mui pretos pelas espadoasE suas vergonhas tão altas e tão saradinhasQue de nós as muito bem olharmosNão tinhamos nenhuma vergonha

Page 25: Vanguardas e Modernismo

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem têia

Para telhado dizem teado

E vão fazendo telhados

Page 26: Vanguardas e Modernismo

Pobre alimária

O cavalo e a carroçaEstavam atravancados no trilhoE como o motorneiro se impacientassePorque levava os advogados para os escritóriosDesatravancaram o veículoE o animal disparouMas o lesto carroceiroTrepou na boléiaE castigou o fugitivo atreladoCom um grandioso chicote

Page 27: Vanguardas e Modernismo

Pronominais

Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro