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Copyright © 1992, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 12654 JUN 1992 Controle tecnológico de materiais componentes do concreto Palavras-chave: Concreto. Controle tecnológico 1 página Origem: Projeto 18:305.01-001/1992 CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados CE-18:305.01 - Comissão de Estudo de Procedimentos para Controle de Qualidade do Concreto NBR 12654 - Concrete - Technological control of materials - Procedure Descriptors: Concrete. Technological control Incorpora Errata de Out 1992 Esta Errata nº 2 de MAR 2000 tem por objetivo corrigir na NBR 12654 o seguinte: - Em 4.4.2.2, alínea c): - onde se lê: "NBR 7212" - leia-se: "NBR 7222" Procedimento

Abnt nbr 12654 1992 - controle tecnológico de materiais componentes do concreto - procedimento + errata nº 2 de mar 2000

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Controle tecnológico dos materiais componentes do concreto

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Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereço eletrônico:www.abnt.org.br

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR 12654JUN 1992

Controle tecnológico de materiaiscomponentes do concreto

Palavras-chave: Concreto. Controle tecnológico 1 página

Origem: Projeto 18:305.01-001/1992CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e AgregadosCE-18:305.01 - Comissão de Estudo de Procedimentos para Controle deQualidade do ConcretoNBR 12654 - Concrete - Technological control of materials - ProcedureDescriptors: Concrete. Technological controlIncorpora Errata de Out 1992

Esta Errata nº 2 de MAR 2000 tem por objetivo corrigir na NBR 12654 o seguinte:

- Em 4.4.2.2, alínea c):

- onde se lê: "NBR 7212"

- leia-se: "NBR 7222"

Procedimento

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Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavras-chave: Concreto. Controle tecnológico 6 páginas

Controle tecnológico de materiaiscomponentes do concreto

NBR 12654JUN 1992

Origem: Projeto 18:305.01-001/92CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e AgregadosCE-18:305.01 - Comissão de Estudo de Procedimentos para Controle de Qualidade doConcretoNBR 12654 - Concrete - Technological control of materials - ProcedureDescriptors: Concrete. Technological controlIncorpora Errata de Out 1992

Procedimento

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para realiza-ção do controle tecnológico dos materiais componentesdo concreto.

1.2 Para aplicações especiais de concreto, tais como con-creto-massa, concreto de pavimentação, concretos le-ves, concretos sujeitos à ação de meios agressivos e ou-tros, podem ser feitas exigências específicas.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 5732 - Cimento Portland comum - Especifi-cação

NBR 5733 - Cimento Portland de alta resistênciainicial - Especificação

NBR 5735 - Cimento Portland de alto-forno - Espe-cificação

NBR 5736 - Cimento Portland pozolânico - Espe-cificação

NBR 5737 - Cimento Portland resistente a sulfatos -Especificação

NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova deconcreto cilíndricos ou prismáticos - Método de en-saio

NBR 5739 - Ensaio de compressão de corpos-de-prova de concreto cilíndricos

NBR 5740 - Análise química de cimento Portland -Disposições gerais - Método de ensaio

NBR 5741 - Cimentos - Extração e preparação deamostras - Método de ensaio

NBR 5742 - Análise química de cimento Portland -Processos de arbitragem para determinação de dió-xido de silício, óxido férrico, óxido de alumínio, óxidode cálcio e óxido de magnésio

NBR 5743 - Cimento Portland - Determinação deperda ao fogo - Método de ensaio

NBR 5744 - Cimento Portland - Determinação deresíduo insolúvel - Método de ensaio

NBR 5745 - Cimento Portland - Determinação deanidrido sulfúrico - Método de ensaio

NBR 5746 - Cimento Portland - Determinação deenxofre na forma de sulfeto - Método de ensaio

NBR 5747 - Cimento Portland - Determinação deóxido de sódio e óxido de potássio por fotometria dechama - Método de ensaio

NBR 5753 - Cimentos - Método de determinação deatividade pozolânica em cimentos Portland pozolâ-nico - Método de ensaio

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2 NBR 12654/1992

NBR 5754 - Cimento Portland comum (CPE) e cimen-to Portland de alto-forno (CPAF) - Determinação pormicroscopia do teor de escória granulada - Método deensaio

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concre-to armado - Procedimento

NBR 6465 - Agregados - Determinação da abrasão“Los Angeles” - Método de ensaio

NBR 6467 - Agregados - Determinação do incha-mento de agregado miúdo - Método de ensaio

NBR 7188 - Carga móvel em ponte rodoviária epassarela de pedestre - Procedimento

NBR 7211 - Agregados para concreto - Especifi-cação

NBR 7215 - Cimento Portland - Determinação daresistência à compressão - Método de ensaio

NBR 7217 - Agregados - Determinação da compo-sição granulométrica - Método de ensaio

NBR 7218 - Agregados - Determinação do teor deargila em torrões e materiais friáveis - Método deensaio

NBR 7219 - Agregados - Determinação do teor demateriais pulverulentos - Método de ensaio

NBR 7220 - Agregados - Determinação de impurezasorgânicas húmicas em agregado miúdo - Método deensaio

NBR 7221 - Agregado - Ensaio de qualidade de agre-gado miúdo - Método de ensaio

NBR 7222 - Argamassas e concretos - Determinaçãoda resistência à tração por compressão diametral decorpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio

NBR 7223 - Concreto - Determinação da consistên-cia pelo abatimento do tronco de cone - Método deensaio

NBR 7224 - Cimento Portland e outros materiais empó - Determinação da área específica - Método deensaio

NBR 7227 - Cimento Portland - Determinação deóxido de cálcio livre pelo etilenoglicol - Método deensaio

NBR 7251 - Agregado em estado solto - Determina-ção da massa unitária - Método de ensaio

NBR 7389 - Apreciação petrográfica de agregados -Procedimento

NBR 7809 - Agregado graúdo - Determinação do ín-dice de forma pelo método do paquímetro - Método deensaio

NBR 7810 - Agregado em estado compactado seco- Determinação da massa unitária - Método de ensaio

NBR 8347 - Cimento Portland pozolânico, cimentoPortland comum e cimento Portland composto comadições de materiais pozolânicos - Análise química -Método de referência - Método de ensaio

NBR 8490 - Argamassa endurecida para alvenariaestrutural - Retração por secagem - Método de en-saio

NBR 8809 - Cimento Portland - Determinação docalor de hidratação a partir do calor de dissolução -Método de ensaio

NBR 9203 - Cimento Portland comum e clínquer -Análise química por complexometria - Método deensaio

NBR 9773 - Agregado - Reatividade potencial deálcalis em combinação cimento-agregado - Métodode ensaio

NBR 9774 - Agregado - Verificação da reatividadepotencial pelo método químico - Método de ensaio

NBR 9775 - Agregados - Determinação da umidadesuperficial em agregados miúdos por meio do frascode Chapman - Método de ensaio

NBR 9776 - Agregados - Determinação da massaespecífica de agregados miúdos por meio do frascode Chapman - Método de ensaio

NBR 9777 - Agregados - Determinação da absorçãode água em agregados miúdos - Método de ensaio

NBR 9778 - Argamassa e concreto endurecido -Determinação da absorção de água por imersão -Índice de vazios e massa específica - Método deensaio

NBR 9832 - Concreto e argamassa - Determinaçãodos tempos de pega por meio da resistência à pene-tração - Método de ensaio

NBR 9833 - Concreto fresco - Determinação da mas-sa específica e do teor de ar pelo método gravimétri-co - Método de ensaio

NBR 9917 - Agregados para concreto - Determinaçãode sais, cloretos e sulfatos solúveis - Método de en-saio

NBR 9936 - Agregados - Determinação do teor departículas leves - Método de ensaio

NBR 9937 - Agregados - Determinação da absorçãoe da massa específica de agregado graúdo - Métodode ensaio

NBR 9938 - Agregados - Determinação da resistên-cia ao esmagamento de agregados graúdos - Méto-do de ensaio

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NBR 12654/1992 3

NBR 9941 - Redução de amostra de campo de agre-gados para ensaio de laboratório - Procedimento

NBR 10340 - Agregados - Avaliação da reatividadepotencial das rochas carbonáticas com os álcalis docimento - Método de ensaio

NBR 10342 - Concreto fresco - Perda de abatimen-to - Método de ensaio

NBR 10908 - Aditivos para argamassa e concreto -Ensaios de uniformidade - Método de ensaio

NBR 11578 - Cimento Portland composto - Especifi-cação

NBR 11579 - Cimento Portland - Determinação dafinura por meio da peneira 75 µm (nº 200) - Método deensaio

NBR 11580 - Cimento Portland - Determinação daágua da pasta de consistência normal - Método deensaio

NBR 11581 - Cimento Portland - Determinação dostempos de pega - Método de ensaio

NBR 11582 - Cimento Portland - Determinação daexpansibilidade de Le Chatelier - Método de ensaio

NBR 11583 - Cimento Portland e matérias-primas -Determinação de anidrido carbônico (CO2) por gaso-metria - Método de ensaio

NBR 11768 - Aditivos para concreto de cimentoPortland - Especificação

NBR 12006 - Cimento - Determinação do calor de hi-dratação pelo método da garrafa de Langavant - Mé-todo de ensaio

NBR 12142 - Concreto - Determinação da resistên-cia à tração na flexão em corpos-de-prova prismáti-cos - Método de ensaio

NBR 12317 - Verificação de desempenho de aditivospara concreto - Procedimento

NBR 12655 - Concreto - Preparo, controle e rece-bimento - Procedimento

ASTM-C 232 - Standard test methods for bleeding ofconcrete

3 Condições gerais

3.1 O controle tecnológico deve comprovar que os mate-riais empregados na elaboração do concreto atendemaos requisitos exigidos nas normas respectivas.

3.2 O programa de controle tecnológico deve ser elabora-do em função do grau de responsabilidade da estrutura,das condições agressivas existentes no local da obra, doconhecimento prévio das características dos materiaisdisponíveis para a execução das obras e outras condi-ções estabelecidas pelos responsáveis por este controle.

3.3 Os responsáveis pela programação e realização docontrole tecnológico e o pessoal envolvido na sua exe-cução, nas condições estabelecidas nesta Norma, devempossuir qualificação e experiência comprovadas nestaatividade.

3.4 Ao término da obra deve ser elaborado um relatórioconclusivo, contendo todos os resultados obtidos e análi-ses efetuadas, encerrando com um parecer conclusivo daqualidade dos materiais constituintes do concreto, emiti-do pelo responsável pelo controle.

Nota: Este relatório deve fazer parte dos documentos de aceita-ção da obra.

4 Condições específicas

O controle tecnológico dos materiais componentes deveobedecer às condições específicas, estabelecidas em 4.1a 4.5.

4.1 Cimento Portland

4.1.1 Tipos de cimento

O cimento Portland, conforme o seu tipo, deve atender aosrequisitos das NBR 5732 (CP I e CP I-S), NBR 5733(CP V - ARI), NBR 5735 (CP III), NBR 5736 (CP IV),NBR 5737 e NBR 11578 (CP II-E, CP II-Z e CP II-F).

4.1.2 Ensaios de qualificação

4.1.2.1 Antes de ser iniciado o fornecimento, devem serrealizados ensaios de qualificação do cimento Portlandem função dos requisitos e da localização da obra. Os en-saios devem ser executados em amostras deste materialcoletadas conforme a NBR 5741.

Nota: Na escolha dos fornecedores podem ser consideradosoutros requisitos, tais como:

a) maior eficiência, definida como a relação, em uma dadaidade, entre a resistência à compressão obtida e o consumode cimento no concreto;

b) outras características desejáveis em função das condiçõesambientais e de execução das obras, tais como, a maiorresistência química aos agentes agressivos, menor calor dehidratação, maiores resistências a baixas idades e outras.

4.1.2.2 Por ocasião da qualificação, deve ser coletada umaamostra de cimento como estabelecido na NBR 5741 enos capítulos de inspeção das normas relacionadas em4.1.1, conforme o cimento seja entregue, em sacos, con-têiner ou a granel.

4.1.2.3 Devem ser realizados em cada amostra os seguin-tes ensaios:

a) finura da peneira 0,075 mm: NBR 11579;

b) área específica (exceto nos cimentos tipos CP III eCP IV): NBR 7224;

c) tempos de início e fim de pega: NBR 11581;

d) expansibilidade a quente: NBR 11582;

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4 NBR 12654/1992

e) resistência à compressão nas idades especifi-cadas para cada tipo de cimento: NBR 7215;

f) perda ao fogo: NBR 5743;

g) resíduo insolúvel (exceto cimento CP IV): NBR 5744;

h) trióxido de enxofre - SO3: NBR 5745;

i) óxido de magnésio - MgO (exceto cimentoCP III): NBR 9203 e NBR 5742;

j) anidrido carbônico - CO2: NBR 11583.

4.1.2.4 Outros ensaios podem ser exigidos para melhorcaracterizar o tipo de cimento empregado na obra, paraverificar a ocorrência de outros elementos ou para anali-sar o comportamento do material sob a ação de agentesagressivos. Estes ensaios são relacionados a seguir:

a) expansibilidade a frio: NBR 11582;

b) resíduo insolúvel no cimento (CP IV): NBR 8347;

c) índice de consistência da argamassa normal:NBR 11580;

d) enxofre na forma de sulfato (para o cimento CP III):NBR 5746;

e) óxido de sódio e de potássio: NBR 5747;

f) óxido de cálcio livre: NBR 7227 e NBR 5742;

g) calor de hidratação a partir do calor de dissolução:NBR 8809;

h) calor de hidratação utilizando a Garrafa deLangavant: NBR 12006;

i) indicação dos compostos C3A e C4AF + C2F para ocimento CP V: NBR 9203 e NBR 5740;

j) teor de escória nos cimentos CP III e CP II-E: NBR 5754;

k) atividade pozolânica dos cimentos CP IV: NBR 5753;

l) teor de pozolana nos cimentos CP IV e CP II-Z: NBR 5744.

4.1.3 Controle de recebimento

4.1.3.1 Por ocasião do recebimento devem ser coletadasamostras dos lotes ou partidas de cimento como esta-belecidas na NBR 5741 e no capítulo de inspeção dasnormas relacionadas em 4.1.1, conforme o cimento sejaentregue em sacos, contêiner ou a granel.

4.1.3.2 Durante o recebimento, devem ser executados, nomínimo, os seguintes ensaios:

a) finura da peneira 0,075 mm: NBR 11479;

b) área específica (exceto nos cimentos tipos CP-III eCP-IV): NBR 7224;

c) tempos de início e fim de pega: NBR 11581;

d) resistência à compressão nas idades específicaspara o tipo de cimento usado no estudo de dosa-gem: NBR 7215.

4.2 Agregados

Os agregados a empregar na elaboração do concretodevem atender ao estabelecido na NBR 7211.

Nota: Para os requisitos de qualidade não estabelecidos naNBR 7211, devem-se utilizar valores consagrados a seremacordados com os fornecedores dos agregados.

4.2.1 Ensaios de qualificação

4.2.1.1 Independentemente da graduação dos agrega-dos, devem ser realizados os seguintes ensaios parasua qualificação:

a) determinação da composição granulométrica: NBR 7217;

b) determinação da massa unitária em estado solto:NBR 7251;

c) determinação do teor de argila em torrões e mate-riais friáveis: NBR 7218;

d) determinação do teor de materais pulverulentos:NBR 7219;

e) determinação do teor de partículas leves: NBR 9937;

f) determinação do teor de cloretos e sulfatos solúveisem água: NBR 9917.

4.2.1.2 As amostras de agregados devem ser coletadas deacordo com a NBR 7118 e reduzidas para ensaio emlaboratório, segundo a NBR 9941.

4.2.1.3 Devem ainda ser realizados os seguintes ensaiosnos agregados miúdos:

a) determinação de impurezas orgânicas húmicas:NBR 7220;

b) ensaio de qualidade do agregado: NBR 7221;

c) determinação do inchamento: NBR 6467;

d) determinação da massa específica na condiçãosaturada superfície seca: NBR 9776;

e) determinação da absorção de água: NBR 9777.

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NBR 12654/1992 5

4.2.1.4 Devem ainda ser realizados os seguintes ensaiosnos agregados graúdos:

a) determinação da massa específica na condiçãosaturada - superfície seca: NBR 9937;

b) determinação da absorção de água: NBR 9937;

c) determinação da massa unitária compactada seca:NBR 7810;

d) determinação do índice de forma pelo método dopaquímetro: NBR 7809;

e) determinação da abrasão “Los Angeles”: NBR 6465.

4.2.2 Outros ensaios de qualificação

Quando a natureza mineralógica dos agregados é des-conhecida ou há dúvidas quanto à sua durabilidade (tan-to em estado natural, quanto nas condições específicas deutilização), ou ainda, quando se deseja obter um conhe-cimento mais profundo sobre estes, podem ser solicita-dos alguns dos ensaios ou análises seguintes:

a) análise petrográfica: NBR 7389;

b) determinação da reatividade potencial de álcalisem combinação cimento-agregado: NBR 9733;

c) verificação da reatividade potencial pelo métodoquímico: NBR 9774;

d) avaliação da reatividade potencial das rochas car-bonáticas com álcalis do cimento: NBR 10340;

e) determinação da resistência ao esmagamento (so-mente para agregados graúdos): NBR 9938.

Nota: A natureza mineralógica (ou análise petrográfica) indicaquais dos ensaios relacionados de b) a e) são necessáriospara qualificar cada agregado.

4.2.3 Controle de recebimento

4.2.3.1 Em cada lote ou partida deve ser coletada umaamostra, de acordo com as NBR 7118 e NBR 9941, quedeve ser submetida aos seguintes ensaios:

a) determinação da composição granulométrica: NBR 7217;

b) determinação do teor de argila em torrões e mate-riais friáveis: NBR 7218;

c) determinação do teor de materiais pulverulentos:NBR 7219;

d) determinação do teor de partículas leves: NBR 9936.

4.2.3.2 No caso específico dos agregados miúdos, devemser realizados, além dos ensaios prescritos em 4.2.3.1, osseguintes ensaios:

a) determinação de impurezas orgânicas húmicas:NBR 7220;

b) determinação da umidade superficial: NBR 9775.

Nota: Na eventualidade de se notar alguma alteração nas ca-racterísticas dos agregados, durante o recebimento paraa produção dos concretos, o responsável pelo controletecnológico deve realizar os ensaios descritos em 4.2.1.3,4.2.1.4 e 4.2.2 que julgar necessários para caracterizá-los.

4.3 Água

4.3.1 Qualificação das fontes

A água destinada ao amassamento e cura do concretodeve atender aos requisitos exigidos na NBR 6118.

4.3.2 Amostragem

A amostra de água deve ter, pelo menos, 5 L e ser coleta-da conforme o procedimento descrito em 4.3.2.1 e4.3.2.2.

4.3.2.1 Recipiente para amostras

O recipiente e os dispositivos destinados à coleta daamostra devem ser previamente limpos e enxaguadosvárias vezes com a própria água a ser analisada. Devemser fechados, aceitando-se o emprego de rolha de borra-cha ou cortiça, desde que seja envolvida em papel mani-lha antes de ser colocada no recipiente.

4.3.2.2 Coleta de amostras

A coleta de amostras deve ser feita, de acordo com o local,da seguinte maneira:

a) em sistema de distribuição, devem ser escolhidospontos representativos de todo o sistema, selecio-nando-se torneiras limpas e sem vazamentos.A coleta deve ser iniciada após 3 min a 5 min con-tados a partir da abertura da torneira;

b) em poços, reservatórios ou cisternas, o procedi-mento adotado é o mesmo que o usado no sistemade distribuição no caso de existência de bomba. Nocaso de não existir bomba, a coleta deve ser realizada por meio de um recipiente dotado de um dis-positivo que permita abri-lo dentro d’água. O frascodeve ser ligado a uma massa e suspensopor umfio até a metade da altura da lâmina de água dopoço;

c) em cursos d’água, a coleta de amostras deve serefetuada com o recipiente aproximadamente15 cm abaixo do nível da corrente, com sua bocavoltada para jusante, devendo ser evitada contaminação proveniente da mão do operador.

Nota: As amostras devem ser coletadas por ocasião da seleçãodas fontes de abastecimento para a obra. Se, durante a suaexecução, for observada alteração na qualidade da água,a critério do responsável pelo controle tecnológico, devemser realizadas outras amostragens.

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6 NBR 12654/1992

4.3.3 Ensaio de qualificação

4.3.3.1 Na qualificação das fontes de água, deve-se consi-derar a presença de:

a) sulfetos;

b) cloretos;

c) quantidade de matéria orgânica presente (expres-sa em oxigênio consumido);

d) sólidos dissolvidos;

e) sólidos totais;

f) sólidos em suspensão;

g) pH.

4.3.3.2 Deve-se ainda realizar, além dos ensaios prescri-tos em 4.3.3.1, os seguintes ensaios comparativos empasta e argamassa em relação a uma água comprova-damente inócua:

a) tempo de início e fim de pega: NBR 11581;

b) resistência à compressão: NBR 7215.

4.3.4 Controle de recebimento

Para o controle de recebimento devem ser retiradas amos-tras de acordo com as características sazonais da regiãoonde estiver sendo realizada a obra, sempre que houverindícios ou suspeitas de alteração na qualidade da água.Deve ser ensaiada conforme 4.3.3, adotando o mesmoprocedimento de coleta de 4.3.2.2.

4.4 Aditivos

Os aditivos, conforme o seu tipo, devem atender àsNBR 10908, NBR 11768 e NBR 12317.

4.4.1 Qualificação dos fornecedores

Antes de iniciado o fornecimento, devem ser realizadosensaios de qualificação dos tipos de aditivos emprega-dos na obra. Deve ser verificado o atendimento aos re-quisitos das normas específicas para cada tipo, utilizan-do, nestes ensaios, concretos e argamassas executadascom os materiais empregados na obra e a dosagem doaditivo indicada pelo fornecedor. Estes ensaios devem serrealizados na temperatura ambiente do local da obra.

4.4.2 Amostragem e ensaios de qualificação

A amostragem e ensaios para qualificação de aditivosdevem ser feitos conforme as NBR 11768 e NBR 12317,ou seja, de acordo com 4.4.2.1 ou 4.4.2.2.

4.4.2.1 No concreto fresco devem ser realizados os se-guintes ensaios:

a) consistência: NBR 7223;

b) tempos de pega: NBR 9832;

c) massa específica: NBR 9833;

d) teor de ar incorporado: NBR 9833;

e) exsudação: ASTM-C 232;

f) perda de abatimento: NBR 10342.

4.4.2.2 No concreto endurecido devem ser realizados osseguintes ensaios:

a) massa específica: NBR 9778;

b) resistência à compressão axial: NBR 5739;

c) resistência à tração por compressão diametral:NBR 7212;

d) resistência à tração na flexão: NBR 12142;

e) variações de comprimento: NBR 8490;

Nota: Os corpos-de-prova para o ensaio de variações de com-primento devem ser prismáticos, nas dimensões de100 mm x 100 mm x 285 mm, com comprimento efetivode medida de 250 mm, moldados conforme a NBR 5738,curados durante 14 dias em câmara úmida e, posterior-mente, 14 dias ao ar, ocasião em que deve ser determinadaa variação de comprimento.

4.4.3 Ensaio para qualificação

4.4.3.1 Durante o fornecimento, tanto a dosagem do aditi-vo, como as suas características físicas e químicas nãodevem apresentar variações superiores às tolerânciasadmitidas nas respectivas normas.

4.4.3.2 Para verificação posterior da uniformidade e equi-valência dos lotes durante o fornecimento, devem serexecutados os seguintes ensaios, conforme a metodo-logia da NBR 10908:

a) pH;

b) teor de sólidos;

c) densidade;

d) teor de cloretos.

Nota: Em casos específicos, para melhor caracterizar um tipo deaditivo, pode-se recorrer à determinação da composiçãoquímica mediante o método de espectrofotometria deinfravermelho.

4.5 Adições minerais

4.5.1 Definições

Para os efeitos desta Norma são consideradas as adi-ções minerais de natureza hidráulica latente (escória bá-sica granulada de alto forno que atende a NBR 5735),pozolânica (materiais pozolânicos naturais ou artificiaisque atendem às prescrições da NBR 5736) ou inertes(pigmentos de óxidos metálicos destinados a colorir in-tegralmente o concreto com o objetivo estético).

4.5.2 Condições de utilização

As adições minerais somente podem ser incorporadas aoconcreto produzido em central e devem ser armazenadase dosadas de acordo com a NBR 12655. As adições mi-nerais somente podem ser usadas em concreto com basenos subsídios decorrentes de estudo experimental prévio.