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ECONOMIA E ACESSIBILIDADE PARA TODOS NA
UTILIZAÇÃO DE AGUA DE CHUVA
Londrina 2013
BRUNO ROQUE FERREIRA
BRUNO ROQUE FERREIRA
ECONOMIA E ACESSIBILIDADE PARA TODOS NA
UTILIZAÇÃO DE AGUA DE CHUVA
Londrina 2013
“Alguns homens veem as coisas como são, e dizem ‘Por quê? ’
Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo ‘`Por que não? ’”
(George Bernard Shaw)
RESUMO
A utilização excessiva da água doce em todo o planeta nos leva a uma busca infinita
de novas maneiras para aproveitar ao máximo a água não potável, ou seja,
impróprias para o consumo. O reuso da água de chuva é cada vez mais frequente
em nosso cotidiano e o principal objetivo desse estudo é procurar uma maneira
economicamente acessível de fornecer meios para que todos façam o reuso da água
de chuva. O projeto proposto consiste em uma caixa d'água que armazene água
potável para fins potáveis e água não potável para fins não potáveis, sendo que a
água não potável seja proveniente da chuva
Palavras-chave: Reaproveitamento; Economicamente acessível.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Sistema atual de aproveitamento de agua de chuva ...............................7
Figura 2 – Caixa d'água convencional 1000L .......................................................... 8
Figura 3 – sistema de agua potável proposto ........................................................... 9
Figura 4 – Sistema de agua não potável proposto .................................................. 10
Figura 5 – calha embutida ...................................................................................... 11
Figura 6 – Filtro de agua de chuva .......................................................................... 11
Figura 7 – Aquecimento solar da agua .................................................................... 12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7
2 SISTEMA ATUAL ...............................................................................................7
3 NOVO MODELO DE CAIXA D'ÁGUA ................................................................ 8
4 SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL ........................................................................ 9
5 SISTEMA DE ÁGUA NÃO POTÁVEL .............................................................. 10
6 CAPITAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA ................................................................ 10
7 CONTROLE DO NÍVEL.................................................................................... 12
8 OUTRAS APLICAÇÕES .................................................................................. 12
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 13
7
1 INTRODUÇÃO
Uma das melhores ideias para reduzir utilização de água potável é a utilização
de água de chuva para fins não potáveis como a descarga de vasos sanitários,
lavagem de carros e pisos, irrigação, resfriamento de máquinas, prevenção de
incêndios, etc. Esse sistema já vem sendo utilizado com sucesso em grandes
construções como: fabricas, grandes condomínios, shoppings, supermercados e
estágios de futebol.
Recentemente começou-se a adotar esse sistema em residências, utilizando
um sistema automatizado de rede pressurizada e mão-de-obra profissional, para a
grande maioria da população brasileira se torna um meio inacessível de poder
armazenar e utilizar a água de chuva. No decorrer do trabalho será apresentado um
novo modelo para aplicação em casas populares.
2 SISTEMA ATUAL
Figura 1
Como representado na figura acima podemos observar que as telhas e calhas
funcionam como captadoras da água e a direcionam para o filtro, do filtro a água
passa pelo freio sendo armazenada na cisterna e por fim utilizando um sistema
8
automatizado uma bomba envia água não potável para uma segunda caixa d’água
para que se possa fazer sua utilização.
Observando a figura, nota-se que além de um terreno adequado para o
aterramento ou a suspensão da cisterna, também é necessário fazer um alto
investimento. Por se tratar de um sistema cujo preço não é baixo e o retorno pode
chegar até 20 anos após a instalação, o que leva as pessoas a se perguntarem “estou
financeiramente instável para ser ecologicamente correto? ”, e a resposta de quase
toda população brasileira logicamente é NÂO, por ser mais caro a reutilização ou a
reciclagem dos produtos do que a utilização dos produtos industrializados ou no caso
potável.
3 NOVO MODELO DE CAIXA D'ÁGUA
De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita
de 3,3 m³/pessoa/mês (cerca de 110 litros de água por dia para atender as
necessidades de consumo e higiene). No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa
pode chegar a mais de 200litros/dia. Levando em consideração que grande parte
deste consumo é na bacia sanitária, podendo ser gasto de 10 a 14 litros em um
acionamento de 6 segundos, quando a válvula esta defeituosa pode chegar a gastar
até 30 litros.
A imagem abaixo mostra uma caixa d’água convencional de 1000 litros,
utilizada por grande parte população, para armazenamento de água tanto para
consumo quanto para higiene.
Figura 2
9
Pensando em um sistema acessível pela grande maioria dos brasileiros,
elaborei um sistema simples, fácil de instalar e economicamente acessível para
qualquer tipo de classe social no Brasil. Esse sistema consiste em uma caixa d’água
hibrida, ou seja, uma caixa d’água adaptada para a água potável vinda do sistema
de saneamento básico e água não potável vinda do aproveitamento da água de
chuva.
A caixa d'água utilizada é de polietileno, apresenta as mesmas qualidades
das caixas d’águas de polietileno que já conhecemos, oferecendo:
a. Design;
b. Leveza;
c. Resistência;
d. Facilidade de limpeza;
e. Possuindo sistema de fechamento da tampa que dispensa acessórios, impedindo a
entrada de luz, objetos, animais e/ou quaisquer outros particulados em suspensão.
f. Não soltam pigmentos e bloqueiam a entrada de luminosidade dentro do
reservatório, impedindo a proliferação de algas e fungos.
Representando a mesma segurança, praticidade e qualidade impostas pela ABNT.
4 SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL
A parte potável, é praticamente igual ao sistema utilizado hoje em dia,
como mostra a figura abaixo.
Figura 3
10
Podemos perceber seu funcionamento através de sua tubulação, onde há a
entrada, a saída, o extravaso/ladrão e a saída para limpeza. Esse sistema depende
também da boia controladora de nível, que é a peça fundamental para que funcione
perfeitamente.
5 SISTEMA DE ÁGUA NÃO POTÁVEL
A parte não potável tem muita semelhança com a parte potável, porém a bóia
possui uma haste mais alongada direcionada para o fundo, garantindo que nunca
falte água.
Figura 4
A boia controla para que sempre haja 30% do volume de água ou
aproximadamente 150 litros, restando 70% do volume para ser preenchido com água
de chuva, o que equivale a aproximadamente 350 litros. Atingindo 100% da
capacidade, a água de chuva deixa a boia totalmente submersa, gerando um empuxo
desprezível para o funcionamento da válvula boia, também podendo ser reduzido
com a diminuição de seu tamanho.
6 CAPITAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA
A capitação é feita através de calhas convencionais ou de calhas embutidas,
posicionadas no telhado para que levem a água de chuva para a caixa d'água.
11
Figura 5
Após seguir pela calha à água passa por um filtro, que seleciona a água
a ser usada, garantindo água bem mais limpa para o reuso como mostra o modelo
na imagem a seguir:
Figura 6
A função desse componente é separar e descartar as primeiras águas de
chuvas fortes que fazem a lavagem da atmosfera, do telhado, calhas e tubulações.
Obs.: águas de chuvas fracas não servem porque não fazem essa limpeza. Após o
12
descarte inicial, as próximas águas que vão estar bem mais limpas são
direcionadas para a caixa d'água.
7 CONTROLE DO NÍVEL
É preciso ter um controle da quantidade de água depositada na caixa, para
que ela não transborde e nem invada a parte de água potável. Para fazer esse
controle é utilizado o extravaso/ladrão, posicionado na parte de cima o vertedouro
evita os transbordamentos enviando o excesso de água para rede pluvial.
8 OUTRAS APLICAÇÕES
Recentemente o governo vem implantando em todo o pais em novas
moradias do Minha Casa, Minha Vida, o sistema de energia solar, cujo “O objetivo
do aquecimento solar é, além da preservação da energia, também contribuir para a
sustentabilidade econômica, barateando o custo da energia, aliado a um processo
de educação dessas famílias, que devem fazer um uso racional da água e da energia”
segundo secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, e isso vem sendo
aplicado (04/11/2010 – Portal Brasil ).
Figura 7
Com a adaptação da parte potável para que se torne um reservatório térmico
(semelhante a um “boiler”) é possível a instalação de um sistema de água quente,
pois a água já está direcionada para o chuveiro, torneiras de pia e lavatórios.
13
Necessitando apenas de coletores solares e tubulação adequada.
CONCLUSÃO
A verdadeira ideia deste trabalho é criar um meio para que as pessoas possam
ir além da conscientização, podendo agir reduzindo suas despesas e contribuindo
para um mundo melhor, reduzindo o consumo de água potável com a utilização de
água de chuva, garantindo água limpa e pura para as próximas gerações.
REFERÊNCIAS.
http://www.acessa.com/cidade/meioambiente/chuva/ http://essetalmeioambiente.com
http://www.tigre.com.br/enciclopedia/api.php/artigo/38/caixas_d__gua_tigre_193756
http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sabesp&pub=T&nom
e=Uso_Racional_Agua_Generico&db=&docid=C4B7E622A7962E6A8325711B005098ED
http://www.fortlev.com.br/produtos/materia.php?cd_matia=22&cd_site=1 http://rccobras.blogspot.com.br/
http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/minicisterna/separador-de-agua-de-chuva.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa-d'%C3%A1gua http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2010/11/04/novas-
moradias-do-minha-casa-minha-vida-teraoenergia-solar
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/habita/mcmv/Especificacoes_Casa_MCMV2.pdf
http://arquitetura.eesc.usp.br/ocs/index.php/sbqp2011/sbqp2011/paper/viewFile/325/226
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511302-o-sol-nasce-para-todos-mas-o-brasil-nao-aproveita
http://www.decorandoimoveis.com/construcao/tipos-de-calhas http://www.brasilit.com.br/produtos/caixa-agua/
http://www.ecocasa.com.br/aproveitamento-de-agua-de-chuva.asp BRAGA, Wladimir Flávio Luiz. O Sistema Jurídico Anglo-Americano. Disponível em: <
http://fdc.br/Arquivos/Artigos/14/SistJuridicoAngloAmericano.pdf>. Acesso em: 28 set. 2012.