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Ergonomia e Segurança do Trabalho no Setor Florestal Profᵃ Alessandra Lopes [email protected] Ergonomia

Ergonomia

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Page 1: Ergonomia

Ergonomia e Segurança do Trabalho no Setor Florestal

Profᵃ Alessandra Lopes

[email protected]

Ergonomia

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Conceito

Etimologia:Etimologia:ERGOS = TRABALHO

NOMOS = LEI, REGRA

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Conceito

“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento.”

Ergonomics Society

“A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano”

Associação Brasileira de Ergonomia

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Conceito

A ergonomia se inicia nas características do trabalhador para depois projetar o trabalho que ele consegue executar,

preservando sua saúde

Homem Trabalho

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Objetivo Saúde: a saúde do trabalhador é mantida

quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas, de modo a evitar as situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais;

Segurança: É conseguida com projetos do posto de trabalho, ambiente e organização, que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador, de modo a reduzir erros, acidentes, estresse e fadiga;

Satisfação: É o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador;

Eficiência: É a consequência dos 3 fatores reunidos.

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Objetivo Alto índice de acidentes de trabalho; Problemas associados a doenças do trabalho; Questões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice

de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc; Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de

trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.

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Evolução da Ergonomia

1700 -  O médico italiano Bernardino Ramazzini foi o primeiro a escrever sobre doenças e lesões relacionadas ao trabalho;

1857 – O polonês Wojciech Jartrzebowski publicou o artigo Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.

XVIII – A questão da ergonomia se tornou um problema mais dramático na Revolução Industrial

XIX - Frederick Winslow TAYLOR lançou seu livro “Administração Científica”, com uma abordagem que buscava a melhor maneira de executar um trabalho e suas tarefas.

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Evolução da Ergonomia

A segunda Guerra Mundial foi um marco no

desenvolvimento da Ergonomia 1949 - Oengenheiro inglês chamado Murrel criou na

Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a

“Ergonomic Research Society”. 1959 - Foi fundada a “International Ergonomics

Association”. Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação

Brasileira de Ergonomia

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Abordagens da Ergonomia

Quanto a abrangência

o Ergonomia do posto de trabalho: abordagem

microergonômica

o Ergonomia de sistemas de produção: abordagem

macroergonômica

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Abordagens da Ergonomia

Quanto a abrangência

o Ergonomia do posto de trabalho: abordagem

microergonômica

o Ergonomia de sistemas de produção: abordagem

macroergonômica

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Abordagens da Ergonomia

Quanto à contribuição

o Ergonomia de concepção: normas e especificações de

projeto

o Ergonomia de correção: modificações de situações

existentes

o Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e

fluxos de produção

o Ergonomia de conscientização: capacitação em

ergonomia

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Abordagens da Ergonomia

Quanto a interdisciplinaridade

o Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros

o Design: metodologia de projeto e design do produto

o Psicologia: treinamento e motivação do pessoal

o Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças

do trabalho

o Administração:projetos organizacionais e gestão de R.H.

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Abordagem Ergonômica

Considera as capacidades humanas e seus limites:

capacidade física, força muscular, dimensões corporais, possibilidades de interpretação das informações pelo aparelho

sensorial (visão, audição), capacidade de tratamento das informações em termos de

rapidez e de complexidade

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Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que influenciam as relações

homem x trabalho

as características materiais do trabalho: (apresentação espacial e temporal)

peso dos instrumentosforças a exercerdisposição dos comandosdimensões dos diferentes elementos constituintes do posto e do sistema

Abordagem Ergonômica

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Desenvolvimento atual da ergonomia

Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências:

As exigências tecnológicas: técnicas de produção

As exigências econômicas: qualidade e custo de produção

As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho

As exigências organizacionais: gestão participativa

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Por que usar a Ergonomia ?

Novas tecnologias, competitividade de mercado, produtividade x qualidade

Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com: Eficácia Segurança Qualidade

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alto índice de acidentes de trabalho; problemas associados a doenças do trabalho; questões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc; Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.

Por que usar a Ergonomia ?

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A ergonomia se esforça para conhecer o comportamento do operador

Diferença entre:

o trabalho prescrito = tarefao trabalho real = atividade

Atividade é a expressão do funcionamento do homem na

execução de sua tarefa.

Por que usar a Ergonomia ?

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Existem vários tipos de sinais de alarme ou indicadores para um estudo ergonômico:

Fisiológicos aceleração dos batimentos cardíacos quantidade de ar respirado atividade elétrica cerebral temperatura corporal

Sinais de Alarme

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Em nível do trabalho

repetitividade de erros cometidos em uma tarefaas baixas na produtividade e na qualidade da performance do

operadoraumento do índice de retrabalhosincidentes de trabalhoacidentes de trabalho (importância vital)

Sinais de Alarme

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Sinais de Alarme

Subjetivosqueixas eventuais dos trabalhadores (contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva)

“a noção de conforto”

Mudanças de comportamentoansiedade e irritação

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Como calcular ? O tempo perdido, as despesas com primeiros socorros, os

danos aos bens e às matérias primas ou os novos investimentos em treinamentos para substituição de mão-de-obra no caso de um acidente de trabalho?

Quanto um problema de cunho não-ergonômico está custando para a empresa? Quanto custaria solucioná-lo?

Quais os benefícios da solução dos problemas relacionados à falta de ergonomia? E como prever os prejuízos com o desgaste de uma companhia exposta negativamente pela mídia?

Considerando a grande diversidade de questões, cabe ainda perguntar, os benefícios superarão os custos?

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A Prioridades é o esforço para justificar o custo de melhorias ergonômicas (saúde e segurança).É importante também assegurar que o custo destas seja o mais baixo possível.Prudente obter a melhor relação custo/benefício.

Como calcular ?

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Justificação de melhorias ergonômicas

O manuseio da técnica de custo/benefício; O desenvolvimento do custo de melhorias ergonômicas; O desenvolvimento do benefício de melhorias ergonômicas.

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Análise de Custo/Benefício

É a forma predominante, entre outras existentes, para justificar os gastos com mudanças propostas pela ergonomia.

diminuição de custos

Benefícios melhoria de desempenho

Limitada quando necessita quantificar custos e benefícios intangíveis

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Redução de custos

Diminuir custos com horas extras (trabalhadores substitutos);

Custos de seguros e/ou custos de compensação relacionados a acidentes ou lesões;

Ações judiciais; Melhorar a qualidade e a quantidade da

produção, Prover treinamento adicional; etc.

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Benefícios

Ganhos de fácil mensuração Aumentos de produtividade e de qualidade; A redução dos desperdícios; As economias de energia; mão-de-obra,

manutenção, etc Ganhos de difícil mensuração Redução do absenteísmo devido a acidentes

e doenças ocupacionais

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Benefícios intangíveis

satisfação do trabalhador; o conforto; a redução do turnover (rotatividade) o aumento da motivação dos trabalhadores

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Dados

As 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$ 38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998.

Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes são somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a economia resultante pode atingir um total aproximado de US$ 125-155 bilhões

(Liberty Mutual Research Center, 2002)

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Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA -1998

Causas de acidentes

% de custos diretos para compensação de

trabalhadores no ano de 1998

Estimativa nacional de custo direto para compensação de trabalhadores

Lesões causadas pelo excesso de levantamentos, puxões, arremesso, tempo segurando objetos pesados

25.57% $ 9.8 bilhões

Quedas 11.46% $ 4.4 bilhõesLesões resultante de maus jeitos e escorregões, perda de equilíbrio sem queda

9.35% $ 3.6 bilhões

Quedas em nivel mais baixo (escada, ou sobre grades) 9.33% $ 3.6 bilhões

Quedas de objetos sobre o trabalhador 8.94% $ 3.4 bilhões

Movimentos repetitivos 6.10% $ 2.3 bilhõesAcidentes no caminho do trabalho 5.46% $ 2.1 bilhões

Lesões por choques, batidas contra equipamentos pesados 4.92% $ 1.9 bilhões

Esmagamento por máquinas ou equipamentos 4.18% $ 1.6 bilhões

Contato c/ temperaturas extremas que resultam em choque térmico e queimaduras (gelo, calor)

0.92% $ 3.0 bilhões

Todas causas de acidentes 100.00% $ 38.7 bilhões

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Próxima Aula

o Leitura da NR 17 – ErgonomiaFazer um resumo da norma apontando os objetivos,

princípios e principais pontos da norma

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