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Lendas Urbanas/ Contos de fadas

Lendas urbanas

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Lendas Urbanas/ Contos de fadas

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O surgimento dos contos de fadas perde-se no tempo.

A literatura registra que são histórias transmitidas oralmente de geração a geração e que, mesmo com toda a tecnologia existente, mantêm seu espaço de destaque narrativo

Há registros bastante antigos sobre os contos e seu uso nas mais diversas culturas. Os contos de fadas, especialmente, têm encantado várias gerações em diferentes países e, antes mesmo de serem registrados pela escrita na forma como os conhecemos, eram responsáveis pela formação coletiva da espiritualidade e da cultura de inúmeros povos

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ORIGEM A literatura, embora não seja unânime, aponta para a origem céltica (século II a.C.) dos contos de fadas.

Escritos de Platão velhas usavam na educação de crianças

Apuleio Asno de Ouro (“a bela e a fera”)

Egito papiros dos irmãos Anúbis e Bata

O enredo é tramado por tecidos de refinadas matrizes do imaginário humano, cuja linguagem,

repleta de significados simbólicos e de metáforas, tem a capacidade de interligar o consciente e o

inconsciente.

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Etapasa travessia, a viagem ao mundo mágico;

o encontro com o personagem do mal ou o obstáculo a ser vencido;

a dificuldade a ser superada;

a conquista (destruição do mal);

a celebração da recompensa.

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Os contos se caracterizam por serem uma narrativa cujos personagens heróis e, ou, heroínas enfrentam grandes desafios para, no final, triunfarem sobre o mal.

Permeados por magias e encantamentos, animais falantes, fadas madrinhas, reis e rainhas, ogros, lobos e bruxas personificam o bem e o mal.

No conto de fadas, tapetes voam, galinhas põem ovos de ouro, pés de feijão crescem até o céu, enfim, traz-se à tona o inverossímil, e é essa magia que instiga a mente humana

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Na forma como atualmente são conhecidos, os contos de fadas surgiram na Europa, especialmente na França e na Alemanha, no final do século XVII e XVIII

Os contos daquele período eram permeados pela “Moral Vitoriana”, de uma sociedade repressiva quanto às questões sexuais, considerando que os conceitos de infância e de educação também não eram vigentes naquela época

Entre os precursores na coleta dessas narrativas populares, os contos, encontra-se Perrault (1628-1703). Esse autor registrava as histórias com base em narrações populares, adaptava-as e as floreava conforme a necessidade da corte francesa da época, acrescentando proeminências e censurando detalhes da cultura pagã e da sexualidade humana

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Rainha Victoria

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Os contos, em sua essência, não eram destinados ao universo das crianças, uma vez que as histórias eram recheadas de cenas de adultério, canibalismo, incesto, mortes hediondas e outros componentes do imaginário dos adultos. Souza (2005) faz menção aos contos, descrevendo-os como histórias que narravam o destino dos homens, suas dificuldades, seus sentimentos, suas inter-relações e suas crenças no sobrenatural. Eram relatados por narradores profissionais, os quais herdavam essa função dos antepassados, ou como uma simples tradição transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente, as narrações ocorriam em campos de lavouras, reuniões sociais, nas salas de fiar, casas de chá, nas aldeias ou nos demais espaços em que os adultos se reuniam

Originalmente construídos para o universo adulto, a partir da descoberta da infância passam a sofrer adaptações no sentido de contemplarem as necessidades das crianças, bem como de sua vida imaginária. Os contos se configuravam em artifícios fascinantes à fantasia infantil, narrados pelas amas, governantas e, ou, pelas cuidadoras das crianças, que se incumbiam de contar e perpetuar histórias de origem popular, construídas com base na cultura do povo.

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Na forma como atualmente são conhecidos, os contos de fadas surgiram na Europa, especialmente na França e na Alemanha, no final do século XVII e XVIII (Lubetsky, 1989). O momento histórico se configurava com a Inglaterra, que passava pela sua segunda Revolução Industrial e detinha o controle capitalista da época, e a Igreja, que atravessava a Contrarreforma. Os contos daquele período eram permeados pela Moral Vitoriana”, de uma sociedade repressiva quanto às questões sexuais, considerando que os conceitos de infância e de educação também não eram vigentes naquela época.

Entre os precursores na coleta dessas narrativas populares, os contos, encontra-se Perrault (1628-1703). Esse autor registrava as histórias com base em narrações populares, adaptava-as e as floreava conforme a necessidade da corte francesa da época, acrescentando proeminências e censurando detalhes da cultura pagã e da sexualidade humana. Seus contos, até mesmo as versões infantis, são recheados de uma mensagem moral explícita, normalmente colocada em apêndices sob forma de versos. A mensagem moral, conforme descreve Perrault, tinha como finalidade servir de orientação e de ensinamento aos que a ouvissem. Apesar de escrever contos de fadas, em suas histórias, as fadas são personagens pouco presentes. Perrault preferiu introduzir figuras

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Atualmente, o substituto cultural para os contos de fadas antigos são as lendas urbanas, as quais possuem, intrinsecamente, o mesmo propósito que os textos medievais: utilizar histórias que despertem o simbolismo inconsciente humano, causando a sensação de terror ou suspense, além de tangenciar um conteúdo moral.

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Exemplos

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Bela Adormecida

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Uma farpa de linho entra sob a unha da princesa Tália e ela imediatamente cai morta. O rei coloca sua filha em uma cadeira de veludo do palácio, tranca e parte para sempre, pra apagar a lembrança de sua dor. Algum tempo depois, outro rei estava por ali caçando e encontra Tália.

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Ele apaixona-se por sua beleza, mas como não

consegue acordá-la, estupra-a e vai embora.

Nove meses depois Tália dá a luz a gêmeos, Sol e

Lua, mas continua adormecida. Um dia, um dos

bebês não encontra seu seio para mamar e

coloca a boca no dedo da mãe e suga. Suga com

tanta força, que extrai a farpa e a faz despertar.

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Um dia, o rei lembra de “sua aventura” com Tália

e resolve ir visitá-la. A esposa do rei descobre o

caso e manda cozinhar as duas crianças e servi-las para o rei. Mas o cozinheiro prepara cabritos

no lugar.

Depois a rainha manda buscar Tália

para lançá-la ao fogo, mas o rei chega e lança a

própria esposa no lugar de Tália. Ele casa-se com

Tália e vive com ela e seus filhos.

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Branca de Neve

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Branca de Neve tinha 7 anos quando provocou a

ira da rainha-madrasta por causa de sua beleza.

Então, a rainha convoca um caçador e pede que

leve Branca de Neve para a floresta e a mate,

trazendo seus pulmões e seu fígado para provar

a morte. O caçador tem pena de Branca de Neve

e a deixa fugir, levando pra rainha os órgãos de

um javali. Então, a rainha come os órgãos.

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Enquanto isso, Branca de Neve acha a casa dos

anões e em troca de lavar, passar, costurar, limpar e

arrumar a casa, eles a deixam ficar.

Ao descobrir que Branca de Neve ainda está viva, a

rainha vai até a casa dos anões 3 vezes. Primeiro,

ela leva um corpete de seda, e tenta matar a garota

apertando o corpete bem forte. Não funciona,

então ela volta com um pente envenenado e tenta a

matar penteando seus cabelos. Na terceira vez, ela

vai com a maçã envenenada.

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Dessa vez os sete anões chegaram tarde demais e nada

fez a Branca de Neve acordar. Como sua aparência ainda era

boa e ela tinha bochechas coradas, eles não tiveram coragem

de a enterrar e fizeram uma cripta de vidro para ela.

Um dia um príncipe viu a cripta com a princesa e quis

comprá-la dos anões. Os anões se recusaram a vendê-la, mas

acabaram dando-a para o príncipe por pena, pois ele pediu

muito. O príncipe tinha empregados para carregarem a cripta,

mas um deles tropeçou e caiu, derrubando o caixão de vidro.

Com a queda, Branca de Neve cuspiu o pedaço de maçã

envenenada e voltou à vida.

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O príncipe e Branca de Neve planejam então uma

festa de casamento e convidam a madrasta má (que

não sabe que Branca é a noiva). Ela se arruma e

quando se olha no espelho e pergunta, descobre

que Branca está viva. Ela decide ir ao casamento

mesmo assim e fica apavorada quando vê que a

noiva realmente é Branca de Neve.

Então, colocam um par de sapatos de ferro na

brasa. Tiram da brasa e vestem na madrasta, a

fazendo dançar até cair morta.