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no caso de ruído, a notícia de fornecimento de equipamento de proteção individual não enseja a descaracterização da especialidade da atividade desenvolvida, mesmo que elimine a sua insalubridade, uma vez que inexistem meios de se afastar completamente a pressão sonora exercida sobre o trabalhador, nada obstante a utilização de protetores auriculares, conforme muito bem explica a Juíza Federal Marina Vasques Duarte: 'A súmula 09 da TNU prescreve que 'o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. É que estudos científicos demonstram que o ruído pode ser nocivo não apenas por redução auditiva, mas também por impactar a estrutura óssea, hipótese em que o protetor auricular fornecido como EPI não é hábil a afastar toda e qualquer possibilidade de prejuízo à saúde' (DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 4ª ed. Verbo Jurídico. p. 181). Assim, até mesmo para períodos posteriores à edição do Decreto nº 4.882/2003, a especialidade decorrente da exposição a ruído excessivo não é descaracterizada pela utilização de equipamentos de proteção individual;

No caso de ruído

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Page 1: No caso de ruído

 no caso de ruído, a notícia de fornecimento de equipamento de proteção individual não enseja a descaracterização da especialidade da atividade desenvolvida, mesmo que elimine a sua insalubridade, uma vez que inexistem meios de se afastar completamente a pressão sonora exercida sobre o trabalhador, nada obstante a utilização de protetores auriculares, conforme muito bem explica a Juíza Federal Marina Vasques Duarte: 'A súmula 09 da TNU prescreve que 'o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. É que estudos científicos demonstram que o ruído pode ser nocivo não apenas por redução auditiva, mas também por impactar a estrutura óssea, hipótese em que o protetor auricular fornecido como EPI não é hábil a afastar toda e qualquer possibilidade de prejuízo à saúde' (DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 4ª ed. Verbo Jurídico. p. 181). Assim, até mesmo para períodos posteriores à edição do Decreto nº 4.882/2003, a especialidade decorrente da exposição a ruído excessivo não é descaracterizada pela utilização de equipamentos de proteção individual;