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Projeto de prDNP TS 4529 2014 DNP Documento Normativo Português TS Especificação Técnica Sistema de medição dinâmica para líquidos exceto água Parte 1: Requisitos metrológicos e técnicos Ensembles de mesurage dynamique de liquides autres que l’eau Partie 1: Exigences métrologiques et techniques Dynamic measuring systems for liquids other than water Part 1: Metrological and technical requirements ICS 17.020; 17.060 CORRESPONDÊNCIA Versão portuguesa da OIML R117-1 (2007) ELABORAÇÃO CT 124 (RINAVE) APROVAÇÃO 2014-04-15 INQUÉRITO PÚBLICO Este projeto de Documento Normativo está sujeito a inquérito público durante o prazo de 30 dias úteis conforme indicado na publicação do Instituto Português da Qualidade “Lista Mensal de Documentos Normativos”. Eventuais críticas ou sugestões devem ser enviadas ao Instituto Português da Qualidade, Departamento de Normalização EDIÇÃO 2014-04-16 CÓDIGO DE PREÇO X027 IPQ reprodução proibida Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Projeto norma para sistema de medição dinâmica para líquidos exceto água

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Projeto de

prDNP

TS 4529

2014

DNP

Documento Normativo Português

TS Especificação Técnica

Sistema de medição dinâmica para líquidos exceto água

Parte 1: Requisitos metrológicos e técnicos

Ensembles de mesurage dynamique de liquides autres que l’eau

Partie 1: Exigences métrologiques et techniques

Dynamic measuring systems for liquids other than water

Part 1: Metrological and technical requirements

ICS 17.020; 17.060

CORRESPONDÊNCIA Versão portuguesa da OIML R117-1 (2007)

ELABORAÇÃO CT 124 (RINAVE)

APROVAÇÃO 2014-04-15

INQUÉRITO PÚBLICO

Este projeto de Documento Normativo está sujeito a inquérito

público durante o prazo de 30 dias úteis conforme indicado na

publicação do Instituto Português da Qualidade “Lista Mensal de

Documentos Normativos”. Eventuais críticas ou sugestões

devem ser enviadas ao Instituto Português da Qualidade,

Departamento de Normalização

EDIÇÃO

2014-04-16

CÓDIGO DE PREÇO X027

IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2

2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101

E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Preâmbulo nacional

O presente Documento Normativo Português (DNP) foi preparado pela Comissão Técnica Portuguesa,

CT 124 “Medição de caudal de fluidos em condutas fechadas”, cujo secretariado é assegurado pelo

Organismo de Normalização Setorial (ONS/RINAVE – Bureau Veritas Rinave – Lda.).

Este DNP foi preparado com base na Recomendação Internacional OIML R117-1 edição de 2007 da

Organização Internacional da Metrologia Legal.

O presente Documento foi preparado segundo o OMIL B 11 “Rules governing the translation, copyright and

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Sumário Página

Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2

1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 4

2 Referências ............................................................................................................................................. 4

3 Abreviaturas e acrónimos usados nesta Especificação Técnica ........................................................ 5

4 Termos e definições ............................................................................................................................... 7

5 Sistemas de medição dinâmica de líquidos exceto água .................................................................... 15

6 Requisitos para medidores e dispositivos auxiliares de um sistema de medição............................. 34

7 Sistemas de medição equipados com dispositivos eletrónicos ........................................................... 45

8 Requisitos específicos para certos tipos de sistemas de medição ...................................................... 49

9 Controlo metrológico ............................................................................................................................ 64

Anexo A (normativo) Ensaios de desempenho para Aprovação de Tipo ............................................. 71

A.1 Generalidades .................................................................................................................................... 71

A.2 Incertezas de medição ....................................................................................................................... 71

A.3 Condições de referência .................................................................................................................... 72

A.4 Volumes de ensaio ............................................................................................................................. 72

A.5 Influência da temperatura do líquido.............................................................................................. 72

A.6 Ensaios de exatidão de um medidor, um dispositivo de medição ou de um sensor de medição 72

A.7 Ensaios de durabilidade de um medidor, de um dispositivo de medição ou de um sensor de

medição...................................................................................................................................................... 73

A.8 Ensaios de exatidão de um calculador eletrónico ........................................................................... 73

A.9 Ensaios de exatidão de dispositivos de conversão .......................................................................... 74

A.10 Ensaio dos fatores de influência em equipamentos eletrónicos................................................... 74

A.11 Ensaios de perturbação elétrica ..................................................................................................... 79

A.12 Ensaios de alimentação por baterias de veículos rodoviários ..................................................... 95

Anexo B (informativo) Interpretação, exemplos e possíveis soluções ................................................... 98

1 Entrada de ar/nível mínimo ................................................................................................................. 100

2 Libertação de gás................................................................................................................................... 100

3 Deteção de fugas .................................................................................................................................... 100

4 Construção da tubagem ........................................................................................................................ 101

5 Válvula de retenção ............................................................................................................................... 101

6 Segurança dos dispositivos ................................................................................................................... 101

7 Exame CE de tipo .................................................................................................................................. 101

8 Verificação inicial .................................................................................................................................. 101

Bibliografia ............................................................................................................................................... 104

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1 Objetivo e campo de aplicação

Esta Especificação indica os requisitos metrológicos e técnicos aplicáveis a sistemas de medição dinâmica de

quantidades (em volume ou massa) de líquidos, com exclusão da água, sujeitos a operações de controlo

metrológico, no âmbito da Metrologia Legal. Também contém requisitos para o exame CE de Tipo e de

partes de sistemas de medição (medidor, etc.).

Esta Especificação aplica-se a todos os sistemas de medição equipados com um medidor, tal como definido

em 4.10.2 (medição em contínuo), qualquer que seja o princípio de medição do medidor ou da sua aplicação,

exceto:

– dispositivos e sistemas de medição dinâmica de líquidos criogénicos (OIML R 81);

– contadores para a medição de água potável fria e de água quente (OIML R 49-1, R 49-2 e R 49-3);

– contadores de calor (OIML R 75-1, R 75-2 e R 75-3).

Esta Especificação não se destina a impedir o desenvolvimento de novas tecnologias.

Devem existir regulamentos nacionais ou internacionais para especificar claramente quais os sistemas de

medição para líquidos com exclusão da água que estão sujeitos a controlos de metrologia legal.

2 Referências

Os seguintes documentos referenciados, são indispensáveis para a aplicação deste documento. Para

referências datadas, só se aplica a edição indicada. Para referências sem data, aplica-se a última edição do

referido documento (incluindo as emendas).

OIML R 81 Dynamic measuring devices and systems for cryogenic liquids

OIML R 49-1 Water meters intended for the metering of cold potable water – Part 1:

Metrological and technical requirements

OIML R 49-2 Water meters intended for the metering of cold potable water Part 2: Test methods

OIML R 49-3 Water meters intended for the metering of cold potable water Part 3: Test Report Format

OIML R 75-1 Heat meters Part 1: General requirements

OIML R 75-2 Heat meters Part 2: Type approval tests and initial verification tests

OIML R 75-3 Heat meters Part 3: Test Report Format

OIML R 22 International alcohol metric tables (1975)

VIM/Guia ISO IEC 99 Edição

IPQ 2008

Vocabulário Internacional dos Termos de Metrologia Legal

OIML (Edição 2004) VIML, Edição IPQ 2009 e o documento internacional D11

ISO 16750:2006 Road vehicles – Environmental conditions and testing for electrical and

electronic equipment – Part 2: Electrical loads, ISO, Geneva, 2006

IEC 60068-2-1 (2007-03) Environmental testing, Part2: Tests, Test A: Cold with amendment 1 (1993-02)

IEC 60068-2-2 (1974-01) Amendment 2 (1994-05) Environmental testing Part2: Tests – Test B: Dry heat

IEC 60068-2-30 (2005-08) Environmental testing Part 2: Tests – Test Db and guidance: Damp heat, cyclic

(12 + 12-hour cycle)

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IEC 60068-2-47 (2005-04) Environmental testing Part 2-47: Test methods, Mounting of components,

equipment and other articles for vibration, impact and similar dynamic tests

with Corrigendum 1(1993-10)

IEC 60068-2-64 (1993-05) Environmental testing – Part 2: Test methods, Test Fh: Vibration, broad-band

random (digital control) and guidance with Supplement 1 (1978-01)

IEC 60068-3-1 (1974-01) Environmental testing, Part 3: Background information, section 1: Cold and

dry heat tests

IEC 60068-3-4 (2001-08) Environmental testing – Part 3-4: Supporting documentation and guidance -

Damp heat tests

IEC/TR 61000-2-1 (1990-05) Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 2: Environment – Section 1:

Description of the environment – Electromagnetic environment for low-

frequency conducted disturbances and signalling in public power supply

systems

IEC 60654-2 (1979-01) with

amendment 1 (1992-09)

Operating conditions for industrial-process measurement and control

equipment – Part 2: Power

IEC 61000-4-1(2006-10) Electromagnetic compatibility (EMC), Part 4-1: Testing and measurement

techniques – Overview of IEC 61000-4 series

IEC 61000-4-2 (2001-04) Electromagnetic compatibility (EMC), Part 4-2: Testing and measurement

techniques – Electrostatic discharge immunity test

IEC 61000-4-3 (2006-02) Electromagnetic compatibility (EMC): Part 4-3: Testing and measurement

techniques – Radiated, radio-frequency, electromagnetic field immunity test

Guide to the expression of

uncertainty in measurement

(GUM). BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP and OIML. ISO, Geneva,

1995

3 Abreviaturas e acrónimos usados nesta Especificação Técnica

Muitas das definições usadas nesta Especificação Técnica estão em conformidade com o Vocabulário

Internacional de Metrologia – Conceitos básicos, conceitos gerais, termos associados (VIM/Guia ISO IEC 99

Edição IPQ 2008, com o Vocabulário Internacional – Termos de Metrologia Legal (VIML, Edição IPQ

2009) e o documento internacional D11, da OIML (Edição 2004).

Para os efeitos desta Especificação Técnica devem seguir-se as definições a seguir apresentadas.

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Quadro 1 Abreviaturas e acrónimos usados nesta Especificação Técnica

Abreviaturas e acrónimos em

Inglês

Abreviaturas e acrónimos

em Português

Significado

AC CA corrente alternada

(MA)*) AM amplitude de modulação

DC CC corrente contínua

(DR) DT documento de trabalho

Emin valor mínimo do desvio especificado

EM EM eletromagnético

EMC CEM compatibilidades eletromagnética (ver a diretiva da

compatibilidade eletromagnética)

(e.m.f.) f.e.m. força eletromotriz

ESD DEE descarga eletrostática

EUT equipamento em ensaio

f f frequência

h h hora(s) (unidade de tempo)

IEC CEI Comité Eletrotécnico Internacional

I/O I/O input/output (entrada/saída), (refere-se a portas de

comunicação)

ISO ISO Organização Internacional de Normalização

(LPG) GPL gás do petróleo liquefeito (também gases liquefeitos

sob pressão)

(MMQ) QMM quantidade mínima medida (Fornecimento mínimo)

(MPE) EMA erro máximo admissível

N.A. N.A. não aplicável

OIML OIML Organização Internacional de Metrologia Legal

P P pressão do líquido

Q Q caudal

(RH) HR humidade relativa

RF rádio frequência

s s segundos (unidade de tempo)

T T temperatura do líquido

U tensão elétrica

VIM Vocabulário Internacional de Metrologia**)

*) As abreviaturas e acrónimos entre parêntesis são os apresentados no documento original, em inglês (nota nacional).

**) O novo VIM (2008) usa o termo Intervalo de medição, com o significado do termo Gama de medição anteriormente consagrado.

Neste documento, seguimos o termo Gama, usado no original da OIML R117-1 – 2007 (nota nacional).

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4 Termos e definições

Para os fins do presente Documento Normativo aplicam-se os seguintes termos e definições:

4.1 dispositivo adicional Componente ou dispositivo, que não um dispositivo auxiliar, necessário para assegurar a correta medição ou

destinado a facilitar as operações de medição ou o que puder, de alguma forma, afetar a medição.

Os dispositivos adicionais mais comuns são:

– gasificador;

– indicador de gás;

– visor de vidro;

– filtro;

– bomba;

– válvula de acoplamento rápido (trasfega);

– dispositivo anti vórtice;

– ramais ou bypass;

– válvulas, mangueiras.

4.1.1 dispositivo de ajuste Dispositivo incorporado num sistema de medição, que apenas permite o ajuste da curva de erro, geralmente

paralela a si própria, com vista a trazer os erros para dentro dos limites máximos admissíveis. Este

dispositivo poderá ser mecânico ou eletrónico.

4.1.2 sistema de medição de abastecimento de aeronaves por hidrante

Sistema de medição móvel destinado ao abastecimento de aeronaves, alimentado a partir de um ponto de

trasfega.

4.1.3 sistema de medição de abastecimento a aeronaves a partir de veículo cisterna

Sistema de medição móvel destinado a abastecimento de aeronaves, alimentado a partir de uma cisterna

instalada num veículo.

4.1.4 dispositivo auxiliar

Dispositivo destinado a executar determinadas funções diretamente relacionadas com o tratamento,

transmissão e apresentação dos resultados da medição.

Os principais dispositivos auxiliares são:

– acerto do zero;

– replicador do indicador;

– impressora

– memória;

– indicador de preço;

– totalizador;

– dispositivo de correção;

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– dispositivo de conversão;

– pré-marcação;

– auto serviço.

4.1.5 dispositivo de medição associado

Dispositivo ligado ao calculador, ao dispositivo de correção ou ao dispositivo de conversão e que durante a

medição das grandezas características do liquido (temperatura, pressão, massa específica, viscosidade, etc.)

trata os sinais destinados ao calculador, com vista à sua correção e/ou à conversão. Inclui um sensor de

medição associado e um transdutor de medição associado.

4.1.6 sensor de medição associado

Parte do dispositivo de medição associado, diretamente afetado pela mensurada, que converte uma grandeza

característica do fluido (temperatura, pressão, massa específica, viscosidade, etc.), num sinal (resistência

elétrica, corrente elétrica, frequência, etc.) processado pelo transdutor de medição associado.

4.1.7 transdutor de medição associado (ver também secção 4.16)

Parte do dispositivo de medição associado que envia uma grandeza de saída para o calculador, dispositivo de

correção ou dispositivo de conversão, relacionada com a grandeza de entrada.

4.1.8 autorização de funcionamento do sistema de medição

Operação que coloca o sistema de medição em condições adequadas para o início do abastecimento.

4.1.9 técnico responsável

Pessoa que está autorizada a executar determinados ensaios a sistemas de medição legalmente controlados ou

seus componentes, de acordo com as leis nacionais aplicáveis.

4.2 abastecedor de mistura (misturadora)

Sistema de abastecimento de combustível que fornece várias graduações de um único produto ou uma

mistura de mais do que um produto, através de um terminal simples. Por exemplo, vários tipos de gasolina

(abastecedor multigrade) ou misturas de gasolina com óleo lubrificante (abastecedor de mistura).

4.3 calculador

Parte de um sistema de medição que recebe os sinais de saída do(s) sistema(s) de medição e, eventualmente,

dos dispositivos de medição associados, processa-os e, se aplicável, armazena os resultados na memória até

que poderão ser usados. O calculador pode ainda estar capacitado para comunicar em ambos os sentidos com

os dispositivos auxiliares.

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4.4 rotina de ensaio

Rotina incorporada num sistema de medição, que:

verifica a presença dos dispositivos necessários;

avalia a correção dos dados da leitura, transmissão, processamento e/ou indicação e atua em

conformidade;

deteta as falhas do sistema e atua em conformidade.

4.4.1 rotina automática de ensaio Rotina de ensaio que corre sem a intervenção de um operador.

4.4.2 rotina automática de ensaio, permanente (tipo P)

Rotina automática de teste que corre durante toda a operação de medição.

4.4.3 rotina automática de ensaio, intermitente (tipo I)

Rotina automática de ensaio que corre pelo menos uma vez, no princípio ou no fim de cada operação de

medição.

4.4.4 rotina de ensaio não automática (tipo N)

Rotina de ensaio que requer a ação de um operador.

4.5 condições:

4.5.1 condições de base

Valores especificados das condições da medição, em relação aos quais são convertidas as quantidades de

líquido medidas, (p. ex. pressão de base e temperatura de base, do líquido).

Condições de base e de medição (que se aplicam apenas ao volume do líquido a ser medido ou indicado) não

deverão ser confundidas com “condições nominais de funcionamento” e “condições de referência” que se

aplicam às grandezas de influência.

4.5.2 condições de medição Valores das condições que caracterizam o líquido durante a medição, no ponto de medição. (p. ex. pressão e

temperatura do líquido).

4.5.3 condições nominais de funcionamento Condições de funcionamento, considerando as grandezas de influência, dentro das quais se espera que as

características metrológicas respeitem os erros máximos admissíveis.

4.5.4 condições de referência Conjunto de valores das grandezas de influência que permitem a intercomparação dos resultados das

medições.

4.5.5 dispositivo de conversão

Dispositivo que converte automaticamente:

– o volume medido nas condições da medição, no volume referido às condições de base;

– o volume medido nas condições da medição, em massa;

– a massa medida, em volume nas condições da medição;

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– a massa medida, em volume nas condições de base;

– o volume nas condições de medição ou a massa medida de uma mistura de etanol puro (álcool etílico) e

água, num volume, ou a massa de etanol puro contido nessa mistura, tomando em consideração as

características do líquido (temperatura, pressão, densidade, massa específica, etc.) medidas com

dispositivos de medição associados ou valores registados em memória.

O quociente da quantidade convertida pela quantidade medida, nas condições de medição, designa-se por

“fator de conversão”.

4.5.6 dispositivo de correção

Dispositivo, ligado ou incorporado no medidor*)

, destinado a corrigir automaticamente a quantidade medida

no momento da medição, tendo em consideração o caudal e, ou, as características do líquido a ser medido

(viscosidade, temperatura, pressão, etc.) e a curva de calibração pré-estabelecida.

As características do líquido deverão ser todas medidas utilizando dispositivos de medição associados, ou

valores armazenados na memória do instrumento.

4.6 desvios

4.6.1 desvio mínimo especificado para a quantidade medida

Valor absoluto do erro máximo admissível para a quantidade mínima medida.

4.6.2 desvio mínimo especificado para o preço

Preço a pagar correspondente ao desvio mínimo especificado para a quantidade medida.

4.6.3 venda direta ao público (nota no Anexo B)

Transação comercial, na qual:

o preço a pagar baseia-se no resultado da medição;

pelo menos uma das partes envolvidas na transação baseada na medição é o consumidor ou qualquer

outra parte que requeira um nível equivalente de proteção;

todas as partes envolvidas na transação aceitam os resultados da medição obtidos naquele momento e

lugar.

4.6.4 perturbação

Grandeza de influência cujo valor está fora das condições nominais de funcionamento especificadas para o

sistema de medição.

Consideram-se perturbações quaisquer grandezas de influência para as quais não estejam especificadas

condições nominais de funcionamento.

4.6.5 durabilidade dos dispositivos eletrónicos

Capacidade de um dispositivo eletrónico de um sistema de medição para manter as suas características de

desempenho, durante o seu tempo de uso.

*) Em documento oficiais em língua portuguesa o elemento “medidor” aparece também designado por “contador” e ambos se

referem ao termo “meter” da língua inglesa (nota nacional).

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4.6.6 sistemas de medição de mangueira vazia

Sistemas de medição de mangueira vazia são sistemas nos quais os pontos de trasfega estão localizados a

montante do terminal de abastecimento, em sistemas destinados a fornecer produto (e a jusante do terminal

de receção em sistemas de medição destinados a receber produto).

4.6.7 resistência ao uso

Capacidade do sistema de medição para manter as suas características de funcionamento durante o tempo de

uso.

4.6.8 ensaio de durabilidade

Ensaios, destinados a verificar se o medidor ou o sistema de medição é capaz de manter as suas

características de funcionamento durante o tempo de uso.

4.7 erros

4.7.1 erro de indicação

Diferença entre o valor indicado e o valor de referência (verdadeiro) da grandeza medida, (VIM).

4.7.2 erro relativo (de indicação)

Erro (de indicação) dividido pelo valor de referência da grandeza medida.

4.7.3 erro máximo admissível

Valor limite para um erro, permitido por esta Especificação Técnica.

4.7.4 erro de repetibilidade

Para os efeitos desta Especificação, é a diferença entre o maior resultado e o menor, de um conjunto de

sucessivas medições de uma mesma quantidade, realizadas nas mesmas condições.

4.7.5 erro intrínseco

Erro (de indicação) de um sistema de medição, ou seus componentes, a funcionar nas condições de

referência.

4.7.6 erro intrínseco inicial

Erro intrínseco determinado antes de qualquer ensaio de funcionamento.

4.7.7 falha significativa Diferença entre o erro (de indicação) e o erro intrínseco, maior do que o valor indicado nesta Especificação.

Falhas significativas apenas se aplicam aos sistemas de medição eletrónicos.

Não são consideradas falhas significativas, as seguintes:

disfunções transitórias que produzem variações momentâneas na indicação e que não podem ser

interpretadas, memorizadas ou transmitidas como resultados da medição.

disfunções que impossibilitam a realização de medições, posteriores, (aplicável somente em sistemas de

medição passíveis de interrupção.

4.8 filtro

Dispositivo destinado a proteger o medidor e os dispositivos adicionais, contra danos provocados por

partículas estranhas.

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4.8.1 elemento primário de um dispositivo indicador

Elemento que, num dispositivo indicador com diversos elementos, apresenta uma escala graduada em

intervalos da mais pequena dimensão.

4.8.2 sistema de medição de abastecimento de combustíveis

Sistema de medição destinado a abastecer veículos a motor, pequenas embarcações e aeronaves.

4.8.3 sistema de medição de mangueira cheia

Sistema de medição no qual o ponto de trasfega consiste num dispositivo de interrupção do abastecimento

localizado junto da extremidade da mangueira de abastecimento, em sistemas destinados a fornecer produto

(ou junto do início da mangueira de receção, em sistemas de medição destinados a receber produto).

4.9 desgasificador

Dispositivo destinado a retirar qualquer ar, gás ou vapor contido no líquido. Existem vários tipos diferentes

desgasificadores, incluindo os separadores de gás, extratores de gás e extratores especiais.

4.9.1 separador de gás

Desgasificador usado para separar continuamente, e remover, qualquer ar ou gás misturado no líquido.

4.9.2 extrator de gás

Desgasificador usado para extrair ar ou gases acumulados na linha de abastecimento do medidor, na forma

de pequenas bolsas misturadas com o líquido.

4.9.3 extrator especial de gases

Desgasificador que, tal como o separador de gás, mas em condições nominais de funcionamento mais

exigentes, remove continuamente ar ou quaisquer gases contidos no líquido, e automaticamente interrompe o

escoamento do líquido se houver um risco de o ar ou gases na forma de pequenas bolsas, poderem entrar no

medidor.

4.9.4 tanque de condensação

Em sistemas de medição de gases liquefeitos sob pressão, o desgasificador consiste essencialmente num

tanque usado para recolher o gás contido no líquido a ser medido e condensá-lo antes da medição.

4.9.5 indicador da presença de gás

Dispositivo que permite a fácil deteção de quaisquer bolhas de ar ou gás que possam estar presentes no

líquido em escoamento.

4.10 indicador (ver também o Anexo B)

Parte do medidor que mostra os resultados da medição.

4.10.1 grandeza de influência

Grandeza que não é objeto da medição mas que influencia o valor da mensurada ou a indicação do sistema

de medição.

4.10.2 fator de influência

Grandeza de influência com um valor dentro das condições nominais de funcionamento do sistema de

medição, tal como definido nesta Especificação Técnica.

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4.10.3 sistema de medição passível de interrupção, ou não

Um sistema de medição passível de interrupção é um sistema em que se pode parar o escoamento do líquido

de um modo fácil e rápido (não confundir com a paragem de emergência). Nos casos em que esta

funcionalidade não existe o sistema diz-se não passível de interrupção.

4.11 dispositivo de medição

Parte do medidor que converte o escoamento volúmico, ou mássico, do líquido em medição, em sinais

enviados para o calculador, proporcionais a esse volume ou massa. Este dispositivo é composto por um

sensor de medição e por um transdutor.

4.11.1 sistema de medição:

Conjunto compreendido por um elemento medidor de quantidade (volume ou massa) de líquido e por

dispositivos auxiliares e adicionais.

4.11.2 medidor de quantidades de volume ou massa de líquido

Instrumento destinado a medir continuamente e a indicar, a quantidade de líquido que passa através do

dispositivo de medição, em condições de medição. Um medidor inclui pelo menos um dispositivo de

medição, um calculador (incluindo, se necessário, dispositivos de ajuste ou de correção) e um dispositivo

indicador.

4.12 pagamento:

Retribuição monetária pelo fornecimento da quantidade de líquido.

4.12.1 pré-pagamento

Pagamento antecipado em relação ao início do abastecimento.

4.12.2 pós pagamento ou pagamento diferido

Pagamento no posto de abastecimento, imediatamente após o abastecimento, ou pagamento diferido.

4.12.3 ensaios de funcionamento

Ensaios destinados a verificar, se o equipamento em ensaio é capaz de satisfazer as funções especificadas.

4.12.4 dispositivo de pré-marcação

Dispositivo que permite a seleção de uma certa quantidade a ser fornecida que, ao ser atingida pára

automaticamente o abastecimento. A pré-marcação pode ser feita em volume, em massa ou em preço a

pagar.

4.12.5 sistema de medição em linha

Sistema de medição que está instalado numa tubagem fixa, que em princípio liga dois ou mais reservatórios.

Tal tubagem é caracterizada por caudal do líquido a ser medido se manter por um longo período de tempo,

ou por se alterar muito pouco.

4.12.6 dispositivo de alimentação elétrica

Dispositivo que fornece a necessária energia elétrica aos dispositivos eletrónicos, usando uma ou várias

fontes de corrente alternada ou várias fontes de AC ou DC.

4.12.7 indicações primárias

Uma ou mais indicações que são sujeitas ao controlo metrológico legal (mostradas, impressas ou

memorizadas).

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4.12.8 bomba

Dispositivo que promove o escoamento do líquido, por sobrepressão ou por sucção.

4.13 quantidades

4.13.1 valor verdadeiro

Volume ou massa total que passou pelo medidor durante uma medição (frequentemente referido como o

valor convencionalmente verdadeiro).

4.13.2 valor indicado (valor medido)

Volume ou massa total, indicados pelo medidor (valor que representa um resultado de medição, VIM 2007).

4.13.3 quantidade mínima medida (MMQ)

Menor quantidade de líquido cuja medição é metrologicamente aceitável para aquele sistema ou elemento de

medição.

Em sistemas de medição destinados a operações de abastecimento, esta quantidade mínima denomina-se por

“Fornecimento mínimo” nos sistemas destinados a receber denomina-se por “Entrega mínima”.

4.14 sistema de auto serviço

Sistema que permite ao cliente usar um sistema de medição para obter um produto sem intervenção de uma

segunda parte.

4.14.1 dispositivo de auto serviço

Dispositivo que faz parte de um sistema de auto serviço e que permite o funcionamento de um ou mais

sistemas de medição a funcionar em auto serviço.

O dispositivo de auto serviço inclui todos os elementos e componentes que são obrigatórios para o

funcionamento de um sistema de medição em auto serviço.

4.14.2 sensor ou sensor de medição

Parte de um dispositivo de medição diretamente influenciado pelo escoamento do líquido a ser medido, que

converte esse escoamento num sinal enviado ao transdutor.

4.15 modo de serviço

4.15.1 modo de serviço com atendimento

Modo de funcionamento do sistema de auto serviço em que o fornecedor está presente e controla a

autorização de abastecimento.

4.15.2 modo de serviço sem atendimento

Modo de funcionamento do sistema de auto serviço no qual o próprio dispositivo de auto serviço controla a

autorização de abastecimento, mediante uma ação do cliente.

4.15.3 transação

A transação consuma-se quando as partes interessadas na transação tiverem chegado a acordo (explícita ou

implicitamente) sobre o montante da transação. Este poderá ser um pagamento em dinheiro, a assinatura de

um talão de crédito ou de uma ordem de pagamento, etc.

As partes interessadas na transação poderão ser os próprios ou os seus representantes (p. ex. o empregado de

uma estação de serviço ou o motorista de um camião).

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4.15.4 visor

Dispositivo que permite visualizar, antes do início do abastecimento ou depois, se todo ou parte do sistema

de medição está completamente cheio de líquido (sistema de medição de mangueira cheia) ou

completamente vazio (sistema de medição de mangueira vazia).

4.16 transdutor (ver secção 4.1.6)

Parte do dispositivo de medição que fornece um sinal de saída relacionado com o sinal de entrada,

representando o volume ou a massa medidos.

O transdutor pode estar incorporado no sensor de medição, ou não. No último caso, o transdutor pode ser

aprovado com o sensor ou com o calculador.

4.16.1 ponto de trasfega

Ponto a partir do qual se define que o líquido foi fornecido ou recebido.

4.17 incerteza da determinação de um erro (ver também Anexo B)

Estimativa que caracteriza o intervalo de valores dentro da qual se encontra o verdadeiro valor do erro,

incluindo as contribuições do padrão e do seu uso, e as do próprio sistema de medição verificado ou

calibrado.

5 Sistemas de medição dinâmica de líquidos exceto água

Para a medição de águas residuais, cabe às autoridades nacionais decidir se deve ser obrigatório o uso de

sistemas de medição em conformidade com a Recomendação da OIML, e qual a classe de exatidão

requerida.

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5.1 Líquidos a medir

Os sistemas de medição que são abrangidos por esta Especificação Técnica poderão ser utilizados para os

seguintes líquidos:

líquidos derivados de petróleo e produtos relacionados: petróleo bruto (e petróleo bruto que poderá conter

sedimentos e/ou água), hidrocarbonetos líquidos, gases de petróleo liquefeitos (GPL), combustíveis

líquidos, lubrificantes, óleos industriais, etc.;

líquidos alimentares: produtos lácteos (leite, creme, etc.), cerveja e mosto de cerveja, vinho e mostos

(sidra, etc.), bebidas alcoólicas (licor, uísque, etc.), bebidas não alcoólicas, carbonatadas e não

carbonatadas, sumos e concentrados, óleos vegetais (óleo de soja, óleo de palma, etc.);

álcool, etanol puro (álcool etílico) e misturas de etanol e água; produtos químicos em estado líquido;

água "especial": água destilada, água desionizada, água desmineralizada, e quaisquer outros tipos de água

não abrangidos pela OIML R 49;

outros líquidos não listados.

5.2 Requisitos gerais

5.2.1 Partes constituintes de um sistema de medição

Um medidor, por si só, não é um sistema de medição. O menor sistema de medição possível deve incluir:

– um medidor;

– um ponto de trasfega;

– um circuito hidráulico com características específicas que devem ser tomadas em consideração.

Para um correto funcionamento, muitas vezes é necessário acrescentar:

– um dispositivo de eliminação de gases;

– um filtro;

– uma bomba hidráulica;

– dispositivos de correção.

O sistema de medição pode ser equipado com outros dispositivos auxiliares e complementares (ver 6.2).

Se vários medidores forem destinados a realizar uma única operação de medição, esses medidores são

considerados como um único sistema de medição.

Se vários medidores forem destinados a operações de medição distintas, mas tendo partes em comum

(calculador, filtro, dispositivo de eliminação de gases, dispositivos de conversão, etc.), cada medidor é

considerado como um sistema de medição separado embora partilhando elementos comuns.

5.3 Dispositivos auxiliares

5.3.1 Os dispositivos auxiliares poderão fazer parte do calculador ou do medidor, ou também podem ser, por

exemplo, dispositivos ligados ao calculador mediante um interface.

Em regra, estes dispositivos auxiliares são opcionais. No entanto, esta Especificação Técnica torna alguns

deles obrigatórios, ou interdita outros, para determinados tipos de sistemas de medição. Além disso, os

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regulamentos nacionais ou internacionais podem tornar de uso obrigatório, alguns desses dispositivos, na

utilização prevista dos sistemas de medição.

5.3.2 Quando esses dispositivos auxiliares são tornados de uso obrigatórios, pela aplicação desta

Especificação Técnica ou de regulamentação nacional ou internacional, passam a ser considerados como

parte integrante do sistema de medição, ficando sujeitos a controlo metrológico e devendo cumprir os

requisitos desta Especificação.

5.3.3 Dispositivos auxiliares não obrigatórios, que apresentam um resultado de medição visível para o utente

e que não estejam sujeitos a controlo metrológico, devem apresentar a indicação de instrumento não

controlado, claramente visível para o utente. Os dispositivos de impressão só poderão ser excluídos do

controlo metrológico se essa mesma indicação constar em cada documento impresso destinado ao cliente. No

entanto, essa indicação só é necessária nas impressões realmente destinadas aos clientes (e não em todos os

casos onde o cliente possa ter acesso a esses documentos impressos).

Quando os dispositivos auxiliares não estão sujeitos a controlo metrológico, deve ser verificado que estes

dispositivos não afetam o correto funcionamento do sistema de medição. Em concreto, o sistema deve

continuar a funcionar corretamente, e as suas funções metrológicas não devem ser afetadas se o dispositivo

auxiliar for ligado ou desligado.

5.4 Condições nominais de funcionamento

5.4.1 As condições nominais de funcionamento de um sistema de medição são definidas pelas seguintes

características:

quantidade mínima medida, QMM;

gama de caudal limitada pelo caudal mínimo Qmin, e pelo caudal máximo Qmax;

nome ou tipo do líquido, ou das suas características relevantes, quando a indicação do nome ou tipo do

líquido não for suficiente para o caracterizar, por exemplo:

– gama de viscosidade, limitada pela viscosidade mínima e máxima, do líquido;

– gama de massa volúmica*)

, limitada pela massa volúmica mínima, ρmin, e máxima, ρmax do líquido.

gama de pressão, limitada pela pressão mínima, Pmin, e máxima, Pmax, do líquido;

gama de temperatura, limitada pela temperatura mínima, Tmin e máxima, Tmax, do líquido;

gama de número de Reynolds (se aplicável). Quando o número de Reynolds for indicado, a gama de

caudal não necessita de ser especificada;

níveis de severidade, que correspondem aos ambientes climático, elétrico e mecânico das condições para

as quais o sistema de medição foi concebido, (ver Anexo A);

valor nominal de alimentação em corrente alternada e/ou limites de alimentação em corrente contínua.

Um sistema de medição deve ser exclusivamente utilizado para medir líquidos com características dentro das

suas condições nominais de funcionamento, conforme especificado no certificado de Exame CE de Tipo. As

condições nominais de funcionamento de um sistema de medição devem estar dentro das condições nominais

de funcionamento de cada um dos seus componentes constituintes (medidores, dispositivos de eliminação de

gases, etc.).

*) Na NP EN 24006 esta grandeza aparece com a designação de massa específica. (No Anexo B podem ser encontradas informações

adicionais sobre a secção 2.3.1 (nota nacional).

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5.4.2 A quantidade mínima medida de um sistema de medição deve obedecer ao formato 1 × 10n, 2 × 10

n ou

5 × 10n unidades autorizadas de volume ou de massa, onde n é um número inteiro (positivo ou negativo) ou

zero.

A quantidade mínima medida deve satisfazer as condições de utilização do sistema de medição; só em casos

excecionais o sistema de medição deve ser usado para medir quantidades menores que esta quantidade

mínima medida.

A quantidade mínima medida de um sistema de medição não deve ser inferior à maior quantidade mínima

medida de qualquer um dos seus componentes constituintes (medidores, extratores de gases, extratores

especiais de gases, etc.).

5.4.3 Gama de caudal de um sistema de medição

5.4.3.1 A gama de caudal de um sistema de medição deve estar dentro da gama de caudal de cada um dos

seus componentes.

5.4.3.2 A gama de caudal deve satisfazer as condições de utilização do sistema de medição; o sistema de

medição deve ser concebido de modo a que o caudal esteja compreendido entre o caudal mínimo e o caudal

máximo, exceto no início e no final da medição ou durante interrupções.

5.4.3.3 A relação entre os caudais, máximo e mínimo do sistema de medição, deve ser:

pelo menos 10, para sistemas de medição de abastecimento de combustíveis, com exceção dos gases

liquefeitos;

pelo menos 5, para outros sistemas de medição.

Exceto para sistema de medição de combustíveis, de gases liquefeitos ou não, em que essa relação poderá ser

menor. Nesse caso, o sistema de medição deve ser equipado com um dispositivo de controlo automático para

detetar quando o caudal do líquido a ser medido estiver fora da gama restrita de caudal. Esta rotina de ensaio

deve ser do tipo P e resultar num alarme visível ou audível para o operador; este alarme deve permanecer até

que o caudal retorne aos seus limites.

5.4.3.4 Quando dois ou mais medidores forem instalados em paralelo, no mesmo sistema de medição, os

caudais limite (Qmax, Qmin) dos vários medidores devem ser tidos em consideração, especialmente a soma dos

limites, a fim de se verificar se o sistema de medição satisfaz a disposição anterior.

5.5 Classes de exatidão

Tendo em consideração o seu campo de aplicação, os sistemas de medição são classificados em quatro

classes de exatidão, de acordo com o Quadro 2.

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Quadro 2

Classe Tipo de sistema de medição

0,3 – Sistemas de medição em oleodutos (ver 8.7)

(com exceção do que é indicado para a classe de exatidão 1,0 e 1,5)

0,5 Todos os sistemas de medição, salvo indicação em contrário no presente quadro, nomeadamente:

– Sistemas de medição de abastecimento de combustíveis para veículos a motor (exceto os sistemas

de abastecimento de GPL) (ver 8.1, 8.9 e 8.10)

– Sistemas de medição em cisternas rodoviárias para líquidos de baixa viscosidade (ver 8.2)

– Sistemas de medição para o descarregamento de tanques de navios e cisternas de transporte

ferroviário e rodoviário (ver 8.3)

– Sistemas de medição para leite, cerveja e outros líquidos que formem espuma (ver 8.6)

– Sistemas de medição para carregamento de navios (ver 8.7)

– Sistemas de medição para abastecimento de aeronaves (ver 8.8)

1,0 – Sistemas de medição para gases liquefeitos sob pressão, medidos a uma

temperatura igual ou superior a -10 °C (ver 8.4)

– Sistemas de abastecimento de GPL para veículos automóveis (ver 8.5)

– Sistemas de medição:

– usados para líquidos cuja viscosidade dinâmica seja superior a 1000 mPas

– cujo caudal máximo não seja superior a 20 L/h ou 20 kg/h

1,5 – Sistemas de medição para dióxido de carbono liquefeito (ver 8.4.9)

– Sistemas de medição (exceto sistemas de abastecimento de GPL) para gases liquefeitos sob

pressão, medidos a uma temperatura inferior a -10 ºC (ver 8.4)

Para um determinado tipo de sistema de medição poderá sempre ser especificada uma melhor exatidão.

5.5.1 Erros máximos admissíveis e falhas significativas (para as indicações de massa e de volume do

sistema de medição)

5.5.2 Para quantidades não inferiores a dois litros (2 L) ou dois quilogramas (2 kg), e sem prejuízo do

disposto no 5.5.4, os erros máximos admissíveis, positivos ou negativos, na indicação da quantidade (volume

nas condições de medição, volume nas condições de referência e/ou massa), são especificados no Quadro 3.

Quadro 3

Classe de exatidão

Linha 0,3 0,5 1,0 1,5

A *) 0,3 % 0,5 % 1,0 % 1,5 %

B *) 0,2 % 0,3 % 0,6 % 1,0 %

C (C = linha A – linha B) 0,1 % 0,2 % 0,4 % 0,5 %

*) Ver 5.5.7 para aplicações da linha A ou da linha B.

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5.5.3 Para quantidades inferiores a 2 L ou 2 kg, e sem prejuízo do disposto em 5.5.4, os erros máximos

admissíveis, positivos ou negativos, na indicação de quantidades (volume em condições de medição, volume

nas condições de base e/ou de massa) são especificados no Quadro 4.

Quadro 4

Quantidade medida Erros máximos admissíveis

De 1 a 2 L ou kg valor fixado no Quadro 3, aplicado a 2 L ou kg

De 0,4 a 1 L ou kg duas vezes o valor fixado no Quadro (aplicado à QMM, para o cálculo de Emin)

De 0,2 a 0,4 L ou kg duas vezes o valor fixado no Quadro 3, aplicado a 0,4 L ou kg

De 0,1 a 0,2 L ou kg quadruplicar o valor fixado no Quadro 3 (aplicado à QMM para o cálculo de Emin)

Menos que 0,1 L ou kg quadruplicar o valor fixado no Quadro 3, aplicado a 0,1 L ou kg

Os erros máximos admissíveis no Quadro 4 estão relacionados com a linha A ou a linha B do Quadro 3, de

acordo com os requisitos de 5.5.7.

5.5.4 Qualquer que seja a quantidade medida, a amplitude dos erros máximos admissíveis é dada pelo

maior dos dois valores seguintes:

– o valor absoluto (positivo) do erro máximo admissível indicado no Quadro 3 ou Quadro 4;

– valor mínimo do desvio especificado para a quantidade medida (Emin).

Para quantidades mínimas medidas iguais ou superiores a 2 L ou 2 kg, o valor mínimo do desvio

especificado para a quantidade da medida Emin é dado pelas seguintes fórmulas:

– fórmula para o sistema de medição:

Emin = (2 QMM) × (A/100)

onde:

QMM é a quantidade mínima medida (volume ou massa).

A é o valor numérico especificado na linha A do Quadro 3, para a classe de exatidão aplicável.

Para QMM menor que 2 L ou 2 kg, Emin é duas vezes o valor especificado no Quadro 3, relacionado com a

linha A do Quadro 3.

– Fórmula para o medidor ou dispositivo de medição:

Emin = (2 QMM) × (B/100)

onde:

QMM é a quantidade mínima medida (volume ou massa)

B é o valor numérico especificado na linha B do Quadro 3 para a classe de exatidão

aplicável

Para QMM menor que 2 L ou 2 kg, Emin*)

é duas vezes o valor especificado no Quadro 4, relacionado com a

linha B do Quadro 3.

NOTA: Emin correspondente ao erro absoluto máximo admissível.5.5.5 Uma falha significativa é uma falha maior do

que o maior dos dois seguintes valores:

– um quinto do valor absoluto do erro máximo admissível para a quantidade medida; ou

– valor mínimo do desvio especificado para a quantidade medida (Emin), para o sistema de medição.

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5.5.6 Para os sistemas de medição de classe de exatidão 0,3 ou 0,5, medindo líquidos a uma temperatura

inferior a -10 ºC ou superior a + 50 ºC, deve ser aplicado o erro máximo admissível para a classe de exatidão

1,0.

5.5.7 Condições para aplicação dos erros máximos admissíveis

O disposto nesta secção aplica-se à indicação da quantidade, nas condições de medição (ver 5.6) para

indicações convertidas).

5.5.8 Os erros máximos admissíveis indicados na linha A do Quadro 3 aplicam-se a sistemas completos

de medição, nas condições nominais de funcionamento, sem qualquer ajuste entre os vários ensaios, para:

– exame CE de Tipo;

– verificação Inicial;

– verificações metrológicas em serviço.

NOTA: Se o medidor for fornecido com um dispositivo de ajuste ou correção, para o Exame CE de Tipo é suficiente verificar se a

curva de erros está dentro de um intervalo de duas vezes o valor especificado na linha A do Quadro 3.

5.5.9 Os erros máximos admissíveis indicados na linha B do Quadro 3, aplicam-se a:

– exame CE de Tipo de um medidor, nas condições nominais de funcionamento;

– verificação do medidor antes da Verificação Inicial do sistema de medição.

Se o medidor for fornecido com um dispositivo de ajuste ou correção, é suficiente verificar se a curva de

erros está dentro de um intervalo de duas vezes o valor especificado na linha B do Quadro 3, durante o

Exame CE de Tipo.

O medidor poderá ser capaz de medir vários líquidos, ou usando um ajuste específico para cada líquido ou

tendo o mesmo ajuste para todos os vários líquidos. Em qualquer dos casos o certificado de exame CE de

Tipo deve fornecer informações adequadas sobre estas características do medidor.

5.5.10 Quando indicado no certificado de exame CE de Tipo a Verificação Inicial de um sistema de medição

destinado a medir dois ou mais líquidos poderá ser realizada com um único líquido ou com um líquido

diferente do líquido a que o sistema de medição é destinado. Nesse caso, e se necessário, o certificado de

Exame CE de Tipo deve fornecer informações relativas aos erros máximos admissíveis a serem aplicados, de

modo a que os requisitos de 5.5.8 sejam cumpridos pelo sistema de medição, para todos os líquidos a que se

destina.

Se um medidor fizer a verificação inicial em duas fases (conforme 9.2.1) e, se tal for indicado no certificado

de Exame CE de Tipo, a verificação de um medidor destinado a medir dois ou mais líquidos pode ser

realizada com apenas um líquido ou com um líquido diferente do líquido previsto. Nesse caso, e se

necessário, o certificado de Exame CE de Tipo deve fornecer informação sobre os erros máximos

admissíveis a aplicar, de modo a que os requisitos de 5.5.9 sejam cumpridos pelo medidor, para todos os

líquidos a que se destina.

As considerações acima, poderão ser extrapoladas para o caso de um sistema de medição, ou de um medidor

destinado a medir apenas um líquido, mas verificado com outro líquido.

5.6 Disposições para indicações de conversão

Existem duas opções para verificar um dispositivo de conversão:

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A primeira opção verifica o dispositivo de conversão em conjunto com os dispositivos de medição

associados, o calculador, e o dispositivo indicador. Esta opção aplica-se a dispositivos de conversão

mecânica e poderá ser aplicada a dispositivos de conversão eletrónica.

A segunda opção permite a verificação em separado dos componentes individuais de um dispositivo de

conversão. Esta opção permite a verificação individual de sensores de medição associados, dispositivos de

medição associados (formados por um sensor de medição associado mais um transdutor de medição

associado), e da função de conversão.

Em ambos os casos, para efeitos de verificação assume-se que a indicação da quantidade, nas condições de

medição, é isenta de erro.

A opção de verificação deve ser especificada pelo requerente do exame CE de Tipo.

5.6.1 Primeira opção: Verificação de um dispositivo de conversão com os dispositivos de medição

associados, o calculador e o dispositivo indicador (em conjunto).

5.6.1.1 Não é obrigatório que um dispositivo de conversão indique as quantidades medidas pelos dispositivos

de medição associados (como temperatura, pressão e massa volúmica).

5.6.1.2 Quando um dispositivo de conversão é verificado, seguindo a primeira opção, o EMA aceitável da

indicação convertida, devido ao dispositivo de conversão (positivo ou negativo), é o maior que:

– o valor especificado na linha C da Quadro 3;

– metade do valor mínimo do desvio especificado (Emin).

5.6.1.3 O valor de uma falha significativa em indicações de conversões (de 5.5.5) é o maior que:

– um quinto do valor absoluto do EMA para a quantidade medida, ou

– o valor mínimo do desvio especificado (Emin).

5.6.1.4 Segunda opção: Verificação individual dos componentes do dispositivo de conversão

5.6.1.5 Verificação de um dispositivo de conversão (como parte do calculador com o seu dispositivo

indicador), utilizando entradas simuladas

5.6.1.6 Usando sinais digitais de entrada: quando um calculador com o seu dispositivo indicador é

verificado separadamente, usando "sinais de entrada digitais" conhecidos para simular entradas provenientes

de dispositivos de medição associados, o EMA e a falha significativa para a indicação da temperatura, da

pressão ou da massa volúmica são restringidos a erros de arredondamento.

5.6.1.7 Usando sinais analógicos de entrada: quando um calculador com o seu dispositivo indicador é

verificado separadamente, usando "sinais de entrada analógicos” conhecidos para simular entradas

provenientes de dispositivos de medição associados, o EMA e a falha significativa para a indicação da

temperatura, da pressão ou da massa volúmica são os especificados no Quadro 5.

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Quadro 5 EMA para indicação das quantidades características com entradas analógicas simuladas conhecidas

Erros máximos admissíveis (EMA), e

falhas significativas, na medição

Classe de e exatidão do sistema de medição

0,3 0,5 1,0 1,5

Temperatura ± 0,18 ºC ± 0,30 ºC

Pressão Menos de 1 MPa: ± 30 kPa

Entre 1 MPa e 4 MPa ± 3 %

Mais de 4 MPa: ± 120 kPa

Massa volúmica (conversão de massa

para volume)

± 0,6 kg/m3

± 1,2 kg/m3

Massa volúmica (conversão de

temperatura ou pressão)

± 3 kg/m3

NOTA: Ver 6.7.6 para a determinação da amplitude das divisões de escala em dispositivos de medição associados.

5.6.1.8 Verificação das indicações de quantidades convertidas, utilizando entradas simuladas

A indicação da quantidade convertida deve concordar com o valor verdadeiro, a menos de um décimo do

EMA indicado na linha A do Quadro 3, para a classe de exatidão aplicável. O valor verdadeiro é calculado

com base nas quantidades indicadas para as seguintes entradas simuladas:

a quantidade por converter;

a temperatura, a pressão ou a massa volúmica, determinadas por meio de dispositivos de medição

associados, bem como;

as quantidades características introduzidas no calculador (tipicamente massa volúmica);

valores apropriados obtidos em Normas ou Recomendações Internacionais aplicáveis.

5.6.1.9 Verificação de dispositivos de medição associados ou sensores de medição associados

5.6.1.10 O EMA e a falha significativa para indicações de temperatura, pressão ou massa volúmica, medidos

por um dispositivo de medição associado (que é formado por um sensor de medição e um transdutor de

medição) quando é submetido a uma temperatura, pressão ou massa volúmica conhecidas, são os indicados

no Quadro 5. Se a indicação é dada pelo dispositivo de conversão (como parte do calculador com o seu

indicador), este EMA inclui o EMA do correspondente calculador, como especificado em 5.6.1.6.

5.6.1.11 Quando um dispositivo de medição associado, que disponibiliza um sinal de saída digital, é

verificado, submetendo-o a valores conhecidos de temperatura, pressão ou massa volúmica, o EMA e a falha

significativa são os especificados no Quadro 6. Assume-se que os erros de arredondamento, do calculador e

do indicador, são desprezáveis.

5.6.1.12 Quando um sensor de medição associado (que disponibiliza uma saída analógica) é verificado

separadamente, submetendo-o a valores conhecidos de temperatura, pressão ou massa volúmica, o EMA e a

falha significativa são os especificados no Quadro 7.

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Quadro 6 – EMA para indicações dadas pelos dispositivos de medição associados

Erros máximos admissíveis

(EMA), e falhas significativas, na

medição

Classe de exatidão do sistema de medição

0,3 0,5 1,0 1,5

Temperatura ± 0,30 ºC ± 0,50 ºC

Pressão Menos de 1 MPa: ± 50 kPa

Entre 1 MPa e 4 MPa ± 5 %

Mais de 4 MPa: ± 200 kPa

Massa volúmica (conversão de

massa para volume)

± 1,0 kg/m3 ± 2,0 kg/m3

Massa volúmica (conversão de

temperatura ou pressão)

± 5 kg/m3

NOTA: Ver 6.7.6 para a determinação da amplitude das divisões de escala em dispositivos de medição associados.

Quadro 7 – EMA para o sinal de saída dos sensores de medição associados

Erros máximos admissíveis

(EMA), e falhas significativas, na

medição.

Classe de exatidão do sistema de medição

0,3 0,5 1,0 1,5

Temperatura ± 0,24 ºC ± 0,40 ºC

Pressão Menos de 1 MPa: ± 40 kPa

Entre 1 MPa e 4 MPa: ± 4 %

Mais de 4 MPa: ± 160 kPa

Massa volúmica (conversão de

massa para volume)

± 0,8 kg/m3 ± 1,6 kg/m3

Massa volúmica (conversão de

temperatura ou pressão)

± 4 kg/m3

NOTA: Ver 6.7.6 para a determinação da amplitude das divisões de escala em dispositivos de medição associados.

5.7 Erros máximos admissíveis e falhas significativas em calculadores

Os erros máximos admissíveis positivos ou negativos, bem como as falhas significativas na indicação de

quantidades de líquido, aplicáveis a calculadores, quando são ensaiados separadamente, são iguais a um

décimo do erro máximo admissível definido na linha A do Quadro 3. No entanto, as amplitudes do erro

máximo admissível, bem como da falha significativa, não devem ser menores do que a metade da divisão do

sistema de medição em que o calculador se destina a ser incluído.

5.8 Indicações

5.8.1 O volume deve ser indicado em centímetros cúbicos ou mililitros, em decímetros cúbicos ou litros

ou em metros cúbicos. A massa deve ser indicada em gramas, quilogramas ou toneladas.

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O nome da unidade ou o seu símbolo devem figurar na proximidade imediata da indicação. Para a massa,

conforme for o caso, o nome da unidade ou o seu símbolo devem ser acompanhados pelo termo "massa

verdadeira” ou "massa convencional".

A unidade das quantidades medidas dadas pelos instrumentos de medição associados, devem ser indicadas

em grau Celsius ou Kelvin, para a temperatura, em quilograma por metro cúbico (kg/m3) para a massa

volúmica, e em bar ou Pascal (Pa, kPa, MPa) para a pressão.

Se a legislação nacional do país exige que sejam usadas unidades de medição não incluídas no SI, estas

unidades de medição devem ser consideradas aceitáveis para indicações nesse país. No comércio

internacional, devem aplicar-se fatores de conversão, oficialmente aceites, entre estas unidades e as unidades

do SI.

5.8.2 Os sistemas de medição devem estar equipados com um dispositivo indicador que mostre a quantidade

de líquido medido nas condições de medição.

Quando um sistema de medição é equipado com um dispositivo de conversão, deve ser possível indicar a

quantidade nas condições de medição e a quantidade convertida. No caso dos sistemas utilizados para a

venda direta ao público, apenas a quantidade utilizada na transação deve ser indicada, quando em

funcionamento normal.

É permitido o uso do mesmo mostrador para as indicações de quantidades nas condições de medição e das

quantidades convertidas, desde que a origem da quantidade apresentada seja clara e que estas indicações

estejam disponíveis, mediante pedido (ver também Anexo B).

Por analogia as disposições aplicáveis aos dispositivos que indicam as quantidades nas condições de medição

aplicam-se aos dispositivos que indicam as quantidades convertidas.

5.8.3 Um sistema de medição pode ter vários dispositivos, indicando a mesma quantidade. Cada um deles

deve cumprir os requisitos desta Especificação. As divisões das escalas das várias indicações podem ser

diferentes.

5.8.4 Para qualquer quantidade medida, relativa à mesma medição, as indicações fornecidas pelos vários

dispositivos não devem diferir entre si mais do que uma divisão de escala, ou mais do que a maior das duas

divisões de escala, se forem diferentes, exceto quando previsto de outro modo na secção 8 (ver 8.10.1.3).

Para totalizadores este requisito aplica-se à diferença na indicação antes e depois da medição.

5.8.5 Para certos tipos de sistemas de medição é permitido o uso do mesmo dispositivo indicador (dispositivo

indicador comum) para as indicações de vários sistemas de medição interligados, embora sujeito a

disposições específicas e desde que uma das seguintes condições se verifique:

seja impossível a operação simultânea de mais do que um destes sistemas de medição;

as indicações relativas a um dado sistema de medição sejam acompanhadas por uma identificação clara

do respetivo sistema de medição, e o utilizador possa obter a indicação correspondente a qualquer dos

sistemas de medição em causa, através de um simples comando.

5.9 Eliminação de ar ou gases

5.9.1 Requisitos gerais

Os sistemas de medição devem possuir um de gasificador para a eliminação adequada de todo o ar ou gases

não dissolvidos que podem estar contidos no líquido antes de entrar no medidor. No caso em que não haja

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nem entrada de ar, nem libertação de gás no líquido, a montante do medidor, o desgasificador não é

necessário.

O desgasificador deve ser adequado para as condições de abastecimento e instalado de tal forma que o efeito

devido à influência do ar ou gases no resultado da medição não exceda:

– 1 % do valor medido, para leite, cerveja, outros líquidos potáveis que formem espuma e para líquidos com

viscosidade superior a 1 mPa.s (a 20 ºC); ou

– 0,5 % da quantidade medida, para todos os outros líquidos.

No entanto, não é necessário que este efeito seja menor a 1 % da quantidade mínima medida.

Os valores especificados na presente secção aplicam-se à diferença entre os erros do medidor com entrada de

ar ou de gás, e os erros do medidor sem entrada de ar ou gás.

Os desgasificadores devem ser instalados de acordo com as instruções do produtor.

5.9.2 Escoamento forçado (ver também o Anexo B)

Deve ser instalado um separador de gás quando, sem prejuízo das requisitos contidas em 5.9.4, a pressão à

entrada da bomba possa cair abaixo da pressão atmosférica, ou da pressão de saturação de vapor do líquido,

ainda que momentaneamente, resultando em ar misturado ou gás.

Se também houver formações gasosas, tais como bolhas, que possam ter um efeito específico superior a 1 %

da quantidade mínima medida, este separador de gás deve ser aprovado como um extrator de gás.

Dependendo das condições de abastecimento, um extrator especial de gás pode ser utilizado para esse fim se

o risco de ar ou gás misturado for menor do que 5 % do volume fornecido, ao caudal máximo.

Ao aplicar esta disposição relativa a formações gasosas, é importante considerar que:

as formações gasosas têm grande probabilidade de ocorrer devido à contração térmica durante os períodos

de fecho;

as bolhas de ar têm grande probabilidade de ser introduzidas nas tubagens quando o tanque de

abastecimento fica vazio.

É necessário um extrator de gás quando a pressão à entrada da bomba for sempre maior que a pressão

atmosférica e que a pressão de saturação do vapor do líquido, e se ocorrerem formações gasosas suscetíveis

de terem um efeito especifico maior do que 1 % da quantidade mínima medida. Ao aplicar esta disposição é

necessário considerar as situações relativas às formações gasosas acima mencionadas.

Não é necessário nenhum desgasificador se a pressão à entrada da bomba for sempre maior do que a pressão

atmosférica e que a pressão de saturação de vapor do líquido, e se não puderem ocorrer formações gasosas

suscetíveis de ter um efeito específico superior a 1 % da quantidade mínima medida, ou estas não puderem

entrar no medidor, independentemente das suas condições de uso.

Se o desgasificador for instalado abaixo do nível do medidor poderá ser incorporada na tubagem de

admissão, uma válvula de retenção, para evitar que a tubagem se esvazie entre estes dois componentes.

A perda de pressão provocada pelo escoamento de líquido entre o desgasificador e o medidor poderá ser tão

pequena quanto possível.

Se a tubagem a montante do medidor incorporar vários pontos altos, pode ser necessário instalar um, ou

mais, dispositivos de extração automáticos, ou manuais.

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5.9.3 Escoamento por gravidade

Quando o medidor é abastecido por gravidade, sem recurso a uma bomba hidráulica, e se a pressão do

líquido em todas as partes da tubagem a montante do medidor e no medidor propriamente dito for maior do

que a pressão de saturação de vapor do líquido e que a pressão atmosférica nas condições de medição, não é

necessário utilizar um de gasificador.

A entrada de ar no medidor deve ser impedida por um dispositivo automático adequado, se a pressão do

líquido for suscetível de ser inferior à pressão atmosférica, permanecendo maior que a pressão de saturação

de vapor do líquido, Nos outros casos deve ser fornecido um desgasificador adequado.

Se um medidor for abastecido sobre pressão de gás, o sistema de medição deve ser construído de modo a que

a libertação do gás dissolvido no líquido seja evitada. Um dispositivo adequado deve impedir a entrada de

gás no medidor.

Em todas as circunstâncias, a pressão do líquido entre o medidor e o ponto de trasfega deve ser maior que a

pressão de saturação de vapor do líquido.

5.9.4 Líquidos viscosos

Uma vez que a eficácia dos desgasificadores diminui à medida que a viscosidade do líquido aumenta, estes

dispositivos não são necessários para medição de líquidos com uma viscosidade dinâmica superior a

20 mPa.s, a 20 ºC.

Neste caso, é necessário tomar providências para impedir a entrada de ar. A bomba hidráulica deve estar

instalada de tal forma que a pressão de admissão seja sempre superior à pressão atmosférica.

Se nem sempre for possível satisfazer esta condição, o dispositivo deve ser fornecido de modo a interromper

o escoamento de líquido automaticamente assim que a pressão de admissão caía abaixo da pressão

atmosférica. Deve ser usado um manómetro para monitorizar esta pressão. Estas disposições não serão

necessárias se os dispositivos fornecidos garantirem que nenhum ar possa entrar através das ligações das

tubagens quando estas se encontram sujeitas a uma pressão reduzida e se o medidor se encontrar instalado de

modo a que nenhum ar ou gases dissolvidos sejam libertados.

5.9.5 Tubagem de remoção de gás

A tubagem de remoção de gás de um desgasificador não deve incluir uma válvula de atuação manual. No

entanto, se um destes elementos de fecho for necessário, por razões de segurança, deve ser possível garantir

que a válvula permanece na posição aberta durante a operação por meio de um dispositivo de selagem, ou

por meio de um sistema de bloqueio que impeça a execução de mais medições após o fecho da válvula.

5.9.6 Dispositivo anti vórtice

Se o reservatório de abastecimento de um sistema de medição estiver completamente vazio, em condições

nominais de funcionamento, a saída do tanque deve estar equipada com um dispositivo anti vórtice, a menos

que o sistema de medição inclua um separador de gás.

5.9.7 Disposições gerais para desgasificadores

5.9.7.1 O gás separado por um desgasificador deve ser evacuado automaticamente, a não ser que esteja

instalado um dispositivo que pare automaticamente o escoamento do líquido ou o reduza suficientemente

quando exista o risco de ar ou gases entrarem no medidor. No caso de paragem automática não deve ser

possível a realização de medições antes de o ar ou gases serem automática, ou manualmente eliminados.

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5.9.7.2 Os limites de operação de um desgasificador são os seguintes:

caudal máximo, para um ou mais líquidos especificados;

pressão máxima (sem caudal) e pressão mínima (com líquido e sem entrada de ar, e com a bomba

hidráulica a funcionar ao caudal máximo) compatível com o correto funcionamento do desgasificador;

quantidade mínima medida para o qual foi concebido.

5.9.8 Disposições especiais aplicáveis aos separadores de gás

Um separador de gás deve garantir a eliminação de ar ou gases misturados com o líquido, dentro dos limites

de erro especificados em 5.9.1. Um separador de gás concebido para um caudal máximo menor ou igual a

20 m3/h, deve garantir a eliminação de qualquer proporção em volume, de ar ou gases, do líquido medido.

Um separador de gás concebido para um caudal máximo superior a 20 m3/h deve assegurar a eliminação de

30 % do ar ou de gases, em relação ao líquido medido (os volumes de ar ou gases são medidos à pressão

atmosférica para efeitos de determinação das suas percentagens). A percentagem é considerada somente

quando o medidor está a funcionar a caudais superiores ao caudal mínimo (valor médio durante um minuto).

Além disso, quando existente, o desgasificador automático deve continuar a funcionar à pressão máxima

imposta para o separador de gás.

5.9.9 Disposições especiais aplicáveis aos extratores de gás

Um extrator de gás deve garantir, ao caudal máximo do sistema de medição, a eliminação de uma bolsa de ar

ou de gás com um volume (medido à pressão atmosférica), pelo menos igual à quantidade mínima medida,

sem que resulte qualquer efeito adicional superior a 1 % dessa quantidade mínima medida.

Um extrator especial de gás (capaz de eliminar gás misturado e bolsas de gás) deve também ser capaz de

separar de forma contínua, ao caudal máximo do sistema, um volume de ar ou de gás misturado com o

líquido, igual a 5 % do volume de líquido fornecido (ao caudal máximo), sem que resultem efeitos adicionais

que excedam os limites fixados em 5.9.1.

5.10 Indicador da presença de gás

Para determinados tipos de sistemas de medição poderá ser exigido um indicador de presença de gás.

O indicador de presença de gás deve ser concebido de modo a fornecer uma indicação satisfatória da

presença de ar ou gases no líquido.

O indicador de presença de gás deve ser colocado a jusante do medidor. Em sistemas de medição de

mangueira vazia, o indicador da presença de gás pode tomar a forma de um visor de descarga, e também

pode ser usado como ponto de trasfega.

O indicador de presença de gás pode ser equipado com um parafuso de purga ou com qualquer outro

dispositivo de ventilação, quando se encontra colocado num ponto alto da tubagem. Não deve ser ligado

nenhum tubo ao dispositivo de ventilação. Dispositivos indicadores de caudal (p. ex. tipo hélice), poderão ser

incorporados nos indicadores de presença de gás desde que tais dispositivos não impeçam a observação de

quaisquer formações gasosas que possam estar presentes no líquido.

5.11 Ponto de trasfega

5.11.1 Os sistemas de medição devem possuir, no mínimo um ponto de trasfega. Este ponto de trasfega

está situado a jusante do medidor, em sistemas para abastecimento, e a montante do medidor em sistemas

para receção.

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5.11.2 Os sistemas de medição podem ser de dois tipos: sistemas de "mangueira vazia" ou de "mangueira

cheia". O termo “mangueira” inclui todas as tubagens rígidas.

5.11.2.1 No caso de um sistema de mangueira vazia o ponto de trasfega poderá ter a forma de um visor de

descarga, ou de um dispositivo de fecho combinado, garantindo, em qualquer dos casos, o esvaziamento da

mangueira de abastecimento, após cada operação de medição.

5.11.2.2 Quando, no caso dos sistemas de mangueira cheia, a tubagem de abastecimento tem uma

extremidade livre, o dispositivo de fecho deve ser instalado o mais próximo possível desta extremidade.

5.11.2.3 No caso dos equipamentos para receção, aplicam-se as mesmas disposições, por analogia, à

tubagem de receção, situada a montante do medidor.

5.12 Sistema de medição de mangueira cheia

5.12.1 O medidor e a tubagem até ao ponto de trasfega devem ser mantidos cheios de líquido, durante

as medições e nos períodos de paragem.

Quando esta condição não estiver garantida, especialmente no caso das instalações fixas, o enchimento

completo do sistema de medição, até ao ponto de trasfega, deve ser efetuado manual ou automaticamente e

deve ser monitorizado durante as medições e nas paragens. Deve ser instalado em posição adequada um

dispositivo para garantir a completa eliminação de ar e gases do sistema de medição e um dispositivo de

purga (com meios de deteção visual ou automática, do enchimento completo).

5.12.2 O efeito da contração do líquido na tubagem entre o medidor e o ponto de trasfega, não deve ser

maior do que 1 % da quantidade mínima medida, por efeito de variações de temperatura, de:

– 10 ºC, para tubagens expostas;

– 2 ºC para tubagens isoladas ou enterradas.

Para calcular este efeito adicional, o coeficiente de expansão térmica do líquido deve arredondar-se para 1 x

10-3

por grau Celsius.

5.12.3 Tendo em conta os requisitos expostos em 5.9.3, deve ser instalado a jusante do medidor, sempre

que necessário, um dispositivo regulador de pressão, para assegurar que a pressão no de gasificador e no

medidor seja sempre superior à pressão atmosférica e à pressão de vapor saturado do líquido.

5.12.4 Quando a inversão do sentido de escoamento puder provocar erros superiores ao desvio mínimo

especificado para a quantidade medida, o sistema de medição (em que o líquido pode escoar na direção

oposta quando a bomba é parada) deve ser provido com uma válvula de retenção. Caso seja necessário, o

sistema deve também ser provido de um dispositivo limitador de pressão.

5.15.5 Nos sistemas de medição de mangueira vazia, a tubagem a jusante do medidor e, se necessário,

também a montante deste, deve ter um ponto elevado para que todos os componentes do sistema de medição

exceto a mangueira, se mantenham sempre cheios.

5.16.6 Nos sistemas de medição de mangueira cheia, utilizados para a medição de líquidos que não gases

liquefeitos, a extremidade livre da mangueira deve incorporar um dispositivo que não permita o

esvaziamento da mangueira durante os períodos de paragem.

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Quando um dispositivo de corte é instalado a jusante do acima referido dispositivo, o volume do espaço entre

eles deve ser o mais pequeno possível e, em qualquer caso, ser inferior ao desvio mínimo especificado para a

quantidade medida

5.11.7 Caso a mangueira compreenda vários lanços, estes devem estar interligados seja por acoplador

especial que mantenha a mangueira cheia, ou por um sistema de ligação que seja selado ou que requeira a

utilização de uma ferramenta especial para os poder desligar.

5.13.Esvaziamento da mangueira de descarga

Nos sistemas de medição de mangueira vazia, o esvaziamento da mangueira de descarga, referido em

5.11.2.1, é assegurado por uma válvula de ventilação. Em alguns casos esta válvula pode ser substituída por

um dispositivo expedito, seja uma bomba auxiliar ou um injetor de gás comprimido. Este dispositivo deve

operar automaticamente.

Contudo, quando isto não for possível, por motivos técnicos devidamente comprovados ou por razões de

segurança, para fornecer (ou receber) a quantidade medida contida nas mangueiras de um sistema de

medição de mangueira vazia (por exemplo na medição de dióxido de carbono liquefeito), esta quantidade

terá de ser menor ou igual a metade do valor do desvio mínimo especificado, para a quantidade medida.

5.14 Variações no volume interno de mangueiras cheias

Nos sistemas de medição de mangueira cheia providos de enrolador, o aumento do volume interno devido à

mudança da posição da mangueira enrolada, quando não está sob pressão, para a posição da mangueira

desenrolada, quando está sob pressão, sem escoamento do líquido, não deve exceder o dobro do valor do

desvio mínimo especificado para a quantidade medida.

Se o sistema não for provido de um enrolador, o aumento do volume interno não deve exceder o desvio

mínimo especificado para a quantidade medida.

5.15 Ramais e desvios (bypass)

5.15.1 Nos sistemas de medição concebidos para fornecer líquidos, não podem ser instalados a jusante do

medidor meios que permitam desviar o líquido já medido. Contudo, podem ser instaladas em permanência

duas ou mais saídas de fornecimento e operarem em simultâneo ou alternadamente, desde que não seja

possível realizar, sub-repticiamente, qualquer desvio para outro recipiente, que não o recetor. A forma de

evitar tais expedientes é, por exemplo, utilizar barreiras físicas, válvulas transparentes ou indicações que

mostrem claramente quais as saídas que estão em operação e, se necessário, sinalética explicativa.

Estas disposições aplicam-se por igual em sistemas de medição concebidos para rececionar líquidos.

O sistema de medição pode ter uma saída controlada manualmente para a sua purga ou drenagem. O sistema

de medição deve ser munido de meios eficazes para precaver a passagem de líquido através de tal saída,

durante a sua operação normal.

5.15.2 Nos sistemas de medição que operem, quer em mangueira vazia quer em mangueira cheia, e que

poderão estar equipados com tubagem flexível, deve ser instalada uma válvula de retenção na tubagem rígida

que liga ao sistema de mangueira cheia, imediatamente a jusante da válvula seletora. Além disso a válvula

seletora não pode permitir, qualquer que seja a sua posição, a ligação do sistema de mangueira vazia ao

sistema de mangueira cheia.

5.15.3 Não deve ser possível estabelecer um bypass ao medidor, nas condições nominais de utilização (ver

nota no Anexo B).

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5.16 Mecanismos de controlo e fecho

5.16.1 Deve ser previsto um dispositivo limitador de caudal se existir o risco das condições de fornecimento

levarem o medidor a entrar em sobrecarga. Este dispositivo deve ser instalado a jusante do medidor. Deve ser

possível selá-lo.

5.16.2 As diversas posições dos comandos das válvulas de multívias devem estar bem visíveis e ficarem

bloqueadas por entalhes, batentes ou outros dispositivos de fixação. São permitidas exceções a este requisito

quando as posições adjacentes dos comandos formarem um ângulo igual ou superior a 90°.

5.17 Outras disposições

5.17.1 Os filtros, caso existam, não devem afetar a exatidão nem o funcionamento do sistema de medição ou

dos seus componentes.

5.17.2 No caso da medição de produtos petrolíferos liquefeitos, a recuperação de vapor não deve influenciar

a exatidão das medições ao ponto do erro máximo admissível ser excedido.

5.17.3 Nos medidores para alimentos líquidos (por exemplo, leite) poderá ser possível separar e desmontar o

dispositivo de medição para efeitos da sua limpeza. Tais dispositivos de medição devem ser concebidos para

que não seja possível a montagem incorreta dos seus componentes. Caso contrário os medidores devem ser

fornecidos com instruções de montagem ou marcas que assegurem o seu correto funcionamento.

A desmontagem do dispositivo de medição não pode possibilitar a alteração da sua exatidão, nem,

nomeadamente, permitir o acesso aos dispositivos selados ou outros meios de ajuste.

5.18 Marcações

5.18.1 Cada sistema de medição deve conter a seguinte informação:

número do certificado de Exame CE de Tipo;

marca identificadora do produtor; marca registada ou nome;

designação escolhida pelo fabricante, se aplicável;

ano de produção;

número de série;

características, tal como definido em 5.4.1 (sistema de medição), 6.1.1.1 (medidor), ou 5.9.7.2 (de

gasificador);

classe de exatidão;

símbolos da verificação.

Esta informação deve constar numa ou várias placas de características, afixadas num local em que não seja

provável a sua remoção acidental, em condições normais de utilização.

Pelo menos a informação relativa à quantidade mínima medida e o símbolo da verificação devem estar

visíveis, em condições normais de utilização.

A informação aposta no sistema de medição tem de estar baseada no Exame CE de Tipo, incluindo a gama

de temperatura do líquido, e não deve ser confundida com descrições afixadas por razões de segurança, em

particular os limites de pressão.

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5.18.2 Cada componente ou subsistema para o qual tenha sido concedido o certificado de exame CE de

Tipo deve apresentar a seguinte informação:

número de série;

número do certificado de Exame CE de Tipo.

Esta informação faz parte do próprio componente ou subsistema ou será aposta numa placa de características

afixadas num local em que não seja provável a sua remoção acidental, em condições normais de utilização.

5.18.3 Se vários componentes operam num único sistema de medição, as marcações requeridas para cada

parte do sistema podem ser reunidas numa única placa de características.

Se vários sistemas de medição estiverem instalados numa estrutura comum, apenas será requerida uma única

placa de características.

Quando um sistema de medição puder ser transportado totalmente montado, as marcações requeridas para

cada componente também podem ser reunidas numa única placa de características.

5.18.4 Quando o volume indicado for referido às condições de base, o resultado da medição terá de ser

acompanhado com a respetiva informação sobre essas condições de base, por exemplo:

“a 15 ºC” ou “a 15 ºC e 101 325 kPa”.

5.19 Dispositivos de selagem e placa de características

5.19.1 Disposições gerais

A selagem poderá ser efetuada com metal, plástico ou outro meio adequado que permita evidenciar a sua

violação e seja suficientemente durável.

As selagens devem ser sempre facilmente acedíveis.

Devem ser selados contra operações suscetíveis de afetar a exatidão da medição, todos os componentes do

sistema de medição que não possam ser materialmente protegidos de outra forma.

Sem prejuízo das disposições em 6.1.4 e 6.7.5, deve ser inibida a alteração dos parâmetros que determinam

os resultados da medição (particularmente os parâmetros de correção e de conversão), através de dispositivos

de selagem.

Uma placa destinada a evidenciar as marcações do controlo metrológico deve ser selada ou fixada

permanentemente num suporte integrante do sistema de medição. Poderá ser combinada com a placa de

características do sistema de medição, referida em 5.18.

Nos sistemas de medição para líquidos potáveis, a selagem deve ser aposta de forma que o equipamento

possa ser desmontado para limpeza.

5.19.2 Dispositivos de selagem eletrónica

5.19.2.1 Quando o acesso aos parâmetros que determinam os resultados da medição não está protegido por

dispositivos de selagem mecânica, a proteção deve satisfazer as disposições 5.19.2.1.1 a 5.19.2.1.5.

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5.19.2.1.1 Opcional:

o acesso só deve ser permitido a pessoas autorizadas portadoras de uma “senha de acesso”; após a

alteração dos parâmetros o sistema de medição pode ser novamente colocado em serviço, “na condição de

selado”, sem qualquer restrição;

o acesso é permitido sem restrições mas, após a alteração dos parâmetros o sistema de medição só deve

ser novamente colocado em serviço “na condição de selado” por pessoas autorizadas portadoras de uma

“senha de acesso”.

5.19.2.1.2 A “senha de acesso” pode ser mudada.

5.19.2.1.3 No caso de venda direta ao público não é permitido o uso de apenas uma “senha de acesso”; o

sistema de medição deve ser munido de um dispositivo de selagem mecânica, por exemplo uma tampa de

acesso protegendo um interruptor ou interruptor de chave.

5.19.2.1.4 Quando está em modo de configuração (modo no qual os parâmetros podem ser alterados), o

dispositivo não deve funcionar, ou deve indicar claramente que está em modo de configuração. Este estado

deve manter-se até que o sistema de medição seja colocado em serviço “na condição de selado” de acordo

com 5.19.2.1.1.

5.19.2.1.5 Os dados respeitante à(s) última(s) intervenção(ões) devem ficar automaticamente gravados num

registo de intervenções, para efeitos de consulta. Este registo deve incluir pelo menos o seguinte:

– numeração sequencial das intervenções;

– a data em que o parâmetro foi alterado (é permitida a introdução manual desta data);

– o novo valor do parâmetro;

– a identificação da pessoa autorizada que fez a intervenção.

A rastreabilidade da última intervenção deve ser assegurada, pelo menos por 2 anos; a menos que o registo

seja sobreposto por posterior intervenção.

Dado o estado atual da tecnologia, é fortemente recomendado que o registo de intervenções tenha capacidade

para conservar muito mais do que só uma intervenção. Se ficar registada mais do que uma intervenção e se

tiver de ser apagada uma intervenção para permitir um novo registo, deve ser apagado o registo mais antigo.

5.19.2.2 Nos sistemas de medição cujos componentes possam ser desligados uns dos outros pelo utilizador e

sejam intermutáveis, devem ser satisfeitas as seguintes disposições:

não deve ser possível aceder aos parâmetros que determinam os resultados das medições através dos

pontos desligados, a menos que as disposições em 5.19.2.1 sejam satisfeitas;

a interposição de algum dispositivo que possa influenciar a exatidão deve ser impedida por meios

eletrónicos e de segurança do processamento de dados ou, se não for possível, por meios mecânicos.

5.19.2.3 Nos sistemas de medição cujos componentes possam ser desligados uns dos outros pelo utilizador,

mas que não sejam intermutáveis, aplicam-se as disposições em 5.19.2.2. Além disso, estes sistemas de

medição serão munidos com dispositivos que não lhes permita funcionar sem que os vários componentes

estejam ligados de acordo com a configuração do fabricante.

NOTA: poderá ser vedado ao operador fazer desacoplamentos não permitidos, por exemplo por meio de um dispositivo que impeça

qualquer medição após desligar e ligar.

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6 Requisitos para medidores e dispositivos auxiliares de um sistema de medição

6.1 Medidor

Um medidor de um sistema de medição deve satisfazer os seguintes requisitos, quer esteja ou não sujeito a

Exame CE de Tipo em separado:

6.1.1 Condições nominais de funcionamento

6.1.1.1 As condições nominais de funcionamento de um medidor são determinadas pelo menos pelas

seguintes características:

quantidade mínima medida, QMM;

gama de caudal, limitada pelo caudal mínimo, Qmin, e caudal máximo, Qmax, (ou pela gama de número de

Reynolds, se aplicável);

nome ou tipo do líquido ou das suas características relevantes, por exemplo, gama de viscosidade limitada

pela viscosidade mínima e máxima do líquido e/ou a gama de massa volúmica do líquido, limitada pela

massa volúmica mínima ρmin, e máxima ρmax;

gama de pressão do líquido, limitada pela pressão mínima Pmin, e máxima Pmax;

gama de temperatura do líquido, limitada pela temperatura mínima Tmin, e a máxima Tmax;

classes de ambiente mecânico e eletromagnético (ver Anexo A);

valor nominal da tensão de alimentação AC e/ou limites da tensão de alimentação DC.

6.1.1.2 O valor da quantidade mínima medida obedecerá ao formato 1 × 10n, 2 × 10

n ou 5 × 10

n unidades

autorizadas de volume ou de massa, onde n é um número inteiro (positivo ou negativo) ou zero.

6.1.2 Requisitos metrológicos

Nesta secção, os requisitos para um medidor também se aplicam aos dispositivos de medição (9.1.5).

6.1.2.1 Os erros máximos admissíveis para um medidor, nas condições nominais de funcionamento, são

iguais aos especificados na linha B do Quadro 3.

6.1.2.2 Para quantidades maiores ou iguais a cinco vezes a quantidade mínima medida, o erro de

repetibilidade do medidor não deve ser maior do que dois quintos do valor especificado na linha A do

Quadro 2.

6.1.2.3 Nas condições nominais de funcionamento, para um dado líquido, a diferença, entre o erro intrínseco

inicial e o erro após o teste de durabilidade, deve ser menor ou igual ao valor especificado na linha B do

Quadro 3.

6.1.2.4 O valor mínimo do desvio especificado (Emin) para o medidor é dado pela segunda fórmula na secção

5.5.4.

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6.1.3 Dispositivo de ajuste (ver também Anexo B)

Um medidor deve ter um dispositivo de ajuste inviolável que permita ajustar a relação entre a quantidade

indicada e a quantidade real, no intervalo de mais ou menos:

– 0,05 %, para medidor concebidos para sistemas de medição da classe de exatidão 0,3;

– 0,1 % para medidor concebidos para sistemas de medição de qualquer das outras classes de exatidão.

Um dispositivo de ajuste só deve ser utilizado para reduzir os erros a um valor tão próximo de zero quanto

possível.

É interdito o ajuste por meio de um desvio (bypass) ao medidor.

6.1.4 Dispositivo de correção

6.1.4.1 Os medidores podem ser equipados com dispositivos de correção; tais dispositivos são sempre

considerados como parte integrante do medidor. A totalidade dos requisitos que se aplicam ao medidor, em

particular os erros máximos admissíveis especificados em 9.1.3.1, aplicam-se também à quantidade corrigida

(nas condições de medição).

6.1.4.2 Em operação normal, a quantidade não corrigida não será indicada no mostrador. Contudo, deve

poder aceder-se a esta informação para efeitos de ensaio.

6.1.4.3 O dispositivo de correção destina-se apenas a reduzir os erros da medição a um valor tão próximo do

zero quanto possível.

6.1.4.4 Todos os parâmetros que não são medidos e que são necessários para a correção devem já estar

registados no calculador no início da operação de medição. O certificado de Exame CE de Tipo pode

determinar a possibilidade de verificar os parâmetros necessários para a correção, na altura da verificação do

dispositivo de correção.

6.1.4.5 Nas transações que envolvam venda direta ao público, a correção apenas permite, no início da

operação de medição, a seleção do nome ou do tipo do líquido a medir.

Nas transações que não envolvam a venda direta ao público, é permitido selecionar ou introduzir o nome ou

tipo do líquido ou qualquer outra informação, quando esta informação for necessária no âmbito da correção

da quantidade. Esta informação adicional permitida é apenas a necessária para a identificação do nome e tipo

do líquido medido, sem ambiguidade.

Em todos os casos observam-se as seguintes condições:

é obrigatório que a impressora fique incluída nos ensaios do controlo metrológico legal;

os dados introduzidos pelo operador devem ser impressos ao mesmo tempo que os resultados da medição

e acompanhados de uma nota explicativa de que foram introduzidos manualmente;

o nome ou o tipo do líquido deve ser reconhecido e impresso sem qualquer ambiguidade.

Nas transações que não envolvam venda direta ao público (especialmente transações regidas por contratos

específicos), não é necessário o uso de uma impressora desde que se verifiquem as seguintes condições:

quando a correção é armazenada num dispositivo de memória acessível a todas as partes envolvidas;

quando ambas as partes têm a possibilidade de estar presentes no ato da transação, através de qualquer

forma apropriada, e estão informadas dos termos da correção.

O certificado de Exame CE de Tipo deve indicar como aceder à informação memorizada.

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6.1.4.6 O dispositivo de correção não deve permitir a correção de uma tendência pré-estimada (tanto em

relação ao tempo como à quantidade total).

6.1.4.7 Os dispositivos de medição associados, se existirem, devem estar de acordo com as normas ou

Recomendações Internacionais aplicáveis. A sua exatidão deve ser suficientemente boa para permitir que os

requisitos do medidor sejam satisfeitos, como especificado em 6.1.2.1.

6.1.4.8 Os dispositivos de medição associados devem estar equipados com meios de teste, tal como

especificado em 7.3.6.

6.1.5 Sistemas de medição equipados com medidores de turbina

6.1.5.1 A pressão a jusante do medidor deve ser tal que evite a cavitação.

6.1.5.2 Se a exatidão do medidor for afetada por perturbações na tubagem a montante ou a jusante, o

medidor deve ser fornecido com troço (s) reto (s) de comprimento adequado, com ou sem dispositivos

estabilizadores do escoamento, tal como especificado pelo fabricante, de forma que as indicações do sistema

de medição instalado, incluindo o medidor, satisfaçam os requisitos da secção e 8 à 8.2, no que respeita aos

erros máximos admissíveis, de acordo com a classe de exatidão do sistema de medição.

6.1.5.3 As características dos dispositivos estabilizadores do escoamento, e/ou os comprimentos dos troços

retos, se requeridos, devem ser especificados no certificado de Exame CE de Tipo.

6.1.5.4 Se o sistema estiver munido com uma funcionalidade de “redução de caudal e corte” programável ou

ajustável, uma funcionalidade de “ajuste de zero”, ou qualquer outra funcionalidade de que dependa a

satisfação dos requisitos de ensaio, nas condições nominais de funcionamento, tais funcionalidades devem

ser seladas. O fabricante deve fornecer instruções claras para a correta configuração de tais funcionalidades.

As restrições e configurações dessas funcionalidades devem ser detalhadas no certificado de Exame CE de

Tipo.

O dispositivo de redução de caudal e corte não deve ser programado para valores de caudal superiores a

20 % do caudal mínimo definido para a instalação.

O erro causado pelo “ajuste do zero” do medidor, não deve exceder, ao caudal mínimo, o valor especificado

na linha C do Quadro 3.

6.1.6 Sistemas de medição equipados com medidores eletromagnéticos

6.1.6.1 Aplicam-se os requisitos indicados em 6.1.5.1 a 6.15.4.

6.1.6.2 As condições nominais de funcionamento referentes à condutividade do líquido e às características do

cabo devem ser especificadas pelo produtor e constar no certificado de Exame CE de Tipo.

6.1.7 Sistemas de medição equipados com medidores ultrassónicos

6.1.7.1 Aplicam-se os requisitos indicados em 6.1.5.1 a 6.15.4.

6.1.7.2 O valor mínimo do número de Reynolds do líquido a ser medido deve ser especificado pelo

fabricante.

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6.1.8 Sistemas de medição equipados com medidores Vortex

6.1.8.1 Aplicam-se os requisitos indicados em 6.1.5.1 a 6.1.5.4 e em 6.1.7.2

6.1.9 Sistemas de medição equipados com medidores mássicos

6.1.9.1 Aplicam-se os requisitos indicados em 6.1.5.1 a 6.1.5.4

6.1.9.2 Os medidores mássicos devem ser incorporados nos sistemas de medição de acordo com as

recomendações do fabricante desse sistema de medição e respeitando as condições ou restrições constantes

no certificado de Exame CE de Tipo.

6.1.9.10 Sistemas de medição volumétricos para álcool

9.1.10.1 O volume das câmaras de medição individuais, desses medidores, deve ser de 1 ×10n, 2 × 10

n, ou

5 × 10n litros, onde n é um número inteiro (positivo ou negativo) ou zero. As câmaras volumétricas devem

ter um volume igual.

O eixo das câmaras deve ser horizontal. Para assegurar que o sistema de medição está corretamente

instalado, este medidor deve ser munido com um dispositivo indicador de nível que permita verificar que o

eixo da câmara faz um ângulo menor que 3° com a horizontal, e que a indicação do medidor não varia mais

do que metade do erro máximo admissível na verificação.

6.1.10.2 Os volumes das câmaras de medição individuais de um medidor volumétrico para álcool podem ser

ajustados através de espaçadores. Os dispositivos de conversão associados que medem a massa específica e a

temperatura do líquido medido devem poder ser ajustáveis.

6.1.10.3 O equipamento de conversão para determinar o volume de etanol pertencente a um medidor

volumétrico para álcool deve estar de acordo com a Recomendação Internacional OIML R22 “International

alcohol metric tables” (1975). A temperatura de referência para a medição do álcool é de 20 ºC.

A conversão pode ser efetuada mecânica ou eletronicamente. Estes requisitos também se aplicam a outros

princípios de medição. (ver as secções 4.4.5 e 5.6).

6.1.10.4 O dispositivo de amostragem do medidor volumétrico para álcool deve separar e recolher

automaticamente uma amostra representativa do líquido, de modo a permitir a determinação em separado do

valor médio de álcool contido no líquido que passou pelo dispositivo de medição, por exemplo, separando

um dado volume de cada vez que a câmara de medição é cheia.

Se o volume retirado para ensaio for sujeito a um processamento em separado, o dispositivo de medição deve

ser ajustado para que o volume retirado não seja incluído na indicação do medidor, correspondente ao

volume medido.

6.1.10.5 A eliminação do ar entrado ou do gás libertado será executada pelo próprio medidor volumétrico.

Assim, não é necessário nenhum de gasificador adicional.

6.1.10.6 As condições de funcionamento e falhas de um medidor volumétrico para álcool, a seguir

apresentadas, são inadmissíveis e devem ser evitadas através de dispositivos especiais incorporados no

medidor, ou as suas ocorrências devem ser indicadas por dispositivos de aviso:

– caudal excessivo;

– obstrução ao livre escoamento;

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– sobre enchimento da câmara devido à obstrução dos elementos rotativos;

– temperatura fora da gama admissível;

– aquecimento inadmissível da amostra retirada.

6.2 Dispositivo indicador

6.2.1 Disposições gerais

6.2.1.1 A leitura das indicações deve ser precisa, fácil e não ambígua, qualquer que seja a posição do

dispositivo indicador em repouso; se o dispositivo incorporar diversos componentes, deve ser instalado de

modo a que a leitura da quantidade medida possa ser efetuada pela simples justaposição das indicações

provenientes dos diversos componentes. O sinal decimal deve aparecer distintamente.

6.2.1.2 O intervalo da escala deve obedecer ao formato, 1×10n, 2×10

n ou 5×10

n unidades admitidas da

quantidade, sendo n um número inteiro (positivo, negativo) ou zero.

6.2.1.3 Devem ser evitados incrementos mínimos não significativos. Esta disposição não é aplicável a

indicações de preço.

6.2.1.4 O intervalo de escala deve satisfazer os seguintes requisitos:

– para indicadores analógicos, a quantidade correspondente a 2 mm na escala ou a 1/5 do intervalo de escala

(do primeiro elemento, para dispositivos com indicação de base mecânica), selecionando-se o que for

maior, deve ser menor ou igual ao desvio mínimo especificado da quantidade;

– para indicadores digitais, a quantidade correspondente a dois incrementos mínimos do registo deve ser

menor ou igual ao desvio mínimo especificado da quantidade.

6.2.2 Dispositivos com indicação mecânica

6.2.2.1 Quando a graduação de um elemento for completamente visível, o valor de uma revolução desse

elemento deve corresponder a 10n unidades autorizadas da quantidade, sendo n um número inteiro. Esta

regra, contudo, não se aplica ao elemento correspondente à gama máxima do dispositivo indicador.

6.2.2.2 Num dispositivo indicador que disponha de diversos elementos, o valor de cada volta de um elemento

cuja graduação é completamente visível deve corresponder ao intervalo de escala do elemento seguinte.

6.2.2.3 Um elemento de um dispositivo indicador pode ter movimento contínuo ou descontínuo, no entanto,

quando os elementos, que não o primeiro, possuem parte das suas escalas visíveis no visor devem ter um

movimento descontínuo.

6.2.2.4 O avanço de um dígito de qualquer elemento possuindo movimento descontínuo deve ocorrer de

forma completa quando o elemento precedente passe de 9 para 0.

6.2.2.5 Quando o primeiro elemento possui apenas uma parte da escala visível no visor e possui um

movimento contínuo, a dimensão do visor deve ser, pelo menos, 1/5 da distância entre dois traços

consecutivos da escala graduada.

6.2.2.6 Todos os traços da escala devem ter a mesma espessura, constante ao longo da marcação e não

exceder 1/4 do espaçamento da escala. O espaçamento aparente da escala deve ser igual ou superior a 2 mm.

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A altura aparente dos dígitos deve ser igual ou superior a 4 mm, caso não seja especificado de outra forma

visando respeitar requisitos associados a sistemas de medição particulares.

6.2.3 Dispositivos com indicação eletrónica

A apresentação contínua da quantidade durante o período de medição só é obrigatória no caso de venda

direta ao público. Contudo, se a interrupção da apresentação da quantidade interrompe algumas operações de

controlo que sejam obrigatórias ou necessárias para assegurar a medição correta, a quantidade que passa

através do medidor durante cada interrupção deve ser menor ou igual do que a quantidade mínima medida.

Se o dispositivo possuir a funcionalidade de esconder um pequeno número de “incrementos mínimos do

registo” no início da medição, deve ser possível facilmente desligar essa funcionalidade durante os ensaios

de Exame CE de Tipo e de verificação Inicial.

6.2.4 Dispositivo de ajuste de zero para o indicador

6.2.4.1 Um dispositivo indicador de quantidade pode ser fornecido com um dispositivo auxiliar de ajuste de

zero manual ou através de um sistema automático.

6.2.4.2 Uma vez realizado o ajuste de zero, deve ser impossível o dispositivo indicador apresentar um

resultado diferente daquele que foi estabelecido até que a operação de ajuste de zero seja concluída.

Dispositivos indicadores em sistemas de medição de abastecimento de combustíveis e sistemas de medição

eletrónicos não devem permitir que se efetue a reposição a zero durante a medição. Noutros sistemas de

medição ou este requisito é satisfeito ou existe uma informação claramente visível de que essa operação não

é permitida.

6.2.4.3 Em indicadores analógicos, a indicação residual após o retorno ao zero não deve ser superior a

metade do desvio mínimo especificado da quantidade.

6.2.4.3 Em dispositivos com indicação digital, a indicação da quantidade após o retorno ao zero deve

corresponder a zero sem qualquer ambiguidade.

6.2.4.4 No caso de venda direta ao público, exceto para sistema de medição de combustível, aplicam-se os

seguintes requisitos:

o fornecimento seguinte será inibido até que seja efetuada a reposição a zeros do dispositivo indicador;

quando a operação de reposição a zeros não for automática, o sistema de medição deve manter

informações legíveis e indeléveis, convidando o cliente a efetuar a reposição a zeros da indicação antes de

iniciar o fornecimento.

6.3 Indicador do preço

6.3.1 O indicador da quantidade dispondo de dígitos alinhados pode ser complementado com um dispositivo

indicador do preço, também possuindo dígitos alinhados e ajuste de zero.

6.3.2 O preço unitário pode ser apresentado antes do fornecimento (6.3.2.1) ou pode ser introduzido após o

fornecimento (6.3.2.2).

6.3.2.1 O preço unitário selecionado deve ser apresentado num dispositivo indicador antes do início da

medição (exceto se for aplicada a opção expressa em 6.3.2.2). O preço unitário deve ser ajustável; a

modificação do preço unitário pode ser efetuada atuando diretamente no sistema de medição ou mediante

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dispositivos auxiliares. O preço unitário indicado no início da operação de medição deve ser válido para a

totalidade da transação. Um novo preço unitário só deve tornar-se efetivo para efeitos de uma nova medição.

No caso do preço unitário ser estabelecido por dispositivos auxiliares, deve ocorrer um intervalo de tempo de

cinco segundos, pelo menos, entre a indicação de um novo preço unitário e o início da medição seguinte.

6.3.2.2 Esta secção representa uma opção distinta de 6.3.2.1 e não é aplicável a sistemas de medição de

abastecimento de combustíveis. No caso de indicadores de preço de sistemas de medição distintos dos

sistemas de medição de abastecimento de combustíveis é permitido apresentar apenas a quantidade antes e

durante o fornecimento. Nem o preço unitário nem o preço total são apresentados antes ou durante o

fornecimento. Após o fim da operação de medição, é selecionado ou introduzido o preço unitário para efeitos

do cálculo do preço total e conclusão da transação; Este preço unitário deve ser válido para a totalidade da

transação.

No caso da venda direta ao público o preço unitário deve ser exibido ou impresso.

6.3.3. Os requisitos previstos em 6.2, relacionados com os dispositivos indicadores da quantidade, aplicam-

se também, por analogia, aos dispositivos indicadores do preço.

6.3.4 A unidade monetária utilizada, ou o seu símbolo, deve ser apresentada na proximidade imediata da

indicação.

6.3.5 Os dispositivos de ajuste de zero associados ao indicador do preço e ao indicador da quantidade

devem ser concebidos de forma que a reposição a zeros de qualquer dos indicadores implique a reposição do

outro dispositivo.

6.3.6 O intervalo da escala deve satisfazer os seguintes requisitos:

para indicadores analógicos, o preço correspondente a 2 mm da escala ou a 1/5 do intervalo da escala (do

primeiro elemento no caso dos indicadores mecânicos), conforme o que for maior, deve ser menor ou

igual ao desvio mínimo do preço especificado;

para indicadores digitais, o preço correspondente a dois incrementos mínimos da indicação deve ser

menor ou igual ao desvio mínimo do preço especificado.

Contudo, o valor de 1/5 do intervalo da escala ou o correspondente a 2 mm no primeiro caso apontado, ou o

intervalo da escala no segundo caso apontado, não necessita de ser inferior ao menor valor da moeda em

circulação no País onde o equipamento é utilizado.

6.3.7 A diferença entre o preço indicado e o preço calculado a partir do preço unitário e da quantidade

indicada não deve exceder o desvio mínimo de preço especificado. Contudo, não é necessário que esta

diferença seja inferior ao valor mínimo da moeda em circulação, no País onde o equipamento é utilizado.

Para além do referido, este requisito não se aplica quando o preço unitário tenha sido alterado entre duas

medições.

6.3.8 Uma falha significativa na indicação do preço (a diferença apresentada em 6.3.7) é o preço

correspondente a uma falha significativa de quantidade tal como especificado em 5.5.5.

6.3.9 Em indicadores analógicos, a indicação residual após a realização do ajuste de zero não deve exceder

metade do desvio mínimo de preço especificado. Contudo, não é necessário que a indicação seja inferior ao

menor valor de moeda em circulação no País em que o equipamento é utilizado.

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6.3.10 Em indicadores digitais, a indicação do preço após a realização do ajuste de zero deve ser de zero sem

qualquer ambiguidade.

6.4 Dispositivo de impressão

6.4.1 O intervalo de escala de impressão deve obedecer ao formato de 1×10n, 2×10

n ou 5×10

n de unidades

autorizadas da quantidade, sendo n um número inteiro (positivo ou negativo) ou zero, não devendo ser

superior ao desvio mínimo especificado da quantidade.

O intervalo de escala impresso não deve ser inferior ao menor intervalo de escala dos indicadores.

6.4.2 A quantidade impressa deve ser expressa numa das unidades autorizadas para a indicação da grandeza

e expressa na mesma unidade do dispositivo indicador. Os dígitos, a unidade utilizada ou o seu símbolo e o

sinal decimal, se existir, devem ser impressos no recibo, sem qualquer ambiguidade.

6.4.3 O dispositivo de impressão pode, também, imprimir informação identificadora da medição,

nomeadamente, uma sequência numérica, a data, a identificação do fornecedor, o tipo ou designação do

líquido, etc. Se o dispositivo de impressão se encontrar ligado a mais do que um sistema de medição, deve

imprimir a identificação do sistema relevante para o processo.

6.4.4 Se o dispositivo de impressão permitir a repetição da impressão antes do início de um novo

fornecimento, as cópias devem ser claramente identificadas como tal, por exemplo, pela impressão do termo

“cópia/duplicado”.

6.4.5 Se a quantidade for determinada pela diferença entre dois valores impressos, mesmo que um deles seja

constituído por zeros, deve ser impossível obter um recibo do dispositivo de impressão durante a medição.

6.4.6 Quando o dispositivo de impressão e o dispositivo indicador da quantidade possuírem, cada um, um

dispositivo de ajuste de zero, estes dispositivos devem ser concebidos de modo que a reposição a zeros de

um deles provoque a reposição a zeros do outro.

6.4.7 O dispositivo de impressão pode imprimir, para além da quantidade medida, o preço da transação

correspondente ou esse valor acompanhado pelo seu preço unitário. Qualquer valor deve ser impresso como

um valor repetido do obtido pelo sistema de medição. Os dígitos, a unidade monetária utilizada ou o seu

símbolo e o sinal decimal, se existir, devem ser impressos no recibo sem qualquer ambiguidade.

8.4.8 O intervalo de escala do preço impresso deve obedecer ao formato 1×10n, 2×10

n ou 5×10

n da unidade

monetária, sendo n um número inteiro (positivo, negativo) ou zero, não devendo exceder o desvio do preço

mínimo especificado. Contudo, não é necessário que este seja inferior ao menor valor monetário em

circulação no país em que o equipamento é utilizado.

6.4.9 Se o dispositivo indicador da quantidade não dispuser de uma indicação do preço, as diferenças entre o

preço impresso e o preço calculado com base na quantidade indicada e no preço unitário impresso, devem

estar em conformidade com os requisitos apresentados em 6.3.7.

6.4.10 Os dispositivos de impressão eletrónicos estão também sujeitos aos requisitos expostos em 7.3.5.

6.5 Dispositivo de memória

6.5.1 Os sistemas de medição podem incorporar um dispositivo de memória para armazenar resultados de

medição até à sua utilização ou para manter um registo das transações comerciais, fornecendo meios de

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prova para a eventualidade de contencioso legal. Considera-se que os dispositivos utilizados para a leitura de

informação arquivada se incluem nos dispositivos de memória.

Não é necessário que as partes interessadas numa transação disponham continuamente dos resultados dessa

medição mas, apenas, que tenham acesso a esses resultados (p. ex. na eventualidade de contencioso legal).

Adicionalmente, no caso de auto serviço (postos de abastecimento de veículos) é implícito que o proprietário

do sistema de medição tenha acesso a essas indicações mesmo que na prática não utilize essa funcionalidade.

6.5.2 O meio no qual se efetua o arquivo de dados deve ter uma fiabilidade suficiente que permita garantir

que os dados não são corrompidos, em condições normais de armazenamento. Este meio deve dispor de

suficiente capacidade de memória para qualquer aplicação particular.

6.5.3 Os dados arquivados podem ser eliminados, se:

– a transação estiver liquidada;

– se estes dados forem impressos por um dispositivo de impressão sujeito a controlo legal.

6.5.4 Após o cumprimento dos requisitos estabelecidos em 6.5.3 e quando o arquivo estiver completo, é

permitido eliminar dados em memória quando ambas as condições apresentadas em seguida são cumpridas:

os dados serão eliminados na mesma ordem do seu registo e são respeitadas as regras particulares

estabelecidas;

a eliminação deve ser efetuada automaticamente ou após a realização de um operação manual.

6.5.5 A memorização deve ser efetuada de tal modo que seja impossível, no uso normal, modificar

valores arquivados. Os dados em memória devem ser protegidos de modificações intencionais ou não

intencionais usando ferramentas informáticas.

6.5.6 Os dispositivos de memória devem dispor de funcionalidades de verificação de acordo com 7.3.5.

O objetivo dessas funcionalidades consiste em garantir que os dados guardados em memória correspondem

aos valores provenientes do calculador e que os dados acedidos correspondem aos dados guardados.

6.6 Dispositivo de pré-marcação

6.6.1 A quantidade pré-marcada deve ser indicada antes do início da medição.

6.6.2 Quando a pré-marcação for efetuada por comandos independentes uns dos outros, o intervalo de

escala de um comando deve ser igual à gama de pré-marcação do comando da escala imediatamente inferior.

São permitidos dispositivos de pré-marcação do tipo botão de pressão ou meios similares de pré-marcação de

quantidades fixas, desde que se assegure que estas quantidades fixas são iguais a um número inteiro de

unidades de volume ou massa.

6.6.3 Os dispositivos de pré-marcação poderão ser concebidos de forma que a repetição de uma quantidade

selecionada não necessite de uma nova marcação.

6.6.4 Quando for possível visualizar simultaneamente os dígitos do indicador de pré-marcação e do indicador

da quantidade, deve ser possível distinguir claramente o primeiro do segundo.

6.6.5 A indicação da quantidade selecionada pode permanecer inalterada durante a medição, ou retornar

progressivamente a zero. Contudo, no caso de um dispositivo eletrónico de pré-marcação, considera-se

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aceitável que o valor pretendido seja pré-marcado no dispositivo indicador de quantidade ou de preço,

acionando uma função especial, com a restrição de que este valor seja substituído pela indicação de zero da

quantidade ou do preço, antes do início da medição.

6.6.6 No caso de um fornecimento pré-marcado ou pré-pago:

– a diferença encontrada, nas condições normais de operação, entre a quantidade pré-marcada e a quantidade

apresentada no indicador da quantidade, no final da operação de medição, não deve exceder o desvio

mínimo especificado da quantidade;

– a diferença encontrada nas condições normais de operação entre o valor pré-pago e o preço apresentado no

indicador de preço, no final da operação de medição, não deve exceder o desvio mínimo especificado de

preço.

6.6.7 As quantidades pré-marcadas e as quantidades apresentadas no indicador da quantidade devem ser

expressas na mesma unidade. Esta unidade (ou o seu símbolo) deve estar marcada no dispositivo de

pré-marcação.

6.6.8 O intervalo de escala do dispositivo de pré-marcação não deve ser inferior ao intervalo de escala do

indicador.

6.6.9 Os dispositivos de pré-marcação podem incorporar um dispositivo que permita interromper

rapidamente o caudal de líquido, quando tal for necessário.

6.6.10 Os sistemas de medição com indicador de preço podem também dispor de um dispositivo de pré-

marcação que permita interromper o caudal de líquido quando a quantidade fornecida corresponder ao preço

pré-estabelecido.

Os requisitos apresentados de 6.6.1 a 6.6.9 aplicam-se por analogia.

6.7 Dispositivo de conversão

6.7.1 Os sistemas de medição podem dispor de um dispositivo de conversão conforme descrito em 4.4.5. Os

requisitos definidos em 6.7 aplicam-se a dispositivos de conversão eletrónicos e, por analogia, a dispositivos

de conversão mecânicos.

6.7.2 O cálculo da quantidade convertida deve ser efetuado de acordo com as Normas ou Recomendações

Internacionais aplicáveis ou outros métodos considerados aceitáveis.

9.7.3 Os parâmetros que caracterizam o líquido sujeito a medição e que são utilizados na fórmula de

conversão, devem ser medidos usando dispositivos de medição associados, sujeitos a controlo, quando os

parâmetros variam durante o processo de medição. Contudo, alguns destes parâmetros podem não ser

medidos ou os dispositivos de medição podem não ser sujeitos a controlo se estes parâmetros não variarem

significativamente. Em qualquer caso, os erros de indicação devidos ao dispositivo de conversão, não devem

exceder os valores máximos admissíveis especificados em 5.6.1.2.

6.7.4 Os sensores de medição associados e os meios adequados para os ensaios devem ser instalados a menos

de 1 metro de distância (1 m) do medidor, quando tal for possível. Quando não for, deve ser possível

verificar que os dispositivos de medição associados estão aptos a determinar (de acordo com os erros

máximos admissíveis definidos no Quadro 4.2) as grandezas de influência do líquido, nas condições em que

este se encontra no dispositivo de medição (Anexo B).

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Os dispositivos de medição associados não devem afetar o correto funcionamento do medidor.

6.7.5 Todos os parâmetros que não são medidos e que são necessários para realizar a conversão devem estar

disponíveis no calculador, no início da operação de medição. Deve ser possível imprimir, ou obter a

indicação a partir do calculador. O(s) dispositivo(s) utilizados exclusivamente para indicar ou imprimir estes

parâmetros não medidos consideram-se como não sendo críticos e serão apenas objeto de ensaios que

evidenciem a sua capacidade para indicar ou imprimir corretamente esses valores.

Para um dispositivo de conversão mecânica que não permita a indicação ou impressão desses valores deve

ser necessário proceder à quebra de um selo de segurança para modificar a programação.

No caso de venda direta ao público, será permitido introduzir no calculador a designação ou o tipo de

líquido, no início da operação de medição. Não será permitido modificar qualquer outro parâmetro que

intervenha no processo de conversão, a menos que seja quebrado um selo de segurança.

Noutros casos, é permitido selecionar ou introduzir a designação ou o tipo de líquido ou outros dados,

quando estes intervêm no processo de conversão da quantidade, desde que satisfaçam as seguintes condições:

obrigatório o uso de um dispositivo de impressão sujeito a controlo metrológico legal;

estes s dados, e uma nota explicativa que estes dados foram introduzidos manualmente, devem ser

impressos simultaneamente com a impressão dos resultados da medição;

a designação e o tipo de líquido devem ser conhecidos e impressos sem qualquer ambiguidade;

quando a transação não envolva a venda direta ao público, os dados que são permitidos são os relativos à

designação ou o tipo do líquido sujeito a medição, sem qualquer ambiguidade. Exceto no caso de venda

direta ao público, é permitido substituir o dispositivo de impressão desde que sejam satisfeitas as

seguintes condições:

no caso de conversão por um dispositivo de memória;

quando ambas as partes têm a possibilidade de estar presentes para concluir a transação, dispondo de

qualquer meio apropriado que as informe das condições da conversão.

O certificado de Exame CE de Tipo pode indicar a forma de aceder aos dados memorizados.

6.7.6 Adicionalmente às condições de medição da quantidade e às condições de base de volume ou de massa,

que devem ser apresentadas de acordo com 5.8.2, devem estar acessíveis para a realização dos ensaios os

valores de outras grandezas medidas (massa volúmica, pressão, temperatura). O(s) dispositivo(s) utilizados

para aceder e indicar estes valores não são considerados críticos se forem utilizados apenas para os objetivos

de ensaio ou de inspeção; devendo ser apenas objeto de ensaios para evidenciar a sua capacidade para

indicarem ou imprimirem corretamente esses valores.

As divisões de escala da indicação de massa volúmica (densidade), pressão e temperatura devem ser menores

ou iguais a 1/5 dos erros máximos admissíveis estabelecidos no Quadro 6 em 5.6.1.9 para dispositivos de

medição associados.

6.7.7 O sensor de temperatura deve possuir um tempo de resposta rápido face a alterações de temperatura, de

modo a que a medição da temperatura do líquido que passa através do medidor seja efetuada com uma

exatidão adequada.

6.8 Calculador

Todos os parâmetros necessários à elaboração das indicações que são sujeitos a controlo metrológico legal,

tais como o preço unitário, a tabela de cálculo, o polinómio de correção, etc. devem estar disponíveis no

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calculador, no início da operação de medição. O calculador pode dispor de interfaces que permitam a ligação

a outros dispositivos. Quando estas interfaces forem utilizadas, o instrumento deve continuar a funcionar

corretamente e as funções metrológicas não devem ser influenciadas ou afetadas.

7 Sistemas de medição equipados com dispositivos eletrónicos

7.1 Requisitos gerais

7.1.1 Sistemas eletrónicos de medição devem ser concebidos e fabricados de forma que as suas funções

metrológicas sejam salvaguardadas e os seus erros não excedam os erros máximos admissíveis conforme

definido em 8.1, nas condições nominais de funcionamento.

NOTA: Regulamentos nacionais ou regionais podem permitir aos fabricantes serem responsáveis pela manutenção em serviço, nas

condições nominais de funcionamento. Estes regulamentos devem definir as condições para dessa responsabilização e a informação

necessária do certificado de Exame CE de Tipo (ver também 9.1.2). Isto pode permitir aos fabricantes a substituição de elementos

estritamente digitais (elementos que não influenciem as características do desempenho dos sistemas de medição) por outros

elementos de funcionalidade equivalente sem ser necessário demonstrar que o sistema de medição continua a funcionar como

concebido.

7.1.1.1 Sistemas de medição eletrónicos, interrompíveis, devem ser concebidos e fabricados para que quando

expostos perturbações como especificado em A.11, no Anexo A:

a) não ocorram falhas significativas;

b) existam meios de verificação que detetem e atuem, de acordo com 7.3, perante falhas significativas ou

qualquer incorreção na geração, transmissão (tomando em consideração 7.3.2.1), processamento ou

indicação de dados de medição.

7.1.1.2 Sistema de medição não interrompíveis devem ser concebidos e fabricados de modo a que não

ocorram falhas significativas quando expostos às perturbações especificadas no Anexo A.

7.1.2 É responsabilidade do fabricante decidir quando um determinado sistema de medição é do tipo

interrompível ou não, tomando em consideração as regras de segurança aplicáveis ao tipo de uso. Contudo,

sistemas de medição para venda direta ao público devem ser do tipo interrompível.

Quando não for possível especificar a utilização futura do instrumento no momento do Exame CE de Tipo,

aplicam-se os requisitos apresentados em 7.1.1.2.

7.1.3 Os requisitos apresentados em 7.1.1 devem ser cumpridos ao longo do tempo. Com esse intuito, os

sistemas de medição eletrónicos devem dispor das funcionalidades de verificação especificadas em 7.3.

7.1.4 Um tipo de sistema de medição presume-se conforme com os requisitos expostos em 7.1.1 e 7.1.3 se

passar a inspeção e os ensaios especificados em 9.1.11.1 e 9.1.11.2.

7.1.5 Os sistemas de medição devem permitir a recuperação dos resultados de medição até imediatamente

antes da ocorrência de uma situação de mau funcionamento (em particular, falhas significativas e falha de

energia) e a sua deteção pelos meios de verificação.

7.2 Fonte de alimentação (ver também o Anexo B)

7.2.1 Quando o abastecimento não for interrompido durante a falha da fonte de alimentação principal, o

sistema de medição deve dispor de meios para salvaguardar todas as funções de medição durante essa falha.

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7.2.2 Quando o abastecimento for interrompido durante a falha da fonte de alimentação principal, devem ser

cumpridos os requisitos especificados em 7.2.1, ou dados existentes no momento da falha devem ser

salvaguardados e poderem ser disponibilizados (se solicitado), no indicador sujeito ao controlo legal, durante

um período mínimo de 15 minutos, de modo a permitir a conclusão da transação em curso.

7.2.2.1 Caso exista a funcionalidade de ativação manual do dispositivo indicador, o indicador deve ficar

disponível pelo período mínimo de dois minutos.

7.2.2.2 Como alternativa, exceto para a venda direta ao público, a última transação pode ser memorizada e

disponibilizada (a pedido) para apresentação, após o restabelecimento de energia.

7.3 Funcionalidades de verificação

7.3.1 Atuação das funcionalidades de verificação

A deteção, pelas funcionalidades de verificação de falhas (mau funcionamento) na geração, transmissão,

processamento e ou indicação dos dados de medição devem resultar nas seguintes atuações, de acordo com o

seu tipo.

7.3.1.1 Funcionalidades de verificação do tipo N: um alarme visível ou audível para chamar a atenção do

operador.

7.3.1.2 Funcionalidades de verificação dos tipos I ou P:

a) para sistemas de medição não interrompíveis:

– correção automática do mau funcionamento;

– interrupção apenas do dispositivo em falha quando o sistema de medição sem esse dispositivo contínua a

cumprir as especificações;

– um alarme visível ou audível para o operador; este alarme deve permanecer até que a causa do alarme seja

suprimida. Adicionalmente, quando o sistema de medição transmitir dados para dispositivos auxiliares, a

transmissão deve ser acompanhada de uma mensagem indicando um mau funcionamento.

Esta secção não é aplicável para as perturbações especificadas em A.11.

Quando um sistema de medição dispuser de funcionalidades para estimar a quantidade de líquido que passou

pelo medidor durante a ocorrência de um mau funcionamento, todas as indicações desses valores devem ser

claramente identificadas como sendo estimadas.

b) para sistemas de medição interrompíveis, em particular sistemas de abastecimento de combustíveis:

correção automática do mau funcionamento;

interrupção apenas do dispositivo em falha quando o sistema de medição sem esse dispositivo

contínua a cumprir as especificações;

interrompe o abastecimento.

7.3.2 Meios de verificação para o dispositivo de medição

Os meios de verificação devem ser concebidos e fabricados de forma a poderem verificar a presença do

dispositivo de medição, o seu correto funcionamento e a correta transmissão dos dados.

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7.3.2.1 Quando os sinais gerados pelo dispositivo de medição tiverem a forma de impulsos, representando

cada impulso uma quantidade elementar, as falhas significativas serão detetadas pelas rotinas de teste e

atuadas em conformidade (ver também Anexo B).

Estas rotinas de teste devem ser do tipo P e devem ocorrer em intervalos de tempo que não excedam a

duração da medição de uma quantidade de líquido igual ao especificado, para o desvio mínimo da quantidade

medida.

Embora não seja um requisito para a Verificação Inicial e subsequentes verificações, deve ser possível,

verificar durante o Exame CE de Tipo, que as rotinas de teste funcionam corretamente:

desligando o transdutor;

interrompendo um dos geradores de impulsos;

interrompendo a alimentação elétrica do transdutor.

7.3.2.2 Somente para medidores eletromagnéticos, onde a amplitude dos sinais gerados pelo dispositivo de

medição é proporcional ao caudal, pode ser usado o seguinte procedimento:

introduzir na entrada do dispositivo secundário um sinal simulado com uma forma semelhante à do sinal

de medição, que representará um caudal compreendido entre o mínimo e máximo, do medidor. Os meios

de verificação devem controlar os dispositivos primários e secundário. Deve ser verificado se o valor

digital equivalente está dentro dos limites predeterminados pelo fabricante e se é consistente com os erros

máximos admissíveis.

As rotinas de teste devem ser do tipo P ou I. Neste último caso, o teste deve ocorrer pelo menos a cada cinco

minutos.

NOTA: Seguindo este procedimento, não são necessárias funcionalidades de verificação adicionais; (mais do que dois elétrodos,

sinais duplos de transmissão, etc.).

7.3.2.3 Para outras tecnologias, ainda não estão desenvolvidos meios de verificação que forneçam

equivalentes níveis de segurança.

7.3.3 Funcionalidades de verificação para o calculador

Estas funcionalidades de controlo devem verificar se o calculador funciona corretamente e garantir a

validade dos cálculos efetuados.

Não são requeridos meios especiais para indicar que as funcionalidades de verificação funcionam

corretamente

7.3.3.1 O ensaio do funcionamento do sistema de cálculo deve ser do tipo P ou I. Neste último caso, o teste

deve ocorrer pelo menos em cada cinco minutos, exceto no caso de sistemas de medição de abastecimento de

combustíveis, nos quais deve ocorrer em cada abastecimento. O objetivo do teste é verificar que:

estão corretos os valores de todas as instruções e dados permanentemente memorizados; (ver Anexo B). (primeiro item);

são efetuados corretamente todos os procedimentos de transferência e armazenamento interno de dados

relevantes para o resultado da medição (ver Anexo B, 10.3.3.1, segundo item).

7.3.3.2 O ensaio da validade dos cálculos deve ser do tipo P. Consiste em verificar o valor correto de todos

os dados relacionados com a medição sempre que esses dados são armazenados ou transmitidos internamente

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para um dispositivo auxiliar, através de uma interface. Além disso, o sistema de cálculo deve incluir meios

de teste da continuidade do programa de cálculo (watch-dog) (ver também anexo B).

7.3.4 Meios de teste para o dispositivo indicador (ver também Anexo B)

Os meios de controlo devem verificar se as indicações primárias são mostradas e correspondem aos dados

fornecidos pelo calculador. Além disso, os meios de controlo devem verificar a presença de dispositivos de

indicação, caso sejam removíveis.

Estes testes podem ser executados de uma de duas maneiras possíveis; podem ser executados de acordo com

a primeira possibilidade a qual é apresentada em 10.3.4.2, ou podem ser executados de acordo com a

segunda possibilidade a qual é apresentada em 10.3.4.3.

7.3.4.1 Embora não seja um requisito para a Verificação Inicial e verificações em serviço, deve ser possível

verificar no Exame CE de Tipo que os meios de teste do dispositivo indicador funcionam corretamente.

7.3.4.2 A primeira opção consiste em controlar automaticamente o dispositivo indicador completo. A rotina

automática de teste do dispositivo indicador é do tipo P.

No entanto, poderá ser do tipo I, se a indicação primária for fornecida por outro dispositivo de medição, ou

se a indicação puder ser facilmente determinada através de outras indicações primárias (por exemplo, no

caso de um sistema de medição de abastecimento de combustíveis, é possível determinar o preço a pagar

com base no volume e preço unitário).

7.3.4.3 A segunda opção consiste em controlar automaticamente os dados transmitidos para o dispositivo

indicador e os circuitos eletrónicos utilizados por este, exceto os circuitos de condução (Drivers) do próprio

mostrador, e controlar também o mostrador (ver Anexo B).

A rotina de teste, automática, dos dados transmitidos e dos circuitos eletrónicos utilizados para o dispositivo

indicador é do tipo P. No entanto, pode ser do tipo I se a indicação primária for fornecida por outro

dispositivo de medição ou se a indicação puder ser facilmente determinada através de outras indicações

primárias (por exemplo, no caso de estarmos na presença de um dispositivo indicador de preço a pagar, é

possível determinar o preço a pagar com base no volume e preço unitário).

As rotinas de teste do mostrador devem permitir verificar visualmente o mostrador completo, o qual deve

satisfazer o seguinte:

a) para sistemas de medição de abastecimento de combustíveis:

mostrar todos os segmentos (teste de "oitos" se aplicável);

apagar todos os segmentos e mostrar “zeros” para quantidade e, se aplicável, mostrar o valor de preço

unitário válido e “zeros” para o valor a pagar, imediatamente antes de iniciar um novo abastecimento.

Cada passo da sequência deve demorar pelo menos 0,5 segundos.

b) para todos os sistemas de medição interrompíveis e não interrompíveis, a sequência de teste será como

está descrito no ponto a) (acima) ou qualquer ciclo de teste automático que indique todos os estados

possíveis para cada segmento do mostrador.

Esta aptidão de testar visualmente o mostrador deve ser de tipo I para sistemas de medição de abastecimento

de combustíveis e do tipo N para outros sistemas de medição interrompíveis e não interrompíveis, mas não é

obrigatório que em caso de avaria sejam desencadeadas as ações descritas na secção 7.3.1.

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7.3.5 Rotinas de ensaio para dispositivos auxiliares

Um dispositivo auxiliar (dispositivo de repetição, dispositivo de impressão, sistema de auto serviço,

dispositivo de memória, etc.) deve incluir uma rotina de ensaio do tipo I ou P. O objetivo deste meio de

controlo é verificar a presença do dispositivo auxiliar (quando ele é um dispositivo necessário) e verificar a

correta transmissão de dados entre o calculador e o dispositivo auxiliar.

Em particular, o controlo de um dispositivo de impressão visa garantir que os dados recebidos e processados

pelo dispositivo de impressão correspondem aos dados transmitidos pelo calculador. Pelo menos deve ser

controlado o seguinte:

– presença de papel;

– transmissão de dados;

– os circuitos de controlo eletrónico (exceto os circuitos de condução do próprio dispositivo de impressão).

Embora não seja um requisito para a Verificação Inicial e verificações em serviço, deve ser possível verificar

durante o Exame CE de Tipo, que os meios de teste do dispositivo de impressão funcionam, forçando um

erro de impressão. Esta ação deve simular uma anomalia na transmissão (tendo em conta na secção 7.3.2.1),

no processamento, ou na indicação dos dados da medição.

Quando a resposta do meio de ensaio for um aviso, esse aviso deve ser apresentado no dispositivo auxiliar

respetivo ou em outra parte visível do sistema de medição.

7.3.6 Rotina de teste para os dispositivos de medição associados

Os dispositivos de medição associados devem incluir uma rotina de teste do tipo P. O objetivo deste meio de

controlo é garantir que o sinal fornecido por estes dispositivos associados está dentro do intervalo de

medição predeterminado.

Os dados dos dispositivos de medição associados devem ser lidos pelo menos 5 vezes durante a medição de

uma quantidade igual à quantidade mínima medida. De cada vez que os dados são lidos deve ocorrer um

ensaio.

8 Requisitos específicos para certos tipos de sistemas de medição

8.1 Sistemas de medição de abastecimento de combustíveis

Exceto quando especificado em contrário, os requisitos desta secção não se aplicam aos sistemas de medição

de abastecimento de GPL.

8.1.1 Em sistemas instalados, a relação entre o caudal máximo e o caudal mínimo poderá ser menor que 10,

desde que não seja menor que cinco.

NOTA: Este requisito (na instalação) é diferente do requisito de 5.4.3.3.

8.1.2 Quando o sistema de medição inclui a sua própria bomba, deve ser instalado um dispositivo de

eliminação de gás imediatamente a montante da entrada do medidor.

8.1.3 Quando o sistema de medição se destina a uma instalação com um sistema de bombagem centralizado,

ou com bomba remota, aplicam-se as disposições gerais em 5.9 (ver também Anexo B).

Caso não esteja previsto instalar um dispositivo de eliminação de gases, não deve existir nenhum risco de

entrada de ar ou formação de gás. Neste caso, um meio automático (tal como um detetor de nível do tanque

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de armazenamento) deve impedir automaticamente os abastecimentos assim que o nível mínimo de tanque

de armazenamento for atingido (ver também 5.9.2).

8.1.4 Quando estiver instalado um indicador de gás não deve existir um dispositivo de ventilação, como

mencionado na secção 5.10.

8.1.5 Os sistemas de medição de abastecimento de combustíveis devem ser equipados com um dispositivo de

reposição a zeros do indicador de quantidade.

Se esses sistemas também incluírem um dispositivo indicador de preço, esse dispositivo deve estar equipado

com um dispositivo de reposição a zeros.

8.1.6 A altura mínima para os dígitos do indicador da quantidade é de 10 mm.

A altura mínima para os números do indicador volátil de preço é de 10 mm.

A altura mínima para os números do indicador do preço unitário é de 4 mm.

8.1.7 Quando somente puder ser usado um terminal durante o abastecimento, logo após que o terminal tenha

sido reposto no descanso o próximo abastecimento deve ser inibido até que o dispositivo indicador tenha

sido reposto a zeros.

Quando dois ou mais terminais puderam ser usados simultânea ou alternadamente, e após os terminais

utilizados terem sido repostos nos respetivos descansos, o próximo abastecimento deve ser inibido até que o

dispositivo indicador tenha sido reposto a zeros. Além disso, por conceção, devem ser satisfeitos os

requisitos do primeiro parágrafo de 5.15.1.

Os requisitos acima não se aplicam quando é usada uma bomba manual auxiliar.

8.1.8 Em sistemas de medição com um caudal máximo não superior a 3,6 m3/h, a quantidade mínima medida

(QMM) não deve exceder 5 L.

8.1.9 Quando o sistema de medição for equipado com um dispositivo de impressão de recibos, o qual está

sujeito a controlo, este dispositivo de impressão deve satisfazer os requisitos relevantes descritos em 6.4.

Além disso, qualquer operação de impressão deve impedir a continuação dos abastecimentos até que a

reposição a zeros tenha sido feita. Além disso a impressão não deve alterar a quantidade indicada no

dispositivo indicador.

8.1.10 Os sistemas de medição de abastecimento de combustíveis devem ser interrompíveis.

8.1.11 Em adição aos requisitos de 7.2.2, nos sistemas de medição de abastecimento de combustíveis

eletrónicos a duração mínima da indicação no mostrador dever ser uma das seguintes:

pelo menos 15 min contínua e automaticamente após a falha da fonte de alimentação elétrica principal;

um total de pelo menos 5 min num ou vários períodos, controlada manualmente, durante uma hora após a

falha.

O sistema de medição deve ser alimentado eletricamente durante as 12 h que precedem o ensaio deste

requisito.

Para além disso, os sistemas de medição de abastecimento de combustíveis eletrónicos devem ser concebidos

de forma que um abastecimento interrompido não possa ser retomado após o restabelecimento da

alimentação, se a falha durar mais de 15 segundos.

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8.1.12 Quando vários sistemas de medição de abastecimento de combustíveis tiverem um dispositivo

indicador comum não deve ser possível usar qualquer um desses sistemas de medição em simultâneo.

8.1.13 O teste de funcionamento do calculador, conforme descrito em 7.3.3.1, deve ocorrer pelo menos uma

vez em cada abastecimento.

8.1.14 Não é necessário mostrar quantidades, e preços se aplicável, que correspondam a um pequeno número

de "incrementos mínimos de registo" no início do abastecimento. A indicação da quantidade ou preço poderá

iniciar-se após ser atingida a quantidade ocultada.

A quantidade assim ocultada não deve ser superior a duas vezes o desvio mínimo da quantidade medida. O

preço ocultado não deve ser maior do que o preço correspondente a essa quantidade.8.1.15 Todos os sistemas

de medição de abastecimento de combustíveis com dispositivos indicadores eletrónicos devem estar

equipados com um dispositivo limitador de tempo que encerre uma transação (ou seja, o sistema é reposto a

zeros antes do abastecimento iniciar), se ocorrer um período de inatividade (sem abastecimento) superior a

120 segundos durante uma transação.

8.2 Sistemas de medição em cisternas rodoviárias

8.2.1 As disposições referidas adiante de aplicação a sistemas de medição instalados em cisternas rodoviárias

ou em tanques de transporte e abastecimento de líquidos de baixa viscosidade (≤ 20 mPa.s) e armazenados à

pressão atmosférica, com exceção dos líquidos potáveis espumantes (ver 8.6 para esses requisitos).

8.2.2 Tanques equipados com sistemas de medição podem incluir um ou mais compartimentos.

8.2.3 Os compartimentos das cisternas rodoviárias devem estar equipados com um dispositivo anti vórtice,

exceto quando o sistema de medição for equipado com um separador de gás que cumpra com a secção 5.9.8.

8.2.4 Quando um tanque contém mais do que um compartimento, cada compartimento deve ter um

dispositivo de corte (manual ou automático) individual em cada linha de saída.

8.2.5 Em conformidade com os regulamentos nacionais relativos à sua utilização, a cada sistema de medição

será atribuído um produto específico ou uma gama de produtos para os quais o medidor tenha sido aprovado.

A tubagem deve, sempre que possível, ser concebida de forma que os produtos não possam ser misturados no

sistema de medição.

8.2.6 Um sistema de medição instalado num camião cisterna, pode incluir mangueiras vazias ou cheias, ou

ambas, desde que satisfaça os requisitos fixados em 5.15.2.

8.2.7 O dispositivo indicador da quantidade deve incluir um dispositivo de ajuste do zero que cumpra com o

ponto 6.2.4.

Quando o sistema de medição estiver equipado com um dispositivo de impressão de recibos, qualquer

operação de impressão deve impedir os abastecimentos seguintes até que seja feita a reposição a zeros dos

indicadores.

8.2.8 Os sistemas de medição instalados em cisternas rodoviárias poderão ser concebidos para funcionar

somente por bombagem, ou somente por gravidade, ou por opção entre bombagem ou gravidade, ou ainda

por pressão de gás.

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8.2.8.1 Os sistemas de medição acionados somente por bomba, podem trabalhar com mangueira vazia ou

mangueira cheia e devem cumprir com os requisitos 8.2.8.1.1 e 8.2.8.1.2.

8.2.8.1.1 Como existe o risco de que os requisitos de 5.9.2 relacionados com a ausência de ar ou gás não

possam ser satisfeitos, o sistema de medição deve ter um dispositivo de eliminação de gases adequado, a

montante do medidor (ver 5.9.7.2, 5.9.8 e 5.9.9).

8.2.1.2 Quando, num sistema de medição, a pressão à saída do medidor puder ser inferior à pressão

atmosférica, mas ainda assim superior à pressão de vapor saturado, deve ser instalado um meio automático

para impedir entrada de ar no medidor.

Quando a pressão à saída do medidor não puder ser inferior à pressão atmosférica (isto aplica-se

particularmente aos sistemas que operam exclusivamente com mangueira cheia), não é necessária a

utilização de dispositivos automáticos para abrandar e interromper o escoamento.

8.2.2 Sistemas de medição que trabalham exclusivamente por gravidade devem cumprir os seguintes

requisitos.

8.2.8.2.1 O equipamento deve ser construído para que o conteúdo total do(s) compartimento(s) possa ser

medido a um caudal superior ou igual ao caudal mínimo do sistema de medição.

8.2.8.2.2 Se houver contacto com a fase gasosa no tanque do camião cisterna, devem existir dispositivos

apropriados que impeçam a entrada de gás no medidor.

8.2.8.2.3 Devem-se aplicam-se os requisitos descritos em 5.9.3, relativos ao escoamento não bombeado.

Pode ser permitida a instalação de uma bomba a jusante do ponto de trasfega, para aumentar o caudal, se

forem respeitadas as disposições seguintes. Esta bomba não deve provocar uma queda de pressão no

medidor.

8.2.8.2.4 Quando for necessário efetuar uma libertação de ar para atmosfera, para garantir o esvaziamento

completo de todas as tubagens a jusante do ponto de trasfega, essa operação deve ser automática. Neste caso

são obrigatórios meios de deteção visual ou automática de que as tubagens estão completamente vazias.

8.2.8.3 Os sistemas de medição capazes de operar por gravidade ou por bombagem devem satisfazer os

requisitos de 8.2.8.1 e 8.2.8.2.

8.2.8.4 Sistemas de medição que operem por meio de pressão de gás poderão funcionar com mangueira vazia

ou mangueira cheia. A tubagem que liga o medidor ao dispositivo destinado a impedir a entrada de gás no

medidor, conforme especificado em 5.9.3 não deve ter nenhuma restrição ou componente suscetível de

provocar uma perda de carga que possa gerar bolsas de gás devidas à libertação do gás dissolvido no líquido.

Estes sistemas devem incluir um manómetro que indique a pressão no tanque. O mostrador desse manómetro

deve indicar o intervalo de pressões admissíveis.

8.3 Sistemas de medição para a descarga dos navios tanque e de cisternas ferroviárias e rodoviárias,

usando um reservatório intermédio

8.3.1 Os sistemas de medição concebidos para medir quantidades de líquidos durante a descarga de tanques

de navios e de cisternas ferroviárias e rodoviárias podem incluir um reservatório intermédio em que o nível

do líquido determina o ponto de trasfega. Este reservatório intermédio pode ser concebido para assegurar a

eliminação de gás.

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A secção transversal do reservatório intermédio deve ser tal que uma quantidade igual ao desvio mínimo

especificado para a quantidade medida corresponda a uma diferença de nível de pelo menos 2 mm.

8.3.2 No caso das cisternas rodoviárias e ferroviárias, o reservatório intermédio deve assegurar

automaticamente um nível constante, visível ou detetável, no início e no final da operação de medição. O

nível é considerado constante quando estabiliza dentro de um intervalo que corresponde a uma quantidade

não superior ao desvio mínimo especificado para a quantidade medida.

8.3.3 No caso dos navios tanque, não é necessário providenciar um sistema de manutenção automática de

nível constante. Sempre que tal sistema não exista, deve ser possível medir os conteúdos no reservatório

intermédio.

Se o navio tanque for descarregado por meio de bombas localizadas na parte inferior do navio, o reservatório

intermédio pode ser usado apenas no início e no final da operação de medição.

8.4 Sistemas de medição de gases liquefeitos sob pressão (exceto sistemas de abastecimento de GPL)

8.4.1 Somente são autorizados sistemas de medição com mangueira cheia (salvo se a secção 8.4.9 for

aplicável).

8.4.2 A conceção do sistema de medição deve assegurar que o produto no medidor permanece em estado

líquido durante a medição (ver Anexo B).

8.4.3 Deve ser providenciada uma bainha para colocar um termómetro perto do medidor para efeitos de

verificação.

8.4.4 Devem ser providenciados meios para a instalar um manómetro a jusante do medidor e perto deste.

Este manómetro deve estar apto para verificação. Se aplicável, devem estar previstos dispositivos de

selagem.

8.4.5 Quando a quantidade for medida através de um sistema instalado numa cisterna rodoviária, é interdita

qualquer ligação entre a fase gasosa do tanque do veículo e do tanque recetor.

Para outros sistemas de medição de gás liquefeito, essas ligações são permitidas quando a quantidade de gás

transferida através dessas ligações for medida através de instrumentos de medição adequados e subtraída à

quantidade abastecida.

8.4.6 Devem ser incorporadas válvulas de segurança em sistemas de medição, para evitar pressões

anormalmente elevadas. Se elas estiverem localizados a jusante do medidor, podem abrir para a atmosfera ou

estar ligadas a um reservatório recetor.

Em nenhum caso se devem ligar as válvulas de segurança localizadas a montante do medidor às válvulas

localizadas a jusante, por tubos que façam bypass ao medidor.

8.4.7 Quando as condições de operação exigem o uso de mangueiras desacopláveis, estas mangueiras devem

permanecer cheias se a quantidade nelas contida for superior ao desvio mínimo especificado para a

quantidade medida.

As mangueiras cheias desacopláveis devem estar equipadas com acessórios de ligação especiais para

mangueiras cheias, chamados de “acopladores anti derrame” ou válvulas auto vedantes. Se necessário,

devem ser providenciados dispositivos de purga manual nas extremidades destas mangueiras.

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8.4.8 Nos sistemas de medição instalados em cisternas rodoviárias, o dispositivo indicador de quantidade e a

impressora, se instalados, devem cumprir os requisitos em 8.2.7.

8.4.9 As disposições previstas em 8.4 também são aplicáveis para sistemas de medição de dióxido de

carbono liquefeito com as seguintes exceções:

– somente são autorizados sistemas de medição de mangueira vazia (ver 8.4.1).

– é permitida a ligação entre a fase gasosa do tanque do veículo e do tanque que recebe, se

(i) estiver instalado um dispositivo que permita fazer a compensação da quantidade fornecida por uma

quantidade relacionada com a quantidade de vapor que é devolvida pela linha de gás;

(ii) a compensação é feita por cálculo automático. No entanto, em ambos os casos, deve ser devidamente

impedido o escoamento do tanque que fornece para o tanque que recebe, através da linha de retorno de gás.

– os requisitos 8.4.7 não são obrigatórios para estes sistemas.

8.5 Sistemas de medição de abastecimento de combustíveis para gases liquefeitos sob pressão (GPL)

8.5.1 Os requisitos em 8.1.1, 8.1.5, 8.1.6, 8.1.8 até 8.1.15, 8.4.1 e 8.4.2 são aplicáveis a sistemas de

abastecimento de GPL para veículos a motor. Quando instalados, a relação entre o caudal máximo e o caudal

mínimo pode ser menor do que cinco desde que não seja menor que 2,5.

8.5.2 Devem ser adotadas medidas para garantir que o GPL dentro do sistema de medição permanece no

estado líquido. Muitas vezes, isso é feito através de um dispositivo de manutenção de pressão.

8.5.3 Pode ser providenciada uma bainha para um termómetro perto do medidor. Quando isso não acontecer

a autoridade de metrologia legal pode exigir que o fabricante ou o proprietário do sistema de medição

providencie um meio equivalente para a medição da temperatura.

Quando for utilizado um regulador de pressão, devem ser previstos meios para se poder instalar um

dispositivo de medição da pressão, perto do medidor e a montante do regulador de pressão. Este dispositivo

de medição deve poder ser verificado. Se aplicável, devem estar previstos dispositivos/meios de selagem.

8.5.4 É interdita a ligação entre a fase de gasosa do tanque de alimentação e a fase de gasosa do tanque do

veículo, através de uma linha de retorno de gás.

8.5.5 Quando apenas puder ser usado um terminal durante um abastecimento, depois do terminal ser reposto

no descanso o próximo fornecimento deve ser inibido até que o dispositivo indicador seja reposto a zeros.

Quando puderem ser usados simultânea ou alternadamente, dois ou mais terminais, depois destes serem

repostos no descanso, o próximo abastecimento deve ser inibido até que o dispositivo indicador seja reposto

a zeros. Além disso, por conceção, devem ser satisfeitos os requisitos do primeiro parágrafo de 5.15.1.

Além disso, em ambos os casos, quando o abastecimento for interrompido através do botão de emergência e

um tempo de espera predefinido for excedido, o abastecimento em curso deve ser interrompido e o próximo

abastecimento deve ser precedido pela reposição a zeros do dispositivo indicador.

8.5.6 É obrigatória a colocação de uma válvula de retenção a jusante do medidor. A perda de carga

introduzida pela válvula deve ser suficientemente baixa para ser considerada desprezável.

8.5.7 As mangueiras devem estar equipadas com ligações especiais para mangueiras cheias, chamados

acopladores anti-derrame.

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8.5.8 As características de segurança não devem prejudicar o desempenho metrológico.

8.5.9 Quando o sistema de medição for provido de um dispositivo de conversão, deve ser possível verificar

separadamente as indicações da quantidade nas condições de medição e dos dispositivos de medição

associados.

8.5.10 A conceção do terminal deve ser tal que, no momento do acoplamento ou desacoplamento, a perda de

líquido não exceda o desvio mínimo da quantidade especificada.

8.6 Sistema de medição para leite, cerveja, e outros líquidos alimentares espumantes

8.6.1 Os requisitos seguintes aplicam-se a sistemas de medição não fixos para líquidos alimentares

espumantes instalados em cisternas rodoviárias e também a sistemas de medição fixos utilizados para a

receção ou abastecimento desses líquidos.

8.6.2 O ponto de trasfega nas instalações de receção é definido por um sistema de nível constante de

eliminação de ar a montante do medidor. O dispositivo de eliminação de ar deve usar um reservatório de

nível constante que habitualmente é combinado num único dispositivo, mas pode estar separado, se o

dispositivo de eliminação de ar estiver localizado a jusante do reservatório de nível constante e antes do

medidor. Deve ser possível observar o nível constante antes e após cada medição. O nível deve ser mantido

automaticamente.

8.6.2.1 O dispositivo de eliminação de ar pode ser instalado ou a montante da bomba ou entre a bomba e o

medidor.

O dispositivo de eliminação de ar é necessário mesmo que o medidor seja alimentado por gravidade, por

esvaziamento de vasilhas de leite, ou por meio de uma bomba auxiliar ou ainda por meio de um sistema de

vácuo.

Se o leite for movimentado por meio de uma bomba ou um sistema de vácuo, é necessário um dispositivo de

eliminação de gás. Este dispositivo pode ser combinado com o reservatório de nível constante.

8.6.2.2 Os requisitos em 5.12.3 não se aplicam a sistemas de medição de leite, e o medidor pode ser

alimentado por meio de um sistema de vácuo. Neste caso, em que a pressão no interior da tubagem que liga o

reservatório de nível constante ao medidor é inferior à pressão atmosférica, a estanquidade das juntas desta

ligação deve ser particularmente bem assegurada.

Deve ser possível verificar a estanquidade e deve ser providenciado um aviso visual chamando a atenção

para que se efetue essa verificação.

8.6.2.3 Em todas as instalações de receção, a tubagem a montante do dispositivo de eliminação de ar deve

esvaziar completa e automaticamente, em condições nominais de funcionamento.

8.6.2.4 O nível constante no dispositivo de eliminação de ar/reservatório de nível constante, é monitorizado

num visor ou por um dispositivo indicador de nível. O nível é considerado constante quando se situa dentro

de um intervalo definido por duas marcas distanciadas de pelo menos 15 mm, correspondente a uma

quantidade não superior a duas vezes o desvio mínimo do medidor.

8.6.2.5 Se, para satisfazer a condição acima referida, forem incorporados dispositivos para reduzir o caudal

no sistema de medição, esse caudal, durante o período de redução, deve ser pelo menos igual ao caudal

mínimo do medidor.

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8.6.2.6 Se, numa instalação de receção, o líquido medido escoar para um nível inferior ao medidor, um

dispositivo deve assegurar automaticamente que a pressão à saída do medidor permanece acima da pressão

atmosférica.

8.6.2.7 Os sistemas de medição devem ser totalmente cheios antes do início de uma medição. Se no caso dos

sistemas recetores não for prático encher previamente o sistema de medição, é aceitável determinar a

quantidade necessária para encher o sistema de medição; esta quantidade deve ser indicada na placa de

características do sistema de medição para que possa ser considerada no cálculo da primeira medição de uma

receção.

Entende-se que a primeira quantidade medida pelo sistema de medição durante uma receção completa seja

igual ou superior à quantidade que é necessária para o enchimento completo do sistema de medição.

8.6.3 Apesar dos requisitos gerais em 5.9 relativos à eliminação de ar ou de gases, os dispositivos de

eliminação de gás devem satisfazer os requisitos de 5.9.1, somente em condições de funcionamento, tais

como quando o ar entra no início e no final de cada operação de medição.

No entanto, quando o sistema de medição for equipado com mangueiras concebidas para serem acopladas à

saída do reservatório de abastecimento, o dispositivo de eliminação de gás deve também satisfazer os

requisitos 5.9.1 durante toda a operação de medição.

Nos equipamentos de receção, o utilizador deve poder verificar a estanquidade das ligações de forma que

nenhum ar possa entrar a montante do medidor, durante a medição. Nos equipamentos de fornecimento, o

sistema deve ser instalado de tal forma que a pressão do líquido nas tubagens de saída do tanque de

fornecimento seja sempre positiva.

8.6.4 O dispositivo indicador de quantidade de um sistema não fixo e a sua impressora, se instalada, devem

cumprir os requisitos de 8.2.7.

8.7 Sistemas de medição em pipelines e sistemas de abastecimento de navios

8.7.1 A relação entre o caudal máximo e o caudal mínimo de um sistema de medição pode ser inferior a 5

(ver 5.4.3). Neste caso, o sistema de medição deve estar equipado com um dispositivo de controlo

automático para verificar se o caudal do líquido a ser medido está dentro da gama de medição do sistema de

medição.

Este dispositivo de verificação deve ser do tipo P e deve satisfazer os requisitos de 7.3.1.2.

Os caudais máximos e o mínimo podem ser determinados em função do líquido a medir introduzidos

manualmente no calculador.

8.7.2 Prevenção de presença de gás

Os sistemas de medição devem estar equipados com meios para eliminar o ar ou o gás contido no líquido a

menos que a entrada de ar para o líquido ou a libertação de gás do líquido seja inviável, dada configuração da

tubagem ou a disposição e funcionamento da(s) bomba(s).

8.7.3 Condições especiais de instalação

O retorno do líquido a ser medido pelo sistema de medição deve ser impedido por um dispositivo adequado,

a menos que aceite de outro modo.

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8.7.4 Dispositivo de amostragem

O sistema de medição pode incluir um dispositivo de recolha de amostras que se destinam a determinar as

propriedades do líquido a ser medido. Não é necessário ter em conta a quantidade da amostra para os

resultados da medição se esta amostra for inferior a 10 % do erro máximo admissível para o sistema de

medição.

8.8 Sistemas de medição destinados ao reabastecimento de aeronaves

Os requisitos desta secção também se aplicam ao reabastecimento dos helicópteros.

8.8.1 Generalidades

8.8.1.1 Os sistemas de medição destinados ao reabastecimento a aeronaves são do tipo mangueira cheia.

8.8.1.2 A função de eliminação de gás pode ser realizada por um microfiltro separador de água desde que os

requisitos de 5.9 sejam satisfeitos.

Um dispositivo de eliminação de água pode ser instalado a jusante do medidor. A válvula de purga de água

não deve ser selada.

8.8.1.3 Estes sistemas de medição devem ser do tipo interrompível

8.8.2 Sistemas de medição de instalação fixa

8.8.2.1 Os requisitos aplicáveis aos sistemas de abastecimento de combustíveis aplicam-se aos sistemas de

medição de instalação fixa destinados ao reabastecimento de aeronaves, com exceção dos requisitos

definidos em 8.1.1.

8.8.2.2 Estes sistemas de medição podem incluir as suas próprias bombas ou ser concebidos para instalações

com sistemas centrais de bombagem.

8.8.2.3 O micro filtro separador de água deve estar instalado a montante do dispositivo de eliminação de gás.

8.8.3 Sistemas de medição não fixos

8.8.3.1 Generalidades

8.8.3.1.1 Se estiverem disponíveis mais do que um ponto de trasfega deverão existir sistemas de

encravamento que impeçam o seu uso simultâneo, a menos que a instalação seja tal que torne inviável usá-

los para abastecer diferentes aeronaves ao mesmo tempo.

8.8.3.1.2 Poderão ser concebidos para descarga de combustível de aeronaves, desde que o ponto de

acoplamento para extração do combustível esteja localizado a montante do dispositivo de eliminação de gás.

Não é obrigatório um visor do tipo “Weir”.

Também poderão ser necessários sistemas de encravamento para impedir o retorno do líquido medido ao

reservatório de alimentação, através da linha de retorno, durante a operação de abastecimento de combustível

a aeronaves.

8.8.3.1.3 Quando for utilizado o microfiltro separador de água para realizar a função do dispositivo de

eliminação de gás será suficiente uma verificação documental, desde que os requisitos de 5.9 estejam

satisfeitos.

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8.8.3.1.4 Cada instalação deve ser fornecida ou ser acompanhada de:

instruções de uso;

um plano da circulação do líquido;

descrição das operações necessárias para a sua utilização;

descrição do controlo e da localização dos dispositivos de acoplamento destinados à sua utilização.

8.8.3.2 Sistemas de medição de abastecimento de aeronaves.

Aplicam-se os requisitos de 8.2.2, 8.2.3, 8.2.4, 8.2.6, 8.2.7 e 8.2.8.1.

NOTA: As boas práticas de utilização do sistema de abastecimento de aeronaves recomendam a instalação de um manómetro a

montante da bomba, para detetar eventuais depressões, quando o sistema de abastecimento estiver equipado com um extrator de gás

ou extrator especial de gás. Essas indicações devem ser facilmente observáveis pelo operador.

8.8.3.3 Sistema de medição de abastecimento de aeronaves por hidrante

8.8.3.3.1 O dispositivo de eliminação de gás pode ser um dispositivo que desempenhe as funções de um

extrator de gás quando a tubagem enterrada:

– for concebida para a fácil eliminação do ar contido na tubagem através de dispositivos adequados;

– estiver equipada com acopladores especiais para mangueira cheia;

– for fornecida de modo que, em condições de projeto, não possa ocorrer formação de gás nem este possa

entrar na tubagem.

8.8.3.3.2 Quando o sistema de medição de abastecimento de aeronaves estiver equipado com um dispositivo

para recuperação de espuma e sua reintrodução, este deve estar localizado a montante do dispositivo de

eliminação de gás e não deve permitir a permanente introdução de gás no medidor.

8.8.3.3.3 Devem ser instaladas válvulas de despressurização para assegurar o fácil acoplamento e

desacoplamento das mangueiras e sistemas de encravamento para impedir que seja derramado líquido

medido.

8.9 Misturadoras

8.9.1 Os requisitos de 8.1.1 a 8.1.15 aplicam-se a ambas as partes dos sistemas de abastecimento Multigrade

e à parte do abastecimento de gasolina dos sistemas de abastecimento de mistura gasolina – óleo lubrificante,

(com a designação de “Misturadoras” em vez de “Sistemas de abastecimento de combustíveis", quando

aplicável). Contudo, por conceção, a relação entre o caudal máximo e o caudal mínimo poderão ser de pelo

menos cinco, para o caso dos sistemas de abastecimento Multigrade.

8.9.2 Quando apenas puder ser usado um terminal durante um abastecimento, depois de este ser colocado no

descanso, o abastecimento seguinte deve ficar inibido até que o indicador seja reposto a zeros.

Quando dois ou mais terminais possam ser utilizados simultânea ou alternadamente, após a sua recolocação

no descanso o abastecimento seguinte deve ficar inibido até que o indicador seja reposto a zeros. Além disso,

por conceção, devem ser satisfeitas as disposições do primeiro parágrafo de 5.15.1.

8.9.3 Os requisitos de 8.9.4 a 8.9.8 não se aplicam se as designações das diferentes misturas não permitirem

tirar conclusões sobre a relação entre as quantidades dos dois componentes.

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Exemplos para tais designações:

– número de estrelas (2, 3, 4 estrelas);

– índice de octano (92, 95, 98 octano);

– mistura de dois tempos (sem designação, tal como 5 %).

Além disso, apenas se aplica o requisito previsto em 8.9.4 ou 8.9.5 quando o sistema de medição indicar da

quantidade de mistura e o preço da mistura, dependente da percentagem de mistura. Isto não é aplicável

quando o sistema de medição fornecer:

– indicação da quantidade de mistura e o preço não depender da percentagem de mistura;

– uma indicação de quantidade de cada componente da mistura mas não fornecer indicação da quantidade de

mistura.

Para permitir a verificação do cumprimento do requisito previsto em 8.9.4 ou 8.9.5, é necessário:

medir as quantidades de ambos os componentes em abastecedores Multigrade;

medir as quantidades de óleo e gasolina, ou as quantidades de óleo e mistura, em abastecedores de

mistura;

fazer a recolha em separado de ambos os componentes, durante a verificação, para os dois tipos de

sistemas de abastecimento.

8.9.4 A exatidão da percentagem de mistura em abastecedores Multigrade, deve ser a seguinte:

As várias misturas são designadas pela percentagem das quantidades dos dois componentes (por exemplo

1:1), a proporção real das quantidades dos dois componentes deve estar dentro do limite de ± 5 %, ou seja, a

percentagem real kreal = V2/V1 das quantidades de ambos os componentes determinados durante a

verificação deve ser igual à percentagem nominal (indicada) knom, dentro dos seguintes limites:

kmin = knom- 0,05 knom e kmax = knom+ 0,05 knom

EXEMPLOS:

Designação 3:1 1:1 1:3

knom 0,333 1,00 3,00

kmin 0,316 0,95 2,85

kmax 0,350 1,05 3,15

8.9.5 A exatidão da percentagem de mistura de gasolina e óleo, nas misturadoras, é a seguinte:

Se V1 for a quantidade do componente menor da mistura e V2 quantidade do maior, a relação quantidade

real em relação ao componente menor, expressa em percentagem

[T = 100 × V1/(V1+V2)], deve ser igual à relação nominal, dentro de um limite de mais ou menos:

5 % em valor relativo;

0,2 % em valor absoluto, conforme o que for maior.

Por outras palavras, sendo T a relação entre as quantidades em valor absoluto e Tnom a relação da quantidade

sem percentagem, devem satisfazer as seguintes condições:

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[T - Tnom] / Tnom ≤ 0,05

se a percentagem da quantidade nominal for de, pelo menos, 4 %.

e

[T - Tnom] ≤ 0,2 %

se a percentagem da quantidade nominal for inferior a 4 %.

8.9.6 Se a misturadora estiver apta para fornecer mais do que uma mistura pelo mesmo terminal e as

percentagens de mistura estiverem definidas, é necessária a instalação de duas mangueiras e de um

dispositivo especial de mistura junto ao ponto de trasfega.

Se a misturadora só puder fornecer uma mistura por terminal, o dispositivo misturador pode ser instalado

dentro do sistema de medição e usada uma só mangueira por terminal.

8.9.7 Se a misturadora puder fornecer um ou ambos os componentes individualmente por um terminal

comum (adicionalmente ao fornecimento das misturas) um dispositivo deve impedir o escoamento do líquido

através da parte não utilizada do dispositivo misturador.

8.9.8 A parte de óleo lubrificante do abastecedor de mistura gasolina óleo deve ser concebida de modo a

impedir que bolhas de ar misturadas no óleo passem através do dispositivo de medição do óleo. Deve ainda

haver um dispositivo para detetar a presença de óleo. Na ausência de óleo, o fornecimento deve ser

interrompido por meio de, por exemplo:

um reservatório intermédio de óleo e um dispositivo que pare o fornecimento, quando o reservatório de

óleo estiver vazio;

um dispositivo de deteção de pressão que pare o fornecimento no caso de uma queda da pressão de óleo.

8.10 Modo de auto serviço em sistemas de abastecimento de combustíveis

Os seguintes requisitos aplicam-se a sistemas de medição abrangidos pelo 8.1, 8.5, ou 8.9, quando equipados

com sistemas de auto serviço, (Self Service).

É aconselhável, em particular, que os regulamentos nacionais ou internacionais incluam disposições que

prescrevam que as indicações primárias permaneçam acessíveis às partes envolvidas na transação até à sua

conclusão.

8.10.1 Requisitos gerais

8.10.1.1 A marcação, selagem e ligação dos componentes são definidas por regulamentações nacionais.

8.10.1.2 Quando o dispositivo de auto serviço controlar dois ou mais sistemas de medição cada um deve ter a

sua identificação própria que acompanhe qualquer indicação primária por eles fornecida.

8.10.1.3 As indicações primárias nos dispositivos de indicação e nos dispositivos de impressão, nos sistemas

de auto serviço, não devem ter diferenças entre si.

Divisões da escala das indicações primárias nos dispositivos de indicação, de impressão e de memória, nos

sistemas de auto serviço, devem ser as mesmas.

No entanto, no caso de transmissão de dados entre o sistema de abastecimento de combustível e o sistema de

auto serviço ser sobre a forma de impulsos, todas as indicações primárias fornecidas pelo sistema de auto

serviço não devem ter qualquer diferença entre si para quaisquer quantidades medidas relacionadas com a

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mesma medição. As indicações fornecidas pelo sistema de auto serviço não devem diferir de mais do que

uma divisão da escala, das respetivas indicações primárias do sistema de medição, ou da maior das divisões

das duas escalas se estas tiverem valores de divisão diferentes.

8.10.1.4 Os dispositivos de impressão dos sistemas de auto serviço não devem reproduzir a indicação do

sistema de medição pela diferença entre dois valores impressos.

8.10.1.5 É permitida a indicação de informações não sujeitas a controlo metrológico desde que não possa ser

confundida com informações metrológicas.

8.10.1.6 Uma alteração do modo de pagamento e/ou modo operativo não poderá ser concretizada antes do

fim da operação de medição em curso.

8.10.1.7 O modo de auto serviço, incluindo as disposições destinadas a definir claramente métodos de

operação, devem ser tais que, pelo menos, uma indicação primária seja facultada ao cliente até ao fim da

transação para que este possa verificar o preço a pagar e a quantidade entregue.

8.10.1.8 No caso de abastecimentos em modo de auto serviço que somem as quantidades fornecidas a

diferentes clientes, registados ao longo do tempo, a quantidade mínima medida não é afetada pela divisão da

escala usada para a obtenção dessa soma.

8.10.2 Modo de serviço com atendimento

Se o dispositivo indicador do sistema de medição fornecer somente uma indicação primária, esta deve conter

uma informação claramente visível para o cliente de que a autorização seguinte para um dado terminal só

poderá ser dada pelo fornecedor, após a liquidação da operação em curso e que, em caso de diferendo,

prevalece a indicação primária do dispositivo indicador do sistema de medição.

NOTA 1: No modo de serviço com atendimento, a liquidação da transação ocorre antes do cliente abandonar o local do

abastecimento.

NOTA 2: No modo de serviço com atendimento, a operação de medição termina no momento da sua liquidação.

8.10.2.1 Modo de pós pagamento (ver também o Anexo B)

8.10.2.1.1 Quando o modo de auto serviço incluir um dispositivo que dê uma indicação primária adicional

(para além da do dispositivo indicador do sistema de medição), esta consistirá em, pelo menos um mostrador

para replicar a quantidade e o preço (se for calculado), indicados pelos dispositivos indicadores primários do

sistema de medição, e que incluirá pelo menos o seguinte:

– um dispositivo indicador para o uso do fornecedor;

– um mostrador, ou um dispositivo de impressão para a emissão de um recibo, para o cliente.

8.10.2.1.2 Para os dispositivos de auto serviço com memória temporária dos dados da medição aplicam-se os

seguintes requisitos:

a) a memória temporária dos dados da medição deve ser restringida a um fornecimento para cada sistema de

medição, ou seja, um sistema de medição pode permitir um abastecimento posterior, antes que o anterior

tenha sido liquidado;

b) a indicação primária para o fornecedor deve ser acompanhada por uma referência clara, representando a

sequência dos abastecimentos (por exemplo, os números 1 ou 2, ou as letras A ou B);

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c) quando uma indicação obrigatória, do sistema de auto serviço, estiver inoperacional o modo de auto

serviço pode continuar a operar, desde que não faça qualquer uso da memória temporária, e o dispositivo

indicador do sistema de medição retenha a indicação primária. Nesse caso, o sistema de medição de

abastecimento de combustíveis deve apresentar uma informação claramente visível para o cliente, de que,

em caso de diferendo, prevalece a indicação primária do dispositivo indicador do sistema de medição.

8.10.2.1.3 Quando a indicação obrigatória para o cliente for fornecida por um dispositivo autónomo

acoplável, ou os meios de teste detetarem uma avaria, o modo de memória temporária deve ser inibido e

prevalecer a indicação primária do dispositivo indicador do sistema de medição.

8.10.2.1.4 O dispositivo de auto serviço deve ser capaz de indicar o estado dos sistemas de medição ligados

(por exemplo, ativo, autorizado ou não autorizado) e no caso de múltiplos opções de serviço e/ ou tipo de

pagamento, indicar também o estado do sistema de medição.

8.10.2.2 Modo de pré-pagamento

8.10.2.2.1 Aplicam-se os requisitos em 3.6.

8.10.2.2.2 Devem ser fornecidos recibos impressos ou manuscritos.

8.10.3 Modo de serviço sem atendimento

8.10.3.1 Generalidades

No modo de serviço sem atendimento o fim da operação de medição coincide com o registo (impressão e/ou

memorização) da informação relativa à operação de medição.

8.10.3.1.1 O regime de auto serviço deve fornecer indicações primárias adicionais por meio de:

– um dispositivo de impressão para a emissão de um recibo para o cliente;

– um dispositivo (impressão ou memória) em que os dados de medição são registados para o uso do

fornecedor.

8.10.3.1.2 Quando o dispositivo de impressão ou de memória, tal como exigido em 8.10.3.1.1, não

fornecerem qualquer indicação ou ficarem fora de serviço, o cliente deve ser claramente avisado de forma

automática antes do início do abastecimento.

Não deve ser possível passar do modo com atendimento para o modo sem atendimento antes de concluídas

as ações de teste e a instalação ser dada como apta em conformidade com as disposições acima definidas.

Os dados memorizados com mais de três meses podem ser automaticamente apagados.

8.10.3.1.3 Não se aplicam os requisitos em 8.10.3.1.1 e 8.10.3.1.2, quando a modalidade de auto serviço

dispuser de totalizadores de volume individuais, ligados um por cada cliente registado e visível para este.

8.10.3.1.4 Os dispositivos de auto serviço devem ser providos de meios para controlar a continuidade do

programa de cálculo ("watch-dog") de modo a garantir a interrupção do abastecimento em curso sempre que

não estiver assegurada a continuidade do programa de processamento.

A aceitação de notas, cartões ou outros meios equivalentes de pagamento só terá lugar se o programa de

processamento for reiniciado.

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8.10.3.1.5 Quando ocorrer uma falta de energia, os dados do abastecimento devem ser memorizados.

Aplicam-se os requisitos de 8.1.9.

8.10.3.2 Pagamento diferidos

Os dados impressos e/ou memorizados, tal como mencionado em 8.10.3.1 devem conter suficiente

informação para posterior confirmação, pelo menos da quantidade medida, preço a pagar (se for calculado) e

informação identificadora da transação em causa (por exemplo, o número de sistema de medição,

localização, data, hora).

8.10.3.3 O pré-pagamento no modo sem atendimento

8.10.3.3.1 Após a finalização de cada abastecimento os dados impressos e/ou memorizados, como referido

em 8.10.3.1 devem ser disponibilizados, indicando claramente o montante pré-pago e o preço correspondente

ao abastecimento.

Estes dados impressos e/ou memorizados podem ser divididos em duas partes, como se segue:

a) uma parte prévia ao abastecimento, em que o montante pré-pago seja apresentado e identificado como tal;

b) uma parte posterior ao abastecimento, desde que na informação disponibilizada seja claro que os dados

dizem respeito ao mesmo abastecimento.

8.10.3.3.2 Aplicam-se os requisitos de 6.6

8.11 Outras modalidades de auto serviço

É aconselhável, em particular, que os regulamentos nacionais ou internacionais incluam disposições que

prevejam que as indicações primárias permaneçam acessíveis às partes interessadas de uma transação até à

sua liquidação. Os sistemas de medição, especialmente os utilizados nas cisternas rodoviárias ou ferroviárias,

podem ser concebidos de tal forma que a transação não seja concluída após o cliente deixar o local do

abastecimento, no âmbito do acordo implícito com o fornecedor.

Neste caso, os regulamentos nacionais ou internacionais podem exigir que o modo de auto serviço forneça

indicações adicionais primárias, tal como:

– um dispositivo de impressão para a emissão de um recibo para o cliente;

– um dispositivo (impressão ou memória) em que os dados da medição sejam registados para o uso do

fornecedor.

Os dados impressos e/ou memorizados devem conter informações suficientes para posterior verificação, tal

como a quantidade medida e a identificação da transação, em particular, (por exemplo: número do sistema,

local, data, hora).

Além disso, após o abastecimento os sistemas de medição não devem poder ser repostos a zero e de novo

utilizados até que os dados da medição sejam memorizadas ou impressos.

8.12 Abastecimento não presencial

Os sistemas de medição para abastecimento não presencial (tais como cisternas rodoviárias destinadas ao

abastecimento de combustível a postos de abastecimento ou para venda direta ao público) podem ser

concebidos de tal forma que a transação não fique liquidada quando o fornecedor deixa o local do

fornecimento. Esta disposição só é aplicável quando houver um acordo entre as partes.

Os regulamentos nacionais ou regionais podem exigir que os sistemas de medição destinados ao

abastecimento não presencial estejam equipados com:

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um dispositivo automático para identificar o local da entrega;

um dispositivo de impressão para emitir automaticamente um recibo para o cliente;

um dispositivo de memória em que os seguintes dados fiquem registados: Identificação do sistema de

medição, dados da medição, data e hora do abastecimento, bem como o local de entrega.

9 Controlo metrológico

9.1 Exame CE de Tipo

9.1.1 Generalidades

Os sistemas de medição sujeitos a controlo de metrológico legal devem ser submetidos a Exame CE de Tipo.

Além disso, os componentes de um sistema de medição, principalmente os listados abaixo, e os subsistemas

que incluem vários destes componentes, estão sujeitos a Exame CE de Tipo separado, a pedido do fabricante:

– dispositivo de medição;

– calculador eletrónico;

– dispositivo indicador;

– medidor;

– separador de gás;

– extrator de gás;

– extrator especial de gás;

– dispositivo de conversão;

– dispositivos auxiliares para fornecer ou memorizar os resultados das medições;

– sensor de medição;

– sensor de temperatura;

– sensor de pressão;

– sensor de massa específica.

NOTA: Em alguns países, o "Exame CE de Tipo" é usado para sistemas de medição completos. Neste caso é aconselhável que os de

componentes sejam submetidos a um procedimento semelhante a Exame CE de Tipo, tornando possível certificar a conformidade de

tipo de cada componente com o regulamento.

Os componentes de um sistema de medição devem cumprir com os requisitos aplicáveis, mesmo quando não

tenham sido objeto de Exame CE de Tipo em separado (exceto, claro, no caso de dispositivos auxiliares e

outros dispositivos que são isentos de controlo).

Salvo disposição em contrário da Recomendação da OIML, um sistema de medição deve satisfazer os

requisitos, sem ajustes do sistema de medição ou dos seus componentes, no decorrer dos ensaios. Todos os

ensaios devem ser realizados ao mesmo sistema de medição ou componente, nas mesmas condições e sem

ajustes. Contudo, se tiver sido feito um ajuste ou realizados ensaios com outros sistemas de medição e/ou

dispositivos, isso deve ficar documentado e justificado no relatório de ensaios.

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9.1.2 Documentação

9.1.2.1 O pedido de Exame CE de Tipo de um sistema de medição ou de um componente de um sistema de

medição deve incluir os seguintes documentos:

uma memória descritiva especificando as características técnicas e o princípio de funcionamento;

um desenho ou fotografia;

uma lista dos componentes, com uma descrição dos seus materiais constituintes, quando estes tiverem

influência metrológica;

um desenho de conjunto com a identificação dos diferentes componentes;

para sistemas de medição, as referências dos certificados de Exame CE de Tipo dos componentes, caso

existam;

para sistemas de medição e medidores equipados com dispositivos de correção, uma descrição de como

os parâmetros de correção são determinados;

um desenho mostrando a localização dos dispositivos de selagem e marcas de verificação;

um desenho das marcações regulamentares;

dados dos ensaios que demonstrem a conformidade com os requisitos (não obrigatório);

indicações de instalação ou restrições operacionais (incluindo características dos líquidos aceites);

instruções sobre como aceder ao software metrológico (e número de revisão do software).

9.1.2.2 Adicionalmente, o pedido de Exame CE de Tipo de um sistema de medição eletrónico deve incluir:

uma descrição funcional dos vários dispositivos eletrónicos;

um fluxograma mostrando as funções dos dispositivos eletrónicos;

uma lista de todos os elementos puramente digitais que são considerados substituíveis (de acordo com

7.1.1);

qualquer documento ou prova que mostre que a conceção e construção da eletrónica do sistema de

medição cumpre os requisitos da Recomendação da OIML, nomeadamente de 7.3;

os níveis de severidade seguidos pelo fabricante para os ensaios de temperatura, humidade e ensaios

mecânicos (ver A.10.2, A.10.3 e A.10.4);

o nível de severidade seguido pelo fabricante para os ensaios de perturbação elétrica (ver A.11).

9.1.2.3 O requerente deve fornecer ao organismo responsável pela avaliação, um instrumento representativo

do tipo final.

Outros exemplares do tipo podem ser considerados necessários pelo organismo responsável para a avaliação

de tipo, para estimar a reprodutibilidade das medições (ver 9.2.1).

9.1.3 Certificado de Exame CE de Tipo

No certificado de Exame CE de Tipo devem constar as seguintes informações:

nome e endereço do destinatário do certificado de aprovação;

nome e endereço do fabricante, se não for o destinatário;

tipo e/ou designação comercial;

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condições nominais de funcionamento;

principais características metrológicas e técnicas, se necessário;

símbolo de Exame CE de Tipo;

período de validade;

informação sobre a localização das marcas de Exame CE de Tipo, da Verificação Inicial e dispositivos de

selagem (por exemplo, foto ou desenho);

lista dos documentos que acompanham o certificado de Exame CE de Tipo;

observações específicas;

a versão da parte metrológica do software avaliado, se aplicável;

informações suficientes para a realização dos ensaios durante a Verificação Inicial e verificações

subsequentes.

9.1.4 Modificação de um tipo aprovado

9.1.4.1 O destinatário do Exame CE de Tipo deve informar o organismo responsável pela aprovação, de

qualquer modificação ou aditamento referentes a um tipo aprovado.

9.1.4.2 As alterações e os componentes adicionais devem ser objeto de um Exame CE de Tipo suplementar

quando influenciem, ou sejam suscetíveis de influenciar, os resultados da medição ou as condições

regulamentares do instrumento.

O organismo que tiver aprovado o tipo inicial deve decidir em que medida os exames e ensaios seguidamente

descritos devem ser realizados no tipo modificado, conforme a natureza da modificação.

9.1.4.3 Quando o organismo que tiver aprovado o tipo inicial considerar que as modificações ou

componentes adicionais não são suscetíveis de influenciar os resultados das medições, poderá permitir que os

tipos modificados sejam presentes à Verificação Inicial sem necessidade de um Exame CE de Tipo

suplementar.

Sempre que a modificação não respeite as disposições do Exame CE de Tipo inicial, deve ser realizado um

Exame CE de Tipo novo ou suplementar.

9.1.5 Exame CE de Tipo de um medidor, de um dispositivo de medição, ou de um sensor de medição. O

Exame CE de Tipo pode ser concedido a um medidor completo, mas pode também ser concedido a:

dispositivo de medição (conforme definido em 4.10.1) quando este se destinar a ser ligado a diferentes

tipos de calculadores;

sensor de medição (como definido no 4.13.2), apenas quando o transdutor (4.14) for um dispositivo

separado e o sensor for destinado a ser ligado a diferentes tipos de transdutores.

Os exames e os ensaios serão realizados no medidor sozinho, no sensor de medição, ou no dispositivo de

medição quando for objeto de um pedido separado de Exame CE de Tipo.

Os ensaios requeridos são especificados no Anexo A.

9.1.6 Exame CE de Tipo de um dispositivo de eliminação de gás

Regra geral os ensaios devem ser realizados para comprovar que os dispositivos de eliminação de ar ou gases

satisfazem os requisitos de 5.9.8 ou 5.9.9.

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No entanto, é aceitável que os ensaios não sejam realizados a caudais superiores a 100 m3/h, e que os

dispositivos de eliminação de ar sejam aprovados, por analogia, com dispositivos da mesma conceção mas de

menores dimensões.

9.1.7 Exame CE de Tipo de um calculador eletrónico, incluindo o dispositivo indicador

Quando um calculador eletrónico for submetido separadamente ao Exame CE de Tipo, os ensaios de Exame

CE de Tipo são realizados no calculador, sozinho, simulando entradas diferentes, segundo normas

adequadas.

9.1.8 Exame CE de Tipo de um dispositivo de conversão

Existem duas abordagens para verificar se um dispositivo de conversão está em conformidade com os

requisitos de 5.6. A primeira abordagem, verifica o dispositivo de conversão como parte de um sistema de

medição completo. Nesta abordagem, os dispositivos de medição associados, o calculador, e o dispositivo

indicador são verificados em conjunto. A segunda abordagem permite a verificação em separado dos

componentes individuais de um dispositivo de conversão. Em A.9 encontram-se indicados os ensaios de

exatidão para dispositivos de conversão.

9.1.9 Exame CE de Tipo de um dispositivo auxiliar

9.1.9.1 Quando um dispositivo auxiliar, que fornece indicações primárias, se destina a ser aprovado

separadamente, as suas indicações devem ser comparadas com as fornecidas por um dispositivo indicador

que já foi aprovado e que tenha a mesma divisão da escala, ou menor.

Os resultados devem satisfazer os requisitos em 5.8.4 e 8.10.1.3.

Quando possível, as condições necessárias para a compatibilidade com outros dispositivos de um sistema de

medição devem constar do certificado de Exame CE de Tipo.

9.1.9.2 Os dispositivos eletrónicos podem ser aprovados separadamente quando se destinarem a ser usados

para a transmissão de indicações primárias ou outras informações necessárias para a sua determinação, por

exemplo, um dispositivo que concentra a informação de dois ou mais calculadores e a transmita para um

único dispositivo de impressão.

Quando pelo menos um dos sinais dessa informação é analógico, o dispositivo deve ser ensaiado em

associação com outro dispositivo, cujos erros máximos admissíveis são estabelecidos pela Recomendação da

OIML.

Quando todos os sinais dessa informação são digitais, a disposição acima pode ser aplicada; no entanto,

quando as entradas e saídas do dispositivo estão disponíveis, o dispositivo pode ser ensaiado separadamente,

caso que não deve introduzir nenhum erro; somente os erros resultantes do método de ensaio poderão ser

considerados.

Em ambos os casos, e na medida do possível, as condições necessárias para a compatibilidade com outros

dispositivos de um sistema de medição devem constar no certificado de Exame CE de Tipo.

9.1.10 Exame CE de Tipo de um sistema de medição

O Exame CE de Tipo de um sistema de medição consiste em verificar se o sistema de medição (com

componentes que não tenham sido objeto de aprovações separadas) preenche todos os requisitos aplicáveis

ao sistema, e que os componentes são compatíveis entre si.

Os ensaios para a realização do Exame CE de Tipo de um sistema de medição devem ser determinados com

base nas aprovações já concedidas para os componentes do sistema.

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Quando nenhum dos componentes tenha sido objeto de Exame CE de Tipo separado, devem ser realizados

ao sistema de medição todos os ensaios aplicáveis do Anexo A. No entanto, quando os componentes

relevantes do sistema de medição tenham sido todos aprovados separadamente, é possível satisfazer os

requisitos do Exame CE de Tipo, com base na análise dos Certificados de Exame CE de Tipo aplicáveis e

numa avaliação da compatibilidade dos componentes.

Também é adequado reduzir o programa de avaliação de tipo, quando o sistema de medição inclui

componentes idênticos aos que equipam outro sistema de medição que já foi aprovado, e quando as

condições de funcionamento destes componentes são idênticas (ver também o Anexo B).

NOTA 1: É aconselhável que os componentes sejam objeto de Exame CE de Tipo em separado quando são destinados a equipar

vários tipos de sistemas de medição. Isto é particularmente aconselhável quando os sistemas de medição têm vários fabricantes

diferentes e quando os organismos responsáveis pelo Exame CE de Tipo são diferentes.

NOTA 2: Se o requerente de um sistema de medição preferir usar componentes já ensaiados para outros requerentes, os resultados

do ensaio para estes componentes só podem ser utilizados mediante autorização escrita desse requerente para o componente em

causa.

NOTA 3: Na secção 6.7.7 é exigido que o sensor de medição de temperatura do sistema deve responder rapidamente a mudanças de

temperatura no líquido. Este requisito é considerado cumprido quando o sensor for capaz de responder a pelo menos 90 % da

variação da temperatura do líquido dentro de um intervalo de tempo de 15 s (ou, se maior, num período de tempo correspondente ao

tempo necessário para o fornecimento de uma quantidade correspondente a duas vezes o QMM, quando o sistema de medição está a

funcionar ao seu caudal mais elevado.

9.1.11 Exame CE de Tipo de um dispositivo eletrónico

Além dos exames ou ensaios descritos nos parágrafos anteriores, um sistema de medição eletrónico ou um

componente eletrónico deste sistema deve ser submetido aos ensaios e exames que se seguem.

9.1.11.1 Análise de projeto

Esta análise de documentos tem como objetivo verificar que a conceção de dispositivos eletrónicos e suas

funcionalidades de teste cumprem os requisitos da Recomendação da OIML, em particular da secção 7.

Isso inclui:

a) uma análise do modo de construção e dos subsistemas eletrónicos e componentes utilizados, para verificar

a sua adequação à utilização prevista;

b) a possibilidade de disfunções suscetíveis de ocorrerem, para verificar se em todos os casos considerados

estes dispositivos cumprem os requisitos de 7.3;

c) a verificação da presença e da eficácia do(s) dispositivo(s) de ensaio para as funcionalidades de ensaio.

9.1.11.2 Ensaios de desempenho

Estes ensaios visam verificar se o sistema de medição cumpre os requisitos de 7.1.1, relativamente às

grandezas de influência. Estes ensaios estão especificados no Anexo A.

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a) Desempenho sob o efeito de fatores de influência:

Quando submetidos ao efeito de fatores de influência, tal como previsto no Anexo A, o equipamento deve

continuar a funcionar corretamente e os erros não devem exceder os erros máximos admissíveis aplicáveis.

b) Desempenho sob o efeito de perturbações:

Quando submetido a perturbações externas, como previsto no Anexo A, o equipamento deve continuar a

funcionar corretamente ou detetar e indicar a presença de quaisquer falhas significativas. As falhas

significativas não devem ocorrer em sistemas de medição não interrompíveis.

9.1.11.3 Equipamento em ensaio (EUT)

Os ensaios são realizados tanto no sistema de medição completo como sobre os seus componentes. O EUT

deve ser incluído num conjunto representativo do funcionamento normal do sistema de medição. Em

particular, o calculador com o dispositivo indicador deve ser instalado no seu alojamento definitivo, ou, no

caso de um sistema de medição de combustível, deve ser instalado num alojamento representativo do

alojamento definitivo. O organismo responsável pela aprovação pode decidir que um certificado de Exame

CE de Tipo que abranja um determinado tipo de calculador com dispositivo indicador cobrirá qualquer outra

solução de alojamento para o mesmo tipo. Em qualquer dos casos, os dispositivos auxiliares podem ser

ensaiados separadamente.

9.2 Verificação Inicial

9.2.1 Generalidades

A Verificação Inicial de um sistema de medição pode ser efetuada em uma ou mais fases.

Quando uma ou mais fases precedem a Verificação Inicial definitiva do sistema de medição completo, os

resultados dos ensaios nas fases anteriores devem ser tidos em conta durante a fase final.

Sejam quais forem o número e a localização das fases e sejam quais forem os meios de ensaio, deve ser

possível concluir que o sistema de medição, instalado no local de uso, cumpre todos os requisitos aplicáveis

nas condições nominais de funcionamento.

Quando, incluída na Verificação Inicial, a verificação do medidor se realizar com um líquido diferente do

líquido que irá medir, devem ser realizados ensaios comparativos com esses dois líquidos para determinar os

erros máximos admissíveis nesta verificação. Poderá ser necessário ter disponíveis vários exemplares do

tipo.

No certificado de Exame CE de Tipo devem ser indicadas as informações aplicáveis (ver também Anexo B).

9.2.2 Ensaios

9.2.2.1 A Verificação Inicial do sistema de medição deve incluir:

um exame de conformidade com o tipo ao sistema de medição e seus componentes;

um exame metrológico ao sistema de medição; se possível, este exame é realizado dentro dos limites das

condições de funcionamento do sistema;

preferencialmente, um ensaio de funcionamento do dispositivo de eliminação de gases, sem necessidade

de verificar a existência de erros máximos (conforme especificado em 5.9); no entanto, frequentemente,

este ensaio ou não é possível ou não é viável;

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para sistemas de medição em cisternas rodoviárias, o dispositivo de eliminação de gases deve ser

ensaiado para a remoção de bolsas de ar, esvaziando o compartimento de entrega durante um

abastecimento (ver também o Anexo B);

quando necessário, um ensaio das variações do volume interno das mangueiras, nos sistemas de medição

de mangueira cheia, por exemplo, no caso de um enrolador de mangueira;

um ensaio de funcionamento da válvula de corte, impedindo o esvaziamento da mangueira durante

períodos de inatividade, para sistemas de medição de mangueira cheia;

determinação das quantidades residuais, nos sistemas de medição de mangueira vazia (ver 5.13).

9.2.2.2 Quando a Verificação Inicial ocorrer em mais de uma fase, os resultados obtidos nos ensaios das

fases anteriores devem ser tidos em conta durante a Verificação Inicial do sistema de medição completo.

9.2.2.3 Um sistema de medição deve ser concebido de modo a permitir a sua verificação em condições de

uso. Se necessário, devem ser previstos dispositivos especiais. O sistema de medição deve ser construído de

modo a permitir o uso de um padrão de medida apropriado para verificar o medidor. Quando uma verificação

só puder ser realizada com as bombas em funcionamento, o que normalmente não permite parar o medidor

no início e no final de um ensaio, o padrão deve ser adaptado para operação contínua (por exemplo, um

padrão de referência com um mecanismo de desvio de escoamento, tubo padrão, instrumento de pesagem,

etc.).

9.2.2.4 Em casos especiais, documentados no certificado de Exame CE de Tipo, os requisitos de 9.2.2.3

podem ser dispensados, desde que:

– o medidor seja verificado num banco de ensaios, com líquidos que tenham as mesmas características

daqueles que serão medidos no local de instalação. A verificação é realizada apenas no dispositivo de

medição, mas inclui os necessários troços retos, a montante e a jusante do medidor (ver 6.1.6.2 para

6.1.7.1 ou 6.1.8.1 ou 6.1.9.1) associado com um dispositivo indicador compatível e equivalente, desde que

todos os componentes que tenham uma ligação mecânica direta com o dispositivo de medição e

suscetíveis de influenciar a medição sejam verificados ao mesmo tempo;

– o medidor satisfaça todas as verificações periódicas necessárias, controladas e fixadas pelo serviço de

metrologia.

Para concluir a verificação, o sistema de medição em causa deve ser submetido a um teste de funcionamento

e de instalação.

9.2.2.5 Deve ser possível a realização de ensaios metrológicos dos instrumentos de medição associados e

respetivos sensores, nas condições reais de funcionamento.

A verificação destes dispositivos deve cumprir os requisitos de 5.6.

9.3 Verificação em serviço

A verificação em serviço e respetivos requisitos são da responsabilidade das autoridades nacionais.

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Anexo A

(normativo)

Ensaios de desempenho para Aprovação de Tipo

A.1 Generalidades

O Anexo A define o programa de ensaios de desempenho destinados a verificar que o sistema de medição ou

os seus componentes funcionam da forma prevista, num ambiente determinado e sob condições

especificadas. Em cada ensaio ficam registadas, se for caso disso, as condições de referência para a

determinação do erro intrínseco.

Diferentes ensaios especificados:

– ensaios de exatidão (incluindo ensaios de repetibilidade e de perturbação do escoamento, se aplicável);

– ensaio dos fatores de influência;

– ensaios de perturbações eletromagnéticas.

Os ensaios especificados na Recomendação R117-1 da OIML, constituem procedimentos mínimos de ensaio.

Poderão ser realizados outros ensaios, se necessário, para garantir a conformidade do sistema de medição ou

dos seus componentes, com os requisitos da Recomendação da OIML.

Quando estiver a ser avaliado o efeito de uma grandeza de influência, todas as outras grandezas de influência

devem ser mantidas constantes e o mais próximo possível dos valores das condições de referência.

Podem ser seguidas as versões mais recentes da IEC e das normas ISO específicas, referenciadas nestes

anexos, para a realização de ensaios de desempenho desde que a autoridade metrológica confirme que essas

versões continuam a satisfazer os ensaios exigidos pela Recomendação da OIML.

Os ensaios são normalmente realizados no medidor completo, equipado com um dispositivo indicador, com

todos os dispositivos auxiliares e com o dispositivo de correção, caso exista. No entanto, o medidor sujeito a

ensaio não precisa de estar equipado com dispositivos auxiliares quando estes não forem suscetíveis de

influenciar a sua exatidão e quando tiverem sido verificados separadamente (por exemplo, uma impressora).

O dispositivo de medição pode também ser ensaiado isoladamente, desde que a calculador e o dispositivo

indicador tenham sido verificados. O sensor do medidor pode ser ensaiado isoladamente, desde que o

transdutor e o calculador com dispositivo indicador, tenham sido verificados.

Se este dispositivo de medição ou sensor do medidor se destinar a ser ligado a um calculador equipado com

um dispositivo de correção, o algoritmo de correção, conforme descrito pelo fabricante, deve ser aplicado ao

sinal de saída do transdutor para determinar os seus erros.

A.2 Incertezas de medição

A incerteza expandida, na determinação dos erros de indicação de volume ou de massa, deve ser inferior a

um quinto do erro máximo admissível para essas grandezas, nos ensaios do Exame CE de Tipo, e inferior a

um terço do erro máximo admissível aplicável, noutras verificações. A estimativa da incerteza expandida é

calculada de acordo como “Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement" (edição de 1995),com

k = 2.

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A.3 Condições de referência

Temperatura ambiente: 15 ºC a 35 ºC

Humidade relativa: 25 % a 75 %

Pressão atmosférica: 84 kPa a 106 kPa

Tensão elétrica de alimentação: Tensão elétrica nominal (Vnom)

Frequência elétrica de alimentação: frequência nominal (fnom)

Durante cada ensaio, a temperatura não deve variar mais de 5 ºC e a humidade relativa não deve variar mais

de 10 %, dentro do intervalo de referência.

A.4 Volumes de ensaio

Algumas grandezas de influência têm um efeito constante nos resultados de medição e não um efeito

proporcional ao volume medido. Se o valor da falha significativa estiver relacionado com o volume medido

(de modo a ser possível comparar os resultados obtidos em diferentes laboratórios), é necessário realizar um

ensaio a um dado volume e caudal, fixos, sendo o volume não inferior à Quantidade Mínima Medida. Além

disso, o valor do volume de ensaio deve estar em conformidade com os requisitos de incerteza expostos em

A.2.

A.5 Influência da temperatura do líquido

Os ensaios de temperatura referem-se à temperatura ambiente e não à temperatura do líquido utilizado. É,

portanto, aconselhável seguir um método de ensaio em que a temperatura do líquido não influencie os

resultados desse ensaio.

A.6 Ensaios de exatidão de um medidor, um dispositivo de medição ou de um

sensor de medição

A.6.1 Os erros (de indicação) do medidor devem ser determinados para um mínimo de seis caudais,

distribuído em intervalos regulares ao longo da gama de medição. O maior caudal deve estar compreendido

entre 0,8 × Qmax e Qmax. Para cada caudal devem ser determinados os erros, pelo menos três vezes, de forma

independente entre si. Cada erro não deve ser superior ao erro máximo admissível (em valor absoluto).

Adicionalmente, para quantidades iguais ou superiores a cinco vezes a quantidade mínima medida, aplicam-

se as exigências de repetibilidade, expostas em 6.1.2.2.

A.6.2 Os ensaios devem ser realizados de modo a garantir que os erros (de indicação) do medidor não

excedem os erros máximos admissíveis nos limites de cada uma das condições nominais de funcionamento.

O organismo encarregue do Exame CE de Tipo deve determinar e identificar as condições de funcionamento

às quais os ensaios de aprovação são realizados (algumas sugestões de orientações, para este efeito, são

indicadas no Anexo B).

A.6.3 Além dos ensaios definidos em A.6.1, deve ser determinado o erro (de indicação) para a Quantidade

Mínima Medida.

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A.6.4 Se for considerado adequado, podem ser introduzidas perturbações no escoamento. Para os ensaios

com perturbações no escoamento, os erros máximos admissíveis para o sistema de medição são os que

constam na linha A do Quadro 2, da secção. 5.5.1. (ver também o Anexo B).

A.7 Ensaios de durabilidade de um medidor, de um dispositivo de medição ou de

um sensor de medição

A.7.1 Deverão ser realizados ensaios de durabilidade, ao caudal máximo do medidor, utilizando o líquido

que se destina a ser medido ou um líquido com características semelhantes.

A.7.2 Quando o medidor é concebido para a medição de líquidos diferentes, o ensaio deverão ser realizado

com o líquido que assegure as condições mais severas. O(s) líquido(s) utilizado(s) para o ensaio devem ser

perfeitamente identificados.

A.7.3 A duração do ensaio de durabilidade deve ser de 100 horas, num ou em vários períodos. O ensaio de

durabilidade deve ser efetuado a um caudal entre 0,8 × Qmax e Qmax. O ensaio de durabilidade deve ser

precedido por um ensaio de exatidão, tal como definido em A.6.1.

A.7.4 É preferível que o medidor seja submetido ao ensaio de durabilidade num banco de ensaios. No

entanto, é aceitável que o medidor seja montado temporariamente num sistema de medição em

funcionamento normal; neste caso, é necessário que o caudal de funcionamento do sistema de medição seja

superior a 0,8 × Qmax.

A.7.5 Após o ensaio de durabilidade, o medidor é novamente submetido a um ensaio de exatidão de acordo

com A.6.1. Os desvios entre os erros determinados antes e após o ensaio de durabilidade devem permanecer

dentro dos limites especificados em 6.1.2.3, sem quaisquer ajustes ou correções.

A.8 Ensaios de exatidão de um calculador eletrónico

A.8.1 Os ensaios de exatidão incluem a determinação do erro (de indicação) do volume, ou do preço a pagar,

nas condições de medição. Para este efeito, o erro de indicação é calculado considerando que o valor

verdadeiro é o que foi calculado tendo em conta o valor das quantidades simuladas, aplicadas à entrada do

calculador, usando métodos normalizados de cálculo. Os erros máximos admissíveis são os definidos em 5.7.

A.8.2 Quando o calculador executa cálculos para um dispositivo de conversão, os ensaios previstos em A.8.1

são realizados para o cálculo do volume, ou massa, nas condições de base. Os valores dos erros máximos

admissíveis são os fixados em 5.6.1.8.

A.8.3 O ensaio de exatidão deve também incluir a determinação do erro de exatidão, da medição de cada

uma das grandezas características do líquido. Para este efeito, o erro obtido na indicação de cada uma destas

grandezas características (cuja leitura é obrigatória, de acordo com 6.7.6) é calculado considerando como

verdadeiro o valor fornecido pelo padrão ligado ao calculador, o qual simula o dispositivo de medição

correspondente, associado. Para a indicação de cada uma dessas quantidades, os erros máximos admissíveis

fixados em 5.6.1.6 ou em 5.6.1.7, serão aplicados dependendo do tipo de entrada que equipa o calculador.

A.8.4 Em seguida é necessário realizar uma verificação da presença e funcionamento dos meios de ensaios

relevantes, mencionados em 7.3.6.

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A.9 Ensaios de exatidão de dispositivos de conversão

Como descrito em 5.6, existem duas abordagens para verificar um dispositivo de conversão. A abordagem a

ser aplicada deve ser especificada pelo requerente do Exame CE de Tipo.

A.9.1 Primeira abordagem: Verificação do dispositivo de conversão como parte integrante de um sistema

de medição completo. É necessário verificar se o dispositivo de conversão ligado a todos os seus dispositivos

de medição associados se encontra em conformidade com as exigências expostas em 5.6.1. Para esse efeito,

assume-se que a quantidade que é convertida, nas condições de medição, não possui qualquer erro. Os erros

máximos admissíveis são os que se encontram fixados em 5.6.1.2. Os valores "verdadeiros" das grandezas

características devem ser obtidos de padrões de referência apropriados (banho controlado termostaticamente,

líquidos com massa específica padrão, equilíbrio de pressão, etc.). A quantidade, nas condições de medição,

pode ser simulada.

A.9.2 Segunda abordagem: Verificação de um dispositivo de conversão ou dos seus componentes em

separado (que não constituam parte de um dispositivo de medição completo).

No caso da segunda abordagem, é necessário verificar separadamente:

o calculador com o seu dispositivo indicador, de modo a verificar que são cumpridos os requisitos

previstos em 5.6.1.5, A.8.2, A.8.3 e A.8.4;

os dispositivos de medição associados, usando a indicação das grandezas características no calculador que

o acompanha, com dispositivo indicador, para verificar que os requisitos de 5.6.19 são cumpridos;

os sensores de medição associados, para verificar que os requisitos previstos em 5.6.1.9 são cumpridos.

Os valores "verdadeiros" das grandezas características devem ser obtidos de padrões de referência

apropriados (banho controlado termostaticamente, líquidos com massa específica padrão, equilíbrio de

pressão, etc.).

As condições necessárias para a compatibilidade devem ser indicadas no certificado de Exame CE de Tipo.

A.10 Ensaio dos fatores de influência em equipamentos eletrónicos

A.10.1 Generalidades

O documento de referência para os requisitos dos ensaios de A.10 é a OIML D11 (Edição 2004).

Os procedimentos de ensaio em A.10 são descritos de forma condensada, a título meramente informativo, e

estão baseados nas publicações de referência IEC. Antes de se realizarem os ensaios, devem ser consultadas

as publicações aplicáveis.

A.10.1.1 Para cada ensaio de desempenho é indicado as condições típicas, que correspondem às condições de

ambiente climático e mecânico, a que os sistemas de medição são habitualmente expostos.

A.10.1.2 O requerente do Exame CE de Tipo pode indicar (na documentação fornecida ao serviço de

metrologia) as condições ambientais especiais ou específicas aplicáveis ao uso pretendido para o sistema de

medição. Neste caso, o serviço de metrologia deve realizar os ensaios de desempenho nos níveis de

severidade correspondentes a essas condições ambientais. Se a aprovação de tipo for concedida, na placa de

características do sistema de medição devem constar os limites de uso correspondentes. Os fabricantes

devem informar os potenciais utilizadores das condições de uso para as quais o sistema de medição está

aprovado. O serviço de metrologia deve verificar que as condições de uso são cumpridas.

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A.10.2 Níveis de severidade para a temperatura

As condições térmicas em que os sistemas de medição e os dispositivos auxiliares são utilizados variam

consideravelmente. Estas não estão apenas fortemente dependentes da sua localização geográfica, que vai

desde as regiões árticas às tropicais, mas também da sua localização no exterior ou no interior de edifícios.

Dispositivos tipicamente destinados a aplicações no interior, num dado país, podem ser normalmente

utilizados no exterior, noutros países. Portanto, não há classes que combinem os limites inferiores e

superiores de temperatura, descritos na Recomendação da OIML R117-1.

Em geral, os limites inferiores e superiores de temperatura deverão preferencialmente ser fixados pela

legislação nacional (ou regional), tendo em conta os níveis de severidade apontados em A.10.5 e A.10.6.

A.10.3 Níveis de severidade para a humidade

O quadro seguinte apresenta uma classificação dos níveis de severidade para os ensaios de humidade:

Classe Nível de severidade de

calor húmido (cíclico) Descrição

H1

Esta classe aplica-se a locais fechados. A humidade não é controlada. A

humidificação é utilizada para manter as condições exigidas, onde necessário.

Os instrumentos de medição não estão sujeitos à condensação de água,

precipitação ou formação de gelo. As condições desta classe podem ser

encontradas em escritórios permanentemente ocupados, em algumas oficinas

e noutros espaços para aplicações especiais.

H2 1

Esta classe aplica-se a locais fechados, cuja humidade não é controlada.

Instrumentos de medição podem ser sujeitos à presença de condensação de

água, de água proveniente de outras fontes que não a chuva, e à formação de

gelo.

As condições desta classe poderão ser encontradas nalgumas entradas e

escadas de edifícios, nas garagens, caves, algumas oficinas, fábricas e

instalações industriais, salas de armazenamento para produtos resistentes ao

frio, instalações agrícolas, etc.

H3 2 Esta classe aplica-se a locais abertos com condições climáticas médias,

excluindo assim os ambientes polar e desértico.

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A.10.4 Níveis de severidade para ensaios mecânicos

O quadro seguinte apresenta uma classificação para os níveis de severidade de ensaios mecânicos:

Classe Nível de severidade de

vibrações Descrição

M1 –

Esta classe aplica-se a locais com níveis de vibração pouco significativos:

Para instrumentos montados em estruturas de suporte leves sujeitas a

vibrações e choques desprezáveis (transmitidos por impactos locais,

batimento de portas, etc.)

M2 1

Esta classe aplica-se a locais com níveis de vibração significativos ou

elevados:

Vibração e choque, transmitidos a partir de máquinas e de veículos

circulando na vizinhança, máquinas pesadas adjacentes, correias

transportadoras, etc.

M3 2

Esta classe aplica-se a locais onde o nível de vibração é alto e muito alto:

Para instrumentos montados diretamente em máquinas, correias

transportadoras, etc.

A.10.5 Calor seco

Método de ensaio: Calor seco (não condensante).

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de

elevada temperatura.

Referências: IEC 60068-2-2 [12], IEC 60068-3-1 [16]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O ensaio consiste na exposição do EUT a alta temperatura em

condições de "ar livre" por um período de 2 horas após o EUT ter

atingido a estabilidade térmica.

A variação de temperatura não deve ultrapassar 1 ºC/min durante o

aquecimento e o arrefecimento.

A humidade absoluta da atmosfera de ensaio não deve exceder o valor

de 20 g/m3.

Quando o ensaio é realizado a temperaturas inferiores a 35 ºC, a

humidade relativa não deve ultrapassar 50 %.

O EUT deve ser ensaiado à temperatura de referência de 20 ºC, após 1

hora de condicionamento,

À alta temperatura especificada, duas horas após a estabilização da

temperatura,

Após 1 hora de recuperação do EUT à temperatura de referência

de 20 ºC.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como

previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os

ensaios devem ser realizados pelo menos a um caudal.

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Ensaio de severidade: Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

1 2 3 4 5 Unidade

30 40 55 70 85 ºC

Variações máximas admissíveis: Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

A.10.6 Frio

Método de ensaio: Frio.

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de baixa

temperatura.

Referências: IEC 60068-2-1 [11], IEC 60068-3-1 [16]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O ensaio consiste na exposição do EUT à baixa temperatura especificada,

em condições de "ar livre" por um período de 2 horas após o EUT ter

atingido a estabilização de temperatura. O EUT deve ser ensaiado:

À temperatura de referência de 20 ºC após 1 hora de condicionamento,

À baixa temperatura especificada, duas horas após a estabilização da

temperatura,

Após 1 hora de recuperação do EUT à temperatura de referência de

20 ºC.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como

previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios

devem ser realizados pelo menos a um caudal.

Ensaio de severidade:

Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

1 2 3 4 Unidade

5 - 10 - 25 - 40 ºC

Variações máximas admissíveis: Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

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A.10.7 Calor húmido cíclico (com condensação)

Método de ensaio: Calor húmido cíclico (com condensação)

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de

elevada humidade, combinadas com as variações cíclicas de temperatura.

Este ensaio somente é aplicável para equipamentos destinados a uso ao ar

livre.

Referências: IEC 60068-2-30 [13], IEC 60068-3-4 [17]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O ensaio consiste na exposição do EUT à variação cíclica da temperatura

entre 25 ºC e uma temperatura superior adequada, mantendo a humidade

relativa do ar acima de 95 %, durante as variações da temperatura e durante

as fases de baixa temperatura, e de 93 %, nas fases de temperatura superior.

A condensação deve ocorrer no EUT durante a subida de temperatura.

Um ciclo de 24 horas consiste em:

Aumentar a temperatura durante 3 h,

Manter a temperatura a um valor mais elevado até 12 h após o início

do ciclo,

Reduzir a temperatura para um valor mais baixo dentro de 3 h a 6 h,

sendo a taxa de decréscimo durante a primeira hora e meia tal que, se

possa atingir o menor valor em 3 h,

Manter a temperatura no valor menor até que o ciclo de 24 h esteja

concluído.

O período de estabilização antes do ensaio e de recuperação, após a

exposição cíclica, devem ser tais que todas as partes do EUT fiquem

aproximadamente à sua temperatura final.

A alimentação não deve estar ligada durante a aplicação do fator de

influência.

Após a aplicação do fator de influência e da recuperação, o EUT deve ser

ensaiado, pelo menos, para um valor de caudal. Durante os ensaios, o EUT

deve estar operacional. É permitida a simulação de sinais de entrada

(inputs).

Ensaio de severidade: Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

Níveis de severidade 1 2 Unidade

Temperatura superior 40 55 ºC

Duração 2 2 Ciclos

Variações máximas admissíveis: Após a aplicação do fator de influência e de recuperação:

Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

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A.10.8 Vibração (aleatória)

Método de ensaio: Vibração aleatória

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de

vibração aleatória.

Referências: IEC 60068-2-47 [14], IEC 60068-2-64 [15]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O EUT deve, à vez, ser ensaiado em três eixos perpendiculares entre si,

montado num suporte rígido, pelos seus meios normais de fixação.

O EUT deve ser montado na sua posição normal para que a força da

gravidade atue na mesma direção em que atuaria nas condições normais de

funcionamento.

A alimentação não deve estar ligada durante a aplicação do fator de

influência.

Após a aplicação do fator de influência o EUT deve ser ensaiado, pelo

menos, para um valor de caudal.

Ensaio de severidades: Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

1 2

Banda de frequência 10 – 150 Hz 10 – 150 Hz

Nível total de RMS 1,6 m·s-2 7 m·s-2

Nível ASD 10 – 20 Hz 0,05 m·s-3 1 m·s-3

Nível ASD 20 – 150 Hz -3 dB/oitava -3 dB/oitava

Número de eixos 3 3

Duração por eixo 2 min 2 min

Variações máximas admissíveis: Após a aplicação do fator de influência e de recuperação:

Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

A.11 Ensaios de perturbação elétrica

A.11.1 Generalidades

O documento de referência para os requisitos dos ensaios de A.11 é a OIML D11 (Edição 2004). Os

procedimentos de ensaio em A.11 são descritos de forma condensada, a título meramente informativo, e

estão baseados nas publicações de referência IEC. Antes de se realizarem os ensaios, devem ser consultadas

as publicações aplicáveis.

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A.11.1.1 Níveis de severidade para os ensaios de perturbação elétrica

O quadro seguinte apresenta uma classificação para os ensaios de perturbação elétrica:

Classe Descrição

E1

Esta classe aplica-se aos instrumentos utilizados em locais com perturbações eletromagnéticas

suscetíveis de serem encontradas em ambientes de edifícios residenciais, comerciais e da

indústria ligeira (como descrito na norma EN 61000-6-1, que indica os critérios para este ensaio

IEC).

E2

Esta classe aplica-se aos instrumentos utilizados em locais com perturbações eletromagnéticas

suscetíveis de serem encontradas em ambientes da indústria pesada (como descrito na norma

IEC EN 61000-6-2, que indica os critérios para este ensaio IEC).

A relação entre a classe e os níveis de severidade aplicável é dada no Quadro seguinte.

Nível de severidade para a

classe Ensaio

E1 E2 Secção Descrição

1 1 A.12.2.1 Variação da tensão de alimentação AC.

NA NA A.11.2.2 Variação da tensão de alimentação DC.

2 3 A.11.3 Potência de alimentação AC - quedas de tensão, interrupções curtas

e variações de tensão.

2 3 A.11.4 Picos de tensão.

3 3 A.11.5 Descarga eletrostática (ESD).

2 3 A.11.6 Transitórios rápidos/picos de tensão nas linhas de sinal, dados e de

controlo.

2 2 A.11.7 Sobre tensão nas linhas de sinal, dados e de controlo.

NA 1 A.11.8 Potência de alimentação DC – quedas de tensão, interrupções curtas

e variações de tensão.

NA 1 A.11.9 Pequenas oscilações na porta de entrada da alimentação.

3 3 A.11.10 Sobretensões nas linhas de alimentação AC e DC

2 3 A.11.11.1 Irradiação de campos eletromagnéticos de origem não específica.

3 3 A.11.11.2 Irradiação de campos eletromagnéticos (rádio telefones digitais).

2 3 A.11.11.3 Perturbações transmitidas/induzidas por campos de radio frequência.

A.11.1.2 Dispositivos eletrónicos alimentados por baterias

Há uma distinção entre os ensaios para instrumentos alimentados por:

(a) baterias;

(b) baterias gerais;

(c) baterias de veículos rodoviários.

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Para o caso das baterias descartáveis e recarregáveis gerais, não há normas disponíveis. Dispositivos

alimentados por baterias não recarregáveis ou baterias recarregáveis, que não podem ser recarregadas

durante a operação do sistema de medição, devem cumprir os seguintes requisitos:

(a) O dispositivo equipado com baterias novas ou totalmente carregadas do tipo especificado devem

cumprir os requisitos metrológicos aplicáveis;

(b) Logo que a tensão da bateria atinja um valor especificado pelo fabricante, como o valor mínimo de

tensão para o qual o dispositivo está em conformidade com os requisitos metrológicos, esta situação

deverá ser detetada e levar o dispositivo a atuar, de acordo com 7.2.

Para esses dispositivos não será necessário desenvolver nenhum ensaio especial para perturbações associadas

à energia da "rede".

Dispositivos alimentados por baterias recarregáveis auxiliares que se destinam a ser(em) carregadas durante

o funcionamento do instrumento de medição devem:

(a) cumprir com os requisitos para dispositivos alimentados por baterias não recarregáveis ou por baterias

recarregáveis que não possam ser carregadas durante a operação do sistema de medição, com a energia

da rede desligada;

(b) cumprir com os requisitos de dispositivos AC alimentados com a energia da rede ligada.

Dispositivos alimentados por energia elétrica e fornecidos com uma bateria de reserva apenas para o

armazenamento de dados, devem cumprir os requisitos aplicáveis a dispositivos com alimentação de corrente

alternada.

Para os dispositivos eletrónicos equipados com bateria de veículo rodoviário, é dada em A.12 uma série de

ensaios especiais para perturbações associadas à alimentação.

A.11.2 Variações de tensão elétrica da rede

A.11.2.1 Variação da tensão elétrica AC da rede

Método de ensaio: Variação na tensão elétrica AC da rede (monofásica).

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sobcondições de

variação da tensão elétrica AC de alimentação da rede.

Referências: IEC/TR 361000-2-1 [18], IEC 61000-4-1 [20]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O ensaio consiste na exposição do EUT à condição de potência

especificada, enquanto o EUT se encontra a funcionar nas condições

atmosféricas normais. Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem

funcionar como previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada

(inputs). Os ensaios devem ser realizados pelo menos a um caudal.

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Ensaio de severidade Deve ser especificado o seguinte nível de severidade:

Nível de severidade 1

Tensão de rede:

1), 2)

Limite inferior Limite superior

Unom – 15 % Unom + 10 %

Notas:

1) Este teste não é aplicável a equipamento alimentado por uma bateria de

veículo rodoviário.

2) No caso de alimentação trifásica, a variação de tensão elétrica deve ser

aplicável a cada fase, sucessivamente.

3) Os valores de U são os indicados no instrumento de medição. No caso de

ser especificado um intervalo, o sinal "-" refere-se ao valor mais baixo e o

sinal "+", ao valor mais alto do intervalo.

Variações máximas admissíveis: Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

A.11.2.2 Variação da tensão elétrica DC da rede

Método de ensaio: Variação da tensão elétrica DC da rede.

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1, sob condições de

curtas variações da tensão DC da rede.

Referências: IEC 60654-2 [19]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

O ensaio consiste na exposição do EUT às condições especificadas de

fornecimento de energia de alimentação, enquanto a EUT se encontra a

funcionar nas condições atmosféricas normais. Durante os ensaios,

todas as funções do EUT devem funcionar como previsto. É permitida

a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaio de severidade: O intervalo de funcionamento DC especificado pelo fabricante, dentro do

intervalo Unom – 15 % Unom Unom + 10 %.

Notas: 1) Este ensaio não é aplicável a equipamentos cuja energia é fornecida por

uma bateria de veículo rodoviário.

Variações máximas admissíveis: Nos níveis da tensão elétrica de alimentação entre os limites superior e o

inferior:

Todas as funções devem responder conforme previsto;

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos admissíveis.

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A.11.3 Redução da tensão elétrica AC da rede, interrupções curtas e variações da tensão elétrica.

Método de ensaio: Reduções de curta duração na tensão elétrica da rede

Objetivo do ensaio: Verificara conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de curtas

reduções da tensão da rede.

Referências: IEC 61000-4-11 [26], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

Deve ser utilizado um gerador de ensaio adequado para reduzir, para um

período definido de tempo, a amplitude da tensão da rede AC.

O funcionamento do simulador de ensaio deve ser verificado antes da

ligação ao EUT.

As reduções de tensão da rede devem ser repetidas 10 vezes com um

intervalo de pelo menos dez segundos.

As interrupções e as reduções são repetidas ao longo do tempo necessário

para realizar o ensaio completo; por esta razão poderão ser necessárias

mais de dez interrupções e reduções.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como

previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios

devem ser realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

Níveis de severidade: 1) 2 3 Unidade

Ensaio: a b c a b c d e

Redução da

tensão

elétrica

Redução para (quedas) 0 0 70 0 0 40 70 80 %

Duração 2) 0,5 1 25/30 0,5 1 10/12 25/30 250/300 Ciclos

Notas:

1) Este ensaio só é aplicável a equipamento alimentado por energia AC da

rede.

2) Estes valores de duração são para 50 Hz/60 Hz, respetivamente.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso o corram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.4 Picos de tensão da alimentação AC e DC.

Método de ensaio: Picos de tensão elétrica.

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o previsto em 7.1.1 quando se sobrepõem picos da tensão de

alimentação à tensão elétrica da rede.

O ensaio não é aplicável a instrumentos ligados a baterias de veículos rodoviários; ver A12

para os requisitos específicos de ensaio destes instrumentos.

Referências: IEC 61000-4-4 [23], IEC 61000-4-1 [20], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do

procedimento de

ensaio:

Deve ser utilizado um gerador de picos de tensão com características de desempenho idênticas

às especificadas na norma de referência. O ensaio consiste em expor o EUT a picos de tensão

elétrica com uma frequência de repetição dos impulsos e valores de pico resultantes da

aplicação da tensão elétrica de saída a resistências de 50 Ω e 1000 Ω, conforme definido na

norma de referência.

Devem ser verificadas as características do gerador antes da ligação do EUT.

Devem ser aplicados, aleatoriamente, pelo menos 10 picos de tensão de amplitude positiva e

negativa.

O circuito de geração dos impulsos deve estar isolado da alimentação por filtros que impeçam

que a energia associada aos picos de tensão seja dissipada na alimentação.

Os picos de tensão devem ser aplicados durante o tempo necessário para realizar o ensaio;

consequentemente, poderão ser necessários mais picos de tensão que os indicados

anteriormente.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto. É permitida a

simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser realizados pelo menos a um

caudal.

Ensaios de severidade Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade: Unidade

Níveis de severidade 2 3

Amplitude (valor de

pico)

Linhas de

alimentação

1 2 kV

Notas: 1) Ensaios nas linhas de alimentação aplicam-se apenas a instrumentos

alimentados pela rede AC ou DC.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso o corram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.5 Descarga electroestática

Método de ensaio: Descarga eletrostática (ESD).

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições de

descargas eletrostáticas diretas e indiretas

Referências: IEC 61000-4-2 [21], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

Um gerador de ESD deve ter um funcionamento conforme as normas

mencionadas.

O EUT deve ser ensaiado nas condições de referência.

Um EUT sem um terminal de terra deve ser totalmente descarregado entre

as descargas.

A descarga por contacto é o método de ensaio preferencial.

Descargas através do ar devem ser utilizadas apenas quando o ensaio de

descarga por contacto não possa ser aplicado.

Aplicação direta (descarga por contato):

O modo de descarga por contato deve ser aplicado em superfícies

condutoras e o elétrodo deve estar em contato com o EUT.

Devem ser aplicadas pelo menos 10 descargas a cada ponto de ensaio, o

intervalo de tempo entre as descargas sucessivas deverá ser de, pelo menos,

dez segundos, durante a mesma medição ou medição simulada.

As descargas deverão ser aplicadas durante todo o tempo necessário para

realizar o ensaio, para esse efeito, poderá ser necessário proceder a mais

descargas do que as indicadas acima.

Aplicação indireta (descarga no ar):

As descargas no ar deverão ser aplicadas no modo de contacto para

acoplamentos planos instalados na proximidade do EUT.

Pelo menos 10 descargas são aplicadas a cada ponto de ensaio, a o plano de

acoplamento horizontal, e para cada posição do plano de acoplamento

vertical. O intervalo de tempo entre as descargas sucessivas deverá ser de,

pelo menos, dez segundos, durante a mesma medição ou numa medição

simulada.

As descargas são aplicadas durante todo o tempo necessário para realizar o

ensaio, para esse efeito, poderá ser necessário proceder a mais descargas do

que as indicadas acima.

Durante os ensaios, o EUT deverá encontrar-se em funcionamento; sendo

permitida a simulação de entradas. Os ensaios deverão ser realizados, no

mínimo, a um caudal.

Deve ser especificado o seguinte nível de severidade: Unidade

Níveis de severidade: 3

Ensaio de tensão elétrica Descarga por contacto 6 kV

Descarga no ar 8 kV

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.6 Transitórios rápidos/picos de tensão nas linhas de sinal de dados e de controlo.

Método de ensaio: Transitórios elétricos rápidos/picos de tensão.

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 4.1.1quando as descargas elétricas

são sobrepostas na entrada e nas portas de comunicação.

Referências: IEC 61000-4-4 [23], IEC 61000-4-1 [20], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2

[30]

Breve descrição do

procedimento de ensaio:

Deve ser utilizado um gerador de picos de tensão com as características idênticas

às especificadas na norma de referência.

O ensaio consiste na exposição do EUT a descargas elétricas com uma frequência

de repetição dos impulsos e valores de pico, resultantes da aplicação da tensão

elétrica a resistências de 50 Ω e de 1000 Ω, conforme definido na norma de

referência.

As características do gerador devem ser verificadas antes de se ligar o EUT.

Devem ser aplicadas ambas as polaridades (positiva e negativa) dos picos de

tensão. A duração do ensaio não deve ser inferior a 1 minuto para cada amplitude

e polaridade.

Para a aplicação de picos de tensão na entrada/saída e nas linhas de comunicação,

deve ser utilizada uma pinça de acoplamento capacitivo, conforme definido na

norma.

Os picos de tensão devem ser aplicados durante o tempo necessário para realizar o

ensaio; para esse efeito poderá ser necessário aplicar mais descargas do que as

indicadas acima.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto. É

permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade Deve ser especificado um dos seguintes níveis de

severidade: Unidade

Níveis de severidade 2 3

Amplitude (valor de pico) 0,5 1 kV

Notas:

1) Ensaios nas linhas de sinal aplicam-se apenas a sinais de I/O, dados e

portas de controlo, que usam cabos com dimensão superior a 3 m (como

especificado pelo fabricante).

2) Este ensaio não é aplicável a um equipamento alimentado por baterias

para veículos rodoviários.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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prDNP

TS 4529

2014

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A.11.7 Transitórios de sobretensão elétrica nas linhas de sinal, de dados e de controlo

Método de ensaio: Sobre tensões elétricas nas linhas de sinal, de dados e de controlo.

Objetivo do ensaio: Verificar a conformidade com o disposto em 7.1.1 sob condições em que as sobretensões

elétricas são aplicadas nas portas de entrada/saída e de comunicação.

Referências: IEC61000-4-5 [24], IEC61000-6-1 [29], IEC61000-6-2 [30]

Breve descrição do

procedimento de ensaio:

Deve ser usado um gerador de oscilações com características idênticas às especificadas na

norma de referência. O ensaio consiste na exposição a sobre tensões em que o tempo de

subida, largura de impulso, valores de pico de saída de tensão elétrica/corrente elétrica com

impedância de carga alta/baixa e intervalo de tempo mínimo entre dois impulsos

sucessivos, são definidos na norma de referência.

As características do gerador devem ser verificadas antes de se ligar o EUT.

Por cada sinal, controlo e linhas de dados devem ser aplicadas, pelo menos, 3 sobre tensões

positivas e 3 negativas.

O equipamento de aplicação das sobretensões depende das linhas onde elas são aplicadas,

tal como referido na norma de referência.

As sobre tensões são aplicadas durante o tempo necessário para se realizar o ensaio; para

esse efeito poderá ser necessário aplicar mais sobretensões do que as indicadas acima.

Durante os ensaios, o EUT deve estar em funcionamento; são permitidas entradas

simuladas. Os ensaios devem ser realizados pelo menos a um caudal.

Deve ser especificado o seguinte nível de

severidade: Unidades

Nível de severidade (Classe de instalação) 2

Assimétrico (Linhas

não equilibradas)

Linha a linha 0,5 kV

Linha a massa 1,0 kV

Simétrico (linhas

equilibradas)

Linha a linha NA kV

Linha a massa 1,0 kV

Proteção I/O e linhas

de comunicação.

Linha a linha NA kV

Linha a massa 0,5 kV

NOTAS:

1) O ensaio das linhas de sinal aplica-se apenas para o sinal I/O,

dados e portas de controlo, com um comprimento de cabo

superior a 30 m (tal como especificado pelo fabricante).

2) Sinal de entrada DC dados e cabos de controlo,

(independentemente do seu comprimento) são exemplos deste

ensaio.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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Em qualquer das situações a) ou b) é permitida a intervenção humana para

colocar o EUT em funcionamento depois dos ensaios (p. ex. substituição de

fusível), considerando que todos os dados relevantes estão disponíveis após a

intervenção humana.

A.11.8 Reduções de tensão, interrupções curtas e variações de tensão na rede elétrica DC

Método de ensaio: Reduções de tensão, interrupções curtas e variações de tensão de entrada de

alimentação DC.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 4.1.1 sob condições de reduções de

tensão, variações de tensão e interrupções curtas na alimentação DC.

Referências: IEC 61000-4-29 [28]

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

Deve ser usado um gerador de ensaios com características idênticas às

especificadas na norma de referência.

Deve ser verificado o funcionamento do gerador de ensaios antes do início do

ensaio.

As reduções de tensão e as interrupções curtas devem ser aplicadas ao EUT, para

cada combinação do nível de ensaio selecionado e duração, com uma sequência de

três reduções/interrupções em intervalos de dez segundos, no mínimo, entre cada

sequência.

O EUT deve ser ensaiado três vezes para cada uma das variações de tensão

especificadas, em intervalos de dez segundos entre as fases mais representativas.

As perturbações são aplicadas durante todo o tempo necessário para realizar a

ensaio; para o efeito podem ser necessárias mais perturbações do que as acima

indicadas.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto. É

permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

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Ensaios de severidade: Deve ser especificado o seguinte nível de severidade: Unidade

Reduções de tensão

Nível de severidade

1

(Ensaio aplicável somente aos

ambientes E2)

Nível do ensaio 40 a 70 % da tensão

nominal

Duração 0,1 s

Interrupções curtas

Condições de ensaio Ensaio de alta impedância e/ou de

baixa impedância

Nível do ensaio 0 % da tensão

nominal

Duração 0,01 s

Variações de tensão

Nível de severidade 1

Nível do ensaio 85 a 120 % da tensão

nominal

Duração 10 s

Notas:

1) Se o EUT for ensaiado para interrupções curtas é necessário ser ensaiado a

outros níveis e com a mesma duração, a menos que a imunidade do equipamento

seja negativamente afetada por reduções de tensão de menos de 70 % da tensão

nominal.

2) Este ensaio só é aplicável ao equipamento alimentado por rede elétrica DC e

não é aplicável a um equipamento alimentado por baterias para veículos

rodoviários.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.9 Oscilações (Ripple) da tensão na alimentação de corrente DC

Método de ensaio: Variações de tensão na entrada da alimentação DC.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 7.1.1 quando sujeito a oscilações

de baixa tensão, na alimentação DC.

Este ensaio não se aplica a aparelhos ligados a carregador de bateria

incorporando sistemas baseados em sistemas comutados.

Referências: IEC 61000-4-17 [27]

Breve descrição do procedimento de

ensaio:

Deve ser usado um gerador de ensaios com características idênticas às

especificadas na norma de referência.

Deve ser verificado o funcionamento do gerador de ensaios antes do início

do ensaio.

O ensaio consiste em submeter os instrumentos elétricos e eletrónicos a

variações de tensão como as geradas por sistemas de retificação e/ou

sistemas auxiliares de baterias. A frequência da oscilação é a frequência de

alimentação em múltiplos de 2, 3 ou 6, conforme especificação do

equipamento. A forma da onda, à saída do gerador de ensaios, tem uma

característica sinusoidal linear.

O ensaio deve ser aplicado pelo menos durante 10 min ou o tempo

necessário para permitir uma verificação completa do funcionamento do

EUT.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como

previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios

devem ser realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado um dos seguintes níveis de severidade:

Nível de severidade 1

% da tensão nominal DC 1) 2 (1)

Notas:

1) O nível de ensaio é uma tensão pico-a-pico expresso em percentagem da

tensão nominal DC, UDC.

2) Este ensaio só é aplicável ao equipamento alimentado por rede elétrica

DC e não é aplicável a um equipamento alimentado por baterias para

veículos rodoviários.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.10 Transitórios de sobre tensão elétrica nas linhas de alimentação AC e DC

Método de ensaio: Sobre tensão elétrica nas linhas de alimentação AC e DC.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 7.1.1 sob condições onde picos de

energia são sobrepostos à tensão da rede.

Este ensaio não é aplicável a EUT alimentados por baterias de veículos

rodoviários. (ver A.12 para testes específicos destes instrumentos).

Este ensaio não é aplicável a redes internas de fornecimento de energia.

Referências: IEC 61000-4-5 [24], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

Deve ser usado um gerador de descargas elétricas com as características

idênticas às especificadas na norma IEC 61000-4-5. O ensaio consiste na

exposição a sobre tensões para as quais o tempo de subida, largura de impulso,

os valores de pico da tensão de saída/corrente elétrica com impedância de carga

alta/baixa e tempo mínimo de intervalo entre dois pulsos sucessivos, são

definidos na norma de referência.

As características do gerador devem ser verificadas antes de ligar o EUT.

Em linhas de alimentação da rede AC, devem ser aplicados pelo menos três

disparos positivos e três negativos, de forma síncrona com tensão de

alimentação AC em ângulos de 0°, 90º, 180° e 270º. Em linhas de alimentação

elétrica DC, devem ser aplicados pelo menos três disparos positivos e três

negativos, de forma assíncrona. O equipamento de aplicação das sobretensões

depende das linhas onde elas são aplicadas, tal como referido na norma de

referência.

As descargas são aplicadas durante todo o tempo necessário para realizar o

ensaio; para o efeito podem ser necessárias mais descargas do que o indicado

acima.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto.

É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado o seguinte nível de

severidade em ambos os casos (E1 e E2): Unidades

Nível de severidade (Classe

de instalação) 3

Linha a linha 1,0 kV

Linha a massa 2,0 kV

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

Em qualquer das situações a) ou b) é permitida a intervenção humana para

colocar o EUT em funcionamento depois dos ensaios (p. ex. substituição de fusível), considerando que todos os dados relevantes estão disponíveis após a

intervenção humana.

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NOTAS:

Este ensaio não se aplica aos cabos mais curtos do que 30 m;

Este ensaio não se aplica a dispositivos alimentados por uma bateria de veículo rodoviário;

A intervenção humana (como a substituição do fusível) é permitida após o ensaio;

Após o ensaio (e qualquer intervenção humana), não devem ocorrer falhas significativas.

A.11.11 Ensaios de imunidade à rádio frequência

A.11.11.1 Rádio frequência radiada, campos eletromagnéticos de proveniências diversas

Método de ensaio: Campos eletromagnéticos radiados.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 7.1.1 quando sujeito a campos

eletromagnéticos.

Referências: IEC 61000-4-3 [22], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

O EUT deve ser exposto a campos eletromagnéticos compatíveis com o nível

de severidade e uniformidade de campo, definidos na norma de referência IEC

61000-4-3.

O campo EM pode ser gerado por diferentes meios, no entanto, a utilização

destes está limitada pelas dimensões do EUT e pela gama de frequências dos

meios.

As gamas de frequências consideradas são varridas com o sinal modulado,

fazendo uma pausa para ajustar o nível do sinal de RF ou para alternar

osciladores e antenas, consoante o necessário. Quando a gama de frequências é

varrida de forma incremental, os incrementos não devem exceder 1 % do

anterior valor da frequência.

O tempo de permanência da portadora de amplitude modulada em cada

frequência não deve ser inferior ao tempo necessário para o EUT ser excitado e

para responder, mas não pode ser inferior a 0,5 segundos, em caso algum. As

frequências sensíveis (p. ex. frequências do relógio) devem ser analisadas

separadamente (geralmente, é expectável que estas frequências sensíveis

correspondam às frequências emitidas pelo EUT).

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto.

É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

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TS 4529

2014

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Ensaios de severidade: Deve ser especificado um dos seguintes

níveis de severidade:

Unidades

Nível de severidade: 2 3

Gama de

frequências:

26 800 MHz

(Nota 2)

80 800 MHz

(Nota 1)

3 10 V/m

960 1400 MHz 3 10 V/m

Modulação: 80 % AM, l kHz, onda sinusoidal.

NOTAS:

1) A IEC 61000-4-3 (2006-02), apenas especifica os níveis de ensaio acima

de 80 MHz. Para frequências na gama inferior são recomendados os

métodos de ensaio para perturbações de rádio frequência descritos em

(A.11.11.3)

2) No entanto, em EUT sem alimentação externa ou outras portas de

entrada disponíveis, o limite mínimo do ensaio de radiação deve ser

26 MHz, tendo em conta que o ensaio especificado em A.11.11.3, não

pode ser aplicado (ver Anexo F da IEC 61000-4-3). Em todos os outros

casos aplica-se em conjunto A.11.11.1 e A.11.11.2.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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TS 4529

2014

p. 94 de 105

A.11.11.2 Radio frequência radiada, campos eletromagnéticos especificamente causados por telefones

digitais

Método de ensaio: Campos eletromagnéticos radiados.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 7.1.1 quando sujeito a campos

eletromagnéticos.

Referências: IEC 61000-4-3 [22], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

O EUT deve ser exposto a campos eletromagnéticos compatíveis com o nível

de severidade e uniformidade de campo, definidos na norma de referência

IEC 61000-4-3.

O campo EM pode ser gerado por diferentes meios, no entanto, a utilização

destes está limitada pelas dimensões do EUT e pela gama de frequências dos

meios.

As gamas de frequências consideradas são varridas com o sinal modulado,

fazendo uma pausa para ajustar o nível do sinal de RF ou para alterar

osciladores e antenas, consoante o necessário. Quando a gama de frequências é

varrida de forma incremental, os incrementos não devem exceder 1 % do

anterior valor da frequência.

O tempo de permanência da portadora de amplitude modulada em cada

frequência não deve ser inferior ao tempo necessário para o EUT ser excitado e

para responder, mas não pode ser inferior a 0,5 segundos, em caso algum. As

frequências sensíveis (p. ex. frequências do relógio) devem ser analisadas

separadamente (geralmente, é expectável que estas frequências sensíveis

correspondam às frequências emitidas pelo EUT).

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto.

É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado o seguinte nível de severidade: Unidade

Nível de severidade: 3

Gama de frequências

800 960 MHz 10 V/m

1400 2000 MHz 10 V/m

Modulação 80 % AM, 1 kHz, onda sinusoidal.

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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A.11.11.3 Campos de rádio frequência conduzida

Método de ensaio: Campos eletromagnéticos conduzidos.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 4.1.1 quando sujeito a campos

eletromagnéticos.

Referências: IEC 61000-4-6 [25], IEC 61000-6-1 [29], IEC 61000-6-2 [30]

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

Aplicar, nas portas de alimentação e de I/O do EUT, fontes de radiofrequência

EM, simulando a influência de campos eletromagnéticos, usando dispositivos

de acoplamento/desacoplamento, conforme definido na norma de referenciada

IEC 61000-4-6.

Deve ser verificado o funcionamento do equipamento de ensaio, que consiste

numa fonte de RF, dispositivos de acoplamento e desacoplamento, atenuadores,

etc.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto.

É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado um dos seguintes

níveis de severidade: Unidade

Nível de severidade: 2 3

Amplitude de RF (50 Ω): 3 10 V (f.e.m.)

Gama de frequências: 0,15 - 80 MHz

Modulação 80 % AM, l kHz, onda sinusoidal.

Notas:

O ensaio das linhas de sinal aplica-se apenas para o sinal I/O, dados e

portas de controlo, com um comprimento de cabo superior a 3 m (tal

como especificado pelo fabricante).

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

A.12 Ensaios de alimentação por baterias de veículos rodoviários

A.12.1 Generalidades

Estão descritos nas secções A.12.1 e A.12.3 uma série de ensaios para perturbações associadas com a fonte

de alimentação para dispositivos eletrónicos equipados com uma bateria de um veículo rodoviário. Estes

ensaios estão baseados nas normas da série ISO 7637 [8] [9]. De acordo com a secção 4 da norma

ISO 7637-1 [8], esta série de normas "fornece uma base de acordo mútuo entre fabricantes de veículos e

fornecedores de componentes sem intuitos restritivos".

Os dispositivos eletrónicos concebidos para serem instalados num veículo rodoviário podem normalmente

ser instalados em qualquer tipo de veículo. Portanto, em A.12.2 e A.12.3 da presente Especificação, segue-se

preferencialmente o mais elevado nível de severidade.

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A.12.2 Variações de tensão

Método de ensaio: Variação da tensão de alimentação.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 7.1.1 quando sujeito a variações da

tensão da bateria.

Referências: Os limites superiores especificados nesta secção (16 V e 32V) estão em

conformidade com a ISO 16750-2:2006 Veículos rodoviários - Condições

ambientais de ensaio de equipamentos elétricos e eletrónicos; Parte 2: Cargas

elétricas [10].

Os limites inferiores (9 V e 16 V) estão em conformidade com a

ISO 16750-2:2006, código C e código F, respetivamente.

Para as especificações da fonte de alimentação usada durante o ensaio para

simular a bateria, consultar a secção 4.4 da ISO 7637-2, e secção 5.4, [9].

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

O ensaio consiste na variação da tensão de alimentação conforme especificado,

num espaço de tempo suficiente para que a temperatura estabilize e sejam

efetuadas as medições necessárias.

Se for usada uma fonte de alimentação normalizada (com suficiente corrente de

alimentação), numa bancada de ensaios, para simular a bateria, é importante

que seja igualmente simulada a baixa impedância interna da bateria.

A fonte de alimentação contínua deve ter uma resistência interna Ri inferior a

0,01 Ω DC e uma impedância interna Zi = Ri para frequências menores do que

400 Hz.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como previsto.

É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios devem ser

realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado o seguinte nível de severidade:

Nível de severidade: 1

Bateria de 12 V Limite superior 16 V

Bateria de 24 V Limite superior 32 V

Bateria de 12 V Limite inferior 9 V

Bateria de 24 V Limite inferior 16 V

Variações máximas admissíveis: Para as tensões de alimentação entre os limites superior e inferior:

Todas as funções devem responder conforme previsto.

Todos os erros devem estar dentro dos erros máximos

admissíveis.

.

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A.12.3 Transitórios elétricos conduzidos em linhas de alimentação

Método de ensaio: Transitórios elétricos conduzidos em linhas de alimentação.

Objetivo do ensaio: Verificar o cumprimento do disposto em 71.1 quando sujeito às seguintes

condições:

Transitórios provocados por uma interrupção súbita da corrente num

dispositivo ligado em paralelo ao EUT devido à indutância mútua da

cablagem (impulso 2a);

Transitórios de motores DC agindo como geradores após desligar a

alimentação (impulso 2b);

Transitórios nas linhas de alimentação, que resultam da ligação de

processos de comutação (impulsos 3a e 3b);

Reduções de tensão provocadas pelo acionamento dos circuitos dos

motores de arranque de motores de combustão interna, (impulso 4).

Referências: ISO 7637-2 [9]

§ 5.6.2: Ensaio de impulso 2a + 2b

§ 5.6.3: Ensaio de impulso 3a + 3b

§ 5.6.4: Ensaio de impulso 4

Breve descrição do procedimento

de ensaio:

O ensaio consiste na exposição a perturbações da alimentação devido à

ligação direta a linhas de alimentação.

Durante os ensaios, todas as funções do EUT devem funcionar como

previsto. É permitida a simulação de sinais de entrada (inputs). Os ensaios

devem ser realizados pelo menos a um caudal.

Ensaios de severidade: Deve ser especificado o seguinte nível de severidade:

Nível de severidade: 4

Ensaio de impulso 2

Bateria de 12 V Impulso 2a Us + 50 V

Impulso 2b Us + 10 V

Bateria de 24 V Impulso 2a Us + 50 V

Impulso 2b Us + 20 V

Ensaio de impulso 3

Bateria de 12 V Impulso 3a Us - 150 V

Impulso 3b Us + 100 V

Bateria de 24 V Impulso 3a Us - 200 V

Impulso 3b Us + 200 V

Ensaio de impulso 4 Bateria de 12 V Us - 7 V

Bateria de 24 V Us - 16 V

Variações máximas admissíveis: a) Em sistemas de medição interrompíveis, ou não ocorrem falhas

significativas ou, caso ocorram, devem existir os meios de teste para

detetar avarias e atuar de acordo com 7.3.

b) Em sistemas de medição não interrompíveis não devem ocorrer falhas

significativas.

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Anexo B

(informativo)

Interpretação, exemplos e possíveis soluções

Generalidades

A informação fornecida no anexo B não deve ser considerada obrigatória ou um requisito. A referência

indicada após a letra "B" está relacionada com a secção relevante do texto principal, ou do Anexo A.

B.T.d.2 Os principais sistemas de medição utilizados para venda direta ao público são:

– sistema de medição de combustível;

– sistemas de medição em cisternas rodoviárias de transporte e abastecimento de gasóleo de aquecimento.

B.T.i.1 Um dispositivo de impressão (impressora) que fornece uma indicação no final da medição não é um

dispositivo indicador.

B.T.u.1 Componentes da incerteza da indicação de um medidor (calibrado ou verificado) está correlacionada

com a resolução do dispositivo indicador e com o tempo decorrido.

B.2.3.1 O Fabricante ou requerente da aprovação deve indicar as condições nominais de funcionamento do

dispositivo submetido ao Exame CE de Tipo. Ver também 9.1.2.2.

B.2.9.2 Os regulamentos nacionais podem impor para algumas aplicações, a inclusão de um dispositivo de

conversão. Nesse caso, nas condições de utilização normal, devem ser indicados os valores convertidos; os

valores das indicações, nas condições da medição devem ser apresentados apenas sob pedido.

B.2.10.2 Estes requisitos não devem limitar novas tecnologias para os dispositivos de eliminação de gases.

B.2.16.3 Qualquer ligação que possa permitir bypass ao medidor deve ser fechada por meio de flanges cegas.

No entanto, se esse bypass for necessário, por requisitos operacionais, ele deve ser fechado quer por meio de

uma junta cega ou um dispositivo de fecho duplo com uma válvula de controlo entre ambos.

Deve ser possível garantir a selagem, ou deve haver um controlo automático da válvula dupla do bypass,

onde atue um sinal alarme, em caso de fuga nesta válvula.

Se existir a válvula de controlo, colocada entre os dois dispositivos de fecho mencionados acima, para o

bypass do medidor, esta pode ser fechada por motivos de segurança. Neste caso, qualquer fuga deve ser

monitorizada através de um manómetro localizado entre as duas válvulas de fecho ou através de um qualquer

outro sistema equivalente.

B.3.1.3 Se o contador tiver um dispositivo de ajuste mecânico e um indicador (display), devem ser tomadas

precauções para evitar disparidades entre a indicações de uma mesma medição.

B.3.7.4 As grandezas relevantes que devem ser consideradas são aquelas que correspondem às características

do líquido no medidor (pressão, temperatura, etc.).

B.4.2.1 e 4.2.2 Os requisitos 7.2.1 e 7.2.2. podem ser satisfeitos usando uma fonte de alimentação externa de

emergência. Quando for esse o caso, o certificado de Exame CE de Tipo deve especificar claramente esse

requisito de instalação. Nesse caso, o certificado do calculador com dispositivo indicador deve especificar

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claramente que esse requisito se aplica a todo o sistema de medição, no qual será aplicado esse calculador e

dispositivo indicador. O certificado do Exame CE de Tipo desse sistema de medição pode especificar testes

para verificar este requisito durante a verificação inicial.

B.4.3.2.1 Aplicando o nível de segurança B, de acordo com o que está definido na ISO 6551 Cabled

transmission of electric and/or electronic pulsed data, presume-se que este requisito é cumprido.

B.4.3.3.1 Soluções possíveis para o ponto 1:

– somar todos os códigos de dados e instruções e comparar esse valor com um valor fixo;

– bits de paridade das linhas e colunas (LRC e VRC);

– verificação cíclica redundante (CRC 16);

– armazenamento dos dados em dois locais independentes.

Soluções possíveis para o ponto 2:

– rotina de escrita-leitura;

– conversão e reconversão dos códigos;

– utilização de “codificação segura” [Soma de controlo (check-sum) e bit de paridade];

– armazenamento duplo.

B.4.3.3.2 Esta verificação pode ser feita através de bit de paridade, soma de controlo ou armazenamento

duplo.

B.4.3.4 Durante a verificação, para determinar se os meios de controlo do dispositivo indicador estão a

funcionar, isso pode ser feito (por exemplo), de uma das seguintes formas:

– desligando parte ou todas as ligações do dispositivo indicador;

– atuando de forma a simular uma falha no mostrador, usando por exemplo um botão de teste.

B.4.3.4.3 Soluções possíveis para esta secção:

– para dispositivos indicadores que usem filamentos incandescentes ou LEDs, medir a corrente nos

filamentos;

– para dispositivos indicadores que usem lâmpadas fluorescentes, medir a tensão da grelha;

– para dispositivos indicadores que utilizem atuadores eletromagnéticos, verificar o impacto de cada atuador;

– para dispositivos indicadores que utilizem cristais líquidos multiplexados, verificar a tensão de saída dos

segmentos de linha e dos elétrodos comuns, para detetar qualquer desconexão entre os circuitos de

controlo.

B.5.1.3 Esta secção descreve a interpretação dos artigos relevantes da R117, relacionados com a omissão do

dispositivo de eliminação de gás em sistemas de medição de líquidos combustíveis, que não sejam bombas

de GPL, destinadas à instalação num sistema com uma bomba submersível.

Quando o sistema de medição for instalado num sistema com bombagem central, ou por uma bomba remota,

as disposições gerais em 5.9 devem ser aplicadas, por exemplo, as disposições em 5.9.1. Devido ao

escoamento bombeado, também são aplicáveis as disposições do 5.9.2.

Como regra geral, deve ser instalado um dispositivo de eliminação de gás.

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No entanto, o segundo parágrafo do ponto 8.1.3 diz:

“Caso não esteja previsto instalar um dispositivo de eliminação de gases, não deve existir nenhum risco de

entrada de ar ou formação de gás. Neste caso, um meio automático (tal como um detetor de nível do tanque

de armazenamento) deve impedir automaticamente os abastecimentos assim que o nível mínimo de tanque

de armazenamento for atingido (ver também 5.9.2) ”.

Quando não é instalado um dispositivo de eliminação de gás, essas prescrições podem ser cumpridas através

da aplicação de todas as disposições referidas de 1 a 8.

1 Entrada de ar/nível mínimo

Para assegurar automaticamente o nível mínimo no tanque de armazenamento deve ser instalado um sistema

de deteção de nível. Este sistema evita que a bomba submersível seja usada quando o líquido atinge um nível

mínimo, acima da entrada da bomba, de modo que não exista nenhum risco de entrada de ar.

O nível mínimo que tem de ser respeitado é dado pela seguinte fórmula:

h ≥ k.v² / 2.g

onde:

h nível mínimo do líquido acima da entrada da aspiração da bomba [m]

v velocidade máxima do líquido à entrada da bomba [m/s]

g aceleração da gravidade [m/s²]

k Fator de segurança (k é pelo menos igual a 6)

com k = 6 a fórmula fica:

h ≥ 3v² / g

2 Libertação de gás

Durante os períodos em que o sistema está parado pode ser gerado gás como resultado de uma queda de

temperatura.

Se não pode ser provado através de cálculo (ver 5.12.2) que a formação gasosa tem um efeito específico

menor ou igual a 1 % da quantidade mínima medida (ver 10.2.2), deve ser aplicada pelo menos uma das

seguintes disposições para garantir que nenhum gás será libertado no sistema no início e durante o

abastecimento:

2.1 Um sistema de deteção baseado num dispositivo de controlo de pressão que mantenha a pressão do

líquido sempre bem acima da pressão de vapor.

2.2 Cada abastecimento deve ser atrasado até que a bomba submersível esteja em funcionamento pelo menos

durante 3 s.

3 Deteção de fugas

Deve ser instalado um sistema de deteção de fugas.

A deteção de qualquer fuga na linha deve provocar a paragem ou evitar qualquer abastecimento.

O sistema de deteção de 5.2.1 pode também satisfazer a função de deteção de fugas.

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4 Construção da tubagem

A tubagem entre o grupo de bombagem e o sistema de medição deve ser instalada com uma inclinação

positiva de pelo menos 1 %. Não deve haver nenhuma secção significativa sem inclinação.

Não são permitidos pontos altos a montante de cada distribuidor (bomba), exceto aqueles que forem

necessários para a ligação com outros distribuidores.

5 Válvula de retenção

Deve ser instalada no sistema pelo menos uma válvula de retenção. É aconselhável instalar uma válvula de

retenção a montante de cada medidor.

NOTA: Esta válvula não deve ser suscetível de provocar formações gasosas.

6 Segurança dos dispositivos

Todos os dispositivos mencionados devem ter segurança “ativa” para que nenhum abastecimento seja

possível no caso de um destes dispositivos falhar.

Dever ser possível verificar que os dispositivos eletrónicos (por exemplo, por simulação) estão a funcionar

corretamente.

7 Exame CE de tipo

O certificado de Exame CE de Tipo do sistema de medição deve descrever claramente as acima referidas

disposições 1 a 7, as quais devem ser satisfeitas para permitir a não inclusão do dispositivo de eliminação de

gás.

8 Verificação inicial

A verificação inicial do sistema de medição de combustível deve incluir a verificação no local de instalação,

das disposições acima referidas:

– verificar a segurança ativa/passiva de todos os dispositivos;

– verificar, através de simulação, o funcionamento correto dos dispositivos eletrónicos;

– verificar que o que está definido para o nível mínimo ser cumprido;

– verificar que existe sistema de deteção de fugas;

– se aplicável, verificar o tempo de espera do abastecimento de cada sistema de medição;

– verificar a inclinação da tubagem no projeto.

B.5.4.2 Soluções possíveis

Um regulador de pressão, localizado a jusante do medidor, assegura que o produto no medidor permanece no

estado líquido durante a medição. A pressão necessária pode ser mantida a um valor fixo ou a um valor

ajustável às condições da medição.

Quando a pressão é mantida a um valor fixo, esse valor deve ser pelo menos igual ao valor da pressão de

vapor do produto a uma temperatura de 15 ºC acima da máxima temperatura de funcionamento possível.

Deve ser possível selar o dispositivo, para proteger o ajuste do valor de pressão.

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Quando a pressão é ajustada de acordo com as condições de medição, esta pressão deve estar acima da

pressão de vapor do líquido durante a medição em pelo menos 100 kPa (1 bar). Esse ajuste deve ser

automático.

B.5.10.2.1.1

Não é permitido guardar mais de duas transações a aguardar pagamento. Um sistema de medição de

combustível pode ser autorizado a iniciar um novo abastecimento antes de ter finalizado a transação anterior,

mas, no máximo, só pode guardar em memória dois abastecimentos, e o sistema não pode ser autorizado a

iniciar um novo abastecimento até que um deles tenha sido pago.

B.6.1.10

Por exemplo, não é necessário executar o ensaio de dilatação da mangueira, de um sistema de medição de

combustível, quando a mangueira deste sistema de medição é idêntica à mangueira que está instalada num

outro sistema de medição, já aprovado para a mesma quantidade mínima de medição.

B.6.2.1 Exemplos

É necessário distinguir entre um modelo de medidor destinado a medir vários produtos (no mesmo sistema

de medição) e um modelo em que diferentes exemplares podem ser utilizados para medir diferentes produtos

(em diferentes conjuntos de medição), sendo cada exemplar destinado a medir um só produto.

Por exemplo, o medidor A pode ser destinado a medir gasóleo e gasolina alternadamente, enquanto o

medidor B está destinado a medir apenas gasóleo ou gasolina. Ambos os medidores serão sujeitos a ensaios

de exatidão com gasóleo e gasolina, durante o Exame CE de Tipo. No caso do medidor A, as curvas de erro,

para a gasolina e gasóleo, tem de estar dentro os erros máximos admissíveis, conforme especificado em

6.1.2.

No caso do medidor B, as curvas de erro do gasóleo e da gasolina devem satisfazer os erros máximos

admissíveis, no entanto, ao contrário do medidor A, estas curvas de erro devem ser determinadas usando

diferentes exemplares do medidor, ou alternativamente, usando o mesmo exemplar mas cujo ajuste (ou

parâmetros de correção) tenham sido alterados entre o ensaio com gasóleo e o ensaio com gasolina.

Nos exemplares do medidor A deve estar mencionado gasóleo e gasolina na sua placa de características,

podendo ser usados para medir misturas de gasóleo e gasolina em qualquer proporção.

Nos exemplares do medidor B deve estar mencionado gasóleo ou gasolina na sua placa de características e só

devem ser usados para medir exclusivamente o produto correspondente.

A verificação inicial do exemplar do medidor A pode ser feita tanto com gasóleo como com gasolina, (se

apropriado, com a redução do erro máximo admissível).

De um modo geral, é efetuada a verificação inicial do exemplar do medidor B com o líquido que lhe está

destinado; no entanto, pode ser verificado com o outro líquido desde que se alterem os erros máximos

admissíveis.

O valor dessa alteração deve ser determinado na altura do Exame CE de Tipo, avaliando o desvio entre a

curva do medidor com gasóleo e com gasolina, no mesmo medidor, sem o ajustar.

Estes desvios devem ser reprodutíveis de um exemplar de medidor para outro. Para verificar isso é

necessário realizar vários ensaios de exatidão em vários medidores.

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B.6.2.2.1 (a secção 4) define:

nos sistemas de medição instalados em cisternas rodoviárias, deve ser ensaiado o dispositivo de

eliminação de gás, para verificação da remoção de bolsas de ar, esvaziando o compartimento de entrega

durante um abastecimento (teste de esgotamento do produto).

Em cisternas rodoviárias com múltiplos compartimentos, somente é necessário esvaziar um dos

compartimentos para satisfazer este requisito.

B.A.6.2 Pode não ser necessária a realização dos ensaios nos limites das condições nominais de

funcionamento, quando esses limites, têm um efeito insignificante sobre a tecnologia do medidor. (por

exemplo, não seria necessário ensaiar um caudalímetro mássico nos limites de viscosidade, ou um

caudalímetro de pressão diferencial nos limites de pressão).

Quando for determinado que as condições nominais de funcionamento influenciarão a exatidão do medidor,

poder-se-á tomar em consideração o seguinte:

– não será necessário realizar ensaios nos limites de pressão se a pressão máxima do líquido for igual ou

inferior a 10 bar;

– os ensaios nos limites de pressão podem ser efetuados dentro de ± 10 bar do limite efetivo;

– ensaios com um líquido com uma viscosidade até 1 mPa·s poderão ser usados para reproduzir o

comportamento de líquidos com viscosidades até 2 mPa·s;

– ensaios no limite de viscosidade > 2 mPa·s podem estar entre ± 20 % do limite efetivo;

– ensaios no limite da massa específica do líquido podem estar entre ± 100 kg/m3 do limite efetivo.

Quando o sistema de medição se destina a funcionar a temperaturas entre – 5 °C e + 35 °C, pode-se efetuar

apenas um ensaio de exatidão a uma temperatura o entre – 5 °C e + 35 °C.

B.A.6.4 Estão previstas algumas configurações típicas de perturbações para o caso de ser efetuado o ensaio

de perturbação do escoamento:

duas curvas no mesmo plano, a montante do medidor ou do transdutor de medição;

duas curvas no mesmo plano, a montante do medidor ou do transdutor de medição e duas no mesmo plano,

a jusante do medidor ou do transdutor de medição;

uma turbina helicoidal bloqueada a montante do medidor do transdutor de medição;

uma turbina helicoidal bloqueada a jusante do medidor ou do transdutor de medição;

uma válvula a montante do medidor ou do transdutor de medição em várias posições de abertura (90°,

80°, 65°, 45°).

Se for necessário, podem ser definidas configurações adicionais de perturbações em conformidade com a

tecnologia do medidor.

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