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BRUNO ROQUE FERREIRA UTILIZAÇÃO DE PET COMO MATERIAL ALTERNATIVO NA COMPOSIÇÃO DE CONCRETO Londrina 2013

Utilização de pet como material alternativo para o concreto não estrutural

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BRUNO ROQUE FERREIRA

UTILIZAÇÃO DE PET COMO MATERIAL ALTERNATIVO NA

COMPOSIÇÃO DE CONCRETO

Londrina 2013

BRUNO ROQUE FERREIRA

UTILIZAÇÃO DE PET COMO MATERIAL ALTERNATIVO NA

COMPOSIÇÃO DE CONCRETO

Trabalho de Ciencia dos Materiais

Orientadores: Profa. Dra. Ana Mauriceia Castellani

Londrina

2013

“Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer”

(Eleanor Roosevelt)

RESUMO Um dos materiais mais utilizado no mundo é o concreto, sendo considerado o mais

versátil na construção civil, o concreto não gera nenhuma agressão ao meio

ambiente tampouco utiliza algum tipo de produto tóxico em sua composição, que é

basicamente obtido na natureza, em forma de rocha que posteriormente é

transformada em brita, areia e água. Atualmente esses recursos são obtidos com

abundancia, o que contribui para a aceleração, crescimento e desenvolvimento

social e econômico de vários países desenvolvidos e subdesenvolvidos, incluindo o

Brasil. Esse trabalho apresenta na forma de ensaios de laboratório uma fonte

inovadora de matéria-prima para esse material tão importante para nossa economia,

sendo obtido tanto na forma reciclável como na industrializada, com a intensão de

reduzir a exploração dos recursos minerais e com o bom senso e a aplicabilidade

correta à utilização de PET como agregado do concreto de aplicabilidade não

estrutural.

Palavras-chave: Concreto, Matéria-prima, Reduzir, Exploração, PET.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – DADOS TÉNICOS DO PET............. .............................................13

Figura 2 – ESTOQUE DE AREIA..................................................................... 17

Figura 3 – COLETA DE AMOSTRA DE AREIA ...............................................17

Figura 4 – RETIRADA DE UMIDADE DA AREIA.............................................18

Figura 5 – PESANDO AMOSTRA DE AREIA...................................................18

Figura 6 – PENEIRAMENTO DA AREIA..........................................................Erro!

Indicador não definido.

Figura 7 – QUANTIDADE ACUMULADA NAS PENEIRAS..............................19

Figura 8 – COMPONENTES DO CONCRETO.................................................26

Figura 9 – PET .................................................................................................26

Figura 10 – MISTURA DOS MATERIAIS NA BETONEIRA..............................27

Figura 11 – DESFORME DOS CORPOS DE PROVA......................................27

Figura 12 – ROMPIMENTO..............................................................................28

Figura 13 – CORPOS DE PROVA ROMPIDOS NO 7° DIA.............................28

Figura 14 – CORPOS DE PROVA ROMPIDOS NO 28° DIA...........................28

Figura 15 – MEMORIAL DE CALCULO...........................................................29

Figura 16 – TABELA DE RESULTADOS FINAIS............................................30

Figura 14 – CORPOS DE PROVA ROMPIDOS NO 28° DIA..........................29.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland

PET - Politereftalato de etileno

ACI - American Concrete Institute

IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo

INT - Instituto Nacional de Tecnologia

NBR - Norma Brasileira Regulamentadora

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

FONTE 12, ENTRELINHAS 1,5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................7 2 HISTORIA DO CONCRETO........................................................................8 3 TIPOS DE CONCRETO..............................................................................Erro! Indicador não definido. 3 OBJETIVO DO TRABALHO......................................................................12 5 DOSAGEM OU O TRAÇO DO CONCRETO (FORMA TRADIONAL)......14 6 DOSAGEM EXPERIMENTAL...................................................................14 6 DOSAGEM EMPÍRICA..............................................................................14 7 RESISTENCIA DE DOSAGEM.................................................................15 8 DEFININDO O DESVIO PADRÃO........................................................... 15 9 MÉTODO DE DOSAGEM.........................................................................16 10 CALCULANDO O TRAÇO........................................................................16 11 FABRICAÇÃO DOS CONCRETOS..........................................................26 12 CONCLUSÃO...........................................................................................30 13 AGRADECIMENTO..................................................................................30 14 REFERÊNCIAS........................................................................................31

7

1 INTRODUÇÃO

A busca por novas técnicas e novas aplicabilidades do concreto o tornou em

um objeto de estudo muito valioso, pois com o “boom” da construção civil no Brasil o

seu consumo cresce cada vez mais. Entre 2005 e 2012, enquanto o consumo de

cimento avançou mais de 80%, o aumento do concreto preparado em centrais foi de

180%. Estima-se que as concreteiras tenham produzido 51 milhões de m³ no ano

passado, de acordo com uma pesquisa inédita produzida pela empresa e8

Inteligência, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Junto com esse aumento de consumo veio também novas tecnologias, para

melhorar seu desempenho, como por exemplo, os aditivos que podem retardar ou

acelerar a pega do concreto, como também diminuir o consumo de água, entre

outras aplicabilidades. Muitos pesquisadores têm descoberto cada vez mais ideias e

propostas para que o uso dos materiais e as construções sejam cada vez mais úteis

e melhor aproveitados.

Tendo em vista contribuir com a evolução deste ramo, realizaremos testes

moldando corpos de prova substituindo a brita por PET nas proporções de 25%,

50%, 75% e 100%. Após analise dos resultados, poderemos determinar qual dessas

percentagens corresponde ao desempenho e as proporções mecânicas de um

concreto feito de forma tradicional.

8

2 HISTORIA DO CONCRETO

Desde os primórdios, o homem utiliza materiais com características

aglomerantes, que eram empregados principalmente na construção de abrigos.

Povos antigos, como os babilônios, utilizavam argilas não cozidas misturadas

com fibras vegetais, enquanto os egípcios usavam gesso impuro calcinado. Os

gregos e romanos recorriam ao calcário calcinado, porém, posteriormente,

aprenderam a misturar cal, água, areia e pedra britada, combinação que pode ser

considerada como o primeiro concreto da história. Um dos grandes exemplos da

humanidade na utilização desse material é a cúpula de 47 metros de diâmetro do

templo de Phanteon, em Roma, construído em 27 a.C., pelo imperador Marco

Agripa.

No século XVIII, a reconstrução do Farol de Eddystone em Cornwall, no

sudeste da Inglaterra, levou John Smeaton a procurar um material mais resistente

para suportar a ação agressiva da água do mar. Tal fato colaborou para que

surgissem as primeiras iniciativas de se industrializar o cimento. Em 1824, coube ao

pedreiro Joseph Aspdin patentear o aglomerante, que então o batizou como cimento

Portland, devido à matéria-prima (calcário) ser extraída da Ilha de Portland.

No Brasil, a primeira produção efetiva de cimento aconteceu em 1926 pela

Cia Brasileira de Cimento Portland Perus, em Perus (SP). Atualmente, o Brasil é um

dos dez maiores produtores de cimento portland do mundo, sendo o maior da

América Latina, e detém uma das mais avançadas tecnologias na fabricação desse

produto.

O cimento, por ser um material moldável que endurece na presença de água

e que possui elevada resistência, causou uma grande revolução em toda a área da

construção e possibilitou ao homem transformar o meio em que vive.

Obras cada vez mais indispensáveis para nosso bem-estar, como barragens,

pontes, edifícios, estações de tratamento de água, rodovias, portos e aeroportos

fazem do cimento, hoje, um dos materiais mais consumidos em toda a sociedade.

9

2 TIPOS DE CONCRETO

O concreto é um material com muitas aplicabilidades, por isso com o passar

dos anos foram desenvolvidos vários tipos de concretos, com o intuito de construir

prédios cada vez maiores e estruturas mais leves, entre outros. Segue abaixo a lista

dos tipos de concreto conhecidos e utilizados.

Concreto convencional - Utilizado na maioria das obras civis, deve ser lançado

nas fôrmas por método convencional (carrinhos de mão, gericas, gruas, etc ). O

concreto convencional é de consistência seca e a sua resistência varia de 5,0

em 5,0MPa, a partir de 10,0 até 40,0MPa. É aplicado em obras civis, industriais

e em peças pré-moldadas. As vantagens são: aumento da durabilidade e

qualidade final da obra, redução dos custos da obra e redução no tempo de

execução.

Concreto de Alto Desempenho - Normalmente elaborado com adições

minerais tipo sílica ativa e metacaulim e aditivos superplastificantes. Os

concretos assim obtidos possuem excelentes propriedades. É aplicado em obras

civis especiais, hidráulicas em geral e em recuperações. As vantagens são:

aumento da durabilidade e vida útil das obras; redução dos custos da obra e

melhor aproveitamento das áreas disponíveis para construção.

Concreto Bombeável - Utilizado na maioria das obras civis. A sua dosagem é

apropriada para utilização em bombas de concreto, evitando segregação e

perdas de material. Sua resistência varia de 5,0 em 5,0MPa, a partir de 10,0 até

40,0MPa. É aplicado em obras civis em geral, obras industriais e peças pré-

moldadas. As vantagens são: aumento da durabilidade e qualidade final da obra;

redução dos custos da obra e redução no tempo de execução.

Concreto de Alta Resistência inicial - O concreto de alta resistência inicial,

como o nome já diz é aquele que tem a característica de atingir grande

resistência, com pouca idade, podendo dar mais velocidade à obra ou ser

utilizado para atender situações emergenciais. Sua aplicação pode ser

necessária em indústrias de pré-moldados, em estruturas convencionais ou

protendidas, na fabricação de tubos e artefatos de concreto, entre outras. O

aumento na velocidade das obras que este concreto pode gerar traz consigo a

redução dos custos com funcionários, com alugueis de formas, equipamentos e

10

diversos outros ganhos de produtividade. A alta resistência inicial é fruto de uma

dosagem racional do concreto, feita com base nas características específicas de

cada obra. Portanto, a obra deve fornecer o maior número de informações

possíveis para a elaboração do traço, que pode exigir aditivos especiais, tipos

específicos de cimento e adições.

Concreto de Pavimento Rígido - O principal requisito exigido para esse

concreto é a resistência à tração na flexão e ao desgaste superficial. Trata-se de

um concreto de fácil lançamento e execução. É aplicado em estradas e vias

urbanas. As vantagens são: maior durabilidade; redução dos custos de

manutenção e maior luminosidade.

Concreto Pesado - A característica principal desse tipo de concreto é a sua alta

densidade que varia entre 2800 e 4500 kg/m³, obtida com a utilização de

agregados especiais, normalmente a hematita. É aplicado como contra peso em

gasodutos, hospitais e usinas nucleares. Pode ser citada a vantagem de ser

isolante radioativo.

Concreto Projetado – Concreto que é lançado por equipamentos especiais e

em velocidade sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a

aderência do mesmo a esta superfície.São utilizados para revestimentos de

túneis, paredes, pilares, contenção de encostas, etc. Este Concreto pode ser

projetado por via-seca ou via-úmida, alterando desta forma a especificação do

equipamento de aplicação e do traço que será utilizado.

Concreto Leve Estrutural – Os concretos leves são reconhecidos pelo seu

reduzido peso específico e elevada capacidade de isolamento térmico e acústico

Enquanto os concretos normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500

kg/m³, os leves chegam a atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe

lembrar que a diminuição da densidade afeta diretamente a resistência do

concreto. Os concretos leves mais utilizados são os celulares, os sem finos e os

produzidos com agregados leves, como isopor, vermiculita e argila expandida.

Sua aplicação está voltada para procurar atender exigências específicas de

algumas obras e também para enchimento de lajes, fabricação de blocos,

regularização de superfícies, envelopamento de tubulações, entre outras.

Concreto Leve - A densidade desse concreto varia de 400 a 1800kg/m³. Os

tipos mais comuns são o concreto celular espumoso, concreto com isopor e

concreto com argila expandida. É aplicado em: enchimento e regularização de

11

lajes, pisos e elementos de vedação. As vantagens são: redução de peso próprio

e isolante termo-acústico.

Concreto Fluido - Indicados para concretagens de peças densamente armadas,

estruturas pré-moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente,

painéis arquitetônicos, lajes, vigas etc. Este concreto, com grande variedade de

aplicações é obtido pela ação de aditivos superplastificantes, que proporcionam

maior facilidade de bombeamento, excelente homogeneidade, resistência e

durabilidade. Sua característica é de fluir com facilidade dentro das formas,

passando pelas armaduras e preenchendo os espaços sob o efeito de seu

próprio peso, sem o uso de equipamento de vibração. Para lajes e calçadas, por

exemplo, ele se auto nivela, eliminando a utilização de vibradores e diminuindo o

número de funcionários envolvidos na concretagens.

Concreto Rolado - É utilizado em pavimentações urbanas, como sub-base de

pavimentos e barragens de grande porte. Seu acabamento não é tão bom

quanto aos concretos utilizados em pisos Industriais ou na Pavimentação de

pistas de aeroportos e rodovias, por isso ele é mais utilizado como sub-base.

Concreto Colorido - Concreto normal adicionado de pigmentos especiais, os

quais conferem ao concreto várias cores com diferentes tonalidades, a saber:

amarela, azul, vermelha, verde, marrom e preta. É aplicado em pisos, calçadas e

fachadas. As vantagens são: elimina pintura e pode ser usado como marcador

de áreas específicas.

Concreto Resfriado com gelo - Trata-se de um concreto, cuja quantidade de

água é parcialmente substituída por gelo, para atender a condições específicas

de projeto, por exemplo, a retração térmica. É aplicado em paredes espessas e

grandes blocos de fundação. A vantagem é a redução da fissuração de origem

térmica.

Concreto Autoadensável - É o concreto do futuro. Trata-se de um concreto de

elevada plasticidade. Em alguns casos, pode ter a sua reologia controlada com a

utilização de aditivos de última geração. É aplicado em Fundações especiais tipo

hélice contínua e paredes diafragma; peças delgadas e peças densamente

armadas. As vantagens são: Maior durabilidade e fácil aplicação. Dispensa a

utilização total ou parcial de vibradores; redução dos custos com mão de obra e

energia e maior produtividade no lançamento.

12

Concreto com adição de fibras - Normalmente elaborado com fibras de nylon,

polipropileno e aço, dependendo das condições de projeto. Os concretos assim

obtidos inibem os efeitos da fissuração por retração .Obras civis especiais e

pisos industriais. As vantagens são: aumenta a durabilidade das obras quanto a

abrasão e desgaste superficial; melhora a resistência à tração do concreto e

pode ser utilizado em pistas de aeroportos.

Concreto Impermeável - Trata-se de um concreto com a relação água- cimento

limitada, normalmente menor ou igual a 0,55; e dosado com um cimento

apropriado, tipo portland de alto – forno ou pozolânico. É aplicado em obras

hidráulicas em geral, estações de tratamento d’água e esgoto e Barragens. As

vantagens são: aumento da durabilidade da obra e redução dos custos de

manutenção da obra.

3 OBJETIVO DO TRABALHO

O objetivo do trabalho é contribuir para a preservação dos recursos

naturais em nosso planeta, desenvolvendo uma nova fonte de agregado para o

concreto. O material escolhido para esta substituição é o Politereftalato de etileno,

mais conhecido como PET, que é um polímero plástico de ultima geração,

considerado plástico de engenharia, foi desenvolvido por dois químicos britânicos

chamados Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido

tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se

principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.

Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas

vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a

temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser

novamente moldados.

As garrafas produzidas com esse polímero podem permanecer na natureza

por até 800 anos, ou seja, além de contribuir com a não utilização dos recursos

naturais preservando fauna e a flora, contribuiremos também com a limpeza desse

meio ambiente, pois com a valorização desse material, seu descarte será mais

consciente.

13

O PET apresenta os seguintes dados técnicos:

Polietileno PET

As propriedades mecânicas a 23 ° C UNIT ASTM DIN VALORES GRAVIDADE ESPECÍFICA g/cm3 D-792 53479 1.39

Resistir. OS TRACCs. (Fluência / Break) Kg / cm ² D-638 53455 900 / -

RES. Compressão (1 e 2% DEF) Kg / cm ² D-695 53454 260/480

RESISTÊNCIA À FLEXÃO Kg / cm ² D-790 53452 1450 RES. CHOQUE sem entalhe Kg.cm / cm ² D-256 53453 > 50

QUEBRANDO A EXTENSÃO % D-638 53455 15

MÓDULO DE ELASTICIDADE (drive) Kg / cm ² D-638 53457 37000

DUREZA Shore D D-2240 53505 85-87

COEF. Atrito estático S / AÇO

D-1894

-

COEF. Atrito dinâmico S / AÇO

D-1894

0.20 RES. DESGASTE POR ROCE

MUITO BOM

PROPRIEDADES TÉRMICAS UNIT ASTM DIN VALORES CALOR ESPECÍFICO Kcal / kg. ° C C-351

0.25

TEMP. DOBRA B / LOAD (18.5Kg/cm ²) º C D-648 53461 75

TEMP. USO CONTÍNUO NO AR º C

-20 A 110

TEMP. FUSÃO º C

255

COEF. EXPANSÃO linear de 23 a 100 º C por ° C. D-696 52752 0.00008

COEF. Condução térmica Kcal / mh ° C. C-177 52612 0.25

PROPRIEDADES ELÉTRICAS UNIT ASTM DIN VALORES Constante dielétrica A 60 HZ

D-150 53483 3.4

Constante dielétrica A 1 KHZ

D-150 53483 3.3

Constante dielétrica A 1 MHZ

D-150 53483 3.2

Absorção de umidade AIR % D-570 53472 0.25

Resistência de superfície Ohm D-257 53482 > 10-14

RESISTÊNCIA VOLUMETRICA Ohms-cm D-257 53482 > 10 a 15

DIELECTRIC KV / mm D-149

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QUÍMICAS COMENTÁRIOS Resistência à óleo BOA

A TEMP RESISTÊNCIA ácido fraco. MEIO AMBIENTE BOA A TEMP resistência do alcalóide fraco. MEIO AMBIENTE BOA

RESISTÊNCIA À PROD. QUÍMICA DEFINIDA CONSULT

Efeito da luz solar ALGO COMO AFETA

APROVADO PARA CONTATO COM ALIMENTOS SI

COMPORTAMENTO COMBUSTION Queimadura com dificuldade média

Propagação da chama Manter a chama

COMPORTAMENTO PARA QUEIMAR CONTAS

COR DA CHAMA LARANJA AMARELO Tiznado

CHEIRO DE QUEIMAR Doce aromático

Figura 1 – Dados técnicos do PET

14

4 DOSAGEM OU O TRAÇO DO CONCRETO (FORMA TRADIONAL)

É a determinação da mistura mais econômica de um concreto, com

características capazes de atender as condições de serviço, utilizando os materiais

disponíveis. Segundo a NBR 12655, há dois tipos de dosagem: a dosagem empírica

e a dosagem experimental.

5 DOSAGEM EXPERIMENTAL

Os materiais constituintes e o concreto obtido são previamente ensaiados em

laboratórios. A dosagem experimental visa estabelecer o traço do concreto com a

resistência e a trabalhabilidade prevista. A dosagem experimental pode se feita por

qualquer método que estabeleça uma correlação com esses parâmetros. Os

métodos de dosagem mais conhecidos no Brasil são: método do ACI – American

Concrete Institute, método da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland,

Método IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e método do INT –

Instituto Nacional de Tecnologia.

A dosagem experimental, que esta diretamente ligada a relação água-cimento,

depende da resistência de dosagem, das características da obrae da definição de

uma trabalhabilidade compatível, tanto com os matérias quanto com a execução do

concreto.

6 DOSAGEM EMPÍRICA

A proporção dos materiais é fixada pela experiência do construtor ou através

de utilização de tabelas. De acordo com a NBR12655, a dosagem empírica só é

permitida para concreto de classe C10 – resistência característica a compressão de

10Mpa - , com consumo mínimo de 300 Kg de cimento por metro cubico.

15

7 RESISTENCIA DE DOSAGEM

Segundo a NBR 12655, a resistência de dosagem será calculada pela formula:

Onde,

= Resistencia característica à compressão, especificada no projeto

estrutural.

= Resistencia do concreto à compressão, prevista para a idade de j dias.

= Desvio padrão da dosagem em função do controle da obra.

8 DEFINDO O DESVIO PADRÃO

= 4,0 Mpa – Condição A – Aplicável as classes C10 até C38: o cimento e os

agregados são medidos em massa, a agua de amassamento é medida em massa ou

o volume com dispositivo dosador é corrigida em função da umidade dos agregados

= 5,5 Mpa – Condição B – Aplicável as classes C10 até C25: o cimento é medido

em massa, a agua de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo

dosador e os agregados medidos em volume. O volume de agregados miúdos é

corrigido através da curva de inchamento estabelecida especificamente para o

material utilizado.

= 7,0 Mpa – Condição C – Aplicável as classes C10 até C15: o cimento é medido

em massa e os agregados são medido em volume.

Calculada a resistência de dosagem, deve-se adotar um dos métodos de dosagem

experimental para definir as proporções adequadas de cimento, areia, brita e água

que vão compor o concreto.

16

9 MÉTODO DE DOSAGEM

O método a ser utilizado será o método ACI – American Concrete Institute,

um dos mais utilizados no Brasil, estabelecendo as seguintes etapas para se obter o

traço do concreto, que é a proporção de seus materiais constituintes.

10 CALCULANDO O TRAÇO

Iremos produzir concreto com de 30 MPa, utilizando cimento CP II E-32 e

Sd = 5,5 MPa – condição B, considerando os agregados secos, adotando:

Massa Unitária dos materiais.

Massa específica dos materiais.

Massa unitária compactada da brita.

³/40,1 dmkgMcomp

Módulo de Finura do agregado miúdo.

O modulo de finura é a soma das porcentagens retidas acumuladas em

massa de um agregado nas peneiras de serie normal divididas por 100.

Classificação pela granulometria:

- Grossa: módulo de finura superior a 3,3.

- Média: módulo de finura entre 2,4 e 3,3.

- Fina: módulo de finura inferior a 2,4.

3

3

/30,1

/40,1

dmkg

dmkg

brita

areia

3

3

3

/65,2

/60,2

/0,3

dmkg

dmkg

dmkg

brita

areia

cimento

17

Para se obter o modulo de finura foram realizados ensaios de laboratório,

seguindo os seguindo os seguintes passos:

1. Seleção da areia;

Figura 2 – Estoque de areia

2. Coleta da amostra;

Figura 3 – COLETA DE AMOSTRA DE AREIA

18

3. Retirada de umidade.

Figura 4 – RETIRADA DE UMIDADE DA AREIA

4. Determinando quantidade da amostra

Figura 5 – PESANDO AMOSTRA DE AREIA

19

5. Peneiramento

Figura 6 – PENEIRAMENTO DA AREIA

6. Separação e pesagem dos acumulados em cada peneira

Figura 7 – QUANTIDADE ACUMULADA NAS PENEIRAS

20

Obtivendo os seguintes resultados:

Peneiras em mm Material

retido (g) % Retida % Retida

Acumulada

4,8 15,35 3,07 3,07

2,4 31,85 6,37 9,44

1,2 69,89 13,97 23,41

0,6 113,27 22,65 46,06

0,3 184,58 36,91 82,97

0,15 67,5 13,5 96,47

Fundo 17,56 3,53 100

Total 500 100

Onde,

Modulo de finura = 2,61

Dimensão máxima do agregado miúdo = 4,8 mm

Dimensão Máxima característica do agregado graúdo.

mmD 19max

Consistência do concreto fresco.

Slump = 100 a 120 mm

1° ETAPA: definição da resistência de dosagem, :

= 30 + 1,65 . 5,5

= 39,075 MPa

21

2° ETAPA: fixação da relação água-cimento, a/c através da Curva de Abrams

adaptada : a/c 0,45

3° ETAPA: quantidade de água, Aágua.

Para Dmáx = 19 mm e Slump = 80 a 100 mm, temos:

Aágua = 205 l/m³

22

4° ETAPA: consumo de cimento, Ccim:

5° ETAPA: consumo de agregado graúdo, Bbrita:

Para Dmáx: 19 mm e MF = 2,61, temos: Vc = 0,690

23

6° ETAPA: determinação do consumo de agregado miúdo, Aareia:

Onde,

Portanto:

7° ETAPA: definição do traço de concreto em massa:

Ccim. ; Aareia ; Bbrita ; Aágua 455,5 : 621,4 ; 1070 ; 205 (traço em massa) 8° ETAPA: o traço do concreto é expresso proporcionalmente à quantidade de cimento:

24

8° ETAPA: determinar a quantidade de concreto que será produzido: Serão produzidos três corpos de prova para cada traço, para serem rompidos com as idades de 7, 14 e 28 dias, onde o corpo de prova apresenta as seguintes características:

Para calcular a quantidade de brita e de PET são consideradas as seguintes informações:

Então,

Concreto convencional;

CONCRETONALO CONVENCIONAL

1m³ (em kg) 1dm³ (em kg) x 4,5 dm³ TOTAL (em kg)

CIMENTO 455,5 0,455 x 4,5 2,05

AREIA 621,4 0,621 x 4,5 2,79

BRITA 1070 1,07 x 4,5 4,81

AGUA 205 0,205 x 4,5 0,922

CP 10x20 = 0,0015 m³ ou

1,5 dm³

25

Concreto 100% PET;

CONCRETO 100 PET

1m³ (em kg) 1dm³ (em kg) x 4,5 dm³ TOTAL (em kg)

CIMENTO 455,5 0,455 x 4,5 2,05

AREIA 621,4 0,621 x 4,5 2,79

AGUA 205 0,205 x 4,5 0,922

PET 561,14 0,561 x 4,5 2,52

Concreto 50% brita e 50% PET;

CONCRETO 50% BRITA E 50% PET

1m³ (em kg) 1dm³ (em kg) x 4,5 dm³ TOTAL (em kg)

CIMENTO 455,5 0,455 x 4,5 2,05

AREIA 621,4 0,621 x 4,5 2,79

BRITA 535 0,535 x 4,5 2,40

AGUA 205 0,205 x 4,5 0,922

PET 280,57 0,28057 x 4,5 1,2625

Concreto 25% brita e 75% PET

CONCRETO 25% BRITA E 75% PET

1m³ (em kg) 1dm³ (em kg) x 4,5 dm³ TOTAL (em kg)

CIMENTO 455,5 0,455 x 4,5 2,05

AREIA 621,4 0,621 x 4,5 2,79

BRITA 267,5 0,2675 x 4,5 1,2

AGUA 205 0,205 x 4,5 0,922

PET 420,855 0,420855 x 4,5 1,89

26

11 FABRICAÇÃO DOS CONCRETOS

Separação dos materiais: Areia, Brita, Cimento, Água e PET.

Figura 8 – COMPONENTES DO CONCRETO

Figura 9 – PET

27

Preparação do concreto.

Figura 10 – MISTURA DOS MATERIAIS NA BETONEIRA

Desforme dos corpos de prova.

Figura 11 – DESFORME DOS CORPOS DE PROVA

28

Rompimento.

Figura 12 – ROMPIMENTO

Rompimento aos 7 dias.

Figura 13 – CORPOS DE PROVA ROMPIDOS NO 7° DIA

29

Rompimento aos 28 dias.

Figura 14 – CORPOS DE PROVA ROMPIDOS NO 28° DIA

Memorial de calculo.

Figura 15 – MEMORIAL DE CALCULO

30

Resultados.

Figura 16 – TABELA DE RESULTADOS FINAIS

12 CONCLUSÃO

Notoriamente a resistência à compressão do concreto possuindo PET em sua

composição é menor, em relação ao convencional, devido a menor resistência

mecânica do PET em relação à brita e a areia.

Verifica-se que o concreto utilizando PET como agregado pode ser utilizado

na Indústria da Construção Civil, lembrando que devido a sua baixa resistência

mecânica ele não pede ser utilizado em peças estruturais. Neste caso, ele pode

estar sendo utilizado em: alvenaria interna de fechamento, capas para lajes pré-

moldadas, material de enchimento (escadas, rebaixo de níveis, base de enchimento

para calçadas e pisos térreos).

13 AGRADECIMENTO

Prof. Eng.Alex Alves Severo, docente das matérias: Materiais de Construção l

e Materiais de Construção ll.

Empresa farmacêutica Dentalclean: Fornecedor do material PET para o

estudo.

Faculdade Pitágoras: Laboratório e equipamentos.

Teste de Resistência a Compressão

31

14 REFERÊNCIAS

Materiais de construção civil/Carmen Couto Ribeiro, Joana Darc da Silva Pinto, Tadeu Starling/Ribeiro et

al, 2011

http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/cuidados-ao-construir-em-areas-litoraneas http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/pesquisa-inedita-e-exclusiva-revela-cenario-do-mercado-

brasileiro-de-concreto http://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xxicongresso/resumos/103566.pdf http://www.holcim.com.br/ http://www.redimix.com.br/tiposDeConcreto/ http://www.jq.com.ar/Imagenes/Productos/PET/dtecnicos/dtecnicos.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Politereftalato_de_etileno