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VIDEO PARA TODOS Bem Te Vi NCE-ECA/USP MinC

Aula 10 EdiçãO Rev2[1]

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VIDEO PARA TODOS

Bem Te ViNCE-ECA/USPMinC

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AULA 10Edição e Montagem

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Nesta Aula:

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Princípios de E&M

EDIÇÃO E

MONTAGEM

História da E&M

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PRINCÍPIOSPRINCÍPIOS

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Esses termos referem-se a:

TÉCNICATÉCNICA ““Junção” de duas ou mais partes imagéticas e sonoras Junção” de duas ou mais partes imagéticas e sonoras de um filme. de um filme.

HABILIDADEHABILIDADE “ “Junção” de duas ou mais partes [imagéticas e sonoras] Junção” de duas ou mais partes [imagéticas e sonoras] de um filme para produzir um sentido além dos panos de um filme para produzir um sentido além dos panos iniciais.iniciais.

ARTEARTE A “combinação” leva o[s] sentido[s] do espectador para A “combinação” leva o[s] sentido[s] do espectador para um outro nível – excitação, discernimento, choque .um outro nível – excitação, discernimento, choque .

TÉCNICATÉCNICA ““Junção” de duas ou mais partes imagéticas e sonoras Junção” de duas ou mais partes imagéticas e sonoras de um filme. de um filme.

HABILIDADEHABILIDADE “ “Junção” de duas ou mais partes [imagéticas e sonoras] Junção” de duas ou mais partes [imagéticas e sonoras] de um filme para produzir um sentido além dos panos de um filme para produzir um sentido além dos panos iniciais.iniciais.

ARTEARTE A “combinação” leva o[s] sentido[s] do espectador para A “combinação” leva o[s] sentido[s] do espectador para um outro nível – excitação, discernimento, choque .um outro nível – excitação, discernimento, choque .

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Seus elementos ordenadores podem Seus elementos ordenadores podem ser entendidos como: ser entendidos como:

TEMPO - determinação inicial e final da duração dos TEMPO - determinação inicial e final da duração dos planos.planos.

CONTINUIDADE - ações relacionadas entre um plano e CONTINUIDADE - ações relacionadas entre um plano e outro de modo a não confundir a seqüência “lógica” do outro de modo a não confundir a seqüência “lógica” do espectador.espectador.

CLAREZA NARRATIVA - a montagem nunca deve CLAREZA NARRATIVA - a montagem nunca deve confundir os espectadores, mas sim, mantê-los confundir os espectadores, mas sim, mantê-los informados e envolvidos na história.informados e envolvidos na história.

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TEMPO - TEMPO - FATORES DE OBSERVAÇÃO:FATORES DE OBSERVAÇÃO:

a) a) A COMPLEXIDADE VISUALA COMPLEXIDADE VISUAL::

Os planos mais abertos (planos gerais e médios) são Os planos mais abertos (planos gerais e médios) são

visualmente mais complexos que os mais fechados (closes visualmente mais complexos que os mais fechados (closes

e super-closes).e super-closes).

Eles normalmente, possuem mais elementos visuais o que Eles normalmente, possuem mais elementos visuais o que

requer um maior tempo de exposição para sua melhor requer um maior tempo de exposição para sua melhor

compreensão.compreensão.

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b)b) ESTRUTURA DRAMÁTICAESTRUTURA DRAMÁTICA::

O plano deve fornecer o O plano deve fornecer o máximo de máximo de informaçãoinformação com o com o mínimo de exposiçãomínimo de exposição..

OO tempo real tempo real pode ser reconstituído com pode ser reconstituído com

o o tempo dramáticotempo dramático..

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CONTINUIDADECONTINUIDADE

ELEMENTOS A OBSERVAR:ELEMENTOS A OBSERVAR:

a)a) ContinuidadeContinuidade visual visual, direcional e angular;, direcional e angular;

b)b) Combinação das tonalidadesCombinação das tonalidades luminosas e cromáticas; luminosas e cromáticas;

c)c) ComposiçãoComposição dos protagonistas e objetos de cena.dos protagonistas e objetos de cena.

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CLAREZA NARRATIVACLAREZA NARRATIVA

a) INFORMAÇÕES DRAMATICAMENTE Ia) INFORMAÇÕES DRAMATICAMENTE INTERESSANTESNTERESSANTES

Elementos e detalhes que ressaltam a expressividade Elementos e detalhes que ressaltam a expressividade de um protagonista, objeto ou ação.de um protagonista, objeto ou ação.

b) INFORMAÇÔES DRAMATICAMENTE b) INFORMAÇÔES DRAMATICAMENTE NECESSÁRIASNECESSÁRIAS

Elementos que, sem os quais, não há uma condução Elementos que, sem os quais, não há uma condução adequada na narrativa e o espectador pode perder o adequada na narrativa e o espectador pode perder o rumo da estória.rumo da estória.

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UMA DISTINÇÃOUMA DISTINÇÃO IMPORTANTE!IMPORTANTE!

O termo EDIÇÃO é geralmente empregado no universo da Televisão e do Vídeo.

Ele se refere aos mesmos procedimentos de cortes e transições – como o corte seco e as fusões – do cinema.

O termo deriva do jornalismo. Oriundo do meio impresso, passou pelo rádio e “aportou”na televisão e no vídeo.

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O termo MONTAGEM é geralmente empregado no universo do Cinema;

Ele se refere a um processo mais antigo e artesanal no qual as películas eram “cortadas” e “coladas”.

A EDIÇÃO TELEVISIVA ainda pode ser feita “ao vivo” aproveitando a simultaneidade de um número maior de câmeras de TV conectadas ao aparelho editor (Switcher).

UMA DISTINÇÃO IMPORTANTE!UMA DISTINÇÃO IMPORTANTE!

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PorémPorém...

Pelo fato da Montagem ter precedido cronologicamente a Edição e devido á sua importância, é dela que trataremos no histórico.

Vale dizer que a cada dia as fronteiras entre e o Cinema, a TV e o Vídeo estão menos distintas e é possível que, num futuro próximo, elas se constituam em uma única Linguagem Audiovisual.

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HISTÓRIAHISTÓRIA

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HISTÓRIA DA MONTAGEM: FASESHISTÓRIA DA MONTAGEM: FASES

PERÍODO MUDO: na verdade, o cinema nunca foi uma experiência PERÍODO MUDO: na verdade, o cinema nunca foi uma experiência silenciosa, mas aqui existia uma separação entre os elementos silenciosa, mas aqui existia uma separação entre os elementos fílmicos de som e imagem., Os diálogos eram representados por fílmicos de som e imagem., Os diálogos eram representados por intertítulos e as trilhas sonoros executadas ao vivo. intertítulos e as trilhas sonoros executadas ao vivo.

PERÍODO SONORO: caracterizado pela inclusão, na montagem, PERÍODO SONORO: caracterizado pela inclusão, na montagem, dos elementos sonoros de Trilha, Diálogos e Sonoplastia. Tanto o dos elementos sonoros de Trilha, Diálogos e Sonoplastia. Tanto o som quanto a imagem já podiam, desde os primórdios do cinema, som quanto a imagem já podiam, desde os primórdios do cinema, sofrer uma manipulação parcial para gerar efeitos especiais sofrer uma manipulação parcial para gerar efeitos especiais (“trucagem”). (“trucagem”).

PERÍODO DAS NOVAS TECNOLOGIAS: o advento da tecnologia PERÍODO DAS NOVAS TECNOLOGIAS: o advento da tecnologia digital possibilitou a manipulação total do áudio e vídeo nas digital possibilitou a manipulação total do áudio e vídeo nas produções. A partir da produção “disneyana” TRON (de Steven produções. A partir da produção “disneyana” TRON (de Steven Lisberger, Cor, 96 min., EUA, 1982) ficou evidente o potencial do Lisberger, Cor, 96 min., EUA, 1982) ficou evidente o potencial do computador na criação de cenários, elementos e até atores, computador na criação de cenários, elementos e até atores,

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DESENVOLVIMENTOS MAIS DESENVOLVIMENTOS MAIS IMPORTANTES:IMPORTANTES:

Maturidade da montagem: em oposição à estética de Maturidade da montagem: em oposição à estética de “Teatro Filmado” dos primórdios.“Teatro Filmado” dos primórdios.

Continuidade Visual: pela introdução do conceito de “Eixo”, Continuidade Visual: pela introdução do conceito de “Eixo”, considerando o ponto de vista do espectador.considerando o ponto de vista do espectador.

Desconstrução da cena em planos: direcionando o olhar do Desconstrução da cena em planos: direcionando o olhar do espectador para a leitura de elementos que o realizador espectador para a leitura de elementos que o realizador especificamente deseja.especificamente deseja.

Montagem paralela: contrapondo-se à narrativa linear dos Montagem paralela: contrapondo-se à narrativa linear dos eventos.eventos.

Superação do tempo real pelo tempo dramático: com o uso Superação do tempo real pelo tempo dramático: com o uso de elipses (abreviações), câmera lenta e flashbacks, de elipses (abreviações), câmera lenta e flashbacks,

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MONTAGEM E LINGUAGEM: MONTAGEM E LINGUAGEM: Diretores mais importantesDiretores mais importantes

Edwin S. PorterEdwin S. Porter D. W. GriffithD. W. Griffith Vsevolod I. PudovkinVsevolod I. Pudovkin Serguei M. EisensteinSerguei M. Eisenstein Dziga VertovDziga Vertov Alexander DovzhenkoAlexander Dovzhenko Luis BuñuelLuis Buñuel

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Edwin Stanton Edwin Stanton PorterPorter(EUA: 1870-1941)(EUA: 1870-1941)

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVE Continuidade fílmica.Continuidade fílmica.

PROCEDIMENTO ADOTADOPROCEDIMENTO ADOTADO Organização dos planos a fim de apresentar Organização dos planos a fim de apresentar

uma continuidade narrativa.uma continuidade narrativa.

OBRA REPRESENTATIVAOBRA REPRESENTATIVA ““O Grande Roubo do Trem” (1903O Grande Roubo do Trem” (1903))

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D. W. Griffith D. W. Griffith (EUA: 1875-1948)(EUA: 1875-1948)

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVE Montagem Cinematográfica (no sentido Montagem Cinematográfica (no sentido

moderno).moderno).PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOS Variação de planos para criar impacto (Variação de planos para criar impacto (grande grande

plano geral, close-up, inserts; travellingsplano geral, close-up, inserts; travellings);); Montagem paralela;Montagem paralela; Variações de ritmo.Variações de ritmo.OBRAS REPRESENTATIVASOBRAS REPRESENTATIVAS ““O Nascimento de uma Nação” (1915);O Nascimento de uma Nação” (1915); ““Intolerância” (1916).Intolerância” (1916).

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Vsevolod I. Pudovkin Vsevolod I. Pudovkin (UNIÃO SOVIÉTICA: 1893-1953)(UNIÃO SOVIÉTICA: 1893-1953)

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVEBusca de um processo formal que pudesse transmitir Busca de um processo formal que pudesse transmitir

idéiasidéias através de narrativas; através de narrativas;

PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOSFragmentação da cena em planos para criar uma força Fragmentação da cena em planos para criar uma força

que ultrapassa a característica original da cena.que ultrapassa a característica original da cena.

OBRA REPRESENTATIVAOBRA REPRESENTATIVA ““A mãe” (1926).A mãe” (1926).

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Serguei M. Eisenstein - ISerguei M. Eisenstein - I (UNIÃO SOVIÉTICA: 1898-1948)(UNIÃO SOVIÉTICA: 1898-1948)

PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOS MONTAGEM MÉTRICAMONTAGEM MÉTRICA: Baseada na duração dos : Baseada na duração dos

planos;planos; MONTAGEM RÍTMICAMONTAGEM RÍTMICA: Continuidade visual : Continuidade visual

baseada na ação e nas entradas e saídas de cena;baseada na ação e nas entradas e saídas de cena; MONTAGEM TONALMONTAGEM TONAL: Busca estabelecer uma : Busca estabelecer uma

característica emocional à cena. “Montar é como característica emocional à cena. “Montar é como compor uma música” (Bergman).compor uma música” (Bergman).

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVEA Teoria da Montagem.A Teoria da Montagem.

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OBRAS REPRESENTATIVASOBRAS REPRESENTATIVAS ““A Greve” (1924)A Greve” (1924) ““O Encouraçado Potemkin” (1925)O Encouraçado Potemkin” (1925) ““Outubro” (1928).Outubro” (1928).

Serguei M. Eisenstein - IISerguei M. Eisenstein - II(UNIÃO SOVIÉTICA: 1898-1948)(UNIÃO SOVIÉTICA: 1898-1948)

PROCEDIMENTOS ADOTADOS (cont.)PROCEDIMENTOS ADOTADOS (cont.) MONTAGEM ATONALMONTAGEM ATONAL: Manipulação do tempo no : Manipulação do tempo no

plano;plano; MONTAGEM INTELECTUALMONTAGEM INTELECTUAL: composição : composição

metafórica.metafórica.

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Dziga Vertov Dziga Vertov (UNIÃO SOVIÉTICA: 1896-1954)(UNIÃO SOVIÉTICA: 1896-1954)

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVE ““Cinema-olho”.Cinema-olho”.PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOS Completa separação do cinema em relação ao Completa separação do cinema em relação ao

teatro e à literatura; teatro e à literatura; Experimento com o realismo;Experimento com o realismo; ““Verdade documental”;Verdade documental”;OBRA REPRESENTATIVAOBRA REPRESENTATIVA ““Um homem com uma Câmera” (1929)Um homem com uma Câmera” (1929)

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Aleksandr DovzhenkoAleksandr Dovzhenko (UNIÃO SOVIÉTICA: 1894-1956)(UNIÃO SOVIÉTICA: 1894-1956)

CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVE ““Poema visual”Poema visual”

PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOS Montagem por associação visual;Montagem por associação visual; Ausência de narrativa lógica;Ausência de narrativa lógica;

OBRA REPRESENTATIVAOBRA REPRESENTATIVA ““Terra” (1930)Terra” (1930)

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Luis BuñuelLuis Buñuel (ESPANHA: 1900-1983)(ESPANHA: 1900-1983)CONCEITO-CHAVECONCEITO-CHAVECinema Surrealista.Cinema Surrealista.

PROCEDIMENTOS ADOTADOSPROCEDIMENTOS ADOTADOS Descontinuidade visual;Descontinuidade visual; Destruição do sentido;Destruição do sentido; Choque ocasional de imagens dirigidos ao inconsciente da Choque ocasional de imagens dirigidos ao inconsciente da

platéia;platéia; Assincronismo baseado na dissociação visual;Assincronismo baseado na dissociação visual; Perturbação e roubo do sentido, abalo na segurança do Perturbação e roubo do sentido, abalo na segurança do

conhecimentoconhecimento

OBRA REPRESENTATIVAOBRA REPRESENTATIVA ““Um Cão Andaluz” (1929)Um Cão Andaluz” (1929)

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Fim da Aula X

ATENÇÃO:Não deixe de baixar o caderno

EXERCÍCIOS e responder as questões!

Tenha um excelente curso!

A Coordenação

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Fonte

Os conteúdos desta aula foram produzidos pelos Profs. Drs. Marciel Consani e Paulo Teles, colaboradores do NCE-ECA/USP.

As obras de referência desta aula são:DANCYNGER, Ken. Técnicas de Edição para Cinema e

Vídeo. São Paulo: Campus, 2003.

Para eventual reprodução, solicitar permissão via e-mail para [email protected] e [email protected]