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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.011 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC ( Florianópolis SC ) - segunda-feira, 10 de junho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " L.E.R. " Bloco 3 - IrPedro Juk - " Alegoria das Colunas Zodiacais " (2ª e última parte) Bloco 4 - Ir Sergio Quirino Guimarães - " A abelha na Maçonaria " Reflexão: Anna Barkblom - "O que define e mede o sucesso " Bloco 5 - Ir Paulo César Fiuza Lima - " Sou Mestre! E agora? " Bloco 6 - Ir Luís Felipe Brito Tavares - " Lobos e Carneiros " Bloco 6 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 10 de junho de 2013, 161. dia do calendário gregoriano. Faltam 204 para acabar o ano. Dia da Artilharia, da Língua Portuguesa e da Raça; Data Ncional de Portugal. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

Jb news informativo nr. 1.011

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.011 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

( Florianópolis SC ) - segunda-feira, 10 de junho de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " L.E.R. "

Bloco 3 - IrPedro Juk - " Alegoria das Colunas Zodiacais " (2ª e última parte)

Bloco 4 - Ir Sergio Quirino Guimarães - " A abelha na Maçonaria "

Reflexão: Anna Barkblom - "O que define e mede o sucesso "

Bloco 5 - Ir Paulo César Fiuza Lima - " Sou Mestre! E agora? "

Bloco 6 - Ir Luís Felipe Brito Tavares - " Lobos e Carneiros "

Bloco 6 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 10 de junho de 2013, 161. dia do calendário gregoriano. Faltam 204 para acabar o ano.

Dia da Artilharia, da Língua Portuguesa e da Raça; Data Ncional de Portugal.

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Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de

Emulação

Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012

– Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo –

Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo –

Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa,

Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e

Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de

Emulação.

Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de

Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e

Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.

http://www.youtube.com/watch?v=n9icDo_C4bA&list=UUxEEQlnp8kbSoxO5gc-hYzw&index=1

O Ir Ir Wilmar Cirino, é MMda Loja Londrina- Londrina PRs feiras.

livros maçônicos

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1521 - Os índios destroem as Missões de Cumaná, na Venezuela. 1539 - O conquistador espanhol Hernando de Soto desembarca na baía do Espírito Santo, nos

Estados Unidos, com 600 homens.

1770 - O governador de Buenos Aires, Bucarell, ordena que os ocupantes britânicos das ilhas Malvinas desocupem a zona.

1776 - O Congresso de Filadélfia aprova a Declaração de Independência dos estados da união, nos

Estados Unidos. 1816 - O patriota colombiano José María Carbonell é fuzilado na cidade de Bogotá.

1829

o O governador das Províncias Unidas do Rio da Prata cria o Comando Político e Militar das

Ilhas Malvinas. o Realiza-se a primeira regata entre Oxford e Cambridge.

1842 - Irrompe a Revolução Liberal em Barbacena (Minas Gerais), Brasil.

1834 - O presidente Luis José de Orbegozo promulga a quarta Constituição do Peru. 1854 - O Matemático Bernhard Riemann confere a palestra "Sobre as Hipóteses nas quais se baseia

a Geometria" onde fala sobre sua nova geometria.

1890 - Fundação da cidade de Sumidouro, no Estado do Rio de Janeiro.

1901 - O Parlamento da Bélgica decide aprovar a anexação do Congo. 1914 - É fundada a cidade de Foz do Iguaçu.

1924 - Giacomo Matteotti, deputado e secretário geral do Partido Socialista Italiano, é seqüestrado

e assassinado por um bando fascista. 1933 - Brasil, México e Venezuela retomam as suas relações diplomáticas.

1940 - Segunda Guerra Mundial: Benito Mussolini, ditador da Itália, declara guerra à França e à

Inglaterra. 1944 - Segunda Guerra Mundial: a primeira bomba V-1 alemã é lançada sobre a cidade de

Londres.

1945 - José Luis Bustamante y Rivero é eleito presidente do Peru.

1953 - A União Soviética renuncia suas reivindicações sobre os estreitos turcos de Bósforo e Dardanelos.

1959 - A China e a União Soviética firmam um acordo nuclear.

1967 - Termina a Guerra dos Seis Dias. Israel apodera-se do território egípcio situado ao leste do Canal de Suez, derrota o exército da Jordânia e ocupa a península do Sinai.

1972 - O presidente chileno Salvador Allende nacionaliza o Banco do Chile.

1985 - Israel retira as suas tropas do Líbano. 1992 - Iniciam-se as emissões da RTP Internacional.

1999 - A OTAN anuncia o fim dos bombardeios aéreos contra a Jugoslávia, após 79 dias de

ataques. A ONU autoriza o movimento da força internacional para Kosovo e a criação de uma

administração interina para o território.

2010 - Abertura da 19.ª edição da Copa do Mundo, na África do Sul.

1 - Almanaque

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

Eventos Históricos

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Dia da Artilharia - Dia da Língua Portuguesa - Dia da Raça. Dia de Portugal - Oficialmente Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. A

data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580 é utilizada para relembrar os feitos passados. Até ao 25 de Abril de 1974 era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.

Dia do Santo Anjo da Guarda de Portugal.

Dia de celebração do movimento Jacobitista. Dia da rosa branca (white rose day), no aniversário do

pretendente ao trono britânico (caso tivesse sido rei seria James III de Inglaterra (VIII da Escócia))

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1774 O Grande Oriente de França cria o Rito de Adoção para mulheres.

1819 Fundação do Grande Conselho dos Mações do Real Arco de New Hampshire, USA.

1824 Fundação do Supremo Conselho REAA da Irlanda.

1883 1883 - O Código da Liberdade era composto de um único artigo, sem parágrafo, que dizia:

"Todos os Meios são Lícitos a fim de que Mossoró Liberte os seus Escravos". Mossoró não foi uma cidade de muitos escravos. Existiam 86, segundo registros da Coletoria

Estadual, em livro para esse fim destinado. Trabalhavam principalmente no comércio e nas

residências como domésticos. Quarenta, destes escravos, foram libertados numa única noite, numa sessão especial realizada na Loja Maçônica "24 de Junho", no dia 10 de junho de 1883,

resultado do trabalho conjunto de todas as forças abolicionistas de Mossoró, unidas numa

campanha memorável.

1966 Fundação da Loja Acácia do Sudoeste nr. 1726 de Cachoeira Alta (GOEG)

1978 Fundação da Loja União de Canaã nr. 2010 de Goiânia (GOEG)

1983 A Grande Loja do Estado de Goiás teve a sua primeira sede, nas instalações da Loja

Adonhiram n° 44 à rua 06 n° 30 e continuou posteriormente a usar uma das salas do seu novo

prédio, a primeira à esquerda da entrada na sala dos passos Perdidos, na rua 10, hoje Av.

Universitária n° 288, Setor Sul.

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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O autor, Mario Gentil Costa, é médico em Florianópolis. Contato: [email protected]

http://magenco.blog.uol.com.br

Aquela luva ortopédica que deixava de fora apenas as pontas dos dedos, logo despertou minha curiosidade. Não sei por que, mas, durante a consulta, quase não consegui despregar os olhos da mão direita da paciente, que, sentada à minha frente, discorria sobre suas queixas otorrinolaringológicas. Cheguei a perder detalhes do que dizia e, num esforço sobre mim mesmo, decidi dar-lhe a atenção profissional que o momento exigia. Finda a consulta e feita a prescrição, ia dar os trabalhos por encerrados, quando ela falou, arregaçando a manga da blusa: - Doutor, o senhor olhou mais para minha mão do que para mim. Sabe, por acaso, o que é isto? - Tenho uma vaga ideia. - Pois é. Estou desanimada. Já fiz de tudo para me livrar desta maldita L.E.R. - A senhora é datilógrafa? - indaguei. - Datilógrafa? Não. Sou digitadora! - ela afirmou, cheia de orgulho. - Mas não é a mesma coisa? - Eu nem sei bem o que é uma datilógrafa, doutor. Leve-se em conta que se tratava de uma mulher jovem, que não pegou o tempo das máquinas de escrever. Confessei-lhe que, para mim, os dois termos tinham o mesmo significado. E resolvi dar corda na conversa: - Antigamente, não havia nada disso. Os datilógrafos quase não sofriam desse mal. E sabe por quê? Por que os teclados eram duros e os obrigavam a bater com força. - Meu Deus, que horror. Coitados. - Coitados de vocês, os digitadores - eu corrigi. - Não imagino por que, se tinham de fazer força. - Pois é justamente aí que residia a vantagem deles. Não ficavam com os braços estendidos e imóveis. Muito menos, com as mãos espalmadas sobre o teclado. Elas ficavam mais distantes, mais no alto e desciam em movimentos longos diretamente sobre cada tecla, com absoluta precisão. - E onde está a vantagem disso?

2 - Opinião

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- Está no exercício. Todo o braço trabalhava; mãos e pulsos se moviam e não apenas os dedos. Os tendões dos músculos responsáveis pela precisão não ficavam restritos a gestos curtos. E olhe que eu conheci datilógrafos que batiam bem depressa; não erravam uma letra sequer. Eram uns craques. - Também não erro uma letra, doutor. Não acredito que batessem mais depressa que eu. - Não estou negando sua competência, minha cara, mas, como lhe disse, eles não tinham L.E.R. Há quanto tempo está com este problema? - Tirando os intervalos de melhora, que são curtos, há uns três anos. O pior é que meu chefe não está mais acreditando em mim; pensa que estou embromando. Ele não sabe o quanto dói. - Quer um conselho? - Claro. - Quando for liberada desta fase e retornar ao trabalho, lembre-se do que eu lhe disse e mude sua postura. Afaste os pulsos, mova os braços e os antebraços. Gire seu ombro em todas as direções. Eleve a cadeira. E bata firme. Não esqueça: o teclado é barato. Não tenha pena dele. - E como é que eu devo fazer com o mouse? A pergunta era boa, e, pensando rápido, eu respondi: - Não fique com o braço esticado e parado. Nos intervalos, passeie com ele pelo ar. Mexa com os dedos. E volte aqui para me contar os resultados. Com um leve e educado sorriso de evidente descrença, a moça foi embora. E eu fiquei cismando: “Que foi que deu em mim? Que tenho eu a ver com isso? Por que me meti a dar palpites na seara alheia? E se a coitada piorar?”

Acabei me esquecendo do problema e toquei minha rotina. O tempo passou. Um belo dia, ela marcou um retorno. Seu problema otorrinolaringológico fora resolvido, como constatei ao exame.

Com um gesto elaborado, ela tirou da bolsa um presentinho para mim, dizendo: - Duas recargas para sua esferográfica Parker, doutor. E, em seguida aos agradecimentos de praxe, emendou:

- O senhor não notou uma diferença em mim? - Notei, sim. Seu ouvido está bem... - fiz-me de desentendido.

- Só isso? Mais nada? - Está sem a luva ortopédica.

- É isto mesmo. Virei datilógrafa, à moda antiga. E estou curada. - Está notícia me deixa muito alegre. - Tem mais, doutor: livrou-me de outro problema... - Sim? – indaguei, desta vez realmente curioso. - Estou descarregando minha raiva antiga... - Não entendo o que quer dizer... - respondi. - Eles me pagam tão mal..., e eu me vingo dando porrada no teclado.

Mario Gentil Costa

Associação dos Funcionário

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ALEGORIA DAS COLUNAS ZODIACAIS RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

(2ª Parte)

Ir. Pedro Juk. Loja Estrela de Morretes, 3159

Morretes - PR

(A 1ª parte foi publicada ontem, 09/06/13, edição nr. 1.010).

COLUNAS ZODIACAIS –

CONCEPÇÃO DOUTRINÁRIA NO REAA.

Na conjuntura doutrinária da Moderna Maçonaria o Templo representa simbolicamente um canteiro de obras especulativo que tem o Homem como matéria prima especulativa da construção em lugar da pedra calcária usada pelos construtores operativos medievais. Essa concepção que revive a arte das construções em um método simbólico comparativo de aperfeiçoamento desde a pedra bruta e tosca retirada da jazida até o seu esquadrejamento próprio para a utilização na Arte, implica através de um sistema de aperfeiçoamento maçônico em melhorar o Homem para que possa ele fazer parte como elemento aprimorado da construção de um Templo à Virtude Universal.

Pela amplitude da Maçonaria Universal, embora com o mesmo objetivo, questões culturais acabam por se utilizar de métodos distintos (vertente latina ou anglo-saxônica) como norteadores de alcance desse objetivo.

Nessa apreciação, o Rito Escocês Antigo e Aceito por ser filho espiritual da França utiliza nos seus graus simbólicos o método que associa a sua matéria prima com as Leis da Natureza.

O que então significaria essa correlação entre o Maçom e as Leis Naturais?

3 - alegoria das colunas zodiacais - Rito Escocês Antigo e Aceito - 2ª Parte

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Trata-se de comparar simbolicamente a vida do Homem com a vida da Natureza. O primeiro na sua existência terrena e a segunda pela sua duração no espaço de um ano conforme os ciclos e os bens produzidos pelas estações – a morte e a ressureição da Natureza que se apresenta perfeita e imutável desde a sua criação.

Nesse conceito doutrinário o Maçom como parte integrante desse teatro natural representa através da sua senda iniciática essas Leis. Nesse sentido o protagonista humano simula simbolicamente a sua morte (inverno) para renascer na primavera. Para esse afazer figurado o palco teatral é a Loja e o figurante o Iniciado.

Assim, o processo iniciático maçônico revela ações perpetradas particularmente pelo Rito na sua cerimônia de Iniciação conduzindo o candidato a interpretar essa alegoria consubstanciada pelos quatro elementos alquímicos do passado – Terra, Ar, Água e Fogo, já que cada um dos doze períodos que compõem o espaço da vida e morte da Natureza, de modo simbólico, não científico, se relaciona por sua vez com um dos Elementos1.

A cerimônia de Iniciação sugere essa escalada na sua vereda através da prova pelos quatro elementos – prova da Terra, a Câmara de Reflexão (V.I.T.R.I.O.L.); prova do Ar, a primeira viagem; prova da Água, a segunda viagem e por fim a prova do Fogo, a terceira viagem.

Esse caminho iniciático é assim representado pelos ciclos naturais por meio das Colunas Zodiacais. Nesse sentido cabe a compreensão de que na cerimônia de Iniciação de maneira velada, mas compreensível pelo Maçom na medida do seu aperfeiçoamento, que o ato em si resume todos esses ciclos – do nascimento à morte. Nesse particular a Câmara de Reflexão é o ponto de partida e a Exaltação do Mestre o epílogo da jornada.

Em linhas gerais o Aprendiz recém-iniciado, ou Neófito (do grego neóphytos, néo=novo, phytos=planta) oriundo da Câmara de Reflexão concebe a Primavera, ou a infância, que por sua vez é representada pelas três primeiras Colunas Zodiacais – Áries (Carneiro), Touro e Gêmeos (três meses contados a partir de 21 de março a 20 de junho). Posteriormente o Aprendiz Iniciado simula o Verão, ou adolescência concebida pelas três outras Colunas do Zodíaco – Câncer, Leão e Virgem (três meses contados a partir de 21 de junho até 20 de setembro). Cumpridos esses dois ciclos encerra-se a passagem do obreiro pelo Topo da Coluna do Norte, o que significa em termos iniciaticos que o Aprendiz cumpriu a sua jornada proposta no Primeiro Grau e está apto para ser Elevado ao Segundo Grau se deslocando (passando) do Norte para o Sul2.

Agora o Companheiro que atingiu a juventude da sua existência começa representando a robustez que antecede maturidade da vida e entra no Outono concebido pelas Colunas Zodiacais de Libra (Balança), Escorpião e Sagitário (três meses contados a partir de 21 de setembro até 20 de dezembro). Em sequência o Companheiro simula o Inverno, ou a idade vetusta da vida que antecede a morte pelas três últimas Colunas Zodiacais – Capricórnio, Aquário e Peixes (os últimos três meses contados a partir 21 de dezembro a 20 de março). Cumpridos esses dois últimos ciclos o

1 Quatro Elementos Alquímicos – concepção antiga e muito praticada na Idade Média. Acreditava-se que a

composição da Natureza se constituía nos elementos Terra, Ar, Água e Fogo. O uso desse conjunto como símbolo e alegoria na Moderna Maçonaria constitui-se apenas como exemplo para transformação e aprimoramento. A Sublime Instituição, investigadora da Verdade, acompanha a evolução da ciência e entende perfeitamente que esse é um conceito superado. 2 Passando do Norte para o Sul – é a origem do jargão “para a perpendicular ao nível”, o que significa que o

protagonista maçom que está no Nível (Norte – Primeiro Vigilante) passa para uma perpendicular a esse Nível (Prumo – Segundo Vigilante). Ocorre que por desatenção, a grafia em não raras vezes é equivocadamente apresentada – da perpendicular ao nível. Essa apresentação enganosa perde todo o sentido e confunde o procedimento.

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Companheiro agora maduro e experiente está apto para ser Exaltado ao Terceiro Grau ingressando pelo equador em direção ao Oriente da Loja.

Essa é a relação iniciática que corresponde aos Graus Simbólicos na vertente doutrinária do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Nesse conjunto de princípios que servem de base para essa regra iniciática cabem algumas ilustrações que podem explicar alguns procedimentos maçônicos na Loja:

a) As constelações de Câncer e Capricórnio marcam os solstícios – a primeira coincide com o de verão e a última com o de inverno no Hemisfério Norte;

b) Nessa relação, Câncer estará sempre no Topo da Coluna do Norte enquanto que Capricórnio estará no Topo da Coluna do Sul;

c) Os pontos solsticiais coincidem com as datas comemorativas de João, o Batista (verão) e João, o Evangelista (inverno);

d) Em se estando posicionado na banda boreal do planeta Terra, quanto mais distante do Equador em direção ao Norte, a latitude pela curvatura do Planeta recebe menos luz, o que dá a interpretação simbólica que no Templo Maçônico o topo do Norte é o lugar mais escuro;

e) A jornada iniciática obedece ao sentido horário de Norte para Sul – o Aprendiz passa pelo Norte e Companheiro pelo Sul;

f) No Topo do Norte o Aprendiz recém-iniciado egresso da Câmara de Reflexão começa a sua jornada junto a Áries, ou Carneiro (equinócio de primavera - próximo ao Primeiro Vigilante) em direção a Virgem (final do verão). É contraditória e equivocada a ação de posicionar o recém-iniciado próximo à grade do Oriente (verão - Virgem);

g) No Topo da Coluna do Sul o Companheiro recém-elevado egresso do Norte rompe a sua jornada na constelação de Libra, ou Balança (equinócio de outono – próximo à grade do Oriente) rumando para Peixes (final de inverno);

h) A relação mística entre o Homem iniciado e a evolução anual da Natureza explica algumas disposições topográficas de decoração e mobiliário da Loja;

i) Os símbolos alquímicos relativos aos Quatro Elementos constituídos por triângulos com vértice apontado para cima, ou vice-versa junto aos capitéis decorativos das Colunas Zodiacais merecem considerações no Apêndice dessa peça de arquitetura.

j) Essa mesma relação dá sentido às passagens e representações ritualísticas específicas do Rito Escocês Antigo e Aceito no tocante à Iniciação, Elevação e Exaltação.

Em linhas gerais e sem a pretensão de esgotar o assunto esses são os tópicos principais relativos às Colunas Zodiacais presentes na concepção doutrinária do Rito Escocês Antigo e Aceito.

V – CONCLUSÕES FINAIS.

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Longe de se esgotar o assunto ou produzir uma opinião laudatória, o escrito aqui produzido teve a intenção de abordar um tema do simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito que infelizmente a nosso ver é muito pouco abordado, senão com interpretações equivocadas e às vezes até mesmo infantis.

No equívoco pairam as imaginações de que o trato do Zodíaco na Maçonaria está relacionado à astrologia de adivinhações e influências ocultas. Ainda outra ilação imprecisa é a afirmativa de que um Templo Maçônico é arquétipo adquirido na construção do primeiro Templo de Jerusalém. Se agravando ainda mais a salsada, está à imaginação de ter existido no referido Templo o conjunto das doze Colunas Zodiacais.

Na infantilidade de dedução, dentre outras, está aquela de se definir que “doze lindas colunas sustentam a abóbada de um Templo Maçônico” (sic). Inferência essa ilusória em certas instruções que campeiam o falso ideário maçônico.

Sob o ponto de vista da autenticidade, salvo contestações, essas conjecturas não merecem aqui nenhum comentário.

A abordagem do tema relativo às Colunas Zodiacais não seria satisfatório se não houvesse tido pelo menos uma abordagem superficial no campo da autêntica História, onde foi abeirada a vertente maçônica da prática, ao mesmo tempo em que fora indicada a diferença entre os métodos de doutrina.

Nesse particular procurou-se mostrar a influência cultural adquirida pela visão filosófica no tocante ao teísmo do Craft e o deísmo da grande maioria dos Ritos latinos. Sob essa ótica aparece a vertente no Rito Escocês Antigo e Aceito como filho espiritual da França.

Na questão ritualística a abordagem do tema tratou de dar sentido às práticas executadas na Loja, particularmente ao ciclo natural representado pelas Colunas Zodiacais e, como um todo, na aplicação das cerimônias e atos distintos que convergem para a alegoria da vida e do aperfeiçoamento do Homem.

Não obstante, nessas considerações finais, o objetivo foi o de trazer um pouco de Luz para que o homem Maçom possa compreender a razão dos procedimentos ritualísticos e litúrgicos da Loja, bem como o de um Rito em particular.

Ainda dentro desse contexto objetivou-se mostrar que Maçonaria não é um rito em particular, todavia um conjunto de Ritos e Trabalhos. Também dentro dessa linha de pensamento ficou claro que alguns procedimentos, e mesmo símbolos são às vezes particulares de um sistema distinto e, além disso, conforme o Rito praticado.

Obviamente não existe nada de novo debaixo do Sol, todavia a questão é compreender a mensagem. Assim decorrendo, o Maçom se desvia do rançoso ato de “achar bonito”, para realmente entender aquilo que ele está praticando na Loja.

Na Grande Iniciação (Exaltação) o Maçom representa o final de uma jornada (essa idade não me agrada) e o começo de outra que está a porvir. Nesse sentido, a sua Marcha e as nove luzes acesas, inquestionavelmente é a representação dessa concepção alegórica.

Também é notória a necessidade não só de aprender e compreender, contudo praticar os ensinamentos hauridos das instruções. Isto é: vivenciar essa transformação, já que a verdadeira imortalidade, quando despida de concepções religiosas restritas ao foro íntimo de cada um, está na Obra deixada como exemplo para as futuras gerações. Daí a máxima: “a semente que cair no chão e não morrer estará fadado ao esquecimento, porém àquela que morrer, certamente produzirá bons frutos”.

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Assim o epílogo nunca vem antes do princípio – um fato só acaba se ele tiver um dia começado. Da mesma forma, o fruto sucede a flor, porém antes da flor existe a semente. Em linhas gerais é essa a comparação que a Maçonaria nessa vertente faz entre as Leis da Natureza e o Homem como matéria prima especulativa.

A Natureza, perfeita pela constituição do “Criador”, tem nela também o Homem, não perfeito, contudo perfectível.

A investigação da Natureza é um dos motes do Canteiro, ou Loja. O ato de observar e meditar sobre esse teatro natural encontra guarida nesse espaço simbólico. Afinal a Maçonaria é um sistema velado por símbolos e alegorias, cujo objetivo é, por lições de moral, ética e sociabilidade, melhorar o Homem – “aprimorai o Homem e consertarás o Mundo”.

PEDRO JUK

Morretes – PR – Março de 2013

APÊNDICE

Os triângulos dispostos junto às Colunas Zodiacais representam por sua vez um dos quatro Elementos Alquímicos da Natureza na antiguidade – Terra, Ar, Água e Fogo (de maneira científica essa é uma visão superada). Por extensão, como artifício do misticismo, a ideia manteve-se presente relacionando-se particularmente ao Zodíaco.

As provas da Iniciação e, por conseguinte a vereda de aperfeiçoamento no Rito Escocês Antigo e Aceito traduz a alegoria como elemento de um processo ético, moral e sociológico, se fazendo valer desse sistema que possui simbolicamente elo direto com os Quatro Elementos – prova da Terra, do Ar, da Água e do Fogo.

Sendo as doze Colunas Zodiacais divididas em quatro grupos de três a representação desses ciclos iniciáticos, seguem algumas clássicas concepções místicas para cada um dos doze alinhamentos representados pela figura de um triângulo como símbolo alquímico - com o ápice apontado para cima representa o Fogo, ou o Ar; com o ápice apontado para baixo, a Terra, ou a Água.

PRIMAVERA E VERÃO – ESTAÇÕES RELATIVAS AO HEMISFÉRIO NORTE. Colunas Zodiacais localizadas na parede Norte (sentido de leitura – do extremo Ocidente para a grade do Oriente): 1 – Constelação de Áries, ou Carneiro (Primavera), Fogo (ápice para cima). Nesse sentido se trata do fogo que constrói no interior, cujo estímulo se traduz no crescimento e no desenvolvimento. O Sol afastado pelas trevas do inverno, este revive na primavera provocando o reavivamento da Natureza (ressurreição). O Equinócio e a passagem do Sol para o hemisfério norte. Os dias são iguais às noites na sua duração. Simboliza o ardor iniciático em direção à Iniciação.

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2 – Constelação de Touro (Primavera), Terra (ápice para baixo). Implica na matéria receptiva da luz solar, cujo efeito é a fecundação. Os dias começam prevalecer mais que as noites. Esse conceito se coaduna com preparação interior. Simboliza que o recipiendário, posteriormente a uma criteriosa preparação será admitido nas provas. 3 – Constelação de Gêmeos (Primavera), Ar (ápice para cima). A Terra já fecundada pelo fogo se apresenta com vitalidade construtiva no elemento etéreo. Sublime e puro acentua a sublimação da Natureza. As noites se encurtam ainda mais e os dias aumentam em sua intensidade. Simboliza o Neófito que recebe a Luz. 4 – Constelação de Câncer (Verão), Água (ápice para baixo). A Natureza atinge a plenitude. Estação em que a força e a robustez da vegetação são resplandecentes, porém não há ainda propriedade para a colheita. Os frutos estão verdes. Solstício de Verão (João, o Batista) - os dias são longos em sua duração. Implica que o iniciado busca a judiciosa instrução e assimila os ensinamentos iniciático adquiridos. 5 - Constelação de Leão (Verão), Fogo (ápice para cima). A ação tórrida do fogo exterior intervém para ressecar e matar a constituição aquosa. Os frutos começam a amadurecer. Os dias são ainda longos prevalecendo à intensidade da Luz. Simboliza o Iniciado que começa adquirir a capacidade do julgamento das ações e ideias que porventura possam seduzi-lo. 6 – Constelação de Virgem (Verão), Terra (ápice para baixo). A substância fecundada como a esposa fertilizada pelo Fogo. Os bens produzidos estão maduros e prontos para a colheita. O calor é agora menos tórrido. Os dias começam a encurtar para se aproximar do equilíbrio. É final de verão e aproxima-se a próxima estação. Simboliza o Iniciado que agora reúne os materiais e ferramentas. Do desbaste e preparação, aproxima-se o momento da elevação da Obra. OBSERVAÇÃO. Câncer situado no Norte corresponde a Coluna Solsticial “B” que marca a passagem do Trópico de Câncer como limite astronômico boreal da revolução anual do Sol. OUTONO E INVERNO – ESTAÇÕES RELATIVAS AO HEMISFÉRIO SUL.

Colunas Zodiacais localizadas na parede Sul (sentido de leitura - da grade do Oriente para o extremo do Ocidente): 1 – Constelação de Libra, ou Balança (Outono), Ar (ápice para cima). É o equilíbrio das forças naturais construtoras e destrutivas. O fruto no ponto máximo da colheita e do sabor. Equinócio de Outono e os dias e noites são iguais em sua duração. O Sol se prepara para passar para o outro hemisfério. Simboliza agora o Companheiro e a juventude no estado máximo da atividade. A obra começa a ser elevada. A juventude, a ação e o trabalho são as pragmáticas do Grau. O trabalho começa ao Meio-Dia (puberdade). 2 – Constelação de Escorpião (Outono), Água (ápice para baixo). O aproveitamento do

fruto e a preparação da semente que se apronta para morrer. Significa a base da

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construção vital e a combinação do elemento primário. O Sol se precipita para o outro hemisfério e as noites começam a prevalecer sobre os dias na sua duração. Simboliza um grau de maior de experiência, porém o Mestre é ferido de morte. O iniciado mata o iniciador. 3 – Constelação de Sagitário (Outono), Fogo (ápice para cima). A Natureza moribunda pela existência de pouca Luz assume um aspecto desolador e destaca o espírito do cadáver do Mestre. É o fim do outono que inexoravelmente encontrará a estação das trevas. Simboliza que o Companheiro se despede da juventude para ingressar na maturidade - “Eis que chegarão os dias em que tu dirás: essa idade não me agrada”. 4 – Constelação de Capricórnio (Inverno), Terra (ápice para baixo). A Natureza está

morta. Nada mais vive. Os frondosos ramos verdes agora exibem os galhos desnudos. A substância terrena, embora inerte e passiva, permanece no aguardo de uma renovação e fecundação. A Terra fica viúva do Sol que atingiu o seu ápice no deslocamento para o outro hemisfério (há a prevalência das trevas – dias curtos e noites longas). É o solstício de inverno obedecendo a Lei Natural de morrer para renascer (João, o Evangelista). É certo que a semente que morreu, futuramente produzirá bons frutos. Simboliza a idade madura e o Mestre. O túmulo é descoberto na certeza de que a semente (Sabedoria) um dia reviverá da escuridão – Natalis Invicti Solis. 5 – Constelação de Aquário (Inverno), Ar (ápice para cima). Na terra adormecida os

elementos constitutivos da Natureza começam a se preparar para a nova geração que se aproxima. O Sol reinicia sua jornada de retorno e as noites começam a se encurtar. Simboliza que a vitalidade inerte começa a acordar. O cadáver do Mestre é desenterrado e uma cadeia de esforços é formada para ressuscitá-lo. 6 – Constelação de Peixes (Inverno), Água (ápice para baixo). O inverno chega ao seu

fim. A neve se derrete impregnando o solo de fluídos imprescindíveis para a renovação e revitalização da Natureza. Os dias aumentam na sua duração anunciando a nova estação que virá com a passagem de retorno do Sol pelo equador. A época da ressurreição se avizinha. Enfim a Natureza reviverá pelos bens (frutos e sementes) produzidos pelas estações. Simboliza que o Mestre é levantado e revivido. Assim se despede o “caos”, pois a ressurreição traz consigo a Palavra Perdida.

OBSERVAÇÃO. Capricórnio situado no Sul corresponde a Coluna Solsticial “J” que marca a passagem do Trópico de Capricórnio como limite astronômico austral da revolução anual do Sol. ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO OLIYNIK, Anatoli – Emulação, História, Ritualística e Rituais – Editora Vicentina –

Curitiba, 2004. CASTELLANI, José – O Rito Escocês Antigo e Aceito – A Trolha – Londrina, 1.988. ___________, José – Dicionário Etimológico Maçônico – A Trolha – Londrina. ___________, José – Cartilha do Aprendiz – A Trolha – Londrina, 1.992. ___________, José – Maçonaria e Astrologia – Editora Landmark – São Paulo, 2.000.

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___________, José – A Maçonaria e sua Herança Hebraica – A Trolha – Londrina, 1.993. ___________, José – As Origens Históricas da Mística Maçônica – Editora Landmark –

São Paulo, 2.004. VAROLI F.º,Theobaldo – Curso de Maçonaria Simbólica – Tomo I, A Gazeta Maçônica. __________ ,Theobaldo – Curso de Maçonaria Simbólica – Tomo II, A Gazeta Maçônica. __________ ,Theobaldo – Curso de Maçonaria Simbólica – Tomo III, A Gazeta Maçônica. CARVALHO, Assis – Símbolos Maçônicos e Suas Origens – A Trolha – Londrina, 1.990. MELLOR, Alec – Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco Maçons – Martins

Fontes, São Paulo, 1.989. HORNE, Alex – O Templo do Rei Salomão na Tradição Maçônica – Pensamento – São

Paulo, 1.991. BONGARD, Renné – Manuel Maçonnique du Rite Ecossais Ancien et Accepté – Dervy –

Paris. JONES, Bernard E. – The Freemason’s Guide and Compendium – Londres – 1.950. SANTOS, Luis Umberto - História Del Rito Escocês Antiguo Y Aceptado – México, 1.973. SÃO PAULO, Grande Oriente de – Ritual e Instruções de Aprendiz Maçom -

REAA - 1.974.

BRASIL, Grande Oriente do – Ritual de Aprendiz - REAA - 2.009.

______, Grande Oriente do – Ritual de Mestre - REAA - 2.009. BRAZILEIRO, Grande Oriente - Guia dos Maçons Escossezes ou Reguladores dos Três

Gráos Symbólicos do Rito Antigo e Aceito –Seignot-Plancher, Rio de Janeiro, 1.834.

PARANÁ, Grande Oriente do Brasil - Manual de Dinâmica Ritualística do 1.º Grau –

REAA - 2.010. PERNAMBUCO, Grande Oriente Independente de – Ritual do 1.º Grau – Aprendiz

Maçom - REAA – Recife, 1.994. CARR, Harry – Freemasons at Work – Lewis Masonic, 1.992. EMULAÇÃO, Trabalhos de (Ritual) – Tradução, Referência Irmão João Guilherme, Rio

de Janeiro. NEWTON, Joseph Fort, Os Maçons Construtores – A TROLHA – Londrina, 2000. EMULATION, Ritual – Allan Lewis Masonic, 2001. CHARLIER, René Joseph – Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica – Edições Futuro –

São Paulo, 1.964. HINBERG, Richard – Celebrando os Solstícios – Madras Editora Ltda. – São Paulo,

2.002. BOUCHER, Jules – La Symbolique Maçonnique – Dervy-Livres – Paris, 1.979. FERRÉ, Jean – História da Franco-Maçonaria (1.248 – 1.782) – Madras Editora Ltda. –

São Paulo, 2.003. BAIGENT, Michael. LEIGH, Richard – O Templo e a Loja – Madras Editora Ltda. – São

Paulo, 2.006. RODRIGUES, Raimundo – A Filosofia da Maçonaria Simbólica – Editora Maçônica A

Trolha – Londrina, 1.999. FICHTE, Johann Gottlieb – Filosofia da Maçonaria – Editora A Fraternidade – São

Paulo, 1.984. JUK, Pedro – Abóbada do Templo Maçônico - R∴E∴A∴A∴ - Coletânea 6, pg. 97 –

Editora Maçônica A Trolha, Londrina, 2.003. ____, Pedro – Instrucional Maçônico – Painel da Loja de Aprendiz – Grande Oriente do

Brasil – Paraná – Curitiba, 2.003.

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____, Pedro – Instrucional Maçônico – Colunas Zodiacais – Grande Oriente do Brasil – Paraná – Curitiba, 2.003.

____, Pedro – Exegese Simbólica Para o Aprendiz Maçom – TOMO I – Editora Maçônica A Trolha – Londrina – 2008.

____, Pedro – Consultório Maçônico – Revista Maçônica A Trolha (diversas) – Editora Maçônica A Trolha – Londrina.

____, Pedro – Perguntas e respostas, Diário JB NEWS (diversos) – Florianópolis - SC. ____, Pedro – A Tolha, Coletânea 6, página 97 e seguintes – Editora Maçônica A Trolha

– Londrina – 2.003. ____, Pedro – A Tolha, Coletânea 7, página 133 e seguintes – Editora Maçônica A

Trolha – Londrina – 2.005. ____, Pedro – INBRAPEM, Volume 4, página 77 e seguintes – Editora Maçônica A

Trolha – Londrina – 2.005. BLANCO, Ailton – Oficina de Restauração para o Rito Escocês Antigo e Aceito -

www.oficina-reaa.org.br RITUAIS DIVERSOS – Grande Oriente da França – Aprendiz, Companheiro e Mestre –

1.804; GOB - 1.874; GRANDE LOJA – 1928; GOB – 1.922; GOB – 1857; Grande Oriente da França – Cobridores dos três graus – 1.804;

Chapecó nos espera!

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Abelha na Maçonaria

ANO 07 - ARTIGO 24 - NÚMERO SEQUENCIAL 411

Artigo

Saudações, estimado Irmão!

Estou em Santa Bárbara – MG Na terra do mel, escreverei sobre a

ABELHA NA MAÇONARIA

Sérgio Quirino Guimarães

Delegado Geral do Grão-Mestre – G.’.L.’.M.’.M.’.G.’. 0 xx 31 8853-2969

[email protected] (assuntos maçônicos) / [email protected] (assuntos

ligado à Delegacia) Ano 07 - artigo 24 - número sequencial 411 Sinto muito. Me perdoe.

Te amo. Sou grato. Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa.

Pratique!

Provavelmente a grande maioria dos maçons brasileiros jamais tomou conhecimento da relação da Apis mellifera com a Maçonaria. Realmente este símbolo juntamente com a colméia só foi incorporado aos “verbetes maçônicos” anos depois da transformação da Maçonaria Operativa em Maçonaria Especulativa. Lógico! Afinal fumegadores e melgueiras não são instrumentos de lavradores de pedra (tiller stones), mas o universo apícola é um campo muito fértil para os tiller symbols. E foram justamente eles que deslumbraram toda a mítica das abelhas, colméias e trabalho cooperativo. Com a briga entre os “Modernos” e os “Antigos”, ficaram esquecidas durante muitos anos no Velho Continente, de maneira oposta, no Novo Continente seu

4 - Abelha na Maçonaria

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simbolismo foi conservado e exaltado. Visitando o museu maçônico da Grande Loja Unida da Inglaterra, os Irmãos encontraram abelhas e colméias ilustrando diplomas, páginas de rituais, objetos de decoração maçônica e até aventais, comprovando a admiração que nós maçons devemos ter por esta criatura de Deus que sabe o valor de edificar uma casa. Mais do que uma casa, um Lar e compreendendo que em um espaço físico onde convivem harmoniosamente seus habitantes, podemos dizer que ali é um “espaço sacro”, um Templo. Talvez algum Irmão tenha esboçado um sorriso enquanto pensava: - Imagina! Uma colméia sendo um Templo Maçônico! E porque não! Será que apenas o homem com sua pseudo racionalidade, tem em seu DNA os registros de ser criado a semelhança do Criador? Além do mais na “Colméia Templo” temos três classes, a Venerada Rainha, os Eminentes Zangões e as Irmãs Operarias. Nosso Irmão Albert Gallatin Mackey (1807-1881), foi um dos mais proeminentes maçons de seu tempo, foi Instrutor e Grande Secretário da Grande Loja da Carolina do Sul e Secretário Geral do Supremo Grande Conselho do REAA da Jurisdição Sul dos USA. Além dos Landmarks copilados e de vários livros maçônicos deixados para as futuras gerações de maçons, ele escreveu sobre as abelhas: “Devemos (nós maçons) observar as abelhas e aprender como são laboriosas e que notável trabalho elas produzem, prevalecendo os valores da sabedoria, apesar de serem frágeis e pequenas” Mas foi um Irmão do Rito de York que mais valorizou o comprometimento das abelhas em seu labor. Thomas Smith Webb que em 1797 publicou um pequeno livro que teve várias reedições (século XVII e XIX !!!) intitulado “Monitor do Maçom” que até hoje é estudado e adotado por muitas Grandes Lojas dos USA (Monitor de Webb). Ensina o Irmão Thomas: “A Colméia é um emblema de indústria e operosidade. Ela nos ensina a prática dessas virtudes a todos os homens. Viemos ao mundo como seres racionais e inteligentes. Como tais, devemos sempre ser trabalhadores, jamais nos entregando à preguiça quando nossos companheiros necessitarem, se estiver em nosso poder auxiliá-los. Aquele que não buscar trazer conhecimentos e entendimento ao todo, merece ser tratado como um membro inútil da sociedade, indigno de nossa proteção como Maçons.” E ao descobrirmos que uma abelha operária vive no máximo dois meses, devemos refletir que a vida realmente é muito curta. E não devemos contar os dias como sendo como o despertar das manhãs, mas sim o labor das tardes.

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A abelha operaria também tem sua graduação: Seu primeiro estágio ou grau, é o básico, executa pequenos trabalhos de ir e vir, cuidando principalmente de faxineira, seu número é o três, afinal a partir do quarto dia, ela é elevada a outras obrigações. Agora acompanham e abrilhantam os trabalhos das irmãs mais experientes. Seu titulo é de nutrizes. Recebem as substâncias (instruções) das outras, fazendo dentro de si uma mistura de pólen, mel e água e regurgitam nos alvéolos em que existam larvas (candidatas???) e também cuidam da Venerada Rainha. Mas chega a hora em que adquirindo instruções superiores elas são promovidas a “Mestres de Obra” e vão trabalhar construindo os favos e as paredes da colméia. Com níveis, esquadros e prumos divinos executam seus trabalhos com fervor e zelo. Ao final do terceiro ciclo de sete dias, elas se desinstalam da colméia e passam a trabalhar no campo. Recolhem água, pólen, própolis e néctares, tudo para a manutenção e sobrevivência das futuras gerações. Estas são as abelhas que admiramos, as que vemos voar de flor em flor, preocupada apenas com o labor. Esta abelha é chamada de “Campeira” e como bom seria se tivéssemos um número cada vez maior de “Maçons Campeiros”. Aquele Irmão que saí a campo, procurando conhecimento e entendimento, visando apenas compartilhar o que colheu com seus Irmãos em Loja. Assim realmente se torna um elemento útil a nossa sociedade e digno de nossa admiração e proteção.

PARABÉNS: Aos Irmãos da ARLS Luz das Estrelas 335, belíssima reunião e muito

obrigado pelo carinho e homenagens prestadas. Ainda vou descobrir o porquê das três estrelas colocadas em forma de cunha no Brasão/Bandeira de Santa Bárbara, muito interessante.

TFA

Quirino

!

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Para refletir

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Sou Mestre! E agora?

MM Paulo César Fiuza Lima

BARSLSRegeneração Catarinense nr. 138

Florianópolis - SC

Contato: [email protected]

Ainda sob a comoção do belíssimo ritual de Exaltação, uma mescla de surpresas, lendas e novos sinais, enfim, passei para a Câmara do Meio. Dizem, agora, os mais antigos que cheguei aqui por méritos próprios; que meus trabalhos foram aprovados; que minha assiduidade foi considerada. Parece-me que minha iniciação aconteceu ontem e minha Elevação ainda há pouco. Os Mestres que tanto auxiliaram em minha jornada até aqui, são os mesmos que dizem agora que, doravante, terei de seguir sozinho em minha caminhada. Mas caminhar para onde? O que me aguarda? Leio e releio meus “catecismos” e percebo que não sei nada. Os mistérios continuam mistérios. Mal e mal decorei as palavras e titubeio ao fazer os toques e sinais. Sinto-me inseguro e eles querem que eu siga sozinho! Dizem-me que serão só mais 30 degraus. SÓ? Nem sei bem como galguei os três primeiros. Tropecei aqui, escorreguei ali... Fui aos trancos e barrancos achando sempre que não conseguiria ir muito adiante. Mas, afinal, cheguei! Sou Mestre Maçom (com avental novinho em folha e até um chapéu esquisito) Orgulhoso, fui à minha primeira sessão sentando em cadeira estofada (Ah! Que delícia essas cadeiras estofadas). Todo prosa, olhei para a coluna dos Aprendizes já me achando o tal. De repente, Tempo de Estudos e dois Aprendizes apresentam seus trabalhos. Logo minha ficha cai. Os dois dão um show. Desenvolvem seus temas com uma postura e uma eloquência que me trazem de volta àquilo que realmente sou: um mero aprendiz e nada mais que isso.

5 - sou mestre! E agora?

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Assistindo suas apresentações, renovo minhas energias. Sei que a caminhada, doravante, será diferente. Até aqui tive de provar aos meus Irmãos que desejava e podia ser um bom maçom. Agora, tenho de provar a mim mesmo que terei força e disposição para cumprir todas as promessas e juramentos que fiz. E provar que saberei galgar, na Escada de Jacó, tantos quantos forem os degraus que o GADU me permitir. Certamente, não serei o melhor Mestre. Mas, daqui em diante, todos os meus esforços canalizarei para ser um maçom que orgulhe minha oficina, mereça o respeito de meus Irmãos e seja um ponto de apoio para os Aprendizes e Companheiros que de mim, sempre haverão de receber uma palavra amiga de incentivo. Enfim, acho que já sei o que é ser um Mestre Maçom: É ter a humildade necessária para saber-se pequeno e a ambição desmedida para procurar ser um ser humano cada dia melhor. -

O Ir Luiz Felipe Brito Tavares,

médico e escritor, é Obreiro da

Loja Luz do Planalto nr. 76

São Bento do Sul – SC

O que distingue geneticamente o lobo do cachorro doméstico é insignificante, a ponto de serem considerados em identidade. Porém, no que tange ao fenótipo, nota-se uma nítida diferença entre os dois, em termos de inteligência, comportamento e tamanho do cérebro.

6 - Lobos e Cordeiros

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Por mais semelhantes que sejam, o lobo possui um cérebro maior e uma autonomia também maior. Nos tempos primitivos do homem moderno, ainda quando habitava as cavernas, um fenômeno interessante passou a ter lugar. Ao fazerem suas refeições nas grutas, naturalmente jogavam as sobras em proximidade. Com o tempo, alguns animais, principalmente o lobo, atraídos pelo odor do lixo, constituído em predominância por resto de carne e ossos, começaram a se aproximar. Naturalmente apenas os menos arredios se aproximavam a ponto de criarem hábitos de convivência que foram gradativamente então repassados as gerações de lobos subsequentes. Cada vez mais a seleção genética da docilidade permitiu aproximações, quetambém cada vez mais intimas a ponto de em determinado ponto do tempo, aquele animal, anteriormente selvagem, passava a condição de domesticado. A dependência do homem começava e tal dependência, codificada geneticamente, em prática era determinada por uma condição mantida de infantilidade tutelada. Ou seja, os lobos selecionados para o convívio com o homem não amadureciam, permanecendo na perene condição de filhotes. Assim não mais possuíam autonomia, e passavam a obedecer aos seus senhores para poderem sobreviver. A condição infantil é fundamental aos seres em desenvolvimento. A abertura para o aprendizado depende de confiança e entrega. O crescimento individual não ocorre sem que espelhos permitam o repetir e o apreender dos reflexos significantes. Experimentar sem o peso da responsabilidade inicial é importante para gerir condições ao solidificar dos conhecimentos. Porém gradativamente o ser ganhará identidade própria e passará a contar dentro de si com um cabedal incipiente de sabedoria e experimentações que lhe permitirájá certa autonomia, passando a agir então por si só. Suas escolhas serão autenticas e as consequências não poderão ser mitigadas ou alienadas. Desta forma implementará maior velocidade ao próprio crescimento. Poderá reconhecer que em si está a chave para o sucesso, pois que passará a contar com os próprios recursos para a solução dos problemas de descontinuidade. Entenderá, ao suportar com dignidade as dificuldades, que possui em si todos os recursos potenciais a serem desenvolvidos com fim ao viver harmônico e sem fragmentação. Não mais responsabilizará ninguém pelas desditas, pois que entenderá estar em suas mãos a razão de sua felicidade ou infelicidade. Desta forma torna-se um ser maduro e adquire autonomia maior. Na educação de nossos filhos é fundamental uma tutela inicial intensa, uma vez que seus recursos potenciais apenas começam a se desenvolver, porém na medida em que percebemos evolução, gradativamente devemos deixa-los vivenciar as consequências de seus atos, diminuindo lenta e conscientemente a supervisão tutelar. Assim esperamos que desenvolvam seus atributos potenciais para que eles próprios consigam desenvolver virtudes também próprias às soluções reais das dificuldades. Quando uma criança sofre uma contrariedade, a tendência natural de sua condição infantil é recorrer aos seus cuidadores para que sua vontade seja realizada. Porém há de se considerar a necessidade de critério por parte dos cuidadores. Não se deve fazer todas as vontades uma vez que podem estas estar em desacordo com o adequado. Se a criança deseja algo que naturalmente, por sucessão de eventos de causa e efeito, lhe trariam consequências ruins, tal deve ser negado. Devemos deixar que a criança, considerando naturalmente suas condições potenciais, experimente as frustrações. Devemos deixar que elas vivenciem a impossibilidade. Na turlamente que a criança irá chorar muito, e devemos estar próximos e solidários a ela, mas sem objetivar resolver para elas a situação de dificuldade encontrada. Já que percebemos nela condições , devemos confiar em sua capacidade de resolução do problema. Tal um exercício de maturidade. A criança irá chorar até perceber que não é o fim de sua existência e naturalmente descontente de sua situação de infelicidade irá

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buscar caminhos para o reequilíbrio. Para tanto os cuidadores devem estar presentes servindo de foco de segurança e tranquilidade, embora deva ser a criança a fazer o esforço para se acalmar. Assim ela perceberá que é superior ao transtorno e que pode muito bem sobreviver bem a ele. Sua auto confiança aumentará e gradativamente desenvolverá sua musculatura emocional e moral com fim a resolução das dificuldades. Passará a ver o mundo não como uma ameaça, mas como um desafio passível de ser superado pela sua capacidade de superação. Sempre perceberá que não existe apenas um caminho, mas que o verdadeiro caminho estará dentro de si. Não fora, mas dentro. Porém nem sempre os cuidadores entendem a necessidade de estimular o desenvolvimento do potencial de superação das crianças. Muitas vezes insistem em tutela total, mesmo as crianças já aptas ao crescimento, fazendo todas as vontades de seus rebentos, mesmo que absurdas e impróprias. Tais cuidadores não percebem a gravidade de suas atitudes, uma vez que não irão repassar às crianças a adequada compreensão das graves consequências que podem advir no futuro de seus comportamentos inconsequentes. Muitas vezes não tem em si o devido preparo e não suportam, eles próprios, frustrações. Sofrem e se perturbam com o choro dos pequenos e sem pensar em mais nada fazem de tudo para que parem de chorar. Tais cuidadores talvez estejam, sem muitas vezes o perceber, cuidando mais de suas próprias dores emocionais do que da verdadeira necessidade das crianças. Muitas vezes sentem pena das crianças, pois que eles próprios se colocam, muitas vezes, na posição de vítimas de uma vida tirana e difícil. Talvez eles próprios ainda não amadureceram, pois que ainda responsabilizam o forra, a vida e as pessoas pelas sua próprias desditas. São tão infantis emocionalmente como as crianças que cuidam. Ao manterem uma tutela total das crianças tornam tais crianças totalmente dependentes. Crianças estas sempre inseguras, pois que não irão desenvolver seus potenciais de resolução e superação das dificuldades. Afinal problemas só existem na medida em que não conseguimos resolvê-los. Tais crianças mimadas, como popularmente ditas, sentirão muito medo de tudo e de todos, e viverão reclusas e carentes. Ficarão em estado infantil e de dependência por muito tempo. Não terão autonomia e dependerão sempre de seus cuidadores. Serão manipuladoras, pois que aprenderão a conseguir as coisas pelo choro e pela chantagem emocional, não resolvendo de fato os problemas, mas se utilizando de fugas para evita-los, sempre repassando a responsabilidade e assim perpetuando o ciclo de infantilidade e dependência. Serão autoritárias, pois que estarão acostumadas a que resolvam para elas os problemas. Tal será uma condição natural de suas mentes não aptas à bem digerir as frustrações. Viverão de forma apenas reativa sem verdadeira posse de suas reais possibilidades de existência. Nunca atingirão uma consciência maior de sua existência. Serão hipócritas vivendo em eterna inconsequência e sempre buscando pessoas que assumam para elas as consequências de seus atos. Nunca crescerão, se tal ciclo não for quebrado, pois que para crescer preciso perceber que a inadequação está em si, que o engano está em si, que a necessidade de desenvolver a virtude certa para o sucesso está em si e não culpar a vida pela fracasso. Tal condição patológica de infantilidade mantida, há muito foi percebida por muitas instituições humanas, que em se aproveitando desta condição de dependência estimularam culturas e comportamentos com fim a mais facilmente dominarem os distraídos e incautos. Todos os símbolos de medo, de culpa, de submissão incondicional, e irracional levam a tal condição. Percebem as carências das pessoas, mas ao invés de buscar desenvolver seus potenciais internos, que todos possuem em latência, intensificam seus medos, suas culpas com fim justamente e premeditadamente à dependência irracional. Não permitem

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que tais pessoas pensem por si, entremeando símbolos fortes e intensos emocionalmente cujo teor de medo supera suas frágeis condições de superação. Assim não podem crescer e se entregam cegamente a esta tutela. Nem mesmo podem questioná-la, pois que os símbolos de domínio não permitem tal a dor que causam nestas pessoas, reféns de tal situação. Muitos avatares da humanidade trouxeram símbolos de amor, crescimento, e de libertação, mas que foram deformados, usurpados e desfigurados para atenderem aos poderosos, que passaram a utilizá-los para seus fins espúrios. Porém a vida é muito mais do que aparenta. E nossa jornada possui muitos capítulos. Assim chega a hora em que o ser consegue reconhecer seu estado de infantilidade e que necessita assumir as rédeas da própria existência, entendendo que a felicidade está dentro de si e só conquistada, após desenvolvidas as virtude de adequação. Mesmo as instituições poderosas da terra, irão um dia cair, não por revoltas, mas por que não encontrarão mais campo propício ao próprio existir. Tal relação doentia de tutela total e dependência total deixará de ser necessária. Digo necessária, pois que não podemos acusar os traficantes apenas, pois que se não houvesse dependentes eles não existiriam. É, portanto uma relação de dependência mútua. A maturidade emocional vem com as eras. E muitos os que ainda necessitarão de tutela por maior tempo. O fruto tem seu tempo para amadurecer. Porém não cruzemos os braços, pois que devemos semear. Algumas sementes já encontrarão solo fértil. Enquanto as outras... Tenhamos apenas paciência. Devemos, no entanto não calar nossa voz, mesmo que não sejam apreendidos os sons que proferimos. As instituições buscam sempre manter uma tutela e dependência total, mas o mundo irá amadurecer. Todo movimento que estimule o ócio e a dependência improdutiva é vil e mal intencionado e deve ser combatido. Não com violência, mas com luz. Embora cegos não enxerguem a luz. Busquemos sempre o autoconhecimento e busquemos assumir a responsabilidades pelos nossos atos. Assim poderemos entender como melhorar e desenvolver as virtudes que por fim tornarão os problemas inexistentes. Nada é injusto na essência e tudo obedece a ciclos de evolução. Todos fazemos parte deste processo evolutivo. Não podemos impor nada, apenas sermos focos e exemplo de equilíbrio e de amor. Assim permitiremos que muitos encontrem apoio não invasivo ao próprio crescimento. Que as crianças venham e busquem, mas que elas busquem, e deixemos que cresçam. O lobo representa o domínio feroz, mas também pode representar autonomia. O cordeiro pode representar subjugação, mas também a sabia confiança. Mansas e confiantes, como cordeiros e como lobos. Sempre seremos dependentes do Grande Possibilitador, mas Este sempre nos estimula ao crescimento. Ele nos deseja como Coparticipes de sua obra. Tudo dito em contrário é coisa dos homens infantis e de seus interesses mundanos. Não busquemos facilidades que nos esmoreçam a capacidade de viver. Não temos direitos exotéricos, mas deveres esotéricos. Nossa felicidade nos deveres. Aqueles que buscam vantagens externas serão lobos no sentido negativo da palavra. São imaturos, pois que não entendem as verdades da existência. São cordeiros no sentido negativo da palavra que decidiram apenas deixar de ser subjugados para subjugar, alegando direitos que não possuem.

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Lojas Aniversarantes da GLSC:

21/6 - Harmonia Brusquense - 24/6 - Luz - 24/6 - Amizade ao Cruzeiro do Sul II -

24/6 - Elos da Fraternidade - 24/6 - Acácia Itajaiense - 24/6 - Cinzel

Loja Fraternidade Alcantarense

No último sábado (8) a Loja Fraternidade Alcantarense, teve Sessão Magna de

Iniciação com dois novos candidatos. O nosso Correspondente, Irmão Borbinha lá

esteve e registrou os seguintes detalhes fotográficos:

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaFraternidadeAlcantarenseTemploIniciacao090613?authkey=Gv1sRgCOD0rKSC6K-OGA

Rádio Sintonia 33 & JB News Música e Cultura o ano inteiro. Em breve com novo site para melhor informar Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br

7 - destaques jb

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1 - ESCRIVANINHA - UMA OBRA DE ARTE E DE ENGENHARIA. Uma escrivaninha - uma obra de arte e engenharia ESPANTO DE MARCENARIA COM VALÊNCIAS DE ENGENHARIA NUNCA VISTO. ESTÁ NUM MUSEU DE BERLIM. APRECIEM ESTA OBRA DE ARTE. Você pode imaginar o quão difícil seria para lembrar o que você tem armazenado em cada compartimento? E pensar que o cara que fez isso há mais de 200 anos atrás fez com ferramentas

manuais.

http://gizmodo.com/5967661/where-is-this-mind+blowing-antique-transforming-desk-hiding-its-autobot-logo

2 - A nossa privacidade foi para o espaço.

Vc vê até a casa, ou prédio... E é em qualquer lugar do MUNDO!!!

É SÓ ESCREVER o NOME da RUA, número, BAIRRO, CIDADE AS FOTOS da RUA e ARREDORES APARECEM na TELA

http://showmystreet.com/

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fechando a cortina