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MEMORIAL PARA A DISCUSSÃO NO COLÉGIO DE PRESIDENTES PROPOSIÇÃO Nº 2011.19.01958-02 PROPONENTE: CONSELHEIRO FEDERAL LUIZ VIANA QUEIROZ RELATOR: CONSELHEIRO FEDERAL MARYVALDO BASSAL DE FREIRE Senhor Coordenador – Dr. Omar Coelho de Mello Senhores Presidentes: 1. Na discussão da reforma do processo eleitoral da OAB, apresentei a sugestão de que fosse admitida a eleição direta do Presidente Nacional da Ordem, com voto federativo, tendo sido ela rejeitada pela maioria do Conselho Federal. 2. Apresentei, em seguida, proposição de que fosse realizado um plebiscito junto a advogados e advogadas para ouvir a classe sobre aquela proposta de diretas já com voto federativo. 3. Agora, aquilo que está em debate e será discutido nesse qualificado foro de Presidentes de Seccionais, já não é a eleição direta, mas sim a realização de um plebiscito para ouvir a classe – Proposição nº 2011.19.01958-02, relatado junto ao Conselho Federal pelo ilustre colega Maryvaldo Bassal de Freire. 4. Destaco, inicialmente, portanto, que mesmo aqueles que são contrários à eleição direta poderão ser favoráveis à democrática consulta à classe, não havendo contradição nisso, mas, diferentemente, apoiamento a forma de participação política da base da advocacia, através de mecanismo de democracia participativa.

Memorial para Discussão no Colégio de Presidentes da OAB

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MEMORIAL PARA A DISCUSSÃO NO COLÉGIO DE PRESIDENTES

PROPOSIÇÃO Nº 2011.19.01958-02

PROPONENTE: CONSELHEIRO FEDERAL LUIZ VIANA QUEIROZ

RELATOR: CONSELHEIRO FEDERAL MARYVALDO BASSAL DE

FREIRE

Senhor Coordenador – Dr. Omar Coelho de Mello

Senhores Presidentes:

1. Na discussão da reforma do processo eleitoral da OAB, apresentei

a sugestão de que fosse admitida a eleição direta do Presidente Nacional

da Ordem, com voto federativo, tendo sido ela rejeitada pela maioria do

Conselho Federal.

2. Apresentei, em seguida, proposição de que fosse realizado um

plebiscito junto a advogados e advogadas para ouvir a classe sobre

aquela proposta de diretas já com voto federativo.

3. Agora, aquilo que está em debate e será discutido nesse

qualificado foro de Presidentes de Seccionais, já não é a eleição direta,

mas sim a realização de um plebiscito para ouvir a classe – Proposição

nº 2011.19.01958-02, relatado junto ao Conselho Federal pelo ilustre

colega Maryvaldo Bassal de Freire.

4. Destaco, inicialmente, portanto, que mesmo aqueles que são

contrários à eleição direta poderão ser favoráveis à democrática

consulta à classe, não havendo contradição nisso, mas, diferentemente,

apoiamento a forma de participação política da base da advocacia,

através de mecanismo de democracia participativa.

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5. Gostaria, também de ressaltar a importância dessa proposição,

que não tem precedentes na história da OAB. É a primeira vez que o

Conselho se depara com a sugestão de um plebiscito na classe,

mecanismo de democracia participativa salutar.

6. Creio ser desnecessário insistir no histórico compromisso da

Ordem com as aspirações democráticas de advogadas e advogados

brasileiros, que aponta para ampliação e não restrição de mecanismos

de participação política da classe da advocacia.

7. Malgrado não existir cogência normativa, a consulta sugerida à

classe parece ser uma imposição política porque decorre do espírito de

dos princípios democráticos que regem nossa Instituição, entre os

quais, a básica obrigação de submeter questões estruturantes a

advogados e advogadas, únicos detentores da soberania interna.

8. A fim de baratear os custos com o plebiscito bem assim eliminar

tensões políticas desnecessárias, apresentei, dia 21.09.2011,

complemento à proposta inicial para que a realização do plebiscito seja

efetuada apenas em 2012, juntamente com as eleições nas Seccionais.

Assim, o plebiscito nada custará à OAB, já que será usada a estrutura e

organização da eleição marcada para a segunda quinzena do ano

vindouro, em cada Estado, e, além disso, eliminará possibilidade de

interferência na sucessão do Presidente Ophir.

9. No sentido de evitar impertinentes e indesejáveis discussões

jurídicas acerca da obrigatoriedade do voto no plebiscito, propus,

igualmente, que fosse facultativo, já que nosso Estatuto impõe

comparecimento de advogados e advogadas na “eleição” (art.63, §1º, do

EAOAB).

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10. Espero ter contribuído para sua melhor deliberação, e faço votos

de que saibam Vossas Excelências decidir aquilo que será melhor para

a advocacia e a OAB, sintonizados que estão, certamente, com as

aspirações democráticas da classe.

Luiz Viana Queiroz

Conselheiro Federal