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Parte 01 microfones

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MICROFONES

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MICROFONES

“Os microfones são chamados tecnicamente de transdutores”

Eles transformam energia acústica em energia elétrica. O mesmo acontece com os nossos ouvidos, mas em energia elétrica nervosa, que serão compreendidos pelo cérebro. Pode-se dizer que o microfone é o nosso ouvido eletrônico, porque os estudos mais Antigos na construção do microfone, é baseado inteiramente na captação do som.

TIPOS DE MICROFONES

Eletrodinâmico, eletrostático, a carvão, eletreto,microfones de fita e valvulado. Os mais usados pelos profissionais de áudio são os eletrodinâmicos e os

eletrostáticos ou capacitivos.

ELETRODINAMICOS A cápsula de um microfone dinâmico é parecida com um alto falante por

serem usados os mesmos princípios de construção, ou seja: - Um diafragma - Uma bobina móvel

É lógico que ambos são usados de maneira diferente. Conhecidos como microfones duros e por ter um baixo custo, este tipo de microfone é muito utilizado em shows ao vivo devido A sua durabilidade.

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FUNCIONAMENTO GLOBAL DO MICROFONE

O diafragma fica situado em cima de um campo magnético. No centro do

diafragma, pelo lado de dentro fica a bobina móvel. Dentro desta bobina móvel e fora dela, está o campo magnético.

Quando o diafragma recebe o som com todas as freqüências e amplitudes

correspondentes, a bobina se desloca para cima e para baixo, gerando uma corrente elétrica que corresponde exatamente a freqüência e a amplitude da onda. Então a energia é transformada de acústica para elétrica. Este sinal (energia) passa por todo um processo de ajustes e tratamento até sair pelo alto-falante. O alto-falante tem a mesma função do microfone, mas é a de transformar energia elétrica em acústica. Estes microfones não requerem qualquer tipo de alimentação para seu perfeito e bom funcionamento. Já os microfones eletrostáticos necessitam de outros parâmetros.

ELETROSTÁTICO

Sensível a captação em altos níveis de pressão sonora, este microfone é muito utilizado em gravação em estúdios.

Sua resposta de freqüência é muito uniforme, e a baixa massa do diafragma permite Resposta ampliada em altas freqüências. No grupo de microfones eletrostáticos, estão os capacitivos (condenser) e os

eletretos. Microfones de eletretos tem a capacidade de armazenar uma pequena carga elétrica por toda sua vida útil.

CAPACITIVOS A circulação de corrente externa, é controlada por uma das placas de um capacitor fixado no microfone. É necessária que a placa móvel do capacitor seja uma membrana de metal, que deverá estar firmemente esticada.

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Essa membrana deverá ter um material extremamente pequeno, para obter uma boa resposta. Esse material, que é uma película plástica de poliéster é coberto de uma camada fina de ouro. Montado dessa forma, ele nada mais é do que um capacitor variável que pode ser controlado através de um agente externo, que é o som, a energia acústica. Para que todo esse sistema funcione, esse capacitor precisa de uma determinada energia. Alguns têm essa própria energia, através de baterias (pilhas) ou outra fonte qualquer para carregar o capacitor. “Chamamos essa fonte (energia) externa de Phanton Power que em algumas mesas profissionais já possui esse tipo de alimentação para esses microfones com este tipo de configuração”. Depois de carregado, nenhuma corrente pode mais preenche-lo. Aplicando uma pressão sonora sobre o diafragma ele movimenta-se provocando circulação de carga. De acordo com a movimentação dessas placas, controla-se a direção da corrente. Em um dos movimentos, as placas do diafragma se aproximam e a corrente vai para dentro do capacitor e ao contrário desse movimento, a corrente sai do capacitor. Com esse movimento, ocorreu que, aplicou’se uma energia acústica na membrana do diafragma e com seu processo, transformou a energia acústica em energia elétrica acústica, que passará pelo inverso desse processo pelo alto- falante. Por causa do seu sistema de funcionamento, os microfones condenser, são mais fiéis Em sua resposta de freqüência, mas lembre-se de que por causa de sua sensibilidade de captação, não deverá ser exposto a altos níveis de pressão sonora a uma curta distância.

ESQUEMA GRAFICO DE MICROFONE CONDENSER

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Alguns exemplos de microfones que geralmente não são utilizados em sistemas de áudio Profissionais. 1 – Microfones a Carvão – resistência variável 2 – Microfones de Cerâmica e Cristal – piezo - elétricos 3 – Microfones Eletrostáticos - usados em aparelhos auditivos

TIPOS DE CAPTAÇÃO C = Cardióide H = Hipercardióide S = Supercardióide O = Omidirecional 8 = Figura - 8 V = Variável (0-8) MS = Gravação Estéreo pelo método MDI/sid

MICROFONES CONDENSER

NÚMERO FÁBRICA MODELO CAPTAÇÃO 01 AKG C-414B-TL II C/O/H/8 02 AKG C-451EB C/O 03 AKG C-460 C/O 04 AKG C-747 H 05 AKG C-12 C 06 AKG TUBE V 07 ÁUDIO TÉCHNICA AT-4051 C 08 ÁUDIO TÉCHNICA AT-4029 O 09 BRUEL & KJAER 4006 O 10 BRUEL & KJAER 4011 C 11 BRUEL & KJAER 4012 C 12 CROWN PZM – 30R O 13 CROWN PCC – 160 C 14 MILAB VIP – 50U C 15 NEUMANN U-87 V 16 NEUMANN U-47/TUBE O/C/8 17 NEUMANN U-47/FET O/C 18 NEUMANN KM-84 C 19 NEUMANN TLM-170 8 20 SANKEN CU-44X C 21 SANKEN CU-41 C 22 SCHOEPS CMC-541 H 23 SCHOEPS CMC-54 C 24 SENNHEISER MKH-20/P48 O 25 SENNHEISER MKH-40/P48 C 26 SHURE SM-81 C 27 SHURE BETA-87 S 28 TELEFUNKEN ELA-M51 O/C/8

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29 TOA KY C 30 TOA K.4 C 31 SONY C.48 O/C/8

TABELA DE APLICAÇÃO DO CONDENSER

NÚMERO APLICAÇÕES

01 Vocais, piano e metais 02 Hi-hat, piano acústico, gravações em rádio e tv 03 Hi-hat, guitarra, violão e outros 04 Gravações de orquestras 05 Violoncelo e vocais 06 Guitarra e vocal 07 Instrumentos clássicos, violão e overall 08 Instrumentos clássicos, violão e overall 09 Sampler, instrumentos clássicos e vocais 10 Sampler e instrumentos acústicos em geral 11 Instrumentos amplificados 12 Hi-hat, over, ambientes, congas, orquestras e coros 13 Ambientes 14 Over, vocais e outros 15 Voz, piano, metais, sax e outros 16 Vocais e trompete 17 Metais, vocais, hi-hat, violão 18 Piano de calda, hi-hat e outros 19 Vocais, soprano, sax alto e percussão 20 Vocais e instrumentos clássicos 21 Vocais e instrumentos clássicos 22 Ambientes, diálogos, gravações de filme 23 Ambientes, diálogos, gravações de filme 24 Vocais em geral 25 Qualquer aplicação 26 Metais, hi-hat, over, piano, violão, violino 27 Vocais 28 Vocais, ambientes, instrumentos clássicos 29 Vocais 30 Vocais e drums 31 Vocais, violão, metais e outros

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MICROFONES DINÂMICOS

NÚMERO FÁBRICA MODELO CAPTAÇÃO

01 AKG D-12/ 112 C 02 ÁUDIO TECHNICA ATM-25 H 03 BEYER DINAMIC M-380 8 04 BEYER DINAMIC M-201 H 05 BEYER DINAMIC M-88 H 06 CROWN SASS-P O/C 07 ELETRO VOICE R-E 20 C 08 ELETRO VOICE R- E 27 C 09 ELETRO VOICE 635 – A C 10 SENNHEISER MD 409 C 11 SENNHEISER MD 441 S 12 SENNHEISER MD 421 C 13 SHURE SM 57 LC C 14 SHURE SM 58 C 15 SHURE SM 7 C 16 SHURE SM 57 BETA S 17 SHURE SM 58 BETA S 18 TASCAM PE – 250 C

TABELA DE APLICAÇÃO DO DINÂMICO

NÚMERO APLICAÇÕES 01 Baixo, trombone, bumbo e outros 02 Bumbo e tímpano 03 Bumbo, baixo acústico e tuba 04 Over, hi-hat, cordas, percussão e caixa 05 Vocais e bumbo 06 Orquestras, ambientes e coro 07 Bumbo, sax, vocais, metais e violão nylon 08 Vocais, violão aço, percussão, metais 09 Vocais para tv e bumbo 10 Guitarra, percussão e tons 11 Piano, tons, caixa e bumbo 12 Guitarra, tons, violoncelo, piano e bumbo 13 Guitarra, instrumentos amplificados, caixa, harmonia e vocais 14 Voz, vocais, percussão (em algumas peças) 15 Baixo, bumbo e vocais 16 Vocais, caixa e guitarra 17 Voz e vocais 18 Baixo elétrico e instrumentos amplificados

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MICROFONES CONDENSER ESTÉREO

NÚMERO FÁBRICA MODELO CAPTAÇÃO 01 AKG C-422 V/MF 02 AKG C-34 V/MS 03 AMS ST-250 V/MS 04 BEYER DINAMIC MC-742 C/H/S/O/8 05 SHURE VP-88 MS

TABELA DE APLICAÇÃO DO CONDENSER ESTÉREO

NÚMERO APLICAÇÕES 01 Coro,orquestra e gravações do tipo MS 02 Coro,orquestra e gravações do tipo MS 03 Ambientes,coro, orquestra e gravações do tipo MS 04 Gravações do tipo MS e XY 05 Ambientes, coro,orquestra e gravações do tipo MS e XY

MICROFONES DE FITA

NÚMERO FÁBRICA MODELO CAPTAÇÃO 01 BEYER DINAMIC M-160 H 02 FOSTEX M-88-RP MS 03 FOSTEX M-11-RP 8

TABELA DE APICAÇÃO MICROFONE DE FITA

NÚMERO APLICAÇÕES 01 Vocal, sax e trompete 02 Vocal, piano e violão 03 Vocal e bumbo

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No caso de microfones de eletretos, citarei o COUNTRY MAN, modelo ISOMAX-II com captação O/C/H/8, usado para sax, piano e guitarra. “O microfone de eletreto também é um microfone capacitivo” Uma diferença, neste tipo de microfone, é de que ele não precisa de nenhuma energia externa para polarização do diafragma.

Na sua construção (fabricação), esta carga é carregada no diafragma ou na placa traseira, e permanece toda vida útil do microfone. Os microfones de eletreto são muito usados em gravações, radiodifusão e sonorização de ambientes por terem um desempenho de alta qualidade. Os microfones capacitivos pesam muito menos que os dinâmicos e podem ser fabricados em tamanhos reduzidos. São usados também em gravações para cinema e televisão, são os famosos “SHOT GUN”. “Os microfones capacitivos de eletretos, não precisam de nenhuma energia externa para o seu funcionamento”.

PHANTON POWER Como já vimos anteriormente, os microfones capacitivos condenser, precisa de uma alimentação fantasma, uma energia fantasma para carregar o diafragma, no qual este processo irá transformar energia elétrica em acústica. Essa energia chamamos de PHANTON POWER.

É uma energia (tensão) DC, que vai até a cápsula do microfone, através do próprio cabo blindado, com dois condutores onde se propaga o som (áudio).

Para que todo esse processo funcione perfeitamente e sem nenhum problema, o cabo que liga o microfone a mesa de som (mixagem) deve sem balanceado com o terra, ou seja, dois cabos mais a malha. Filtros ou transformadores impedem a tensão DC (PHANTON POWER), mas não o áudio. O PHANTON POWER em algumas mesas profissionais de áudio, vem configurados em grupo de quatro ou em fontes que alimentam todas as entradas (INPUT) das mesas, não danificando os microfones dinâmicos, instrumentos ou outros aparelhos interligados nestas entradas, alimentando Assis, somente os capacitivos condenser. Temos um exemplo de uma ligação de um cabo balanceado num conector do tipo XLR. Obs. “Nunca utilize duas fontes de PHANTON POWER”

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O aluno deve usar PHANTON POWER para alimentação dos microfones CONDENSER, somente de uma fonte geradora para que não cause danos irreparáveis ao microfone.

BALANCEAMENTO DE LINHA

Essas ligações são padrões adotados para ligações de microfones. Voltando ao PHANTON POWER, a fonte fornece tensão positiva DC, igualmente para os dois condutores, e o terra ou negativo como caminho de retorno, mas atenção, essa alimentação fantasma varia de um mínimo de 9 volts até 48 volts, que também é usado para alimentar o DIRECT BOX ATIVO ( caseador de impedância ). Esse tipo de alimentação não afeta os microfones dinâmicos porque não há nenhum circuito no microfone para ser alimentado, ao contrário dos condensers ou eletretos.

OUTROS TIPOS DE MICROFONES Em função de um baixo custo, há várias formas de transformar energia acústica em elétrica. Grãos de carvão são usados como transdutores para construção de microfones para telefonia e comunicações. Existem microfones de uso caseiro, que são os de cristais e os de cerâmica, que não devem ser usados em sistema de Áudio Profissional. O microfone de fita, é um microfone encontrado em estúdios de gravações. É um microfone tipo dinâmico, com uma fita metálica fina, que serve como bobina móvel, é como um diafragma suspenso entre os pólos de um circuito magnético.

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MICROFONES DE FITA

Este tipo de microfone tem captação do tipo bidirecional, capta o som tanto pela frente quanto por traz. E por falar em captação e direcionalidade dos microfones, podemos classifica-los e identifica-los por suas propriedades. “Os microfones captam o som de várias direções”

GRUPOS DE DIRECIONALIDADE DOS MICROFONES

Omnidirecional (ou panorâmico) ou Direcional

OMNIDIRECIONAL Os omnidirecionais são os mais simples de projeta-los e entende-los.

Posiciona-se o microfone no mesmo ângulo de captação variando a direcionalidade contrária e notará que as altas freqüências não são obtidas com a mesma intensidade, do mesmo modo que mostra na figura:

Importante: “Devido ao tamanho do corpo físico do microfone omnidirecional, ele bloqueia as freqüências mais altas vinda de trás”.

Quanto maior for o corpo, mais próximos de sua características o microfone será.

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DIRECIONAIS Os direcionais captam o som vindo da frente, e não vindo os de outros pontos. O mesmo acontece com os microfones bidirecionais, que captam tanto pela frente quanto por trás. Isto acontece por causa do modo como foi fabricado, existindo aberturas internas no microfone, fazendo com que o som atinja os dois lados do diafragma.

TABELA DE ÂNGULO DE CAPTAÇÃO

DIAGRAMA POLAR DOS MICROFONES

PROXIMIDADE ENTRE AS CAPTAÇÕES

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SHOT GUN

Usado em captação de ambiência e gravações de programas de auditórios e novelas. Hiper Sensível à captação por este motivo ele é Hiper Cardióide.

EMISFÉRICOS PZM

Usados para captação emisféricas, é muito utilizado em apresentações de orquestras, teatros, musicais, e sonorização de bumbo de baterias e outras aplicações.

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PANORÂMICO

Usados para gravação em estúdio, Shows ao vivo e outras aplicações, inclusive os microfones usados em Analisadores de Espectros.

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CARDIÓIDE

Diversas aplicações, e os microfones cardióides são chamados assim por causa da formação do diagrama polar em forma de coração como resultado de sua captação.

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BIDIRECIONAL

Muito usado para gravações em estúdio e shows ao vivo. Este microfone possui duas bobinas montadas em paralelo no microfone interligadas entre si.

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SUPER – CARDIÓIDE

Com o diagrama polar em forma de coração, só que com mais possibilidade de captação, este microfone também é muito utilizado para diversas aplicações, bem como os demais

microfones do grupo dos cardióides.

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HIPER-CARDIÓIDE

Para aplicações em estúdios ou em gravação em shows ao vivo, por sua capacidade de captação e direcionalidade.

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POSICIONAMENTO E PROXIMIDADE DOS MICROFONES

Com certos movimentos ao cantar no microfone, tanto pode melhorar quanto prejudicar o timbre de voz, se quem o fizer não tiver uma certa prática e atenção ao manuseio do microfone. No Brasil, é comum cantores e cantoras dar um “baile” no técnico de som na hora de acertar a equalização e o volume. A não conscientização do artista na hora de posicionar-se diante do microfone é o maior problema encontrado por todos os profissionais de áudio. O cantor (a) geralmente mais ou menos a uns 12 (doze) a 13 (treze) centímetros do microfone, cantor (a) este (a) que não sabe realmente qual a distância correta do próprio microfone de trabalho. Problemas desse tipo causam perdas de sinal, pois o artista canta muito longe do microfone e o técnico se encontra em apuros, aumentando o volume. Logo em seguida os problemas de microfonia devido ao alto volume do microfone começam a aparecer e o artista fica furioso com o técnico, seja ele de P.A. ou Monitor. A distância correta para o artista se posicionar é cerca de uns 3 (três) a 4 (quatro) centímetros, mas o ideal seria na faixa de 1 (um) centímetro. Com uma maior aproximação no microfone, ganha-se assim um som mais suave, que parecerá mais grave e mais forte será o sinal a ser equalizado e mixado. Digamos que esta variação de proximidade do cantor (a), seja a dinâmica do artista. Outros sabem que quando forem cantar mais alto, mais forte, têm de se afastar um pouco do microfone dominando assim a variação de volume natural relativa a proximidade. Isto somente se consegue com um determinado tempo de prática e treino. Microfones com respostas planas, estão menos sujeitos a realimentação, ou seja, microfonia. Microfonia é o sinal captado pelo microfone de uma freqüência qualquer que estiver se sobrepondo as outras freqüências. Esta freqüência amplificada é irradiada pelo alto falante e daí captado de novo, reamplificado, oscilando uma freqüência e se mantendo variável ouve-se um apito, que é chamado de microfonia.

As mais conhecidas são em torno de 3.1Khertz a 5 Khertz.

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IMPEDÂNCIA Assim como as lâmpadas têm sua resistência denominada em Watts, a impedância dos equipamentos de áudio não fogem a esta regra. Por exemplo: Uma lâmpada de 110 Volts de 40 Watts. Esta mesma lâmpada poderá ter a mesma voltagem, só que com o número de watts maior ou menor. A “wattagem” da lâmpada, seria a capacidade de produzir luz, pois quanto maior for sua “wattagem” mais poder de luz ela terá.

Obs. Isto não quer dizer que quanto maior for a impedância do microfone ele será melhor, estamos falando de uma relação entre o valor da tensão eficaz aplicada a um circuito eletrônico e a corrente que a percorre, é o mesmo que resistência aparente inverso de admitância. Outro exemplo: A mesma lâmpada de 110 volts, só que com 100 watts. Assim como as lâmpadas, os microfones possuem uma característica importante que é sua impedância de saída. IMPORTANTE “Deve-se ter o conhecimento da impedância não só dos microfones como de todos os equipamentos utilizados em estúdios e Shows ao vivo, desde os microfones, equalizadores, compressores, Gates, e até as mesas de P.A. & Monitor”.

SÃO DIVIDIDOS EM IMPEDÂNCIA BAIXA = 50 a 200 Ohm MÉDIA = 500 a 1.000 Ohm

ALTA      =  10.000 Ohm a acima  Os dinâmicos por causa da bobina de seu diafragma, e o número elevado de espiras de enrolamento (bobina). São de baixa ou média impedância. Os capacitivos têm alta e baixa impedância, isto por causa das características de seu próprio capacitor, com um caseador de impedâncias como já foi visto. São construídos para trabalhar com mesas com entradas (INPUT) de 150 até 4.000 Ohm. Os microfones profissionais são de baixa impedância e as maiorias dos cabos são de baixa impedância balanceada para a terra.

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É muito importante esta relação de impedâncias dos cabos e dos microfones para um melhor desempenho no momento da utilização dos mesmos, considerando uma boa manutenção de forma a mantê-los em bom estado para o manuseio.

DIRECT BOX (Caixa Direta ou Caseador de Impedância)

Nem todas as mesas de áudio possuem uma mesma impedância, assim como os microfones, guitarras, contra baixos, teclados e outros mais. Ás vezes ao se conectar um desses instrumentos ao equipamento o sinal entra na mesa muito baixo ou muito alto, e o problema está justamente na impedância de estrada da mesa Com a impedância da saída do instrumento ou equipamento, necessitou-se então, de se criar um mediador entre as duas partes. Um equipamento muito importante, que conciliasse ambos, entrada da mesa com a saída do instrumento. O seu nome já diz tudo, ele ajusta a impedância de ambas às partes para que não haja perda

ou excesso de sinal devido a baixa ou alta impedância dos equipamentos, enfim um caseador de impedância.

POSICIONAMENTO DE MICROFONES

“Também se muda o timbre dependendo do posicionamento do microfone” Microfonando um cubo de guitarra no centro, você terá um som com freqüências médias e altas mais elevadas, mas com ele na borda no alto-falante, o som não será tão estridente. Antes de microfonar qualquer que seja o instrumento ou equipamento certifique-se de que está posicionando o microfone para obter o melhor som.

“Lembre-se de que cada caso é um caso, e dependendo da sonoridade, é preferível que você microfone no centro que nas bordas do alto falante, para poder alcançar o timbre desejado”.

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POSICIONAMENTO DO MICROFONE DENTRO DO BUMBO Não só o posicionamento ajuda, como também a distância é fundamental para que a captação não seja de uma fonte com o áudio em amplitudes elevadas. No caso de microfonação de bumbos, você também poderá obter resultados surpreendentes com o posicionamento e a distância na hora de microfonar. Exemplo:

Para se obter um ótimo resultado, é preciso que se pesquise o posicionamento dentro e fora dele, e também em vários ângulos, mudando-se a direcionalidade do microfone. Procure usar microfone específico para a captação do som “grave” do bumbo.

Somente assim você terá o timbre que se deseja. Quanto mais cuidadoso nestes aspectos você for, melhor será seu resultado final.

Importante: Problemas de timbres mal alcançados, se deve muito ao posicionamento, e também de microfones inadequados para cada tipo de situação.

Posicionamento para locução

Todos os Ângulos A,B, e C estão corretos, exceto quanto a distância entre a boca do locutor e o microfone.

Uma aproximação seria o mais perfeito dos posicionamentos dependendo do microfone utilizado.

Nos casos de microfones Omnidirecionais Hiper-Cardioides isto poderia ser mantido.