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1 Grêmio Recreativo e Cultural PISA NO ESPINHO C.N.P.J: 73.787.772/0001-99 Presidente: Silas Júnior

QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2009 - SINOPSE

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QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2009 - SINOPSE

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Grêmio Recreativo e Cultural

PISA NO ESPINHO

C.N.P.J: 73.787.772/0001-99

Presidente: Silas Júnior

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Grêmio Recreativo e Cultural PISA NO ESPINHO

“Do imaginário indígena: uma Ópera Popular.

Seja Garantido ou Caprichoso...

É Festa de Boi-Bumbá!”

***São João 2009***

Índice Geral

1. Histórico da quadrilha.........................................................................................04

2. Justificativa do tema.............................................................................................05

3. Histórico do tema..................................................................................................06

3.1 A Ilha de Parintins..........................................................................................07

3.2 O Fascínio do boi.............................................................................................09

3.3 O surgimento do boi no Brasil......................................................................11

3.4 A origem do Boi-Bumbá.................................................................................11

3.5 O Festival Folclórico de Parintins................................................................12

3.6 O Boi Garantido...............................................................................................18

3.7 O Boi Caprichoso.............................................................................................20

4. Fontes bibliográficas.............................................................................................22

Ficha Técnica

Pesquisa do tema: Thiago Vergete

Coreografia: Thiago Vergete

Roteiro do casamento: Thiago Vergete

Figurino e adereço: Leandro Marques

Repertório Musical: Thiago Vergete

Marcadores: Silas Júnior (CAPRICHOSO) e Thiago Vergete

(GARANTIDO).

Componentes: 82 dançarinos.

Casal de noivos: Mônica e Tádzio.

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1. Histórico da Quadrilha

A Quadrilha Pisa no Espinho foi fundada em 09 de abril de 1980, no bairro de Rio

Doce em Olinda-PE, tendo como seus principais fundadores: Manoel da Rocha,

Silas Júnior, Marcos Valério, Romildo e Sílvio.

A origem de seu nome está relacionada com a seguinte história: um grupo de

amigos foram na mata de Rio Doce à procura de madeira para construir um

Palhoção, que na época era coberto com palhas de coqueiro. No caminho estavam

discutindo qual seria o nome da Quadrilha, e em um determinado momento, o

último da fileira deu um enorme grito, e todos lhe perguntaram o que aconteceu, e

o mesmo respondeu que havia pisado no espinho, daí todos decidiram que o nome

da Quadrilha seria PISA NO ESPINHO, e que está até hoje, mantém viva as

tradições culturais do país.

A Quadrilha Pisa no Espinho, durante toda sua trajetória, possui mais de 500

troféus e grandes títulos que lhe consagram como uma das melhores quadrilhas do

estado de Pernambuco, tendo como sua maior conquista o TETRA-

CAMPEONATO do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste, nos anos de

1993, 1994, 1995 e 1999.

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Além deste grande trunfo, a Quadrilha Pisa no Espinho conquistou vários

campeonatos, entre eles:

- 3º lugar no Festival Regional de Quadrilhas Juninas do Nordeste, no ano de 1995;

- Tri-Campeã no Concurso de Quadrilhas da Fundação de Cultura da Cidade de

Caruaru, nos anos de 1995, 1996 e 1999;

- Tri-Campeã do Festival de Quadrilhas na cidade de Catende, nos anos de 1998,

1999 e 2000.

- Campeã do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas pelo Grupo 2,

realizado pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife, no ano de 2008, sendo

premiada ainda com o melhor figurino e melhor coreografia.

Dentre os eventos culturais mais importantes do estado, em que a Quadrilha Pisa

no Espinho participou, podemos mencionar a sua presença no Seminário contra a

seca e a fome do Sertão, com o tema “Brasil Nordeste” na cidade de Ouricuri, no

ano de 1993.

Vale acrescentar também que nos anos de 1993, 1994 e 1995 a Quadrilha Pisa no

Espinho foi convidada pela FUNDARPE, em nome da Sra. Sônia Medeiros (in

memorian), para apresentar seu espetáculo junino, que sempre valorizou nossa

cultura, no Festival de Inverno na cidade de Garanhuns.

2. Justificativa do Tema:

O Grêmio Recreativo e Cultural Pisa no Espinho, que sempre foi uma Quadrilha

engajada pelas causas sociais do Nordeste brasileiro, traz desta vez para o São João

2009, com muita ousadia e inovação, um lindo Espetáculo Junino, que tem como

núcleo principal a grande disputa entre os Bois-Bumbás Garantido e Caprichoso,

que se apresentam, anualmente, no Festival Folclórico de Parintins, por ocasião das

festas juninas da cidade.

E nada melhor que o São João e seu rico Ciclo Junino para difundir e valorizar as

manifestações culturais de nosso país, tão esquecidas pelo nosso povo e, também,

para ser palco desse lindo espetáculo, que encantará a todos com seu encanto e

magia.

Vale acrescentar, que foram vários os objetivos que nos levaram a desenvolver esse

grandioso espetáculo, tais como: disseminar a riqueza cultural dos Bois-Bumbás de

Parintins, que é em sua essência uma Festa Junina; apresentar a origem dos dois

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Bois-Bumbás que surgiram a partir de uma promessa a São João; mostrar o

crescimento significativo do Festival Folclórico de Parintins, que é hoje,

reconhecido no Brasil e no mundo; conscientizar a nossa população quanto a

preservação da Amazônia, o pulmão verde do mundo; e, sobretudo, apresentar a

todos um Espetáculo digno do folclore brasileiro, numa simbiose entre a cultura

indígena parintintin, representada pela magia dois Bois-Bumbás Garantido e

Caprichoso, e a cultura popular nordestina, com o encanto da Quadrilha Junina,

que tem como principal representante a Quadrilha Pisa no Espinho, que busca

cada vez mais valorizar as nossas raízes e tradiçoes culturais.

É ainda preponderante, ressaltar, que não é nossa intenção reproduzir com rigor e

fidelidade o Festival Folclórico de Parintins, mas sim apresentar-lhes uma visão

junina desta Festa Popular, que se tornou, por excelência, um dos espetáculos mais

sublimes da cultura brasileira, e não obstante, mostrar um pouco de suas origens,

que estão enraizadas no Nordeste brasileiro.

E com todo o brilho das Festas Juninas, a Quadrilha Pisa no Espinho vai disputar o

São João 2009, transformando os Arraiais em um grande Bumbódromo, vestindo

toda engalanada as cores dos Bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul),

estando todos nós unidos numa só missão: sermos a grande CAMPEÃ do São João

2009.

Como não poderia ser diferente, você é o grande convidado desse Espetáculo, que

ficará guardado em nossa memória.

Vamos GARANTIR.

Vamos CAPRICHAR.

Na Pisa no Espinho quero ser seu PAR.

Tem muito brilho.

Tem muita emoção.

A Pisa no Espinho é a ESTRELA que vai conquistar seu CORAÇÃO!

Thiago Vergete

3. Histórico do Tema:

Bem vindos ao Nordeste brasileiro!

Vindo de todos os lugares, os visitantes são atraídos pelas algazarras dos

“brincantes”, que dão boas vindas com alegres toadas.

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Que emoção!

Essa triunfante chegada nos deixa sentir o pulsar do coração. E é neste clima de

vislumbramento que assistiremos a um lindo espetáculo junino, apresentado pela

Quadrilha Pisa no Espinho, cuja homenagem é nada mais, nada menos, que a

rivalidade entre os Bois-Bumbás Garantido e Caprichoso.

Haja coração!!!

3.1 A Ilha de Parintins

Localizada na Ilha Tupinambarana, a maior do Estado, com 7.069 Km², Parintins

situa-se à margem direita do Rio Amazonas, entre o rio Madeira e o Paraná dos

Ramos, no Médio Amazonas, o denominado "coração geográfico" do Estado, entre

Manaus e Belém (capital do Estado do Pará). O acesso é em via fluvial ou aérea.

Apesar de ser considerada uma cidade de pequeno porte, Parintins é a segunda

maior do Estado, com aproximadamente 97.000 habitantes. Encontra-se a uma

altitude de aproximadamente 15m acima do nível normal do Rio Amazonas.

Seu clima é tropical chuvoso-úmido, com precipitação pluviométrica anual

de 2275,4 mm e temperatura em torno de 21,3 a 36,4ºC. A umidade relativa do ar

chega a 85% (no Amazonas as estações do ano são em geral duas: inverno; estação

das chuvas e verão que é a das secas).

A sua vegetação é formada por floresta de várzea e de ‘terra firme’. Seu relevo é

composto de lagos, ilhotas e também uma pequena serra, nas divisas com o Estado

do Pará. Um dos seus pontos turísticos é o complexo lagunar de Macunaricanã, do

qual fazem parte aproximadamente 40 lagos (atração sazonal, que pode ser vista

em finais de julho).

A população na cidade, composta de mestiços, de olhos "amendoados" e cabelos

escuros, de acordo com o IBGE, pardos em sua grande maioria, seguida de

indígenas, amarelos, negros e outros sem declaração. A religião predominante é a

católica, seguida pela evangélica tradicional e evangélica episcopal.

A Ilha, atualmente, possui os maiores rebanhos de bois e búfalos do Estado. A

economia acontece através do plantio e comercialização de frutos típicos da região,

da malva (fibra), juta e da pesca. A extração vegetal é bastante praticada como, por

exemplo, a da copaíba (óleo), castanha do Brasil, pau-rosa cujo extrato é um dos

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principais componentes do famoso perfume francês Chanel nº 05, e outras madeiras

nativas.

Conta com duas emissoras de rádio, quatro repetidoras de TV, indústria de

móveis, e um comércio relativamente bom. Os preços praticados por ocasião do

festival, principalmente com alimentação e hospedagem, são considerados

relativamente altos.

No quesito educação, além de diversas escolas de primeiro e segundo graus, do

Estado e do Município, a cidade conta, com dois campus Universitários. Um da

Universidade Federal (UFAM) e outro da Universidade Estadual (UEA) do

Amazonas que oferecem cursos técnicos e superiores. Todavia, somente a partir de

2003 é que cursos de Artes Plásticas, modalidades técnico e superior passam a ser

oferecidos na cidade pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

A associação dos artistas plásticos, bem atuante, se ressente muito da falta de

espaços e incentivos por parte dos órgãos públicos. Da iniciativa pública, a cidade

não possui museus, nem outros locais destinados a exposições, a não ser um

pequeno espaço, na Secretaria de Cultura.

Produtos do artesanato local, regional e indígena são vendidos em lojas

especializadas e exposições, em pontos estratégicos da cidade que funcionam no

período do Festival.

A história oficial de Parintins começa no século XVI, com a chegada do português

José Pedro Cordovil, que aportou na ilha Tupinambarana e ali construiu uma

fazenda, onde colonizou índios e escravos. A cidade foi batizada com vários

nomes: Vila Nova da Rainha, Vila Bela da Imperatriz e finalmente em 1880, foi

denominada oficialmente de Parintins, em homenagem aos índios Parintintin que

habitavam a região.

Antes do descobrimento oficial do Brasil, em 1496 um vendaval obrigou uma

pequena caravela comandada pelo capitão Armendoriz de Cordoba a procurar

abrigo nesta ilha.

Não fosse a exuberância selvagem do local, esta parada seria apenas um fato

rotineiro a ser descrito no diário de bordo.

Os botes foram arriados e os marujos remaram ansiosos, atraídos pelo perfume das

exóticas flores. Após tanto tempo no mar, esta terra virgem os entorpecia, fazendo-

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os cada vez mais embrenharem-se pela mata, abateram animais que nunca dantes

haviam visto, colheram frutos de raros sabores, se surpreenderam com uma fonte

cristalina, onde se banharam, supondo ser a fonte da juventude.

De repente o canto das águas foi cortado pela batida dos tambores selvagens. Os

visitantes logo perceberam que centenas de olhos os observavam.

Imediatamente guerreiros indígenas surgem contrastando minúsculas tangas e

corpos pintados com as formais vestimentas européias. O encontro foi desprovido

de agressividade de ambas as partes.

Pôde-se logo distinguir o chefe dos índios, que indicou para seguirem em direção

dos tambores.

Por uma alameda ladeada de flores, chegaram a um povoado. De imediato

avistaram rapazes e moças de cabelos negros e sedosos, crianças que corriam

alegres e velhos que socavam em pilões a mandioca ou que trabalhavam no tear.

Grandes vasos com pinturas geométricas apresentava uma nova estética aos

convidados, que logo perceberam estarem diante de uma solenidade: era a

cerimônia do MUIRAQUITÃ, troféu que as CUNHATÃS (mulheres jovem

amazonas) entregariam aos rapazes perpetuando o amor eterno.

Uma cerimônia de rara beleza que emocionou até o mais rude marujo ali presente.

Hoje, depois de muito século, mais uma vez os rituais desta Ilha voltam a encantar

ao homem branco.

E será através dessa emocionante cerimônia indígena que a Quadrilha Pisa no

Espinho realizará sua festa de Casamento.

3.2 O Fascínio do Boi

Ê - boi, oi vaqueiro, traz meu boi prá brincar!

Ê - ê, oi vaqueiro, traz meu boi prá dança!

(Silvio Camelão)

Na Ilha, a figura do Boi está por toda parte. E podemos reportar ao nosso tempo de

menino, em que éramos embalados por uma canção que falava: "Boi da cara preta,

pega esse menino, que tem medo de careta".

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O boi deste o início da humanidade se faz presente em todas as culturas. Na festa

de Parintins, ele, o personagem principal, mais uma vez será imolado e exaltado

pela Quadrilha Pisa no Espinho.

Nesta euforia, que antecede a grande festa fazemos uma reflexão sobre algumas

manifestações populares, em que o Boi é a grande estrela.

- No antigo Egito o Boi representava a reencarnação de Osíris, o Deus da criação,

que era chamado de "Boi Apis". Segundo o mandamento do Deus Rá, era

sacrificado em substituição a seres humanos.

- Já na Grécia, a mitologia nos mostra o Boi como motivo de bravura para seus

heróis. O Deus dos Oceanos, Posseidon, fez emergir das profundezas do mar o

touro branco de Creta. Este touro deveria ser sacrificado em sua honra, por Minus

o rei de Creta. Porém, o sacrifício não ocorreu ocasionando a maldição da criatura

com cabeça de touro e corpo de homem, o Minotauro.

- A figura bovina na Índia aparece em clima de adoração e respeito. Em grandes

pompas as vacas sagradas atravessam as cidades cobertas com mantos bordados

de pedrarias. São perfumadas e incensadas. O povo prefere morrer de fome a

sacrificá-las.

- Na Espanha, todas as semanas, milhares de pessoas se reúnem na praça principal

para assistir a um duelo. O encontro do touro e da toureira, que já inspirou

inúmeros artistas, garante o sucesso do espetáculo.

- Trazidos pelos portugueses no século passado, o "Boi" chega ao nordeste

assumindo suas características. Invadiu Pernambuco, o Ceará e o Maranhão,

vestindo as alegres cores das frutas típicas. A febre da borracha no final do século

passado atraiu muitas pessoas para o Amazonas, e com ele seguiu o "auto" do

"Boi".

Saindo nesta colorida CIRANDA em que o Boi foi visto de diversas maneiras,

vamos de encontro a nossa meta principal, que é festejar um dos Bois mais

adorados do Brasil: O "BOI-BUMBÁ"!

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3.3 O surgimento do boi no Brasil

A primeira referência escrita conhecida à brincadeira do boi no país data de 1840 e

vem do Recife. É o artigo “A estulticedo Bumba-meu-boi”, do frei Miguel do

Sacramento Lopes Gama, beneditino secularizado que redigia o jornal “O

Carapuceiro” na cidade do Recife (Lopes Gama, 1996). Como o título sugere não se

trata propriamente de uma descrição, mas antes de comentários soltos e argutos

que servem de pretexto, um sermão diante do escárnio ao personagem do

sacerdote no folguedo.

A segunda referência data de 1859, e vem de Manaus. É a do médico-viajante Avé-

Lallémant (1961, p. 106) de um Bumbá presenciado naquela cidade, um “cortejo

pagão”, introduzido no seio de festa católica, em homenagem a são Pedro e são

Paulo. A descrição destaca a dança do boi com o pajé ao ritmo do maracá, a

“morte” do boi, os “maravilhosos efeitos de luz” provocados pelos archotes

durante a dança em volta do boi “morto”. O personagem do padre estava então

proibido.

No intervalo de tempo entre essas duas descrições, Vicente Salles (1970, pp. 27-9),

encontrou registros do Bumbá em jornais de Belém e de Óbidos, datados de 1850.

A referência ao folguedo no mesmo ano, em cidades bastantes distantes uma da

outra, sugere sua ampla difusão na Amazônia em meados do século XIX. O autor

assinala ainda os traços próprios do Bumbá do Norte, já bem definidos por ocasião

da descrição de 1859. Esses fatos favorecem a percepção da diversidade da

brincadeira já em seus primórdios, e sugerem sua disseminação simultânea em

várias províncias brasileiras na segunda metade do século XIX.

3.4 A origem do Boi-Bumbá

A festa do Boi-bumbá, ou Festa do Boi, ou ainda brincadeira do Boi, têm sua

origem no Nordeste do Brasil, onde derivou de outra Dança típica de lá, o Bumba-

meu-Boi. Com as constantes imigrações de Nordestinos para a Região Norte do

Brasil, em especial para o Estado do Amazonas, principalmente no Ciclo da

Borracha, houve também a imigração de manifestações culturais como o Bumba-

meu-boi que logo foi assimilado pela população e ganhou aspecto local.

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O Boi-bumbá tem sua história idêntica ao Bumba-meu-boi, é uma espécie de ópera

popular, cujo enredo não varia muito entre os inúmeros grupos de Boi-Bumbá

existentes, mas, basicamente, desenvolve-se em torno da lenda do fazendeiro que

tinha um boi de raça, muito bonito, e querido. As apresentações dos bois em

Parintins desenvolvem-se de acordo com um enredo que conta a história do Negro

Francisco, funcionário da fazenda e cuja sua mulher, Catirina fica grávida e sente

desejo de comer a língua do boi. Fica desesperado. Com medo de Catirina perder o

filho que espera, caso o desejo não seja atendido, resolve roubar o boi de seu

patrão para atender ao desejo de sua mulher.

Então, segundo o enredo, Negro Francisco mata o boi preferido do patrão. O amo

descobre e manda os índios caçarem Negro Francisco, que busca um pajé para

fazer ressuscitar o boi. O boi renasce e tudo vira uma grande festa. O imaginário

indígena e detalhes religiosos dos índios, como pajés e feiticeiros, foram

incorporados com mais influência ao Boi-Bumbá.

3.5 O Festival Folclórico de Parintins

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no

último final de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.

O Festival é uma Ópera Popular a céu aberto, onde competem duas agremiações, o

Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação

ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um

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tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade

para aproximadamente 40 mil espectadores. Durante as três noites de

apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais

indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival

de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local.

O festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa como a quadra

da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy

Cantanhede.

Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal

mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês.

Em Parintins, um torcedor jamais fala o nome do outro Boi, e usa apenas a palavra

"contrário" quando quer se referir ao opositor. São proibidas vaias, palmas, gritos

ou qualquer outra demonstração de expressão quando o "contrário" se apresenta.

Em 1965 aconteceu o primeiro Festival Folclórico de Parintins, criado por

Raimundo Muniz, mas não houve participação dos bumbás. A primeira disputa

veio no segundo Festival.

Os componentes do festival:

1. Apresentador: A ópera do Boi tem um apresentador oficial, ou Mestre de

Cerimônia que comanda todo o espetáculo, esboçando com sua saudação aos

guiados, convidados e galera os contornos do grande espetáculo, contagiando a

galera com sua alegria, fazendo o coração de cada brincante bater mais forte e

chama para o centro da Arena o Levantador de Toadas.

2. Levantador de Toadas: É o intérprete oficial da agremiação. O levantador de

toadas faz a trilha sonora e dá um show de interpretação, transmitindo

empolgação à sua Galera (torcida). Todas as músicas que fazem a trilha sonora das

apresentações são interpretadas pelo levantador de toadas. Trata-se de uma figura

importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua interpretação não só valem

pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes.

3. Batucada: A batida dos seus instrumentos se caracteriza por uma cadência

específica no compasso 2/4.

4. Ritual Indígena: O ritual dos Bumbás mostra a lenda de Pai Francisco e Mãe

Catirina que conseguem com a ajuda do Pajé, o poderoso curandeiro e temido

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feiticeito, renascer o boi do patrão. Conta a lenda que Mãe Catirina, grávida, deseja

comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher,

Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão. Pai Francisco é

descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, um padre e um médico são

chamados (o pajé, na tradição indígena) e o boi ressuscita. Pai Francisco e Mãe

Catirina são perdoados e há uma grande comemoração.

5. Porta-estandarte: A Porta-Estandarte é responsável por trazer o estandarte com o

tema do Boi.

6. Amo do Boi: No auto do boi original, o Amo do Boi é o dono do Boi e da

fazenda, é quem fica triste com a morte de seu Boi querido, manda prender Pai

Francisco e Catirina - assassinos do boi - e chama o pajé para ressuscitá-lo. Em

Parintins, o Amo do Boi tem a importante função de tirar versos, alguns de

exaltação ao Boi e à torcida, outros que se referem à temática que o Boi apresenta

naquele ano e outros que desafiam o rival.

7. Sinhazinha da Fazenda: Ela representa a ascensão do ciclo do couro, a

colonização e a influência espanhola, portuguesa e francesa na Amazônia. Sua

indumentária é tradicionalmente inspirada no século XVI. É a filha do dono da

fazenda, que se apresenta na arena dando sal pro boi.

8. Rainha do Folclore: A rainha acompanha a figura típica regional do período da

ascensão da borracha que foi a riqueza por muitos anos na Amazônia. Sua

indumentária simboliza o Seringueiro e o seu nobre Ofício, e representa ainda a

cultura popular cabocla.

9. Cunhã-Poranga: A Cunhã-poranga representa a beleza indígena. Ilumina com

sua presença o espetáculo e o desfecho do ritual. Cunhã-Poranga significa "mulher

bonita".

10. Boi-Bumbá: É a evolução do Boi (a pessoa que faz esta evolução é chamado de

Tripa).

11. Toada: A música, que é acompanhada durante todo o tempo, é a toada,

acompanhada por um grupo de mais 400 ritmistas. Os dois Bois dançam e cantam

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por um período de três horas, com ordem de entrada na arena alternada em cada

dia. As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da floresta

amazônica. Muitas das toadas incluem também sons da floresta e canto de

pássaros.

12. Pajé: Ele é o elo entre o mundo dos mortos e dos vivos. Do bem e do mal, da

saúde e da enfermidade, do instinto humano e animal, do céu e da terra. O Pajé em

si já representa os quatro elementos. Seus pés evocam o elemento terra ao dançar.

A lança ou maracá em suas mãos chamam os ventos quando posto em movimento.

O suor é o elemento água e o calor que emana do seu corpo é o fogo.

13. Tribo Indígena Masculina: Representa uma determinada tribo escolhida para

ser retratada, observando sempre suas características originais, costumes, hábitos,

dança, etc. sua localização e sua origem.

14. Tribo Indígena Feminina: Representa uma determinada tribo escolhida para ser

retratada, observando sempre suas características originais, costumes, hábitos,

dança, etc. sua localização e sua origem.

15. Tuxaua Luxo: Caracteriza o líder da tribo o aspecto da indumentária luxuosa.

16. Tuxaua Originalidade: Caracteriza o líder da tribo sob o aspecto da

indumentária original com material natural da região.

17. Figura Típica Regional: É uma dramatização de personagens reais da

Amazônia, como juteiros, farinheiros, comerciantes do regatão, romeiros de

procissões diversas, seringueiros, etc.

18. Alegorias: São estruturas artísticas que dão suporte ao cenário que se pretende

retratar.

19. Lenda Amazônica: É uma dramatização de alguma lenda popular em alguma

região da Amazônia, ilustrando as suas raízes e as histórias que passam de pai

para filho.

20. Vaqueirada: A guardiã do Boi entra na arena com seu bailado tradicional.

21. Galera: Torcida que participa, criando um monumento vivo, um único corpo,

um só coração. A galera dá um show à parte. Enquanto um Boi se apresenta, sua

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galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado. Do

outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais

absoluto silêncio, num exemplo de cordialidade, respeito e civilidade.

22. Coreografia e Organização: Arte de compor um bailado em consonância com os

ritmos.

23. Jurados: Os jurados são sorteados na véspera do Festival e todos vêm de outros

estados. Pela proximidade, pessoas do norte são vetadas. O requisito é ser

estudioso da arte, da cultura e do folclore brasileiro. Mais de 20 itens são julgados,

à luz de um regulamento simples, claro e preciso.

Os títulos do Festival:

1966 - Garantido

1967 - Garantido

1968 - Garantido

1969 - Caprichoso

1970 - Garantido

1971 - Garantido

1972 - Caprichoso

1973 - Garantido

1974 - Caprichoso

1975 - Garantido

1976 - Caprichoso

1977 - Garantido

1978 - Garantido

1979 - Caprichoso

1980 - Garantido

1981 - Garantido

1982 - Garantido

1983 - Garantido

1984 - Garantido

1985 - Caprichoso

1986 - Garantido

1987 - Caprichoso

1988 - Garantido

1989 - Garantido

1990 - Caprichoso

1991 - Garantido

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1992 - Caprichoso

1993 - Garantido

1994 - Caprichoso

1995 - Caprichoso

1996 - Caprichoso

1997 - Garantido

1998 - Caprichoso

1999 - Garantido

2000 - Caprichoso/Garantido (empate)

2001 - Garantido

2002 - Garantido

2003 - Caprichoso

2004 - Garantido

2005 - Garantido

2006 - Garantido

2007 - Caprichoso

2008 - Caprichoso

Número de vitórias:

Garantido - 26

Caprichoso - 16

empates- 01

Page 18: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2009 - SINOPSE

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3.6 O Boi Garantido

A história do Boi Garantido começa em 24 de junho de 1913, quando o filho de

pescador Lindolfo Monteverde resolveu por em prática uma das histórias que

ouvia de seu avô, ex-escravo de origem maranhense que veio para a Ilha de

Parintins em busca de um espaço para a sua família viver e produzir.

Dentre as inúmeras histórias, Lindolfo ouviu a história de um boi que dançava

visitando famílias e alegrando as pessoas. Havia muitas lendas em torno deste boi

contado pelo avô. A que mais chamava a atenção do neto era sobre o roubo da

língua do boi e os versos cantados durante o ritual do boi que envolvia Pai

Francisco, Mãe Catirina, o Amo do Boi, o Pajé e outras figuras. Antes de

concretizar a idéia para lembrar as histórias do avô, foram realizados vários

ensaios, até chegar o momento da primeira apresentação que começou como uma

simples brincadeira junina. Contam os mais antigos que a apresentação foi

antecedida de uma ladainha e depois houve distribuição de Aluá, bolo de

macaxeira, tacacá e, no final, muito forró.

Mais tarde, ao servir o exército, Lindolfo Monteverde adoeceu e a gravidade de sua

doença o levou a fazer promessa a São João Batista, prometendo que, se ficasse

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bom e enquanto tivesse vida, seu bumba jamais deixaria de sair nas ruas. Foi então

que o Garantido passou a ser chamado de “Boi da Promessa”.

A partir de então, todos os anos os torcedores do Boi se reúnem na noite de 24 de

junho para rezar a ladainha e festejar São João Batista e em seguida saem pelas

ruas da cidade, dançando em frente às casas que tiverem fogueiras acesas.

Segundo os mais antigos, esta saída do Garantido pelas ruas da cidade era normal

durante a época das festas juninas.

Contam que Lindolfo Monteverde era um cantador e repentista que causava

admiração em quem o ouvia cantar, por causa do timbre de voz que dominava os

terreiros e era ouvido à distância sem utilizar nenhum tipo de aparelho sonoro

mecânico. Lindolfo também incomodava os torcedores do boi contrário com sua

firmeza de voz e a inteligência dos desafios que criava. Até hoje, é considerado o

melhor compositor de toadas que o boi-bumbá de Parintins registrou.

Desde a sua criação, o Garantido se apresenta com um coração na testa e as cores

Vermelha e branca foram adotadas pela torcida. A cor Vermelha, do coração e a

branca, do boi.

O nome Garantido surgiu do próprio criador, Lindolfo Monteverde, que em suas

toadas sempre lembrava aos bois contrários que seu bumbá sempre saía inteiro dos

confrontos de ruas que, na época, eram rotineiros. Dizia Lindolfo que nas “brigas”

com os contrários a cabeça de seu boi nunca quebrava ou ficava avariada, “isso era

garantido”.

A brincadeira foi evoluindo e em 1965 aconteceu o primeiro Festival Folclórico de

Parintins, mas não houve participação dos bumbás. A primeira disputa veio no

segundo Festival quando o Garantido enfrentou o Caprichoso (o contrário). O

primeiro empate da disputa aconteceu no ano de 2000.

Em sua história, lhe foram atribuídos vários slogans carinhosos, como: “Boi da

Promessa”, “Boi do Coração”, “Brinquedo de São João”, “Boi do Povão” e outros.

O mais popular é “Brinquedo de São João”, de autoria de Lindolfo Monteverde

para homenagear o santo a quem se apegou para curar a doença que o ameaçava

quando servia o exército. Os dirigentes preservam até os dias atuais este slogan

como forma de reconhecimento a Lindolfo, o poeta maior da Nação Vermelha e

Branca.

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O Garantido surgiu na antiga estrada Terra Santa, hoje Av. Lindolfo Monteverde,

na tradicional Baixa do São José. Atualmente, um complexo arquitetônico da

antiga Fabriljuta, localizado no Km 1 da Rodovia Odovaldo Novo, adquirido pela

agremiação, abriga toda a estrutura de galpões, a diretoria e demais

coordenadorias que fazem parte da administração do boi que, hoje, é a brincadeira

mais séria dos habitantes de Parintins, a Ilha do Boi-bumbá.

E como não poderia ser diferente, a Quadrilha Pisa no Espinho se veste de

vermelho e branco para representar o Boi Garantido, o Boi do Povão.

3.7 O Boi Caprichoso

Vindos de Crato, no Ceará, os irmãos Cid embarcaram rumo à Amazônia em busca

de uma nova vida, trabalho, mulher e filhos. Devotos de São João Batista,

prometeram à este santo um Boi de Pano caso tivessem suas graças alcançadas.

Fruto de uma promessa e de sonhos realizados, é criado então, em 20 de Outubro

de 1913, pelas mãos dos irmãos Cid, um Boi, todo feito de pano, o primeiro Boi de

Parintins, boi ofertado a São João Batista.

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Surge na história, um ilustre filho de Parintins, José Furtado Belém, advogado que

fez carreira política em Parintins , chegando a Vice-governador do estado. José

Belém havia conhecido a dança do “Boi” quando estivera em visita a Manaus.

Do encontro dos irmãs Cid, somam suas idéias e é criado então o “Boi” Galante.

Inicialmente teria sido um Boi simples, feito de caixa de papelão, sairia às ruas pela

1ª vez, em junho de 1922.

Em 1925, junto com a família Cid, um grupo de pessoas estivera reunida. Tinham

como objetivo, fundar um “Boi-Bumbá”. Um dos presentes, o coronel João

Meireles, teria sugerido colocar o nome de Caprichoso – Boi que teria visto em

Manaus, do qual o coronel seria fã. Todos concordam e acertam ainda que Félix

Cid, repentista e dotado de de uma voz maravilhosa, seria o amo do boi.

O nome, Caprichoso, teria um significado intríseco a ele, isto é, as pessoas cheias

de capricho, trabalho e honestidade. O sufixo ‘oso’, significando provido ou cheio

de glória. Quando somados, ‘capricho’ mais ‘oso’ poderia-se dizer que é

extravagante e primoroso em sua arte. Caprichoso (adjetivo): que capricha, feito

por capricho, excêntrico, variável, teimoso, obstinado – in pequeno dicionário

brasileiro de língua portuguesa.

Com todos estes atributos, o boi recebe oficialmente, na Travessa Sá de Peixoto, o

nome de Boi-Bumbá Caprichoso.

O Boi Caprichoso contava, inicialmente, com uma marujada de 20 pessoas, com

um instrumental feito de madeira oca com peles de animais.

Os símbolos da Marujada eram: a Estrela maior, o Amo e A Vaqueirada. É de onde

vem a inspiração para o símbolo do Caprichoso: a estrela azul.

O Curral do do Boi Caprichoso Zeca Xibelão, em Parintins, na Cidade do

Caprichoso (lado azul da Ilha), leva o nome do primeiro tuxaua da história do

Bumbá, é o lugar são realizados os ensaios da Marujada de Guerra (nome dado ao

conjunto de ritmistas do Caprichoso), tribos e festas nos finais de semana como a

Tarde Alegre, onde as crianças brincam em um bem organizado boi-mirim e

cultivam desde cedo a paixão pelo folclore local. Marujada de Guerra, assim é

chamado o conjunto de ritmistas do Boi-Bumbá Caprichoso. É um patrimônio da

nação azul e branca que leva este nome desde a criação do boi Caprichoso em

Parintins.

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Em meados da década de 1970, Luiz Pereira se tornou o novo dono do Bumbá

quando decidiu trazer o Caprichoso de barco da Comunidade do Aninga à

Parintins. No desembarque, os ritmistas vestiam trajes em azul e branco que

lembravam os uniformes de marujo.

Atualmente, o boi caprichoso possui uma nação com uma quantidade incontável

de torcedores apaixonados pelo bumbá que defende as cores azul e branca. E

afirmam, que quem aprende ou nasce sendo Caprichoso é de se orgulhar

infinitivamente.

Mais que um boi, ele representa a paixão de sua torcida, chamada carinhosamente

de Nação Azul e Branca e Falange Azulada.

É o Boi que a cada ano se supera em sua criatividade, para mostrar na arena do

Bumbódromo em Parintins, um espetáculo maior a cada ano.

Boi de garra, boi de fibra, boi que capricha, boi que conta as lendas e o folclore dos

povos da Amazônia. Boi que defende o verde das matas, sendo por isto o

verdadeiro guardião da Amazônia. Boi de pescadores, o Boi de Parintins.

Vestindo-se de azul e branco, e nas cores da alegria, a Quadrilha a Pisa no Espinho

representa o Boi Caprichoso, o Boi da Preservação da Amazônia.

4. Fontes bibliográficas

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p.

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