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Revista Gourmet Virtual

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Conheça a revista do site do Gourmet Virtual | Informação, Cultura e Lazer na Área da Gastronomia.

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ApresentaçãoGourmet Virtual é informação e entretenimento em gastronomia. O me-lhor em receitas culinárias, cultura, turismo e saúde você só encontra aqui! Nossa missão é contribuir para difusão da gastronomia, proporcio-nando prazer e bons negócios aos seus mais diversos públicos. Com isso, pretendemos ser reconhecidos como marca referência em conteúdo gas-tronômico.

CoordenaçãoLuiz Ricardo Silva

SupervisãoMarcelo Gomes

RedaçãoMariana Marcial de Almeida

Marina Albano

DiagramaçãoLisabell Calhau

WebTiago Carmo, Pedro Azevedo, Guilherme Miari.

ComercialRicardo César

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ReceitasDoce de figo .......................................................................................... 04Cantuccini .............................................................................................. 06Guacamole ............................................................................................ 08Panetone ............................................................................................... 10Banana flambada com sorvete .............................................................. 12Café do museu ...................................................................................... 14

CulturaPanelas que resistem ao tempo .............................................................. 16Doce tradição ........................................................................................ 18Aconchego do fogão a lenha .................................................................. 20Comidas para a ceia de Natal ................................................................ 22Museus e cafés: dueto de sofisticação .................................................. 24De origem mineira e vulcânica .............................................................. 26

ContatoRua Serravite, 22 - Floresta. BH - MG - 31015-220

Telefone.: (31) 3463-8282

Redaçã[email protected]

[email protected]

Web:http://www.gourmetvirtual.com.brhttp://twitter.com/gourmet_virtual

Sumário

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Ingredientes1/2 kg de figos verdes700 gr de açúcar cristal3 xícaras (chá) de água

Modo de preparoLave bem os figos em água cor-rente e raspe a casca dos figos, limpando a pele e imperfeições. Em uma panela funda coloque o açúcar e a água em fogo baixo. Quando formar uma calda rala, acrescente os figos e deixe co-zinhar até que fiquem bem ma-cios e a calda engrosse. Deixe esfriar e sirva com um tradicio-nal queijo minas.

Receitas

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Doce de FigoReceitas

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Receitas

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Receitas

CantucciniIngredientes300 g de amêndoas descascadas e torradas500 g de farinha de trigo200 g de açúcar cristal50 g de açúcar baunilhado4 ovosUma pitada de salRaspa da casca de 1 limão sicilianoManteiga1 ovo pra pincelar

Modo de preparoTriture as amêndoas e, numa tigela, misture com a farinha, o açúcar, os ovos e uma pitada de sal. Junte açúcar baunilhado, raspa da casca de limão. Com a massa, faça rolos de cerca de 2 cm de diâmetro e coloque sobre um tabuleiro untado com manteiga. Bata o ovo com um pouco de açúcar e pincele os rolos com esta mistura. Leve ao forno previamente aquecido a 120 °C, durante 30 minutos, para a massa secar e não para cozer. Corte os rolos em rodelas com a espessura de um polegar e leve novamente ao forno durante aproximadamente 15 minutos. Sirva com um bom expresso.

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Receitas

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GuacamoleIngredientes

2 abacates maduros1 tomate 1 cebola pequenaSuco de 1 limãoPimenta- malagueta à gostoCoentro fresco à gostoSal à gosto

Modo de preparo

Retire a polpa dos abacates com auxílio de uma colher e misture com os demais ingredientes até obter uma massa homogênea. Acerte os temperos e sirva está re-ceita em saladas ou como aperitivo.

Receitas

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Panetone

NatalReceita para o

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NatalPanetoneReceita para o

Page 11: Revista Gourmet Virtual

Ingredientes1 kg de farinha de trigo 100 gr de fermento biológico 200 gr de manteiga 200 gr de açúcar 8 gema de ovo 1 copo de água2 colheres de sopa de mel Essência de baunilha1 pitada de sal 250 gr de frutas cristalizadas 150 gr de uva passa

Modo de preparoMisture o fermento com um pou-co do açúcar e sal até dissolver. Acrescente o restante do açúcar, a água, os ovos, a essência, a man-teiga e o mel. Misture e acrescente a farinha de trigo amassando bem. Acrescente as frutas cristalizas e as uvas passas e deixe descansar por 30 minutos. Molde os pane-tones, coloque na forma e deixa descansar por mais 30 minutos. Faça cortes em cima do paneto-ne, formando uma cruz e leve para assar em forno médio a 180ºC.

Receitas

Natal11

Natal

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Receitas

Banana flambada com sorvete

Ingredientes1 kg de farinha de trigo 100 gr de fermento biológico 200 gr de manteiga 200 gr de açúcar 8 gema de ovo 1 copo de água2 colheres de sopa de mel Essência de baunilha1 pitada de sal 250 gr de frutas cristalizadas 150 gr de uva passa

Modo de preparoMisture o fermento com um pou-co do açúcar e sal até dissolver. Acrescente o restante do açúcar, a água, os ovos, a essência, a man-teiga e o mel. Misture e acrescente a farinha de trigo amassando bem. Acrescente as frutas cristalizas e as uvas passas e deixe descansar por 30 minutos. Molde os pane-tones, coloque na forma e deixa descansar por mais 30 minutos. Faça cortes em cima do panetone, formando uma cruz e leve para assar em forno médio a 180ºC.

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Receitas

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Café do MuseuIngredientes100 g de chocolateEspuma de leite ou leite vaporizado1 dose de café espressoChantilyCanela em pó

Modo de preparoDerreta o chocolate em banho-maria. Em seguida coloque na taça, acrescente o café, o chantily e polvilhe canela em pó.

Sirva em seguida.

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As panelas de ferro chegaram ao Brasil com os colonizadores por-tugueses e se tornou um utensílio presente nas cozinhas até hoje. Além disso, essas panelas fazem parte da nossa lembrança. Afinal, quem não se lembra das pane-las intocáveis na casa das mães e avós, que só saiam do armário aos finais de semana e datas especiais?

Segundo o chef Rodrigo Talles, as panelas eram reservadas para pre-parações específicas, como uma bacalhoada, feijoada e moquecas. “São tipos de pratos que deman-dam maior tempo de cozimento, por isso o uso de tais panelas”.

Essa justificativa pode ser explica-da pelo fato das panelas de ferro

conservar mais o calor, o que além de contribuir para o cozimento, contribui para economia de ener-gia, seja elétrica, gás ou madeira.

Outra característica marcante desse utensílio é o fato de liberar o mineral durante o cozimento, uma vez que o ferro é transmiti-do para o alimento. Esse era um método muito usado por nos-sos antigos para combater a ane-mia, principalmente, em crianças.

E se você ficava implicado com aquela panela de ferro velha, pousada no fogão, saiba que ela era usada por muito tempo, pois quanto mais velha, maior a ação do ferro. “Uma dica importan-te é não deixar a comida pronta por muito tempo na panela, pois a quantidade liberada de ferro pode ser exagerada, assim como o alimento pode oxidar”, explica a nutricionista Giselle Brandão.

CulturaPanelas que resistem ao tempo

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A nutricionista ressalta, ain-da, que o uso da panela de fer-ro deve ser comedida, para não prejudicar o organismo. Assim, o ideal é utilizar a panela no máxi-mo três vezes por semana. Além disso, Giselle também orienta so-bre o armazenamento da pane-la, para que não haja incidência de ferrugem. “O correto é untar a panela com óleo após usá-la”.

Para Dona Izaura Castro, que criou 8 filhos e acaba de ganhar o 12º netinho, cozinhar em panelas de ferro é uma tradição familiar, que aprendera com sua avó. “Em nossa casa é praticamente um evento quando cozinhamos nas

panelas de ferro, a família toda se reúne para ‘tirá-las’ do armário”.

As panelas de ferro acompanharam a evolução do mundo, sendo fabri-cadas atualmente por reconheci-das marcas, como a Le Creuset. Essa linha de panela “evoluiu sem dei-xar de produzir peças de alta qua-lidade com características artesa-nais” segundo histórico da marca. Com 80 anos de tradição, fun-dada em 1925 por dois artesãos belgas na França, a Le Creuset é hoje referência em panelas de ferro fundido e esmaltado.

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Doce tradição

A culinária mineira é rica em to-dos os aspectos, do desjejum ao jantar. Mas uma caracte-rística merece destaque espe-cial, aliás, um doce destaque.

São os tradicionais doces mineiros,

que estão presente não só nas sobremesas, mas sempre dispo-níveis na cozinha. Assim conta Dona Laurinda Amâncio, ao di-zer que desde pequena foi acos-tumada com os diversos potes de compotas e doce de leite.

“Na minha casa é assim até hoje, qualquer hora que uma visite che-gar, tem um doce fresquinho para servirmos”.

Na época do Brasil Colônia, as se-nhoras cozinhavam apenas em

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ocasiões especiais ou para desen-volver receitas nobres. A cozinha do dia a dia ficava por conta das escravas, que não passavam perto das preparações de doces e qui-tutes. Assim, os doces de frutas se tornaram comum, não só pelo método de conservação, mas por-que as senhoras assumiram essas receitas, difundindo-as pela alta sociedade.

Conversamos com a culinarista Re-becca Breder, que destaca como osprincipais doces mineiros, o de lei-te, a ambrosia e os de frutas.

“São muitos os tipos que encon-tramos pelo Estado, mas esses que falei são comuns em todas as casas e fazendas típicas de Minas”.

Sobre o doce de leite e a ambro-sia, o historiador Augusto Camargo

Prata, ressalta que tais práticas foram assimiladas na região por influência dos colonizadores eu-ropeus, que trouxeram para a co-zinha mineira o uso dos ovos e do leite em doces. O historiador con-ta, ainda, que a ambrosia é consi-derada como o doce mais antigo do Estado, tendo uma receita da-tada de 1876.

Já os doces de frutas, seja cristali-za ou em calda, eram produzidos com objetivo de conservar a fruta por mais tempo. Doces de fruta são tradicionais, cheios de sabor e ainda tem a vantagem de serem menos calóricos.

Atualmente, essas receitas estão ao alcance de todos e fazem suces-so em qualquer mesa. São doces que tem história em seu sabor e que revelam muito de nossa cul-tura, ainda mais, quando acom-panhados pelo tradicional queijo minas.

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O fogão a lenha, também conheci-do como fogão caipira, faz parte da história culinária de nosso país, co-meçando pelos índios, que tinhamo Tucuruba, um artefato contruído em um buraco no chão e protegi-do por pedras. A prática evoluiu e passamos a ter dois tipos de fogão a lenha, de metal e de alvenaria.

Aconchego do fogão a lenha

“O fogão a lenha dentro de uma cozinha é um símbolo cultural”, afirma o chef Olivier Anquier em seu livro Diário do Olivier: 10 anos de viagem em busca da culinária brasileira. E de fato é, confirma a historiadora Renata Soares, pois “é um marco na nossa sociedade”.

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CulturaO de metal é mais utilizado no sul do país e o de alvenaria no sudeste, em Minas Gerais e interior de São Paulo.

Com o passar dos anos e a moder-nização dos fogões para o uso de eletrecidade e gás, o fogão a lenha passou a ser usado basicamente no interior do país. Contudo, segundo dados de pesquisa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ru-ral do Estado de Minas Gerais (Ema-ter-MG), o uso de fogão a lenha nas áreas rurais em Minas Gerais é expressiva, pois está presente em 96,9% das casas. Pensando nessa marca, a Emater desenvolveu um projeto para construção de fogão a lenha que não esfumaça a cozinha, economiza lenha e torna mais rá-pido o processo de cozimento doa alimentos.

O fogão a lenha também desperta o lado bucólico das pessoas, por ser um ambiente aconchegante e tradi-cional em reunir a família para um café e uma prosa. Conversei com Dona Maria Stella Libânio Christo, ícone da culinária mineira. Vale ressaltar que o título de sua prin-cipal obra é Fogão de Lenha: 300 anos de cozinha mineira, livro que se tornou referência para gastrono-mia. Na juventude de seus 92 anos,

Dona Stella diz que “a impor-tância do fogão a lenha não estásomente na história da sociedade, mas, principalmente, na sua rele-vância para a culinária”. Ela ressal-ta, ainda, que a comida fica mais gostosa e os sabores se acentuam de forma inigualável.

E para finalizar essa matéria, cito um trecho da crônica Aconchego, de Camilo Durante Assis, um mi-neiro da cidade de Almenara, que mantém seu fogão a lenha sempre com uma chama em brasas.

“Final de semana na casa dos avós, lá no interior. Todos acordam bem cedo, junto com o galo dono do ga-linheiro. O cheiro é de café novo, fumaça de lenha e prosa. Ainda é frio e o lugar mais aconchegante está logo ali na cozinha. No can-to da parede as brasas já brilham o vermelho do fogo. No varal logo acima, alguns espirais de laranja aromatizando o ambiente, lingüi-ças embutidas e alguns queijos ca-bacinha defumando. Na chapa, pe-daços generosos de queijo minas e um pinhão debulhado. As pessoas se juntam ao redor, os rostos vão ficando corados e alma se aquece. É o aconchego do fogão à lenha”.

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Natal próximo e as pessoas já começam a ficar contagiadas com o espírito de confraternização e festas. Além de pensar em presen-te, enfeites e amigo oculto, é fun-damental planejar as comidinhas para a esperada ceia de Natal.

Para a empresária Helena Cardoso, o maior desafio para a ceia é agra-dar a todos os gostos. “Reunimos muitas pessoas e cada uma tem suas preferências, por isso, o car-dápio tem que ser bem pensado, para que todos fiquem satisfeitos”.

Já a colega de trabalho de Helena, Cláudia Souto Lins, ressalta que mesmo com paladares diferente à mesa, as comidas tradicionais não podem faltar. “Faz parte do ritual do Natal, ter uma mesa bem ca-racterística, com rabanada e tudo mais”.

Conheça a origem das prin-cipais tradições natalinas

Frutas secasSão tradição no Hemisfério Norte, que celebra no inverno. “Para osromanos, as avelãs evitavam a fome e as amêndoas, os efeitos da bebida”, diz a historiadora Vivian Coutinho.

Champanhe As primeiras celebrações com a bebida aconteceram no palácio de Versalhes, na França. Napoleão te-ria dito que ele era “merecido na vitória, necessário na derrota”.

Rabanada Os portugueses inventaram esse doce feito de pão dormido e fize-ram a gentileza de trazê-lo para cá durante a colonização. Na Europa, ele é apreciado o ano todo.

CulturaComidas para a

ceia de Natal

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Panetone A mais famosa lenda sobre ele se passa em Milão. Apaixonado pela filha do patrão, um padeiro criou o “pão do Toni” para o futuro sogro. Certo mesmo é que o doce chegou ao Brasil vindo da Itália.

Tender Na década de 50, o frigorífico Wil-son, de São Paulo, importou pernis de porco defumados. Na embala-gem, colocou a expressão tender made (“feito com carinho”). E o paulistano rebatizou o prato.

Peru Como é barato e engorda rápido, o peru virou símbolo de fartura en-tre os americanos. Mas não foi por isso que ele veio parar aqui. “Le-gado português, a ave é aprecia-da desde a colônia”, afirma Vivian Coutinho.

Pernil A ceia dos portugueses inclui baca-lhau com castanhas cozidas. Mas, como o peixe sempre foi caro, mui-ta gente no Brasil deu preferência a um bom porquinho assado.

Fonte: historia.abril.com.br

Cultura

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Cultura

Museus e cafés:

dueto de sofisticação

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Cultura

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CulturaOutro lugar a ser visitado é o Museu de Arte da Pampulha (MAP), proje-tado por Oscar Niemeyer e original-mente construído para abrigar um cassino, faz parte do conjunto ar-quitetônico da Lagoa da Pampulha. De acordo com o diretor do MAP Sérgio Rodrigo, o espaço Café Nie-meyer, que faz homenagem ao arquiteto, foi criado para oferecer conforto ao visitante e estimular a convivência. “O Café é um projeto antigo do museu. Dá um charme a mais, além disso, o café é uma bebida que faz parte da cultura do país” afirma.

As modernas cafeterias revolu-cionaram o hábito do cafezinho e estimularam o mercado, que ficou mais exigente. Aliando o ambiente da arte e a gastronomia, se tornou reduto de grandes encontros e mo-mentos de prazer.

Tradicionalmente servido após as refeições nos restaurantes, o café tem se tornado o item principal no cardápio das sofisticadas cafe-terias que vem se multiplicando pelo país. Com isso, uma das bebi-das mais consumidas no Brasil e no mundo vem ganhando o seu espa-ço nas artes e na gastronomia.

Inaugurado em 2000, o Café do Museu é anexo ao tradicional mu-seu Abílio Barreto, antigo casarão da Fazenda do Leitão. No lugar, os visitantes podem conhecer acervos textuais, iconográficos e fotográfi-cos acerca da origem e desenvol-vimento de Belo Horizonte. O Café oferece almoço e jantar e conta uma variada carta de vinhos e ca-fés, buscando unir gastronomia e cultura. Segundo o sócio-proprie-tário Leonardo Moreira, a ideia foi criar um lugar pequeno, com um cardápio diferenciado, uma carta de vinhos de qualidade e drinks a base de café. “Esse estilo foi base-ado nos Bistrôs que são comuns na França. Conquistamos uma cliente-la cativa e eclética, seguindo uma tendência mundial, que são os ca-fés gourmet”, destaca.

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Cultura

Que o café é uma das bebidas mais consumidas no Brasil e no mundo nin-guém dúvida, mas um de origem vul-cânica vem se destacando pela sua grande complexidade de sabores, re-forçada pela presença maior de alguns minerais.

Quando se fala em percepção do sabor do café, os mais comuns são a doçura e a acidez. Segundo o especialista em ca-fés Ensei Neto, quando é incorporada pequena quantidade de sais, a riqueza do paladar salta à boca.

De origem mineira e vulcânica

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modifica a percepção do que seria um café de bebida “típica”. Neto sugere imaginarmos uma compo-sição de açúcar, sucos de laranja e limão e um leve toque de flor de sal. “O resultado surpreende pela complexidade que se expressa, como se a bebida “passeasse” sem cerimônias por toda a boca. Assim, a primeira surpresa é perceber um delicado toque salgado no café”.

Há vários produtores no Chapadão de Ferro, porém, quem tem se des-tacado é Ruvaldo Delarisse, da Fa-zendaChapadão de Ferro. Ele tem conquistado diversos prêmios pela qualidade dos cafés e em torrefa-ções de destaque no mercado de cafés especiais. Atualmente possui clientes cativos nos Estados Uni-dos, Canadá e Austrália. Entretan-to, alguns de seus lotes podem ser encontrados no Brasil.

Delarisse explica que no solo exis-tem minerais de um solo vulcânico, que transmitem ao fruto sabores únicos, alguns bastante complexos e exóticos. “Com todos esses di-ferenciais conseguimos fazer com que nosso café tenha um mercado próprio, além de poder oferecer aos nossos clientes um café espe-cial, produzido com muito amor e dedicação”, finaliza.

O especialista explica que o fato das propriedades se localizarem em elevadas altitudes de regiões vulcânicas, torna-se um fator im-portante para que se resulte em maior acidez na bebida.

A Fazenda Chapadão de Ferro, si-tuada numa área de solo vulcâni-co, no Cerrado Mineiro, é rica em minerais e produz em altas altitu-des (1.250 m). “É uma das áreas de cultivo de café mais elevadas do Brasil. Uma curiosidade é o fato de que a insolação direta é menor na parte interna do Chapadão. Isso, por exemplo, se reflete na diferen-ça de temperatura de quase 3°C a menos entre a bacia do Chapadão e as áreas externas e que tem um impacto muito grande nas condi-ções da superfície do solo (micro-clima)” destaca Neto.

Em Minas, Poços de Caldas é ou-tra região tida como vulcânica. No entanto, cada área possui suas particularidades, uma vez que a composição do local varia em ra-zão do que foi trago à superfície. Neto ressalta que “é isso que gera a multiplicidade de sabores das di-ferentes origens. Sim, o café é um típico produto próprio de uma área limitada, terroir.”

A presença de elementos minerais

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Ingredientes:

1 xícara de conteúdo jornalístico de qualidade.

2 colheres de sopa de conhecimento.Várias doses de cultura.

1 pitada de ousadia.

Delicie-se!

Gastronomia com culturaReceita:

Gastronomia é cultura.

Modo de preparo:

Misture o conteúdo jornalístico com o conhecimento para obter uma notícia

consistente. Adicione as doses de

cultura e a pitada de ousadia para for-mar matérias com relevância.

Reserve um tempo especial para essa saborosa leitura.

Sirva com diversidade.