73
TRAUMA ALÉM DA INFÂNCIA REVISTA LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA ANHANGUERA UNIDERP O que dizem delegados e psicólogos sobre abuso sexual infantil UNIVERSIDADE Altlética sus- peita que ex- -membro tenha desviado R$ 40 mil CONTATADOS Descubra o lugar de MS onde pessoas dizem ter contato com extra-terrestres

Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

TRAUMA ALÉM DA INFÂNCIA

REVISTA LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA ANHANGUERA UNIDERP

O que dizem delegados e psicólogos sobre abuso sexual infantil

UNIVERSIDADEAltlética sus-peita que ex--membro tenha desviado R$ 40 mil

CONTATADOSDescubra o lugar de MS onde pessoasdizem ter contato com extra-terrestres

Page 2: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

2 3

A MAIOR 'COM TEXTO'DE TODOS OS TEMPOS

143 páginas especiais dedicadas à você!

Com texto e imagem Turma de Jornalismo

N51 & N41 2015

SUMÁRIODO CAMPUS.....10Atética suspeita de desviode mais de R$ 40 mil .......10

ECONOMIA........20Corumbá alavanca econo-mia com turismo....22

CIDADES..........49Conheça os monumentos da Capital e os seus 'donos...49

ESPORTES..........58Relembre os anos de ouro do futebol de MS.........58

RURAL..............75Médica de MS clona bezerro.Conheça a história.....75

CULTURA..........83Onde comer crepe, sushi e outros pratos em Campo Grande.......83

TECNOLOGIAPÁG. 131

Saiba sobre Assassin’s Creed,

e Warface em

CONHEÇA A CIDADE DE OUTRO MUNDO EM MS PÁG.37

ELES NÃO SENTEM DOR DO OUTRO, DIZ PSICÓLO-

GA SOBRE ABUSADORE PÁG.32

As faces da homofobia ... PÁG.118COMPORTAMENTO...110

SAÚDE..........122Pindas pra relaxar........127

Page 3: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

4 5

EDITORIAL

É com grande prazer que fazemos chegar às mãos dos leitores mais uma edi-ção da revista ComTexto. Seguindo o su-cesso da edição anterior, lançada após uma década da primeira publicação, este ano apresentamos uma revista com a nossa cara, tra-zendo um novo design, outra logo marca e um dife-rencial na maneira de enxergar o jornalismo para revista. Marcamos aqui mais uma fase importan-te para a comunicação em nossa região. Contando com várias editorias reche-adas de grandes matérias, essa revista labo-ratório, pensada pelos alunos do 4° e 5° se-mestre do curso de bacharel em Jornalismo da Universidade Anhanguera Uniderp, traz grandes conquistas, curiosidades e muitas histórias a cada página folheada. Ao escolher os temas das matérias que compõe a cada caderno, procuramos contem-plar assuntos atuais que auxiliem o leitor a ter acesso a uma abordagem contextualizada no mundo contemporâneo que vivemos. O objetivo desta revista é, portanto, con-tribuir para a formação dos acadêmicos, que se empenharam e dedicaram parte de seu tem-po na execução desta publicação. E é des-sa forma que gostaríamos de agradecer a to-dos que colaboraram para a realização desse projeto, confiantes que essa revista represente apenas o início de uma série de contribuições para a formação inicial e continuada de ou-tros acadêmicos que nos sucederá.

Wilton RojasEditor-chefe

POR TRÁS DO VIDRO AZULLEOCÁDIA PETRY LEME

A mulher que administra a maior universidade do Estado fala à 'Com Texto' da vida pessoal, trajetória, crises e superações.

Por trás do vidro com pelícu-la azul-marinho, está a edu-cadora, mãe, esposa e avó que tem mais histórias para contar do que o tempo para

uma prosa permite. Com 67 anos, a reitora da Anhanguera Uniderp, Le-ocádia Aglaer Petry Leme, diz que já passou da hora para escrever um li-vro sobre a sua trajetória. O cargo de chefia não a antipatiza. Sua simpatia jovem e contemporânea a coloca à frente do seu tempo, mesmo ocupan-do posição de influência e autoridade. “Catarinense de nascimen-to, paranaense de criação, sul-ma-to-grossense de coração e campo--grandense por adoção” é como a educadora define a sua origem. Sorriso é o que ela não eco-nomiza, principalmente quando o assunto é a família ou o seu traba-lho. Mãe de dois filhos e avó ‘co-rujésima’ de sete netos, Leocádia confessa, com sotaque inconfundí-vel do sul do Brasil, ter passado do tempo para se aposentar. A mulher obstinada e de pul-so firme interrompeu seus afazeres no meio da tarde do dia 19 de maio para nos recepcionar como velhos conhecidos. “Se todos os brasileiros tivessem a possibilidade de estudar, o Brasil seria outro”, disse no come-ço da entrevista relembrando uma conversa que teve um dia antes com a ex-vice-governadora, atual sena-

RONIE CRUZRESPONDE

Asc

om/U

nide

rp

"O que eu não faço é abrir mão

daquilo que acredito"

Revista Laboratório do Curso de JornalismoAno III - Nº 128 de Junho de 2015

Coordenador do curso de Jornalismo:Carlos Kuntzel

Jornalista ResponsávelMarcelo Rezende - 741 MTB/MS

Editor-chefe: Wilton Rojas

Editores: Adriano Fernandes, Anderson Dinozzo, Anna Camposano, Cleto Kipper, Juliana Alves, João Gabriel Vilalba, Vinicius Costa, Jessé Martins e Ronie CruzRepórteres: Anderson Dinozzo, Anna Camposano, Anne Araújo, Ana Gabrielle Brandão, Beatriz Almei-da, Beatriz Arruda, Bruna Rocha, Carla Salentim, Clauder Gaete, Cleto Kipper, Cristiano Arruda, Éder Freitas, Elaine Otnemicsan, Elizangela Vargas, Fábio Onorato, Felipe Copat, Felipe Sidy, Fernanda Oshi-ro, Francielle Floriano, Jadd Índio do Brasil, James Vianna, Jefferson Gamarra, Jessé Martins, João Gabriel Vilalba, João Guanes, Juliana Alves, Juliana Miyuki, Larissa, Leonardo Lima, Marcus Rodrigues, Mauro Silva, Matheus Ribeiro, Nathália Oliveira, Ro-nie Cruz, Samuel Isidoro, Tamara Sainz, Thais Rosa, Vinicius Costa, Wilton Rojas. Editores de texto: Felipe Sidy e Jessé MartinsEditor de Imagem: Matheus RibeiroEditor de arte e diagramação: Ronie CruzAuxiliar de diagramação: James ViannaEditor de foto e imagem: Matheus RibeiroCapa: Juliana Miyuki, Matheus Ribeiro e Ronie Cruz

O conteúdo produzido nesta edição é de inteira responsa-bilidade de seus idealizadores.

Revista Com TextoRua Ceará, 333 B. Miguel CoutoCampo Grande - MS. CEP 79003-010Tel: (67) 3348 - 8096Email: [email protected]

Reitora: Profa. Leocádia Aglaé Petry LemePró-Reitora de Graduação, Pesquisa e Pós--Gradução: Profa. Dra. Luciana Paes de Andrade - Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Prof. Mestre Ivo Arcângelo Vendrúsculo Busato

ENTREVISTA

Page 4: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

6 7

dora e também professora, Simone Tebet (PMDB). Ao ser entrevistada, a reitora recordou as primei-ras 'páginas' da sua vida e destacou os primeiros anos como profissional na àrea da educação. Ela comentou sobre a sua relação com a política sul--mato-grossense e revelou como a universidade enfrentou as recentes crises de imagem. Além dis-so, explicou como está se comportanto diante das mudanças Anhanguera/Kroton e como isso muda o dia-a-dia dos universitários. Sobre as alterações realizadas pelo Governo Federal no FIES, que pro-vocou uma onda de protestos na Anhanguera Uni-derp, Leocádia não poupou críticas e disse que

“qualquer pessoa nesse país que trabalhar em fun-ção de dificultar a entra-da de um aluno no ensino superior não é do bem”.

Como foi o início da sua trajetória? Eu pertenço a uma família que dava um valor mui-to grande para a educação. Eu lembro que éramos cinco irmãos. Duas meninas e três meninos. Eles diziam ‘pai eu quero ir trabalhar e meu pai respon-dia “trabalho pra você estudar, então vai estudar, esse é o teu trabalho”. Com isso, aconteceu que fui a primeira mulher entre esses cinco a entrar numa faculdade. Eu na verdade queria fazer direito, mas o meu pai tinha um sonho. Um sonho maravilho-so dele que queria que eu fosse professora. Eu falei ‘tudo bem’. Então eu fui para o curso de pedagogia na Universidade Federal do Paraná, sempre pen-sando que um dia fosse fazer direito. Mas eu casei, mudei pra Mato Grosso do Sul, continuei a estudar e a minha voltou pra questão da educação mesmo. Fui professora primária durante algum tempo em estágio, depois eu fui supervisora educacional, fiz supervisão, fiz gestão, fiz MBA em gestão e aca-bei me especializando na gestão em educação, não como professora, mas como gestora. Fui secretária

de educação em Mato Grosso do Sul, que na minha gestão que foi no governo Pedro Pedrossian, criou--se a UEMS. E com isso eu acabei saindo da se-cretaria e sendo eleita a primeira reitora da UEMS, onde fiquei durante cerca de oito anos. Depois eu fui reeleita reitora então eu fiquei 8 anos e 9 meses na UEMS. Foi uma experiência bárbara e lá me aposen-tei enquanto vínculo com o governo do estado. Aí quando terminei, estava já pra descansar, pra parar, o professor Pedro que era dono aqui da Uniderp me convidou pra ser vice-reitora dele e até hoje estou aqui. A Anhanguera adquiriu a Uniderp, eu fui de vários cargos dentro da Anhanguera e voltei como reitora aqui da Uniderp. É uma prazer enorme ser reitora da Uniderp, um desafio enorme, a Uniderp querem os nossos concorrentes ou não é a maior universidade do Estado, não tem pra ninguém, o senso tai é só olhar os números. Portanto, por ser maior e também querer ser a melhor, que esse é o nosso grande desafio, são muitos os problemas a se-rem enfrentados, mas é sempre muito gratificante.

Geralmente as pessoas escolhem a profis-são por afinidade. A senhora nasceu líder? Não acredito que eu tenha nascido líder, eu acho que a vida leva a você desenvolver algumas habilidades que você tem internamente que você até nem sabe que tem e na educação a liderança é a primeira que se aprende. Você lidera, você organiza, você orienta e isso sem você querer um não, se você exercitar a vocação do educador, você acaba sendo líder. Então eu acho que a minha área fez com que isso ficas-se muito presente. Eu sou muito,‘a mãe nasceu pra coordenar’, meus filhos falam isso. A minha casa é cheia de homens, então, tinha um conceito quando os meus dois filhos eram pequenos, que eles diziam as-sim, 'mãe manda o pai deixar', porque supostamente era a mãe que mandava o pai deixar. Mas é isso, eu defendo muito o que eu acredito. As pessoas dizem assim: 'mas você não muda de opinião?' Mudo. Se eu encontrar uma outra Leocádia tão firme nos seus conceitos quanto os meus eu vou parar para olhar. O que eu não faço é abrir mão daquilo que eu acredito. Eu não abro. Mas eu quero sempre ser convenci-

da, porque a mudança pro ser humano desestabiliza. Nós estamos vivendo um momento novamente aqui na Uniderp de novas ideias, de novos caminhos, e se você for resistente a mudança você realmente não consegue. Não é a tua liderança que vai fazer com que aconteça, não é nada. Ou você abre e até ajuda a propor coisas pra ser melhor ou então sai, porque se não você não consegue exercer a sua profissão.

O ano passado a senhora foi suplen-te do candidato a senador Ricardo Ayache. A senhora ainda planeja al-gum dia ocupar algum cargo político?Eu nunca planejei. Foram dois momentos que eu aceitei o convite que me fizeram. Por dois motivos muito claros. No primeiro, fui candidata a Deputada Federal quando eu estava lá em Dourados. E fui sem sair um dia do meu trabalho como fiz dessa vez aqui também. Eu vou pra poder falar sobre a proposta do PDT, que é o meu partido. O PDT é o partido do Brizola e o partido da educação no nosso país. É uma pena que esse Brasil ele tem uma extrema difi-culdade de aceitar, digamos assim, ideologicamente os partidos. Já com o Ayache, o Delcídio pôs na ca-beça que se ele fosse governador ele me chamaria para trabalhar, dizer o que é importante fazer em educação. A vida me proporcionou conhecimento. A vida me fez 40 anos da minha trajetória pública e privada, agora, 7 anos, me possibilitou adquirir muito conhecimento e eu tenho obrigação de pôr pra fora. Eu falo sempre que eu estou demorando para aposentar, mas na hora que eu me aposentar eu vou ter que escrever, vou ter que por isso em livro porque é uma experiência muito grande. Eu ima-gino que pouquíssimas pessoas no Brasil tiveram a chance de ser secretário de educação, reitora de uma estadual e reitora de uma de capital aberto ou a maior do mundo. Quer dizer, é uma história que a vida me proporcionou que eu tenho que, de uma certa forma, dar em troco. Por isso que eu fui. Então, eu não tenho assim nenhuma pretensão de ser, mas tenho a pretensão de poder sempre que eu puder fa-lar sobre aquilo que eu acredito em política. E em política só acredito numa coisa no país. Tenho dito

esses dias, qualquer pessoa nesse país que trabalhar em função de dificultar a entrada de um aluno no ensino superior não é do bem. Não pode ser do bem.

Qual é a sua opinião sobre as mudan-ças realizadas pelo governo no FIES?É exatamente sobre isso que estou falando. Em 2010, quando eles fizeram essa proposta maravilhosa do FIES pra todo brasileiro poder entrar eu aplaudi de pé e vou dizer o porquê. Desde o tempo que eu es-tava na Secretaria eu fiz várias viagens para o exte-rior para conhecer propostas é que eu acompanhava. Qualquer americano, qualquer canadense que nas-cer hoje ou nascesse há 30 anos o pai dele sabia que quando ele completasse 18 anos e fosse fazer a uni-versidade ele poderia escolher Harvard porque tem financiamento pra ele fazer o ensino superior. Qual-quer um de primeiro mundo. E nós não. O Brasil consegue ser o país que, inclusive na América Lati-na, é o último em percentual de pessoas com curso superior. Você aguenta perder pro Paraguai? Fala pra mim? Você aguenta perder pra Argentina? Pro Chile? E então. E por quê? Porque nunca existiu nin-guém que trabalhasse fortemente com uma proposta de entrada para que tivesse a possibilidade de ter. Não se construía novas universidades federais e não se tinha nada que possibilitasse que o menino pudes-se pagar. Feito isso, tem uma mudança que eu acho que deveria ter sido desde o início que eu concordo.

"Eu acho que o estudante tem que ter no mínimo 450 pontos na redação do ENEM para ter o FIES. Porque se não o aluno faz de qualquer jeito, como quiser, não estu-da nada no ensino médio"

LEOCÁDIA PETRY LEMERESPONDE

Page 5: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

8 9

Mas, eu sou contrária a limitar. A dizer, por exem-plo, eu só vou dar 10% desse curso, isso eu sou con-trário. Acho que eles tinham tirar dinheiro de tudo para poder dar jeito. Não dá pra tratar a educação desse jeito num país subdesenvolvido como o nosso quando entra em crise.

RECENTEMENTE A UNIVERSIDADE PAS-SOU POR DUAS CRISES DE IMAGEM, SEN-DO O CASO DA ESTUDANTE DE ARQUITE-TURA QUE FALECEU NO ANO PASSADO E DO SUPOSTO SUICÍDIO DE OUTRA ESTU-DANTE NESTE ANO? COMO FOI GEREN-CIAR ESSAS CRISES?Foi muito difícil. Foi di-fícil pelo seguinte, a gente toma todos os cuidados, e mais do que isso a gente atende a tudo o que a legislação manda. E você sabe que a legislação é muito séria hoje em dia no que diz respeito à aces-sibilidade e segurança. Tem bombeiro e têm órgãos fiscalizadores. A gente só não consegue se preparar para o inevitável, como foi o caso da menina que fa-leceu no corredor da sala de aula. Fizemos tudo que nós pudemos. Nós temos inclusive dentro do nosso Campus um centro médico. Os médicos saíram de lá, vieram. Quer dizer, foi feito tudo. Não foi fácil, foi muito difícil, foi doloroso. Mas eu tenho a cons-ciência absolutamente tranquila, porque nós demos, inclusive para a família, todo o suporte necessário e fizemos acompanhamento disso tanto no primei-ro quanto no segundo caso. No último, todos que viram concluíram que os nossos patamares de segu-rança são altos, não tem nada que facilite aqui que uma pessoa caia assim. E eu espero que tanto nossos alunos quanto a sociedade consigam fazer essa lei-tura. Teve uma coisa que melhorou após o primeiro caso, a gente tinha brigadista que é obrigado a ter, chamava SAMU, mas a gente não tinha o que nós temos agora. Além do serviço obrigatório de SAMU e bombeiro, temos um serviço terceirizado que nos dá atenção em primeiro lugar. É a Quali Salva. Às vezes acontece de chegar os três juntos. Então as pessoas vêm direto do serviço, passam mal, ficam com hipoglicemia e então os socorristas são aciona-dos e às vezes chegam todos juntos. A gente chama

nosso serviço terceirizado, ele é obrigado a vir. A Quali Salva tem um contrato de no máximo 10 mi-nutos, não mais que isso. Mas os bombeiros às vezes chega com sete, às vezes chega com cinco. Portanto, só para que a gente garanta que o nosso aluno, que o nosso professor, que o nosso funcionário possa ser atendido.

O QUE O ESTUDANTE DA ANHANGUERA UNIDERP PODE ESPERAR COM A RECENTE FUSÃO DA ANHANGUERA E DA KROTON?Inovação em primeira mão. Eu tenho sentido isso. Nós ainda estamos recebendo gradativamente todas as informações de matrizes novas, grades novas. Existe um pré-conceito no Brasil de que estaríamos comercializando um direito do aluno que é o ensino. Só que eu particularmente que conheço o ensino de tudo que é jeito, conheço ele público, de capital fe-chado e de capital aberto. E sabe o que eu vejo que a gente ganha com o de capital aberto? É a neces-sidade que essas empresas precisam de resultado. Ninguém investe no que não é bom. Certo? E Inves-tidor não está para brincadeira. Esses investidores dos EUA, esses grandes investidores, e eles buscam o resultado do nosso negócio no que o MEC apre-senta e diz pra eles. ‘Olha aquele curso tirou quatro no Enade, aquele lá tirou um e aquele la tirou dois’ . Para que o estudante tire quatro no Enade, nós, o capital, vamos ter que fazer o estudante aprender. Então, ganha quem? Ganha a sociedade, ganha essa pessoa que está fazendo um curso dentro de uma instituição como essa e ganha o Brasil. Por isso que eu digo, o aluno da Kroton pode esperar por isso. Ele vai estar sempre atento ao máximo de inova-ção possível, à possibilidade de garantir que ele não pare, o jeito de negociar e fazer qualquer coisa para que ele não deixe de estudar.

O QUE LHE TRAZ MAIS ORGULHO AQUI NA UNIDERP? A marca nas pessoas que passam pela Uniderp tem um significado fabuloso. O que me traz mais orgulho é perceber que não tem em Mato Grosso do Sul quem não saiba quando fala o nome da 'Uniderp'. É, sobretudo, o reconhecimento.

Quando o estudante que está aqui percebe que exis-te um risco de ele não poder ficar, isso revolta. E eu acho que eles estão certos. Eu acho que tem que lu-tar, por querer, por conseguir, por ter que ficar para poder sair daqui com um diploma da Uniderp.

QUEM É LEOCÁDIA AGLAER PETRY LEME? Ela é uma mulher que tem um monte de homens em sua vida, eu falo porque são 8 homens. Eu tenho um marido, dois filhos, seis netos homens e uma netinha. Mas eu sou uma mulher que se de-dicou a vida inteira por uma causa e essa causa é a educação.

NÃO TOLERA? Falsidade, corrupção, não tolero. Para mim é o grande fator de desagregação do nosso país. Isso eu não tolero.

REGRAS? Respeito, compromisso e dedicação. Essas três questões estão em qualquer regra de con-vivência, seja ela familiar ou profissional.

UMA SÉRIE DE TV FAVORITA? Eu nem tenho. Eu não vejo muito a TV, mas eu gosto de novela. Eu vejo novela umas duas vezes por semana.

QUAL NOVELA? Vamos ver. Qual é mesmo a que está passando agora? [risos]. Mas eu gosto um pou-co de ver televisão, eu gosto de entrevistas, sabe? Eu gosto desse tipo, que não canse, se você enjoar você tira e não tem nenhum compromisso. Filmes assisto poucos. Só quando o filme é muito recomen-dado que eu vou ao cinema.

TEM ALGUM HOBBY? Eu acordo e faço exer-cício na bicicleta ergométrica durante 40 minutos todos os dias, de domingo a domingo. Eu levanto as sete, tomo meu café e faço bicicleta lendo jornal. Esse é o meu hobby.

DESISTIR? Nunca. Eu não desisto nunca. Eu sou teimosa. Dizem que taurino é teimoso e eu sou. Eu sou protótipo. Não desisto nunca, além de ser brasi-leira que não desiste. [risos].

SE FOSSE PARA ESCOLHER A TRILHA SO-NORA DA SUA VIDA, QUAL SERIA O CAN-TOR, A MÚSICA E O TRECHO? O cantor qual-quer um seria. Mas a música seria “Carinhoso”. E eu digo por que. Meu marido toca clarinete e eu adoro quando ele toca “Carinhoso”, é a minha mú-sica preferida.

UM LUGAR DO MUNDO PRA VIVER EM PAZ? A minha casa que eu sei que eu viverei em paz. Mas eu também gosto demais de Curitiba.

LEOCÁDIA PETRY LEMERESPONDE

"Uniderp é a marca que nos dá o maior orgulho. Traz os maiores problemas também. O FIES foi no Brasil inteiro e só aqui que os estudantes fizeram movimento, bateram panela, mas isso eu consi-dero que é exatamente essa paixão pela universidade"

Asc

om/U

nide

rp

Page 6: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

10 11

EX-MEMBRO DE ATLÉTICAÉ SUSPEITO DE DESVIAR MAIS DE R$40 MIL Ele era diretor de eventos da Atlética de Direito da Uniderp e teria desviado recursos de viagem de universitários à Florianópolis. 'Benny teve total controle sobre as transações do caixa' e dinheiro teria sido gasto em ‘noitadas’ em casa de shows de Campo Grande, diz fonte. Acusado nega desvio, alega erro de cálculo e culpa ADU.

A Associação Atlética Acadêmica de Di-reito Uniderp (ADU) está mesmo com um ‘pepino’ para resolver. A viagem para o Praia Jurídica 2015, ocorrida em abril deste ano, em Florianópolis, aca-

bou terminando em pesadelo para a associação. Em setembro de 2014, a Atlética conseguiu a oportunida-de para participar do requisitado evento, por meio de um dos seus integrantes, o estudante de Direito Benja-mim Dankam. O rapaz ficou responsável por consul-tar os gastos com o evento, estipular preços, vender os pacotes da viagem e fazer o pagamento mensal das seis parcelas à empresa do circuito de praias. A Atléti-ca suspeita que ele tenha desviado mais de R$ 40 mil do dinheiro. Uma fonte ligada à ADU. e que preferiu não ser identificada disse à Com texto que, como o acusado havia conseguido emplacar a associação no Praia Jurídica (o que é muito difícil, segundo ela), a Atlética confiou ao acadêmico toda a organização da viagem e ‘total controle sobre as transações do caixa’. “Foi excesso de confiança”, afirmou a fonte. Benjamim não é quem diz ser. Seu nome na verdade é Douglas Nascimento da Silva. Ele usa ou-tro nome para se apresentar aos amigos e nas redes sociais. O rapaz, conhecido popularmente por Benny, era sócio e diretor de eventos da Atlética e organiza bailes e festas na capital sul-mato-grossense. No en-tanto, dessa vez, o episódio na universidade pode ter manchado sua reputação como promotor de eventos

BIA ALMEIDARONIE CRUZ

DO CAMPUS

CONFIOU DEMAISFonte secreta ligada à ADU diz que foi 'excesso de confiança'.

Paul

a M

aros

o/A

rqui

vo P

esso

al

DO

CAMPUS

Page 7: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

12 13

DO CAMPUS

em Campo Grande. Conforme relato da fonte anônima, as su-postas irregularidades começaram a serem desco-bertas no dia 16 de abril, momentos antes do em-barque para o evento em Florianópolis (SC). A ADU contratou três ônibus para fazer o transporte de 125 estudantes. Desses, 108 eram da Anhanguera Uni-derp e 17 eram estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O ponto definido para embarque foi a Praça do Rádio Clube, no cen-tro de Campo Grande, às 18h. Segundo a fonte, até a data já haviam passado seis meses e as despesas com a viagem deveriam estar devidamente pagas, porém, a associação veio dar conta de pagamentos não reali-zados meia hora antes da viagem. A fonte afirma que até então Benny negava qualquer problema que pu-desse impossibilitar a ida ao evento e dizia que “es-tava tudo ok e que tudo seria resolvido”. Porém, uma ligação meia hora antes do embarque na quinta-feira (16) teria transtornado os membros do diretório da Atlética. A fonte soube que a empresa de transportes Monte Sião - contratada para realizar o serviço – en-trou em contato com a diretoria informando que o terceiro ônibus só faria o transporte caso fosse efetu-ado o pagamento de R$ 13,7 mil e que a associação ainda não havia pagado o valor. O ônibus do qual a empresa se referiu ao telefonema seria o veículo que o custo foi dividido entre os estudantes da Anhan-guera Uniderp e os acadêmicos de odontologia da

UFMS. Os estudantes da UFMS teriam pagado à vista dias antes a quantia de R$ 5,4 mil – referen-te à parte do ônibus combinada em acordo - o que intrigou a diretoria da Atlética, segundo a fonte. “Ele [Benny] sumiu com esse dinheiro. O pessoal da odontologia pagou à vista. Pelo menos a metade do ônibus deveria ter sido paga à empresa”, afirmou. Os problemas só estavam começando. Pouco antes da ADU receber o telefonema da Monte Sião, Benny teria resolvido ir de avião para Florianópolis antes delegação embarcar para receber um prêmio no valor de R$ 5 mil, ao todo, concedido pela em-presa do Praia Jurídica à ADU. “Um dos membros da Atlética emprestou o cheque porque o Benny disse que estava sem dinheiro e a empresa informou que queria entregar o prêmio nas mãos dele. O cara que emprestou não sabia preencher o cheque e dis-se para o ele [Benny] preencher depois, no valor de R$ 250. Ele confiou que isso fosse acontecer, mas, em vez disso, o Benny pegou o cheque e preencheu com o valor de R$ 14,7 mil. Depois, ele [Benny] foi na empresa Monte Sião e entregou o cheque dizen-do que seria para pagar o restante do dinheiro que a Atlética estava devendo” revelou a fonte. A inten-ção de Benny, segundo ela, era ‘tapar o buraco’ de R$ 13,7 mil, mas, ‘por sorte’, o cheque foi recusado pela empresa por causa de uma restrição no nome do titular logo após o suspeito ter deixado o local. Benny teria mentido para o proprietário da empresa

de transportes dizendo que o cheque seria pago por um fazendeiro e que o dono do cheque era seu cunhado. O estudante que fez o empréstimo para o suspeito soube do fato ao receber um telefonema da Monte Sião. “Nessas al-turas, eu tenho certeza que o Benny iria fugir porque, se o cara da atlética não tivesse emprestado o cheque, ele [Benny] nem iria para a Praça, já sa-bendo que o terceiro ônibus não esta-ria lá. O Benny não sabia que a Monte Sião tinha recusado o cheque logo de-pois que ele saiu de lá, por isso deci-

diu ir junto com o pessoal achando que estava tudo certo”, conclui o informante explicando que, mesmo tendo utilizado o cheque com outro propósito e ter desistido ir receber o prêmio, Benny foi para a Praça do Rádio Clube para embarcar com o restante da de-legação. “Quando [membros da ADU] perguntaram sobre a dívida ele [Benny] alegou que o pessoal [que tinha comprado os pacotes] atrasou parcelas e os ju-ros e multas acumularam. Então deu nisso no final”. Ao ser questionado sobre o cheque, que ele teria pre-enchido com valor 50 vezes maior do que o combi-nado, Benny alegou, segundo a fonte, que iria avi-sar posteriormente, mas isso não soou convincente. Para tentar ‘salvar’ a viagem, em cima da hora, a fonte revelou ainda que os membros da atlé-tica foram até a empresa Monte Sião tentar negociar a dívida para que o terceiro ônibus fosse liberado. Benny, ‘encurralado’, acabou indo junto. Sem acor-do, eles decidiram, então, fazer uma ‘vaquinha’ en-tre os estudantes - que no momento aguardavam o embarque na Praça. A ideia era quitar a dívida com o dinheiro da ‘vaquinha’. Para isso, as 125 pessoas da delegação, além de estarem pagando pela viagem, deveriam colaborar com R$ 109,06 cada, o que ao fi-nal resultaria em cerca de R$ 13 mil. De acordo com depoimento da fonte secreta à revista Com Texto, à diretoria da associação resolveu, como punição, fazer com que Benny fosse até os estudantes, confessasse o que havia ‘aprontado’ e fizesse a coleta de fundos para pagar a dívida do transporte. No entanto, “ele

passou em cada um dos ônibus [que já estavam es-tacionados lá] e começou a falar que a Atlética tinha gasto todo o dinheiro, sendo que a atlética nunca viu a cor desse dinheiro. Ele [Benny] falou ainda que isso [a quantia que ainda faltava] era culpa de quem ha-via atrasado as parcelas. Ele inventou um monte de mentiras, de cara lavada e com tranquilidade. Uma coisa absurda”. A fonte afirma que os estudantes fi-caram transtornados com a notícia. Mesmo assim, alguns desembolsaram dinheiro para ajudar na ‘va-quinha’, mas o total não conseguiram atingir nem a metade da dívida. O desespero bateu com apenas R$ 2,7 mil em mãos. Foi então que eles recorreram mais uma vez à empresa para tentar negociar a dívida. VAI OU RACHA Segundo o informante, com receio de que os acadêmicos pudessem tomar medidas legais contra a Atlética, devido ao não cumprimento do que estava no contrato, alguns membros da associação propu-seram penhorar seus carros, mas a empresa se recu-sou a aceitar. Assim, um acadêmico que estava entre os passageiros conseguiu entrar em contato com o proprietário da Monte Sião e marcar uma reunião no mesmo dia em um Posto Combustível, localizado no cruzamento entre a avenida Calógeras e a ave-nida Salgado Filho. Enquanto os estudantes aguar-davam para partir, alguns sócios da Atlética foram até o posto e se reuniram com o proprietário da em-presa. Após algum tempo de conversa, uma terceira pessoa teria emprestado para a ADU um cheque de R$ 12 mil. Além de repassarem a quantia levanta-da na ‘vaquinha’, 'eles entregaram ao empresário o cheque e, só assim, o terceiro ônibus foi liberado'. Ao retornarem para a Praça, Benny já estava de malas feitas, pronto para partir com os estudantes. “Daí o pessoal começou a espalhar a verdade pra todo mundo que estava por lá e ele começou a se fa-zer de coitado. Começou a falar ‘ah! Foram seis me-ses de trabalho jogado fora’. Um dos caras da atlética foi em todos os ônibus esclarecer o que tinha aconte-cido. Ele começou a desmentir o Benny falando que o terceiro ônibus não tinha sido pago, que a Atlética nunca tinha visto a cor do dinheiro e que o respon-

DIZ SER QUEM NÃO É. Nas redes sociais Douglas utiliza perfil com outro nome e com foto 'fake', diz informante.

Rep

rodu

ção

Face

book

Page 8: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

14 15

sável era o Douglas. O cara contou toda a história da negociação para o pessoal e disse que, se a atlética não tivesse negociado a dívida, 43 pessoas não iriam viajar, mesmo tendo pagado o pacote”, informou a fonte. “Quando o cara chegou ao ônibus que o Ben-ny tinha embarcado avisou que ele [Benny] não iria viajar e que era para descer. Daí o Benny levantou para sair e dois amigos dele, ‘marombinhas’, o barra-ram e disseram que ele [Benny] não ia descer. Mas o cara da Atlética continuou dizendo que ele ia descer sim e, se eles tentassem impedir, os dois seriam ex-pulsos juntos. Todo mundo parou e ficou olhando nessa hora. O cara [da atlética] disse ainda que os ônibus não iriam enquanto isso não fosse resolvido. Tinha até algumas pessoas defendendo o Benny, in-clusive pessoas da Atlética. Mas o rapaz da atlética acabou convencendo a maioria e o Benny desceu do ônibus. A galera queria começar a surrar ele lá na hora. Muita gente começou a entender o que havia acontecido. Se o Benny tivesse ido [na viagem] eles teriam matado ele, porque durante o caminho o pes-soal da Atlética começou a descobrir mais coisas”. Os ônibus que sairiam às 18h do dia 16 de abril, rumo à Florianópolis, partiram cin-co horas depois, às 23h30, devido à demora das negociações entre a Atlética e a Monte Sião.

DESCOBERTAS NO CAMINHO A fonte soube que os membros da diretoria da ADU entraram em contato com a empresa, que realiza o Praia Jurídica, e descobriram que havia uma dívida de cerca de R$ 24 mil reais e que, desse valor, Benny teria pago apenas R$ 8 mil um dia antes, quando alegava que tudo estaria sob controle. Por estar em dívida com a empresa, à Atlética não iria poder participar do evento. Ao chegar em Florianó-polis, “a diretoria conseguiu fazer uma reunião com o dono da empresa do circuito de praias para tratar da dívida. Como eles tinham ganhado o prêmio de R$ 5 mil, a quantia foi utilizada para abater parte da dívida. O restante que ainda deviam, cerca de R$ 11 mil, foi divido em dez vezes. O proprietário do cir-cuito disse que sabia que a atlética estava na pior e ia ajudar porque queria ver eles [os estudantes] nos

eventos futuros do Praia Jurídica”, disse o informante. Benny conhecia o dono do circuito de praias. Foi ele quem apresentou a ADU à empresa à fim de conseguir participar do evento. O rapaz conseguiu isso, mas colocou tudo a perder, segundo a fonte. “Por sorte ele [o dono do circuito] deu 30 pulsei-ras do camarote do evento para a Atlética distribuir entre os estudantes da delegação. Em vez disso, eles [a Atlética] decidiram vender as pulseiras por um preço abaixo do que era vendido pelo no local. Al-gumas foram distribuídas para os que ajudaram na ‘vaquinha’ e 20 foram vendidas por cerca de R$ 100 reais. Com esse dinheiro eles pagaram a hospeda-gem e a alimentação dos motoristas. Ficou mais de R$ 1 mil [o gasto com os motoristas]”, relata a fonte explicando que foi descoberto que Benny não havia pagado a estadia dos seis motoristas da Monte Sião. “A empresa disponibilizou dois motoristas para cada veículo para que houvesse revezamento entre eles. Por sorte, os motoristas conseguiram uma pousada

do outro lado do hotel onde ficaram hospedados os estudantes. O custo foi de R$ 150 para cada por mo-torista por 5 dias. Daí, além desse gasto, a Atlética teve que arcar com a alimentação deles [motoristas]”. Outra descoberta que chocou a Atlética foi referente ao cancelamento dos universitários que compraram pacotes, mas desistiram antes da via-gem. “A atlética descobriu que nenhum pacote ha-via sido cancelado. O Benny alegava para o pesso-al que tinha cancelado o pacote só que não tinha cancelado. A pessoa pagava a multa e ele embolsava o dinheiro. O cara [do Praia Jurídica] mostrou no sistema que não tinha nenhum contrato cancelado”. Além disso, “os valores do pacote que o dono do cir-cuito passou eram bem diferentes do que ele [Ben-ny] cobrava. Ele cobrou a mais. Tudo bem que era o valor do pacote seco e ele incluiu o valor do ônibus junto. Mas de 108 contratos, se ele aumentasse R$ 10 durante os seis meses em cada um, iria dar um bom dinheiro e foi isso que ele fez. Ele aumentou”, revela.

CADÊ OS R$ 40 MIL Após cinco dias na capital catarinense, a vol-ta para casa foi marcada pelas estratégias para orga-nizar a ‘bagunça’. “O valor do rombo calculado pela Atlética é de mais de R$ 30 mil. Fácil. Porque foram R$ 13,7 mil do ônibus, mais R$ 16 mil do circuito, só isso dá R$ 29,7 mil. Tem ainda a hospedagem e alimentação dos motoristas e os contratos que ele [Benny] falou que cancelou e não foram cancelados. Soma R$ 40 mil fácil, fácil. Muito fácil. Só que as-sim, quase metade disso daí já foi perdido. A atlética está pagando as dívidas com os eventos que estão sendo realizados, como a Feijoada, a Festa de 1 ano de Atlética e a festa que eles já fizeram na Move. To-dos os eventos para quitação da dívida foi planejado

'TÁ TUDO BENNY' Em montagem publicada na página oficial da Atlética após a viagem, a asso-ciação satiriza o estudante Douglas nascimento,

também conhecido como Benny.

Reprodução Facebook

DO CAMPUS

Page 9: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

16 17

durante a viagem. Ao todo, a associação está deven-do uns R$ 15 mil ainda. Até o fim do ano a atlética deve pagar tudo.” Segundo a fonte, Benny mandou mensa-gens para a ADU pedindo desculpas e ‘sumiu’ de-pois disso. “Primeiro ele estava com o argumento de que a Atlética tinha gasto todo o dinheiro, depois ele alegou que tudo foi erro de cálculo, que ele cal-culou mal, que era um evento de 60 mil, um valor muito alto e que ele não tinha noção e cobrou me-nos dos contratantes. Todos os contratos que esta-vam na casa dele e alguns kits (boné, samba canção, óculos e camisetas), foram recolhidos pela Atlética. Os mais prejudicados, segundo a fonte, não foram os estudantes que compraram paco-tes, mas, sim, os organizadores, membros da Atlé-tica, que tiveram de resolver os problemas que surgiram no decorrer da viagem e as dívidas que ficaram posteriormente. Ela diz que apesar dos de-safios, a ADU conseguiu cumprir com o que es-tava no contrato firmado com os universitários.

CULPA DA ATLÉTICA À Com texto, Benny negou as acusações de desvios de dinheiro. O estudante do 8º semestre de direito disse que realiza eventos desde que entrou na universidade e como nunca havia organizado uma viagem como essa acabou ‘metendo os pés pelas mãos’. “Eu cobrei valores a menos do que deveria ser cobrado do pessoal, daí na hora da contagem final, que seria para o pagamento dos ônibus, ficou faltan-do dinheiro”, afirma. Ele informou que a empresa do evento vende pacotes com preços variados. A varia-ção está no tipo de quarto para hospedagem, acesso a camarotes dos shows e outras regalias. O rapaz disse que na hora de estipular os preços para os estudantes a Atlética não observou essa variação e definiu va-lores em desacordo com a tabela do Praia Jurídica. Entre os itens incluídos nos pacotes vendidos pela ADU estavam, além da participação no Praia Jurí-dica com festas e open bar, o transporte da delega-ção até Florianópolis e a hospedagem para os 4 dias de evento. O rapaz confirmou que ficou responsável por organizar a viagem sozinho e teve ‘total controle sobre as transações do caixa’. Segundo ele, isso acon-

teceu porque em todas as reuniões realizadas pela diretoria da Atlética ‘ninguém dava muita atenção e só ficavam na brincadeira’. “Era sempre assim. Por isso eu fiquei responsável por tudo”, afirma Benny. O estudante diz ainda que as acusações que estão fazendo contra ele são exageradas. “Eles [membros da atlética] sentem inveja de mim, por isso estão fazendo essas acusações”, declara. Em relação ao outro nome que ele utiliza para se apresentar aos amigos e nas redes sociais, o rapaz alegou que Benjamim Dankam é uma espécie de nome artístico que ele utiliza desde que era DJ em eventos de Campo Grande. Por isso, é mais conhecido como Benjamim do que como Douglas, segundo ele. Benny informou que deve entrar com uma ação na Justiça contra as acusações de membros da ADU.

‘Ninguém dava muita atenção e só ficavam na brin-cadeira. Era sempre assim. Por isso eu fiquei responsável por tudo”, diz Benny.

SAIU BENNY Segundo informações da fonte, a ADU deve entrar com uma ação na Justiça contra Dou-glas Nascimento da Silva, ainda neste mês, após levantamento de todos os contratos e conclu-são do valor exato que foi desviado por Benny. No dia 29 de abril, a Atlética publicou no Facebook uma nota na qual exclui Benny da asso-ciação, por cometer infração grave no exercício do cargo. Além de sócio, ele cumpria função de dire-tor de eventos. De acordo com a nota, o acadêmi-co foi excluído com base no artigo 7º do Estatuto Social da Associação Atlética Acadêmica de Direi-to Uniderp (ADU), que diz que ‘será excluído da associação o membro que aplicar de maneira irre-gular as receitas sociais, praticar crimes contra a administração da A.A.A.D.U., violar gravemente preceitos éticos e legais ou conduzir-se a qualquer outra forma que justifique o seu afastamento’.•

DO CAMPUS

APÓS PMDB, AZAMBUJA QUER FAZER ‘GOVERNO PARA TODOS’ COM A 'CARA' DE MS

“O momento é para arrumar a casa”. Foi o que disse o Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em entrevista exclusiva à Com Texto. Ele criticou a gestão passada e disse ainda que o governo anterior

deixou como herança “alguns pacotes de bondades'.Em 2014, Azambuja frustrou lideranças políticas após derrotar os dois últimos partidos que governa-ram o estado (PT e PMDB), sendo primeiro governa-

dor tucano a governar o estado. O campo-grandense nasceu em 1963, é casado com Fátima Silva, pai de três filhos, Rafael, Rodrigo e Thiago. Antes de entrar na política, trabalhou como profissional no setor do agronegócio. Seu primeiro cargo eletivo foi alcança-do em 1996, como Prefeito de Maracajú - ficando conhecido por ter melhorado a economia da cidade, que passou da 12ª a 5ª colocação no Estado. Foi tam-bém durante a sua gestão que Maracajú teve 100% das suas ruas asfaltadas. Permaneceu no cargo por dois mandatos. Em 2006, foi eleito Deputado Estadu-al e quatro anos depois foi eleito Deputado Federal.

Azambuja disse à Com Texto que não encontrou o estado da maneira que esperava, conforme dados recebidos pela gestão anterior.

Economia é a saída para que Mato Grosso do Sul se sobressaia entre outros estados, diz governador

FELIPE SIDY

POLÍTICA

Page 10: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

18 19

Qual foi sua reação em saber que havia sido eleito Go-vernador do Estado, depois de uma administração de 8 anos do PMDB? Foi um momento de muita satisfa-ção. A vitória não consolidou apenas o resultado de uma eleição, mas consolidou um trabalho desenvol-vido por anos. A minha trajetória política sempre foi focada no desenvolvimento e, quando entrei neste projeto, meu objetivo era colocar em prática toda a experiência que tive em outras esferas da política e desenvolver um projeto que atendesse todos, ou seja, fazer um Governo para todos e, com a vitória, tive a certeza de que a oportunidade de colocar o meu objetivo em prática me foi dada.

O senhor esperava que tivesse chance? Apesar de sa-ber que a eleição é um processo longo e muito dinâ-mico, sempre tive certeza das nossas propostas e de que poderia sim vencer a eleição se passasse para a população o que o nosso Plano de Governo previa. Minha campanha foi na conversa direta com a po-pulação e na sola de sapato e isso me dava segurança na caminhada eleitoral.

Quais foram os primeiros desafios enfrentados pelo seu Governo? O primeiro desafio foi a questão eco-nômica do Estado. Em primeiro lugar, não encon-tramos o Estado da maneira que esperávamos, con-forme dados recebidos pela gestão anterior. Somado a isso, o país entrou, e enfrenta ainda hoje, um mo-mento de retração econômica, o que dificulta algu-mas ações de Governo. Também tivemos que lidar com o aumento significativo da folha de pagamen-to; obras inacabadas sem dinheiro no caixa, ou seja, alguns pacotes de bondades que nos foi deixado de herança.

O aquário do pantanal foi uma boa herança da gestão passada? O assunto é polêmico e complexo. A obra do Aquário pode sim significar um avanço científico e turístico, porém, nosso Estado necessita de obras de atendimento à sociedade no que se refere ao bási-co, como hospitais.

"São milhões investidos em algo que poderia esperar, portanto, não é uma obra prioritária na minha ges-tão", diz Azambuja sobre Aquário do Pantanal.

Ainda falta muito para inaugurá-lo? Estamos fazen-do uma força tarefa entregar essa obra, mas é um projeto complexo que demanda mais tempo. Nosso Governo tem o projeto “Obra Zero” e o Aquário do Pantanal não ficará de fora, apesar de a nossa priori-dade ser a construção de hospitais ou qualquer outra necessidade maior da população. Uma das suas propostas durante a campanha era a construção de hospitais regionais para não sobre-carregar a Capital. Em que pé está isso governador? Essa proposta não é uma promessa de campanha. É uma proposta de Governo. A primeira ação foi à criação do programa Caravana da Saúde que já tem o objetivo de atender os polos regionais e assim de-safogar os hospitais de Campo Grande. Também vamos concluir o Hospital do Trauma e o Hospital do Câncer, na Capital. Também vamos iniciar agora a construção do Hospital Regional de Três Lagoas com recursos próprios. Com a aprovação do projeto, o Governo do Estado já deu início ao processo para a assinatura da ordem de serviço do Hospital, pre-vista para o dia 15 de junho, em Três Lagoas. Para as obras do Hospital Regional serão investidos R$ 41 milhões financiados pelo BNDES, com contraparti-da estadual.

O senhor conseguiu elevar a economia de Maracaju de 12ª para 5ª maior economia do Estado. E agora? Vai conseguir fazer o mesmo com Mato Grosso do Sul? Como disse esse momento é de arrumar a casa e de equilibrar as finanças, mas Mato Grosso do Sul é maior que a crise e estamos trabalhando para o desenvolvimento econômico. Exemplo disso são os

anúncios de investimentos de capital estrangeiro na casa dos bilhões de reais, como a Fibria (7,7 bilhões de reais), Eldorado (8 bilhões de reais) e da BBCA (1,2 bilhão de dólares).

Uma das suas propostas de governo era a criação de escolas de tempo integral nas regiões mais carentes e priorizar o ensino profissional para qualificar mão de obra sul-mato-grossense. Nesses primeiros meses de governo, quais foram as medidas tomadas para dar início a esse projeto? Esses projetos estão sendo ela-borados. Para a realização disso é necessário a rees-truturação do sistema que a secretaria de Educação está trabalhando. O senhor adotou como governador menos publicida-de com a “cara do governo” e mais com a “cara do Es-tado” em relação ao governo anterior. Um exemplo é a logomarca nos uniformes dos estudantes. Por que decidiu fazer isso? Porque sou o governador do esta-do de Mato Grosso do Sul que tem o seu brasão, suas cores da bandeira.

Não sou o governador de um partido, sou o governador de todos e acho que o chefe do executivo deve respeitar a marca do estado que ele representa"

Uma das suas bandeiras durante a campanha foi se-gurança pública em Mato Grosso do Sul. Quais foram as medidas adotadas em relação a isso? Estamos con-vocando policiais aprovados em concursos rema-nescentes. Buscando alternativa para fortalecer as polícias do estado e para melhorar as viaturas e to-dos os equipamentos necessários para o trabalho da polícia. Também estamos tentando a parceria com o Governo federal para fechar as nossas fronteira e, assim, diminuir o tráfico de drogas e o contrabando. Nestes primeiros meses do nossa gestão, já convo-

camos 1041 policias, entre Bombeiros, Civis e Mi-litares, e vamos chamar mais 459 até o final do ano, totalizando 1500 policiais a mais somente em 2015. O senhor tem algum projeto para que o Mato Grosso do Sul seja mais conhecido no Brasil? Mato Grosso do Sul é o celeiro do Brasil. Temos potencial para desenvolver economicamente, porém é necessário sairmos da periferia do país e brigar de igual para igual com os estados do sudeste no que se refere aos recursos federais. Também queremos trabalhar no fortalecimento da nossa rota turística para atrair pessoas do mundo todo para conhecer as nossas be-lezas e a nossa cultura.

O que o senhor pensa sobre uma alterar o nome do nosso estado? Não penso em alterar o nome do nos-so estado, fortalecendo a economia, a cultura, tu-rismo e outras áreas, fortalecemos o nome de Mato Grosso do Sul no cenário nacional e internacional. O mais te encanta no Mato Grosso do Sul? O povo, a cultura, a gente dessa terra. Mato Grosso do Sul é um estado rico em vários aspectos. Nossas paisagens e fauna são riquíssimas, tudo isso me encanta.

Em comparação com outras épocas, o esporte em Mato Grosso do Sul vive uma clara decadência. Existe algum plano do governo para que o esporte seja ainda mais incentivado e ganhe importância, assim como já teve? A primeira ação é garantir o investimento de 1% do orçamento estadual para o esporte. Também estamos fazendo parcerias com o Governo federal para fomentar o esporte nos municípios menores como, por exemplo, a reestruturação de praças es-portivas e a construção de espaços esportivos em municípios de até 50 mil.

O que podemos esperar dos próximos anos do seu governo? Pode esperar muito trabalho para trazer o desenvolvimento sócio econômico para o estado de forma coerente e responsável.

Sonho? Meu sonho é concretizar os projetos que propus na campanha eleitoral.

Page 11: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

20 21

Com a crise política econômica que o país está passando em 2015, mui-tos especialistas indicam que as perspectivas não são boas para os próximos semestres, e muitos

acreditam que a crise poderá se agravar ainda mais, podendo se estender para o ano de 2016. Mesmo antes das eleições para presidente da república acontecerem, já haviam previsões nada favoráveis para uma possível estabilida-de ou um crescimento da economia. E com a cri-se hídrica o problema se agravou ainda mais.Para que a economia se recupere, economistas apontam os possíveis setores que contribuíram para a crise e indicam como esses setores podem contribuir para a volta do crescimento econômico.Segundo o economista e consultor financei-ro, Ricardo Amorim, que está percorrendo vá-rios estados brasileiros com palestras que apon-

tam como o governo e o país podem superar a crise. Ele defende que “as crises trazem as maiores oportunidades e o Brasil tem jeito”.O economista aponta os setores que es-tão contribuindo com a crise e como es-ses setores podem ajudar a recuperá-la.

ENQUANTO ISSO NO SETOR DE EMPREGO

As mudanças na lei trabalhista do governo Lula, como a do desemprego, a do tempo mínimo e o tempo máximo do seguro desemprego, contri-buíram para que os trabalhadores permanecessem menos tempo no emprego para poderem rece-ber o seguro desemprego por seis messes, geran-do assim gastos com esses tipos de trabalhadores.No governo do presidente Lula foram gastos anualmente para pagamentos rescisórios o to-tal de 10 milhões, e no governo da presiden-te Dilma esse valor chega a cerca de 53 milhões.A solução para que esse setor é o governo in-

centivar a indústria a abrir mais campos de tra-balho e as empresas investirem mais na auto-mação dos funcionários, ou seja, capacitando, investindo em cursos para que o trabalhador perma-neça por mais tempo no campo de trabalho.

CRISE NO SETOR AUTOMOTIVO PREOCUPA GARAGENS

No setor automobilístico a situação tam-bém não é diferente a venda de carros teve um acréscimo no Brasil, com a diminuição do IPVA, mas a situação não aparenta melhora nas fábricas.Indústrias como da Mercedes Benz, que chegou a demitir mais de 700 funcionários no mês de maio, sem contar com a Volkswagen que em abril, demitiu mais de 500 pessoas, e cerca de dois mil estão de férias coletivas, sem data de retorno das atividades. Hoje podemos levantar cerca de dez mil pessoas que sofrem com o desemprego, segundo uma pes-quisa realizada pela Folha de São Paulo, para cal-cular o valor de mercado automobilístico no país. Fábricas como a Ford, Fiat, Volvo que ao todo tiveram praticamente mais de 70% de suas atividades afeta-das pela crise financeira que pendura os brasileiros. Entenda um pouco mais desta crise automobilísti-ca, com o tombo de 15,3% na produção em 2014, segundo o levantamento feito pelo setor de produ-ção industrial, a crise na indústria automotiva mu-

dou o cenário do segmento no país, pois se antes as grandes fábricas eram vistas como um emprego de realização, hoje, para muitos funcionários, o sonho virou pesadelo. O alerta vermelho vem com a possí-vel redução da remuneração dos empregados a títu-lo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que pode ser impactada pela queda na produção. Depois das férias coletivas, os colaboradores que re-tornaram as atividades começam o ano com dívidas a saldar, como IPVA e IPTU. E isso é uma preocupa-ção de todos. A Fiat pagou a primeira parcela do PLR no ano passado, porém, 45% ainda devem ser pagos.Para o lojista José Manoel, que trabalha há 10 anos no setor como gerente de uma garagem de carros em Campo Grande, a venda de novos modelos de veícu-los está em alta, “A venda de veículo está em alta, isso porque o IPVA está mais baixo e também já podemos trocar os carros antigos para mais novos, isso é bom por que tivemos um aumento de 40%”, disse ele. A tempestade que ronda com quem tra-balha nestas empresas se fortalece com os no-vos sinais do que pode vir por aí. A tendência é aumentar ainda mais essa tempestade, e o so-nho de quem realmente deseja trabalhar em uma empresa de veículos, pode vir por água baixo.E não é só o setor automobilístico que sofre com a crise econômica, vários setores em diferentes áreas buscam estratégias para o fortalecimento do capital e escapar dessa crise que pode se prolongar por muito tempo.●

FÁBIO HONORATOJOÃO GABRIEL VILALBA

CRISE POLÍTICA ECONÔMICA NO BRASIL PODE AGRAVAR ATÉ 2016, DIZEM ESPECIALISTAS

Mercedes Benz demitiu cerca

DESEMPREGO

700500em abril

Volksvagem demitiu mais de

Para economista, crises trazem oportunidades e o Brasil tem jeito.

em maio

Cerca de 10 mil pessoas que sofrem com o desemprego

atualmente, segundo pesquisa da

Folha de São Paulo

ECONOMIA

Page 12: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

22 23

A localização geográfica do estado de Mato Grosso do Sul é dos fato-res que contribui para o seu desen-volvimento econômico do local. A região pantaneira é vizinha dos

estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e é uns dos grandes centros de movimento de capi-tal. Sua economia é voltada principalmente para agropecuária, pesca e turismo de navegação. O Turismo representa boa parcela de receita tributária do pois recebe visitantes de diversas regiões do país e do mundo que são atraídos em conhecer a beleza natural na região do pantanal mato-grossense. De acordo com levantamento elaborado

pela Fundação de Turismo de Corumbá, por meio do observatório que monitora o impacto do turis-mo na economia corumbaense, no ano passado teve um aumento de 4,5% em relação ao ano de 2013. Isso gerou uma movimentação de R$ 316 milhões na economia da cidade, comprovando que o setor corresponde a 8,4% do PIB do município.O estudo apontou que o aumento de visitantes em 2014, gerou cerca de 970 empregos diretos, injetan-do mensalmente cerca de R$ 1,3 milhões na econo-mia. A observação foi feita com base em entrevis-tas junto aos empresários da área do turismo e do mercado local. Os empresários também investiram cerca de R$ 4,5 milhões no ano passado na moderni-zação da atividade e expansão da cadeia do turismo. A diretora-presidente da Fundação de Tu-rismo, Hélènemarie Dias Fernandes, ressalta que esse ano é desafiador “O ano de 2015 apresenta

ÉDER FREITAS

Mesmo com a crise econômica no Brasil, turismo continua gerando empregos e movimenta a economia em Corumbá.

BELEZA ATIVA. Turismo representa boa parcela de receita para o estado, pois atrai

interessados em conhecer a beleza natural na região do pantanal.

Cló

vis N

eto

TURISMO GERA 970 EMPREGOS DIRETOS NO PANTANAL,

DIZ ESTUDO

um cenário desafiador, mas é preciso manter o otimismo” afirmou. Ainda segundo ela, com a alta do dólar e a con-seqüente desvalorização da nossa moeda, está previsto o aumento da chega-da de turistas estrangeiros no Brasil, que podem consumir e injetar dinheiro na nossa economia local, já que temos a maior infraestrutura geral e turística do pantanal do Mato Grosso do Sul. Os motivos que levam os visitantes busca-rem o destino do Pantanal de Corumbá são as be-lezas naturais e principalmente o lazer, apontado por 58,5% dos visitantes, 22,2% motivados por negócios e os demais, 19%, divididos entre visi-ta a parentes e amigos, eventos, religião e outros. Os que buscam o lazer, a pesca esportiva ocupa um grande interesse, quase 24% do total de turis-

tas. Outros 12,5% buscam as belezas do pantanal. Aproximadamente 35% dos visitantes que vão ao pantanal são oriundos do Estado de São Pau-lo. E 33,5% da região do Centro-oeste, 15,7% da região Sul, Norte e nordeste, e cerca de 2% do total ressaltando ainda a participação do público estran-geiro 13,7%, que são grandes consumidores das be-lezas e maravilhas do pantanal Sul-mato-grossense. Segundo Viviane Silvestre, gerente do Hotel da rede Candeias, “A maior procura por turismo no Pantanal acontece nos meses de março até novembro, quan-do fecha a temporada de pesca. As atividades mais buscadas são o lazer e a pesca esportiva” explica.●

58,2%Lazer é uma das principais opções para turistas.

TÁ NERVOSO?24% vão ao Pantanal

por causa da pescaesportiva.

Div

ulga

ção/

CV

C

Cló

vis N

eto

Page 13: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

24 25

Placas solares são dispositivos utiliza-dos para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Esse dis-positivo também é conhecido como “Painel Solar Fotovoltaico”. A com-

posição de um painel solar consiste em célu-las fotovoltaicas, estas com a propriedade de ter sensibilidade de absorver a energia solar e gerar a eletricidade em duas camadas opostas. Atualmente, é possível encontrar no mercado duas alternativas de sistemas de captação e conversão de energia solar: um desenvolvido por meio do

coleto solar térmico e outro pela placa fotovol-taica. Contando com aplicação e funcionalidades distintas, as alternativas precisam ser bem estuda-das para se obter resultados efetivos e eficientes.Os painéis fotovoltaicos transformam a energia solar diretamente em energia elétrica. Eles coletam fótons da luz solar e os transformam em corrente elétrica, gerando energia para o funcionamento de aparelhos elétricos (televisão, geladeira, computador, entre outros). A conversão do material coletado para ener-gia elétrica pode ocorrer por meio de dois processos: o termoelétrico (junção de dois materiais semicon-dutores que, quando aquecidos pelo sol, provocam uma diferença de potencial entre as extremidades, gerando corrente elétrica) e o fotoelétrico (converte

os fótons contidos na luz solar em energia elétrica).Por ser um sistema mais simples, o painel so-lar térmico torna-se mais acessível e é aplicado em casas, prédios, clubes, indústrias, entre ou-tros. É muito utilizado no aquecimento de água de piscinas, e também em chuveiros e torneiras.Para o pequeno consumidor, mesmo para aqueles que estão em uma grande construção/habitação, a produção de energia com o sistema fotovoltaico aca-ba sendo uma opção pouco atrativa, pois os custos com painel, conversores e inversores, tornam o in-vestimento, do ponto de vista econômico, inviável.Aqueles que optam pelo sistema de geração de energia térmica para aquecimento de água, além de gerar economia significativa em sua conta de energia, estão contribuindo diretamente com a melhoria da matriz energética do País. “Hoje todo mundo pode ser considerado produtor de energia” afirmou Brenda de Oliveira, estudante do curso de Engenharia Elétrica, ao reforçar que esse tipo de recurso pode ser mais explorados pelos cidadãos

FUNCIONALIDADES

Os painéis solares coletam fótons da luz solar, em seguida são convertidos em corrente elé-

trica. A energia obtida através das placas solares vem sendo usadas em vários segmentos. A sua uti-lização vai de casas e indústrias, até locais afasta-dos de linhas eletrificadas, iluminação externa de casas e espaços públicos, auxílio nas telecomuni-cações em locais remotos, telefonia rural, sinali-zação de estradas, cercas elétricas, entre outros. A grande vantagem desse tipo de eletricidade é que ela é renovável e as pessoas podem a utilizar sem necessidade de ter um poste de energia por per-to. Os painéis solares, após instalados, possuem pouca manutenção e podem durar vários anos e o mais importante, não prejudica o meio ambiente. As células do sistema são feitas de materiais espe-ciais chamados de semicondutores como o silício. Quando a luz brilha sobre a célula solar de uma percentagem dessa energia solar é absorvida pelo material semicondutor. Essa energia localizada no interior do semicondutor arranca os elétrons fraca-mente permitindo que eles possam fluir livremente. As células Fotovoltaicas também possuem um ou mais campos elétricos que forçam os elétrons li-berados pela absorção da luz para fluir na direção correta. O fluxo de elétrons que acontece é uma corrente elétrica. A corrente elétrica produzida, jun-tamente com a voltagem da célula determina o po-der, ou potência, que a célula é capaz de produzir.

USO PARA AQUECIMENTO DE ÁGUA:

O uso de energia solar para aquecimento de água está sendo bem aceito no mercado do Brasil. O sistema de aquecimento de água acontece diferente ao dos painéis solares que produzem energia elétri-ca. Costumamos confundir um coletor solar térmico, que aproveita o sol para aquecimento de água, e uma placa fotovoltaica, que transforma a energia da luz do solar em el-etricidade por um processo físico. O co-letor solar é um equipamento simples e mais barato. Basicamente través do equipamento circula a água, que se aquece com a incidência do sol e é distri-buída para o chuveiro e torneiras. Em países mais desenvolvidos o aproveitamento da energia solar é bastante aceito e usado. O aquecimento solar é bastante utilizado no aquecimento de água de pis

EM TEMPOS DE ALTA DE ENERGIA, PLACA SOLARPODE SER ALTERNATIVA

ANDERSON DINOZO

Yuzu

ru Y

oshi

kaw

a/B

loom

berg

Saiba como funciona a tecnologia das placas solares.

Page 14: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

26 27

cinas como também em outras alternativas, como chuveiro e torneiras. A tecnologia usada no siste-ma de aquecimento solar é simples e basicamente utiliza tubulações de cobre, instaladas sobre uma lâmina também do mesmo material, este conjun-to é encaixado e protegido por painel de vidro.Essa boa alternativa de aquecimento da água através da luz do sol possui bons resultados técnicos, porém, para muitos, sem atrativos estéticos. Para unir prati-cidade, estética e economia, os painéis solares para aquecimento de água usados em edificações, casas e outros segmentos, estão em constante evolução.A placa solar fica localizada nos telhados das ca-sas e prédios expostas ao sol. Este sistema aquece a água existente nos canos debaixo da placa solar. As placas coletoras absorvem a radiação solar e assim, a energia térmica absorvida pelas placas é passada para a água que circula entre os canos de cobre. A água permanece aquecida no recipiente de cobre e pode ser usada ao longo do dia em diver-sos lugares, sendo de dia ou mesmo a noite. O pro-cesso em que a água circula entre os coletores e o reservatório possui o nome de termofissão. A água fria encontrada na caixa alimenta o reservatório e assim, a água dos coletores, que fica muito quente,

é menos densa que a água do reservatório, assim, a água fria mais densa empurra a água quente para o reservatório, desta forma, gerando circulação. Este sistema citado acima é usado em torneiras e chuveiros, para ser usada no aquecimento de água em lugares maiores, como piscinas, a circulação da água necessita do auxílio de motores hidráulicos.

ENERGIA GERADA:

A energia gerada pelas placas é um tan-to limitada. Se pensarmos em uma placa solar de 45W, recebendo uma insolação diária de 11 horas por dia, terá energia suficiente para manter acesa uma lâmpada fluorescente de 9W durante 12 horas por dia, ou mesmo ldeixar ligada uma TV de 12V durante 6 horas. Também é possível acionar uma bomba de 12V durante o tempo suficiente para abastecer uma caixa d’água de 1000 litros por dia.Para quem quer usar duas placas de 45W, a gera-ção de energia é bastante superior. Torna-se possí-vel fornecer energia para iluminação, TV e rádio simultaneamente. Com quatro placas, por exem-plo, é possível manter uma geladeira ligada. Com cinco placas é possível manter um posto de saúde

em uma localidade rural, mantendo geladeira, ilu-minação e TV. Com os exemplos acima percebe-mos que a geração de energia é promovida através do número de placas instaladas. Cada local possui a quantia de placas que necessitada. Pensando em uma casa moderna, bem equipada, sabemos que o número de placas deverá ser maior, para tanto, o custo de implantação também será relativamen-te maior. Este é grande impedimento da utiliza-ção de painéis solares para a produção de energia

BATERIA

A bateria possui uma função muito impor-tante no sistema. Ela permite o armazenamento de energia para ser usada posteriormente e também evita que variações da insolação interfiram no fun-cionamento dos equipamentos. Por exemplo, se você está usando um determinado aparelho elétrico e uma nuvem obscureça o sol, a corrente gerada pela placa solar iria diminuir, porém, com a bateria isso não acontece. A bateria evita que a transmissão de energia seja cortada, garantindo assim, o funciona-mento dos equipamentos, inclusive durante a noite.As baterias possuem capacidade de utilização para um número determinado de células em série. A bateria tem uma autonomia de uso sem a captação e conver-são da energia solar. Para tanto, se a autonomia da ba-teria for de três dias, mesmo que não haja captação de energia solar nesses três dias, ela garantirá a energia. As baterias solares funcionam numa interação entre placa solar, banco de baterias, controlador de carga.Quanto ao número de baterias necessárias em uma placa de energia, depende da quantia de energia necessária a ser utilizada. Então, se por exemplo, em um painel solar com 4 baterias e cada uma de-las consegue produzir 0,45 volts e 100 milliamps, ou seja, 45 milliwatts. Com estas baterias solares você consegue gerar 45 milliwatts em 6,45 cm.

CUSTOS

Atualmente existem no mercado muitos mo-delos de placas usadas para aquecimento da água através da luz solar. Para tanto, como a ideia de

tudo justifica-se ao fato de economia e aproveita-mento de energia renovável, existem modelos de aquecimento criados a partir da criatividade de pesquisadores, estou me referindo a aquecedores solares feitos de garrafa pet. Esta é uma excelente alternativa de reciclagem e barateamento. Confor-me demonstrações, o produto funciona muito bem.

VANTAGENS

DESVANTAGENS

A maioria das vantagens da energia solar está relacionada com os seus

benefícios ambientais.Dentre os principais pontos, podemos

destacar:

1 - É renovável;2 - É gratuita.

3 - Ocupa pouco espaço.4 - Não emite poluentes.

5 - Baixa necessidade de manutenção.6 - Acessível em lugares remotos.

Todo sistema de produção de ener-gia possui o seu lado B, isto é, os seus efeitos colaterais. Com a energia solar

não é diferente.Dentre as suas desvantagens,

podemos citar:

1 - Custo elevado.2 - Dependência climática.

3 - Baixa capacidade de armazena-mento.

4 - Baixo rendimento.5 - Prejuízos ambientais

Get

ty Im

ages

Page 15: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

28 29

ÓTIMA IDEIA! GRANDE NEGÓCIO!

Há alguns anos, a vontade de tornar--se dono do próprio negócio, ex-pandir horizontes de carreira e au-mentar a renda profissional, tem

crescido de maneira ativa e constante no Brasil. O chamado empreendedorismo, deve ser entendido como qualquer tentativa de criação de um novo empreendimento, podendo ser a criação de uma nova empresa, expansão de um empreendimento já existente ou até mesmo uma atividade autônoma. É possível analisar em algumas pesquisas populares, o crescimento da população empreen-dedora brasileira, como aponta dados da pesquisa Global Enterpreneurship Monitor 2011 (GEM), que o Brasil possui 27 milhões de pessoas envolvidas em um negócio próprio ou na criação de um, ocupando o terceiro lugar no ranking de países analisados.Em índices mais recentes da mesma pesquisa rea-lizada em 2013, é possível analisar que o Brasil ob-teve o número mais elevado de empreendedores, prevalecendo a quantia de 71% de empresários por oportunidade e 25% por necessidade, garantindo o primeiro lugar entre os quatro países do grupo dos BRICS. Entre outros dados relevantes da GEM, a maior concentração de empreendedores iniciais possuem entre 25 e 34 anos, nos quais 51% são ho-

mens e 49% são mulheres, mantendo um devido equilíbrio de atitudes empreendedoras no mercado atual. Sete de cada dez brasileiros, abrem uma em-presa com a visão de que o momento do mercado está colaborativo, no intuito de obter sucesso no novo negócio, porém, nem todos analisam outros aspectos importantes e primordiais. O empresário do ramo alimentício Valmir Cousso, alerta sobre cautelas que devem ser tomadas antes da decisão importante de ser um novo empreendedor, "É ne-cessário que haja cuidados com o controle de in-vestimento inicial, atentar-se a divulgação do pon-

MAYRA COSTATHAYS ROSA

ECONOMIA COLABORATIVA 'Quem traba-lha como autônomo, colabora com o crescimento

do país, por meio da geração de novos empregos', diz empresário .

Negócio social com um jeito de ganhar dinheiro e mudar o mundo.

May

ra C

osta

May

ra C

osta

ACREDITAREle acreditou e o negócio

deu bons sinais

to comercial, da marca e principalmente conhecimento do mercado de atuação, para obter o ganho do público desejado". E ainda completa, sobre o grande papel de importância que tem o empresário, "Aquele que opta por trabalhar como au-tônomo, colabora com o crescimento do país, por meio da geração de novos em-pregos, além de auxiliar efetivamente na expansão econômica do país". Portanto, o empreendedorismo e crescimento econômico caminham jun-tos, no aspecto de inovação, crescimento tecnológico, créditos para novos investi-mentos e novos postos trabalhistas, cola-borando também com a diminuição da taxa de desemprego no país. Também atuando como empre-sário, irmão de Valmir, o empreendedor Valdir Cousso, dono de uma loja de deco-ração, comenta sobre aspectos positivos e negativos, além das dificuldades enfren-tadas pelo dono do próprio negócio, "Os aspectos positivos são os de criação, ino-vação, correr atrás do seu objetivo com mais força de vontade e obter o retorno desejado. Os aspectos negativos de ser um empresário no Brasil é que o apoio do governo é inexistente e os impostos são muito altos, já as maiores dificuldades enfrenta-das são responsabilidades maiores e encontrar mão de obra qualificada no mercado". Outra dificuldade enfrentada no setor em-preendedor, está relacionada e ligada à empresas familiares. Com desafios inicialmente iguais aos de-mais estabelecimentos, porém, com fatores relativa-mente particulares. Por outro lado, possui vantagens aplicadas somente neste setor, o que diferencia as dificuldades das vantagens, são justamente a forma principal de administrar o negócio. Citando as principais dificuldades, encontra--se a questão de transição de poder para a próxima geração, conflitos familiares, mistura de ideais afeti-vos e profissionais e falta de boa administração para quesitos que envolvem a escolha e seleção de bons

profissionais, deixando prevalecer o paternalismo ao invés de escolher o profissional por suas capacidades e preparações. “Podemos observar que empresas familia-res, muitas vezes tornam-se um cabide de emprego para parentes, deixando de lado a oportunidade de contratação de bons profissionais com maior experi-ência e melhor qualificado”, diz Maisa Florindo, que trabalhou durante quinze anos como funcionária registrada (CLT), e vivenciou a rotina de empresa familiar durante dois anos. Segundo um estudo feito pela PWC em 2010, em 35 países constatou-se os seguintes ín-dices: 36% das empresas sobrevivem à passa-gem para a segunda geração empresarial; 19%,

Page 16: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

30 31

EMPREENDEDORISMOEla apostou no negócio, empreendeue deu certo.

Sem números expressivos de arrecadação anual, os charutos têm espaço garantido por consumidores no mundo.

O charuto jamais foi objeto de cam-panha de marketing. No entanto, roubou todo o poder e sedução que durante décadas a publicidade do ci-garro tentou incutir na cabeça dos

consumidores. De pessoas desconhecidas, de in-telectuais, artistas e políticos poderosos, o charuto sempre esteve na boca de alguma personalidade. É também um mimo de celebrações, ofere-cidos em casamentos, promoções de trabalho e no nascimento de uma criança. Diz a lenda que, não fosse a fumaça de um charuto soprada em seus rosto assim que nasceu, o pintor Pablo Picasso não teria Nascido. Ou como brinca o consumidor, ex-sar-gento da Policia Militar, Ubiraci Andrade, afirmou “não ha prazer tão maior no mundo do que apreciar uma charuto e uma dose de um bom e velho whisky irlandês”,. Instado a escolher entre sua mulher e o charuto, respondeu a futura ex-esposa: “Espero que nos possamos ser bons amigos” indaga Ubiraci. Originário das Américas e levado para a Europa pelos descobridores a partir de 1942, o tabaco foi considerado uma espécie de “Erva do Diabo” no Velho Mundo. Mas ajudou ate a fi-nanciar a Revolução Americana: George Wa-shington e Thomas Jefferson pertenciam a famí-lias que enriqueceram com o cultivo do tabaco.

Maior Produtor

Cuba, mostra-se o pais pela liderança dos

charutos da preferencia do consumidor. A junção de fatores com tipo de planta, solo, clima, cultivo e seleção das melhores tabacos. Mostra-se com fator superior, o Maior produtor de Charutos do Mundo. Os números de consumidores e de valores ar-recadados são difíceis de ser divulgados, mais exis-tem tabacarias especializadas somente no produto pelo mundo. Há charutos que chegam a ter valores expressivos entre R$ 24 à R$ 880 cada unidade de charuto, dados fornecidos pela revista Abril/2012.

No Brasil, sinais de fumaça, e da Boa

O Brasil tem uma longa tradição na produ-ção de charutos. A fábrica mais antiga é a DENNE-MANN, começou sua produção na Bahia na década de 1870. No país recentemente, há 13 Tabacaria es-pecificas em charutos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia.

FANTÁSTICAS FÁBRICAS DE FUMAÇA

ANDERSON DINOZO

Dan

Sm

ith

PARA TODOS OS BOLSOSPreços de charutos variam entre R$ 24 à R$ 880.

May

ra C

osta

para a terceira geração; 7%, para a quarta gera-ção; e apenas 5%, para a quinta ou mais gerações. Nos cinco últimos anos, o Brasil acompanha o crescimento do número de pequenos negócios que estão se formalizando e conquistando a atenção do mercado de trabalho. Dentre esses números, 20% dos cargos de chefia, são ocupados por empresários com menos de 30 anos, o que significa que jovens estão destacando-se cada vez mais neste mercado. Natália Cerchiari de apenas 18 anos, está no mercado em-preendedor há dois anos. A jovem resolveu ingressar como autônoma no ramo da beleza, pelo fato de não existirem muitas oportunidades em sua cidade. Com o auxílio da família e do noivo, Cerchiari montou seu espaço próprio, conquistando a independência profissional. “Os jovens tem procurado o diferencial, satisfazer-se com o que gostam, buscam a realização

profissional, inovando o mercado de trabalho, por meio de idéias inovadoras, que atraem os consumi-dores e o mercado empreendedor”, diz a maquiadora. Concluindo, o Brasil tem destacado-se como um dos países mais propensos para investi-mento e abertura de empresas de todos os setores, tendo amplas condições de reconhecimento e cres-cimento para estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte, abrangendo o interesse de maneira nacional e internacional do mercado econômico.

EXEMPLO QUE DEU CERTO

Hoje em dia muitas pessoas deixam de trabalhar como funcionários e se tornam gran-des comerciantes. Algumas pessoas têm medo de começar algo e temem que não dê certo.Em qual-quer ramo não é fácil, mas é necessário ser perse-verante e levar em conta a questão da concorrên-cia , mas em tudo que for fazer, tem que mostrar melhor porque isso é o diferencial , pois o reco-nhecimento da clientela rapidamente vai chegar. Joana Lima Jorge Da Cunha de 50 anos, nasceu em Campo Grande Mato Grosso Do Sul, de dona de casa se tornou comerciante a mais ou menos 20 anos e não se arrepende, pois não vive mais sem trabalhar no ramo. Sua família vive do comercio e ela possui uma loja no camelódromo. Sua filha e seu esposo não gostavam mui-to da ideia, porem Joana acabou convencendo--os, pegou o dinheiro que tinha e investiu. Ela já trabalhou com varias coisas: de brinquedo, a bi-juterias, e roupas e entre outros ,mas atualmente ela trabalha com capas e acessórios para celular. Joana diz que pretende passar o negocio de geração a geração pois tudo que ela conseguiu foi com seu comércio, e sua filha Priscila Lima Jor-ge Da Cunha pretende abril em breve a sua loja. Ela sempre trabalhou com estações, porem agora, o auge do momento são as “cases para celula-res”, as capinhas personalizadas.Ela diz que sua me-lhor clientela são as mulheres, pois elas “trocam de capinhas como trocam de roupas” são as que gastam bem mais que os homens.

Page 17: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

32 33

CAPA

O PERIGO PODE ESTAR BEM PRÓXIMO

A menina que aos oito anos foi estu-prada, hoje é mulher casada e con-seguiu dar a volta por cima, por pre-caução pediu para não revelássemos o nome e conta: “Eu tinha uns oito

anos, quando aconteceu que o menino chegou pe-netrou o dedo nas minhas partes íntimas. Eu estava brincando na rua. Ele fez aquilo numa brincadei-ra muito maldosa, e começou a tirar sarro de mim na frente de todo mundo.” revela traumatizada. Ao longo dos anos, aquilo permanecia dentro dela, e quando acreditava que tinha superado, aos 25 anos, foi vitima novamente e agora pelo patrão, logo no inicio da sua carreira e lamenta não ter denuncia-do, “não denunciei, por medo de "sujar minha carrei-

CLETO KIPPER

“Meu agressor dizia que tinha fotos minha e mostrava para mim no computador, era um cara muito nojento", diz vítima de abuso

ra", que estava só começando. Foi a pior besteira que eu fiz. Tive síndrome do pânico e engordei quase 70 quilos com isso. Foi um inferno. Fiz e faço terapia há muitos anos, pois até hoje não superei esse trauma” Ela além de ter sido abusada, foi chanta-geada, pois seu agressor dizia que tinha fotos, “ele mostrou para mim no computador dele na primeira vez que fui lá, nunca imaginei que ele me seguida ou me olhava. Depois soube que ele já havia assedia-do outras pessoas e que era um cara muito nojento”. O ex patrão da vitima já morreu, e ela re-lata que não sabe explicar o sentimento na hora que recebeu a noticia da morte “foi a primeira vez na minha vida que eu não senti pena de alguém” . Ler notícias relacionadas à violência in-fantil no dia a dia não é difícil, todo momento surgem manchetes como “Avô é flagrado abusan-do de neta de 12 anos” ou “Padrasto é acusado de abusar da enteada de 13 anos”. O Caso mais forte que surgiu nos últimos meses em Campo Gran-de é de uma suposta rede de exploração sexu-al que tinha como clientes, políticos da capital. Em Mato Grosso do Sul, no primeiro tri-mestre de 2015 foram feitas 107 denuncias através do disque 100 (Disque Direitos Humanos). Nesse ranking divulgado pela Secretaria de Direitos Hu-manos da presidência da república o estado que li-dera o número de denuncias é São Paulo com 737 e em seguida o estado do Rio de Janeiro 404 de-nuncias. Levantamento revela ainda que a violência sexual é a quarta violação mais recorrente contra crianças e adolescentes denunciada no Disque Di-reitos Humanos, geralmente os casos de abuso se-xual estão presentes em 85% do total das denúncias. O delegado titular da Delegacia Especializa-da de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA)de Campo Grande, Paulo Sergio Lauretto fala que a primeira dificuldade nas investigações é na detecção do problema, “Nós temos dificuldade na questão do abuso porque as vítimas ainda meninas, geralmente buscam apoio da família, a mãe principalmente, no primeiro momento tende a desacreditar no relato da filha ainda mais quando o abusador se trata de um padrasto, por exemplo,”, disse ele. Outro fato que ele

ABUSO"Quando a vítima é

menina, geralmente, elas buscam a família,

mas a mãe tende a não acreditar, ainda

mais quando o abusador é um

padrasto, por exemplo", afirma

o delegado.

Mat

heus

Rib

eiro

/Com

Tex

to

CAPA

Page 18: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

34 35

do como o “Crime Araceli”. Por isso 18 de maio foi intitulado como dia “Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O Ministério Público Federal de Mato Gros-so do Sul lançou a campanha “Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Marcas para a vida toda”. A iniciativa tem como objetivo conscien-tizar pais e cuidadores. A procuradora da República Danilce Vanessa Arte Ortiz Camy fala sobre a cam-panha do MPF, “a campanha pretende ser o início de uma ação permanente, que envolva outros órgãos, no sentido de buscar e cobrar a melhoria de toda a rede de atendimento e enfrentamento desses casos”. Segundo o órgão em 2014 foram 207 notifica-ções de violência sexual, 38 na faixa etária de 10 a 14 anos idade e 36 casos entre meninas de 1a 4 anos de idade. Em todo estado foram registrados 980 casos envolvendo estupro de menores de 18 anos. A maio-ria deles (81%) ocorreram em ambiente doméstico. Lauretto conta que as denuncias anônimas tem sido o principal problema, principalmente nos casos de exploração, “Ainda que uma adolescente seja explorada sexualmente no sentido da prosti-tuição elas não se sentem como vítimas, elas fo-ram atraídas em um mundo de fantasia e recebem dinheiro facilmente” argumentou. A polícia civil segundo ele, tem conseguido desmontar apenas casos isolados de redes de prostituição, pelo fato de as vítimas não colaborarem nas investigações. A psicóloga fala que é muito importante essas crianças passarem por um acompanhamento psico-

lógico para que possa superar e esquecer o seu pas-sado triste, “O apoio que a criança ou o adolescente vai encontrar com o cuidador é importante, para que a criança aos poucos passe a entender de que a culpa não é dela. Além da importância desta rede de apoio, faz-se necessário o afastamento da vítima com o agressor, além de um acompanhamento médico e psicológico para estas vítimas afim de elaborar esta violência, buscando que a criança retome seu curso de desenvolvimento afetivo, moral, psíquico, físico”. A Policia Rodoviária Federal tem uma co-missão de direitos humanos que trabalha no com-bate da violência sexual com menores, o inspetor da PRF Tércio Bággio relata que o policial na sua ronda diária ao longo da rodovia, observa alguns pontos vulneráveis. “Através do mapeamento desses pontos nos conseguimos diminuir o número de incidência dos casos, nas rodovias federais a situação é tranqui-la, esse ano recolhemos cinco menores que estavam em uma condição de vulnerabilidade que seriam possíveis vitimas de exploração sexual infantil”, disse.

INTERNET

Outro assunto que vem alertando as autori-dades é o uso tão cedo a internet pelos adolescentes. Hoje se tornou um grande aliado do abusador, que acaba escolhendo suas “presas” a dedo. Outro pon-to ligado a internet e que vem manchando imagens de muitas adolescentes é o Sexting, termo em inglês que tem como significado envio de mensagens, fo-tos ou vídeos sexualmente explícitos pelo celular. As conseqüências são irreversíveis, pois hoje a dis-seminação através das redes sociais é muito rápida. O delegado da DPCA fala que realmente o mundo virtual tem sido um aliado do mal quan-to à disseminação da exploração sexual. “Isso está tomando proporções, estamos tendo muitos ca-sos. A facilidade em que as adolescente se expõem, são expostas, a facilidade em que as pessoas maio-res de idade tem de ter acesso a essas adolescente, objetivo delas é criar laços com as vítimas até con-quistar a confiança dos jovens e induzi-los a ter re-lações”.●

Dados do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul apontam que em 2014 foram 207 notificações de violência sexual, sendo 38 na faixa etária de 10 a 14 anos idade e 36 casos entre meninas de 1a 4 anos de idade.

destaca é sobre a exploração sexu-al e chama atenção, “É importante que os pais tomem muita atenção nas companhias que as crianças e adolescentes tem saído, e como é que elas têm voltado pra casa, se estão voltando com uma quantia em dinheiro que nas condições normais não poderia estar por-tando aqueles valores”, afirmou. Em Campo Grande a Casa Lar Meninos e Meninas dos Olhos de Deus, trabalha no enfrenta-mento da violência sexual infantil, hoje abriga cerca de 30 crianças, divididas em três casas, duas para meninas e uma para meninos, elas são enviadas para lá através da Vara da Infância, Juventude e do Idoso de Campo Grande, o pastor Silvano de Sena Ferreira, respon-sável pela instituição comenta que geralmente as crianças chegam em estágio crítico, “Vem crianças de vários níveis, sem base familiar, sem referência, então trabalha-mos valores, trabalho em grupo, terapia, para que essa criança pos-sa voltar há ter sonhos”, afirmou. O tempo de internação geralmen-te é curto segundo ele, é em média dois anos, mas garante que tem crianças com cinco anos no abri-

emoções, sentimentos e afetos, mas sim visto de forma distante e fria, como um objeto no qual bus-cam simplesmente seu prazer e satisfação própria”. No dia 18 de maio de 1973 em Vitória (ES), uma menina de oito anos de idade, foi raptada, droga-da, estuprada e morta carbonizada. Um crime que até hoje é impune. O fato chocou o país e ficou conheci-

ESTUPROEm Mato Grosso do Sul, foram registrados 980

casos em 2014 envolvendo menores.

Mat

heus

Rib

eiro

/Com

Tex

to

CAPA

FRIAMENTE“Eles não possuem

a capacidade de imaginar o sofrimento

e a dor do outro", diz psicóloga

sobre abusadores

go por não ter condições de voltar para a família. A coordenadora do curso de psicologia da Universidade Anhanguera Uniderp, Mayara Men-des Bacha, fala do cuidado que se deve ter para não generalizar os tipos de agressores, visto que cada si-tuação tem seu contexto, ela explica que o abusador tem dificuldade de se colocar no lugar do próximo. “Eles não possuem essa capacidade de imaginar o sofrimento do outro, a dor do outro. A outra pes-soa, neste caso podendo ser criança ou adolescente, é tratada não como uma pessoa por completo, com

CAPA

Page 19: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

36 37

OS CONTATADOSSaiba o que leva pessoas a deixarem suas vidas nas cidades para procurarem aconchego no campo

FELIPE COPAT E MAURO SILVA

ZIGURATZ Comunidade de observadores locali-zada em fazenda na região de Corguinhos.

O ciclo da vida ao longo de cada ano da Terra é o mesmo até os dias de hoje. Seres nascem, crescem e morrem. O ser humano tem a capacidade de ra-ciocínio, que além do polegar oposi-

tor como os primatas, difere nós de outros seres de

nosso planeta. Esse ciclo base é dividido por etapas; estudos, conhecimentos, trabalhos, amizades e prazeres. Porém, essa fase é a única for-ma concreta de certeza que temos no uni-verso, pois existem variáveis desconhecidas. Como diz a letra da música “tocando em frente” do violeiro Almir Sater: “Cada ser humano em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”, que relata que, a felicidade depende de cada um dentre as infinitas formas conhecidas dessa felicidade acon-tecer. A viagem é uma delas, pois são poucas as pes-soas que ficam tristes por fazer uma a passeio. Tudo depende do perfil delas. O aventureiro, histórico-cultural, peregrino, gastronômico, consumista e “baladeiro”. Mas o que leva uma pessoa largar tudo, para uma viagem só de ida, em busca dos conhecimentos mais profun-dos do universo? Estamos falando de amantes das galáxias. Pessoas que tiveram contato com seres de outros planetas ou que buscam experiências novas dentro deste assunto.

PROFESSOR LÚCIO O ESCOLHIDO DE OUTRO MUNDO

Quando tinha dois anos de idade, o profes-sor Lúcio Valério Barbosa ficou doente e sua vida nunca mais foi a mesma. Tratado por médicos da família, dois anos internados, seis meses em coma, mãe e pai gastaram tudo que tinham com o trata-mento da doença, mas nada adiantou. Cansada da situação, a mãe de Lúcio ajoelhou aos pés da cama e orou para Cristo pedindo que se fosse sua von-tade que curasse seu filho, caso contrário, que le-

Felip

e C

opat

/Com

Tex

to

ESPECIAL

Page 20: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

38 39

vasse ele logo para não mais sofrer. De repente, ela viu uma bola de luz dourada que entrou no peito de Lúcio, permaneceu por alguns segundos e saiu. Ele acordou e começou a andar, estava curado. Aos 13 anos, Lúcio sempre ia até o mor-ro Canastrão, que fica na cidade onde ele morava nessa época. Estava em Sidrolândia, quando numa noite, ele enxergou uma luz fazendo “zig-zag” no céu, entre as estrelas. A nave se aproximou de Lú-cio. “Ela parou uns 20 metros de mim, e ela cresceu. Virou uma bola de luz do tamanho de um estádio de futebol. Aí apagou a luz. Quase morri do cora-ção porque eu vi um disco voador cor de metal, a lua estava clara, aquilo brilhava na lua. Eu pensei que eles iam me levar. Eu vi uma porta redonda de baixo do disco, na janelinha dessa porta saiu uma luz prata que clareou a montanha inteira. Logo de-pois saiu uma luz dourada do meio dessa luz prata e no meio dessas luzes caíram brilhos, como pur-purina. Em seguida, começou tocar uma música. Uma música orquestrada, que me passou um sen-timento de amor. Quando eu estava cheio desse amor parecia que eu ia explodir, eu me vi flutuando no espaço e vi uma bola azul, fui me aproximan-do da bola azul, fui me aproximando da Terra.” Ele finaliza sua experiência. “Ter contato é uma coisa meio estranha, mas é o que aconteceu comigo.”

ULI OHRSTRON A MUSA SELECIONADA POR ASHTAR SHERAN

Tinha apenas oito anos quando teve o pri-meiro contato. Ela morava próxima ao Recanto An-jos de luz. Ela e a família deram as mãos em cir-culo e como numa prece, com os olhos fechados, pediram para os extraterrestres aparecerem. E foi assim. A mãe de Uli se assustou e soltou as mãos quando o disco apareceu e o no mesmo instante, num piscar de olhos, o disco sumiu. Uli diz ter visto humanoides dentro da nave. “Eram humanos!”. Já na adolescência, Uli saiu da fazenda para mo-rar em Campo Grande para poder estudar turismo. Numa tarde, ela estava em seu apartamento com sua mãe, quando Lúcio foi visita-las. Lúcio era amigo da família. Ali aconteceu o primeiro contato deles. Um contato visual. Uma amiga em comum recebeu o convite de Lúcio para passar o Revellion no sítio e convidou Uli. Ela acabou indo no carnaval. “O lugar é mágico né... daí me envolvi com o Lúcio.” Disse ela. Lúcio e Uli hoje são casados e têm dois fi-lhos. No mundo da Ufologia, o professor é respei-tado pelas suas experiências e contatos. Ele não se considera um ufólogo, nem estudioso e sim um Contatado. Segundo Lúcio, ele recebeu poderes pa-

CONTATO IMEDIATO

Aos 13 anos, Lúcio diz que viu o primei-

ro OVINI

Felip

e C

opat

/Com

Tex

to

ranormais e sabe muitas coisas que a humanidade não está preparada para receber. Ele têm quatro li-vros publicados sobre suas experiências. Seu sítio está localizado em Corguinho, na Serra de Mara-caju. Não se sabe ao certo do porque chapadas e serras são lugares de mais acessos a esses conta-tos, porém, pessoas enfrentam milhares de quilô-metros para buscar essa aproximação extraterrena.

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA

A equipe da revista Com Texto resolveu encarar uma aventura. Saímos de Campo Grande e fomos até a cidade de Rochedo. São dois lugares mundialmente conhecidos, Recanto Anjos de Luz, que pertence ao professor Lúcio e o Projeto Portal, onde está à cidade Zigurats, que pertence à Uran-dir Fernandes Oliveira, que por incrível que pare-ça remete a UFO. Sigla norte americana utilizada para definir (Unidentified flying object), ou seja: objeto voador não identificado, em bom português. Buscamos informações enquanto aguardá-

vamos o nosso “guia”. A estrada que dá acesso a esses dois lugares, que são vizinhos, fica em Ro-chedo, porém, eles pertencem a cidade de Corgui-nho. Sem nenhuma informação na cidade, fomos ao local que leva “informação” diária para a popula-ção de Rochedo pedir “ajuda”. A rádio 100,3 FM.

ROCHEDO A PORTA DE ENTRADA DO UNIVERSO

Luana Lima é locutora da rádio. Ela co-nheceu o Projeto Portal. “Se existe a gente, por-que não pode existir seres em outras galáxias”, afirmando acreditar em seres extras terrestres. Luana diz que a maioria da população da cida-de não acredita e também não tem acesso ao Pro-jeto Portal, muito menos ao Recanto Anjos de Luz. São os turistas que vão mais a esses locais. Com duas indicações, fomos atrás de mais informações. Procuramos por um antigo morador de Zigurats, que não quis nos dar entrevista, mas indicou a Elizabeth. Por sorte, e por estar em uma cidade pequena, a própria Elizabeth passava de carro na rua onde conversávamos com o “ex-zigu-ratiano”. Conseguimos falar com ela e marcamos um encontro para o dia seguinte às 10 horas da ma-nhã na entrada do Projeto Portal. Sobre o Projeto Portal e a cidade chamada Zigurats falaremos em instantes. Voltemos para o Recanto Anjos de Luz. Nosso guia atrasou e passou por telefone as coordenadas. “Vão e me esperem no bar do Elézio, depois de lá é mais difícil.” Afirmou Humberto Chelotti Gonçalves, advogado que mora em Campo Grande e sempre que pode está em Corguinho. Para ele, observar o céu é uma conexão com a natureza e uma forma de fomentar esse fascínio que tem pelo mundo extraterreno. “Desde criança, na verdade eu estou ligado a essa realidade, para mim é uma realidade. Este local aqui, em razão de suas parti-cularidades, acabou concretizando mais ainda essa ideia de existência de outras raças além da nossa. Eu não sei por que motivo eles tem a somar, ou o que eles querem levar... se isso está relacionado à sociedade, eu não sei, mas eles são nossos irmãos”.

PORTAL. Estrada que dá acesso à comunidade de observadores do céu.

Felip

e C

opat

/Com

Tex

to

Page 21: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

40 41

Foi o que fizemos. Andamos cerca de 50 km de estrada de chão. Caminho desconhecido e o medo de errar fizeram-nos gastar cerca de 2h30min de viagem. Estradas confusas, caminhos que às vezes nos induziam ao erro. Nós não podía-mos errar! O combustível estava contado, se aca-basse, teríamos que esperar um contato para a ajuda com primeiro que chegasse, seja humano ou ET. Ali já percebemos que a noite seria longa.

BAR DO ELÉZIO DRIVE THRU DE DISCO VOADOR

Inacreditável. Um bar no meio da escuridão. Uma lâmpada com luz fraca ajudava a identificar o local. Um aparelho de som tocando country român-tico americano. A mesa de sinuca cheia de maripo-sas, dois cachorros bem receptivos e tranquilos, o som da mata... (Que é tenebroso em meio ao nada!). A natureza refletida pela luz do sol é uma impres-sionante obra de arte natural, já à noite... E nesse cenário encontramos o solitário Elézio José da Silva que contou um pouco de sua história, inclusive suas experiências com as luzes vinda do céu. Em 2007, ele teve sua primeira visão. Um dia, José aguardava uma carona na beira da estrada próximo ao seu bar, quando viu uma estrela muito grande, que fazia movimentos leves para cima e para

baixo. De repente esta estrela fez movimentos brus-cos, foi em direção ao morro e por lá desapareceu. Naquele mesmo ano, Elézio estava com sua irmã em seu estabelecimento, e no alto da estrada mais uma estrela aparecera. Ele saiu de dentro do bar para ob-servar o fenômeno, e os movimentos eram parecidos com os da primeira vez. Em cima de seu bar a estrela ficou com a luz mais intensa e depois desapareceu. O comerciante diz não acreditar exatamente em ET’s. Tudo não passa fenômenos da natureza. Acredita sim que exista algum ser por traz de tudo isso. “Existem outros seres que servem a Deus, en-tão essa crença nos deuses que o povo esqueceu. E hoje ela tem que voltar à tona de novo, é por isso que muita gente está procurando o Projeto Portal e o Lu-cio Valério, porque eles têm contatos com alguns ti-pos de seres diferentes do que a igreja não tem. Eles quando falam dos seres extraterrestres, eles levam para o lado material, assim digamos outros planetas. O meu jeito de entender é diferente, esses deuses são de outros planos, já não é, por exemplo, de Mar-te, Vênus, Júpiter, Plutão, e sim de outros planos. E eles nos visitam através de raios de luz, então é mui-to, mais rápido até que um elevador. Eles moram em planos muito longe. Quando precisam vir aqui, eles vem em raios de luz, porque é muito rápido, coisa de alguns segundo eles já estão próximo daeles já estão próximo da terra”. Afirmou Elézio, mo-rador do local há 17 anos.

LOCUTORA "Se existe gente aqui porque não pode existir em outras galáxias?", diz Luana Lima

CRENÇA Dono de bar diz que existem outros seres que servem à Deus

RECANTO ANJOS DE LUZCELESTE LUGAR DO INTERIOR DA GALÁXIA

Enfim, chegou nossa carona. Chegamos na sede do sítio. Algumas redes penduradas, um fo-gão à lenha feito de tijolos à vista, água de poço e uma roda d’água. Típico sítio do interior. Não mora ninguém no lugar. Então, estávamos eu, Mauro, Fernando, Jackson e Humberto. Levamos comida. Fernando preparou um churrasco. A chur-rasqueira era um “cupinzeiro” desabitado reapro-veitado. Incrível a natureza nos fornecendo ferra-mentas. Muita conversa e música. Pouco distante dali, escutávamos um batuque de percussão. Zigu-rats. Nossa expectativa aumentava a cada segun-do, tanto para ter um contato, quanto para conhe-cer as pessoas dessa cidade tão no meio do nada.

Fernando e Jackson autorizaram utilizar o primeiro nome e o local de onde vieram. Fernan-do, de São Paulo, capital, sempre vem passar suas férias em Campo Grande. Entre suas escolhas está um final de semana no Recanto Anjos de Luz. Para ele, Deus é o próprio universo, ao contrário do que o professor Lúcio, que diz que Deus é o criador de todos os universos, mas ele vê em Lúcio sabedoria e o respeita como mestre. Jackson mora em Cam-po Grande e sempre acompanha Fernando. Disse já ter visto várias luzes diferentes no céu, para ele são OVNIs, (Objetos voadores não identificados). Terminamos de jantar, fomos até um ve-lho aeródromo armar as barracas. Ali, a nossa noi-te começou. Eram duas horas da manhã. Mauro e eu já tínhamos montado a nossa barraca e resol-vemos ajudar Fernando que estava com dificul-dades, também não conseguimos. Num gesto de companheirismo, colocamos o colchão na grama e dormimos ao relento, até porque se dormísse-mos na barraca poderíamos perder a chance de ter um contato, enxergar um disco voador ou luzes.

PAZ Recanto anjos de luz éum lugar tranquilo e sossegado. A roda d'águacompõe a trilha sonora d ambiente

Foto

s: F

elip

e C

opat

/Com

Tex

to

Page 22: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

42 43

O tempo passava. Aquele céu gigantes-co, com as mais diversas constelações, infini-tas estrelas, meteoros, satélites. Um sentimento de paz alienado a uma espécie de sufoco. Parecia que a qualquer momento aquele céu desabaria. Se todos meus desejos tivessem sidos realizados por cada vez que eu avistei uma estrela caden-te naquela noite, não existiria guerra no mundo. Um sentimento único. Fora as belezas na-turais conhecidas, o único fenômeno desconhecido que presenciei, com o testemunho do Mauro foram: duas estrelas em um ponto fixo do céu, a aproxi-madamente uma mão inteira de distância para ou-tra (foi assim que medi), ao mesmo tempo, come-çaram a se mover, em linha reta, para a esquerda, até desaparecerem, isso, às cinco horas da manhã. Fernando roncava e estava em seu sono pro-fundo enquanto eu perguntava pro Mauro: você está vendo? Ele respondia: estou! Elas não brilharam, apenas andaram. Foi um OVNI? Claro! Até porque na essência dessa sigla, o que vimos foram dois ob-jetos voadores não identificados. À medida que o sol ia nascendo, as belezas do morro à nossa frente se fazia presente. Que lugar! Não tivemos nenhum contato extraterrestre, mas se parássemos por ali, já teria valido a pena a viagem... Zigurats nos esperava.

PROJETO PORTALO ESCUDO INTERPLANETÁRIO Enfim, Zigurats. O Projeto Portal fundado por Urandir Fernandes Oliveira, no ano de 1997, localizado no município de Corguinho, abriga a ci-dade Zigurats. Com casas de formas arredondadas, chamadas de iglus, são, segundo o Urandir, constru-ídas para evitar catástrofes naturais para um possí-vel fim do mundo. Com características peculiares, parecíamos estar em um cenário de filme de ficção científica. O relato dos moradores aguçava nossa imaginação. Em meio ao verde, entre montanhas, a cidade pare-cia brotar. Nossa missão era conhecer os moradores de Zigurats e entender as buscas de cada um e o por-

quê de largar tudo para viver nesta cidade cheia de mistérios.

ELIBETH TOLEDOA EXPLORADORA DE CONHECIMENTOS

Na busca incansável por informações a Com Texto entrou em contato várias vezes pelo telefone e email disponibilizados no site, porém não tivemos retorno. Mas isso não nos impediu de chegar ao nos-so objetivo. Lembra da Elizabeth Toledo? A mulher que encontramos na cidade? Ela foi nossa guia dentro do Projeto Portal. Às 10 horas, em ponto, ela chegou. Na década de 1990, Elizabeth era uma assis-tente executiva de sucesso. Trabalhava em uma gran-de montadora de veículos no Brasil. Hoje aos 58 anos, mora sozinha em Zigurats. Tem a companhia dos vi-

Felip

e C

opat

/Com

Tex

to

ELIZABETH Moradora de Ziguratsgarante que é possível se teletransportar

zinhos e de seus quase vinte gatos. Mas não é só por-que gosta de animais! Segundo Elizabeth, os felinos, ao ronronar, emitem sons, que estão na mesma frequ-ência com o som emitido pelo planeta Terra, assim, os gatos têm total sincronia com a natureza... Miau! Elizabeth em toda sua vida teve sede de saber, nunca se contentou em ficar sem respostas. Ela que já foi espirita e até seguiu os mórmons, disse que o grande problema de não continu-ar nessas religiões, era porque ao passar do tem-po tudo chegava a um limite, e isso não era acei-tável. A busca por conhecimento era incessante. Um dia em Curitiba ela conheceu a Tenen-te da Polícia Militar Luzia Luciana. Papo vai, papo

vem. Ela comentou com Luzia sobre sua busca pelo conhecimento. A Tenente falou sobre o projeto Por-tal e a presenteou com uma pedra discoide, encontra-da na região de Corguinho, esse nome foi dado devi-do ao formato de disco voador que a pedra possui. Por volta do ano de 2001, Elizabeth conhe-ceu o idealizador do Projeto Portal, através de uma reunião do grupo. “Foi aí que conheci o Urandir. Co-mecei a estudar as apostilas no ano de 2001. E tem no site a história dele lá, que é uma história da busca, e essa busca ela é real. Mas isso é de individuo para individuo, por isso que não podem me julgar se estou certa ou errada, porque foi a minha busca a minha caminhada. Eu já vinha de várias buscas. E o ultimo tinha sido o centro espírita, o Kardecismo, onde eu trabalhava com palestras e esclarecimentos. Eu lia muito, estudava muito, mais eu queria mais. E quan-do surgiu essa oportunidade de mais uma busca, de mais um conhecimento, então fui buscar”, disse ela. Segundo a crença dos Ziguratianos, todos nós temos uma marca na testa e ela se ilumina. Quem tem a visão ativada, vai perceber a luz que sai dessa marca chamada simbologia. Ela nos ex-plicou que a história dela já estava decidida, Uran-dir viu isso em sua testa, ou seja, em sua simbolo-gia, o que confirmou que Zigurats era o seu lugar. “Aqui no projeto pude desenvolver minhas habilidades. O objetivo também do Projeto Portal

PROJETO PORTAL MCidade abrigada no locallembra cenário de filme de ficção científica

Page 23: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

44 45

saiba mais

PEDRA DISCOIDE

SEGUNDO OS MORA-DORES DE ZIGURATS, ESSA PEDRA SE FORMA DEPOIS DO ATRITO DA PROPULSÃO DA NAVE

COM O SOLO TERRENO NO MO-MENTO EM QUE A NAVE EX-TRATERRESTRE DECOLA PARA A PROFUNDEZA DO UNIVERSO. AS PEDRAS DISCOIDES SÃO FORMADAS POR MINÉRIOS DO PLANETA TERRA E RESQUÍCIOS DE ALGUM MATERIAL ALIENÍ-GENA QUE FICOU IMPREGNA-DO NA NAVE QUANDO SAIU DE SEU PLANETA. OUTRO DETALHE. A NAVE NÃO É FEITA DE METAL. É UMA MATERIAL MAIS PARECI-DO COM PLASMA, POR ISSO AS LUZES.

é desenvolver habilidades, porque todos têm um dom. Por exemplo, tele transportar, terceira vi-são, a mediunidade que é um dom de ver o espí-rito e ele falar através de você. Eu, por exemplo, nunca incorporei um espirito, eu sempre ouvia. Mas hoje eu defino o que é astral e o que é físico”. Elizabeth já sabia da existência de seres de outros planetas. “Eu não vim atrás de fenômeno porque eu já sabia que eles existiam. Eu vim atrás de como conversar com ele. E para ter um contatcom extras terrestres tem que se preparar. Primeiro você não pode ter nada que interfira no seu físico, a bebi-da, o álcool. Temos que ter ponderação. Fazer exer-cícios físicos, a alimentação tem que estar em dia. Tudo isso é para poder atingir a frequência deles”. Pedimos então que Beth falasse sobre o ET Bilu. “Bilú vem em sua bolha, e eu quero a minha bolha também. O Bilú já foi como nós, um humano assim como nós. Mas ele evoluiu e hoje mora em Pegasus. Há planetas de terceira dimensão, não há de se imaginar que é só isso aqui. É muita preten-são do ser humano achar que somos só nós aqui. Há multi universos, então lá em Pegasus existe um comportamento. Eles são altos, magros, baixinhos e gordinhos. Pegasus é gigante. Ainda existem os Órion, os Ômegas. Os Ômegas têm as ondas cere-brais das mais aceleradas”, descreveu Elizabeth.

"Todos têm um dom. Por exemplo, teletransportar, terceira visão e a mediunidade, que é um dom de ver o espírito e ele falar através de você", garante moradora de Zigurats.

LAR DOCE LARCasas em Zigurats são semelhantes aos iglusde esquimós.

PARA HUMANOSResidências são como casas

comuns: possuem portas, jane-las, padrões de energia elétri-

ca e até caixas d'água.

Foto

s: F

elip

e C

opat

/Nau

ro S

ilva/

Com

Tex

to

Page 24: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

46 47

JOSÉ CELSO E MARIA DE FÁTIMAUM AMOR PRA MAIS DE ME-TRO, OU MELHOR, PARA O INFINITO E ALÉM...

E nessa expedição encontra-mos um casal de aposentados que se conheceram dentro do Projeto Por-tal. José Celso da Cunha nascido em Belo Horizonte, trabalhava como ta-xista. “A vida toda eu corri atrás de conhecimento, bati nas portas da religião. Um dia alguém me indicou o projeto no meu taxi mesmo. O passageiro falou pra mim que meu assunto era com-patível com o Projeto Portal, e me passou o telefone do secretário. O passageiro se identificou como pro-motor de justiça. Ele me indicou e nunca mais vi essa pessoa. Eu estou no projeto há 19 anos, mas que moro aqui já tem três anos. Eu conheci a minha esposa aqui”. A Maria de Fátima Rodrigues morava em Vitória - ES, e antes de se aposentar, era funcio-nária pública e trabalhava com menores infra-tores. “Eu já tinha um objetivo de que quando eu me aposentasse, iria morar no interior de Minas Gerais. Por problemas de saúde eu procurei um terapeuta, e ele me falou do Projeto Portal e deci-di que quando eu me aposentasse eu viria pra cá. Com quatro meses frequentando o projeto eu co-nheci meu marido. Voltamos para Belo Horizon-te. Retornamos para Ziguratz, construímos nossa casa e aqui estamos com nosso objetivo alcançado”. A marca registrada do Projeto Portal é o fa-moso E.T Bilú.

Não conseguimos contato com o E.T. porque é apenas com hora marcada. A equipe da revista Com Texto foi onde o ho-mem jamais esteve e tentou contato com o E.T, porém a assessoria de imprensa de Pegasus, (do planeta Pega-sus), não nos respondeu... Talvez a mensagem tenha sido sugada por um buraco negro pelo caminho. Fi-que com as dicas de outro mundo na próxima página.

DE OUTRO MUNDO Fachada da casa (acim.) com um Quadro Representativo do

Disco Voador no Projeto Portal.

SE CONHECE-RAM NO PORTALMaria de Fátima(ao lado) e e José Celso (abaixo) moram em Zigurats

Foto

s: F

elip

e C

opat

/Com

Tex

to

Indicações

PARA QUEM CURTE UFOLOGIAe ficção científica...FILMES:

CONTATOS IMEDIATOS DO TER-CEIRO GRAU-1978, obra de Steven Spielberg que narra as coincidências entre contatados por alienígenas. Em uma pequena cidade americana vive Roy Neary (Richard Dreyfuss), um chefe de família que, ao presentir a chegada de alienígenas, tem o seu comportamento alterado. Ele fica ob-cecado pela ideia e começa a inves-tigar a situação, buscando o local de contato dos ET's. Como ele, diversas outras pessoas sentem a presença extraterrestre e rumam para o local do pouso da nave.

ET, O EXTRATERRESTRE-1982Mais uma de Steven Spielberg. Nes-se ícone do cinema, um simpático alienígena chega a terra e conhece uma família que o abriga e vive altas confusões. Imperdível para toda a família.

LIVROS:

ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS-1968Obra do suíço Erich von Däniken, que teoriza a possibilidade de antigas ci-vilizações serem resultados de experi-ências alienígenas. Foi um Best Seller nas décadas de 1960 e 1970.

UMA VIAGEM A OUTRO MUNDOObra do brasileiro Lúcio Valério Bar-bosa, que relata com detalhes algu-mas de suas experiências de contatos com seres extraterrestres.

UM PROJETO PARA O RESGATEMais uma do professor Lúcio Valé-rio Barbosa. No livro, ele relata que dentre seus contatos com seres de outro planeta, uma marcou sua vida, a visão sobre o fim do mundo.

SÉRIE:

DOCTOR WHO é da BBC e é a mais antiga série de TV do mundo, com 52 anos de exibição. O Doutor (protagonista) é um alienígena com traços humanos que troca de rosto a cada temporada: a famosa rege-neração. A história é envolvente por conta das viagens que ele faz pelo espaço e tempo em sua cabine de polícia britânica (típica dos anos 50), a TARDIS - uma espécie de máquina do tempo. No Brasil a série estádisponível no Netflix e é exibida na TV Cultura.

Page 25: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

48 49

HISTÓRIAS NOSSAS HISTÓRIAS

MONUMENTOS CONTAM A TRAJETÓRIA DA CAPITAL DE MS POR MÃOS BRILHANTES

CAVALEIRO GUAICURU

Situado no Parque dasNações Indígenas em

Campo Grande

CO Capital com cheiro do interior e que cresce a passos calmos. Conhe-cida por suas belezas, Campo Gran-de é privilegiada por ser a capital de Mato Grosso do Sul, estado onde está

localizado parte do pantanal e que honra os mo-

radores da cidade morena com sua rica fauna e flora. Por aqui também não é difícil de encontrar alguém de olho puxado, outro falando “bah” ou com uma língua enrolada influenciada pelos paí-ses vizinhos, como Bolívia e Paraguai. É, a heterogeneidade de povos contempla ainda mais a riqueza desta pequena e ao mesmo tempo grande capital, que já rendeu até o reconhe-

CLETO KIPPER

Eles são homenagens ao povo campo-grandense, que tanto contribuiu para o de-senvolvimento da capital do estado

cimento por ser a cidade mais arborizada do país. Mas não é apenas o meio ambiente que atrai os olhares para a nossa cidade morena, que tem suas histórias contadas através de mãos brilhantes, os monumentos são marcos dessa cidade que home-nageia a importância do seu povo, que tanto con-tribuiu para o desenvolvimento de Campo Grande. Mãos brilhantes que tem donos, Anor Men-des é responsável por monumentos, como “Cavalei-ro Guaicuru” localizado no Parque das Nações In-dígenas, “O Aprendiz Maçom” na avenida Costa e Silva, entre outras obras. Mas não é apenas o Anor que contempla com seus talentos, outros artistas como Cleir Ávila já presentearam a cidade com as obras: “Monumento das Araras” na Praça das Ara-ras e o “Monumento do Sobá” na Feira Central, que somam as demais espalhadas por Campo Grande. São 32 anos dedicados à arte, o escultor é filho de pescador nascido em Terenos no inte-rior de Mato Grosso do Sul, foi criado na beira do rio em Aquidauana, e afirma que nasceu com esse dom, “A gente morava num rancho de palha e chão batido, era para eu ser pescador igual meu pai, mas sempre tive um dom artístico”, disse ele. Anor passou a adolescência morando em Anastácio, onde desde cedo era querido pelos colegas de esco-la, “enquanto meus amigos gostavam de caçar, jogar futebol eu me dirigia para o lado da arte, no colégio por ter esse dom todos me queriam no grupo”. Aos 18 anos ele contou com a sorte e o talento artístico que o aju-dou a entrar no quartel, “estavam procurando quem tinha uma boa habilidade com desenho, fiquei cinco anos no exército, e retornei depois ficando mais cinco”. No quartel, Anor apren-deu a cerigrafar, arte de pintar tecidos e pintou inú-meras telas, até que viu um amigo fazendo esculturas em madeira e decidiu que era aquilo que ele queria, “Eu vi ele fazendo um trabalho bonito em madei-ra, foi aí que escolhi o que queria fazer”, afirmou. Com o passar dos anos veio para Cam-po Grande onde revela que demorou gostar da

capital, mas que hoje já se sente em casa. A Pri-meira escultura de Anor Mendes foi o “Cavaleiro Guaicuru” localizado no Parque das Nações In-dígenas, a obra tem sete metros de comprimen-to por quatro de altura e pesa cerca de 900 quilos. A inauguração do monumento ocorreu em junho de 2004. Ela é uma homenagem aos ín-dios cavaleiros, que habitavam essa região nos séculos XVII e XVIII, foram eles os primeiros na-tivos a domá-lo no continente sul-americano, o animal era como uma espécie de arma de guer-ra, “Sempre fui invocado com o cavaleiro guaicu-rus por não existir mais essa tribo aqui no estado”. A obra foi restaurada em 2013, devido à ação do tempo e de vândalos que fizeram com que o cava-lo montado por um indígena ficasse desgastado. Inaugurada em abril de 2005, a segunda obra de Anor foi “O Aprendiz Maçom”, localizada na Ave-nida Costa e Silva na entrada da cidadade, a obra foi um pedido dos seguidores maçons e que em seu significado expressa a força e o poder dessa socie-dade secreta. Ela levou 30 dias para ser finalizada, a mesma iria ser feita em granito que viria do estado do Espírito Santo, “Como a pedra era muito compli-

cada de ser transportada e daria mui-to serviço, fiz a proposta de fazer em resina e ferro e consegui convencer os maçons que o material era bom”, argu-mentou Anor que concluiu a bela obra. Além dessas duas obras, o escul-tor têm outras pela cidade como a “Índia Terena” no Mercadão Mu-nicipal feita em homenagem à cul-tura indígena aqui do estado, e a

escultura do Papa João Paulo 2º na então Pra-ça do Papa, inaugurada em 2007, em alusão a passagem do pontífice no início dos anos 90. Se os gaúchos tem orgulho do chimarrão, os pantaneiros se orgulham do tereré, “O gaúcho em todo lugar carrega junto o chimarrão, muitas ve-zes nem está tomando, eu acho bonito isso, eu fiz o monumento do Tereré imitando a guampa, por que os pantaneiros em suas cavalgadas levam ela para beber em cima do cavalo” afirmou. A obra é con-

Para Anor Mendes, 'o

melhor trabalho de um artista será sempre o

próximo'. O

távi

o O

shiro

/Flic

kr

CIDADES

Page 26: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

50 51

siderada por ele “a menina dos olhos” e é uma das mais recentes do escultor, está na mira dos olhos de quem passa pelo mirante do Aeroporto internacio-nal de Campo Grande, na Avenida Duque de Caxias. Outro artista consagrado é Cleir Ávila que busca em suas obras retratar o regionalismo, filho de bancário, nasceu em Campo Grande no ano de 1966. Cleir morou dos 11 aos 13 no estado do Rio de Janeiro onde estudou bastante arte na escola onde frequentou. De volta para capital morena, ele teve sua juventude rodeada por outros artistas, quando ainda tinha 14 anos, o pai se aposentou e comprou uma fazenda em Rio Verde de Mato Grosso “eu fi-quei um ano na fazenda, trabalhava o dia inteiro e pintava à noite, como não tinha luz elétrica eu pin-tava sob a luz da lua, com a natureza de inspiração”. Aos 16 anos voltou para o Rio de Janeiro, lá um tio de Cleir o apresentou para um amigo que também pintava. Já amigos em uma das conversas surgiu o conselho de buscar reconhecimento na terra natal, pois no estado Fluminense o mercado era muito concorrido, foi o que ele fez voltou para Campo Grande onde anos depois se tornaria um dos principais artistas do estado. O Primeiro monumen-to de Cleir foi aos 30 anos de idade, em 1996 construindo a obra “Monumentos das Ara-ras” em homenagem a ave símbolo de Mato Grosso do Sul, “O Monumento das Ara-ras foi para homenagear uma das aves mais lindas, com sua cor, seu vôo, sua his-tória e pela quantidade de psitacídeos no céu de nossa cidade”, disse. Os psitacídeos é o grupo de aves que inclui papagaios, periquitos entre outros. A escultura demorou cerca de 10 meses para ser finalizada e contempla quem passa pelo bairro Amambaí com seus 10 metros de pura beleza, está localizada na antiga Praça da União agora chama-da Praça das Araras. O lugar conta com três araras, duas azuis e uma vermelha, que chamam a atenção principalmente à noite, onde ficam iluminadas. Im-

possível passar por ali e não fazer pose junto delas. Uma década depois da primeira contribui-ção, surge então uma homenagem aos imigrantes japoneses o “Monumento do Sobá” com 4,5 metros de altura, está localizado na frente da feira cen-tral de Campo Grande, inaugurado em 2009 em homenagem merecida ao Sobá, culinária que vi-rou patrimônio imaterial da cidade e que tem por sua base macarrão, carnes e diversos temperos. Outra obra de Cleir que talvez poucos saibam é “Deusa da Justiça”, a mesma está localizada em fren-te ao tribunal de justiça de Campo Grande, esquina das ruas 25 de Dezembro com a Da Paz. Foi inaugu-rada em 2002 e tem 4,6 metro de altura construída em homenagem a Thémis, deusa da justiça na mitologia grega conhecida como protetora dos oprimidos.

RECONHECIMENTO

São obras que contemplam a paisagem de Campo Grande, esses dois artistas já deixaram seu nome na história. Anor Mendes conta da genti-

leza de ver esses trabalhos nas praças ou pela cidade “Você faz parte da história do município, do estado, quando eu morrer pode passar o tempo que for vão saber que fui eu que fiz, é uma maneira definitiva de você mudar a paisagem, de colocar a nos-sa mentalidade hoje pra alguém do futuro ver”. Cleir também relata sobre o prestigio “para o artista que investiu na utopia, ter o reconhecimento do seu povo é sinônimo de estar preparado para novos desafios”.

VANDALISMO Anor Mendes “vandalismo é uma pes-te que a gente não consegue se livrar nun-ca, as pessoas fazem questão de destruir" Cleir Ávila “Sou apenas o idealizador e exe-cutor das esculturas agora a responsabilidade pela preservação são dos órgãos competentes”. Essas estruturas ganharam até um dia pelo UNES-CO, 18 de abril é consagrado o Dia Internacional

“Maior reconhecimento virá sempre na realização de um futuro pro-jeto”, afirma Cleir Ávila.

Foto

s: W

illia

m G

ates

Sup

erSt

ock

dos Monumentos e Sítios.

PRINCIPAIS MONUMENTOS - Obelisco – 1933 (homenagem ao fundador da ci-dade) - Espaço Monumento Infinito – 1988 (homenagem imigração japonesa) - O índio - 1994 (Homenagem aos indígenas) - Monumento dos Imigrantes – 1996 (homenagem aos colonizadores)

- Monumento das Araras - 1996 (homenagem a ave símbolo de MS) - Relógio Central 2000 (Local de grandes reuniões e comícios políticos) - Deusa da Justiça 2002 (homenagem a Thémis pro-tetora dos oprimidos) - Cavaleiro Guaicuru – 2004 (homenagem aos ín-dios guaicurus) - O aprendiz 2005 (Homenagem sociedade Maçô-nica) - Papa João Paulo II – 2007 (homenagem a vinda do papa 1991) - O beijo 2008 (Lago do amor) - Monumento do Sobá 2009 (homenagem a culiná-ria japonesa) - Índia terena – 2012 (homenagem as índias do mercadão) - Monumento o tereré – 2014 (homenagem a bebi-da) A Artesã – 2014 (homenagem a praça do artesão)

MONUMENTO DOSIMIGRANTES da escultora Neide Ono, representa a chegada dos colonos mineiros, que no século XIX fundaram Campo Grande

Page 27: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

52 53

Enganam-se quem pensa que pro-dução artesanal é utilizada ape-nas para criação de tradicionais enfeites. Atualmente esse tipo de produção é utilizado para fabricação

de diversos produtos, entre eles a cerveja.A cerveja é tão antiga quanto à história da civili-zação, antigos escritos revelam que os Sumé-rios teriam criado um líquido fermentado a par-tir do pão. A bebida foi se tornando popular e

chegou ao Egito aonde a bebida chegou o mais próximo da cerveja que é comercializada hoje.No Egito a importância da fabricação de cer-veja era tal que os escribas tinham hierógli-fos específicos para o termo “cervejeiro”. Alguns textos médicos egípcios chegaram a conter mais de 100 prescrições de cerveja como remédio.Por volta do século XV onde possui os primeiros registros do uso do lúpulo na Inglaterra, mas foi no século XVI foi difundido como conservan-te para cerveja, substituindo gradativamente as folhas e cascas anteriormente utilizadas, culmi-nando a época de um dos maiores eventos regula-

CERVEJA

PRODUÇÃO ARTESANAL NÃOÉ SÓ PARA OBJETOS

CLAUDER GAETEMARCUS PAULO

Foto

s: M

arcu

s Rod

rigue

s/C

om T

exto

Saiba como foi a primeira brassagem coletiva realizadapor produtores de cerveja de Campo Grande

REUNIÃO DA CERVEJA Em evento, cervejeiros

conhecidos também como homebrewers para apreciar a bebida tórios na história da cerveja, a criação do Reinheit-

sgebot de 1516 (Lei de Pureza) pelos Alemães. Muitas cervejarias neste tempo foram cria-das em todo o mundo e com o passar do tempo, algumas leis, escassez de matéria-prima, guerras e concorrência acirrada concentraram a indústria cer-vejeira em poucos grandes grupos. No final do sé-culo XX e início do XXI, porém, surgiu um novo movimento mundial, retornando as raízes de gran-des variedades de alta qualidade e sabores diferen-ciados têm aparecido no mercado ano após ano. A história das primeiras cervejarias no Bra-sil começa com a chegada de Maurício de Nassau um conde de origem germânica que implantou em na cidade de Recife a primeira fábrica de cerveja da América. E desde aquela época o Brasil se tornou o quarto maior mercado de cervejas do mundo, pro-duzido acima de 10 bilhões de litros no ano de 2010 e tido um consumo anual per capita de 53,3 litros. Unidos pelo amor a cevada, aqui na capital aconteceu a 1° brassagem coletiva de homebrewers (como são conhecidos os produtores artesanais de cer-

veja), o evento que contou com a presença sete grupos de cervejeiros artesanais. Desses, três ultrapassaram as barreiras e hoje possuem micro – cervejarias, são eles Morena Bier, Kapiwara e Cervejaria Moagem. O evento contou também com a participa-ção de apreciadores de cervejas artesanais, como é o caso do Rodrigo Grings. Ele dá a dica que para se tornar um apreciador desse tipo de cerveja é necessário estar disposto a experimentar o novo, porque o sabor dessas cervejas é mais forte do que o das não artesanais, e que por esse motivo o primeira reação pode ser de rejeição ao produto. Em entrevista Raul Ávila (organizador do evento) conta que não é necessário se associar a Acerva (Associação de cervejeiros artesanais) para se tornar um cervejeiro caseiro e que por esse motivo o segmento segue na informalidade. Para os homebrewers de Campo Grande o

EXPERIMENTAR ALGO NOVO Para apreciador de cerveja é preciso estar aberto

ao novo para experimentar da bebida caseira.

Page 28: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

54 55

surgimento de tal segmento surgiu como um hobby, e o desejo em comum entre amigos em fabricar a própria cerveja, visto que perdiam muito tem-po indo aos bares e nem sempre estavam conten-tes em apreciar algumas das bebidas lá ofertadas. Além de apresentarem os produtos criados por eles os homebrewers deram algumas dicas para aqueles que se interessaram pelo ramo: Felipe Zuf-fo (dono da cervejaria Moagem) disse em entrevis-ta que quem deseja tornar-se um cervejeiro caseiro almejando o ramo comercial deve estar atento as leis, e que para esse fim você não pode apenas pro-duzir a cerveja em casa e revender. E que de uma forma geral os passos são: Estar atento a como a cerveja é feita, quais os estilos da cerveja e como fazer para ter uma boa execução no estilo; esco-lher o estilo para o qual a cerveja irá ser produzida depende do mercado o qual deseja ser alcançado. Os grupos foram unânimes em afirmar que aqueles com vontade de produzir a bebida, devem apreciar a cerveja, estudar muito, aproveitar as pos-sibilidades de comunicação que existem hoje em dia. Segundo Renan Vieira (integrante do grupo de cervejeiros Canalhas), os cervejeiros caseiros pos-suem muito em comum, e eventos como esse possi-bilitam a integração e troca de informações e técni-cas entre eles. Com o movimento de produção em pleno desenvolvimento no Brasil e no mundo surgem cur-sos que ensinam o passo – a – passo dessa produção; estes cursos custam em média R$300,00 e podem ser encontrados nas Associações de Cervejeiros Ar-tesanais do seu estado.

O TERMO Homebrewing é a fabricação de cerveja em uma pequena escala para fins pessoais, não co-merciais. Esse tipo de produção data da época do antigo Egito e da Mesopotâmia, nesse último deri-vou uma única profissão que mesclava aprovação social e proteção divina de divindades femininas.

A PRODUÇÃO Para se fazer uma cerveja, não é tão difí-cil assim, os ingredientes básicos para produção incluem a Água, que é 90% da matéria prima em-pregada na fabricação, o Malte, responsável pela coloração e densidade da cerveja, o Lúpulo, que contribui para o amargor, aroma e sabor da cerveja e a Levedura cervejeira, um fermento natural utiliza-do na fermentação do mosto, a uma mistura de ce-vada, água e lúpulo na produção da cerveja. Os princípios por trás do processo de fa-bricação caseira de cerveja são semelhantes aos comerciais de cerveja, e pode incluir a malta-gem, triturar, drenagem do mosto, a fervura, fer-mentação, condicionado, filtragem e embalagem.

A ACERVA

A Acerva Pantaneira é uma entidade sem fins lucrativos, composta por cervejeiros e aprecia-dores de cerveja, que tem por objetivo disseminar a boa cultura cervejeira através do consumo cons-ciente da boa cerveja (beba menos, beba melhor!) e fortalecer o movimento cervejeiro no estado de Mato Grosso do Sul (e país). Portanto, não oferece nenhum tipo de “benefício” direto aos associados. Desenvolve atividades como degustações, brassa-gens abertas, compras coletivas e festas/eventos.

ONDE ENCONTRAR CERVEJAS ARTESANAISEM CAMPO GRANDE? Em Campo grande é possível encontrar essas bebidas artesanais na Casa do chefe situada na Eucli-des da Cunha. O preço dessas cervejas que lá estão a disposição para a venda variam de R$5,00 a R$63,00.

Quando falamos de falcões, lem-bramos de filmes da era medieval, onde cavaleiros se exibiam com suas aves em seus ombros, como um adorno de poder. Para tradu-

zir o que significa falcoaria, podemos dizer que é a captura de uma ave de rapina, termo utilizado para caracterizar as aves carnívoras que apresen-

tam determinadas adaptações para a caça ativa. A partir daí começa uma interação de recipro-cidade, onde quem a capturou oferece abrigo e cuidados que o animal necessitam, em tro-ca as aves caçam animais que somente elas conseguem capturar e trazer para o seu dono. O local onde surgiu a Falcoaria é incerto se-gundo historiadores, porém diversas teorias apon-tam para o continente Asiático, destacam-se países como a China e a Pérsia, cerca de Três mil anos an-

Jess

é M

artin

s/C

om T

exto

MAURO SILVA

FALCOEIRO AZAMBUJA É O PIONEIRO DE CAMPO GRANDE Ele mantém empresa de controle de pragas, como pombos, na capital

Page 29: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

56 57

tes de Cristo. Estes povos usavam os falcões para poderem caçar, já que eles não possuíam armas. Aqui no Brasil esta modalidade não pode ser usada como caça, pois é proibida pelo IBAMA. Po-rém a utilizam para o controle de pragas e de fauna nativa em desequilíbrio. As aves mais comuns para este tipo de serviço é o gavião ave de peixe. No entanto o que mais encontramos aqui é uma das espécies de aves de menor porte o falcão de coleira, este tipo de ave pode voar a mais ou menos 800 metros e custa em torno de 3.200 reais. Aqui em Campo Grande os Falcoeiros, como são conhecidos os criadores de falcões, oferecem o serviço para aeroportos postos de saúde e qualquer outro tipo de empresa. A demanda mais requisitada é o controle principalmente a população de pombos. O Falcoeiro Igor Azambuja morava em São Paulo e trabalhou em vários lugares com essa téc-nica. Igor veio para Campo Grande através de seu amigo Eduardo Torres de Arruda, ele se conhece-ram pela Internet, pois Arruda se interessava pela falcoaria e chamou Igor para montar a primeira empresa no ramo de controle de pragas a fauna nativa em nosso estado, visto que na capital sul--mato-grossense a população de pombos é grande. Azambuja explica como faz para criar um falcão, “Qualquer pessoa pode ter esse tipo de ave, o criador leva a nota fiscal para ser carimbada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-sos Naturais Renováveis (IBAMA), para que ele te-nha a autorização para a criação do bicho. Ele alerta ainda que não é aconselhável, qualquer pessoa ter uma ave de Rapina, pois quem os criam precisam ter um conhecimento de Falcoaria, já que é um es-tudo, para poder dar o melhor para o animal”, disse Azambuja que ainda argumentou, “Não é qualquer leigo que vai comprar um gavião, porque sem a prática o dono deixa o falcão fugir ou até mesmo a ave pode morrer por falta de cuidados” , finalizou.

TRABALHO SOCIAL Os criadores dos falcões também tem um projeto muito importante para a sociedade.

Que é o de levar as aves mais próximas da popu-lação e dar a oportunidade de muitas pessoas ad-

CONTROLE DE PRAGAS Em Campo Grande, os falcoeiros oferecem o serviço para aeroportos, postos de saúde e qualquer outro tipo de empresa.

Jess

é M

artin

s/C

om T

exto

mirarem mais de perto a beleza deste animal. “Nós também fazemos a educação ambiental que é a de levar as aves nas escolas e explicar para crianças sobre, o porquê que não devemos matar ou judiar das aves. Fazer esta interação com as crianças é im-portante, pois geralmente todo mundo já viu uma

ave de rapina, mais nunca viu de tão perto. Todo mundo vê um gavião de longe”, afirma Eduardo. Em Campo Grande, os Falcoeiros ofere-cem o serviço para aeroportos, postos de saúde e qualquer outro tipo de empresa que queira con-trolar, principalmente, a população de pombos.●

Page 30: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

58 59

MORENÃO:O RETRATO DO FUTEBOL DE MSOnde um dia foi palco de história e grandes emoções hoje vive o drama do abandono.

JOÃO GABRIEL

O relógio marcava 9 horas no dia 6 de março de 1982, torcedores co-meçavam a descer a Avenida Ce-ará em direção ao Estádio Uni-versitário Pedro Pedrossian. No

outro lado da cidade filas e filas quilométricas começam a se formar na Avenida Costa e Silva, tudo isso para ver o grande confronto Operário x Vasco pela série A do Campeonato Brasileiro. “O estádio estava lindo, bastante cheio, sentia vontade de jogar no Morenão, olhava para arquibancada e via pessoas ali apaixonadas por fu-tebol” disse Cocada, ex jogador do Operário-MS. O tempo foi passando o esporte no Bra-sil foi evoluindo trazendo grandes histórias, e confrontos que transformavam os estádios em um verdadeiro símbolo de patriotismo que en-chem até hoje os olhos dos brasileiros de orgulho. Enquanto isso o futebol Sul Mato-Grossen-se não conseguiu acompanhar a evolução desse es-porte no país. Marcos Silvestre o principal narra-dor do estado cita o Goiás como exemplo de time que era pequeno nos anos 80, e agora se consolidou no futebol, “O Goiás era um time pequeno, perdia para Comercial e Operário na época, hoje o clube depende apenas de si, podemos ver que falta in-vestimento para os clubes da capital, depois que o

clube dos 13 foi montado, o futebol virou empresa, times pequenos se afundaram em dividas”, disse ele. Conhecido pela população como Mo-renão, o maior estádio do estado já foi palco de grandes emoções como a posse do governador de Mato Grosso do Sul, Harry Amorim Costa, até ar-riscou dar uma volta olímpica no campo, no dia 10 de janeiro de 1979, nomeado pelo Presiden-te da República como primeiro governador, já que Mato Grosso ainda não havia sido dividido. Hoje o esquecido Morenão está na lista dos 10 maiores estádios universitário da América La-tina e o único universitário do Brasil. Em 2015 completou 44 anos de existência. Para alguns sul mato-grossenses parece que foi ontem o jogo amistoso de inauguração entre Flamengo e Co-rinthians que reuniu cerca de 30 mil pessoas onde acompanharam a vitória do time carioca por 3 a 1, a data ficou pra história: 7 de março de 1971.Em 1977 o time do Operário-MS deu orgulho ao povo do estado. ficou na terceiro colocado do Campeonato Brasileiro daquele ano, enfrentou grandes times da época, com partidas que marca-

Foto

s:Ti

mbl

indi

m

CULPA DOS ET'S Após aparacimento de OVINI no estádio, futebol não foi mais o mesmo em Mato Grosso do Sul.

ESPORTE

Page 31: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

60 61

ram a memória, é o que fala Cocada, ex campeão brasileiro, “Grêmio, Flamengo, Fluminense, Pal-meiras, Corinthians e outros grandes potências do futebol nacional tinham medo de jogar aqui” ele ainda argumenta como era o estádio em dia de jogo “eu sentia gosto de entrar nele lotado e jogar para a torcida, que cantava e pulava num caldeirão

de grandes emoções”, finaliza Cocada. Considerado um clássico do estado, Comercial e Operário-MS, fizeram por muito tempo o Morenão tremer inúme-ras vezes, segundo relatos o time do Ope-rário sempre foi melhor nos confrontos,

33 vitórias para o galo e 25 vitórias para Comercial. Silvestre, afirmou que o estádio em dias de jo-gos era sempre lotado, “Os anos 80 foram glorio-sos para o futebol de Mato Grosso sul, as pesso-as na cidade não viam a hora de chegar domingo para ir ver seu clube do coração”, disse o narrador. Depois de anos gloriosos de futebol o es-

PASSOUAnos gloriosos de times

estaduais que disputavam na série A fazem agora parte do

passado.

porte foi decaindo aqui. O time do Operário hoje se encontra na série B do campeonato estadual, um time quase amador, contas no vermelho, e até cor-rendo risco de fechar as portas, segundo dirigen-tes. O que resta é a torcida ficar na expectativa de que um empresário invista, assim como foi no Mato Grosso, que está conseguindo levantar o futebol do estado com dois times perto da elite do nacional. O Comercial por enquanto está melhor que o seu rival, foi campeão estadual em 2015 e vai disputar a serie D do Campeonato Brasileiro. Saber o que a Federação de Futebol do Mato Grosso

do Sul, tem a falar sobre a decadência do futebol do es-tado é algo inédito, e claro assim como toda imprensa todas as tentativas foram falias. Francisco Cezário as-sim como no futebol, não nos prestou esclarecimentos. A revista Com Texto procurou a UFMS, que é a gerenciadora do estádio, mas ninguém respondeu aos nossos telefonemas. Gostaríamos muito de saber porque clubes bancam para jo-gar e o Morenão , que hoje está interditado pelo Ministério Publico, nunca viu uma reforma.

Aparição de OVNI Existe até uma lenda que entrou para a ga-leria da história do futebol mundial e inclusive está nos livros dos recordes o Guinnes Book, como a maior aparição de OVNI, objeto voador não identificado, que segundo o livro foi visto por mi-lhares de pessoas que assistiam o jogo entre Ope-rário e Vasco da Gama (RJ), há 33 anos atrás. ●

Rep

rodu

ção

TIMÃOxFLAGrandes times já se enfrentaramno Morenão em Campo Grande

ERA COMERCIAL-MSFoto da equipe dos anos de ouro do Comercial sul-mato--grossense, em 1975.

DEU NO JORNALSuposta aparição de Ovini foi

manchete do jornal Correio do Estado na época.

"Os anos 80 foram glo-riosos para o futebol de Mato Grosso sul, as pesso-as na cidade não viam a hora de chegar domingo para ir ver seu clube do coração”, diz o consagrado narrador esportivo sul-mato-grossense, Marcos Silvestre.

Rep

rodu

ção

Page 32: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

62 63

QUEM NUNCA SONHOU EM SER JOGADORDE FUTEBOL?A bandeira no estádio é um estandarte, a flâmula pendurada na parede do quarto, o distintivo na camisa do uniforme, que coisa linda é uma partida de futebol.

Se tornar jogador de futebol já foi ou é ain-da o sonho de muitas pessoas, se inspirar em seus ídolos como Ronaldinho Gaú-cho, Robinho, Messi, Cristiano Ronaldo e o mestre Zidane, são sem dúvida o cha-

mariz para concretizar esse sonho, que para mui-tos se pendura por anos. Quando crianças esse sonho é movido pelo apoio dos pais que em primeira ideia, ma-triculam seus filhos em uma escolinha de fu-tebol e nelas aprendem a trabalhar em grupo, ter disciplina e seguir com rigidez os conselhos

JOÃO GABRIEL do treinador, até se tornar um craque de bola. Com 2 ou 3 anos de idade, uma criança já pode freqüentar uma escolinha de clubes, seja em times pequenos ou em grandes nomes do futebol mundial. No Brasil, deparar com este cenário é mui-to comum, dizem que os maiores craques estão e saem daqui e porque não citar o exemplo de Neymar, que saiu da escola de base do Santos Fu-tebol Clube e hoje, é atual jogador do Barcelona. É, estamos falando da escolinha de base presentes em diversos clubes no Brasil, com mui-tos olheiros, aqueles que acompanham o dia a dia das crianças nos treinos e que são responsáveis pela transição dos pequenos até o futebol profissional.

UM SONHO DISTANTE DO PANTANAL

Aqui em Mato Grosso do Sul, o cenário não está tão longe dos demais, possuímos muitos jovens que querem se tornar jogadores de futebol, mas a re-alidade aqui é outra, pois encontramos um esporte em decadência, aonde o futebol virou praticamen-te amador. Depois de anos gloriosos como de 70 e 80, hoje a realidade é totalmente diferente, crianças sul mato-grossenses tem que sair do estado pra re-alizar esse sonho, exemplos como Bruno, lateral do São Paulo, Jean, meio campista do Fluminense e fora outros jogadores que saíram da escola de base de clubes de maiores, mas sempre longe das terras pantaneiras.

Ao realizarmos uma pesquisa nos clubes da capital, é possível constatar que quase todos os times não usam a base, os que usam, tiram pouco proveito. Em abril de 2013, um empresário criou um projeto para a formação de atletas de base: Grêmio Santo Antônio. O treinador da escolinha, Kleyton Queiroz, treinador do Grêmio Santo Antônio, afir-ma que na escola onde treina garotos de 12 e 13 anos, vem se preparando há anos para se tornarem grandes jogadores, “Os garotos tem sonhos de jogar em grandes clubes do Brasil, muitos clubes de médio já me procuraram, sentamos, e conversamos, mas nada evoluiu, mas fico feliz por este reconhecimen-to”, disse Kleyton em entrevista pra Comtexto. Questionado sobre a faixa etária que os alu-nos devem ter para freqüentar uma escolinha de base, ele diz, “Esses garotos são preparados desde seus 12 anos, hoje a maioria tem 16 e 17 anos, eles sonham alto, e isso é legal”, afirma o técnico e ain-da conclui “Já levei garotos para treinar no Coritiba FC, Atlético Paranaense FC, Grêmio e até no Corin-thians, muitos dão certo, e outros não, uns ficam re-almente desapontados, mas futebol é isso”, termina Kleyton. Se a escolinha de base é o coração do futebol brasileiro, porque clubes que andam no vermelho não usam esse recurso para crescer financeiramente, clubes de grandes nomes gastam dinheiro sem pen-sar, pode render muita grana para os cofres de um pequeno clube. O Grêmio Santo Antônio, como é um proje-to social que promove a inclusão de jovens no fute-bol, tem um projeto audacioso para as crianças. “No clube para não perder esses garotos, estamos com um projeto de disputar a Copa São Paulo de Futebol Junior de 2020”, finaliza o técnico Kleyton, orgulho-so pelo projeto. Em 2015, o time do Guaicurus que é de Cam-po Grande, participou do torneio Copa São Paulo de Futebol Junior e se viu sair timidamente depois de uma goleada do Corinthians de 8x1, mas placar não importa, e sim o investimento dos clubes para reve-lar a jogadores, já que a base é o fruto do amanhã do nosso futebol brasileiro●

A IMAGEMtirada pelo fotógrafo Renan Carva-lho Kubota na capital 'Onde os sonhos nascem'

Ren

an C

arva

lho

Kub

ota

Page 33: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

PAÍS DO FUTEBOL

D esde que os ingleses trouxeram o futebol ao Brasil, povo se apaixo-nou pelo esporte, diversos times foram criados e o jogo foi se tor-nando mais profissional a cada ano.

O esporte na época era voltado apenas para a eli-te branca, em meados de 1900 foi tornando-se popular para todos os gêneros e classes sociais. Com o passar do tempo a maioria dos paí-ses do mundo adotaram o esporte que foi evoluin-do, seja nos times ou em suas próprias seleções. En-tretanto, o mundo de hoje não é como antes, pois há maiores investimentos do que em jogadores de qualidade, tornando o nível de países de menos ex-pressões com jogadores de alto nível de qualidade É impossível comparar uma Liga dos Cam-peões da Europa com uma Copa Libertadores da América. A organização européia é superior, uma vez que, em todos os estádios os torcedores ficam quase dentro do campo. A cultura regional ajuda muito na educação dentro dos estádios, mesmo com derrotas, não invadem o gramado. No má-ximo, é um ou outro que corre e diverte a torcida ao tentar um abraço do seu ídolo, mas são raras estas invasões e brigas no gramado. Essa estrutura foi implantada no Brasil recentemente e tem dado certo em estádios como a Arena Corinthians e a Allianz Parque, que desde suas respectivas inau-

JOÃO GABRIEL

gurações, em 2014, não há ocorrência de invasões. Os pontos a serem citados são diversos, mas basta olhar para ver a diferença. Assistindo a um jogo da Liga dos Campeões e um Jogo da Libertadores vemos claramente a diferença, tanto na qualidade estrutural quanto na técnica, e essa é a questão que se destaca. Os jogadores da Europa têm um jeito de jogar mais limpo, promovendo o espetáculo que o torcedor e o público em geral merecem. Quase to-

Como o Brasil tem tratado o esporte em relação à outros países, como Alemanha.

dos os craques das seleções sul-americanas que jo-gam em times europeus, nasceram na simplicidade de seus países e ganham fama nacional para depois partir para jogar no time dos seus sonhos, com um salário ainda maior do que já ganhava por aqui. A copa de 2014 mostrou que não adianta mi-grar para a Europa e absorver as qualidades do país que for jogar. A Alemanha mostrou que é preciso “fabricar” os jogadores. Os atletas que joga na seleção

alemã são desde pequenos, educados a não se iludir com dinheiro e jogar em um estilo limpo e aberto, e quando migram para o profissional, o clube tem di-nheiro para segurá-lo, para que nos jogos da sua se-leção não veja diferença, uma vez que todos os seus colegas de campo já treinam com ele durante anos. No Brasil os atletas vão para clubes dis-tintos jogar. Quando a seleção é formada cada um possui seu estilo próprio de jogo e coloca em prática o que aprendeu no seu clube, não poden-do ter o entrosamento necessário em tão pou-co tempo, o que ocasionou o mau rendimento quando se deparou com uma seleção estruturada. No que diz respeito à freqüência de jo-gos semanais, as agendas dos times são aperta-das, com muitas partidas e treinos no período. Isto se torna desgastante e sobrecarrega os joga-dores. com este cenário, vemos diversos protestos dos atletas por estarem jogando demais, tanto que, em 2013, cerca de quinze jogadores forma-ram uma comissão chamada Bom Senso Futebol Clube, que visa a melhoria na agenda de jogos. Isso tudo prova que o futebol acaba sen-do um reflexo social, o esporte que enche os olhos de quem assiste é o rascunho de todos os proble-mas do país. Quando os Estados Unidos, que têm diversos outros esportes mais importantes que o futebol, mas mesmo assim conseguem ter es-tádios muito superiores aos da América do Sul, vemos o quanto os problemas são refletidos até nos esporte, gerando jovens que se destacam en-tre tantos e acabam partindo para outros países em busca do sonho de ser uma estrela no esporte. Mesmo com todos esses problemas e in-ferioridades do futebol no nosso país e nos países vizinhos, algumas surpresas acontecem e nos faz re-fletir sobre tudo o que foi lido, uma vez que, o São Paulo vence o Liverpool, o Inter vence o Barcelona e o Corinthians vence o Chelsea na final do mundial. Sorte? Não. Os times brasileiros vêm mos-trando progresso, e ganhando esses títulos acabam se popularizando pelo mundo, mostrando que mes-mo com toda a inferioridade, ainda há qualidade e atletas que honram os títulos de país do futebol.

Div

ulga

ção/

Pai

ntba

ll R

eal A

ctio

n

64 65

Page 34: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

contendo uma mediação da prefeitura, o Novo Ope-rário já sabe de qual maneira pretende investir ainda mais na formação da base do time, segundo o di-retor, um novo futebol só irá surgir no MS quando todos os segmentos (governo, empresas e clubes) se unirem. E o investimento da MRV Engenharia que veio através da prefeitura de Campo Grande está sendo aplicado na melhoria das condições de traba-lho e contratação de professores. Desenvolver nos aluno um sentimento de amor ao Novo Operário Futebol Clube e a nossa cultura local, é um dos valores passados, com o pro-pósito de que cresçam baseados nos valores do clube e que os ajudem a divulgar as premissas de um clube vencedor não apenas dentro das quatro linhas, mas também fora de campo, tanto é que o Projeto possui também 12 regras:

1- Espírito de Equipe – Sozinho nada se faz, todos juntos por um objetivo;2- Responsabilidade – Cuidar daquilo que é seu e dos outros;3- Respeito – A si mesmo, ao semelhante e ao am-biente que participa;4- Integração – Compartilhe vitórias e frustrações;5- Seja um protagonista;6- Companheirismo – um por todos e todos por um;7- Personalidade e atitude – Seja você mesmo;8- Participação social – dentro e fora das quatro li-nhas;

9- Entretenimento e diversão;10- Desenvolvimento – através do futebol, desenvol-ver o corpo e o espírito;11- Aprender – Conhecer, Fazer, Viver e Ser;12- A Magia do futebol.

A ideia é de também estimular a formação de grandes seres humanos além de novos talentos profissionais, e o Projeto Atleta Novo busca a missão de formar o ser humano de maneira integral com atividades esportivas que desenvolvam competên-cias comportamentais, sociais, emocionais e valores familiares por meio do futebol. "Sabemos da nossa responsabilidade na for-mação ética destes alunos, por isso, acima de uma formação de atletas buscamos formar bons cidadãos através da disciplina, respeito e companheirismo. Possuímos no nosso site uma cartilha de comporta-mento que nossos atletas devem seguir. Através das respostas obtidas em campo e fora dele, dos alunos e dos pais, sabemos que estamos no caminho certo", finaliza Marcos Rezende, diretor das categorias de base. O Novo Operário está dedicado aos novos talentos do futebol e especialmente, aos que estão se desenvolvendo em suas escolas. O projeto prevê a captação de atletas das sedes, através de visitas de observadores do clube ao dia a dia das escolas e tam-bém através da avaliação dos profissionais do clube nas competições internas do projeto.

NO MS

Nas décadas de 1970 à 1990 os jovens atletas eram promovidos à equi-pe principal pela qualidade muito alta ou porque os clubes brasileiros, não possuíam condições de fazer a

contratação de atletas renomados. E com isso, só restava preencher seus elencos com garotos que, apesar de um tanta quanto despreparados, pode-riam em alguns jogos encantar olheiros europeus e receber uma quantia absurda dinheiro pela trans-ferência. Essa era a única maneira de sobreviver e corrigir parte dos problemas financeiros do clube. Atualmente a possibilidade e a necessidade de contratar bons jogadores para preencher as ca-rências da equipe, e fazê-la vir a conquistar títulos, tem feito com que seja cada dia mais difícil acreditar que um jovem de 18 anos terá espaço no time prin-cipal. Embora esse novo cenário tenha surgido, no Mato Grosso do Sul ainda existem projetos vol-tados para as categorias de base, como é o caso do que ocorre com o Novo Operário. O clube entende que no futebol a única maneira de se tornar gran-de é a partir do momento em que consegue formar seus próprios atletas, e com esta necessidade surgiu o Projeto Atleta Novo, que conta atualmente com 10 profissionais de educação física e mais 200 atle-tas de 5 à 19 anos. O Projeto Atleta Novo funciona

JOÃO GABRIEL de segunda à sábado nos três períodos e possui hoje a única escola de goleiros do MS. Onde os atletas participam de todos os campeonatos oficiais pro-movidos pela Federação de Futebol do MS em todas as categorias, bem como de campeonatos amadores dentro e fora do MS. Para Marcos Rezende, diretor das categorias de base do Novo Operário, uma das chaves para re-cuperar o futebol sul-mato-grossense é justamente os investimentos na base. "Um prédio não se cons-trói pelo último andar, ele necessita de um bom ali-cerce para se manter em pé, sua base tem que ser forte para suportar as intempéries, assim também é o futebol, enquanto não tivermos clubes que invistam realmente na base e façam um trabalho profissional na formação dos atletas nosso futebol nunca sairá do térreo. A formação de bons profissionais voltados ao ensino de esporte de alto rendimento pelas universi-dades também são um ponto chave neste processo", explica ele. Mas apesar da grande vontade de incentivar o esporte, e tendo o trabalho das categorias de base na Alemanha servindo de inspiração para o mundo inteiro, devemos ter consciência que nossa realida-de é bem diferente da deles, principalmente aqui no MS. "Temos algumas boas iniciativas que buscam uma formação para jovens e crianças mas o apoio para criarmos uma excelência está muito aquém do mínimo necessário", acrescenta Marcos. E recentemente com um novo patrocínio,

mai

smor

ena.

com

.br

VEJA QUAL É A SITUAÇÃO DAS CATEGORIAS DE BASE E COMO ELAS ESTÃO ATUALMENTE

FUTEBOL

66 67

Page 35: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

68 69

MULHER NO BOXE

OS TEMPOS SÃO OUTROS

N as últimas décadas, a mulher tem se associado cada vez menos à imagem frágil e submissa que sempre a acom-panhou. Elas estão presentes cada vez mais no mercado de trabalho, na po-

lítica e hoje estão cada vez mais praticando esportes. Não estou dizendo caminhada, de Vollêy ou Natação, estou falando de BOXE. É isso mesmo, o esporte está cada vez mais difundido entre o gênero feminino e ganhando adeptas aqui em Campo Grande. Sabemos que as artes marciais vem se popu-larizando no nosso dia a dia, seja ela para autodefe-sa, busca do corpo perfeito ou simplesmente praticar um esporte. O Boxe ou pugilismo é um esporte de com-bate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A pala-vra deriva do inglês to box, que significa bater, ou pugilismo bater com os punhos, expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850 onde o esporte vinha ganhando forças. O seu surgimento ocorreu entre os séculos 19 e 20 no país Inglês, onde o boxe era praticado com as mãos nuas, sem nenhuma luva ou proteção. Essas lutas com as mãos descobertas eram frequentemente brutais, de modo que o boxe acabou sofrendo inten-sas mudanças, até virar um esporte. Em 1867 houve a formulação das regras de Queensberry, criada pelo desportista galês John Graham Chambers para aprimoramento do esporte e base no que conhecemos hoje como boxe moder-

no. As regras previam rounds de três minutos, sepa-rados por um intervalo de um minuto, E uso obriga-tório das luvas já se fazia necessário. Essas regras só entraram em vigor mesmo em 1872, depois das reformulações em algumas re-gras. E só foi incluído nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, ainda assim apenas como demonstração, passando a valer medalha somente nas Olimpíadas de 1920, na Antuérpia. Desde então o esporte cresceu a cada dia e hoje existem muitas escolas, cursos, academias e projetos sociais que formam esportistas e atletas muito aptos a participar de competições regionais ou até mesmo a representar o Brasil em competições internacionais, e as mulheres estão dominando esse esporte. Elas estão procurando as academias para pra-ticar aulas de boxe, MMA, Muay Thai entre outras lutas. Enganam-se quem pensa que essas atividades sejam exclusividade masculina, um bom exemplo é a arbitra de boxe aqui do estado Flavia Freire que conta do grande interesse pela arte marcial e por que cada vez mais mulheres se interessam por esse es-porte. “O boxe é mais que uma arte marcial o boxe é defesa, superação, qualidade de vida, o boxe é vida, e eu amo praticar esse esporte principalmente eu amo arbitrar essa lutas” disse a atleta. Correr, pular corda, fazer abdominal, aga-chamento, carrega peso, ou dar aquela sequencia de golpes famosa no boxe, Jab, Direto, Esquiva, uma aula de boxe clássico não ensina apenas a arte dos socos, oferece condicionamento cardiorrespiratório, emagrece e descarrega aquela tensão que pra mui-tos é Pré-Mestrual conhecida popularmente como

FRANCIELE FLORIANO

'Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda', já dizia o cantor Erasmo Carlos.

Clé

ber G

élio

TPM. A Professora de Boxe Suzy Rego é considera-da pelas alunas que procuram praticar a arte marcial como a grande motivadora. “As meninas vem até a academia para poder emagrecer, elas mais ganham do que perdem, ganham confiança, equilíbrio, qua-lidade de vida, amigos e grandes admiradores” fina-liza a Professora que se diz encantada pelo esporte. Suzy ainda explica que as pessoas procuram o boxe como exercício físico, pois os benefícios são muitos além da perda da caloria a definição mus-cular, especialmente de abdômen, ombros, costas e panturrilha, são principalmente os alvos das mulhe-res. “O boxe te ensina a ser uma bailarina uma baila-rina que bate” finaliza a professora com risos. Agora que já sabemos dos benefícios que traz para a nossa saúde basta saber, e as mulheres que procuram o boxe como lutadora profissional eis

que nossa Arbitra Flavia explica.“O boxe competiti-vo tem categorias dividas por peso e idade, ou seja, não há faixas, como nas artes marciais. a modalida-de em mato grosso do sul possui um curioso detalhe tem muitas adeptas pelas academias, mas profissio-nalmente poucas mulheres se dispõem a lutar”. Infelizmente nosso estado não possui muitos patrocinadores para as mulheres que se aventuram a lutar profissionalmente. Nas últimas décadas, as mulheres tem se associado cada vez menos à ima-gem frágil e submissa que com o passar do tempo, a acompanhou. Tanto na parte pessoal ou profissional. Com o boxe feminino, não é diferente; inicialmente criado exclusivamente para a degladiação entre os homens, somente no século 19, a modalidade foi se disseminando rapidamente. Esperamos que conti-nuem a se propagar esse esporte tão benéfico a nossa saúde. E você topa tirar uma luvinha comigo?

ATLETA DE MSA boxeadora Aline San-tana é iuma das poucas

no estado. Ela tem vários títulos internacionais e já passou pela seleção

Page 36: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

70 71

PAINTBALLPARA QUEM GOSTA DE AÇÃO

Adrenalina, ação, trabalho em equipe, boa mira, ousadia e outros fatores , tornou se o paintball um dos esportes que mais cresceu nos últimos dez anos no Brasil,. Varias pessoas tem procu-

rado o esporte como uma forma de diversão, muito segura e democrática. "Antes de praticar o paintball, eu era sedentário, so ficava na frente do computador, com exatamente 132 kg,, pratico o esporte a mais de um ano, antes eu era alvo facil pra meus oponente,

eu era lento, mal conseguia mirar, hoje tenho 104 kg,estou mais disposto fisicamente e mentalmente, aumentei minha agilidade de raciocínio, e logico, a diversão e o mais importante de tudo, ainda por cima, me tornei o melhor atirador do grupo", afir-mou Luan Ricardo Tavares, praticante do esporte. O Paintball iniciou se no Brasil em 1987, o primeiro jogo oficial foi realizado no dia 21 de Julho de 1990, na inauguração do WAR PAINTBALL, em São Paulo. A inicialização de uma partida tem como alguns fatores primordiais, que são o uso de equi-pamentos obrigatórios: Marcador : Espingarda ou

ANDERSON DINOZZO

Além da emoção e adrenalina, o esporte prima pela segurança dos participantes, estratégias e busca aproximar a realidade do combate militar em caráter desportivo.

Pistola- cilindro (de ar-comprimido, Nitrogênio ou de CO2) para propelir as munições; - carregador (normalmente gravitacional, mas existem eletrôni-cos e pneumáticos). Paintballs: pequenas bolinhas de capsulas de gelatinas, contendo tintas de diferen-tes cores, que servem de munição para o marcador. Equipamentos de proteção individual: Mascaras, coletes que protegem o peitoral e pernas. Tudo isso é estrema importância para o jogo, pois garante se-gurança ao participante. O objetivo principal é capturar a bandeira no centro do campo e levar até a base adversária, porem existem outros tipos de jogo, como missões, mata-

-mata entre outros, isso varia de campo para campo. Cada jogo tem uma duração máxima variando de 10 a 15 minutos em campeonatos, nos campos esse tem-po é pré-estabelecido pelo juiz responsável. O jogador é eliminado quando uma bola o atinge e estoura, em qualquer lugar do corpo ou equipamento que ele usa dentro do campo, isso em campeonatos, já em campos normais a eliminação fica estabelecida de acordo com as regras do campo ou em um consenso entre jogadores e juiz. Existem juízes dentro do campo para verificar a eliminação dos jogadores. Vencerá o jogo a equipe que conseguir agarrar e levar a bandeira até a base inimiga ou ter eliminado toda a equipe adversária, isso para campe-onatos. Acabando o tempo limite do round, vence a equipe que tiver a bandeira, se ninguém estiver com ela, a equipe que a agarrou primeiro e se ninguém a tiver agarrado durante o jogo vence a equipe que tiver eliminado mais jogadores adversários; Em Campo Grand/MS existem três arenas especializadas espalhadas pela capital, o ASSAULT PAINTBALL, TRIPLO X PAINTBALL e FORÇA TAREFA PAINTBALL. Todo ano, a Capital sedia o PAINTBALL REAL ACTION, principal evento do esporte do estado. Além da emoção e adrenalina, prima pela segurança dos participantes, estratégias, busca aproximar a realidade do combate militar, mas em caráter desportivo.

EVENTOS NACIONAIS

Existem três eventos nacionais o CBP (Cir-cuito Brasileiro de PaintBall) no ano realizados no Paraná, São Paulo e Coritiba.O maior evento já realizado no pais é MEGAJOGO, promovido em uma fazenda no interior de São Pau-lo. Durante três dias o evento contou com 1.500 joga-dores em sua 7º edição. Aos que querem experimentar o esporte, os serviços são: www.paintballeventos.com.br – 067 9197 6868. ou podee iARENA ASSAULT PAINTBALL – AVENIDA GURY MARQUES 7034 CIDADE MORE-NA CAMPO GRANDE/MS.

Div

ulga

ção/

Pai

ntba

ll R

eal A

ctio

n

Page 37: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

NÃO É CORDA, É FITA!Equilíbrio em fita de 5 centímetros vira esporte e ganha adeptos na capital de MS

Apesar de muitas pessoas confundirem a fita do slack com uma corda elásti-ca, o esporte vem sendo difundido e ganhando adeptos aqui em Cam-po Grande. Iniciado em meados dos

anos 80, nos campos de escalada do Vale de Yose-mite, EU, os Slackers como ficou conhecido quem pratica o SlackLine passavam semanas acampando e nas horas vagas esticavam as suas fitas através de equipamentos para se equilibrarem e andarem de um ponto ao outro. O esporte demorou a chegar ao Brasil, mas quando começou a ser praticado nas praias do Rio de Janeiro no verão de 2010, foi criando popularida-de e se espalhando para pessoas de todas as idades.Em Campo Grande muitos grupos de jovens prati-cam e espalham o esporte para quem quiser apren-der, com aulas e dicas para pessoas de todas as ida-des. Entrevistamos o Presidente da Federação de Slackline de Mato Grosso do Sul, Juliano Maggio, de 24 anos, microempresário e líder do grupo Adrena-lina Skackers, pratica o esporte aos finais de semana e da aula para quem quiser aprender. De acordo com o atleta, o esporte chegou à capital por meio da internet, em que jovens viram

SAMUEL ISIDORO pessoas em todo o mundo praticando e começa-ram a exercer aqui. “Eu conheci o esporte no ano de 2012, vi a primeira vez pela internet, comprei um kit e comecei a praticar com alguns amigos”, disse Juliano. O Slackline consiste em dois pontos fixos li-gados por uma fita, de 5cm, podendo ser compa-rado ao cabo de aço de artistas circenses, mas com mais flexibilidade, que explica o significado do seu nome, “linha folgada” ou “corda bamba”, permitindo saltos e manobras maiores. “Para praticar basta ter um kit, que contem uma fita, catraca, encontrar dois pontos fixos para suporte e ter muita força de vonta-de”, afirma o atleta. O esporte é praticado na maioria das vezes em parques, ou lugares com muitas árvores e grama-dos, “Praticamos no Parque das Nações Indígenas aos finais de semana, e na Orla Morena como pontos fixos de encontro do grupo durante a semana”, disse ele. Pode parecer caro para alguns, mas como é praticado na maioria das vezes por muitas pessoas, acaba tornando-se barato e acessível para todos “Um kit profissional é em média 600 reais, porém pode ser comprado em conjunto e o uso dividido entre os amigos, tornando o esporte mais barato”, afirma. Não há restrições severas para à pratica, en-

tretanto é recomendável que comece com uma altu-ra baixa, para não haver problemas com quedas, e há uma idade para iniciar, “A carga da fita tensionada é 800 KG, recomendamos para crianças a partir dos quatro anos, o que vai variar é a disponibilidade da pessoa”, comenta. O esporte foi criando força em todo o mun-do por conta da sua simplicidade, facilidade para juntar amigos e baixo custo. Entretanto também se tornou um esporte profissional com diversas moda-lidades. Em 2012, o primeiro brasileiro campeão mundial de slackline foi o carioca Igor Zambelli, desbancando Alex Mason, dos Estados Unidos, que havia derro-tado o fenômeno Andy Lewis, conhecido como ‘Mr. Slackline’. O torneio reuniu 16 atletas, sendo oito pré--selecionados por serem os melhores do mundo. Sem ranking, o brasileiro se classificou após ter passado por uma seletiva através do ‘Wild Card’ – competição online onde atletas do mundo enviam vídeos atrás de uma vaga na classificação. Os benefícios do esporte para a saúde é que tanto o corpo quanto a mente são trabalhados. For-nece um ótimo exercício físico que fortalece todos os músculos do corpo, principalmente membros inferiores e região abdominal. Como usa uma fita elástica, é muito saudável no sentido de que não há impacto nas articulações, como ocorre em outros esportes, como corridas. Este aspecto da elasticida-de serve tanto para fortalecer as articulações quanto

para prevenir ferimentos e lesões.

SAIBA MAIS O Trickline: Geralmente praticado a partir de 80cm de altura, o Trickline permite a realização de mano-bras com saltos e equilíbrio extremo, exigindo bas-tante preparo físico e treino.

Longline: Esta modalidade exige do praticante bas-tante condicionamento físico, pois quanto maior o comprimento da fita mais força muscular e equilí-brio são necessários, e também requer bastante con-centração para manter-se na fita e vencer as suas di-ficuldades. Jumpline: Acrobacias acompanhadas com saltos.

Waterline: É a pratica do Slackline sobre as águas. Seja em piscinas, rios ou praias esta é a modalidade mais refrescante e descontraída, já que podem ser realizadas diversas manobras do Trickline e as que-das nunca serão mal desejadas.

Highline: Praticado em alturas superiores a 5 me-tros. Esta modalidade requer muita experiência ou 6 a 8 anos de prática e conhecimento de alpinismo, pois é necessária utilização de equipamentos de se-gurança e conhecimento técnico de sistema de redu-ção exemplos cabos de aços.

Débora Klempous/ND

73 74

Page 38: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

A periferia de Campo Grande mostra como é o aproveitamento da verda-deira infância e apresenta onde está a verdadeira alegria das crianças! Ca-minhando e “cantando” pelas ruas da

região da Vila Carlota relembrei meus tempos de moleque, da cara ralada no chão, joelhos esfolados, unha sangrando e solas dos pés mais ásperos que lixa; o velho futebolzinho de rua não acabou! O jogo onde a zueira não tem limites, onde o habili-doso envergonhava seu melhor amigo e a discussão que só vale gol rasteira, pois não havia travessão.Ainda há outras frustrações de quem joga essa modalidade diferenciada do esporte bretão vêm à mente: Por mais que seja um Futiba de rua, ele tem suas regras; quem isolar a bola pega, e sempre a bola ia parar embaixo de um carro ou vai a casa daquela vizinha chata, pior era quando quebráva-mos um vidro da casa dela, pior quando a vizinha tinha aquele cachorro bravo. Outro problema era o instrumento de trabalho, a famosa “bola de lei-te” que fazia mais curvas que os chutes de Roberto Carlos ou a velha bola de “capotão”, traçávamos seu “tempo de vida” em cada gomo que ia caindo.E passando pela Travessa Colibri, uma ruazinha que foi criada por moradores para que os carros possam cortar caminho, dois irmão se divertem e sempre com os olhos atentos por conta do perigo do seu pai “Zé” e por vez também “mãe”, ele é pai apenas do mais velho, João com 15 anos, Bruno e Rafael é de sua ex-companheira que o deixou com as crianças, mas o carinho por eles o fez acolher as crianças!Enquanto falava com o Zé em meios aos “cuidado com o carro”, notei a alegria dos dois que além do

Em tempos de tecnologia, o tradicional golzinho de havaianas não morre

futebolzinho em meios as pedras ainda desfrutam de outras diversões “antigas” hoje trocadas pelos ele-trônicos. Mas Zé mostra sua indignação por conta das velocidades dos carros na vielinha e pela falta de lugar apropriado para a diversão de todos no bairro.Joãozinho, como é chamado mostrando a habi-lidade que os brasileiros perderam! Habilidades de craques como Garrincha e Romário e suas per-nas tornas, habilidades aprimoradas em ruazinhas e campinhos de terra; R10 e seus “dibres” no seu incansável cachorro, e o maior de todos, Pelé es-banjando habilidade com sua “bola de meia” e seus pés descalços nas ruas de Bauru. É como se apren-de o verdadeiro futebol! O que dizer Leônidas da Silva “ensaiando suas Bicicletas” nas ladeiras cario-cas. Eu que já nem tinha a esperança de fazer esse texto, me deparei com um passado pouco distan-te... Que voltou a ser apenas lembranças à medida que eu dava os passos voltando ao meu presente.

PÉS DESCALÇOS João Dando Uma Caneti-nha: 'zoeira familiar'.

VELHOS TEMPOS; O GOLZINHO DE RUA JAMAIS MORRERÁ

Jam

es V

iana

/Com

Tex

to

CRÔNICA DO ESPORTE de JAMES VIANA

XÉROX ANIMALEntenda a clonagem e conheça a história da bezerra clonada por médica veterinária de MS

JULIANA ALVES

Car

olin

a G

onza

lez/

Arq

uivo

pes

soal

74

RURAL

Page 39: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

76 77

Cada dia que passa a humanidade al-cança mais avanços tecnológicos, al-guns afetam mais o dia a dia do ho-mem outros levam anos para mostrar seus efeitos. Hoje o homem enfrenta

um desafio provocado por ele mesmo, um desafio que cresce a cada dia. Devido ao grande crescimen-to populacional a demanda por espaço e alimento vem crescendo exponencialmente o que vem cau-sando um impacto no meio ambiente, que em pou-cos anos pode vir a ser irreversível. Devido o crescimento da população as cida-des invadem cada vez mais as florestas aumentando o desmatamento e com isso aumentando o risco de extinção de algumas espécies animais. Na busca de uma solução para esse proble-ma, cientistas começaram trabalhos com clonagem que podem ser a salvação de algumas espécies um dia. E além de salvar espécies de extinção a clona-gem também tem outro beneficio gerar um grande número de cópias geneticamente superiores para utilização na pecuária, aumentando assim a produ-ção de gado para a alimentação.

CLONA OU NÃO CLONA? Muitos ainda hoje ficam assombrados com a clonagem, muitos levantam a questão de “é a forma correta de agir?”. Para esclarecer um pouco sobre o assunto a Mestra Carolina Gonzalez, graduada (2009) em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e mestrado (2013) em Biologia Animal pela Universidade de Brasília (UnB), no qual desenvolveu o trabalho: “Isolamen-to criopreservação e utilização de células do cordão umbilical, células do tecido adiposo e células do lí-quido amniótico para produção de embriões bovi-nos por transferência nuclear (clonagem)”, que re-sultou no nascimento do clone “Brasília” a partir de células do tecido adiposo. Atualmente é doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia Ani-mal da UnB, desenvolvendo o projeto “Potencial de transfecção de células do fluido amniótico, do cordão umbilical e do tecido adiposo para produção de embriões bovinos transgênicos”, que está sendo

executado na UnB e no Centro de Transferência de Tecnologias de Raças Zebuínas com Aptidão Lei-teira (CTZL), localizado no Gama, Distrito Fede-ral, uma unidade da Embrapa Cerrados, contou um pouco de suas experiências com a clonagem. Quanto as técnicas mais utilizadas para fazer a clonagem disse que as técnicas mais utili-zadas são atualmente “Handmade” e transferência nuclear. No “Handmade” os ovócitos (que são o citoplasma receptor da célula doadora) são enucle-ados sem a necessidade de um aparelho específico, porém são necessários dois ovócitos para a recons-trução de uma única estrutura que posteriormente se tornará um embrião. Ao contrário, na transferên-cia nuclear, existe a necessidade de utilização do

Paul

Cle

men

ts/A

P

PIONEIRA Foto da ovelha Dolly em 1997. O animal foi o primeiro mamífero a ser clonado no mundo.

BEZERRO CLONADO A médica veterinária Carolina Gonzales posa para foto com Brasília.

micro manipulador pra a enucleação de um ovócito que será reconstruído com a célula doadora e se tor-nará um embrião. No entanto, em ambos os métodos a efici-ência da clonagem é muito baixa. Ou seja, de 100 embriões clones que são transferidos para vacas receptoras (as barrigas de aluguel) somente 1 a 5 geram produtos nascidos vivos. Muitos destes pro-dutos desenvolvem problemas placentários e fetais, como o nascimento de bezerros gigantes portado-res da síndrome do bezerro gigante. Devido à baixa eficiência da clonagem é que muitas pesquisas vêm

sendo realizadas no intuito de melhorar a qualidade dos embriões produzidos e a porcentagem de ani-mais nascidos vivos e saudáveis. Um novo horizonte para a clonagem é a uti-lização de células menos diferenciadas, como célu-las tronco, é um dos horizontes para a melhoria da eficiência da clonagem. Além disso, muito se tem pesquisado no uso de drogas no cultivo de células e embriões que atuem no sentido de facilitar a re-programação do núcleo doador e, assim, dar origem a embriões com melhor qualidade e mais próximos aos gerados em uma fertilização natural. Quanto às preocupações com os clones e problemas mais enfrentados com o eles Carolina es-clarece que como os indivíduos que são gerados pela clonagem são idênticos um problema a ser levado em consideração é a endogamia, ou seja, o acasa-lamento de indivíduos aparentados, pois formando rebanhos de animais clones estaremos restringindo a variabilidade genética nestas populações. Entre-tanto, a clonagem é uma técnica estratégica para recuperar um individuo diferenciado e o objetivo é que este siga dentro do rebanho multiplicando natu-ralmente ou por outras técnicas que garantam varia-bilidade genética. Vale ressaltar que os produtos de animais clonados não fazem mal à saúde humana, como comprovado pelo “Food and Drug Adminis-tration” (FDA) nos Estados Unidos e a “European Food Safety Authority” (EFSA). Ambas têm con-cordado que os produtos são seguros e não há base científica para questionar isso. Outra vantagem da clonagem é que ela é uma ferramenta para produção de animais transgê-nicos. Um animal transgênico pode funcionar como uma biofábrica, ou seja, proteínas terapêuticas hu-manas podem ser obtidas em massa nas secreções de animais transgênicos, como o leite, por exem-plo. Desta forma, no leite de animais transgênicos podemos obter um fator da coagulação sanguínea humana. Ainda na linha da transgenia, podem ser criados animais que manifestem doenças humanas e que serviriam para o estudo destas enfermidades. Além disso, podem-se multiplicar animais com atri-butos únicos, como por exemplo, resistência a cer-

Page 40: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

78 79

Car

olin

a G

onza

lez/

Arq

uivo

pes

soal

SEM TIRAR NEM PÔR A bezerra clonada (à esqu.) e o clone (à dir.), batizado de Brasília.

tas doenças e utilizá-los em programas de melhora-mento genético. Outra aplicação seria a utilização de animais para os xenotransplantes. Neste caso, o animal seria modificado no sentido de não produzir rejeição no organismo humano e, assim, seus órgãos poderiam ser transplantados para uma pessoa sem o risco da rejeição. Isso contribuiria para a diminuição da espera nas filas transplante de órgãos. BRASÍLIA

Como citado anteriormente Carolina já ob-teve sucesso com a clonagem com a clonagem, com a bezerra Brasília, ela disse que o grupo de pesqui-sa da Embrapa CTZL (Centro de Transferência de Tecnologias de Raças Zebuínas com Aptidão Leitei-ra), unidade integrante da Embrapa Cerrados (Bra-sília- DF), obteve sucesso na clonagem bovina no início do ano de 2013 quando, proveniente do expe-rimento de mestrado que ela desempenhou, nasceu a bezerra Brasília, da raça Guzerá. Brasília foi assim batizada por ter nascida próximo à data de aniver-sário da cidade de mesmo nome. A bezerra Brasília foi clonada a partir de células tronco mesenquimais provenientes do tecido adiposo bovino. Ela nasceu saudável e proveniente de um parto normal, o que é um fato a ser pontuado por se tratar de um clone. Além disso, o tipo celular testado merece destaque, pois foi obtido do tecido adiposo, que pode ser facil-mente coletado de animais em qualquer idade e que nos fornece células- tronco mesenquimais.

Brasília viveu apenas três meses. Infe-lizmente veio a óbito que nada teve a ver com os problemas geralmente enfrentados pelos bezerros clones, pois como já foi dito, Brasília nasceu saudá-vel. A causa do óbito do clone foi uma enfermidade denominada acidose láctica ruminal. Brasília con-sumiu uma quantidade excessiva de um alimento altamente fermentável sem adaptação prévia do seu sistema digestivo. Assim, o PH e a osmolaridade de um dos compartimentos gástricos foram totalmente alterados o que culminou com a parada do seu estô-mago. Durante um mês houve tentativas incansáveis de curar Brasília, inclusive com todo apoio técnico do Hospital Veterinário de Grandes Animais da Uni-versidade de Brasília. Porém, a enfermidade é muito agressiva e as taxas de mortalidade que constam na literatura são muito altas e Brasília não sobreviveu. Então, se pode ter fé de que a clonagem vem ao auxilio da humanidade tanto para corrigir os pro-blemas de alimentação, quanto a perda de animais devido ao crescimento população intenso. A clona-gem e transgenia serão em breve realidades palpá-veis no cotidiano do homem, seja pelo uso na pro-dução de remédios, na reprodução de animais em risco de extinção ou até no uso para o aumento de rebanhos na pecuária. E não a motivo para temer um futuro promissor como esse que pode solucionar os problemas enfrentados pela imprudência humana.●

Para evitar que as tragédias nas rodo-vias de Mato Grosso do Sul conti-nuem, como a registrada em janeiro deste ano, em que um casal morreu após atropelar uma anta na MS-040,

o Programa de Proteção e Preservação da Anta Brasileira no Estado (Pro Anta) iniciou em maio, o monitoramento de animais silvestres nos 15 mil quilômetros de rodovias estaduais, com a parceria da Policia Rodoviária Estadual (PRE). De acordo com o responsável pelo pro-grama, o médico veterinário Álvaro Cavalcanti, o trabalho irá durar três anos. No primeiro ano será feito o monitoramento para identificar os corredores que esses animais estão usando. De-pois será feito um relatório que será usado para executar medidas de prevenção de atropelamento.Essa ação pretende mudar a realidade do Brasil, onde a cada segundo 15 animais silvestres morrem atropelados nas rodovias que cortam o país, número que corresponde a 475 milhões de mortes por ano ou a 1,3 milhões por dia, conforme o estudo do Cen-tro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) da Universidade Federal de Lavras (MG). Para o comandante da PRE, tenente co-ronel Waldir Ribeiro Acosta, o trabalho vai unir o útil ao agradável, que além de auxiliar no mo-nitoramento, irá realizar a fiscalização nas es-tradas e que a ideia principal é encontrar os

problemas pontuais na questão ambiental para im-plantar radares fixos e móveis e assim reduzir e minimizar os acidentes entre animais e humanos.

SOBRE O PROGRAMA

O Programa de Proteção e Preservação da Anta Brasileira no Estado de Mato Grosso do Sul, o Pro Anta, está comemorando oito anos em 2015. Desde o início a ação tem ampliado as bases de estudos da anta brasileira no Estado, definindo suas prio-ridades para proteção e preservação da espécie. A anta apresenta funções ecológicas extre-mamente importantes como o papel crítico na for-mação e manutenção da diversidade biológica, de-sempenhando também o papel de espécie indicadora da “saúde” dos ecossistemas tropicais onde habita.A extinção local ou declínio populacional des-sa espécie pode desencadear uma série de efei-tos adversos no ecossistema, desestabilizan-do alguns processos ecológicos chave tais como a predação e a dispersão de sementes. Outro ponto relevante para a criação do programa é que o maior mamífero das Améri-cas tem um ciclo reprodutivo bastante lento. São 13 meses de gestação, intervalo entre concep-ções de cerca de 24 meses, e nascimento de so-mente um filhote por gestação. Isso faz com que populações reduzidas por quaisquer razões te-nham poucas chances de se restabelecerem na au-sência de uma adequada intervenção de manejo. Em pesquisas realizadas em Mato Grosso

PRÓ-ANTA E PRE INICIAM MONITORAMENTO EM ESTRADAS DE MS

CARLA SALENTIM

Ação pretende diminuir número de atropelamentos no estado e deve durar três anos. Espécie cumpre papel de indicadora da 'saúde' do ecossistema onde habita e pode estar em risco.

Page 41: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

80 81

do Sul ficou evidente a carência de informações a respeito da ecologia das antas na natureza, o que justifica a realização de estudos e eventos cientí-ficos que produzam, compilem e discutam infor-mações básicas sobre a ecologia, história natural, questões comportamentais e reprodutivas, ame-aças, condições do habitat, entre outros pontos.Estas carências de informações levaram os en-volvidos no programa a implementarem pla-nos de ações para conservação e manejo das populações de antas no Estado do Mato Gros-so do Sul, em suas áreas de ocorrências. O Pro Anta trabalha para contribuir para que a comunidade científica possa subsidiar e justificar seus esforços e convencer as autorida-des sobre a necessidade de se promover políti-cas públicas racionais para o uso das áreas natu-rais, ou ainda sobre a importância de conservar e proteger esta espécie e habitats ameaçados.

EXTINÇÃO

Em uma recente avaliação do risco de extinção da anta brasileira, Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) – Tapiridae –, avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base nos

dados disponíveis até 2010, os pesquisadores ficaram preocupados com a espécie que pode vir a se tornar quase ameaçada ou ser incluída em alguma categoria de ameaça no futuro, se a perda de habitat na Amazônia se concretizar. Por enquanto, a situação do animal no país é

considerada vulnerável, em função de redução populacional ocorrida no passado e projetada

para o futuro.No Pantanal, a anta é considerada quase ame-açada de extinção, devido à redução populacio-nal projetada para o futuro. A caça, queimadas,

doenças infecciosas adquiridas dos animais domésticos e a perda de habitat para criação de pastagens são os principais fatores para

esta classificação.

BIO Anta é o maior mamífero das Américas e cumpre papel de espécie indicadora da 'saúde' dos econssistemas.

CA

RLA

SA

LEN

TIM

/CO

NTE

XTO

RAÇA BANGUS: A COMBINAÇÃO DE UMA PAIXÃO QUE CONQUISTOU PALADARESCruzamento de raças, rigorosa seleção e idealização de projeto resultam em restaurante com carne comprada diretamente da fazenda

MAYRA COSTA

E m 1999, o médico veterinário, pe-cuarista e apaixonado por carne vermelha, Clóvis Fornari materia-lizava um grande sonho em Campo Grande: um restaurante focado em

carne rigorosamente selecionada, com cardápio variado de cortes e com produtos comprados dire-tamente da fazenda. A fazenda terceirizada é loca-lizada em Chapadão do Sul, região Centro- Oeste

do Brasil, há cerca 330 quilômetros da Capital. A pecuária é a atividade predominante e que mais cresce no Estado, devido ao clima, relevo, vege-tação e água favoráveis, representa aproximadamen-te 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Mensalmente, são comprados setenta ani-mais da raça Brangus para o restaurante, o bo-vino é resultado do cruzamento entre o zebuíno Brahman e o taurino Angus, tal combinação vem conquistando diversos pecuaristas, investidores e principalmente o paladar de clientes, por tratar

DIRETO DA FAZENDA Carne é selecionada dentro de padrões técnicos da raça, maciez e idade do animal aba-tido. Em seguida, é encaminhada para

restaurante da Capital.

FOTO

S M

AYR

A C

OST

A/C

OM

TEX

TO

Page 42: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

82 83

Eduardo Fornari, Diretor Executivo e filho do idealizador, detalha os procedimentos que o gado recebe até chegar a mesa do cliente. “Já sele-cionamos o touro que tem genética de marmoreio e precocidade para inseminar as matrizes. Após o nascimento, essas bezerras já são alimentadas com ração do sistema creep feeding, além da mamada.” E termina explicando que após a desmama, as be-zerras vão ao confinamento para atingir cinco milí-metros de gordura de acabamento e assim, chegar à mesa do consumidor.

Localizado nos altos da Afonso Pena, o em-preendimento familiar, nomeado Vermelho Grill Restaurante, construído com a madeira de uma única árvore Araucária e materiais sustentáveis, o ambiente reúne o que há de melhor em um espaço diferenciado, acolhedor, aconchegante, despojado e rústico, com uma das carnes de maior qualidade da região. Entre as diversas opções do cardápio, as estrelas do restau-rante estão entre a picanha, master beef (alcatra), bife de chorizo e a popularmente conhecida como carne de segunda, e os clientes encontram preços de porções individuais que variam de R$ 28 a R$ 57.

VERMELHO GRILL Restaurante está localizado na avenida Afonso Pena em Campo Grande. Entre as opções do cardápio estão a pica-nha, alcatra e bife de chorizo.

-se de uma carne de excelente qualidade e com boa distribuição de gordura. A carne é selecionada dentro de padrões técnicos da raça, maciez e idade do animal abatido, o que crava o di-ferencial do produto.

Foto

s: M

ayra

Cos

ta CREPERIA MORENA COM TOQUE FRANCÊSTorre do Crepeconquista clientes inspirada na culinária francesa

Massa fina, levemente frita na man-teiga e recheada, o crepe francês (La Crêpe) é uma tradição da co-zinha popular francesa e a princi-pal comida de Rua de Paris, onde

são vendidos em bancas espalhadas por toda a cida-de. O crepe surgiu na Bretanha, no Norte do país, nas mesas simples dos camponeses, mas na Capital, foi alcançando voos mais altos conforme foram se sofisticando os recheios. De Paris, ganhou o mundo e conquistou adeptos nos quatro cantos do planeta.Agora, o crepe francês também tem conquistado o povo campo-grandense. Localizada na Rua Antô-nio Maria Coelho (esquina com a Rua Paraíba), Nº 3191, a creperia “Torre do Crepe”, nome inspirado na Torre Eiffel (torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, que se tor-nou ícone mundial da França), tem ganhado espaço

ANNE ARAÚJOBEATRIZ DE ALMEIDA

Bea

triz

de A

lmei

da/C

om T

exto

CULTURA-MODA-VARIEDADES

Page 43: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

DE MÃE PARA FILHO

RESTAURANTE EM CAMPO GRANDE É TRADIÇÃO DE FAMÍLIA LIBANESA

Filho de pais libaneses, Eduardo Ibrahim de 46 anos, além de ser jornalista e advo-gado, também possui outra habilidade, ele é dono e cozinheiro do “Ariche” res-taurante Libanês localizado na Avenida

Ceará, número 1067. E foi sua mãe, Mauna Ibrahim que o ensinou a cozinhar. A família possui o res-taurante libanês há 40 anos, sendo que na Avenida Ceará está há 10 anos. Nas noites de sextas-feiras o restaurante Ariche conta com um público de 200 pessoas, onde acontece a famosa noite Libanesa das 21h às 03h. Ao lado do restaurante, Eduardo também tem um fast food, onde o cliente pode consumir no local ou pode escolher a opção de entrega em domicílio. O fast food funciona de segunda a sábado às 11h30min às 21 horas. O restaurante é inspirado na cultura libane-sa. O local possui dois ambientes; o salão princi-pal é temático, meia luz, sofás, bancos, cortinas e quadros, onde também ficam os músicos que tocam músicas da cultura libanesa. Na parte externa a de-coração fica por conta de uma tenda e muitos obje-tos decorativos da Líbia, porém tudo é de origem aqui da capital. Os funcionários entram no clima e trabalham com vestes libanesas. No restaurante, toda hora vem uma surpresa,

às 21h é servido entradas para os clientes, no cardá-pio, pepino e cenoura; pão sírio, coalhada tempera-da, Homus (pasta de grão-de-bico) e Babaganoush (pasta de berinjela). Por volta das 22h inicia-se o show, são várias dançarinas apresentando coreogra-fias de dança do ventre, nessa hora o público para o que está fazendo e prestigia as dançarinas. As pes-soas também são convidadas a dançar, já os dançari-nos, faz uma demonstração do Dabke, dança em que se formam filas e mostram seus passos coletivamen-te. “O legal é que quando os dançarinos dançam o público levanta e dança junto”, conta Eduardo. À meia-noite é servido o jantar em uma mesa farta com várias especiarias. Algumas opções do jantar: quibe (assado, cru e frito), esfiha, kafta, cordeiro, Mjadara (arroz com lentilha, coberto com cebolas fritas), Raz bi Chaarie (arroz com macar-rão cabelo de Anjo e peito de frango desfiado), Raz Hachui (arroz com carne moída coberto com cas-tanhas), Michuí de Carne e Frango (espetinho de carne ou frango com legumes), charuto de folha de uva, coalhada, dentre outros. Ao todo, o restaurante trabalha com onze ingredientes peculiares, como ca-nela, noz-moscada, cravo e outros. A culinária libanesa é um conjunto de pra-tos e costumes culinários dos habitantes do Líbano. Esta cozinha é extraordinariamente diversa e possui especialidades próprias e adaptadas dos diferentes países ao seu redor. Com alimentos frescos e sabo-rosos, os libaneses adaptaram o melhor da cozinha

ANNE ARAÚJOBEATRIZ DE ALMEIDA

na capital. A ideia em trazer uma creperia para Cam-po Grande surgiu dos sócios proprietários, Jhonatan Mendes, 26 anos, e Rodrigo Raul Vilela, de 24 anos. A irmã de Jhonatan já tinha uma creperia em São Paulo. Durante visita a irmã, Jhonatan foi gostando do ramo, e logo decidiu ir se especializar em São Paulo e abrir uma creperia aqui na cidade morena.Aberto há quatro meses, o estabelecimento con-ta com mais ou menos 200 clientes aos domingos. A Torre do Crepe têm 35 sabores de crepes, entre doces e salgados para sua escolha. Dentre os sal-gados: Brest (presunto, queijo, tomate e orégano), Lemans (presunto, queijo, cebola, orégano, pimen-ta e tomate), Vierzon (mussarela, provolone, par-mesão e cheddar). Já os doces: Saint-Cloud (doce de leite e queijo), Pozan (banana com Nutella), Mayenne (brigadeiro e beijinho), esses são al-

guns dos diversos sabores que possui o cardápio. Todo o local é inspirado na França, des-de o cardápio com nomes de crepes em francês, até as mesas com mini torres Eiffel em cima, e já nas paredes, vários quadros das cidades francesas. Segundo Jhonatan, seus crepes são inspira-dos nos crepes franceses, porém os crepes franceses tem a massa mais emborrachada, já os crepes da Tor-re do Crepe tem uma massa mais fina, são mais leves. “Já fui algumas vezes à França, a massa dos crepes de lá é um pouco mais pesada, dá impressão de bor-racha, já a nossa é mais elaborada, mais fina”, conta. A Torre do Crepe abre de terça a sexta-feira, das 17h às 23h, aos sábados e domingos das 17h às 00h. ●

Bea

triz

de A

lmei

da/C

om T

exto

ONDE FICA Rua Antônio Maria Coelho (esquina com a Rua

Paraíba), Nº 3191

Além de pratos, restaurante oferece espetáculo de danças da cultura libanesa.

DE ENCHER OS OLHOS E O

ESTÔMAGOClientes apreciam

pratos com espetáculos

Ann

e Ara

újo/

/Com

Tex

to

84 85

Page 44: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

DE AÇOUGUEIRO À SUSHIMAN

Adriano Correia de 31 anos, nas-cido em Fatíma do Sul, tornou um empreendedor muito co-nhecido através de sua rede de Sushis em Campo Grande – MS.

Tudo começou em seu cargo anterior de açougueiro, quando o dono do local resolveu mon-tar um setor para comidas japonesas. Adriano gos-tou da ideia, pois já tinha uma pequena base em relação a culinária japonesa, através de sua madri-nha Madalena Massue que é de origem japonesa e que o ensinou alguns pratos típicos dessa região. Após alguns meses, o mais novo Sushiman começou a vender sushi por encomendas, principal-

mente para eventos como aniversários e casamentos. No ano de 2006, Adriano abriu sua primeira loja na Rua Pernambuco com a Arthur Jorge. Devi-do ao grande número de clientes, após 6 mesês abriu uma segunda loja na Marechal Rondon número 2202, com o nome de Madalena Sushi Bar em home-nagem a sua madrinha, além de já possuir uma noja no Shopping Bosque dos Ipês com direito a almoço.Logo veio o sucesso e ele tem explicação. Adria-

Dos conselhos da madrinha à empreendedor de sucesso

no foi o primeiro a trazer o rodízio de sushi para a capital, criando muitas variedades de sushi, sempre acrescentando o Cream Cheese (que é um dos ingredientes principais dos sushis de suas lojas). Os estabelecimentos possuem hoje, em média, 40 sabores, entre eles dez, doces. Os mais pedidos em seus rodizios são: Alca-pone (alga, arroz, gergelim, cream chesse, rúcula e to-mate seco), Califórnia(alga, arroz, gergelim, pepino, kari e manga), Filadelfia (alga, arroz,gergelim, cream cheese e salmão), além das porções de tilápia frita. Atualmente, Adriano possui três lojas: a Sushi Express da Rio Grande do Sul, 1523 - Jardim dos Estados, com horário de atendimento das 18:00 às 00:00; Madalena Sushi Bar, que fica localizada na Rua Marechal rondon, 2202; e a Sushi Express do Shopping Bosque dos Ipês com horario de atendi-mento das 10:00 às 22:00.

CULINÁRIA JAPONESA

A culinária japonesa foi inevitavelmente constituída devido à influência geográfica do país. O Japão é uma nação composta por 4 ilhas grandes e mi-lhares de outras pequenas. Durante muito tempo, os alimentos foram escassos, e o clima de fortes chuvas, somado com o terreno vulcânico e montanhoso, con-tribuíram para essa falta de nutrientes na gastronomia. Devido a esses fatores, a população se alimentou e construiu uma culinária com base em peixes e frutos do mar. Os japoneses tam-bém se disponibilizavam da caça para se ali-mentar, principalmente de veados e javalis.No século 3 a.C., chegou ao Japão o arroz, alimento que foi bastante difundido rapidamente. A influência foi do povo coreano, que repassou aos japoneses as técnicas de cultivo do arroz durante o período Yayoi. Depois disso, as plantações de arroz per-mitiram alimentar melhor os animais, e uma die-ta mais nutritiva baseada em carne pode ser cria-da. A população aumentou rapidamente, e em 100 anos, o arroz se tornou o alimento base para ser criado toda cultura gastronômica japonesa.

ANNE ARAÚJO

VIRADA BRUSCA

SUSHI EXPRESSNas três lojas do ex-açogueiro são oferecidos sushis doces e salgados

com mais de 40 sabores

Ann

e Ara

újo/

Com

Tex

to

86 87

Page 45: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

89

Desde a antiguidade o circo que trás consigo uma marca essencial de ex-pressões artísticas, parte da cultura popular que visa à diversão e o entre-tenimento dos espectadores. Referên-

cias desde a antiguidade do império romano o circo ganhava a vida fazendo atrações em ruas, casas de famílias nobres ou até menos anfiteatros, na idade média grupo de malabaristas, artistas de teatro e co-mediantes viajam cidades da Europa com apresen-tações. Em 1769 o circo ganhou o formato que te-mos atualmente, isso mesmo o verdadeiro circo aquele com palhaços, que se instalam em diversas cidades, estados e países trazendo em sua bagagem muita alegria e sabedoria. Resgatar as raízes é funda-mental e imprescindível, trazer a felicidade de uma criança com um simples sorriso que geram aquela gargalhada que ofusca o mais singelo gesto de ser feliz. O circo Dioni trás uma vasta tradição circense, sendo a 3ª geração a mais de 50 anos, quando em 1962 , Dioni Rompi iniciava sua carreira no circo, em Junqueirópolis, interior de São Paulo. Trabalho de muitos anos dedicados à vida ao circo, que so-brevive a mais de mil anos, Dario empreendedor circense e filho do fundador do circo Dioni, relatou algumas história vividas pelo circo, que hoje em dia

RESGATE ÀS RAÍZES ANTIGAS DESDE O IMPÉRIO ROMANOSer feliz nunca foi tão simples em dez dias

conta com 15 pessoas que difundem a tradição dia após dia, e claro com o laço e vinculo afetivo fami-liar. Uma Família que leva diversão a inúmeras fa-mílias de todo Brasil, mesmo com problemas que divergem o contexto do circo, como burocracias que instalações ao local desejado, sem apoio ou in-centivo de órgãos públicos, federais ou privados, e municípios o circo Dione caminha com as próprias pernas, comenta Dário. Sobreviver de circo na era da internet e games não é tão difícil como parece, apesar das pessoas hoje serem monótonas, alienadas demais com a nova era digital na onde as informa-ções são continuas, acesso a tudo em qualquer lu-gar ou tempo, o circo Dioni aposta na cultura como base essencial para tudo. É dez dias que ficam em algum bairro, promovendo suas atrações, por ser um circo menor não é necessária a contratação de novos funcionário como os circos maiores e mais conhecidos por aí, trabalho em equipe, unidos ven-cendo as barreiras, sempre atualizando e inovando suas apresentações. Os membros do circo Dione comenta a importância da segurança dos espectadores em seus shows, sendo vistoriado por corpo de bom-beiro, engenheiros, a lona que é trocado de 3 á 4 anos, custo alto equivalente a 45 mil reais, apesar de tudo o circo á a tradição. Frisando levar à alegria as crianças mais carentes, com preço acessível das apresentações, comidas e bebidas, estimulando- as a cultura. O circo Dioni já ganhou prêmios em pro-jetos como carequinha, circo itinerante relacionados a Funart, e mantêm a chama de coragem, perseve-rança, motivação, alegria principalmente em datas importante como a semana do Circo 27 de março, com promoções, atividades para as crianças e cla-ro os pais quando as trazem se tornam uma crian-ça novamente. O circo está passando por reformas nas suas dependências, para ajuda-los na sua como-didade de moradia, por serem viajantes ou nôma-des da alegria é necessário um pouco de conforto, e a mensagem do circo Dione é enquanto hou-ver o sorriso em uma criança o circo continua.●

LARISSA ALVES

O museu de arte contemporânea de Mato Grosso do Sul (MARCO), é compos-to por quatro salas, aonde recebem várias exposições. Todo ano o MAR-CO, abre quatro temporadas de expo-

sições, as mesmas são escolhidas por professores e críticos de arte, que se reúnem em fevereiro para compor a agenda do ano. Artistas de diversos luga-res do Brasil ganham oportunidades de terem suas obras expostas, por meio de um edital que o MAR-CO realiza entre os meses de Outubro á Janeiro.A primeira temporada de exposições deste ano,foi aberta no dia 14 de abril de 2015 e se encerraram no dia 16 de junho de 2015, a temporada esta sen-do marcado por obras de artistas conhecidos nacio-nalmente, as artes são diversas, porém associadas pela beleza artística, ela esta composta por colagens, esculturas, fotografias e impressões sublimáticas. Uma delas é a da artista plástica Buga Pe-ralta, de Bonito-MS, que pensando nos seus tem-pos de infância no Pantanal de Nabileque, deci-

Primeira temporada de exposições traz a diversida-de ao Marco

diu que homenagearia a Comitiva Pantaneira, por meio de suas esculturas feitas em argila, a amos-tra denomina-se "Comitiva Contemporânea".Buga trabalha com muito respeito ao meio am-biente, utilizando sempre que possível de mate-riais reciclados, ela utilizou na fabricação des-sas esculturas, utensílios de uso doméstico: uma faca, uma agulha de crochê, um rolo e uma tá-bua. A argila que ela utilizou, ela mesma produ-ziu, ralando e derretendo tijolos não queimados. Ela nos transporta ás estradas e campos de Mato Grosso do Sul, com sua obra detalhada e emo-cionante, nos fazendo lembrar das tradicionais co-mitivas pantaneira, do trabalho árduo do comissário, do ponteiro, dos rebatedores e dos peões de cula-tra, uma mistura de tradição e arte, que deu certo.Já o artista plástico Wagner Thomaz, traz na sua ex-posição "Sublimação", a impressão sublimática so-bre azulejo, sua idéia é levar as pessoas a perceberem o quanto Campo Grande se modificou em seus 115 anos, por variadas intervenções arquitetônicas, ele resgata fragmentos de uma memória urbana em ruínas. Wagner mostra através de fotogra-fias as construções abandonadas na Capi-

VAMOS AO MUSEU?

FERNANDA OSHIRO

DESORDEM E ARTE Fotografias de Wagner Thomaz mostra construções abandonadas na Capital

Fern

anda

Osh

iro

88

Page 46: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

90

tal, mostrando que muitas das vezes não en-xergamos o que acontece ao nosso redor.Sua escolha do suporte e da técnica é uma rela-ção do tempo e da memória da cidade: o azule-jo remetem á história da arquitetura, sobretudo á história do nosso passado; e as imagens aplica-das utilizando a técnica de sublimação, tendem a esmaecer e desaparecer com o passar do tempo. A amostra "Colagens Musicais" do artista plástico André de Miranda-RJ, mostra a arte em xi-logravura, um técnica de colagens de origem chi-nesa, durante os seus mais de 30 anos de ativida-de profissional, o artista buscou aprimoramento na linguagem xilográfica, e veio a apresentar trabalhos em que papéis colados desempenham um importan-te apelo visual, trechos recortados e colados de suas próprias gravuras, com aplicação de papéis colori-dos, visando a composição de novas imagens, inse-rindo trechos de partiduras originais, recriando as-sim sinfonias e verdadeiras composições musicais. As fotografias do fotógrafo Sebastião Sal-gado-MG, tomam conta da próxima sala, são fo-tos impactantes, no qual narram alguns confli-tos, como o do massacre de Eldorado dos Carajás (Pará 1996), onde 155 soldados da policia milita-rizada, armados de espingardas e metralhadoras, abriram fogo contra uma manifestação de campo-neses, em protesto pelo atraso dos procedimentos legais de expropriação de terras, entre outros pro-

blemas que sofriam os trabalhadores do campo. A exposição "Terra" leva o nome do livro publicado por Sebastião Salgado em 1997, o li-vro reúne 109 fotografias em preto e branco, nele o fotógrafo rerata a condição de vida dos traba-lhadores rurais, sem terra, mendigos, grupos so-cialmente excluídos e marginalizados no Brasil. Como não se emocionar com essa expo-sição, ao todo são fotos marcantes que nos le-vam a imaginar cada cena, a situação precária daquelas pessoas, das crianças, dos idosos, pes-soas esquecidas pelo mundo, que trazem em seu rosto a marca do sofrimento e do abandono. O Museu esta composto de obras mara-vilhosas, de grandes artistas, tem sido grande a visitação no local, segundo a coordenadora do MARCO Maysa Barros, diariamente o museu re-cebe visita de escolas e faculdades, "A educação cultural tem começar desde de criança, é preciso despertar o seu interesse pela cultura" disse ela. São inúmeras as pessoas que tem apreciado a exposição, segundo consta no caderno de ata do local, para dona de casa Miria Medeiros que vai visitar sem-pre o local diz, "O museu é um ótimo lugar para trazer os meus filhos, as exposições são linda" disse ela. ●

Uma vida desregrada, amante das noi-tadas, boêmio, poeta e um autêntico músico de “blues” é assim que Rena-to Fernandes ex¬-vocalista da banda Bêbados Habilidosos era conhecido.

Renato é natural do Piauí Estado de Teresina Ca-pital, mas foi aqui em Campo Grande Mato Gros-so do Sul que se destacou como músico. Foi Co-nhecido Nacionalmente pelo seu jeito peculiar de escrever e fazer músicas, contrariando a ló-gica de uma vida normal. Dificilmente pode-mos imaginar o músico como pai e mãe de uma menina. Mais foi isso mesmo que aconteceu. Renata Messa sua única filha, foi cria-da desde pequena com seu pai, hoje com 21 anos ela afirma que ele não morreu, porque os artis-tas são imortais, ”Ele foi um grande pai. A dedi-cação e o compromisso que ele tinha com a mú-sica me inspiraram e me fortalece para com que eu lute por aquilo que eu quero, ele não morreu sempre estará vivo em suas canções” disse ela. Soeli Oliveira irmã do musico também lembra os felizes momentos ao lado de Renato, “Meu irmão era muito carismático, meu confiden-te e conselheiro. Uma naturalidade única, um olhar aten-to, Renato era um “Mar de talento sem fim e trazia consigo uma legião de fãs. A maioria admirado pelas suas melodias os seus maiores se-guidores eram seus amigos e integrantes da banda, que viam em Renato como um exemplo de vida. Ele tinha uma percepção sem igual pra fazer música, cantava com a alma a maioria de suas musicas que eram compostas por momen-tos de sua vida. Seja em ocasiões felizes ou tris-

tes, tudo virava música, trazendo em suas com-posições a aquilo que chamamos da essência da música ou propriamente dizendo do “Blues”. O empresário João Bosco, amigo do músico, hoje é proprietário da loja “ROCK SHOW”, é tam-bém ex-integrante da banda que impulsionou a car-reira de Renato Fernandes ao sucesso a Blues Band que durante anos levava a boa música nos repertó-rios inspirados pelo Blues Americano, dado origem tempos depois as bandas Bêbados Habilidosos e o Banda do Velho Jack, bandas que fizeram grandes sucessos aqui no estado e no país. João fala como foi à convivência com Renato, “Foi muito legal. Um grande cantor e compositor um dos melhores do Brasil. Ele deixou um buraco, uma lacuna, que jamais será preenchida. Em suas canções ele con-seguia trazer toda a aquela vivencia do meio am-biente em que foi criado, passando para as poesias e transformando em música. Na última formação da Blues Band eu pude conviver com ele no palco. Re-nato era uma figura. Ele sabia que tinha uma com-posição diferente, que todo mundo tirava o chapéu pra ele”, - e continua dizendo -“Renato não gosta-va de ensaiar muito, ele dizia pra que ensaiar muito e ficar ruim, pois ele já sabia qual nota tocar, qual arranjo fazer, chegávamos lá no ensaio ele só pas-sava uma vez e pronto, parecia que tinha nascido pra aquilo, ele literalmente tinha o dom pro blues. A obra dele é imortal ”, afirmou o empresário. Rento Fernandes morreu no dia 16 de feve-reiro de 2015, aos 53 anos. Era inspiração para no-vos músicos e tinha milhares de seguidores nas redes sociais. E Parte da história de Renato foi contada em um documentário, assinado por Vinícius Bezenga. O título "Ele É o Blues" resume a importância do cantor e compositor para o estilo em Mato Grosso do Sul.●

O CORAÇÃO PARA! E O BOÊMIO SE CALA

MÚSICA DE LUTO

JOÃO GUANES

Fern

anda

Osh

iro

DESCONSTRUÇÕES Fotógrafo desperta a atenção para o cotidiano em exposição no

Marco.

Renato Fernandes: o legado e a saudade

Rep

rodu

ção/

TV M

oren

a

Page 47: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

BALLET CLÁSSICO NO PANTANAL

A dança começou no período da Pré--História, quando os homens batiam os pés no chão. Nas pinturas das ca-vernas pré-históricas, podemos ver a tentativa dos primeiros artistas em

mostrar o homem primitivo dançando instintiva-mente, usando seus movimentos e gestos para agra-dar ou acalmar seus deuses, pedir chuvas, curar doen-ças, agradecer vitórias, celebrar alguma festa, enfim, o homem dançava em cada manifestação de vida. Aos poucos surgiram intensidades de sons que podiam fazer outros ritmos com as mãos, através de palmas. Depois veio o surgimento da dança em con-junto, que era realizada por grupos em rituais religio-sos, em que as pessoas faziam agradecimento para os deuses do sol e da chuva. Caracterizou-se como a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de mo-vimentos e ritmos, criando uma harmonia própria. É a mais antiga das artes. Seu primeiro re-

gistro surgiu no Egito a dois mil anos antes de Cris-to. Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das co-memorações aos jogos olímpicos. No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças fei-tas em pares, como a valsa, a polca, o tango, den-tre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo mu-sical e, conseqüentemente, os ritmos das danças. Atualmente a dança esta voltada para sensualida-de, mais divulgadas nos países do oriente médio a dança do ventre, no Brasil o funk e o samba são os mais populares, mas podemos encontrar gran-des nomes que destacam no mundo do clássico ao contemporâneo como a renomada Bailarina Bea-triz de Almeida e a Ana Botafogo, grandes nomes que marcaram o mundo do ballet clássico mundial. Mato Grosso do Sul não é um estado tra-

Saiba quem é a bailarina sul-ma-to-grossense que é conhecida interna-cionalmente

TAMARA SAINZ

dicional quando o assunto é ballet clássico, o esta-do é rico nos mais diversos segmentos da dança, desde a dança de salão até o street dance, conhe-cido como dança de rua, mas poucos são os re-presentantes do gênero clássico aqui no estado. Na Capital um dos maiores nomes do gê-nero é a Beatriz Almeida bailarina da música clás-sica é consagrada internacionalmente. Bia como deseja ser chamada, iniciou seus estudos no Rio de Janeiro com os bailarinos Slava Goulenko, Ta-tiana Leskova e Dennis Gray. Ingressou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, de onde saiu um ano depois, para integrar o Balé de Stuttgart, na Alema-nha, após dois anos, foi-lhe confiado o papel prin-cipal do balé na canção A Megera Domada, con-siderado um dos clássicos no repertório do balé. Ela foi por vinte anos a primeira bailari-na, realizando turnês em vários países da Europa, Ásia, África e Américas. Dançou grandes papéis do repertório clássico e neoclássicos, inclusive pe-ças criadas especialmente para sua interpretação. De volta ao Brasil, se estabeleceu em Campo Grande (MS), trazendo sua experiência para os alu-nos de seu estúdio de dança. Na Capital, a bailarina hoje comanda o Estúdio de Dança Beatriz de Almeida, inaugurado no dia 8 de março de 1999, tendo como principal objetivo ensinar a arte da dança em sua ple-nitude, através de métodos consolidados na tradição e na estética do movimento corporal, onde se desen-volve o emocional, a técnica e o encanto artístico. Hoje, após 13 anos de trabalho, a dire-ção do Estúdio preocupa-se também, em capa-citar aqueles alunos que tem interesse e talen-to, a se profissionalizarem. Aos olhos da própria artista, o estúdio é um espaço “democrático”. “Ministro aulas de crianças de 4 ou 5 anos, até adultos de seus 35, até 40 anos de idade. Os beneficio são os mais variados, es-timula a disciplina, dedicação, respeito ao próximo e a superação, dentre outros fatores”, co-mentou Beatriz. Questionada de como ela vê o ce-nário do balé clássico no estado, a bailarina pondera. “Creio que o balé clássico em Mato Gros-so do Sul deva ser visto com mais seriedade, de

forma mais conseqüente. É notável que outros estilos, como o street por exemplo, já tem um es-paço maior, espaço este que também deve ser di-fundido ao clássico. Essa difusão é feita se hou-ver maior investimento no segmento, dedicação e empenho dos dirigente. No estado, quem faz, faz com carinho e dedicação”, completou a bailarina.

DO MS Beatriz Almeida foi por vinte anos a primeira bailarina, realizandoturnês em vários países da Europa, Ásia, África e Américas.

PROFESSORA A mulher que já andou pelo mundo

hoje dá aulas e busca repetir o sucesso com pessoas de 5 a 40 anos.

Foto

s: B

eatri

z Alm

eida

/Arq

uivo

pes

soal

Foto

s: B

eatri

z Alm

eida

/Arq

uivo

pes

soal

92 93

Page 48: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

LUZ NA RODÔ

Lugar onde foi palco de grandes emo-ções com a partida e chegada de pes-soas, a antiga Rodoviária de Cam-po Grande, vive novas emoções. Por muito tempo desativada, o local já era

conhecido como a crackolândia do pantanal, por causa do vasto numero de usuários de entorpecen-tes que freqüentam seus arredores, tenta viver um momento diferente e respira cultura mais uma vez. Luz na Rodô, esse é o nome do evento que anda movimentando as ruas da capital com um ar cultural por todo canto da antiga rodoviária. Como “o próprio nome diz, o evento luz na rodô tenta tra-zer de volta ‘‘luz” ao local, com diversas atrações como apresentações de teatro, artes marciais, músi-ca, grafite, cinema, danças de salão e grupos folclóri-cos trazendo danças paraguaia, boliviana e até mes-mo japonesa, os visitantes também puderam contar com as salas de fotografia, literatura e artes plásticas. A gastronomia também esteve representada com as meninas da companhia - Flor do Mato Cozinha Ve-getariana. Esse ano o evento que aconteceu no último mês de maio, recebeu mais de 3 mil visitantes e teve um começo nada fácil. Segundo Heloisa Cury, cria-dora do evento, no começo foi difícil tirar a ideia do papel, “Muito difícil, sem muito dinheiro. Lutar con-tra rótulos, só tinha minha credibilidade para ofere-cer e as pessoas foram chegando aos poucos. No pri-meiro vieram poucas pessoas, umas 300, e depois foi aumentando. Hoje é um evento esperado por todos”. E acrescentou: “o melhor é que estamos vencendo o preconceito e novos empresários estão olhando com olhos de bom negócio”. A ideia de criar um even-

to que o foco principal é promover a arte, feita de maneira autônoma por pessoas ligadas a esse meio surgiu da necessidade de atrair novos olhares para o

BEATRIZ ARRUDA

Com uma atração cultural quem tem a nossa cara a capital sul-mato-grossense volta respirar arte.

ESTILO Em 2014, evento 'Luz na Rodô' reu-niu mais de 3 mil visitantes.

prédio tão estigmatizado e esquecido, o objetivo era fazer com que as pessoas acreditassem poder voltar a frequentar o lugar, já que muitos campo grandenses tem esse desejo de que o prédio volte a ser frequen-tado com cultura e lazer, como diz a universitária Kelita Camposano: “ajuda muito um projeto assim em Campo Grande, pois acrescenta bastante ao atu-al cenário cultural da cidade, além de diminuir con-sideravelmente a criminalidade por ali”. Heloisa diz também que na parte ‘’fashion’’ do projeto decidiu escolher os estilistas mais antenados e formadores de opinião da região, pois como a moda ainda é pre-terida por aqui, precisamos valorizar a cultura local e mostrar o que temos de bom para oferecer. Os estilistas escolhidos foram: Renan Man-donça – Capela, Douglas Sanabria – marca Douglas Sanabria, Haute Couture e por ultimo, mas não me-nos importante, participando pela terceira vez do Luz na Rodô, Lauren Cury e Nara KN lançam a Mar-ca Vitral nesta edição, uma união do ateliê Belotra-po e brechó Gaveta e afins, com peças sustentáveis e atuais feitas para a mulher moderna e despojada que está acostumada as mudanças de clima da capital, a Vitral trás peças que alcançam esse equilíbrio sem deixar a elegância de lado. Com o objetivo de ilus-

trar esse conceito a Vitral buscou mulheres do nosso cotidiano e de diferentes biotipos para mostrar que a moda pode ser feita para todas. Uma das convida-das, foi à cantora Marina Peralta, que também apoia o projeto e falou um pouco sobre o evento: "o even-to é um grito na minha opinião. Um grito pedindo atenção para o espaço histórico da cidade, que foi abandonado e por muitas vezes impedido de ser uti-lizado para fins de arte cultura e lazer. Os trabalha-dores da cultura tem passado por um momento de luto na cidade, e o espaço da antiga rodoviária faz parte dessa negligência. Eventos que ocupem esses espaços são fundamentais. Ver a união de segmentos de arte e de artistas é lindo e revigorante. Quanto mais, melhor." e ainda pontuou: "bom fazer parte mais uma vez, eu que já vivi momentos especiais ali no prédio, dessa vez desfilando pela marca Vitral" finaliza a cantora. Para quem curte moda e gosta de estar por dentro do que acontece na cidade, Heloisa Cury já adianta para a ComTexto que pretende lançar em se-tembro um evento exclusivamente de moda e afins. Por enquanto, a ideia ainda está em desenvolvimen-to, mas para os "fashionistas" de plantão, posso dizer, aguardem novidades por aí...

FASHIONVitral buscou mulheres do nosso cotidiano e de dife-rentes biotipos para mostrar que a moda pode ser feita para todas.

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

94 95

Page 49: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

A MULHER NEGRA E O SEU ESPAÇONA MODA

Contrariando regras e no contraponto da ditadura da moda que existem nos dia atuais, e que antes era motivo de vergonha, hoje é um grito a liberdade. Criando suas próprias regras ou derru-

bando todas elas e indo de encontro com tudo o que está imposto por aí, a mulher negra tem encontra-do seu lugar ao sol, ou melhor, seu lugar na moda, assumindo suas raízes e criando seu próprio estilo.A estudante de design de moda, Vanessa Pereira, conta como foi a descoberta de seu estilo e a acei-tação de sua auto-imagem, um drama que muitas mulheres negras enfrentam quando resolvem traçar esse caminho, segundo Vanessa desde a infância sempre sofreu com piadinhas e chacotas por ter um cabelo tão volumoso. Mais tarde, já na faculdade, aprendeu a aceitar-se com incentivo das amigas, e foi pesquisando grupos de cabelos cacheados, blo-gueiras e inclusive produtos corretos. “Então, antes eu não enxergava o poder do meu cabelo. E agora vejo que com tudo ele combina e dá certo. O meu estilo eu comecei a desenvolver no ensino médio quando tomei gosto pela moda, aí decidi entrar na faculdade e isso foi me moldando e ajudando a definir ou a me encontrar, num estilo que de fato eu gosto e que tenha personalidade”, disse ela. A mulher negra que antes era quase invisí-vel na história, hoje tem sido representada em peso, tanto nas passarelas de Hollywood como a nossa querida LupitaNyong’o que com seu papel em 12 anos de Escravidão conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante, entre outros prêmios do cinema, e pouco depois foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista People, que além de tudo isso também é um ícone da moda, como diz a Vanity Fair como uma das mulheres mais bem vestidas do tapete vermelho. Mas não é preciso ir tão longe à busca de representatividade e inspiração, a blo-gueira brasileira, Magá Moura, chama atenção com suas tranças e seu estilo cheio de personalidade, um esportivo misturado com peças elegantes e cores vibrantes, e sempre de tênis. Outra delas que também andou causan-do por aí é a modelo, Malana de Freitas, há 5 anos

no mercado, a paulista fez seu primeiro desfie em 2010, e de cara foi eleita como o melhor corpo das semanas de moda brasileiras de verão. Fora das passarelas, ela diz que adora passear entre o drama e o rocker, com make escura e produções dark e como disse em entrevista a revista Donna, beleza é “ser você sem precisar parecer ou imitar alguém’’. Fica a dica garotas! Seja por querer estar na moda, ou por um ato político, o importante é se sentir bem e quebrar estereótipos. Pois como um dia foi dito: “A moda se vai, mas o estilo permanece”.

OLHA O MODELITO Abaixo, a repórter que vos escreve nesta matéria: Beatriz Arruda.

Div

ulga

ção/

Luz

na R

odô

Hus

sein

Cha

laya

n/D

ior

A mulher negra que antes era quase invisível na história, hoje tem sido representada em peso

97

Page 50: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

NO MUNDODA MODA

No atual mundo dos negócios, a glo-balização e o alto nível de concor-rência fazem aumentar a necessidade que as marcas tem de se reinventar. No mundo da moda, esses desafios

também se aplicam aos empreendedores que se es-forçam para acompanhar as tendências vestuários.A internet é uma ferramenta muito importante para as vendas de roupas, principalmente paras as pequenas empresas, pois uma loja pequena geral-mente não é muito conhecida, é nessas horas que a criatividade faz toda diferença, pois as mulheres são fascinadas por roupas, basta você saber ter um

jogo de cintura e inventar looks, fazer devidas pro-moções e pronto, seu público está feito. E a claro que o empreendedor não pode, em hipótese algu-ma se acomodar, as tendências vêm e vão e você precisa estar por dentro antes mesmo dos clientes. Hoje em dia as pessoas estão investindo tam-bém em roupas, sem abrir loja, elas acreditam que o lu-cro é maior e assim mantendo até dois empregos, mui-tos têm seu próprio veículo e dali sai para suas vendas. No mundo atual a moda vai até você, seja ela por sacoleiras ou por SEDEX, pedidos feitos pela internet, o universo do vestuário está crescen-do cada dia mais, seja ela para as compras ou pa-ras as vendas, caso pense em investir nesse ramo, faça um curso no SENAC e procure se aprofundar nesse negócio para não ter problemas futuros.●

ADRIANA XIMENES

Criar, inventar, modificar e vender: como quem produz peças em casa deve se portar diante de um mundo tão moderno e veloz

Vane

ssa

Pere

ira/A

rqui

vo P

esso

al

EXPOGRANDE 2015CAMPO-GRANDENSES LOTAM PARQUE LAUCÍDIO

Tamanha era a expectativa para a re-alização de um dos eventos mais es-perado da capital sul-mato-gros-sense, a 77ª edição da Exposição Agropecuária de Campo Grande.

A Expogrande 2015 trouxe a popula-ção vendas de roupas, leilões, espaço infan-til, shows e muito mais. Foram cerca de 100 ex-positores comerciais, 1.600 animais inscritos para julgamentos e exposição, 40 leilões e pre-visão de negócios em torno de R$ 600 milhões. Promovida pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso o Sul), no local, foi possível encontrar um roteiro gastronômico va-riado, com pasteis, doces, salgados, bebidas e nesta edição teve até trailer itinerante de comi-

da japonesa, que veio lá de Ribeirão Preto (SP). Os shows como sempre, foi o momento mais es-perados pelo público, que lotou o Parque Laucí-dio Coelho. Neste ano teve a Banda Malta, Jorge e Mateus, banda Bella Xu (aqui da capital), Thia-guinho, Matheus e Kauan, Almir Sater (aqui da capital), Zezé Di Camargo e Luciano, Gusttavo Lima e Bruninho e Davi também daqui da capital.A dupla sertaneja Jorge e Mateus, novamente veio a Campo Grande e agitou o sábado campo-gran-dense. O show da dulpa teve maior recorde de público da Expogrande 2015. “Amamos eles, sem-pre quando fazem shows aqui eu e meu namora-do vamos”, diz Caroline Souza, 23 anos, estudante. A 77ªExpogrande teve início no dia 23 de abril e se encerrou no dia 03 de maio.

ANNE ARAÚJO

98 99

Page 51: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

HARRY POTERGabriel Venzi se inspirou

no filme do bruxo mais famoso do planeta

para produzir a fotoGab

riel V

enzi

Quando o assunto é fotografia Gabriel Venzi é mestre no que faz, nasci-do em Juiz de fora, Gabriel herdou dos pais a forte sensibilidade para a Arte, Design e Fotografia. Sua mãe

tinha uma câmera semi-profissional e ele começou a mexer e estudar sozinho os recursos sobre foto-grafia e acertou com a luz e adicionou o seu olhar. Desde então, nunca parou de clicar. Até poderia ter havido uma grande reviravolta e ele ter decidido ser um excelente médico, mas não era para ser, os desenhos que ele ia criando com os anos deixavam cada vez mais distante esta possibilidade, melhor para todos nós que hoje vibramos com os fantás-ticos trabalhos que ele tem realizado e por ele ter impulsionado o nascimento deste grande projeto chamado Benficanet, “Comecei a ter contato com a fotografia dois anos atrás, no inicio de 2013, quan-do criei uma conta no Instagram. Sim, por incrí-vel que pareça, comecei a fotografar por causa do

Entrevista com

Gabriel Venzi/Auto Retrato

instagram! Tirava foto de tudo, tudo mesmo, com o celular, que nem era tão bom. Desde o cachorro na varanda de uma casa, até a florzinha no meio de um arbusto. E esse gosto foi crescendo, até que comecei a ser o ‘fotógrafo dos amigos’, sabe? Aquele que sempre junta todo mundo pra tira as fotos quando a turma se encontra e nunca deixa nada acontecer sem uma foto pra guardar (ainda sou esse cara). Um dia, peguei a câmera semi-profissional da minha mãe durante uma viagem que fazíamos, e chamei minha prima para fazermos umas fotos. Estávamos na praia e então fiz o meu primeiro ensaio de ver-dade. Depois disso fiz mais algumas coisinhas aqui e ali, até que, em fevereiro de 2014, fui chamado para fazer parte do blog Bandalho (www.bandalho.com). Dois meses depois comprei a minha própria câmera, uma Canon t3i, que uso até hoje” disse ele. O fotógrafo ainda afirma que todos amam ser fotografados e pra ele fotografar é como um hobby, “Eu mesmo levava a fotografia como um hobby. Na verdade, acho que a fotografia é um hobby até mes-mo para os profissionais. Não conheço alguém que não goste de ser fotógrafo, pois é algo que se ama, e

MATHEUS RIBEIRO

"Acho que a fotogra-fia é um hobby. Não conheço alguém que

não goste de ser fotógrafo", diz

GABRIEL VENZI

O FANTÁSTICO FOTÓGRAFO QUE COMEÇOU NO INSTAGRAM

100

Page 52: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

Livros pra colorir que viraram sensação entre adultos

A arte de colorir desenhos, muito praticada por crianças, recente-mente virou febre entre os adul-tos que usam essa ferramenta como um meio de aliviar o stress.

O sucesso dos livros para colorir começou em Londres, no ano de 2013, com a publicação dos livros “Floresta Encantada” e ”Jardim Secre-to”, da ilustradora escocesa Johanna Basford. Ela percebeu que os pais adoravam colorir os li-vros infantis juntos com os filhos, foi então que decidiu criar as obras ricas em detalhes, ela-boradas à mão e prontas para ganhar cores. O objetivo principal desses livros é dis-

trair, aguçar a criatividade e aliviar o estresse. E a ideia dos livros para colorir deu tão certo que virou febre mundial, o livro “Jardim Secreto” já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares, enquanto o li-vro “Floresta Encantada”, só nos quatro primeiros meses deste ano, vendeu mais de 200 mil exempla-res. As duas publicações de Johanna Basford, estão entre os livros mais vendidos no Brasil em 2015. Aqui em Campo Grande, a arte de colorir também conquistou os adultos. Além dos livros da ilustradora escocesa, outras publicações similares ganharam o mercado e estão fazendo parte do dia a dia de muitos profissionais que aderiram à “brin-cadeira” de pintar pra se distraírem um pouco. É o caso da blogueira Raquel Araújo, do blog Palpite de Luxo, que sempre está por dentro de tudo que é ten-dência. Ela conheceu a arte de pintar através das re-

JULIANA MIYUKI

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

Foto

: Jul

iana

Miy

uki

é depois desse amor que você resolve fazer da foto-grafia o seu sustento. Então mesmo que como traba-lho, ser fotógrafo é realmente trabalhar com oque se ama. É como uma criança vivendo da sua brincadei-ra favorita” afirmou.

1) Você já fez algum curso ou aprendeu tudo sozinho? E qual foi a sua maior experiência?Sou autodidata, até hoje não fiz um curso, porém tenho muita vontade de fazer. Tudo o que aprendi, aprendi sozinho, pesquisando, assistindo tutoriais, fuçando aqui e ali. Na verdade, já fiz um curso de Photoshop, que durou uma semana, mas eu sabia mais do que o professor, pois mexo no photoshop desde os 11 ou 12 anos de idade, então só valeu mesmo como experiência. Acho que ainda não tive uma experiência muito fantástica na fotografia. Pra mim, tudo que recebo em troca do faço é extrema-mente gratificante. Mas posso citar a viagem para a Europa no ano passado, que com certeza é uma coisa maravilhosa para qualquer fotógrafo. Poder conhecer outros lugares, registrar pessoas, culturas e momentos diferentes do seu cotidiano é uma expe-riência realmente inspiradora.

2) "Uma imagem vale mais que mil palavras". Concorda? Se sim, por quê? Sim e não. De fato uma imagem chama mais atenção aos olhos, é mais objetiva e capaz de transmitir o que mil palavras po-deriam contar. Mas acho que o texto tem seu espaço e sua força, pois nem todas as pessoas possuem a visão necessária para captar a mensagem que uma imagem tenta transmitir. Então acho que um não vale mais que o outro, na verdade as duas coisas andam juntas, pois um texto é capaz de explicar uma imagem e uma imagem é capaz de explicar um tex-to.

3) Qual foi o ensaio que você mais gostou fa-zer? Com toda certeza, fotógrafos estão sempre se renovando e melhorando suas técnicas e seus olha-res. Todos os ensaios que fiz são os meus favoritos. Cada novo ensaio se torna o meu favorito, então é difícil dizer. Durantes os ensaio tento sempre man-ter uma atmosfera descontraída e amigável, termino

as fotos e já sou amigo íntimo da modelo! Nunca passei por situações desagradáveis ou algo do tipo. Mas, tendo que escolher um entre todos, eu diria que o The Black Dahlia foi o que mais me surpre-endeu, tanto durante o ensaio como depois com as fotos finalizadas.

4) Quais são os teus objetivos para o futuro? Costumo dizer que meu mundo fotográfico é divi-do em duas partes: Moda e Fine Art. Minha meta é ser um fotógrafo reconhecido, talvez nem precise ser mundialmente, mas quem sabe trabalhar numa VOGUE da vida e continuar fazendo minhas foto-grafias Fine Art, fazendo exposições e vendo-as.

5) E para finalizar, o que diria para uma pes-soa que está começando com a fotografia agora? Faça por você mesmo. Se você ama foto-grafar e quer isso para a sua vida, faça por gostar e não pelo o que os outros vão achar ou dizer. Fo-tografia é uma coisa muito pessoal, então antes de qualquer outra pessoa, você é o seu próprio crítico, público e admirador.●

Gab

riel V

enzi

WILD TIMES É o nome da foto. Gabrielcomeçou no Instagram e

não parou mais

102 103

Page 53: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

JARDIM SUSTENTÁVEL

Sustentabilidade é a palavra de ordem do mo-mento. Há quem diga que é apenas um mo-dismo, mas na verdade o reaproveitamen-to de materiais é uma necessidade e é uma forma de soltar a criatividade reciclando.

E pensando em preservar o meio ambien-te e tornar único o espaço externo da casa é que a

designer de interiores, Hermela Cris, usou e abusou da criatividade para montar um jardim com deco-ração totalmente sustentável. “O jardim começou a ser preparado em 2014. Foi um trabalho demorado, pois eu precisei ir juntando os materiais para depois começar a montar tudo”, disse ela. Passeando pelas ruas de Campo Grande a Hermela foi recolhendo materiais que eram consi-derados lixo. Em cada passeio, novos materiais para criar. Com tudo em mãos e mais algumas coisas que

Uma ideia simples, para uma decoração incrível!JULIANA MIYUKI

des sociais e passeando por uma livraria do shopping adquiriu o livro “Mãe, Te amo com todas as cores”. “Todo mundo estava fazendo aquele da Floresta Encantada e Jardim Secreto e quando eu vi esse li-vro Mãe eu te amo, eu gostei muito dos desenhos”. Raquel já coloriu praticamente o livro todo, compartilha cada desenho pronto nas redes sociais e faz o maior sucesso entre as seguidoras. A artesã Isabel Cristina Guimarães Lacerda Dias, de 57 anos, também está colorindo. Ela ga-nhou o livro no dia das mães e o pedido da filha foi para que ela começasse a colorir para ficar me-nos estressada. E a Isabel diz que funcionou sim.

“...quando você começa a pintar, não quer parar. É muito gostoso e você pode usar sua criatividade, pode pôr a cor que você quiser, do jeito que você quiser. To adorando pintar. Se eu pudesse pintaria direto... pra quem ainda não conhece, eu recomendo esses livros.” A busca pelos livros é tão grande que em al-

guns locais, como na Arquitécnica, uma loja espe-cializada em artigos para artesanato e arquitetura, além de vender diversos livros para colorir, eles ain-da oferecem o curso pra quem tem mais dificuldade em pintar. O professor de pintura e desenho artísti-co, Rodrigo de Albuquerque, responsável pela aula, conta que nos últimos meses a procura pelo curso tem sido maior por parte dos adultos. Ele já atendeu cerca de 20 alunos só para aula do livro para colorir. Mas mesmo com tantos depoimen-tos, será que os livros são realmente anties-tresse? Será que eles realmente funcionam? A psicóloga Monica Wander-ley explica que a atividade de colorir aju-da sim a distrair e aliviar o estresse, mas aler-ta para que isso não se torne um novo problema.

“Esses livros viraram febre coletiva. Essa ativi-dade lúdica alivia as tensões e muda o foco do es-tresse. Mas o que tem que ter cuidado é que não pode ultrapassar o limite e ficar obsessivo”.●

FEBRE Livros para crianças conquistam adultos. Foto

s: Ju

liana

Miy

uki

Foto

s: Ju

liana

Miy

uki

104 105

Page 54: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

um charme especial ao canteiro. A parede branca, simples, ganhou vida com a ideia da Marcia em con-junto com a arquiteta que projetou o local. Pensando em reaproveitar uma janela e calhas que sobraram da construção elas fizeram uma horta vertical e ar-gumenta “A ideia foi surgindo do próprio material da construção”. As garrafas pet foram pintadas, ganharam cara nova e tornaram-se funcionais, com temperos plantados bem ao alcance das mãos, sem ocupar espaço. E o visual delas expostas nas paredes ficou incrível. A Marcia destaca a importância de levar ideias de práticas sustentáveis e explica que é sim-ples construir a sua própria horta sustentável em casa. Pra quem não tem tempo de cuidar de cantei-ros, a opção de plantar em pneus é uma ótima solu-ção. Inclusive, não precisa esperar os pneus do seu carro ficarem velhos para então poder aproveitá-los, os pneus podem ser recolhidos em borracharias que geralmente fazem doações, pois eles também preci-sam destinar esse material corretamente para que os mesmos sejam reaproveitados ou reciclados. Para quem mora em apartamento ou tem pouco espaço externo, a sugestão são as hortas ver-ticais iguais às que a Marcia construiu com garrafas pet, calhas, pallets e arames.

SIMPLES E ELEGANTE Boas ideias com itens que iriam para o lixo transformam ambiente

ela já tinha em casa, bastou comprar um pouco de tinta, cola, lixa e pincéis para começar a transforma-ção. O estilo escolhido para decorar o jardim foi o Shabby chic, inspirado na decoração de casas de campo inglesas, que misturam elementos modernos com os antigos, utilizando cores claras e suaves. A cabeceira da cama e o estrado viraram um lindo assento, também conhecido como namoradei-ra. As almofadas foram feitas pelas mãos da Cris que com um pouco de tecido que tinha em casa, perso-nalizou o assento. Com a técnica de decoupage o tambor de leite ganhou cara nova e recebeu um es-paço especial no jardim. As caixas de feira que iriam para o lixo foram utilizadas para compor o ambiente de forma funcional, servindo de apoio para vasos de flores e para guardar utensílios. Nas paredes, as molduras de quadros antigos ganharam uma repaginada e se transformaram em uma decoração para floreira e jardim vertical. Ainda na parede a designer aproveitou mais uma cabecei-ra de cama antiga para criar um lindo suporte para flores. Os pisos que restaram de uma reforma foram colocados nas paredes, bem ao lado do que parecem quadros, mas que na verdade são tampas de cestas café da manhã que foram pintadas. Carrinho de mão e pallets completam o ambiente e dão um toque rústico à decoração. O jardim foi se transformando com o tempo e a Hermela foi aperfeiçoando cada detalhe. Até o coador de café virou flor, uma rosa, no jardim dela.Quem vê o ambiente aconchegante nem imagina que tudo foi feito com lixo, com o que para muitos era lixo, mas que para a designer são materiais pra serem moldados. A Cris não gastou quase nada e decorou praticamente toda a área externa da casa de forma sustentável e do jeito que ela sempre sonhou. Do outro lado da cidade, no Bairro São Fran-cisco, a empresária Marcia Chiad, proprietária de um recanto orgânico também apostou na decoração sustentável. O que era pra ser somente uma horta simples em torno do restaurante virou parte da de-coração, “A empresa já tem 14 anos, a gente come-çou com um trabalho pequeno com uma proposta

educativa de mostrar a importância de ter tempe-ros em casa. E nesse trabalho pequeno de ensinar a cultivar, como o nosso foco é o produto orgânico, e o orgânico está associado à sustentabilidade, então porque não reaproveitar materiais que iriam para o lixo?”, disse ela. Quem visita o recanto se encanta com o verde e se sente mais próximo da natureza. O local é tão encantador que nem parece estar dentro de uma cidade. A riqueza de detalhes da decoração está es-palhada em todos os cantos do restaurante. No chão, os pneus de carro que foram doados de borracharias fazem a divisão do espaço de cada planta e ainda dão

CRIATIVO Cabeceira de cama vira assento e mol-dura antiga para quadro foi trasformada

em suporte para vasos de flores

Foto

s: Ju

liana

Miy

uki

Foto

s: Ju

liana

Miy

uki

106 107

Page 55: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

FALTA DE AMORcom AnaGabrielle Brandão

Vivemos em um mundo onde as pesso-as estão desiludidas, desacreditadas e sem esperanças, o belo virou cafona, o errado se tornou normal e amor não passa de uma coisa superficial. Nos-

so valor se resume as curtidas que recebemos, ou quantos seguidores temos numa rede social. Como se pudéssemos encontrar um sentimento virtual que substituísse o sentimento real que existe dentro de nós. Não importa quem eu sou, importa o que eu tenho ou o que aparento ter e sentir. Vivemos num mundo onde fingir ser feliz e “arrotar” na cara das pessoas essa falsa felicidade já se tornou tão normal que nem é visto como falta de educação, a gente nunca sabe se existe sentimento de fato por trás das centenas de declarações de amor, por vezes acom-panhadas de veladas traições. Ou até mesmo aque-le grito de liberdade, de que todo mundo se vira muito bem sozinho e não precisa de uma compa-nhia, não precisa de amor, nem parceria. Criamos uma distorção do que é real, banalizamos o poder transformador de amar alguém, porque um dia fo-mos traídos, enganados, iludidos e machucados. Incrível como nos parece tão mais fácil se conformar com traições e viver nossa vida de uma maneira infeliz, do que lutar contra esse mal e correr o risco mais uma vez, ir em busca da verdadeira fe-licidade... Defendemos os ideais de quem luta pelos sonhos, de quem acredita em si mesmo e consegue agir diferente, mas não queremos mover um único

passo do lugar em que estamos. Nossos sonhos se tornaram fúteis ao ponto de um simples clique no Google, youtube, facebook. As traições também tornaram-se mais fáceis, agora podemos trair sem beijar, sem tocar, simplesmente trocando fotos e palavras que ninguém vai saber depois de um sim-ples clique para excluir ou deletar essas conversas. Música boa hoje é aquela que fala de curtição, cachaça e desapego. Trocamos nossos livros de ro-mance, suspense e fantasia, pelas novelas onde nin-guém é de ninguém, a família não existe mais e onde o preconceito existe de uma forma muito bem disfar-çada, mas que incentiva e até cria ideias na cabeça dos desalmados homofóbicos. São tantos fatores que influenciam nossa opinião, a mídia, as influencias, as decepções e deixamos de lado aquela vontade de se apaixonar, de ir à busca de um amor para vida toda. Afinal, o que é amor? O ser humano conse-gue estragar até mesmo aquilo que sempre quis, por não ser exatamente do jeito que sempre sonhou, por não ser compatível aquilo que tanto idealiza. Não é difícil conviver com outra pessoa, o que é qua-se impossível é se encaixar nas idealizações dessa outra pessoa. Poucos amam o real, em todo rela-cionamento um quer mudar o outro, um pouquinho aqui, um pouquinho ali, mudanças que não acabam, insatisfações que não tem fim. É duro lidar com a falta de delicadeza dessas pessoas que colecionam decepções, frustrações, enganos e cicatrizes. Gente que teve que desaprender a confiar, para aprender

a ser feliz. Não existem mais amores como os de infância, sem posse, sem medo e sem tantas cobran-ças. Combater a sensação de que ainda não é sufi-ciente é um desafio constante. Nunca é o bastante. Há sempre a sensação de poder encontrar alguém mais compatível, ou mesmo de que ainda existem tantas pessoas para conhecer. Uma busca desenfrea-da por uma perfeição que não existe. Uma cobrança por um conjunto de qualidades que ninguém possui. Injusto. Enganamo-nos, dizendo não acreditar mais em príncipes encantados, na verdade, só mudamos o perfil de príncipe e de princesa, (afinal esse fa-tor não atinge somente mulheres). A exigência vai de corpo a caráter, cada qualidade e defeito sen-do pesados criteriosamente numa balança fria. Eu também já fui doente disso. A cura foi um processo lento, aceitar que se trata de um conflito interno e não de um problema dos outros é demorada. Antes de cobranças absurdas, precisei meditar: - “Eu sou tudo isso que espero?” “Eu faria diferente no lugar do outro?”. Quase nunca sou, quase nunca faria. A batalha é travada contra nós mesmos, nossos maio-res aliados e inimigos. Porque o amor só entra em quem, deixa entrar. E não me refiro à porta aber-ta, é necessário ser receptivo. Só permanece em quem sabe cuidar, é preciso aprender. Acredito sim no valor inestimável e sorte grande que é encontrar um amor. Quando as pessoas falam de amor, ima-ginamos um sentimento diferente de qualquer ou-tra coisa no mundo, deve ser pensar o dia todo em

alguém e não ter paz longe dessa pessoa deve ser algum tipo de entorpecente extremamente satisfató-rio, que dizem que faz bem e transforma as pessoas. Mas, então, um dia o amor chegou em minha vida e me trouxe paz, alegria e tranqüilidade. Trouxe a vontade de estar ao lado de alguém, mas de con-tinuar vivendo minha própria vida, procurando me-lhorar todos os dias porque agora eu sei que alguém irá notar. O amor chegou num frasco belo, mas tão normal quanto qualquer outro, como se não houves-se nada além do óbvio e clichê de qualquer ser hu-mano, mas aí educadamente ele me cuidou e antes de me provar o quão merecedora eu era, esse senti-mento transformou minha forma de enxergar o mun-do e todas as outras pessoas, fez-me entender que só podemos oferecer aquilo que existe dentro de nós. Então concluí que ninguém no mundo pode me dar amor, ou ser o meu e o seu grande amor se antes nós não tivermos amor próprio e amor ao pró-ximo, se antes não encontrarmos um motivo maior e verdadeiro como ajudar as pessoas, fazer o bem sempre que pudermos, dar o melhor a qualquer pes-soa que se aproximar e sonhar em transformar o mundo, compreendi então que o amor chegará para todos que o quiserem, mas primeiro ele entra dentro de nós, transforma o nosso mundo, nosso caráter, aquilo que somos como seres humanos e só depois ele chega através de uma pessoa. O amor não pre-cisa ser perfeito, porque eu não sou, nem você é. O amor só precisa ser real, assim como nós somos.●

Ana

Car

olin

a/A

rqui

vo p

esso

al

108 109

Page 56: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

O EGOÍSTA ANATÔMICO ALTRUÍSTAA divisão desvelada pelo, dito, pai da sociologia e os últimos momentos daqueles que decidiram assassinar a si mesmos.

Mesmo que o título sugira, esses três perfis não se encaixam à so-mente um mesmo indivíduo si-multaneamente e mais abaixo ve-remos isto.

Século XXI, era do desenvolvimento, das conquistas, dos movimentos sociais, da informação, dos avanços tecnológicos, dos fenômenos midiáti-cos, onde sua opinião pode ser replicada em um con-tinente e corroborada em outro em poucos minutos, por diversas pessoas, uma era em que todos "falam" a mesma língua e não há impedimentos em se tratar de todos os temas que envolvem a vida humana. Se-ria isso quase verdade, não fosse uma palavra que, quando pronunciada por alguém, seu interlocutor já

trata de se armar. Tabu. E mesmo não sendo um dos maiores, o suicídio, hoje, ainda está nessa categoria, não por si mesmo, mas por tudo aquilo que se tem de conceitos, causas e consequências que acompa-nham tanto quem o comete quanto os que o cercam, tudo isto, mensurado pelos dogmas culturais e dou-trinários de cada região ou cultura. Mas até que se chegue ao ato propriamente dito, cada indivíduo passa por um estado, até que se finalize em uma cura, apenas tentativas ou o fim de sua própria vida com métodos eficazes. De qualquer forma, essa condição é um dos maiores motivos para o homicídio de si mesmo. Depressão.Quem nunca ouviu alguém dizer, "fulano está com depressão" ou "dizem que fulano está assim porque está com depressão!", realmente não viveu neste sé-culo que vivemos.

JESSÉ MARTINS

Jess

é M

artin

s

A cada ano, o índice de pessoas acometidas pelo "mal do século" vem aumentando de forma que nos leva a imaginar que em algum momento no futuro distante, se não houver reduções, as pessoas vão ser dividas em duas classes; "depressivos e não depressivos", vai ser quase que um item a ser preen-chido em currículos e portfólios. Vamos abrir um parêntese aqui para o ter-mo "mal do século". Se buscarmos na história a sua utilização, vamos observar que ele teve sua utiliza-ção para designar as obras e os artistas do período que corresponde ao Romantismo, mais ou menos no século XVIII. Nesse período, percebe-se uma contraposição ao "sensato" neoclassicismo, ele veio com uma proposta mais melancólica, obscura, que se fazia oportuna junto as emoções de seus artistas e observadores. Pode ser notada, a exteriorização das emoções mais depressivas, místicas e até pessimis-ta nos artistas desta época. Mas o ponto a que que-remos chegar aqui, é que justamente, a utilização deste termo vem para fazer alusão a uma patologia que tem acometido a população mundial, que, sob a grande opressão contemporânea de que tudo deve ser "pra ontem", não possui tantas opções para cana-lizar suas frustrações, decepções e expectativas nas mais diversas áreas de sua vida. Voltando então, ao que diz respeito à de-pressão, vamos explicar que não vamos aplicar aqui tantos números e estatísticas divididas e subdividas para revelarmos números catastróficos que apontam, quase sempre, para um índice ascendente, e vez ou outra, depuram soluções pouco palpáveis a pessoa que se vê, de repente, presa ao mundo do declínio emocional, se aprisionando ao descrédito ofereci-do pelos desencantos que nos ocorrem diariamente. Mesmo por que as soluções não estão nos números, e sim em coisas e atitudes muitos mais reais e aces-síveis. Segundo a ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria, "Para 46 milhões de brasileiros, a de-pressão é uma realidade. Segundo o Ministério da Saúde, 20% a 25% da população tem, teve ou terá depressão ao longo da vida. O transtorno atinge o físico, o humor, o pensamento e até a forma como a

pessoa vê e sente o mundo ao seu redor. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a de-pressão ocupa o segundo lugar entre as doenças que causam incapacidade profissional e a projeção é de que até 2020 ela esteja no topo da lista." Procuramos da maneira mais objetiva, ofe-recer algumas informações que possam levar-nos a detectar os mais discretos sintomas que nos rodeiam todos os dias, sejam eles, demonstrados por pessoas próximas ou por qualquer outro desconhecido, des-de uma leve depressão ou de um suicida em poten-cial. Em suma, vamos falar sobre o suicídio em suas três formas, estabelecidas por Émile Durkheim, so-bre o que o motiva e sobre como identificar sinto-mas, baseados em relatos de familiares e opiniões profissionais. Outros dados importantes a serem mencio-nados, principalmente aqui em no estado de Mato Grosso do Sul, são as numerosas ocorrências de sui-cídio, cometidos pelos indígenas. Ainda no ano de 2011, uma pesquisa divulgada pela Unicef informa que a taxa de suicídio entre os indígenas no Brasil é quatro vezes maior que o resto do país, ou seja, para cada suicídio cometido podemos deduzir que há mais quatro ocorrendo na população indígena. Sobretudo, se tratando do nosso estado, Mato Gros-so do Sul, esse agravante não para por aí, aqui, essa taxa sobe à 34, isso mesmo, trinta e quatro vezes maior do que a média nacional e ainda com mais um, digamos, atenuante que mostra que isso piora quando se fala dos jovens indígenas. Para se ter uma ideia, segundo a mesma pesquisa, o Brasil tem 5 casos de suicídio para cada 100 mil habitantes, entre os jovens indígenas do nosso estado, esse número sobe para, impressionantes, 446 casos para cada 100 mil. Segundo o cientista social Wellington Marchi, que teve seu projeto de pesquisa científica voltado para as questões indígenas, uma das etnias que são mais propensas ao suicídio é a Guarani. Por serem as mais afetadas com a falta de demarcação, as tri-bos não enxergam motivas para continuar viver, pois para eles a terra é e vida e uma vez tirada a terra não há mais vida. Com certeza ficaríamos muito levantando

110 111

COMPORTAMENTO

Page 57: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

questionamentos acerca dos por quês e não chega-ríamos às conclusões definitivas. Apesar dos mui-tos estudos e pesquisas, banco de dados e registros, números e estatísticas, o suicídio, tal como outras coisas relacionadas as emoções humanas, ainda vai ser algo subjetivo, pois o que um indivíduo externa às pessoas próximas nem sempre é o que ele está sentindo e relutando por dentro. É interessante ressaltar que aprendemos no curso de jornalismo a noticiarmos da forma mais discreta possível este assunto, para que não venha desencadear um efeito de encorajamento àqueles que se encontram em um momento de confusão psi-cológica, fomentando assim, o ato, de forma indire-ta na sociedade. Sobretudo, é importante salientar a necessi-dade da população pela informação dos problemas que envolvem as pessoas, apresentando as causas, soluções e a prevenção.

Durkheim - egoísmo, coragem ou covardia?O pai da sociologia, Émile Durkheim faz jus à esse título, e em 1897 já havia publicado um livro que, inclusive, leva esse nome, O Suicídio. Durkheim, filósofo, psicólogo e sociólogo, desenvolveu amplas teorias linhas de pesquisa acerca da sociedade e seus comportamentos, sempre com influências científi-cas como aporte para estudos. Sobre o suicida, Émi-le Durkheim conceituou três parâmetros de acordo com suas pesquisas, elaboradas em seu próprio país, França, e também na Alemanha, onde publicou vá-rios artigos sobre ciências sociais.

Segundo a divisão estabelecida por Durkeheim existem o:

SUICÍDIO EGOSÍSTA, que é caracterizado pelo extremo individualismo na sociedade moderna, onde o indivíduo geralmente encontra-se isolado dos grupos sociais que o cerca.

SUICÍDIO ANÔMICO, geralmente marcado por al-guma mudança ou acontecimento na vida do indiví-

duo que vem à causar transtornos e crises por algum período, por exemplo, transformações sociais (caso dos indígenas que, mesmo aos poucos, perdem seus territórios para o homem branco), desemprego ou perda de um ente querido.

SUICÍDIO ALTRUÍSTA, caracteriza-se pela inser-ção do indivíduo à um grupo social restrito ou a so-ciedade em si. O mesmo, tomado pela obediência ou convencimento pratica o ato como um meio para um fim justificado. Tomamos como exemplo os sui-cídios religiosos que são tidos como "ato de fé" e os famosos Kamikazes da Segunda Guerra Mundial.Para se chegar a tais conclusões, Durkheim analisou vários dados estatísticos e efetuou o cruzamento das informações dos suicidados com seus perfis sociais, incluindo idade, sexo, religião, estado civil, locali-dade e outros aspectos.

Para a professora, pós-graduanda em acon-selhamento em crises emocionais e psicopedagoga, Kamila Regiani, padrões suicidas podem ser desen-cadeados ainda na formação da pessoa, que pode ser uma consequência de uma gama de variáveis distin-tas, pois nesse período o indivíduo absorve de ma-neira mais acentuada acontecimentos bons e ruins, que serão determinantes na maneira de como admi-nistrar seus sentimentos enquanto adulto. "Uma criança que sofre um abuso sexu-al quando criança, se não receber um tratamento adequado, carregará por toda a adolescência e vida adulta um sentimento pesado de culpa, coação e im-potência, que farão dela uma pessoa com sintomas inerentes e extremamente apta a sofrer de depres-são." Afirma Regiani. Por fim, e não menos importante, devemos nos atentar para o fato de que diante da evolução do homem, das pressões da sociedade e dos padrões que estabelecem para o ser humano se sentir inse-rido ao meio, devemos desenvolver maneiras cada vez mais eficazes no que diz respeito à qualidade de vida, pois só assim o indivíduo conseguirá superar suas frustrações, eliminando as chances do aumento estatístico de depressão para o próximo século. ●

É PRA LÁ QUE EUVOU! Entre os destinosescolhidos pelos brasileiros estão os países Japão, Dinamarca e Chile

Japão

A cada ano, o número de brasileiros no Japão, vem crescendo de forma abso-luta, a maioria deles é descendente de japoneses ou cônjuges de nipo-brasi-leiros que vivem e trabalham legal-

mente no país, sendo conhecidos como dekasseguis. Muitos desses imigrantes, mudaram-se para o Japão em busca de melhores condições de vida, resultando em uma comunidade com cerca de 300 (trezentas) mil pessoas. O Japão está localizado na Ásia Oriental, e é uma das grandes potencias da economia mundial, ocupando o terceiro lugar entre as maiores do mun-do. Está entre os quatro maiores exportadores e im-portadores, é o único país asiático que participa do G8, além de possuir a maior expectativa de vida do mundo e menor taxa de mortalidade infantil. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para autodefesa e para funções de manu-tenção e preservação da paz. Em 1990, a brasileira Elisabete Akemi mu-dou-se para o Oriente com a ideia de ganhar di-nheiro extra para pagar a faculdade, na intenção

de permanecer no país por três anos, e reside até os dias atuais. Presentemente, trabalha em fábrica de montagem de telefones celulares. Elisabete conta que no país, a população recebe todo o auxílio ne-cessário do governo, e que apesar de pagarem altos impostos, usufruem de qualidade de serviços e ro-dovias. Na educação, as crianças possuem intensa motivação em período integral nas escolas públicas, podendo escolher uma modalidade de esporte para dedicar-se e praticar, incentivando neste momento, os futuros atletas japoneses. A brasileira diz que fal-ta mão de obra capacitada no Japão, o que acarreta em grandes oportunidades de emprego. Apesar de Akemi elogiar o Brasil, como um país maravilhoso de se viver, de climas ótimos, comidas deliciosas e povo alegre, reforça sobre os problemas de questões sociais. "Não fosse a violência e o descaso do gover-no com a população, que não cuida da saúde pública e nem da educação, o Brasil seria um país melhor de se viver. Acho que todos esperam uma chance, uma oportunidade de ter uma vida mais digna", diz. Para finalizar, ela direciona um conselho para brasileiros que pensam em sair do país. "Minhas maiores difi-culdades aqui, foram a adaptação ao idioma e disci-plina, eu não me adaptaria mais em morar no Brasil, pois a violência me assusta, o medo de não dar cer-to existe, mas tenham coragem, apesar do território desconhecido, carregarão boas bagagens".

Dinamarca

A Dinamarca está localizada no continen-te europeu, o país é uma monarquia constitucional

MAYRA COSTA

112 113

Page 58: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

com um sistema parlamentar de governo, possui uma economia mista capitalista e um estado de bem estar social. Foi considerado o país com menor índi-ce de desigualdade social do mundo, o segundo país mais pacífico do mundo e obteve o menor índice de corrupção, também do mundo. A brasileira Janaina Medeiros mudou-se para a Dinamarca no ano de 2006, após casar-se com um dinamarquês no Brasil. Trabalha na indústria farmacêutica, como Gerente de Projetos de TI em Copenhagen, capital da Dina-marca. Apesar de já conhecer o país, a brasileira ti-nha expectativas de como seriam as adaptações com o idioma, frio e cultura. "O custo de vida aqui é alto, pagamos muitos impostos, porém o retorno é ótimo, todos temos direito à hospitais de boa qualidade e médicos, sem pagar nada. A educação é gratuita do primário à universidade, e além disso, os alunos ga-nham ajuda de custo do governo para estudar", diz Janaina. Há cerca de 2,5 milhões de brasileiros resi-dentes no exterior, Medeiros acredita que seja uma tendência mundial, que as pessoas estão ficando mais globalizadas, e as oportunidades estão maio-res. Sobre a atual visão de seu país de origem, a brasileira comenta, "Eu passei a admirar muito mais o meu país, que com tão pouco é tão alegre, hospi-taleiro e batalhador". Porém, não pretende voltar a morar em terras brasileiras, "O que consegui cons-truir aqui em 7 anos, não conseguiria nem a metade se estivesse no Brasil". Conclui a entrevista com sua visão sobre quem pretende mudar-se, assim como ela, "Pesquise muito antes de mudar, não tente imi-grar ilegalmente, a vida aqui fora é muito dura pra quem não tem visto de permanência, e todas as van-tagens que o sistema oferece como educação e saú-de não podem ser desfrutadas”, relata.

Chile

Dentro da América do Sul, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos, é o melhor em ter-mos de desenvolvimento humano, competitividade, qualidade de vida, estabilidade política, globaliza-

ção, liberdade econômica e corrupção, além de ín-dices baixos de pobreza, porém, possui alto nível de desigualdade econômica. Em termos de imigrantes no país, a popula-ção estrangeira do Chile, recebeu um número rela-tivamente pequeno quando comparado aos Estados Unidos e Canadá por exemplo, nunca passou de 4,1% do total da população. No ano de 2013, a bra-sileira Gabriela Carpini mudou-se para terras chile-nas com sua família, após seu marido receber uma proposta de trabalho, levando consigo a expectativa de aprender uma nova cultura, um novo idioma e ga-rantir melhores condições de vida. Gabriela acredita que os brasileiros têm ido em busca de moradia e emprego no exterior pelas atuais condições do Bra-sil, "O país deixa a desejar em segurança, educação, saúde, transporte, política e possui muita desigual-dade social". Porém, diferente dos casos anteriores, a brasileira pretende voltar para seu país de origem, "Apesar dos problemas que o Brasil enfrenta, é a nossa pátria, onde estão os familiares e amigos", diz. Ainda completa, "Pensem muito bem antes de uma mudança de vida radical, façam uma análise, levantando dados como: aluguel, supermercado, ga-solina, e por fim, um balanço para ver se realmente vale a pena". É inegável que as oportunidades fora do Brasil estão em constante crescimento, oferecen-do inúmeros benefícios e boas remunerações, além disso, as políticas desses países estão em busca de ações facilitadas e menos burocráticas para vistos de permanência e planos de inserção em benefícios para todos, incluindo imigrantes. Concluindo com alguns dados do site "Brasileiros no Mundo", a maioria dos imigrantes são do sexo feminino, a fai-xa etária predominante é de 20 à 34 anos, das quais o IBGE infere que o principal motivo da mudança, seja a busca de emprego de forma individual. Os principais países de destino foram Estados Unidos (23,8%), Portugal (13,4%), Espanha (9,4%), Japão (7,4%), Itália (7,0%) e Inglaterra (6,2%), sendo as origens principais dos imigrantes, Região Sudeste - 49% do total (240 mil), sendo 21,6% provenientes de São Paulo, 16,8% de Minas Gerais e 7,1% do Rio de Janeiro.●

UMA QUESTÃO DE FÉCrentes x descrentes – Acreditar ou não em Deus?

De acordo com uma pes-quisa realizada pela WIN (Worldwide Independent Network of Market Rese-arch) em parceira com o Ibope, no total da popu-

lação brasileira, 79% tem religião (número corres-

pondente a uma média de 8 em cada 10 brasileiros,

média acima de vários pa-íses), 16% não tem religião e 2% são ateus. Num total de 65 países pesquisados,

22% dos entrevistados não possuem religião e 11% são ateus, se o ateísmo

fosse uma religião seria a quarta maior do mundo.

O ateísmo é a negação ou a falta de cren-ça na existência de Deus(es). Aque-les que simplesmente não creem não existência de Deus são denominados ateus passivos e os que, além de não

crer, negam sua existência são denominados ateus ativos. Num país como o Brasil, onde o cristianis-mo predomina é raro encontrar ateus e 2% da po-pulação pode ser considerado um valor baixo, mas comparando-se isso a números exatos, compreende-remos que não é tão baixo quanto parece. Quando pesquisamos sobre ateísmo na internet encontramos dezenas de denominações e questões a respeito da falta de crença dessas pessoas. “O ateísmo possui uma vasta quantidade de implicações à condição humana. Com a ausência da crença num deus, as questões éticas devem ser determinadas em função dos objetivos e preocupações humanas, cabendo a nós assumir responsabilidade total pelo nosso desti-no. A morte, nessa visão, marca o fim da existência de um indivíduo.” (FONTE: ateus.net). Em 1994, havia cerca de 240 milhões de ateus no mundo, cer-ca de 4% da população, número que hoje chega a 11%. Como podemos observar, em 21 anos, houve um aumento de 7% de ateus no mundo. E, por que motivo as pessoas tornam-se ateus? Por decepções?

Pela maldade presente no mundo? Por influencia da mídia? Bom, na internet encontramos todos esses fatores como motivo para a falta de crença dessas pessoas, mas para entender um pouco melhor so-bre o assunto, conversei com Alberto Dornelles dos Santos, estudante de jornalismo, 23 anos e ateu. A primeira pergunta que fiz a Alberto foi: - “Por que você é ateu?” Confesso que imaginei que ele iria citar um desses motivos acima, mas para minha surpresa, a resposta foi diferente, ele disse que nunca acreditou numa força superior que de-terminasse seu destino, disse que a religião exige que você não questione muito a respeito de sua fé, e ele nunca conseguiu ser assim. Alberto cresceu em uma família católica, e chegou a fazer catequese e frequentar à igreja com sua família, ele contou que nunca gostou muito daquilo, e quando foi crescendo

ANA BRANDÃO

114 115

Page 59: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

e formando suas próprias ideias, ele simplesmente decidiu que não queria mais e que aquele não era seu lugar. Sua família e amigos sabem a respeito de sua opinião, discordam e o chamam de louco. Diferente do que imaginamos os ateus não são contra as religiões e sim contra o próprio Deus. Acredito que a maioria se tornou ateu por influencia da mídia, amizades ou frustrações que os levaram a uma rebeldia contra Deus independente da religião. Mas, a conversa com Alberto foi interessante exata-mente por isso, ele disse que não tem nenhuma his-tória triste, nem decepção ou influencia de alguém, ele simplesmente nunca teve fé em nada além de si mesmo, ele acredita que nós somos os únicos res-ponsáveis por aquilo que acontece em nossas vidas e no mundo também. “Acredito nas pessoas, e sei que elas fazem coisas boas, mas também coisas ruins.” Perguntei como ele vê os cristãos, e ele disse que essas pessoas usam a fé para invadir o espaço do outro, ele acha necessário discutir religião, mas não costuma fazer isso por respeito ao outro e diz que

muitos cristãos não são assim. Para ele, os cristãos se dividem em dois tipos: os ignorantes e os espe-rançosos. Os ignorantes são aqueles que acreditam piamente na religião e não questionam sobre nada, e os esperançosos são aqueles que creem apesar dos seus questionamentos. Conversamos também, a respeito de valores morais, porque algumas pessoas dizem que se não há existência de Deus não há porque ser uma boa pessoa e levar a vida com valores morais. Alberto disse que era um ponto interessante que ele sempre era questionado. Pontuou que ele não leva sua vida de maneira que prejudique os outros, ele não faz ao outro aquilo que ele não quer que façam a ele, e dis-se que as pessoas deveriam ser boas simplesmente por serem, que deveriam ter esse mesmo pensamen-to, ao invés de pensar em ser bom para ir ao céu e não ser ruim para evitar o inferno. Por fim, posso dizer que Alberto é um jo-vem muito inteligente, divertido e educado, não possui nenhuma característica ruim que o denuncie como ateu, aliás, me pareceu um cara muito bem com a vida, mais que muitos religiosos por aí. O que aprendi com a entrevista, é que não é a religião que torna uma pessoa melhor, é aquilo que ela pensa a respeito de si mesma e do mundo. Porque religião não é garantia de salvação. Acredito em Deus, no seu amor e poder de mudar e transformar as pessoas, mas o que tenho em comum com Alberto é que eu também acredito nas pessoas, eu também acredito que elas podem ser boas ou ruins e que elas é que escolhem para onde querem ir.

Cristianismo

O cristianismo é a maior religião do mun-do, predominante na Europa, América e Oceania. O cristianismo é uma religião abraâmica, assim como o islamismo e o judaísmo. O cristianismo se difun-diu grandemente pela Ásia, Europa e África. A re-ligião cresceu tanto que, no ano de 313, o impera-dor Constantino concedeu aos cristãos, liberdade de culto; e em 392 foi considerada a religião oficial do

Império Romano. Existem três ramos do Cristianis-mo: Protestantismo, Catolicismo e Igreja Ortodoxa. Devido a isso, existem também diferentes concep-ções e aspectos em cada um deles. Porém, de forma universal, é possível afirmar que os adeptos ao cris-tianismo creem na existência de um Deus, criador do universo, de Jesus Cristo, elemento central da religião, considerado o redentor da humanidade; e de vida após a morte. Conversei sobre religião com Osvaldo Mar-tinez, tatuador, cabeleireiro e cristão de 37 anos.

Ana Gabrielli – Osvaldo, por que você é cristão?

Osvaldo – Sou cristão porque descobri que tinha al-guém que me amou tanto a ponto de dar seu filho Jesus Cristo por mim, Deus que me passa confiança suficiente para eu entregar minha vida a ele, obe-decê-lo mesmo nos tempos bons ou difíceis, ele é minha rocha e o meu escudo.Ana Gabrielli – O que Deus significa para você?

Osvaldo – Deus é a minha vida, ele me faz feliz até mesmo quando estou triste, e o melhor ele não olha placa de igreja, nem religião, para Deus somos to-dos iguais e o amor dele é igual para todos, o que falta é entendermos isso. O Deus que eu sirvo e amo me amou primeiro sem me pedir nada em troca. Conversamos um pouco mais e ele conti-nuou falando sobre seu amor e fé em Deus, Osvaldo frequenta uma igreja pequena, simples e evangéli-ca onde todos são bem-vindos, mas eles preferem se denominar como cristãos, pois como ele mesmo citou creem que Deus não liga para placa, nem reli-gião. Osvaldo tem uma página no facebook - Servo de Deus Tatuado MS, onde ele divulga frases bíbli-cas e defende o fato de não julgar pela aparência porque Deus atenta mesmo para o coração, Osval-do é dono de um estúdio de tatuagens e também de um salão de beleza, onde lida com todos os tipos de pessoas. Ele juntamente com sua família e igreja, faz trabalhos de evangelização, missões e quando

podem doam alimentos, cobertores e agasalhos à moradores de rua sem qualquer ajuda política ou do-ação, juntam-se numa corrente de amor entre irmãos e ajudam pessoas, acreditam que o verdadeiro cris-tianismo transforma a vida das pessoas para melhor, incentiva e move suas vidas para ajudar outras pes-soas, não esperam pela mudança do outro, buscam sua própria mudança. Por fim, o cristianismo tem se espalhado pelo mundo cada dia mais, e o ateísmo tem crescido. De um lado existem pessoas que acreditam, usam sua fé e pedem pela humanidade e pelo mundo, por ou-tro estão às pessoas cada vez mais descrentes e sem esperança diante a tudo que tem acontecido. Cada uma das pessoas tem seus motivos para acreditarem ou não em Deus, no mundo, nas pessoas e cada um opta por aquilo que lhe faz mais feliz, afinal é o que todos nós queremos ser felizes e encontrar espe-rança num mundo onde parece que ela nem existe mais.●

ATEU Alberto Dornelles dos Santos é estudante

de jornalismo e diz não acreditar em Deus.

ACREDITA EM DEUS Osvaldo Martinez, tatuador,

cabeleireiro e cristão de 37 anos

Ana

Bra

ndão

Ana

Bra

ndão

116 117

Page 60: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

ENTRE O LEGAL E O PROIBIDO

De acordo com o dicionário Aurélio, Homofobia é "Aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconcei-to que algumas pessoas ou grupos nutrem contra gays, lésbicas, bisse-

xuais, transexuais, transgêneros, travestis e interse-xuais”. Segundo o levantamento da Secretaria Na-cional de Direitos Humanos, 337 denúncias referen-tes à homofobia foram feitas somente de janeiro a abril deste ano. São Paulo ocupa o primeiro lugar com 97 registros (25%), seguido por Minas Gerais com 31 (9%). Ainda segundo dados da pesquisa, mais de 71% das vítimas são do sexo masculino e 61% tem de 15 a 29 anos. O país registra uma morte a cada 28 horas. A homofobia pode ter causas religiosas ou culturais, ocorrendo repulsa e desrespeito para quem gosta do mesmo sexo. Essa exclusão pode ocorrer por meio de olhares de estranhamento, falas preconceituosas onde afetam a moral e a integridade de muitos homossexuais. Um dos casos mais cres-centes casos registrados, são de violência física con-tra a pessoa, muitos desses casos levam o trauma de conviver em sociedade e em muitos até a morte do indivíduo. Pesquisas feitas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) indicam 313 assassinatos de gênero homo-fóbico em 2013 e apontam que pelo menos 41% de homofobia letal, ocorrem em cidades brasileiras. Dentre as ocorrências, são identificadas mortes por tiros, facadas, espancamento, asfixia, pauladas e apedrejamento, entre outros.►

Organizações defensivas

Apesar dos casos de violência serem cres-

centes, existem diversos tipos de organizações es-palhadas pelo mundo, com o intuito de promover a conscientização de direitos e proteção aos partici-pantes. Como a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexu-ais), criada em 1995, com 308 organizações afilia-das, rede nacional e a maior rede LGBT da América Latina. Com o intuito de promover ações que garan-tam cidadania e direitos humanos, para que nenhu-ma discriminação e violência em razão de orienta-ção sexual e identidade de gênero ocorra. O mesmo acontece diante da Parada Gay, que ocorre em várias cidades do país, e no mundo, com uma série de ações afirmativas que visam com-bater o sentimento de vergonha e combate ao pre-conceito, contam com a participação de milhares de artistas, LGBTs e simpatizantes.

Por trás da homofobia

Apesar de não se considerar homofóbico, C.G.C de 23 anos afirma que a opção homossexu-al não é normal. "O normal seria homem com mu-lher. Concordo que possam ter os mesmos direitos que cidadãos em cargos, empresas e escolas, mas sou contra a formação de família, adoção de crian-ça e liberação de casamentos civis e religiosos. Não existe família formada com um pai e pai ou mãe e mãe, que tipo de exemplo de vida as crianças podem ter?", diz.Também se posiciona contra demonstrações de afe-to em locais públicos e abordagem de homossexua-lidade na TV. "Penso que seja uma falta de vergonha, nin-guém é obrigado a presenciar esse tipo de coisa. Já a respeito da abordagem em canais de TV, por ser um assunto da atualidade, autores de novela aproveitam da ocasião para promover o trabalho e acabam ridi-cularizando a TV brasileira e envergonhando a po-pulação.", completa. A fonte assume que já fez "brincadeiras"

As faces da homofobia

MAYRA COSTA

Arq

uivo

Pes

soal

119

Page 61: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

aceitáveis entre seus próximos, como piadas com apelidos "bichinha" e "viadinho" e por vezes, deu tapas e socos, mas que não considera nada disso gra-ve.

Por trás das ofensas

Vinícius Lippi de 18 anos assumiu sua sexu-alidade aos 15. Conta que piadas e olhares precon-ceituosos são praticamente uma rotina, e que desde pequeno, sofreu com isso sem entender o motivo.Entre os fatos mais marcantes vivenciados por Li-ppi, foi a humilhação feita pelo próprio pai. "Meu pai usou palavreados baixos e me esmurrou porque eu não consegui fazer serviços braçais na minha casa. Desde então, passei a vida toda tendo um blo-queio com homens heterossexuais", relembra. Comenta que as maiores consequências da opção homossexual são as exclusões sociais. "Olha-res, ameaças, exclusão social, na família, escola, trabalho, e até mesmo em religiões e desavenças. São lutas com a sociedade todos os dias, mas a me-lhor parte disso tudo, é que você é você mesmo".Finaliza com seus pensamento referente a homo-fobia. "Gostaria que a homofobia fosse realmente considerada um crime. Todo mundo tem o direito de amar e ser feliz nessa vida, eu simplesmente não en-tendo o motivo das pessoas se incomodarem tanto. O casamento civil igualitário tem que ser imposto, a conscientização tem que ser maior, as pessoas pre-cisam mudar suas cabeças". Giulia Berbel de 19 anos, conta que já ouviu comentários maldosos na rua. "Que pouca vergo-nha", "Uma menina tão bonita, deve ser um desgos-to para a família", ”quer dizer que só pode ser gay se for feio perante o padrão da sociedade?". Comenta também, que sofreu preconceito dentro de casa. "Já fui trancada em casa sem acesso e contato com nin-guém de fora, era humilhante saber da vergonha que uma pessoa da minha família tinha por saber que eu gostava de uma pessoa do mesmo sexo que eu, como se com o tempo, aquilo passasse." Berbel relata que entre as consequências

que se podem enfrentar ao assumir a opção sexual, o preconceito, é o mais grave. "Atualmente, só as-sume a homossexualidade quem é muito homem e muito mulher para isso. Ficamos sujeitos a sermos expulsos de casa, destruir a harmonia de uma famí-lia, sermos humilhados com comentários desgosto-sos na rua e sofremos agressões físicas ou verbais".Completa sua opinião com a questão dos direitos humanos, que deveriam ser iguais para todos. "Gay não deixa de ser humano por ser gay, direitos huma-nos deveriam existir para todos, não somente para heterossexuais". Joseph Eduardy de 19 anos, também já foi alvo de piadas por sua sexualidade. "Uma vez, mem-bros de uma igreja apontaram para mim e disseram que eu tinha um demônio no corpo, que precisavam me libertar. Em uma outra ocasião, uma mulher dis-se ao filho para que não ficasse perto de mim, por-que eu tinha uma doença contagiosa". A aceitação para a família, também não foi fácil, principalmente quando se tratava de pensa-mentos como "o que irão falar do meu filho?", mas Joseph comenta sobre a importância da presença da família na decisão. "Os pais não devem deixar de amar seus filhos, alimentar ódio ou raiva dos filhos por serem gays, precisamos de apoio. O mundo já

está lá para apontar e julgar, e neste momento, pre-cisamos da família". Em respeito as punições da legislação brasi-leira, Eduardy afirma serem falhas. "Tem gays que possuem medo de ir adiante com processos, por so-frerem ameaças".

Legislação sobre homofobia

Em maio de 2011, a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo foi reconhecida legalmen-te pelo Supremo Tribunal Federal em contrapartida projetos de leis que visam alteração da criminali-zação da discriminação pela orientação sexual ou identidade de gênero foram derrubados e arquiva-dos no plenário. A advogada Zilda Cousso, diz que a Consti-tuição Federal brasileira não cita diretamente a ho-mofobia como crime, porém define como "objetivo fundamental da República (art .3º, IV), o de "pro-mover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação. "É essencial ter consciência de que a homofobia está inclusa no item "outras formas de discriminação", sendo considerada crime de ódio e passível de punição".

Sobre as punições de casos homofóbicos, Zilda co-menta que apesar de não existir norma específica de punição no Brasil, projetos de leis estão sendo analisados e dependendo de aprovação do senado. "Há vastos entendimentos juristas de que a homo-fobia deva ser enquadrada como crime de racismo, até que o Congresso Nacional edite legislação efeti-va. A pena para quem pratica, induz ou incita a dis-criminação ou preconceito de raça, cor, religião ou procedência nacional, pela lei, é de reclusão de 1 a 3 anos e multa". Cousso reforça a importância da criação de uma lei federal que puna agressões não somente com multas, mas sim, como crime com qualificação especial para que a pena seja agravada. "Entendo que a desistência pela procura da defesa esteja total-mente ligada a falta de punição. Saber que estamos em pleno século XXI e não haver legislação especí-fica contra a homofobia é muito preocupante, mas temos a esperança de que o projeto de lei 122/2006 sairá da Câmara e em breve, aprovado pelo Sena-do". A advogada finaliza, "Todo o ser humano, independente de sua sexualidade, tem o direito ao tratamento digno e a um modo de vida aberto, à bus-ca da tão esperada felicidade". ●

Arq

uivo

Pes

soal

120 121

Page 62: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

PARTO HUMANIZADOEntenda as divergências e diferenças sobre os partos

ELIZANGELA VARGAS

Sabe-se, atualmente, que mediante uma sé-rie de sinais complexos, mãe e realizam um compromisso que coloca um fim à duração da gravidez. Neste contexto, os tipos de parto são vivenciados de maneira

diversa por cada mulher, pois têm relação com sua história de vida, tipo de personalidade, momento da gravidez e história do casal. Há mulheres que se sentem seguras para op-tar pelo parto vaginal espontâneo, com o mínimo de anestesia, cooperando ativamente no processo do nascimento de seu bebê, geralmente, são gestantes que participaram de treinamento da respiração e re-laxamento para controlar as contrações uterinas, e suportar as dores que ela irá sofrer. Se o parto ocorre sem complicações, a mu-lher vivencia uma das experiências mais profundas e plenas de sua vida e o vínculo com o bebê se con-cretiza mais facilmente, além de que o nascimento é sentido como uma mudança natural da criança, dentro do útero para os braços maternos. Mas, se ao contrário, for doloroso e traumático, a mãe pode se doer pelo fato do filho tê-la feito sofrer tanto, o que pode gerar emoções de inimizade e rejeição em relação a ele. Durante as contrações uterinas, o bebê en-contra-se adormecido, portanto não sente dor. Ele só desperta no momento das contrações finais quan-do se aproxima sua saída, estas contrações realizam uma espécie de massagem cutânea na criança e que levam ao amadurecimento final do aparelho respi-ratório, necessário para o funcionamento na vida fora do útero, bem como um melhor desempenho

de funções como percepção, capacidade de reagir a estímulos do ambiente em que ele se encontra. Para facilitar a saída do bebê e evitar que o bebe se machuque, o obstetra efetua a episiotomia, que é um corte de aproximadamente 4 cm feito no períneo, com anestesia local ou peridural. Emocio-nalmente, a episiotomia pode ser percebida com grande desconforto nos primeiros dias do pós-par-to e, por algum tempo, pode gerar temor de abrir os pontos, quando do reinício das relações sexuais, mesmo que a cicatrização já esteja completa.Com o parto vaginal, a criança é colocada sobre o colo da mãe, estabelecendo um contato entre ele e a mãe logo após o nascimento, pois o bebê, escutando o batimento cardíaco e a voz materna, como tam-bém, sentindo seu cheiro e calor, reconhece e man-têm os referenciais adquiridos dentro do útero, e isto o tranquiliza. Se as dores do trabalho de parto forem insu-portáveis à mãe pode imediatamente recorrer á anes-tesia peridural, fazendo com que o seu sofrimento seja menor porem, para grande parte das mulheres, a dor ainda simboliza o parto desta forma, quando por algum motivo médico têm que fazer cesariana, sentem-se frustradas, menos mães, por não terem passado por essa experiência, que é a de sentir as dores do parto normal. Um fator de grande interesse é em relação à duração do trabalho de parto, é que enquanto algu-mas mulheres dão à luz em pouquíssimas horas, ou-tras levam muito mais tempo, sentindo contrações muito dolorosas. Esta lentidão em dar à luz, poderia ser compreendida como a vontade de ter um parto

123

SAÚDE

Page 63: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

dando-lhe sustentação e compreensão do que irá ocorrer. A grande dificuldade é que, neste momento, a mãe também está com muito medo da anestesia, da cirurgia, e o que consegue transmitir para o bebê é um intenso desgaste emocional, o que o fragiliza ainda mais. Em geral, os bebês de cesárea nascem hipotérmicos e tensos. Para amenizar o sofrimento e o sentimento profundo de ameaça contra sua vida, o bebê deveria ser colocado imediatamente em contato com a mãe, ao sair do útero, para que pudesse manter os refe-renciais maternos tão conhecidos e amados. Quando isso não for possível, seria ideal o pai acompanhar a equipe nos cuidados de seu filho, falando com ele, uma vez que reconhece sua voz e se reassegura. Se houvesse uma preparação psicológica da gestante, principalmente no terceiro trimestre quan-do a aproximação do parto é real, a futura mamãe poderia vivenciar e participar mais ativamente des-te processo tão emocionalmente intenso, quanto é

o nascimento de seu filho, assim como, possibilitar uma tomada de decisão em relação ao tipo de par-to com maior consciência e compreensão do que é mais adequado para si e para seu bebê. Quando se fala em humanização da assistên-cia ao parto, porém, há muito mais coisas em jogo do que a beleza das instalações e a gentileza no trato com as mulheres envolve também uma mudança de atitude: respeitar os desejos das mulheres. Existem dois tipos de parto humanizado: o de humanismo superficial, no qual o quarto é bonito e a mãe é tratada de maneira amável, mas a taxa de intervenções não diminui, e o parto humaniza-do profundo no qual a profunda fisiologia do nasci-mento é honrada. Pesquisas científicas mostram que muitas das intervenções médicas praticadas atualmente no parto normal são, na verdade, desnecessárias e pre-judiciais. No parto humanizado, por outro lado, ne-nhum procedimento é rotineiro: as intervenções são feitas de forma criteriosa e apenas quando realmente necessário, a mulher é incentivada a se informar e a fazer suas próprias escolhas. Seus desejos são aco-lhidos e respeitados. O movimento de humanização do parto, que cresce em várias partes do mundo, tem uma visão diferente: a mulher é protagonista do próprio parto e deve participar ativamente das decisões, em parce-ria com os profissionais que lhe dão assistência.

Anielle Laquanette - Parto Cesariana "A Lavignia nasceu no dia 15 de Janeiro de 2015 depois de 41 semanas de espera tentando ter parto normal . Dois dias antes do seu nascimento eu já estava com dores muitas dores nas costas e no então chamado pé da barriga uma expressão mui-to utilizada pelas gestantes, nesses dias fui varias vezes ao hospital, mas não estava no hospital, com muitas dores, ansiosa para o nascimento ouvi muitas vezes que ainda não estava na hora por isso deveria ir para casa e aguardar, mas as dores eram muito intensas, muitas cólicas com pequenos intervalos de

CESARIANA Anielle com o bebê e o marido ,

após o parto.

normal, quanto de ver o feto. Assim, a futura mamãe poderia estar sentindo uma profunda aflição ante a decisão de manter o filho dentro de seu útero ou de colocá-lo no mundo. Para muitas mulheres o parto normal é visto como um sofrimento e um momento de violência, por isso alguns obstetras optam por induzir o parto, pois estas intervenções fazem com que o nascimen-to ocorra sem que o feto e a mãe sofram tanto, de qualquer maneira apesar do parto ser realizado em condições ideais, o parto induzido de forma menos gratificante que o parto espontâneo, pois pelo fato de ser tratado como parto artificial, demorando mais tempo e sofrimento na mãe, sem contar que é uma violência para o bebê, pois será retirado do útero an-tes do tempo. Mas algumas vezes este procedimento é ne-cessário, principalmente se já passou do prazo pre-visto para o nascimento e o bebê corre o risco de entrar em sofrimento. O parto sem dor é uma técnica mais recen-te e a mais utilizada pelos obstetras, pois anestesia apenas a metade inferior do corpo da mulher. Desta maneira, a mãe pode vivenciar um parto sem dor, mantendo-se consciente, participativa e, principal-mente, presenciar o nascimento do filho. Muitas mulheres, entretanto, reclamam da sensação de estranheza por sentir apenas a parte superior do corpo, impedindo-as de movimentar as pernas e de caminhar. Pode surgir, também, o temor de ficar paralítica, uma vez que a agulha é introduzi-da na espinha. Em alguns casos, faz-se necessária a anes-tesia geral e que leva a mãe à perda da consciência e, consequentemente, ela acaba perdendo o contato com o bebê logo após a saída do útero e que não lhe permite escutar seus primeiros movimentos. O maior problema causado por esta aneste-sia é que o remédio atravessa a barreira placentá-ria produzindo graus variados de depressão fetal, e a sensação de indiferença materna diante do filho, após a retomada da consciência. Na obstetrícia moderna, a cesariana é indica-da e necessária, principalmente se há possibilidade

de complicações para mãe e ou para a criança. De qualquer forma, para o feto, a cesariana sempre re-presenta uma forma de violência contra si mesmo, pois é realizada sobe anestesia geral, quebrando os laços entre a mãe e a criança, dificultando o fortale-cimento do vínculo entre elas. Quando é possível aplicar a anestesia peridu-ral, que suprime a dor, mas conserva a consciência, a mãe pode acolher o bebê no seu primeiro contato com o mundo externo, o que facilita a consolidação da relação vincular. Há mulheres que insistem na cesárea progra-mada, por temerem que o parto normal deixe a vagi-na larga ou frouxa prejudicando sua sexualidade, na verdade, a vagina é suficientemente elástica para dar passagem ao bebê, sem alterar suas dimensões de modo permanente, como também com a episiotomia não ocorre a rotura do períneo. Há de se repensar sobre a cesariana, a pedi-do ou necessidade, no sentido de humanizar o nasci-mento do bebê por esta via, para que lhe seja menos traumático e violento, bem como não prejudicar o vínculo que une os pais e ele. Assim, a mãe deve permanecer em comunicação interna com seu filho,

124 125

Page 64: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

Sabe aquelas noites mal dormidas ou aque-le estresse que muitas pessoas têm no Trânsito, no trabalho, e até mesmo em casa, então, a Terapia de Pindas existe para amenizar ou dependendo da situa-

ção, deletar esse tipo de comportamento. A técni-ca surgiu na Índia, depois foi para a China, onde as “troxinhas” eram preenchidas com arroz. As pindas são saquinhos que em seu interior possui ervas me-dicinais, aromáticas e outros elementos relaxantes.Pioneira nessa forma de relaxamento em Campo Grande, o Espaço Eva Escobar trabalha com esse tipo de massagem anti estresse, a diferença é que a terapeuta Eva Escobar criou suas próprias pindas, de forma colorida, contendo sal grosso além das ervas.Filha de terapeuta naturalista, Eva sempre observou o conhecimento de seu pai com as ervas, foi então

PINDAS PRA RELAXAR

Com um toque regional, massagem terapêutica de Pindas faz sucesso na capital.

Foto

: Ann

a C

ampo

sano

que encontrou nas pindas uma forma de trabalhar com esse recurso. “Mato Grosso do Sul é muito rico em ervas, e a gente não pode ter pré-conceito com o que a gente tem aqui, eu trouxe essas ervas para dentro das pindas e deu super certo”, relata Eva. Com sua voz suave e uma calmaria que é transmitida para quem estiver ao seu redor, Eva pro-cura entender como é o dia a dia de cada pessoa que vai até seu espaço fazer a terapia. Com a sala toda perfumada, ao longo da massagem o sal grosso vai se desfazendo, as ervas ao entrar em contato com o corpo forma-se uma si-nergia em que a energia vital se restabelece trazendo uma sensação de leveza proporcionando o bem estar físico e mental. Além da terapia das pindas, o Espa-ço Eva Escobar também realiza a terapia das pedras quentes, terapia floral, e tratamentos estéticos como drenagem linfática, massagem modeladora e redu-tora, limpeza de pele e outros.●

ANNA CAMPOSANO

dores, no começo os intervalos eram longos depois foi piorando ate chegar em intervalos de um minuto apenas, quase insuportável. Fui novamente ao medi-co pela madrugada e de novo voltei para casa com a recomendação de não comer nada para ser possível fazer cesariana se necessário, dito e feito voltei pela manha ao hospital e acabei ficando internada para realizar cesariana já que passou o tempo de espe-ra com quase 42 semanas de gestação não poderia mais esperar, pois seria arriscado, então a Lavignia nasceu não foi como eu esperava de parto normal, mas ela nasceu com três quilos e duzentas gramas muito saudável."

Pós Operatório - "Essa parte é muito difícil exige paciência, pois alem do recém-nascido para cuidar nosso corpo esta debilitado e restrito a movimen-tos dependemos de ajuda para tudo as coisas mais simples como tomar banho e ate amamentar o bebe ,muitas mães ficam ate depressivas, a família é fun-damental nesse momento. Nem sempre é possível que a hora do parto seja como desejamos, o impor-tante é que o neném nasça com saúde, pois o nasci-mento é inevitável, sendo Partos Normal, Cesariana ou Parto Humanizado."

Naara Rockel - Parto Humanizado

"Decidi pelo Parto Humanizado por saber hoje que esta é a escolha mais correta que uma gestante pode tomar. Não sou ativista e nem pretendo ser,mas acre-dito que estamos mal informados sobre esse assunto . A cesariana, quando indicada, salva inúmeras vidas e não tenho duvidas da necessidade dela em alguns casos, mas se a saúde da mãe e do bebe esta bem, se ambos tem acompanhamento correto, Por que não deixar o corpo seguir sua natureza? Foi isso que me fez correr atrás de informação depois da minha pri-meira gestação. Eu ainda nem estava pensando em engravidar, mas o Parto Humanizado me chamou atenção, ai eu decide me informar mais. Na minha primeira gestação eu queria o parto normal, mas me faltou informação e estimulo para levar a idéia

a diante, minha mãe sempre foi totalmente contra, ela acha um atentado contar a vida da gestante e da criança um sofrimento desnecessário. Meu antigo Ginecologista Obstetra então nem se fala, ficou cho-cado quando eu disse que queria o Parto Normal, me disse absurdos sobre os riscos que eu correria, sobre as "deformações" que isso causaria no meu corpo, deformações essas que só corrigimos através de ci-rurgia. Então marquei minha cesárea achando ser a escolha correta, meu filho nasceu de 37 semanas, saudável, mas um pouco abaixo do peso, comemo-rei afinal o medico fez um excelente trabalho e trou-xe meu príncipe ao mundo. Depois de um tempo essa afirmação" o medico fez um excelente trabalho e trouxe meu príncipe ao mundo" oi? Mas era eu quem estava grávida, eu deveria ter parido.Passado esse baque de que talvez a escolha tivesse sido tão correta assim, ouvi muitas colegas falando sobre o Parto Humanizado assiste o documentário” O renas-cimento do parto "entendi que nos somos que deve-mos parir, nosso corpo foi feito para isso, e dá conta do recado. Engravidei, propus o Parto Normal para o meu Ginecologista Obstetra, que me acompanha desde que me entendo por gente, e o que ouvi dele foi: "não posso trabalhar assim, tenho uma agenda para seguir ", foi o suficiente para decidir não ser levada pelo sistema novamente, claro que estarei cercada de informação e aproveitando a tecnologia.Se ivermos alguma intercorrência que realmente seja um indicativo para cesárea, ok, vou para mesa sem problemas, mas só depois de entrar em trabalho de parto. Por que só quem sabe a hora de nascer é o bebê."

Michely Vilhagra - Parto Normal

"Escolhi Parto Normal porque é bom para a saúde da mulher e a recuperação é mais rápida, já que quando ganhei meu primeiro filho tive cesariana e não gos-tei da recuperação. Gostei do Parto Normal apesar das dores mas elas passam assim que o neném sai e depois você pode andar normalmente e cuidar me-lhor do bebe, indico sempre que me perguntam."

126 127

Page 65: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

O HPV conhecido cientificamente como papilomavírus humano é um ví-rus sexualmente transmissível capaz de infectar a pele humana. Esta doen-ça sempre esteve presente nos seres

humanos, porém ficou conhecida nos últimos trinta anos quando estudos revelaram que verrugas que apareciam nas partes íntimas das pessoas eram cau-sadas pelo HPV. Segundo dados atuais da Organização Mun-dial de Saúde, cerca de 291 milhões de mulheres estão infectadas. Atualmente existem cem tipos de HPV e 40 subtipos do vírus que podem causar cân-cer, principalmente no colo de útero e do ânus. Os subtipos conhecidos como 16 e 18 do vírus estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo de útero. Este não é o único fator a causar o câncer, porém é um dos mais relevantes. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas ou risco a saúde. Como a quantidade de mulheres infectadas pela HPV chega a números alarmantes, o Ministério da Saúde desenvolveu uma campanha para a conscientização da prevenção e aplicação da vacina desenvolvida contra esse vírus. Nesse ano o Ministério da Saúde aplicou as vaci-nas em meninas de 09 a 11 anos e de 12 a 13 anos para aquelas que não foram vacinadas ano passado, quando as faixas etárias eram de 11 a 13 anos. Para a enfermeira e Gerente Técnica dos Programas de Saúde do Distrito Sanitário Sul, SE-SAU Adriana Carrijo, a vacina é muito importante "A vacina é de estrema importância, pois os estudos apresentam que o câncer do HPV tem cinco vezes mais probabilidade de desenvolver em mulheres e a campanha é ideal por que é nessa faixa etária de ida-de que a vacinação começa a proporcionar níveis de anticorpos muitos mais altos, protegendo melhor”

HPV O vírus que mais infecta as mulheres e chegam a causar dois tipos de câncer

disse ela.A enfermeira cita que para se prevenir da doença é necessário o uso de preservativo e não ter múltiplos parceiros, além dos exames de preventivo que estão disponíveis gratuitamente em qualquer unidade de saúde básica. O projeto foi desenvolvido para prevenir cânceres, e conscientizar a população a ter uma vida mais saudável e tomar cuidados básicos para a saú-de. De acordo com Raquel Almeida Gerente Técnica de Epidemiologia do Distrito Sanitário Sul SESAU a primeira dose foi distribuída nas escolas e a segunda dose, as meninas teriam que tomar na unidade de saúde mais próxima de suas casas. A vacina se encontra disponível o ano todo nas uni-dades, e mesmo com toda essa campanha as apli-cações da segunda dose da vacina foi pouca, para melhor abrangência as enfermeiras vão às escolas com intuito de darem a primeira dose da vacina e aplicarem para aquelas que ainda não tomaram. A dona de casa Valdelice de Oliveira disse que vai sempre a unidade fazer o preventivo e con-sulta de rotina, “Eu sei da importância da vacinação e sempre levo as minhas filhas e sei bem da impor-tância de se cuidar” disse ela. Ela tem uma filha de 12 anos que já tomou a vacina da HPV na Escola Municipal Plínio Men-des Santos, que recebeu a equipe da SESAU para realizarem a vacina da HPV nas meninas e já foi na unidade para tomar a segunda dose. Devido aos casos graves encontrados, esse vírus não é brincadeira e todo cuidado e prevenção não é pouco, principalmente para as mulheres, po-demos encontrar mais informações no site da Pre-feitura:www.pmcg.ms.gov.br/carta-deservicos/vacinaou em qualquer unidade básica da saúde.●

BRUNA ROCHA

DENGUE MATA

Dengue é uma doença tropical infec-ciosa transmitida por várias espé-cies de mosquitos principalmente pelo Aedes Aegypti. Seus sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores

musculares e articulares e muitas vezes semelhantes ao sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica, resultando em sangramento, baixos níveis de pla-quetas sanguíneas e até diminuir a pressão arterial, causando no infectado o risco de vida.O vírus provavelmente, se originou de outros vírus que circulavam em primatas não humanos nas pro-ximidades da península da Malásia. O crescimento da população aproximou as habitações das regiões onde viviam esses ancestrais e o mosquito infectado passou a transmitir também em humanos.De acordo com a Organização Mundial de Saúde a cada 12 segundos um novo caso da doença é regis-trado no Brasil resultando em cerca de 745mil casos registros, um aumento de 234% em relação ao mes-mo período do ano passado.Em Mato Grosso do Sul a situação é considerada crí-tica em 49 cidades, de acordo com o Ministério da

Saúde que diz que o estado está enfrentando uma epidemia da doença. Essa classificação se da quando existem mais de 300 casos para cada 100 mil habi-tantes e aqui o número é de 741 casos para cada 100 mil.Com as altas temperaturas aqui, as notificações de casos de dengue, nos primeiros quatro meses deste ano, já são 71,5% maiores que todo o ano passado. Segundo o último boletim epidemiológico da Secre-taria Estadual de Saúde, foram notificados até o mês de maio deste ano, 19.187 casos da doença, núme-ro superior ao do ano passado que não passou dos 9.256.Só esse ano, sete pessoas morreram por causa da do-ença, aqui no estado. O último caso de dengue no estado aconteceu no dia 8 de maio de 2015, a vítima era uma idosa de 67 anos. Amélia Guenka Silva faleceu com suspeita de dengue hemorrágica, seu marido Pedro Oliveira da Silva ficou indignado com a situação, pois a doença se agravou por conta da demora no atendimento.Esta foi à primeira morte por dengue na capital nes-te ano. Os relatos que foram feitos pelo marido são de que Amélia morreu porque o atendimento de-morou. “Desde a hora que ela chegou no posto, se ela estivesse internada não tinha acontecido isso ai” reclamou Pedro.

Mato Grosso do Sul é um dos sete estados brasileiros com epidemia de dengue.

CARLA SALENTIM

128 129

Page 66: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

R aiva é infecção viral é mortal e pode ser transmitida para pessoas a partir da saliva de animais infectados, ge-ralmente através de uma mordida. O vírus “viaja” da ferida até o cérebro, o

que resultara no inchaço da região. A maioria dos casos de morte por raiva ocorre em crianças. No Brasil, á doença é muito antiga, porém rara, nos últimos casos de raiva humana foram re-gistrados em 2013 no Maranhão e no Piauí. No esta-do de Mato Grosso do Sul, surgiu um caso de raiva humana no inicio desse ano, onde a doença não era registrada há mais de 20 anos. O paciente ficou internado no Hospital Uni-versitário de Campo Grande. Flávio de Moraes de 38 anos que foi mordido por um cachorro, infectado pelo vírus na cidade de Corumbá, 428 quilômetros da capital. Segundo os médicos que cuidaram do caso, o paciente levou 2 meses para procurar ajuda médica, o que agravou seu quadro clínico. Há 21 anos o estado não registrava nenhum caso de raiva, segundo o Ministério da Saúde. O in-fectologista Maurício Pompílio que acompanhou o caso do rapaz de perto, disse que o paciente sofreu morte cerebral, com o tempo veio a ter parada car-díaca. Uma cardiologista que também acompa-nhou o caso de perto conta, que o vírus faz com que o paciente infectado perca a pressão arterial, e

depois faz com que ele tenha um ataque cardíaco e, em muitos casos, evolui para edemas cerebrais que levam à parada cardíaca. Flávio morreu na manhã do dia (13) de maio, depois de ter ficado 27 dias, in-ternado. Em 2013 um paciente de 25 anos no Chile, reagiu bem aos tratamentos, após ficar quatro meses internado, César Barriga, 25 anos, contaminou-se com o vírus após ser mordido por um cão, em julho do ano passado, quando dirigia uma motocicleta na cidade de Quilpué, 133 km a noroeste de Santiago. Após 16 semanas, Barriga recebeu alta depois de re-cuperar as funções neurológicas e a fala e terá um período de reabilitação de seis meses para recuperar a mobilidade dos pés. O último caso de raiva no Chile foi diagnos-ticado em 1996, quando um menino foi contamina-do por um morcego na cidade de Rancagua (centro). Ele faleceu. Com o ocorrido, a capital acabou tendo que alterar seu calendário de vacina contra a raiva. A campanha que ocorreria no mês de setembro será antecipada para o mês de agosto. Em Corumbá a vacinação está sendo feito pelos agentes de saúde, que realizarão a operação na zona rural do município. A imunização em huma-nos só é feita quando a pessoa for ferida por algum animal ou tiver contato com morcegos. São cinco doses em um intervalo de um mês. Em humanos, a raiva é considerada letal, ou seja, tem alta capacidade de matar. Por isso, é fun-damental manter o status vacinal em dia. Segundo especialistas, a cura da doença, que tem como sinto-mas febre, dor de cabeça, irritabilidade e espasmos

RAIVACRISTIANO ARRUDA

Doença fatal aparece no Mato Grosso do Sul,após 20 anos.

THE WITCHER 3: WILD HUNT

The Witcher III foi recém lançado e já causa alvoroço nos gamers que curte RPG, afinal, depois de duas franquias, uma terceira totalmente diferente com gráficos, mapas e além de uma jogabi-

lidade incrível. Tem tudo para ganhar o título de jogo do ano, assim como Assassins Creed que será lançado só em outubro, mas que certamente concor-rerá com The Witcher. Será uma briga de cachorro grande no final do ano, até por que, são duas fran-quias de excelente qualidade e que despertam paixão

em quem joga e aprecia games de alto bom nível. O JOGO

The Witcher 3: Wild Hunt é o terceiro ca-pítulo da saga de Geralt of Rivia, baseado no livro do famoso escritor polonês Andrzej Sapkowski. The Witcher 3 se passa logo após os fatos do segundo, onde Geralt já é um temido e conhecido guerreiro na terra de Nilfgaard. Neste cenário ele é perseguido pela Wild Hunt, uma ordem de cavaleiros fantas-

Uma simulação da vida real mais esperada do ano

Rep

rodu

ção

130

TECNOLOGIA

Page 67: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

magóricos, que farão de tudo para abater o lendário Witcher. Para escapar desta ameaça, o jogador deve buscar aliados e conseguir novos poderes ao lon-go de sua jornada em um gigantesco mundo para ser explorado. O jogo apresenta um enorme mapa, maior do que os dois games anteriores combinados, com muitos personagens para interagir e criaturas maléficas para enfrentar. The Witcher 3: Wild Hunt é o esperado game de ação em mundo aberto desenvolvido pela CD Projekt Red para PS4, Xbox One e PC. Ele será o terceiro e último capítulo da saga do protagonista Geralt the Rivia e promete redefinir o gênero RPG. The Witcher 3: Wild Hunt promete um mundo totalmente aberto à exploração. O game terá múltiplos ecossistemas, ciclo de dia e noite, culturas diferentes e regiões totalmente distintas. O jogador estará livre para explorar esses cenários a qualquer

momento, em diferentes transportes. O mundo do jogo será vivo e terá seu pró-prio sistema econômico, com preços que variam de acordo com a região. Seu mundo aberto se expande mais além e até mesmo outros personagens e aldeões estarão vivendo normalmente suas vidas, indepen-dente de suas ações. Cada elemento ou personagem irá reagir as mudanças de temperatura, ambiente e principalmente à história, criando um perfeito ecos-sistema dentro do game.

Mapa do game O título promete mais do que apenas explo-ração, mas também pretende entregar um mapa re-almente extenso, nunca visto antes na série. Segun-do os desenvolvedores, o mapa a de The Witcher 3: Wild Hunt será três vezes maior que o de Skyrim, além de ser 30 vezes maior do que o do jogo anterior,

Rep

rodu

ção

WARFACE: DO MUNDO ASIÁTICO PARA O BRASIL

Conhecida por desafiar os computa-dores com jogos que almejam mui-ta capacidade para processamento, a Crytek resolveu mudar seu âmbito de games com Warface, um jogo de

tiro online e gratuito. Até um computador para serviços de empresas seria capaz de rodar o jogo. Porém, é impossível imaginar este mesmo mi-cro rodando Crysis 3 e outras superproduções.“Para nós, jogos sempre foram sociais”, disse Peter Holzapfel, produtor de “Warface” à revista Edge. Warface se destaca por ser um jogo de última geração, desenvolvido pela Crytek, a mesma criado-ra dos aclamados Crysis e Far Cry. Um jogo realista, para quem gosta de ação e gráficos com qualidade. Por mais que quando se fala em jogo mul-

Após ter anunciado recorde de vendas nos mercados orientais, Level UP cria parceria com a Crytek e passa a ser distribuidorado game aqui no Brasil.

LEONARDO LIMA

Rep

rodu

ção

132 133

Page 68: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

tiplayer, o que vem a cabeça é “Call of Duty”, mas Warface tenta longe disso, se passar por um jogo se-melhante. O game busca repetir em jogos antigos, o sucesso que pode lhe trazer renome mundial, assim como Counter Strike fez em alguns muitos anos atrás. Warface tem plataforma para PC e Xbox 360, e foi produzido com o motor gráfico CryEngine 3.2 e foi originalmente destinado para um lançamento na China. Em agosto de 2011, a Crytek anunciou que o jogo iria bater o recorde de vendas nos mer-cados ocidentais em 2012. Foi anunciado em julho de 2012, que a empresa Trion Worlds iria publicar o jogo nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Turquia, Austrália e Europa. No Brasil, o Warface é distri-buído pela Level Up! Games desde Maio de 2013.“Procurávamos por um jogo inovador, que pu-desse mostrar a força dos jogos FPS, unindo a qualidade gráfica e jogabilidade inovadora. Além de uma parceria forte com uma empresa de re-nome como a Crytek”, diz Mário Matos que é ge-

rente de produtos da Level UP aqui no Brasil.

Enredo Num futuro próximo, as nações do mun-do entraram em colapso. Isso abriu caminho para que o conglomerado militar Blackwood ascendes-se ao poder, eliminando brutalmente todos aque-les que ousassem desafiá-lo. Você é um membro do Warface, um grupo de resistência com poder de fogo e habilidade para confrontar estes opressores. No jogo os combatentes terão que lutar con-tra as operações da Blackwood empresa multina-cional de soldados individuais. Liderada pela CEO Úrsula Ellis, eles usam seus recursos militares para ganhar muito dinheiro de várias fontes ao redor do planeta. As operações da Blackwood estão in-terferindo ativamente nos Bálcãs, no Afeganistão, e as favelas do Brasil. Seu negócio principal é rou-bar recursos e sifão dinheiro em sua organização.

Rep

rodu

ção

ASSASSIN’S CREED Um jogo que reproduz a realidade na Revolução Industrial

A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Eu-ropa e que vai influenciar na nova fran-quia de Assassin’s Creed. Ocorrida en-tre os séculos XVIII e XIX, a principal

particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas a vapor. Após oitos jogos, AC Syndicate se passa em uma Londres de 1868, onde a franquia inova com os acontecimentos desse período que tem como exemplos, a urbanização e os veículos motorizados. O game que antes contava com um protago-nista em cada jogo passa a trazer dois protagonistas jogáveis: os gêmeos Jacob e Evie Fry. De acordo

VINICIUS COSTA

com a Ubisoft, uma das novidades do seu novo AC, estão um lançador de cordas, usado para escalar grandes prédios, tirolesas e a possibilidade de usar carruagens e trens para lutar e como meio de trans-porte. Outro quesito que o jogo trás em sua jogabi-lidade, são as lutas que prometem ser difíceis, e que acontecerão entre gangues rivais para aumentar seu nível de reputação e influência em Londres.“Eu gostei até o Assassin’s Creed 3, mas depois eles começaram a sufocar nós jogadores e com isso decaiu a qualidade do jogo. Mas eu espero que esse novo game me surpreenda tanto a mim quanto aos próprios desenvolvedores”, conta Nélio que é um dos admiradores do game. Assassin’s Creed: Syndicate será lançado no dia 23 de outubro para Playstation 4, Xbox One e PC e concorrerá com The Witcher 3: Wild Hunt lançado no mês de maio, como um dos melhores jogos de 2015.

A FRANQUIA – A batalha épica entre Assassinos e Templários

Para quem nunca jogou, Assassin’s Creed é um jogo de ação de 3º pessoa no qual você é um assassino, ambientado na idade media. Resumindo é um jogo de ação com elementos Stealth e Le--parkour.

Rep

rodu

ção

134 135

Page 69: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

A Ubisoft lançou seu primeiro jogo AC em 2007, teve como protagonista Desmond Miles que por meio de uma máquina chamada Animus conse-gue reviver as memórias dos seus ancestrais, como o sírio Altaïr Ibn-La'Ahad e o italiano Ezio Auditore. A franquia sempre englobou períodos e persona-gens históricos, como exemplo, Leonardo da Vinci em Assassin’s Creed II. Assassin's Creed completou cinco anos em 2012, com a franquia de sucesso que acabou encan-tando jogadores de PlayStation 3, Xbox 360 e PC. A história de ficção, que conta como a maior irman-dade secreta, esteve por trás dos mais importantes marcos históricos da humanidade e conquistou mi-lhões de seguidores ao longo dos anos.

Personagens

Desmond Miles: Desmond era o principal personagem da série Assassin’s Creed, até morrer, em Assassin’s Creed 3, apesar de ainda ter alguma importância e em Assassin’s Creed 4: Black Flag. Ele é resgatado pela Ordem dos Assassinos no mundo moderno, pouco antes da Abstergo, a versão moder-na dos Templários, o capturar. Altaïr Ibn-La’Ahad: Altaïr, ou apenas Altair, foi o primeiro assassino dos tempos antigos a surgir na série. Ele foi também um dos primeiros a fundar a Ordem de Assassinos e a ter uma grande impor-tância na saga – além disso, ele é venerado como “Grande Mestre”, pelos outros membros que o segui-ram, após os acontecimentos de Assassin’s Creed 1. Ezio Auditore da Firenze: Talvez o assassino de maior carisma da série inteira, Ezio conquistou todos os fãs da saga e é considerado o melhor per-sonagem, até hoje. Ele apareceu em Assassin’s Creed 2, Assassin’s Creed: Brotherhood e Assassin’s Creed: Revelations, além de spin-offs em filmes animados e em outras mídias. Ratonhnhaké:ton: De nome difícil, Ratonh-nhaké:ton é um assassino de raízes indígenas nos Estados Unidos. Também conhecido apenas como “Connor”, ele viveu na época da Guerra Civil nor-te-americana e participou de atos importantes em

Assassin’s Creed 3. Aveline de Grandpré: Aveline é a única per-sonagem central feminina da série Assassin’s Creed, mas representa bem o gênero em Assassin’s Creed 3 Liberation, jogo que também conta com a participa-ção de Connor. Ela agia principalmente na região de Nova Orleans, nos EUA, na mesma época de Con-nor. Edward James Kenway: Edward é um pirata que se torna assassino ao longo da história de As-sassin’s Creed 4: Black Flag, nas ilhas caribenhas dos EUA. Ele era um nobre britânico, mas enveredou pelos caminhos dos piratas após descobrir verdades de seu passado, também como assassino. Shay Patrick Cormac: Shay é o personagem central de Assassin’s Creed Rogue e, apesar disso, não é bem um assassino, ao menos não ao longo do jogo inteiro. Ele começa sua aventura como um as-sassino da Ordem, mas logo trai seus mestres e se torna um Templário. Arno Victor Dorian: Arno é o primeiro as-sassino totalmente francês na história da série. Ele vive na época da Revolução Francesa e tem um pa-pel importante da Ordem por lá. Apesar de seu jogo, Assassin’s Creed Unity, ter recebido algumas críticas, ele é carismático e bem desenvolvido. Arno tem uma roupa bem diferente dos assassinos anteriores e tam-bém é um dos principais responsáveis pelo assassi-nato de algumas pessoas reais famosas na época da Revolução. Tudo, claro, no mundo do jogo apenas.

GAMES NÃO É SÓ PARA CRIANÇASEntenda o porquê....

Quem nunca? Já virou a pergunta quando o assunto é jogar videogame. É lógico que a vários tipos de joga-dores de vários tipos de jogos, mas o que realmente faz a diferença é o

quanto você joga e o que você joga. O nome da pes-soa que joga é “Gamer”, essa é a pessoa que jogam muito e entende tudo sobre jogo, no entanto histori-camente, o termo "gamer" ou "gameplayer" se refe-ria a alguém que jogava role-playing games, (RPG). Jogar videogame é o passatempo favorito não só de crianças e adolecentes, para muitos isso é coisa de adulto. O mercado de jogos vem crescendo muito para alimentar um numero cada vez maior de gamers, que querem melhores graficos, melhor audio, jogos com dublagem, com plataformas online e tudo mais. Alguns começaram jovens, como Leandro Zago e Willian Souza. Leandro Zago, Engenheiro Eletrico e Coordenador dos cursos tecnicos de Ele-trônica e Eletrotécnica no CPFE, tem um grupo de amigos que desde o ensino médio se reunem para jogar. Ele conta que quando eram mais jovens se en-contravam todas as sextas pra jogar sinuca, conforme

foram crescendo eles passaram a jogar truco até que encontraram o videogame. “Por um tempo reveza-mos no jogo. Até que fomos comprando jogos para três ou quatro jogadores simultaneos. Assim fomos evoluindo do PS1 (PlayStation), pro PS2, pro PS3 e agora no PS4. Mas sempre mantendo a sexta do jogo.” Willian Souza, universitario de Rede de Computadores na UFMS, começou a jogar aos 11 anos na casa de um vizinho que tinha o PS1 onde jo-gavam muito Sonic e jogos de luta como Teken, The King of Fighters. Hoje prefere jogos de tiro, que são indentificados pela sigla FPS (tiro em primeira pes-soa). Willian também joga jogos online e explica um pouco como funcionam “Existem jogos de flash, que são aqueles jogos de sites, e também tem aqueles com uma conexão mais complexa que utiliza servidores fora ou dentro do país. Os jogos mais complexos de se jogar como Call of Duty para console eles são pagos”. Uma situação que deixa muitas pessoas curiosas quanto aos jogos online é a possibilidade de se conectar com diversas pessoas e a capacidade de acabar fazendo amigos. Segundo Willian Sou-za diz que já fez amigos assim como também fez inimigos. Ou seja, é outra forma de se rede social, mas muito especifica onde só acessa quem joga.As caracteristicas de cada jogo define o tipo de gamers

136 137

Page 70: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

DRONES Tecnologia no ar à favor deboas imagens

O drone é uma das tecnologias que mais tem chamado a atenção nos últimos meses no Brasil, esses equi-pamentos podem ter diversas utilida-des, e são denominados pela ANAC

(Agência Nacional de Aviação Civil) como VANT (Veículo Aéreo Não-Tripulado) e RPAS (Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas). Esses equi-pamentos costumam ser trabalhados com um con-trole remoto via rádio com o qual você pode ma-nobrar sem tocá-lo e no geral foram criados para realizar tarefas mais arriscadas ou como ferramen-ta extra para diversos tipos de trabalhos aéreos. Esses equipamentos se tornaram mui-to comuns e podem ter utilidades inimagináveis, passando desde aparatos militares em casos mais extremos onde existem casos de recursos “ar-mados”; acontecimentos de manutenção de áre-as atingidas por catástrofes naturais ou por ra-diação e vazamentos químicos; outro tipo de drone também são satélites, sondas espaciais e submarinos que atingem profundidades e altitu-des incompatíveis para o trabalho de um humano. O modo mais usual tem sido a adoção desses aparelhos por profissionais de fotogra-fia e cinegrafia como suporte para câmeras com o objetivo de fazer imagens aéreas de casamentos,

atividades esportivas e também para fins publici-tários, hoje é possível comprar alguns modelos em lojas específicas por valores à partir de R$ 2 mil, eles são leves e costumam ter baterias bem peque-nas, o que reduz sua autonomia de voo para pou-cos minutos porém a qualidade não deixa a desejar. Em Campo Grande existe a empresa DRO-NEMS, do técnico em tecnologia da informação Eduardo Umaki, ele possui um desses equipamentos e garante que a qualidade, comodidade e custo bene-fício são excelentes, ele afirma que não dá pra viver dos trabalhos de videografia à partir do drone mas que é uma boa alternativa não só pra empresa que ofere-ce o trabalho mas também para possíveis clientes de mercado imobiliário, eventos, esportes, campanhas publicitárias, matérias jornalísticas, monitoramento, mundo do agronegócio e muito mais - “é um bom meio de captura de imagens para esses fins, todo o trabalho é combinado e o cliente consegue perceber as vantagens como a versatilidade, mobilidade, pra-ticidade com a implantação e rápido retorno, ain-da tem toda tranqüilidade, segurança e baixo custo sem danos á qualidade final do produto”, disse ele. A ANAC ainda não possui um termo de regulamentação para o uso de drones no Brasil e afirma estar acompanhando os avanços no cenário internacional para dar um retorno específico ao fun-cionamento desses aparelhos visando o interesse e as preocupações públicas e também das empresas com maior interesse nos VANTS, como um todo.

NATHÁLIA OLIVEIRA

como, por exemplo, o PC Gamer é o gamer que gosta de jogar pelo computador. O video gamer é o tipo de gamer que gosta de jogar videogames e o Table gamer é o tipo de gamer que gosta de jogos de mesa. O ter-mo é geralmente usado para gamers que jogam jogos de miniaturas, mas também podem referir-se a jogos de tabuleiro, jogos de cartas ou role playing game. Os Gamers de vidogame também se di-ferem entre si existem sete tipos de videogamers.

GAMER SOFTCORE CASUAL: Gamer que joga jogos projetados com uma jo-gabilidade fácil (como Tetris, Snake, etc.) e este não passa muito tempo jogando jogos de com-putador. Os gêneros que os gamers casuais jo-gam variam, desde que eles não possuem um console específico para jogar os seus jogos.

HARDCORE GAMER: O gamer que passa a maior parte do seu tem-po de lazer jogando, e como consequência do grande tempo passado jogando, muitas vezes no nível difícil ou mais difícil, esses tipos de ga-mers ficam muito proficiente em jogar os jo-gos. Há muitos subtipos de Hardcore gamers baseados no estilo do jogo, preferência de jogabili-dade, plataforma de hardware, e outras preferências.

RETROGAMER: Um gamer quem gosta de jogar ou reunir jogos de de-terminada era mais antiga. Os Retrogamers são em parte responsáveis pela popularidade da emulação de videogame. Alguns reúnem velhos jogos de videoga-me e protótipos, ou estão no negócio de polir nova-mente velhos jogos, em particular cabine de arcades. Alguns até fazem suas próprias cabines de arcade.

IMPORT GAMER: Um gamer que gosta de jogar ou colecionar jogos vídeo produzidos internacionalmente. As impor-tações mais comuns são do Japão, embora alguns gamers europeus e japoneses comprem jogos da

América Norte. Dependendo da plataforma de jogo envolvida, esses gamers podem usar dispo-sitivos como modchips, discos de boot, e/ou Ga-mesharks para passar por cima da proteção de lo-caute regional no software, embora alguns prefiram comprar consoles importados. Um número desses gamers importam jogos de gêneros que geralmen-te não são lançados fora do Japão, como simula-dor de romance ou baseados em anime/manga.

CYBER ATLETA: Um gamer profissional (muitas vezes abreviado de "pro gamer" ou somente "pro") que joga jogos por di-nheiro. Se um cyber atleta é um subtipo de hardcore gamer basicamente depende do grau ao qual um cyber atleta depende financeiramente do rendimento obti-do no ato de jogar. Por enquanto, como um cyber atle-ta depende financeiramente do ato de jogar, o tempo que passou jogando não é mais o tempo de "lazer".

GAMER REGULAR:

O gamer regular é um gamer "normal", aquela da conotação média, intermediário. Para cair na ca-tegorização de gamer, o gamer regular é a pessoa quem têm mais que um interesse passivo em jogos de videogame, e passa aproximadamente 11 ho-ras por semana jogando. O gamer regular é com-posto por muitos outros subgêneros de gamers, e por isso têm o interesse no que é mostrado na média (FPS, esportes, RPG, jogos de ação, etc.)

GAMER HACKER:

O Gamer Hacker é um jogador que burla as re-gras dos jogos online, utilizando-se de softwares de terceiros para alterar certas características do jogo, tais como passar de fase mais rápida, cash instantâneo, vida ou mana infinitas, entre diver-sas outras. O Hacker é considerado o pior tipo de gamer, o qual é sempre insultado por não seguir as regras, sendo banido de alguns jogos online.

138 139

Page 71: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

Algumas curiosidades sobre o drone é que há apenas uma diferença básica entre um VANT e um aeromodelo, e está no uso já que o aeromo-delo é utilizado para fins mais recreativos ou de competição, uma Aeronave Remotamente Pilotada é um tipo de VANT onde existe um piloto remoto responsável pela operação segura da aeronave, e o termo Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada é usado para se referir ao conjunto e demais equipa-mentos necessários para a sua operação. Enquanto

não tem uma regulamentação de segurança vigen-te no país em decorrência do seu surgimento rela-tivamente recente, grande parte dos empresários que possuem drones seguem as regras de aeromo-delismo e algumas precauções como a dependência de boas condições meteorológicas; não sobrevoar áreas onde estejam pessoas ou multidões ou den-samente povoadas; certificação de que no local do vôo não existam pontos geradores de interferências e nem aeronaves voando próximas entre outros.

Rep

rodu

ção/

Yout

ube

DO ALTOCéu noturno de Campo Grande

registrado por drone

UMA PULGA ATRÁS DA ORELHA Custo benefício ou modernização?

Dúvidas são recorrentes na hora de ir comprar um celular de últi-ma geração, ainda mais quando o lançamento de smartphones está cada vez mais rápido e mais pro-

penso a chegar ao mercado. Mas a principal dúvi-da na cabeça do consumidor é: “comprar o celu-lar pelo custo benefício ou pela modernização?”. Sempre surge aquela pulga atrás da ore-lha quando se vê um celular super moderno e na moda, mas o preço é caro ou até quando o ce-lular é barato, mas vem com poucas funções. Se for entrar em comparação de preços e

sobre estar na moda, a Apple sai na frente com seus magníficos Iphone’s que custam acima de mil e até dois mil reais. A Samsung uma das mar-cas concorrentes e que tenta desbancar a Apple no cenário atual, busca sempre inovar nos aparelhos para que mesmo com a modernização, o preço possa ser acessível para que o consumidor tenha condições de comprar mais de suas franquias, po-rém, nem tudo que é planejado sai nas melho-res condições, os preços são altos e estão longe de ser unanimidade na cabeça dos consumidores. A Motorola que é marca comum por pro-duzir aparelhos mais resistente e um pouco menos

Rep

rodu

ção

140 141

Page 72: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

“moderno” que a Samsung e Apple, acaba lucrando mais com seus lançamentos. Não é à toa, que sua marca é umas das favoritas no mercado atual pelos consumidores, por ter trabalhado e conseguir fazer o casamento ideal que é a modernização com o custo benefício excelente. Os celulares que despontou no mercado e elevou a Motorola a ser uma das escolhidas pelos consumidores, foi o da franquia Moto G e Moto E, onde seus aparelhos são moderno com suporte Android 5.0 Lollipop, um dos sistemas operacionais

mais requisitados até o momento e ainda consiste em ter câmera frontal para os tradicionais “selfies” e além de outros serviços para redes sociais. E o custo benefício? É baixo, na casa dos 800 reais, bem abaixo de Samsung e Apple que lançam seus aparelhos com valor de R$1,500 para cima, quase o dobro do preço. Para quem quer gastar o mínimo possível e ainda assim ter um celular de boa qualidade é ne-cessário busca e conhecimento, além de saber quais aparelhos suprem suas necessidades no dia-a-dia.

Está cansado de fotografar sozinho e sem nenhuma companhia? Não se preocu-pe, pois o instagram resolveu inventar o "Instagram Meetups Everywhere", conhecido como "Instameet". O ser-

viço reúne usuários da rede social, marcando en-contros (reais) em diversas cidades pelo mundo. Na página oficial do instameet, há uma lista para os novos encontros, em que o usuário pode con-firmar presença. Caso não haja nenhum próximo, o internauta pode criar um novo evento, selecionando local e data e convidando os amigos para participar. Na região de São Paulo, por exemplo, já existem eventos na capital, Santos, Santo An-dré, São Bernardo do Campo, Taboão da Serra, Jacareí, Itu e Indaiatuba, entre outros locais. De acordo com o serviço, existem quase 10 mil usu-ários participando do "Instameet", espalhados por mais de 1.300 cidades ao redor do mundo. Aqui no Mato Grosso do Sul também ado-taram o evento. O InstameetMS surgiu através do user @dickarruda e seus amigos - @new75 e @manuscrita, juntamente com meus amigos do @carlosokida que são @cesinha.guto, @gabi.teodoro e @anaehorn. Muitos da formação original, já sa-íram, pois depende de tempo e zelo, hoje o Insta-meetMS conta com 6 moderadores para a galeria. O instameetMS surgiu como uma ideia de reunir os amantes da fotografia, um olhar vale mais

que o equipamento, um olhar diferenciado, e mais especificamente da foto 1x1, Instagram. O pri-meiro instameetMS contou com 10 participantes, e foi realizado junto com o 9º instameet mundial. Carlos Okida diz, que, Fazer parte do InstameetMS é uma grande alegria e ao mes-mo tempo uma grande responsabilidade, pois de uma forma ou de outra estar à frente de mui-tas pessoas e formando opiniões, exige cuidado. Não pensamos que tomaria esta proporção e como todo projeto existe os ajustes de percurso, e nunca conseguimos agradar a todos, principalmen-te com relação às fotos e destaques, muito natural. Ao atingimos este número de pessoas com um mesmo objetivo, Fotografar, e quando reunimos estas pessoas, formando uma comuni-dade, onde estão atrás de um sonho, trocam ex-periências, buscam um lugar ao sol, sendo ami-gos e não concorrentes, dando dicas um para os outros, isto é o que desejamos para o mundo, isto me marca muito, um futuro melhor para todos! Esperamos que a cada dia pu-desse ajudar mais pessoas a encon-trar os seus sonhos e fazer novos amigos!E para participar é muito simples, ter vontade, pegar .

Rep

rodu

ção

INSTAMEETUM INCENTIVO AOS FOTÓGRAFOS DE BOLSO

MATHEUS RIBEIRO

FEBRE Livros para crianças conquis-tam adultos.

Porta

lPE1

142 143

Page 73: Revista Laboratório curso Jornalismo Anhanguera Uniderp

Jornalismo