10
Tradução Natalie Gerhardt Rio de Janeiro | 2014 ILUSTRADO POR JONNY DUDDLE & O TROLL BARRIGA DE SERPENTE Miolo WILL GALLOWS AL.indd 3 Miolo WILL GALLOWS AL.indd 3 29/11/13 17:05 29/11/13 17:05

Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

Tradução

Natalie Gerhardt

Rio de Janeiro | 2014

ILUSTRADO POR JONNY DUDDLE

& O TROLL BARRIGA DE SERPENTE

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 3Miolo WILL GALLOWS AL.indd 3 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 2: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

6

★ Grande Rochoeste ★

Rocha CentralVila Repolho

Alegre

Para Fenda Mortal

Bosque do OesteDesolação

Minerópolis

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 6Miolo WILL GALLOWS AL.indd 6 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 3: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

8

Quando o xerife fi nalmente acordou, puxou a aba do chapéu e

lançou-me um olhar fulminante. Desenrolei o pôster do horrendo

troll barriga de serpente sobre a mesa, no qual lia-se:

PROCURA-SE

VIVO OU MORTO

NOOSE WORMWORX

RECOMPENSA GENEROSA

O xerife olhou de relance.

— Pode fi car, garoto. A maioria nem pede — rosnou ele. —

Agora dê o fora daqui.

— Não é o pôster que eu quero, xerife Slugmarsh — res-

pondi. — Eu... preciso de algumas informações.

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 8Miolo WILL GALLOWS AL.indd 8 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 4: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

11

— Ele era um bom xerife suplente, o melhor que já...

— Eu sei — interrompi. Preferia não falar sobre aquilo. Era

doloroso demais.

Slugmarsh respirou fundo.

— Noose e seu bando saíram do nada naquela manhã.

— Ouvi dizer que papai gritou pedindo cobertura. Mas que

ninguém deu. Deixaram ele na mão.

O xerife pegou a garrafa e me ofereceu um gole. Eu meneei

a cabeça, impaciente, aguardando sua resposta.

— Garoto, você não faz ideia de como foi. Fomos pegos

no meio de uma saraivada de balas. Noose parecia um demônio

gatilho-armado. A situação era caótica. Não dava para ouvir nem

nossos próprios pensamentos sob a chuva de tiros!

Baixei a cabeça. De repente, ouvi o som de areia batendo no

vidro da janela quando uma lufada de vento levantou a poeira da

rua.

Slugmarsh passou a mão na barba.

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 11Miolo WILL GALLOWS AL.indd 11 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 5: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

13

O xerife abriu a gaveta e pegou um mapa da Grande Rochoeste.

Passou o dedo sujo sobre o mundo em forma de cacto com um

tronco grosso e braços erguidos, no topo dos quais se liam os

nomes:

M

★ Grande Rochoeste ★

Rocha Central Vila Repolho

Alegre

Para Fenda Morta

l

Desolação

Minerópolis

Bosque do Oeste

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 13Miolo WILL GALLOWS AL.indd 13 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 6: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 17Miolo WILL GALLOWS AL.indd 17 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 7: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

30

Luna certamente nunca permitia que esquecessem que o pai

dela fora da cavalaria celeste, um exército de soldados corajosos

sob o comando do Grã-xerife, o governante da Grande Rochoeste,

que voava em cavalos alados altamente treinados.

A base do pelotão celeste fi cava em um

forte na cidade Rocha Central.

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 30Miolo WILL GALLOWS AL.indd 30 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 8: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 33Miolo WILL GALLOWS AL.indd 33 29/11/13 17:0529/11/13 17:05

Page 9: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

44

— Senhor, ela fi cará completamente sozinha aqui. Será que

eu não poderia fi car com ela?

— Isso é contra as regras, fi lho — explicou o condutor, des-

cendo a rampa. — As pessoas viajam nos vagões para passageiros.

Eu a acompanhei até o vagão para cavalos.

— Sinto muito, Luna, mas não vai demorar muito para che-

garmos à Fenda Mortal.

Caminhei pela plataforma e escolhi um vagão vazio. Sentei-me

à janela. Logo depois, um apito soou e, com um solavanco, o trem

começou a se mover.

Segurei a vara e a bolsa bem fi rme ao meu lado. Não im-

portava que eu não alcançasse a prateleira de bagagem sem precisar

fi car em pé no banco, já que eu não tinha a menor intenção de

perdê-las de vista. Eram tudo o que eu possuía naquele momento.

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 44Miolo WILL GALLOWS AL.indd 44 03/12/13 15:4103/12/13 15:41

Page 10: Will Gallows & o Troll Barriga de Serpente

45

As construções de Minerópolis passavam pela janela: o banco,

a venda local, o posto do xerife. Imaginei que Slugmarsh deveria

estar dormindo, com as pernas coladas na mesa, como de costume.

Depois de algum tempo, um velho elfo, usando um paletó

limpo verde e prateado da Companhia Ferroviária, entrou no

vagão, carregando uma caixa de fósforos, e caminhou até o lam-

pião sobre a janela.

— Logo fi cará bem escuro por aqui — murmurou ele. —

Vamos passar por um túnel. — O elfo parecia ser ainda mais

velho do que vovó, mas obviamente era pobre demais para deixar

de trabalhar. Eu admirava os elfos acima de todas as criaturas da

Rochoeste, mais até do que os humanos. Eram uma raça orgulhosa

e trabalhadora. Sem mencionar o fato de eu ser metade elfo.

Miolo WILL GALLOWS AL.indd 45Miolo WILL GALLOWS AL.indd 45 03/12/13 15:4103/12/13 15:41