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Active Design & Projeto Urbano: canteiro central entre a Rua Domingos de Morais e a Avenida Noé de Azevedo

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FIAM - FAAM – Centro Universitário

Cidade Ativa

DIAGNÓSTICO

ACTIVE DESIGN & PROJETO URBANO

Canteiro central entre a Rua Domingos de Morais X Av. Prof. Noé

de Azevedo

SÃO PAULO

2016

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FIAM - FAAM – Centro Universitário

Cidade Ativa

DIAGNÓSTICO

ACTIVE DESIGN & PROJETO URBANO

Canteiro central entre a Rua Domingos de Morais X Av. Prof. Noé

de Azevedo

Alunos

Rafael Pedrosa Amanda Abreu

Carolina Gloeden Vinicius Zoia

Leonardo Baciga Guilherme Menegatti

SÃO PAULO

2016

Análise e diagnóstico da região do entorno da

estação Vila Mariana de metro, na zona sul da cidade

de São Paulo, apresentado ao Escritório Modelo do

curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro

Universitário FIAM-FAAM.

Orientadora: Profa. Dra. Helena Napoleon Degreas

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INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4

LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 5

MAPAS......................................................................................................................... 6

Mapa de uso do solo ................................................................................................. 6

Fluxo de permanência ............................................................................................... 7

Fluxo de pedestres .................................................................................................... 8

Fluxo de veículos ...................................................................................................... 9

ANÁLISE INICIAL ...................................................................................................... 10

ANÁLISE DOS 7 CRITÉRIOS .................................................................................... 15

Mapa dos 7 critérios ................................................................................................ 16

Segurança ............................................................................................................... 17

Proteção .................................................................................................................. 18

Acessibilidade ......................................................................................................... 19

Atratividade ............................................................................................................. 21

Conectividade ......................................................................................................... 22

Resiliência e sustentabilidade ................................................................................. 23

GRÁFICOS....................................................................................................................25

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O local de estudos está situado entre as vias coletoras Avenida Noé de

Azevedo e a Rua Domingos de Morais, no bairro da Vila Mariana, trata-se de um

espaço residual que divide as duas vias. O bairro apresenta uma alta

concentração de edifícios de uso misto, sendo grande parte comércios e serviços

no térreo (fachada ativa) e residenciais nos demais pavimentos, com gabarito de

aproximadamente 24 metros.

A área de pesquisa situa-se na bifurcação entre as vias, formando o

doravante canteiro central.

As pesquisas realizadas na área de interesse, basearam-se em questões

como:

Mobilidade urbana, referindo-se às condições de deslocamento de meios

motorizados e não-motorizados, utilizando levantamento de dados,

quantitativos e qualitativos;

Identificação das áreas de permanência e passagem de pessoas,

mediante a observações realizadas em diferentes horários no canteiro;

Levantamentos geométricos utilizando base cartográfica e síntese dos

dados colhidos por meio de gráficos.

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Diagnóstico do canteiro localizado na bifurcação das vias coletoras

Avenida Professor Noé de Azevedo e a Rua Domingos de Morais, realizado

pelos alunos do escritório modelo do curso de arquitetura e urbanismo, Amanda

Abreu, Carolina Gloeden, Guilherme Mengatti, Leonardo Baciga, Rafael Prado e

Vinicius Zoia, sob orientação da Prof.ª Dr. ª Helena Degreas utilizando o Active

Design para desenvolvimento de projetos urbanos. O trabalho é parte do Projeto

de Pesquisa Sistemas de Espaços Livres: projeto, produção e gestão do espaço

urbano do FIAM-FAAM Centro Universitário em parceria com a organização

social Cidade Ativa.

Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com pedestres (Foto 1),

coleta de informações, levantamento de dados pelo uso de painel interativo feito

com pedestres, registros fotográficos, croquis, perspectivas e reconhecimento

da área.

Foto 1 - Entrevista com pedestres. Fonte – Arquivo Pessoal

Os dados colhidos referem-se a diversas categorias de pesquisa com

intuito de compreender a dinâmica da área, situada em uma bifurcação de duas

importantes vias da região da Vila Mariana a Rua Domingos de Morais e a

Avenida Professor Noé de Azevedo.

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As entrevistas foram feitas com público com idade entre 16 a 65 anos; o

propósito da pesquisa é fazer o reconhecimento do usuário da região e conhecer

sua opinião a respeito do lugar, questões de acessibilidade, necessidades,

desejos, etc.

A coleta de informações foi realizada em dias e horários diferentes, para

melhor análise das áreas de permanência e da intensidade de fluxos de

pedestres, veículos, motocicletas e ciclistas, obtendo assim, resultados que

possibilitam discernir o público dos seus trajetos.

O Painel Interativo também possibilitou a identificação do público que

frequenta pouco, o usuário constante da região e suas necessidades e vontades,

aproveitando essa iniciativa apresentou o ponto de vista e indicadores sociais

com base nas perguntas feitas nesses painéis, tais como informações básicas

do pedestre (gênero, idade espaços que frequenta, etc.), necessidades e

desejos para aquela região, entre outros questionamentos.

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Os registros fotográficos, croquis e as perspectivas do relatório,

apresentam as questões de mobilidade urbana, acessibilidade e obstáculos,

condições do local e área envoltória.

Estes dados possibilitam a elaboração de um projeto que atende às

necessidades dos usuários e possibilita criar um espaço urbano requalificado e

atendendo os 7 Critérios.

Os critérios utilizados para avaliação dos pontos de medição possibilitam

a análise do espaço em relação ao seu uso. A referência aplicada para estes

critérios foi extraída de trabalhos desenvolvidos pela equipe Gehl (GEHL, 2013)

e Active Design Guidelines (NYC, 2013), denominada “Análise dos 7 Critérios”.

Esta análise tem por objetivo compreender se o local contempla conceitos

primordiais que assegurem o seu uso como passagem e permanência. A partir

deste diagnóstico, é possível identificar as melhorias necessárias para

requalificação desta área.

1. Segurança;

2. Proteção;

3. Acessibilidade;

4. Diversidade e Versatilidade;

5. Atratividade;

6. Conectividade;

7. Resiliência e Sustentabilidade.

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“Para garantir o uso dos espaços é necessário

também que usuários se sintam seguros. A sensação

de segurança está muito ligada à iluminação, à noite,

mas também depende da presença de outras pessoas,

da troca de olhares (“olhos na rua”, como diria Jane

Jacobs). Mistura de usos do solo, transparência e

visibilidade entre espaços públicos e privados,

densidade populacional, limpeza e conservação dos

espaços e edificações ajudam a construir essa

sensação de segurança” (DIAGNÓSTICO ÁREAS 40,

CIDADE ATIVA, 2016)

Os aspectos relacionados à segurança notados na área de estudo são:

O canteiro encontra-se entre dois acessos para a Estação de Metrô

Vila Mariana, por isso, o usuário acaba utilizando como passagem;

Os entrevistados disseram sentirem-se inseguros ao passar no

local, pois há apenas iluminação viária e a do bar (Foto 2)

Não há espaços de permanência, com exceção do período da noite

que é utilizado pelo bar para acomodar os clientes realizando

serviço externo.

Possui também visibilidade entre os espaços, iluminação natural

e não há grades e/ou muros.

Foto 2 – Imagem da frente do bar apresentando a transposição entre as vias

Domingo de Morais e Prof. Nóe de Azevedo. Fonte: Arquivo Pessoal

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“Espaços atraentes para pedestres são aqueles

em que usuários se sentem protegidos: de acidentes ao

caminhar ou cruzar a rua, ao utilizar equipamentos ou

também do frio ou calor excessivos. É importante

avaliar se são confortáveis para a permanência e se

possuem elementos de proteção contra intempéries,

como arborização ou coberturas, ou aspectos nocivos a

saúde ” (DIAGNÓSTICO ÁREAS 40, CIDADE ATIVA,

2016)

No que se refere a proteção, o local possui diversos obstáculos, como:

Dispositivos para a separação de veículos que criam barreiras na

circulação;

Em pesquisa de campo, foi observado que as pessoas utilizavam

a rua para passagem, ao invés do canteiro, pois estes lugares

tornaram-se inacessíveis;

Lixeira coletiva no meio do fluxo;

Faixa de pedestres localizada apenas na Rua Domingo de Morais

Ausência de áreas arborizadas e coberturas para proteção contra

intempéries (Foto 3).

Foto 3 – Imagens dos obstáculos presentes no canteiro. Fonte: Arquivo

Pessoal

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“Acessibilidade é essencial para garantir que

um espaço público possa ser utilizado por diversos tipos

de usuários – de diferentes idades e com capacidades

distintas para locomoção, visão, audição... Um espaço

acessível é inclusivo, incorpora diretrizes de

acessibilidade e desenho universal e é confortável para

qualquer pessoa” (DIAGNÓSTICO ÁREAS 40, CIDADE

ATIVA, 2016)

Para as questões relacionadas à acessibilidade, verificou-se os seguintes

aspectos:

Há diversos obstáculos que dificultam e impedem o fluxo;

Pisos diferentes, provenientes de reformas;

Faixa livre mínima apenas na área próxima ao bar, no início da

bifurcação, a distância é de apenas 40 centímetros;

O terreno não possui declividade acentuada;

Dispositivos para separação de carros que bloqueiam os acessos;

Não possui sinalização visual e sonora para pedestres.

Foto 4 – Imagem das condições da calçada e acessos. Fonte: Arquivo Pessoal

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“Um espaço versátil permite diversas

possibilidades ao usuário e garante uma diversidade de

público. Zonas para passear ou para parar e descansar,

espaços amplos que permitem usos múltiplos como

jogos, festas, shows, são importantes para incentivar

seu uso contínuo. Atividades complementares, que

ativam o espaço ao longo das 24 horas do dia e durante

todo o ano, podem ser programadas para atrair

diferentes públicos. Em alguns casos, mobiliários e

zonas com características específicas podem ajudar a

atrair usuários com capacidades e interesses distintos,

como idosos e crianças. ” (DIAGNÓSTICO ÁREAS 40,

CIDADE ATIVA, 2016)

O espaço tem potencial para inclusão de equipamentos urbanos para

receber diversos tipos de públicos, no entanto, notou-se que:

A atividade realizada acontece apenas no período da noite, quando

o bar distribui mesas e cadeiras ao longo do canteiro para

permanência de seus clientes;

O único mobiliário existente são dois paraciclos dispostos na

circulação;

Não há espaços fixos para permanência;

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“Espaços atrativos, interessantes, são

desenhados na escala de percepção sensorial do

pedestre. A qualidade do desenho e a presença de

elementos lúdicos podem oferecer experiências

inusitadas e atrativas que engajam usuários. O design

e a disposição de bancos, por exemplo, podem

incentivar que indivíduos utilizem estes locais para se

encontrar, conversar, descansar: o uso de materiais

diversos e instigantes, vistas para elementos do entorno

ou o uso de elementos lúdicos, como a água, atribuem

caráter especial e identidade ao espaço atraindo

variedade de usuários. Fachadas interessantes

incentivam o uso de calçadas e a vitalidade dos

espaços públicos por elas definidos. ” (DIAGNÓSTICO

ÁREAS 40, CIDADE ATIVA, 2016)

Para as questões de Atratividade:

Notou-se a falta de conservação e limpeza do espaço;

As vistas para paisagem do canteiro são apenas para as vias da

bifurcação;

Não possui quaisquer mobiliários diferenciados ou equipamentos

lúdicos;

Não possui atividades que possuam caráter atrativo para os

pedestres, o gera apenas o uso desta área para passagem.

Foto 5 – O terreno possui uma boa área para implantação de equipamentos

urbanos. Fonte: Arquivo Pessoal

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“Para que seja um destino acessível, o espaço

público deve ser bem conectado com o restante da

cidade. A proximidade com estações de metrô, paradas

de ônibus, equipamentos públicos (hospitais, escolas,

parques, etc.), supermercados, incentivam o seu uso.

Acessos a edificações distintas garantem também a

variedade de usuários. É importante entender se as

intersecções com outras vias e calçadas são

frequentes, inclusive com o outro lado da rua. É

importante observar se existe sinalização para

pedestres, que indique caminhos e principais destinos

do entorno e se há conexão com as ciclo faixas”

(DIAGNÓSTICO ÁREAS 40, CIDADE ATIVA, 2016)

As considerações de conectividade relacionadas ao canteiro:

Área de estudo está situada próxima à estação de metrô e terminal

de ônibus Vila Mariana;

Há o Centro Universitário FIAM FAAM e o colégio Mario Cabrini;

Não possui parques ou praças no raio de 500 metros;

A conexão com a ciclofaixa é feita apenas na Rua Domingo de

Morais, para a Avenida Prof. Noé de Azevedo, o ciclista deve

deslocar-se cerca de 100 metros para chegar até o outro lado da

ciclofaixa (Foto 6).

Foto 6 – Ciclo faixa e paraciclo Fonte: Arquivo Pessoal

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“Espaços devem ser desenhados para

responder às mudanças climáticas e ao novo

paradigma de cidades mais sustentáveis e eficientes.

Neste contexto, cada lugar deve cumprir o seu papel,

trazendo estratégias para gestão de água, energia,

resíduos, mitigando efeitos de enchentes, das ilhas de

calor, reduzindo emissão de poluentes e o consumo

insustentável de recursos. ” (DIAGNÓSTICO ÁREAS

40, CIDADE ATIVA, 2016)

Foram identificados os seguintes itens de infraestrutura associados à

resiliência e sustentabilidade (Foto 7):

Não possui grelhas e /ou canaletas para drenagem, inclusive há

pontos com poças;

O ambiente encontra-se com grande quantidade de lixo no chão,

apesar de existir uma grande lixeira coletiva, localizada na área de

fluxo;

Não há coberturas para dias de chuva ou calor excessivo;

Não possui áreas permeáveis e sistemas alternativos de

abastecimento de água e energia;

O piso é composto por dois materiais, sendo um deles tipo não

permeável.

Foto 7 – Condições do local. Fonte: Arquivo Pessoal

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Portanto, a partir destas análises detalhadas e de todos os levantamentos

realizados, pode-se obter possíveis soluções para as problemáticas do local,

proporcionando um ambiente muito melhor, atrativo, com a colaboração dos

usuários, tecnicamente viável e atendendo as necessidades do público.

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