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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO João Matias Santos, Joel Veira de Lima Junior Luis Fernando Gabana Marcelo Poszar Tiago Silva de Jesus ENERGIA E SUSTENTABILIDADE: SEGURANÇA E DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2014 Projeto apresentado como requisito parcial da avaliação do primeiro bimestre do ciclo Básico dos cursos de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Professor Mediador Julio Ferreira Passos.

Energia e sustentabilidade: segurança e diversificação da matriz energética do estado de São Paulo

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Trabalho desenvolvido no primeiro bimestre do curso de engenharia da UNIVESP.

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

João Matias Santos,

Joel Veira de Lima Junior

Luis Fernando Gabana

Marcelo Poszar

Tiago Silva de Jesus

ENERGIA E SUSTENTABILIDADE: SEGURANÇA E DIVERSIFICAÇÃO

DA MATRIZ ENERGÉTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

SÃO PAULO

2014

Projeto apresentado como requisito parcial da avaliação

do primeiro bimestre do ciclo Básico dos cursos de

Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São

Paulo.

Professor Mediador Julio Ferreira Passos.

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

João Matias Santos

Joel Veira de Lima Junior

Luis Fernando Gabana

Marcelo Poszar

Tiago Silva de Jesus

ENERGIA E SUSTENTABILIDADE: SEGURANÇA E DIVERSIFICAÇÃO

DA MATRIZ ENERGÉTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

SÃO PAULO

2014

FICHA CATALOGRÁFICA

SANTOS, J. M; JUNIOR, J. V. L.; GABANA, L. F.; POSZAR,

M.; JESUS, T. S. .ENERGIA E SUSTENTABILIDADE:

SEGURANÇA E DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ

ENERGÉTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, SÃO PAULO

UNIVESP-2014

ORIENTADOR: JÚLIO FERREIRA PASSOS

Trabalho de Conclusão de Curso, Engenharia, Universidade

Virtual do Estado de São Paulo-2014

1. ENERGIA 2. MATRIZ ENERGÉTICA 3. FONTES DE

ENERGIA

RESUMO

Neste trabalho buscamos apresentar o estado atual da matriz energética do estado

de São Paulo, fazemos uma breve descrição das diferentes formas de energia hoje

utilizadas e levantamos dados atuais e do potencial a ser incrementado em cada

fonte, que estão dispostos em gráficos, tabelas e mapas ao longo do trabalho,

buscamos através da revisão bibliográfica na literatura existente demonstrar a forma

de utilização de energia no estado bem como destacar a demanda existente.

Palavras-chave: 1.ENERGIA 2. MATRIZ ENERGÉTICA 3. FONTES DE ENERGIA

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 7

OBJETIVO .......................................................................................................................................................... 8

METODOLOGIA ................................................................................................................................................. 9

AS FONTES DE ENERGIA ..................................................................................................................................... 9

HIDROELETRICIDADE...................................................................................................................................... 9

A HIDROELETRICIDADE NO BRASIL ........................................................................................................... 11

A HIDROELETRICIDADE EM SÃO PAULO .................................................................................................... 13

BREVE HISTÓRICO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SP ................................................................. 14

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 15

ENERGIA EÓLICA .......................................................................................................................................... 16

A ENERGIA EÓLICA NO BRASIL ....................................................................................................... 17

POTENCIAL EÓLICO DE ACORDO COM AS REGIÕES ................................................................. 18

CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 23

ENERGIA SOLAR ........................................................................................................................................... 25

FORMAS DE APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR............................................................... 25

DADOS SOLARI MÉTRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................. 28

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 30

GÁS NATURAL .............................................................................................................................................. 31

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: O PETRÓLEO E PROJEÇÕES LOCAIS E GLOBAIS ................................................ 31

COMPOSIÇÃO, PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO DESTE ATIVO .................................................... 32

PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO ESTADO DE SÃO PAULO ........................................................................... 34

PERCENTUAL DE CONSUMO POR RAMO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO .......... 35

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL ...................................................................... 36

CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DO GÁS NATURAL E ROYALTIES DO ESTADO DE SP. ........................... 37

COMPARATIVO DE TARIFAS NO BRASIL X U. S. A ...................................................................................... 38

DESENHO ESQUEMÁTICO DE USINA GERADORA TERMO ELÉTRICA ........................................................... 39

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 40

BIOMASSA ................................................................................................................................................... 41

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 41

FONTES DE BIOMASSA. ............................................................................................................................ 42

ENERGIA DA BIOMASSA X PRODUÇÃO DE ALIMENTOS ............................................................................. 43

CANA DE AÇÚCAR .................................................................................................................................... 44

BIOMASSA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ................................................................................ 45

BIODIGESTÃO .......................................................................................................................................... 46

CONCLUSÃO ................................................................................................................................................ 47

PETRÓLEO .................................................................................................................................................. 48

HISTÓRICO .............................................................................................................................................. 48

SITUAÇÃO ATUAL ................................................................................................................................... 48

PROJEÇÃO FUTURA ............................................................................................................................... 51

CONCLUSÃO ........................................................................................................................................... 52

CONCLUSÕES GERAIS ...................................................................................................................................... 54

7

INTRODUÇÃO

A demanda energética de uma sociedade está intimamente ligada à sua taxa de

crescimento populacional e ao seu desenvolvimento industrial e econômico. Quanto

maiores forem esses índices, maiores serão as demandas energéticas.

A representação quantitativa da estrutura da oferta de energia para a produção

industrial e para o consumo da população estabelecida em uma determinada região

recebe o nome de matriz energética.

Os atuais modelos econômicos neoliberais praticados na maioria dos países

incentivam a busca por crescimento econômico contínuo. Essa busca, no entanto, traz

à tona uma série de preocupações quanto à disponibilidade dos recursos necessários

para alcançar este crescimento, principalmente no que diz respeito à disponibilidade

energética.

Essa relação entre o consumo e a oferta de energia remete ao que se chama de

segurança no suprimento (Martins, F.R., et al, 2008, pg 1), ou seja, uma disponibilidade

de oferta energética tal que atenda de forma confiável as demandas atuais e futuras.

A geração de energia depende, em grande parte, de fatores naturais como

vazão dos rios, velocidade e incidência dos ventos, incidência de raios solares e

capacidade das jazidas de petróleo e gás, consequentemente existe um fator de

incerteza quanto à disponibilidade destes recursos que deve ser levado em

consideração quando da estruturação de uma matriz energética.

Para diminuir as inseguranças e garantir o fornecimento contínuo de energia,

mesmo diante de eventuais cenários de escassez de alguma das fontes geradoras,

deve ser implementada estrategicamente uma ampla diversificação da matriz

energética.

A lógica dessa estratégia é bastante simples: quanto menor a dependência de

uma sociedade em relação a uma certa fonte de energia, menores serão os impactos

caso ocorra algum imprevisto.

8

Paralelamente à segurança no fornecimento devemos levar em conta também a

necessidade de redução do impacto ambiental, ampliando, e até mesmo priorizando, a

utilização de fontes renováveis e sustentáveis na matriz energética .

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é analisar as principais fontes de energia disponíveis

para utilização em larga escala, especialmente as que compõe a matriz energética do

estado de São Paulo, a fim de propor um modelo que seja viável do ponto de vista

social, econômico e ambiental, contemplando a maior diversificação possível.

Esta pesquisa trata em diferentes aspectos a matriz energética do estado de

São Paulo, integrando as disciplinas do 1º bimestre do curso de Engenharia da

UNIVESP1, no escopo do presente trabalho, de forma que haja a transmissão de

conhecimentos e aprendizagem colaborativa na construção coletiva do saber e atentos

à multidisciplinaridade presente, utilizamos a escuta de especialistas de diversas

instituições, sejam elas acadêmicas, industriais ou comerciais, que contribuíram de

forma preponderante no levantamento dos dados, projeções, estimativas e teses que

permeiam todo o texto, cuja consecução última seria o aprendizado no fazer, ao

sermos expostos a tema de tamanha relevância.

1 Universidade Virtual do Estado de São Paulo

9

METODOLOGIA

Investigação documental do estado atual de utilização das diversas fontes de

energia disponíveis na matriz energética do Brasil, em especial no estado de São

Paulo.

Análise dos principais modelos de geração de energia através de informações

levantadas a partir da literatura especializada, laudos técnicos, documentos oficiais,

dentre outros, e verificação da viabilidade para a região Sudeste, mais precisamente

para o estado de São Paulo.

Levantamento de dados sobre os impactos ambientais decorrentes da utilização

das principais formas de energia identificadas na matriz energética do estado.

Avaliação de possíveis diversificações na matriz energética, com fontes

renováveis e sustentáveis.

AS FONTES DE ENERGIA

As principais fontes de energia encontradas na literatura que foram analisadas e

irão compor esse estudo são: Hidroeletricidade, energia Eólica, Petróleo e derivados,

Gás Natural, energia Solar e Bioenergia.

HIDROELETRICIDADE

A energia hidroelétrica é aquela obtida a partir da energia potencial de uma

massa de água.

A partir de um desnível, seja natural, formado pelas quedas d’agua, ou artificial,

formado por uma represa, a água passa de um determinado nível (mais alto) para

outro (mais baixo), fazendo girar uma turbina que transforma essa energia potencial

em energia elétrica.

A energia elétrica obtida por esse processo pode, então, ser considerada limpa,

já que não polui o meio ambiente, e renovável, já que depende da vazão dos rios.

10

Porém, para que a energia contida nas massas de água possa ser aproveitada,

a água precisa passar pelas turbinas de uma usina hidrelétrica. A construção dessas

usinas exige, dentre outras ações, o represamento da água em determinado ponto que,

naturalmente, não estaria acumulada. Essas inundações artificiais geram grandes

desequilíbrios ambientais, já que as espécies de animais terão que migrar para outras

regiões, podendo provocar desajustes na fauna e na flora.

Apesar disso, as hidrelétricas são consideradas uma das melhores fontes de

obtenção de energia, já que são capazes de produzir muita energia e a um custo

relativamente baixo. Nesse item, podemos dizer que, dentre as opções de energia

atuais, a hidrelétrica apresenta o menor custo para o consumidor final.

11

A HIDROELETRICIDADE NO BRASIL

O Brasil é um destaque quando se fala de energia hidroelétrica.

De acordo com o Balanço Energético Nacional (Brasil, 2010) - figura 1, a energia

elétrica representava, em 2009, cerca de 15,3% da oferta interna de energia

(considerando todas as fontes), o que era muito superior a oferta desse tipo de energia

no mundo (figura 2): cerca de 2,2%.

Fonte: Balanço Energético Nacional 2010, EPE, Rio de Janeiro, 2010 Figura 1: Oferta Interna de Energia.

12

Fonte: Balanço Energético Nacional 2010, EPE, Rio de Janeiro, 2010 Figura 2: Oferta Interna de Energia (Mundo 2007).

Quando consideramos somente a energia elétrica, a fonte hídroelétrica

representava uma participação ainda maior: cerca de 76,7% (figura 3).

Fonte: Balanço Energético Nacional 2010, EPE, Rio de Janeiro, 2010 Figura 3: Oferta Interna de Energia Elétrica.

13

A HIDROELETRICIDADE EM SÃO PAULO

Quando comparado com o Brasil, São Paulo apresentou em 2012 uma

participação ainda maior da oferta interna de eletricidade: 18,8% (figura 4).

Fonte: Balanço Energético São Paulo (2013) – Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Energia.

Figura 4: Composição Percentual da Oferta de energia no estado de São Paulo.

Como pode-se observar, o estado de São Paulo apresenta uma matriz

energética diversificada, mas ainda muito dependente de três fontes principais

(Petróleo e derivados, produtos da cana e hidráulica e eletricidade ) que juntas

representam cerca de 87,6% do total ofertado.

Quando observamos somente a produção de energia elétrica no estado de São

Paulo, constatamos que as duas únicas fontes de produção são a hidroelétrica e a

termoelétrica, sendo que esta apresenta um porcentual de participação aproximado de

33,7%, e aquela 66,3% conforme tabela a seguir:

Fonte: Balanço Energético São Paulo (2013) – Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Energia. Tabela 1: Capacidade nominal instalada de energia elétrica no estado de São Paulo.

14

BREVE HISTÓRICO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SP

A importância da geração de energia hidroelétrica é indiscutível. Basta observar

os gráficos acima para notar a importância que essa fonte de energia representa.

Por isso, os últimos dados divulgados em Junho de 2014 pela Secretaria de

Energia do Governo do Estado de São Paulo (São Paulo, 2014) são preocupantes.

De acordo com o relatório, a produção de energia elétrica pelo sistema

interligado de São Paulo vem caindo ano a ano, conforme pode-se observar na tabela

1 abaixo:

Fonte: Boletim Informativo, Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo, Junho/2014.

Tabela 2 - Produção de Energia Elétrica em GWh no Estado de São Paulo - Mês Base: Junho de 2014.

Uma das explicações para o decréscimo na produção de energia elétrica é que o

período de estiagem que afeta o estado tem sido o maior dos últimos 45 anos, de

acordo com o Instituto de Astronomia e Geofísica da USP (FERREIRA, L., 2014, pg 1).

Com um volume menor de água para represar, a produção de energia elétrica é

afetada.

Em contrapartida, o consumo dessa fonte de energia só tem aumentando.

Observe Na tabela 2:

15

Fonte: Boletim Informativo, Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo, Junho/2014.

Tabela 3 - Consumo de Energia Elétrica em GWh e População.

Uma explicação é que além do aumento da população, houve aumento do poder

aquisitivo dos paulistanos (São Paulo, 2013, pg 16), o que possivelmente gerou uma

maior demanda por aparelhos eletroeletrônicos e, consequentemente, aumento no

consumo de energia elétrica, além da inclusão de 88.718 novas ligações elétricas por

meio do programa de eletrificação rural “Luz para Todos” (Boletim Informativo,

Junho/2014, pg 22).

CONCLUSÃO

O estado de São Paulo apresenta uma demanda crescente por energia elétrica,

e a fonte de maior fornecimento desse tipo de energia é a hidroelétrica.

Entretanto, represar e produzir energia hidroelétrica requer alto investimento de

tempo e de dinheiro, além de disponibilidade de rios onde possam ser instaladas as

usinas.

A diversificação das fontes energéticas, portanto, é o que pode garantir o

fornecimento de energia para os crescimentos populacional, econômico e social.

Nesse sentido, pode-se pensar como uma solução aumentar a participação de

outras fontes renováveis como a eólica, solar e biomassa, para, com isso garantir o

fornecimento em épocas em que ocorre períodos maior de estiagem ou que por

qualquer outro fator ocorra diminuição na produção de energia hidroelétrica.

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ENERGIA EÓLICA

Entende-se por energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em

movimento, comumente denominadas de vento.

Por meio de tecnologias apropriadas, essa energia pode ser captada e

transformada em energia mecânica ou em energia elétrica.

A transformação da energia contida nos ventos, porém, não é recente. Estima-

se que ela já deva ser utilizada há mais de 3.000 anos e para diversas aplicações, tais

como, moagem de grãos, bombeamento de água e movimentação de embarcações

(Martins, F.R., 2008, pg 2).

Atualmente, essa energia pode ser também transformada em energia elétrica.

Após diversos progressos tecnológicos no campo de geração de eletricidade a

partir da energia eólica, hoje é possível pensar na produção dessa modalidade de

energia como complementar à matriz energética atual.

No mundo todo, o potencial instalado de geração de energia elétrica a partir da

energia eólica chega a 430 Terawatt-hora. Estima-se, ainda, que até 2020 o mundo

terá cerca de 12% da geração de eletricidade a partir do vento (WINDPOWER; EWEA;

GREENPEACE, 2003; WIND FORCE, 2003, apud ANEEL, 2005, pg 93 ).

As vantagens da geração desse tipo de energia são duas: a ambiental e a

social. As vantagens ambientais são porque instalação e funcionamento de turbinas

eólicas geram poucos impactos ambientais e vêm de uma fonte inesgotável, se

mostrando, portanto, como uma fonte sustentável e limpa de geração de energia.

A vantagem social vem da diversificação: quanto mais diversificada é a matriz

energética de uma região, maior é a segurança no suprimento de energia necessária

para o desenvolvimento econômico e social.

As desvantagens ficam por conta de características climáticas e geográficas que

podem inviabilizar o projeto eólico em determinada localidade.

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Isso ocorre porque a instalação de turbinas eólicas, para que seja viável, requer

algumas características como velocidade do vento entre 7 m/s e 8 m/s a 50 metros de

altura (GRUBB; MEYER, 1993, apud ANEEL, 2005, pg 94) e superfícies pouco

rugosas, ou seja, sem muito obstáculos para a passagem do vento (Atlas do Potencial

Eólico Brasileiro, 2001, pg 21).

De acordo com a Organização Mundial de Metereologia, somente 13% da

superfície terrestre apresentam essas características, sendo que desse total 32% está

na Europa e na América Latina chega a 10%, conforme observado na Tabela 2 abaixo:

Fonte: GRUBB, M. J; MEYER, N. I. Wind energy: resources, systems and regional strategies. In: JO-HANSSON, T. B. et. al. Renewable energy: sources for fuels and electricity. Washington, D.C.: Island Press, 1993. p. (apud

ANEEL, 2005, pg 94) Tabela 4 - Distribuição da área de cada continente segundo a velocidade média do vento

A ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Há alguns anos, o grande entrave para o investimento em energia eólica no país

estava por conta da falta de informações metereológicas a cerca dos ventos.

Para resolver esse impasse, o Ministério de Minas e Energia, em associação

com alguns centros de pesquisas e empresas do setor energético, elaboraram, em

2001, a pesquisa que se denominou Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.

18

Esse estudo contém diversas informações a respeito do clima e, em especial,

sobre os ventos (direção, sentido, velocidade, etc).

Esse documento, associado a outras fontes de pesquisas como artigos técnicos,

entrevistas com especialistas e informativos deram o embasamento teórico para

elaboração dessa pesquisa.

POTENCIAL EÓLICO DE ACORDO COM AS REGIÕES

Quanto ao relevo:

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. Figura 5 - Modelo do relevo brasileiro.

19

As regiões mais baixas costumam ter ventos menos intensos. Porém, quando se

refere à região litorânea, observa-se que o vento tem menos obstáculos, o que

favorece sua velocidade.

Pode-se observar na figura 1 que o Brasil possui um enorme área litorânea, o

que, a princípio favoreceria grande parte das regiões brasileiras, incluindo o Sudeste.

Porém, quando se observa por outro aspecto, a velocidade da incidência dos

ventos, a situação muda. Observe a figura 2 a seguir:

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. Figura 6 - Velocidade média anual do vento a 50m de altura no Brasil.

20

A figura 2 indica que a maior média das velocidades dos ventos está na região

Nordeste e, com uma incidência um pouco menor, na região Sul.

Quanto ao estado de São Paulo, nota-se que a velocidade média dos ventos é

relativamente baixa, ficando em torno de 4 e 5 m/s.

Os mapas a seguir (figuras 3 e 4) mostram as médias da velocidade dos ventos

nas regiões Nordeste (maior potencial eólico) e Sudeste (região de interesse para o

estudo) respectivamente:

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. Figura 7 - Velocidade média anual do vento a 50m de altura na região Nordeste do Brasil.

21

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. . Figura 8 - Velocidade média anual do vento a 50m de altura na região Sudeste do Brasil

A observação das figuras 3 e 4 permite inferir que, embora a região Nordeste

tenha maior potencial eólico, a região Sudeste possui também potencial para geração

de energia a partir do vento (conforme pode ser verificado com maiores detalhes na

tabela 2), porém, isso é observado mais precisamente entre os estados do Rio de

Janeiro e Espírito Santo. No estado de São Paulo esse potencial é muito baixo.

22

A tabela 2 e o mapa (figura 5) a seguir, mostram a realidade do potencial de

geração de energia elétrica a partir da energia eólica em todo o país;

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. Tabela 5 - Potencial eólico-elétrico estimado no Brasil, calculado por integração de áreas.

23

Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001. Figura 9 - Potencial eólico estimado para vento médio anual igual ou superior a 7,0 m/s.

CONCLUSÃO

O estudo permitiu concluir que, dada a velocidade média dos ventos que

incidem em São Paulo (menor que 7 m/s), a energia eólica não se apresenta, ainda,

como uma fonte viável de geração de energia no estado.

Entretanto, vale ressaltar que todos os estudos aqui apresentados refletem

tanto as médias dos ventos quanto a produção de energia eólica a uma altura de 50

metros. O avanço da tecnologia, contudo, tem mudado, e pode mudar ainda mais,

esses paradigmas.

24

Tanto os levantamentos realizados pelos institutos de pesquisas meteorológicas

quanto os artigos científicos, levam em consideração as velocidades média dos ventos

a 50 metros de altura (padrão internacional).

Porém, o Brasil já desenvolveu tecnologia que permite a construção de torres de

geração de energia eólica a 100 metros de altura (MELLO, E., 2014, pg 1).

Além disso, a região Sudeste como um todo apresenta o segundo maior

potencial para geração de energia eólica. A partir de redes adequadas de transmissão

e distribuição, o estado de São Paulo poderia se beneficiar com instalação de parques

eólicos em estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Desta forma, é de fundamental importância que se façam estudos a fim de

verificar a viabilidade econômico-ambiental da instalação desse modelo de geração de

energia de forma complementar às outras fontes do estado de São Paulo.

25

ENERGIA SOLAR

A radiação solar pode ser considerada a principal fonte de energia do planeta. É

ela que fornece à Terra condições climáticas e atmosféricas ideais para o

desenvolvimento da vida.

A própria natureza se encarregou, há bilhares de anos, de evoluir no sentido de

aproveitar ao máximo a energia solar para realização de transformações quimico-

físicas que culminassem com a geração de alimentos e de oxigênio (fotossíntese).

A fonte de energia primária para os recursos energéticos hidráulicos, eólicos e

de biocombustíveis (devido à fotossíntese) é a solar. Cada vez que existe uma

conversão energética parte da energia inicial é dispersa, causando uma diminuição no

total remanescente, o que faz com que, a energia solar possua o maior potencial de

geração (por ser a fonte primária da qual as outras derivam). Com uma pequena

parcela da energia solar irradiada sobre o deserto do Saara seria possível alimentar

todas as cargas do mundo. O entrave é o custo e outros interesses (FARRET;

SIMÕES, 2006)

FORMAS DE APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR

Atualmente existem duas formas (entre três) de maior destaque para

aproveitamento direto de radiação solar, as térmicas e as fotovoltaicas. O sistema solar

térmico é indicado para baixas latitudes (FARRET; SIMÕES, 2006, p. 112), inferiores a

30 graus, e é utilizado principalmente para aquecimento direto. Este sistema apresenta

maior eficiência quando aplicado diretamente em centrais térmicas, pois não necessita

de energia elétrica para a mesma função. Coletam energia solar num local fechado e a

utilizam para aquecer a água que, com a pressão do vapor, movem turbinas ligadas

aos geradores que produzem energia. É o modelo mais utilizado no Brasil.

26

A energia fotovoltaica, por sua vez, converte diretamente a luminosidade solar

em energia elétrica através do efeito fotoelétrico. As placas fotovoltaicas captam os

fótons presentes na luminosidade do sol e estes excitam os elétrons presentes nas

placas e através disto é formada uma diferença de potencial e com isso os elétrons

entram em movimento e assim forma-se a corrente elétrica. Apesar da conversão direta

a eficiência desse processo ainda é considerada baixa, pois não ultrapassa a casa dos

33% de eficiência (SHOCKLEI; QUEISSER, 1961).

O efeito fotovoltaico foi descoberto em 1887 pelo físico alemão Heinrich R. Hertz

(1857-1894). Geradores elétricos como esses são cada vez mais usados em aparelhos

eletrônicos e em satélites. Fora da atmosfera terrestre, um sistema de placas solares é

capaz de absorver 14% da energia solar que incide sobre elas. Cada metro quadrado

de coletor fornece 170 watts (pouco menos que três lâmpadas comuns de 60 watts).

Os espelhos côncavos captam e armazenam a energia do sol para aquecer a

água com mais de 100°C em tubos, que com a pressão, movimentam turbinas ligadas

ao gerador. O impactante dos espelhos côncavos é que eles têm que acompanhar

diretamente os raios do sol para fazer um melhor aproveitamento de sua energia.

No Brasil, os pontos mais favoráveis para a captação desta energia fornecida

pelo sol estão no nordeste. Segundo o Atlas Solarimétrico do Brasil

2000/CEPEL/Eletrobrás, o estado de São Paulo apresentava insolação diária média (h)

e radiação solar global diária média (MJ/m2.dia) semelhante às encontradas em

grandes áreas do nordeste brasileiro.

A primeira usina solar do estado de São Paulo e a maior do Brasil foi

oficialmente inaugurada em 27/11/2012 em Campinas. Com a capacidade de 1,1

Megawatt (MW) ela é capaz de abastecer 657 clientes/mês com consumo médio de

200 quilowatts hora (KWh).

Sistema de captação que usa a energia fotovoltaica obtida por intermédio da

conversão direta da luz solar em eletricidade. São quase 4 placas dispostas em três

agrupamentos próximo à Jaguariúna.

27

Ela foi construída dentro de uma subestação, com isso, não há gastos extras

com redes de transmissão.

O mapa abaixo (figura 10) apresenta as áreas de maior incidência de sol no

Brasil:

Figura 10: Média anual de insolação diária no Brasil (horas)

Já a imagem abaixo (figura 11) demonstra a média anual de incidência solar nos

municípios do Estado de São Paulo:

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Figura 11 : Incidência solar global média anual - Municípios do Estado de São Paulo.

DADOS SOLARI MÉTRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Potencial 9.100 MWp

Área 732 Km2

Energia 12.085.166 MWh/ano

Fonte: Secretaria de energia do estado de São Paulo, série energias renováveis 004, pag 21

Tabela 6: Produtividade de energia solar.

Por meio de estudos baseados no Atlas Solarimétrico do Brasil

2000/CEPEL/Eletrobrás, o estado de São Paulo apresenta uma quantidade de radiação

solar com uma capacidade efetiva de geração de energia equivalente a 512 TWh/ano.

Trata-se de um considerável potencial a ser explorado, principalmente quando este é

comparado com o atual consumo de eletricidade do estado, que é da ordem de 135

TWh/ano. Apesar da ampla possibilidade de aplicação desse tipo de tecnologia, no

estado de São Paulo ela ainda se manifesta de forma tímida, limitando-se basicamente

29

em aplicações residenciais para aquecimento de água, em usos específicos

(fiscalização, telefonia, etc.) e em pequenas localidades isoladas.

A imagem abaixo (figura 11) apresenta os locais (em vermelho) com maior

incidência de radiação sola anual no estado de SP

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE/LABSOLAR

Figura 11: Radiação Solar Anual

Como meta para o período 2020, no estado de São Paulo, pretende-se atingir um

aproveitamento energético equivalente a 1.000 MW em energia solar.

30

A tabela 6 abaixo apresenta a composição dessa meta, por segmento e usos finais.

Fonte: Secretaria de Energia do Estado de São Paulo - SEE Tabela 7: Título da tabela

CONCLUSÃO

Desta forma, pode-se observar que o estado de São Paulo tem enorme

potencial para utilizar a energia solar como fonte alternativa de geração de energia

elétrica. No entanto, para que este potencial seja explorado de forma massiva é

necessário que haja incentivos por parte do governo do estado para que o retorno

sobre o investimento seja mais rápido do que atualmente. Agindo assim, o estado

poderá garantir que ficará cada vez menos dependente de fontes não renováveis e

será referência nacional no uso de fontes alternativas para a geração de energia

elétrica.

31

GÁS NATURAL

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: O PETRÓLEO E PROJEÇÕES LOCAIS E GLOBAIS

O Brasil conta com mais de 86% de fontes renováveis (80% de hidráulica e 6%

de biomassa e eólica), tendo o petróleo e seus derivados, entre eles o gás natural,

com a maior participação na matriz energética brasileira, sendo o carvão mineral, o

petróleo e seus derivados, fontes não renováveis. No Brasil, as fontes não renováveis

representam aproximadamente mais da metade da matriz energética, já a média

mundial é bem mais elevada, com mais de 80% de participação de fontes não

renováveis .

O petróleo e os demais combustíveis fósseis continuarão a dominar esta matriz

pelo menos nos próximos 50 ou 60 anos, segundo a avaliação da presidente da

Petrobras, Maria das Graças Foster, que apresentou as projeções de oferta e

demanda de energia no mundo e no Brasil. Mostrou que 81% da matriz de energia no

mundo vêm de fontes fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Já no

Brasil, estes combustíveis respondem por 53% da matriz energética. Apresentando

dados de 2010 consolidados, a executiva mostrou que 81% da matriz de energia no

mundo vêm de fontes fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Já no

Brasil, estes combustíveis respondem por 53% da matriz.

As projeções para 2030 indicam que, no mundo, a demanda por energia

atendida por combustíveis fósseis representará 77% do total e, no Brasil, 52%. Nos

dois casos, fica evidente que a redução da participação dessas fontes na matriz

energética não será significativa até 2030, sendo necessário investimento forte na

busca por petróleo, já que os prazos para desenvolver a produção são longos, sendo

que exploração de bacias em águas profundas, por exemplo, é preciso esperar dez

anos para retirar o primeiro óleo, e o desenvolvimento da produção leva muito mais

tempo, pelo menos dez anos à frente para o 1º óleo e de outros 20 a 30 anos para

todo o período de concessão.

O Brasil produz 2 milhões 105 mil barris/dia (bpd), fonte (ANP, 2014).

32

COMPOSIÇÃO, PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO DESTE ATIVO

A importância do gás natural na composição da matriz energética mundial teve

uma enorme transformação nas últimas décadas. Ainda no século XIX, nos Estados

Unidos, ele era considerado um estorvo ao ser encontrado junto com o petróleo, pois

exigia uma série de procedimentos de segurança que encareciam e complicavam as

atividades de prospecção.

Já no século XX, a partir dos anos 80, o consumo entrou em franca expansão e

o gás natural transformou-se na fonte de energia de origem fóssil a registrar maior

crescimento no mundo, sendo muito utilizado como fonte de energia (combustível) nas

indústrias, residências, veículos e no mercado termoelétrico.

No Brasil, a Petrobrás produz grande quantidade de gás natural, e o consumo

deste combustível tem aumentado bastante nos últimos anos, o que leva a

necessidade de importação deste ativo, tendo a Bolívia, país vizinho ao Brasil, como

grande produtor e fornecedor, sendo o transporte feito através do gasoduto Gasbol

(Brasil-Bolívia) operado pela TBG. Em julho de 2014 a Petrobras obteve novo recorde

na produção de gás natural, alcançando 71 milhões 22 mil metros cúbicos de gás, e a

produção e o escoamento de gás, se da pelas Bacias de Campos, Santos, Espírito

Santo, Bahia, Sergipe-Alagoas e Rio Grande do Norte, Gasbol,, e do gás proveniente

dos terminais de regaseificação de GNL da Baía de Guanabara (RJ), Bahia e Pecém

(CE). A distribuição se processa através de gasodutos, que hoje contam com uma

malha de de 9.244 km, sendo 8.582,8 km de malha integrada.

Grande parte do gás natural (cerca de 70%) é formada pelo gás metano, que

não possui cheiro, sendo artificialmente odorizado, a temperatura ambiente e pressão

atmosférica, permanece no estado gasoso, possui baixa presença de contaminantes;

apresenta combustão mais limpa, que melhora a qualidade do ar, pois substitui formas

de energias poluidoras como carvão, lenha e óleo combustível , menor contribuição de

emissões de CO2 por unidade de energia gerada, com combustão muito mais

eficiente, com menos agressão ao meio ambiente.

33

Assim a demanda de gás natural no Brasil é maior no segmento industrial e

termo-elétrico, este último atrelado aos níveis dos reservatórios das Unidades

Hidrelétricas geradoras, bem como a demanda do consumo, ocasionando maior

geração com a utilização das termo-elétricas.

34

PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

O estado de São Paulo é referência nacional na indústria de petróleo e gás

natural, de acordo com balanço de 2012 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), as

cinco refinarias em operação no Estado representam 44,45% da capacidade total do

Brasil, e destaca-se também em relação ao consumo de gás natural, com participação

de 23% do total nacional (ANP – 2012).

São Paulo é o maior consumidor de gás natural do Brasil, e tem três áreas de

concessão de distribuição de gás canalizado, sendo atendido pelas empresas Comgás,

Gás Brasiliano e Gás Natural Fenosa, que, juntas, distribuíram em 2012 mais de 16,6

milhões de m³/dia, segundo dados de 2012 da Secretaria de Energia (SE) do Estado de

São Paulo.

À medida que a estrutura de abastecimento vai crescendo, o gás natural passa a

desempenhar um importante papel na economia paulista, principalmente na indústria,

que concentra cerca de75% do total consumido.

Fonte: http://www.investe.sp.gov.br/setores-de-negocios/petroleo-e-gas-natural/ Figura 13: Malha dutoviária simpliciada

35

PERCENTUAL DE CONSUMO POR RAMO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO

Fonte: http://www.investe.sp.gov.br/setores-de-negocios/petroleo-e-gas-natural/ Figura 13:Conusmo versus produção do Gás Natural

36

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Fonte: SUMÁRIO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

WWW.ENERGIA.SP.GOV.BR Nº 31 – JUN/2014

Figura 13:Produção do Petróleo e Gás Natural.

37

CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DO GÁS NATURAL E ROYALTIES DO ESTADO DE SP.

Fonte: SUMÁRIO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

WWW.ENERGIA.SP.GOV.BR Nº 31 – JUN/2014

Tabela 07 - Capacidade de Processamento do Gás Natural e Distribuição de Royalties

38

COMPARATIVO DE TARIFAS NO BRASIL X U. S. A

Tabela 08: Comparativo Tarifário praticado no Brasil e nos U.S.A

39

DESENHO ESQUEMÁTICO DE USINA GERADORA TERMO ELÉTRICA

Fonte: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap6.pdf Figura14 :Esquema de Usina Termo Elétrica.

40

CONCLUSÃO

O estado de São Paulo apresenta uma demanda crescente por energia oriunda

do petróleo e seus derivados, o que demanda investimentos intensos em exploração e

produção, sabendo de antemão, que da prospecção da jazida até o produto acabado,

demanda tempo significativo.

Assim o planejamento estratégico, com a devida acurácia e fator decisivo na

Matriz Energética Paulista bem como o seu Desenvolvimento Econômico e Social.

Portanto relegar este item da Matriz Energética a um papel secundário, será

condenar o estado e o País ao atraso e a decadência de uma sociedade que almeja

ser prospera e independente.

41

BIOMASSA

INTRODUÇÃO

Como alternativa para a diversificação da matriz energética destacamos que

aumento da abrangência da participação da energia proveniente de biomassa, em

particular a biomasa residual de diversas culturas agrícolas como, milho, arroz, soja,

cana de açúcar que podem ser utilizadas em diversos processos de transformação de

energia, tais como pirólise ou rotas tecnológicas que utilizem formas de conversão

como as que estão elencadas na figura 15.

Fonte: Atlas de Energia Elétrica do Brasil, ANEEL, 2008. (apud. CARDOSO 2012, pg 40) Figura 15 Diagrama esquemático dos processos de conversão da biomassa.

42

Destacam-se rotas de processamento e produção onde podem ser aproveitadas

energia calorífica para cogeração através movimentação de turbinas a vapor ou grupos

geradores movidos por gaseificação da biomassa para produção de eletricidade.

Processos de pirólise lenta, para carbonização são alternativas, com impactos

ambientais relevantes, mas que com o avanço das pesquisas a técnica pode ser

aprimorada e mais largamente utilizado este recurso como importante implemento na

matriz energética do país e do estado de São Paulo.

FONTES DE BIOMASSA.

Fonte: Fonte: Ministério de Minas e Energia, 1982 Figura 16 fontes de biomassa. apud CORTEZ, et al 2008

43

A figura 16, é um recorte da figura 15 que é mais completa do ponto de vista

inclusive da exposição dos processos de conversão energética, no entanto,

acrescentamos esta figura neste trecho, afim de ressaltar as diferentes origens da

biomassa,

ENERGIA DA BIOMASSA X PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Gostaríamos de salientar, que a energia proveniente da biomassa que deve

incrementar a matriz energética do estado de São Paulo, deve ser aquela obtida

prioritariamente da energia da biomassa residual das diversas culturas agrícolas que o

estado possui, como salienta MOURAD et al.

A utilização da biomassa para fins prioritariamente energéticos, como o caso da cana-de-açúcar modifica o equilíbrio de mercado relativo à oferta e demanda do produto como alimento. Segundo Nunes et all, IPT(1982), a expansão da agroindústria energética traz como conseqüência a aceleração do processo de substituição de alimentos, que tem por sua vez, implicações na distribuição de renda pelo aumento de preço dos alimentos. Entretanto, a utilização da biomassa que é excedente, considerada resíduo de um processo de produção causa menor alteração no equilíbrio de mercado. MOURAD, et al.

Buscamos dados acerca da biomassa residual, afim de demonstrar a viabilidade

de sua utilização como fonte para compor a matriz energética, e podemos depreender

da figura 17 e da tabela 9 , que esta é uma fonte que tem grandes possibilidades como

diversificação da matriz, não obstante ser uma fonte renovável e que a utilização deve

ser no campo afim de minimizar os custos de produção, ou seja, deve-se implantar

usinas de produção de energia a partir da biomassa residual nas proximidades do

campo onde se produz a biomassa.

44

Figura 17-Disponibilidade dos resíduos agrícolas por região geográfica. Fonte: IBGE, 2003, apud MOURAD et al.

Tabela 9-Estimativa do potencial energético de resíduos dos principais grãos no Brasil, 2001. Fonte: Produtividade: (*) IBGE, 200; (**) SOUZA et all, 2002 apud MOURAD et al. (2004)

CANA DE AÇÚCAR

Também na linha de aproveitamento de biomassa residual, cogeração, e a cana

de açúcar tem um potencial já explorado, mas que não atinge a totalidade das

possibilidades existentes para este insumo, segundo o que se pode apurar de SOUZA

e MACEDO, 2010. Com o avanço tecnológico o aproveitamento de subprodutos dos

45

resíduos derivados da cana de açúcar tem um leque de produção muito amplo e

grande potencial de mercado, como por exemplo a exportação das leveduras, a

produção de bioplástico, etc., além de grande potencial como insumo para produção de

energia a partir do bagaço e da palha, que é queimada no campo.

No Brasil a produção total de bagaço de cana no ano de 2010 foi de 160.333.000 toneladas, sendo 12.752.000 toneladas (7,9%) aplicadas em transformação (geração de energia elétrica) e 61.843.000 toneladas (38,6%) no setor energético (energia consumida nos centros de transformação e/ou processos de extração e transporte interno). A parte da produção destinada a geração de energia elétrica corresponde a 2,72 milhões de tep e 31,59 TWh. CARDOSO-2012, pg. 23)

Os subprodutos mais conhecidos da cana de açúcar são o açúcar refinado e o

etanol. A área cultivada de cana no estado de São Paulo foi cerca de 5 milhões de

hectares no ano de 2012, segundo dados da União da Indústria da Cana de Açúcar

(UNICA), a produtividade por hectare tem aumentado com novas formas de plantio e a

produção de novas variedades de cana mais resistentes a pragas e com maior

produtividade por hectare, aumentando o volume de resíduos que podem ser

aproveitados na produção de energia.

BIOMASSA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Existem diversas rotas tecnológicas para a utilização da biomassa com a

finalidade de se produzir energia elétrica, contudo, todas envolvem a

transformação da biomassa, por meio de processos termoquímicos,

bioquímicos e físico-químicos, em um produto intermediário, que por fim,

será usado na geração de eletricidade. Para cada cenário deve ser

observado a viabilidade técnica e econômica de cada tipo de biomassa e

da tecnologia a ser empregada visando a otimização dos resultados.

(CARDOSO-2012, pg. 5)

A biomassa residual, a ser usada pode ser proveniente de várias fontes, quais

sejam, resíduos do manejo florestal para a exploração de lenha, da indústria de

46

celulose, dos resíduos sólidos urbanos, etc. em todo caso, é necessário o tratamento

destes resíduos para que possam ser utilizados na produção de energia elétrica.

Existem centros de pesquisa, que objetivam desenvolvimento de tecnologia para

melhorar processos de obtenção de energia a partir da biomassa, podemos, citar o

NIPE-UNICAMP2 e o CTBE3, através das pesquisas desenvolvidas nestes centros, bem

como com a parceria com outros núcleos de pesquisa em energia pode se chegar a um

ótimo de produção ou criação de novos processos que possibilitarão maior grau de

participação da biomassa na matriz energética do estado de São Paulo e do País.

BIODIGESTÃO

O processo de biodigestão é uma forma da conversão da biomassa residual em

energia, onde a ação bactérias anaeróbias produzirão gás metano, como podemos

observar na que pode ser utilizado como fonte de energia, para aquecimento ou

produção de eletricidade.

Figura 18-Fases da produção de biogás. Fonte: Bley Jr., 2008 apud. CARDOSO-2012 pg. 33

2 Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético, Universidade de Campinas.

3 Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioetanol.

47

CONCLUSÃO

Existem diferentes fontes de biomassa residual que podem ser aproveitadas na

produção de energia, apresentando vantagens de serem fontes renováveis, não

concorrendo com a produção alimentícia, no caso de resíduos agrícolas, feitas

escolhas de produção alinhadas com a outras políticas de seguridade alimentar e

incentivo a produção limpa e sustentável. Os processos tecnológicos existentes para a

produção de energia a partir da biomassa, podem ser melhorados pelas pesquisas e

invenção de novos processos e máquinas. A biomassa residual pode significar um

incremento importante na produção de energia do estado de São Paulo, colaborando

como um fator da diversificação desta matriz que preconizamos em nossa pesquisa

48

PETRÓLEO

HISTÓRICO

O petróleo é um recurso natural conhecido e utilizado pelo homem desde os

mais remotos tempos. Na região do Oriente Médio era comum ocorrerem afloramentos

de petróleo no solo, o que possibilitava aos povos antigos acesso a esta matéria prima.

Os usos do petróleo eram diversos, desde combustível para aquecimento, iluminação

ou uso bélico até calafetação, impermeabilização e mesmo uso medicinal.

A moderna exploração comercial, em escala industrial, teve início

aproximadamente em meados do século XIX. Data também desta época os primeiros

processos de refino. O principal produto extraído do petróleo então era o querosene,

usado para iluminação. No início do século XX, quando Henry Ford desenvolveu a linha

de montagem em sua indústria automobilística e assim popularizou o automóvel com

motor a combustão interna, outros derivados, como a gasolina e o diesel, começaram a

ganhar importância e o seu consumo em grande escala impulsionou a indústria

petrolífera, chegando à escala gigantesca que conhecemos hoje.

No Brasil, a primeira refinaria foi instalada em 1932 e usava petróleo importado

principalmente do Chile. A primeira descoberta de petróleo foi feita em Lobato no ano

de 1939. Em 1953, em meio ao governo nacionalista de Getúlio Vargas, foi criada a

Petrobrás e assegurado ao Estado, por meio de leis, o monopólio da extração de

petróleo.

SITUAÇÃO ATUAL

A produção de petróleo no estado de São Paulo ainda é pouco significativa,

menos de 7%, em comparação com a produção nacional. Até recentemente somente o

campo de Merluza operava no território estadual, ficando sua produtividade entre 700 e

1000 barris diários. Com o início das operações do campo de Tupy, na bacia de

Santos, a produção do estado aumentou até o atual patamar, conforme pode-se

observar na tabela 10.

49

Tabela 10 - Produção de petróleo no estado de São Paulo e no Brasil, 2014.

Fonte: ANP

50

Figura 19 - Processamento de petróleo no estado de São Paulo e no Brasil, 2014.

Fonte: ANP

No estado de São Paulo, cerca de 40% do consumo total tem como fonte

energética os derivados do petróleo.

A maior vantagem dos derivados de petróleo como fonte é o grande poder

energético armazenado por volume, sendo então lógico seu uso como combustível em

automóveis, vindo realmente do setor de transportes a principal demanda por esta

fonte energética, como podemos observar no gráfico da figura 20.

51

Figura 20: Consumo de derivados do petróleo por setor no estado de São Paulo, 2012.

Fonte: Balanço Energético São Paulo (2013) - Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Energia.

PROJEÇÃO FUTURA

Estima-se que o consumo de petróleo como combustível deva continuar esta

trajetória de crescimento, principalmente devido às políticas que privilegiam o

investimento em exploração e produção. A produção nacional de petróleo pode atingir

os 3 milhões de barris diários por volta de 2020. A figura 21 demonstra uma projeção

para o consumo e a produção de derivados até o ano de 2035.

52

Figura 21: Histórico e projeção da produção de derivados de petróleo de 2000 até 2035.

Fonte: Matriz Energética São Paulo - 2035 (2011) - Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Energia.

As maiores incertezas com relação ao petróleo são a necessidade de

importação, pois o estado de São Paulo, como vimos, tem uma produção muito

pequena em face de sua necessidade, e os preços internacionais do produto, que

podem apresentar alto grau de volatilidade em razão dos principais produtores e

exportadores mundiais estarem em áreas sujeitas a conflito.

CONCLUSÃO

O petróleo é uma fonte de suma importância atualmente e assim continuará no

futuro próximo, muito possivelmente até mesmo aumentando sua participação na

matriz energética.

Entendemos, porém, que é preciso procurar fórmulas alternativas a fim de

reduzir a dependência do estado de São Paulo por este combustível, devido tanto à

questões ligadas a segurança de fornecimento, pois como visto existem fatores que

podem provocar quebra de sua cadeia produtiva ou o encarecimento do produto a

ponto de inviabilizá-lo, quanto a fatores ambientais, pois a queima dos derivados de

petróleo emite gases poluentes que não serão reabsorvidos em seu próprio ciclo

produtivo.

Como proposta, sugerimos:

53

O incentivo ao uso de combustíveis renováveis para o setor de

transportes, aumentando a participação do etanol, do biodiesel e da eletricidade,

de forma a reduzir a participação dos derivados do petróleo como combustível

O incentivo ao uso do petróleo como matéria prima para a indústria

petroquímica, de forma a manter uma demanda e priorizar investimentos para o

avanço tecnológico nesta área.

54

CONCLUSÕES GERAIS

A partir da revolução Industrial, ter uma matriz energética que garanta o

suprimento da demanda por energia sempre foi uma preocupação (TOLMASQUIM, M.

T., et al, 2007, pg 47 ). Entretanto, nos tempos atuais, à essa preocupação somou-se

os cuidados com a preservação ambiental.

Não basta mais apenas garantir o fornecimento de energia. É preciso também

garantir que os impactos ambientais sejam mínimos.

Nesse aspecto, podemos dizer que o estado de São Paulo apresenta uma

matriz energética parcialmente limpa, pois apresenta cerca de 57% da oferta de

energia composta por fontes renováveis e pouco poluentes (figura 4).

Dessas fontes, as com maior representatividade (produtos da cana, hidráulica e

biomassa) dependem de um único aspecto natural fundamental: o volume e a

distribuição da chuva.

Em períodos muito longos de estiagem isso pode ser um problema. As demais

fontes de energia, como os combustíveis fósseis, são altamente poluentes “vide

diminuição do enxofre da gasolina e do diesel “ e muito dependentes de variações do

mercado externo e, portanto, incapazes de complementar satisfatoriamente “plantação

de cana no interior sofrendo queda de produção…..fechamento de usinas de produção”

a demanda energética do estado.

O estado precisa, portanto, aumentar a representatividade de outras fontes

energéticas renováveis, além de aumentar a eficiência energética de sua matriz atual.

Por isso, investir em pesquisa e tecnologia é fundamental.

Ao que tudo indica, as fontes de energia não renováveis como petróleo e

derivados e gás natural, continuarão representando quase metade da matriz energética

do estado de São Paulo. A curto e médio prazo, de acordo com esse estudo, isso não

será um problema, já que a produção dessas fontes só tende a aumentar.

55

Entretanto, a longo prazo é necessário ter uma matriz energética diversificada

para garantir a demanda crescente.

E energia Eólica, Solar e Biomassa podem ser uma alternativa viável a longo

prazo, por serem limpas e renováveis. Porém, ainda é preciso muito investimento para

torná-las eficientes e competitivas.

No que se refere à energia Eólica, a região sudeste é a que representa o

segundo maior potencial para a produção desse tipo de energia no Brasil: cerca de

54,9 TWh/ano (tabela 4; figura 9).

Embora a maior parte desse potencial esteja localizado entre os estados do Rio

de Janeiro e Espírito Santo, parques eólicos nessa região poderiam ser usados para

compor o sistema integrado nacional e, deste maneira, também contribuir para a oferta

de energia do estado de São Paulo.

Além disso, como já mencionado, a evolução tecnológica no sentido de

aumentar a eficiência das turbinas eólicas a alturas próximas a 100m pode tornar a

energia Eólica viável de ser produzida no estado de São Paulo.

A energia Solar, segundo o professor Artur de Souza Moret, da Unir, o risco de

falta de energia poderia ser “zero” se houvesse mais investimentos em energia solar e

fotovoltaica. “No Brasil inteiro, a quantidade de sol é muito grande. Com os painéis

solares, o consumo de energia subiria na mesma proporção, mas parte disso poderia

ser atendido pela própria energia solar”, afirma.

A Biomassa residual da produção agrícola, do manejo florestal e dos resíduos

sólidos urbanos, tem grande potencial para a produção de energia ainda não

incrementado na matriz energética do estado de São Paulo, devido às características

urbanas da metrópole e outros grandes centros do estado o aproveitamento da

biomassa resíduos sólidos na geração de energia tem grande viabilidade, podendo ser

mais amplamente utilizado. Os resíduos da produção de grãos também apresentam

viabilidade, em volume e capacidade de geração, no entanto, ainda é preciso

desenvolvimento de tecnologias, para colheita e aproveitamento destes insumos.

56

Uma matriz diversificada e competitiva não se faz da noite para o dia. São

necessários investimento de tempo, dinheiro e de recursos humanos. Mas para que ela

se torne possível é preciso começar agora, para que um dia o estado de São Paulo

possa ser um exemplo de segurança e sustentabilidade no fornecimento energético.

57

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