30
PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Dr. Emilio Merino Consultor Transportes JULHO 2014 1º SEMINÁRIO CICLOVIÁRIO CANOAS

Plano Diretor Cicloviário de Canoas/RS: 1° Seminário - apresentação Arq. Emílio Merino

Embed Size (px)

Citation preview

PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Dr. Emilio Merino Consultor Transportes JULHO 2014

1º SEMINÁRIO CICLOVIÁRIO CANOAS

INDICE

Situação atual: fatores da mobilidade urbana

Conceitos da Mobilidade Urbana e Sustentável

Planejamento e política cicloviária

Conclusões e recomendações

1. Situação atual

OCUPAÇÃO TERRITORIAL COM BAIXA DENSIDADE

2. Cenários Urbanos

SEGREGAÇÃO ESPACIAL MUNDOS DIFERENTES TRANSPORTE DIFERENTE

PROCESSOS DE URBANIZAÇÃO CANOAS: “ O Patinho feio que virou Cisne”

1. Situação atual

CONGESTIONAMENTO TRÂNSITO CAÓTICO

I-MOBILIDADE

1. Situação atual

Transporte Público ineficiente Equilibrio entre oferta-demanda

Transporte Público ineficiente

Transporte Público

Sobrelotação

Transporte Público Baixa qualidade no servicio

1. Situação atual

Mobilidade Urbana e poluição ambiental

1. Situação atual

2. Conceitos de Mobilidade Urbana no Brasil

Se o objetivo do transporte é facilitar o movimento de pessoas e mercadorias a sustentabilidade será encontrada através da promoção dos meios de transporte que facilitem os deslocamentos com um menor impacto ambiental e social. Se o objetivo do transporte é facilitar o acesso a bens, serviços e contatos, se pode repensar a sustentabilidade a partir da redução das viagens motorizadas em favor de viagens a pé e em bicicleta.

2. Políticas e Diretrizes de Mobilidade Urbana no Brasil

ESTATUTO DA CIDADE – Lei 10257/2001

Diretrizes I. Garantir diversidade dos modais de transporte. Prioridade ao transporte

coletivo e não-motorizado e valoriza ao pedestre II. Gestão da Mobilidade urbana integrada ao Plano Diretor Urbano Municipal III. Respeito às especificidades locais e regionais IV. Controle da expansão urbana, universalização do acesso à cidade, melhoria

da qualidade ambiental e controle dos impactos no sistema de mobilidade gerados pela ordenação do uso do solo.

Cap. III. Referente ao Plano Diretor, no artigo 41, determina que cidades com mais de 500.000 hab. Deverá ser elaborado um plano de transporte integrado, compatível com o plano diretor urbano

2. Políticas e Diretrizes de Mobilidade Urbana no Brasil

POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL - M.Cidades, 2004

Diretrizes: foram elaboradas 30 diretrizes

Princípios : foram enunciados 10 princípios • Participação e controle social • Desenvolvimento das cidades por meio da mobilidade • Mobilidade urbana centrada nos deslocamentos das

pessoas

1. Prioridade para T. coletivo e não-motorizados e pedestres 2. Participação social e inclusão social 3. Barateamento das tarifas 4. Financiamento da infraestrutura 5. Planos diretores urbanos: melhor distribuição de atividades e reduzam a necessidade de deslocamentos motorizados 6. Circulação do transporte de carga 7. Transporte eficiente e de qualidade 8. Articulação entre municípios e Estado para melhorar a mobilidade metropolitana 9. Plano Diretor integrado > 500.000 hab 10. Coibir o transporte ilegal de passageiros 11. Plano Diretor: considerar os Polos geradores De tráfego

Estratégias A. Melhoria de transporte urbano B. Planejamento integrado e Transporte e

Uso do solo C. Promoção da circulação não-motorizada D. Uso racional do automóvel

2. Conceitos de Mobilidade Urbana no Brasil

3. Planejamento e Política Cicloviária: Entraves !!!

1. PLANO DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL:

Documento que oriente as políticas, diretrizes , estratégias e ações da mobilidade sustentável de Canoas. Interfaces entre TODOS os modais de transporte, priorização e gestão.

2. GESTÃO DA MOBILIDADE: Problemas da mobilidade

enfrentados desde o lado da oferta e não da demanda.

Palavras chave: Organização-Coordenação-

Informação-Comunicação

3. Planejamento e Política Cicloviária: Entraves !!!

Janeiro 2012

3. PLANO DIRETOR CICLOVIARIO:

Planejamento/ execução a. Normativa da compensação

ambiental: financiamento b. Promoção da bicicleta como modo

de transporte urbano c. Gestão onde se assegure a

participação efetiva dos atores sociais e parceiros. Incluir indicadores de gestão.

d. Material de divulgação (manual, guias, etc.).

Plano Participativo e Colaborativo para a

PROMOÇÃO DAS BICIS como modo de Transporte Urbano

: CANOAS Como vamos

3. Planejamento e Política Cicloviária: entraves

3. Integração da bici na política geral de transporte (b)

Parceria de bicicletas com pedestres

• juntos na idealização do espaço e desenho urbano

• as melhorias das bicis significam, também, melhorias para os pedestres

• reivindicações comuns: moderação do trafego; regulação semafórica; mobiliário urbano; arborização, etc

3. Integração da bici na política geral de transporte (c)

Parceria com o transporte público

• potenciação de ambos: bici alimentador dos trajetos de T.P de longo percurso

• uso compartido do viário, paradas e estações de intercambio

• transporte das próprias bicis dentro dos veículos : TRENSURB

• acessibilidade micro e macro

3. Facetas de uma política favorável Pro- bicis

“ Uma política de promoção da bici ligado a seu aspecto de engenharia (construção da infraestrutura) foram um fracasso..... e não recuperaram a bici para a cidade como modo de transporte urbano....”

“Pesquisas de promoção de bicis não se encontram exclusivamente na oferta de infraestrutura, senão que estas devam entender entender o comportamento dos usuários diante do transporte...”

Lajeado –RS

Uso de ciclovias como estacionamento 21,6 km - 7 hr – 18 hr.

3. Facetas de uma política favorável Pro- bicis

“Uma política de promoção das bicis deve partir de um Plano para recém desenvolver os aspectos de engenharia, e valorar aspectos educativos, culturais e normativos....”

Lajeado –RS

“Um Plano cicloviário deve incluir, por outro lado, uma análise financeira e orçamentária e colocar forte ênfase na participação cidadã...”

3. Uma política favorável: planejamento

• Iniciativas não integradas num planejamento global, levam ao fracasso

• Resolver primeiro os obstáculos e condicionantes do uso da bici.

• Construir um marco minimamente coerente de objetivos, priorização e hierarquia

• identificar ao destinatário da promoção. Não todos os ciclistas são iguais

• Contar com um Plano global para o desenvolvimento das bicicletas

3. Uma política favorável: engenharia

• Realizar um planejamento da infraestrutura coerente com o plano global de desenvolvimento das bicicletas

• Informação: estrutura urbana, modelo de transportes, barreiras artificiais e naturais.

• Linhas de desejo dos futuros/ potenciais deslocamentos de bici (croquis da rede) conjunto articulado de diversos tipos de vias que facilitem a circulação dos ciclistas

• Esquema global de circulação (não sujeitos a vontade municipal)

• Consistência com os usos previsíveis e sintonia com as necessidades locais de espaço e circulação

3. Uma política favorável: educação e cultura

• Processo de extensão e difusão do conhecimento de trafego e segurança

• objetivo: estabelecer um marco de valoração social da bici. Conhecimento das vantagens individuais e coletivos da bici e desvanecer a ideia de que esta serve só para lazer,esporte, crianças e pobres

• Educação não só para ciclistas senão para toda a população

• No caso dos ciclistas a educação deve focar no comportamento que permite reduzir os riscos... “ciclismo defensivo”

• Educação vial do ciclista infantil < habilidades e capacidade de compreender as diversas circunstancia do trafego>

3. Uma política favorável: educação e cultura

ALEMANHA 7 X 1

3. Uma política favorável: Promoção

Deve-se evitar 4 erros fundamentais:

1. Suposto de que os meios de comunicação, técnicos e políticos estão em sintonia com a opinião pública. Importância dos formadores de opinião

2. Atribuir infundadas expectativas de câmbios às simples campanhas de promoção. Quando os câmbios na imagem não se traduzem, necessariamente, em mudanças comportamentais

3. realização de campanhas em vazio, sem o suporte de um plano integral

4. Não se deve restringir a uma ação localizada no tempo e espaço. Deve-se envolver todos os mecanismos de comunicação pública

3. Uma política favorável: Financiamento

• O fato de que a infraestrutura das bicis custe bem menos que a do transporte motorizado, não significa que esforço e dedicação sejam menores

• Em Londres (1981) A Administração se comprometeu a empregar 1% do orçamento do Departamento de Transporte nas bicicletas

• Na Holanda (Delft e Groningen) durante vários anos se dedicou “ todo” o orçamento municipal de transportes, dedicado só as bicicletas.

3. Uma política favorável: Participação Social

• Participação Social = exigência democrática na promoção das bicis que garanta que as necessidades dos usuários sejam plasmadas no projeto

• A falta de expertise de ciclista que caracteriza a boa parte dos técnicos da prefeitura pode ser paliada com a participação dos ciclistas (usuários)

• Planejamento compartilhado por parte da prefeitura e os grupos de defesa das bicis

* Grupo de Trabalho da bici (Amsterdã)

* Comitê de Enlace entre a prefeitura e os ciclistas (Londres)

* Comissão Cívica da Bici (Barcelona)

3. Uma política favorável: Normativa

• Conjunto de Normas de aspectos variados da atividade social e econômica da cidade; Regras de jogo urbanísticas até as que proíbem ou permitem a circulação de bicis nos parques ou mesmo com os estacionamentos/ circulação pela calcada de pedestres

• Regras urbanísticas (corto/meio/longo prazo) que permitam realizações concretas

• Não esta livre de conflitos e dificuldades (beneficio de ciclistas restam privilégios ao transporte motorizado)

• Aceitação das regras de trafego pelos ciclistas, dependem de que estes percebam de que elas contribuem para sua comodidade e segurança

3. Uma política favorável: Avaliação e seguimento

O êxito de uma política de promoção da bici não se pode medir exclusivamente através de parâmetros numéricos: numero de ciclistas que usam uma via ou numero de acidentes

Não se pode esperar câmbios drásticos e imediatos nos hábitos de deslocamento da população e por conseguinte esperar um uso massivo da bici, ali onde antes havia uns quantos esportistas

Deve-se ter muita precaução à hora de avaliar os resultados locais e globais de qualquer política de promoção de bicicletas, especialmente, no terreno dos acidentes.

4. Propostas e Sugestões

Morte de ciclista – Bairro Mario Quintana ( 01/06/2012)

3. Propostas e Sugestões

MUITO OBRIGADO

Dr. Emilio Merino Domínguez

[email protected]