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20/05/2014 100 ANOS. COMPROMISSO COM O FUTURO 100 ANOS. COMPROMISSO COM O FUTURO Determinantes do consumo alimentar das pessoas com deficiência ou incapacidades Mestrado em Ciências do Consumo e Nutrição Metodologia da Investigação Cláudio Carvalho Janeiro de 2014

Determinantes do consumo alimentar das pessoas com deficiência ou incapacidades (apresentação)

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Janeiro de 2014 | “Determinantes do consumo alimentar das pessoas com deficiência ou incapacidades”, no âmbito da unidade curricular de Metodologia da Investigação do Mestrado em Ciências do Consumo e Nutrição da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP). Autor: Cláudio Carvalho. Avaliação: 17,9 em 20,0 valores.

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100 ANOS. COMPROMISSO COM O FUTURO

100 ANOS. COMPROMISSO COM O FUTURO

Determinantes do consumo alimentar das pessoas com deficiência ou incapacidades

Mestrado em Ciências do Consumo e NutriçãoMetodologia da InvestigaçãoCláudio Carvalho

Janeiro de 2014

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Índice e introdução• Índice e introdução.• As «falhas de mercado» e a valorização crescente da responsabilidade social.• A responsabilidade social, o mercado agroalimentar e os grupos mais vulneráveis.• Retrato do segmento das pessoas com deficiência.• As variáveis que influenciam o comportamento do consumidor.• Colocação do problema e lacuna de investigação; • Propósito da investigação e objetivo.• Formulação de hipóteses; Originalidade.• Desenho do estudo.• O estudo da população e o procedimento de amostragem.• Recolha de dados.• Gestão de dados: processamento e análise.• Considerações éticas.• Equipamentos e orçamentação.• Cronograma.• Resultados esperados e expansão da investigação.• Considerações finais; Referências bibliográficas; Bibliografia.

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Estado da arte: as «falhas de mercado» e a valorização crescente da responsabilidade social

• Segunda metade do século XX: Capitalismo da escola neoclássica, «capitalismo bem-estar» e o nível geral de qualidade de vida.

• Início do séc. XIX: falta de transparência e de ética empresarial e a governança empresarial.

• "A empresa responsável reconhece que tem uma responsabilidade para com a sociedade e não só para com os seus acionistas. Esta empresa, grande ou pequena, deseja estabelecer um relacionamento duradouro e sustentável com a comunidade onde se insere e da qual ele consegue alcançar a sua prosperidade” (Lambin J-J e Schuiling I).

• “(...) Uma maior consciencialização para a importância da ética resulta também da constatação dos custos associados à sua ausência (...) os comportamentos não éticos podem ter um considerável impacto negativo no desempenho dos empregados e nos resultados da empresa” (Pina e Cunha M, Rego A).

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Estado da arte: a responsabilidade social, o mercado agroalimentar e os grupos mais vulneráveis

• RSA tem um impacto positivo nas atitudes e intenções de compra dos consumidores, assim como na identificação consumidor-empresa, na lealdade e satisfação. Consequências positivas na «esfera financeira».

• As PCDI parecem ser um claro grupo que tem sido relegado para segundo plano em termos de ética empresarial e numa perspetiva económica pelas empresas deste setor, tal é a falta de evidência ao nível da investigação e do parco posicionamento das empresas que se voltam para este segmento.

• Como se verá de seguida, este segmento ou nicho de mercado é quantitativamente significativo, pelo que merece particular atenção e parece revestir-se de uma oportunidade empresarial.

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Estado da arte: retrato do segmento das pessoas com deficiência

A nível mundial (OMS, dados de 2004): • Mais de mil milhões de pessoas (15% da população) viviam com

algum tipo de deficiência;• Cerca de 190 milhões com deficiência severa (2,9% da

população);• Valores ligeiramente mais elevados em países com elevado

rendimento.

A nível nacional (INE, Censos 2001):• 636059 pessoas com deficiência (i.e. 6,1% da população);• Faixas etárias mais afetadas: 50-79 anos;• Sexo masculino ligeiramente mais afetado (52,6% dos casos).

Auditiva13%

Visual26%

Motora25%

Mental11%

Paralisia Cerebral

2%

Outra Deficiên

cia23%

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30-34

45-49

60-64

75-79

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Fem.47%Masc.

53%

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Estado da arte: as variáveis que influenciam o comportamento do consumidor

Tipos de variáveis e, respetivas, variáveis

Explicativas

individuais

Permanentes dos

indvíduos

Sociológicas e

Psicossociológicas

Necessidades

Motivações

Atitudes

Personalidade

Imagem de si próprio

(autoimagem)

Estilo de vida

Família

Grupo

Classe social

Fatores culturais

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Colocação do problema e lacuna de investigação

• PCDI relegadas para segundo plano nas vertentes: ético-social e económica.

• Falta de evidência científica sobre as variáveis que influenciam o comportamento de consumo das PCDI.

• Sumariamente, a formulação do problema será: Quais as variáveis que influenciam, de forma mais relevante, o comportamento de consumo das PCDI de Portugal Continental e como exercem essa influência?

• Importa, desde já, salientar que dado a análise ser fundamentalmetne qualitativa, como se evidenciará com maior precisão mais adiante, o enfoque não será dado na frequência mas na variabilidade das respostas.

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Propósito da investigação e objetivo

• Análise exploratória e descritiva sobre as variáveis que influenciam, de forma relevante, o comportamento de consumo das PCDI.

• Âmbito geográfico: Portugal Continental.

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Formulação de hipóteses• As variáveis explicativas individuais e permanentes dos indivíduos autónomos

exercem uma influência mais decisiva e positiva no processo de compra e de consumo de produtos alimentares do que as variáveis sociológicas e psicológicas, considerando algum isolamento e ostracização social das PCDI, nomeadamente nos casos de deficiência mais severa.

• Ao nível das variáveis sociológicas e psicossociológicas, a influência de família poderá destacar-se em indivíduos não autonomizados. Assim, é possível que exista uma menor variabilidade nas respostas quanto às variáveis relatadas como mais influentes, no caso das PCDI com deficiência mental e com paralisia cerebral.

Originalidade• Um conhecimento mais aprofundado sobre estas variáveis neste segmento é vital pelo

valor social e económico associados e esta análise inicial de caráter exploratório possibilitará uma orientação a futuras investigações com caráter mais específico para as variáveis ou subsegmentos/partições que se considerem mais relevantes ou interessantes consoante o cariz económico, social ou científico que se procure alcançar.

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Metodologia: desenho do estudo

Análise predominantemente

qualitativa

Grupo vulnerável

Realidade múltipla

Área inexplorada

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Metodologia: o estudo da população e o procedimento de amostragem

Tipo de deficiência N.º

Visual 4

Sexo masculino e feminino, entre 18 e 34 anos de idade 1 por sexo

Sexo masculino, entre 35 e 79 anos de idade 1

Sexo feminino, entre 35 e 84 anos de idade 1

Motora 4

Sexo masculino, entre 50 e 79 anos de idade 2

Sexo feminino, entre 60 e 84 anos de idade 2

Auditiva 2

Sexo masculino, entre 50 e 79 anos de idade 1

Sexo feminino, entre 60 e 89 anos de idade 1

Mental 2

Sexo masculino, entre 20 e 49 anos de idade 1

Sexo feminino, entre 25 e 59 anos de idade 1

Paralisia Cerebral 2

Sexo masculino e feminino, entre 18 e 79 anos de idade 1 por sexo

Tabela: Amostragem não probabilística na vertente intencional (i.e. por conveniência). N=14.

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Metodologia: o estudo da população e o procedimento de amostragem

Tipo de deficiência Visual Motora Auditiva Mental Paralisia CerebralDeficiência temporária excl. excl. excl. excl. excl.

Institucionalizada excl. excl. excl. excl. excl.

Mais do que um tipo de deficiência excl. excl. excl. excl. excl.

Limitações nutricionais excl. excl. excl. excl. excl.

Sem rendimentos provenientes de trabalho excl. excl. excl.

Sem capacidade para responder autonomamente excl. excl. excl.

Tabela: Critérios adicionais de exclusão por tipo de deficiência.

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Metodologia: recolha de dados

• Método de entrevistas em profundidade semi-estruturadas e de cariz individual.

• Registo de todas respostas e comportamentos verbais e não-verbais, nomeadamente através de registo escrito, de áudio e imagem.

• Tempo estimado de entrevista: 130-160 minutos.

• No caso das PCDI com deficiência do tipo mental e paralisia cerebral, as questões serão efetuadas à pessoa que mais diretamente apoia estas PCDI. Assim, no caso dos indivíduos que têm responsabilidade de apoio aos indivíduos com deficiência mental ou paralisia cerebral, a questão deverá ser moldada de forma a abranger não só as perspetivas pessoais de quem está a ser inquirido mas, também, a perceção dos inquiridos quanto às opiniões das PCDI em causa.

• No caso das PCDI com deficiência do tipo auditivo, se necessário, recorrer-se-á a assistentes especialistas em otorrinolaringologia.

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Metodologia: recolha de dadosOrdem Caracterização do indivíduo a entrevistar

#1 Indivíduo com deficiência visual, sexo masculino, agregado etário 18-34

#2 Indivíduo #1 com deficiência motora, sexo feminino, agregado etário 60-84

#3 Indivíduo com deficiência auditiva, sexo masculino, agregado etário 50-79

#4 Pessoa relacionada com o indivíduo com deficiência mental, sexo masculino, agregado etário 20-49

#5 Indivíduo com deficiência visual, sexo feminino, agregado etário 35-84

#6 Indivíduo #1 com deficiência motora, sexo masculino, agregado etário 50-79

#7 Indivíduo com deficiência auditiva, sexo feminino, agregado etário 60-89

#8 Pessoa relacionada com o indivíduo com paralisia cerebral, sexo feminino, agregado etário 18-79

#9 Indivíduo com deficiência visual, sexo feminino, agregado etário 18-34

#10 Indivíduo #2 com deficiência motora, sexo feminino, agregado etário 60-84

#11 Pessoa relacionada com o indivíduo com deficiência mental, sexo feminino, agregado etário 25-29

#12 Indivíduo com deficiência visual, sexo masculino, agregado etário 35-79

#13 Indivíduo #2 com deficiência motora, sexo masculino, agregado etário 50-79

#14 Pessoa relacionada com o indivíduo com paralisia cerebral, sexo masculino, agregado etário 18-79

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I parte: Variáveis sociodemográficas

II parte: Questões transversais• 1. Após apresentação de imagem e explicação sintética da pirâmide de

Maslow questionar: Onde se posicionaria na pirâmide de Maslow? (No caso da PCDI com deficiência visual efetuar descrição oral)

• 2. Quais são as suas maiores necessidades pessoais atuais?• 3. Qual é a importância que as marcas de produtos alimentares têm para si?• 4. Quais são os produtos alimentares que mais lhe agradam?• 5. Quais são os fatores que dá mais importância quando compra um produto

alimentar?• 6. Costuma fazer alguma listagem de produtos a comprar, antes de realizar o ato de

compra, ou costuma não planear o que vai comprar?• 7. Que opinião é que tem de si próprio?• 8. Qual é a sua rotina diária?

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• 9. De que forma a sua condição física/saúde/psicológica condiciona substancialmente o seu dia-a-dia?

• 10. Tem preocupações nutricionais? Se sim, quais?• 11. A sua família ajuda-o a adquirir algum produto alimentar? Se sim, ajuda-o com

vários produtos ou só com alguns? Quais?• 12. Sente que a sua família de alguma forma influencia o seu comportamento de

consumo ou de compra de produtores alimentares? Se sim, em que medida ocorre essa influência?

• 13. Pertence a algum grupo, associação, ou outra entidade e participa frequentemente nesses grupos, associações e entidades similares? Se sim, de que forma ou em que medida se sente influenciado por esse grupo ou por algumas pessoas desse grupo?

• 14. Como descreveria a sua condição socioeconómica?

III parte: Questões específicas - PCDI com deficiência visual• 1. Relate-me a sua experiência na compra de produtos num hiper ou supermercado.• 2. Conhece a lei n.º 33/2008, de 22 de julho que estabelece medidas de promoção da

acessibilidade à informação sobre determinados bens de venda ao público para pessoas com deficiências e incapacidades visuais? (Se não ler partes mais relevantes ao entrevistado.) Sente que tais disposições são cumpridas pelas empresas distribuidoras?

• 3. Qual é o meio de publicidade que presta mais atenção no dia-a-dia?

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III parte: Questões específicas - PCDI com deficiência motora• 1. Sente dificuldades no local de compra em se mover? Se sim, enumere algumas

destas dificuldades e aponte soluções possíveis para lhe facilitarem a locomoção.• 2. Alguma vez sentiu preconceitos advindos de donos, gerentes ou funcionários de

estabelecimentos comerciais para consigo, apenas por causa da sua condição física? Se sim, por favor descreve uma ou mais situações.

III parte: Questões específicas - PCDI com deficiência auditiva• 1. Qual é o meio de publicidade que presta mais atenção no dia-a-dia?• 2. Como descreveria a relação da restante sociedade com os surdos?

III parte: Questões específicas - PCDI com deficiência mental• 1. Como é que acha que, genericamente, a sociedade vê as PCDI com deficiência

mental?

III parte: Questões específicas - PCDI com paralisia cerebral• 1. Como é que acha que, genericamente, a sociedade vê as PCDI com paralisia

cerebral?

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Metodologia: gestão de dados: processamento e análise

• Vertente quantitativa para variáveis sociodemográficas: IBM - SPSS Statistics e Microsoft Office Excel.

• Vertente qualitativa para o restante estudo: Nvivo ou pelos programas de edição de texto e de imagem mais comuns. Far-se-á codificação de categorias e temáticas e uma interpretação indutiva.

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Considerações éticas

1. Autonomia científica e face a entidades empresariais;

2. Salvaguarda-se que não serão entrevistados menores;

3. Confidencialidade de todos os dados, sendo que os participantes terão que assinar uma declaração de consentimento;

4. Este projeto será submetido à Comissão de Ética da Universidade do Porto (CEUP).

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Metodologia: equipamentos e orçamentação

Ativos necessáriosCusto

Previsto

Notas Adicionais

Máquina de filmar N/AO autor da investigação possui o material em causa ou

acesso ao mesmo.

Gravador áudio digital N/AO autor da investigação possui o material em causa ou

acesso ao mesmo.

Software NVivo 470€Não obrigatório. Requerer acesso à FPCEUP ou aos

serviços centrais da Reitoria.

Software IBM – SPSS Statistics N/AO autor da investigação possui o material em causa ou

acesso ao mesmo.

Software Microsoft Office Excel N/AO autor da investigação possui o material em causa ou

acesso ao mesmo.

Assistentes especialistas em otorrinolaringologia 12,86-38,58€ [*]Não obrigatório. A avaliar necessidade consoante o

primeiro teste em PCDI com deficiência do tipo auditivo.

Espaço para realização de inquéritos N/A

No espaço das instituições parceiras, das PCDI em causa

(e.g. para PCDI com deficiência mental ou paralisia

cerebral) ou, por exemplo, requerer espaço na Fundação

Eng.º António de Almeida (idealmente).[*] Calculo efetuado pressupondo: (i) dispêndio de tempo com dois inquéritos de 140 minutos/cada a PCDI com deficiências auditivas; (ii) custo no seguinte intervalo: [(485/22/8)*(2*(140/60)), ((3*485)/22/8)*(2*(140/60))], i.e. o correspondente a intervalo entre a retribuição mínima mensal (RMMG) garantida paga à hora e o tripo da RMMG paga à hora.

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Metodologia: cronograma

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Resultados esperados e expansão da investigação

• Não existem expectativas quanto aos resultados esperados, dada a natureza inovadora do trabalho.

• Não obstante o supra exposto, salienta-se que neste trabalho só se apresenta a primeira ronda de entrevistas, pelo que poderá fazer sentido realizar entrevistas adicionais às mesmas pessoas ou outras, consoante os resultados que forem obtidos ou sendo obtidos e se o tempo disponível o permitir. Tal só é possível, considerando o caráter dinâmico da análise qualitativa. Concomitantemente, tal também poderá encetado em outras oportunidades de investigação.

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Resultados esperados e expansão da investigação

• Atuação das empresas e de possíveis necessidades de alteração ao nível da gestão estratégica das mesmas para atrair este segmento de mercado, melhoramentos ao nível da operacionalização das estratégias de marketing e alterações para se incrementarem os níveis de RSA, assim como a sua perceção pública.

• «Consumidor PCDI» e o «indivíduo PCDI», aprofundando o estudo ao nível de uma variável ou de um tipo de variável agora estudado, ou dando enfoque às questões de natureza saúde ou nutricional aqui secundarizadas. Adicionalmente, o estudo específico de indivíduos institucionalizados em diferentes entidades poderá ser cientificamente importante, para avaliar as influências dos diferentes grupos onde se inserem.

• Sociedade e a sua relação com as PCDI, na influência que exercem sobre as PCDI na «sociedade de consumo».

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Resultados esperados e expansão da investigação

• Autoridades públicas e os agentes reguladores, por exemplo, no sentido de se avaliar se existe um tratamento justo deste segmento face aos demais segmentos da sociedade.

• Poder-se-á, ainda, expandir o âmbito deste mesmo estudo a outros agentes que trabalham de perto com as PCDI, nomeadamente trabalhadores de ONG ou IPSS, assistentes sociais da Administração Pública, entre outras personalidades.

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Considerações finais

A. Resposta a falhas do sistema capitalista forçou RSA.B. Existem benefícios privados e públicos advindos da RSA: relação win-win.C. Existe pouco conhecimento sobre as variáveis que influenciam os comportamentos de

consumo das PCDI.D. Estudo será desenvolvido em Portugal Continental, por abordagem

predominantemente qualitativa.E. Amostragem não probabilística na vertente intencional.F. Método de entrevistas em profundidade semi-estruturadas e de cariz individual.G. Salvaguardada a devida confidencialidade de dados, autonomia e submissão prévia à

CEUPH. Custos reduzidos.I. Duração expectável: 6 meses.J. Dúvida quanto aos resultados esperados, mas múltiplas áreas de expansão futura.

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Referências Bibliográficas

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«Determinantes do consumo alimentar das pessoas com deficiência ou incapacidades». Janeiro de 2014. Cláudio Carvalho ([email protected]). Metodologia da Investigação. Mestrado em Ciências do Consumo e Nutrição.

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (sede administrativa)Rua do Campo Alegre, s/n4169-007 PortoPortugal

Telefone: (+351) 220 402 000Fax: (+351) 220 402 009

[email protected]

Obrigado pela atenção!

"(...) Houve um tempo que os temas económicos e sociais eram vistos em separado. A economia produzia riqueza, a sociedade gastava. Na economia do Século XXI, isso já não é verdade. O que

significa que a cartilha ideológica dominante - primeiro produz-se riqueza e depois distribui-se – está obsoleta. É possível criar riqueza e, ao mesmo tempo, dar resposta a necessidades sociais."

(Diogo Vasconcelos, junho de 2010, in "Impulso Positivo")