of 47 /47
QUAIS AS GRANDES TENDÊNCIAS GLOBAIS DE CIDADES?

As Grandes Tendências Globais de Cidades

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O mundo está cada vez mais urbano. As megacidades (aquelas com mais de 10 milhões de habitantes) se espalharam pelo mundo, expandindo-se para além dos países ricos e alcançando áreas anteriormente periféricas e tornando-se cruciais para garantir a competitividade de seus países e melhorias na qualidade de vida dos seus cidadãos. No entanto, o desenvolvimento desses centros urbanos esbarra em grandes desafios como pobreza, poluição, baixa produtividade e acesso aos serviços públicos essenciais. As tendências a serem seguidas por cidades que buscam um crescimento econômico e social mais sustentável foram apresentadas pelo Sócio Diretor da Macroplan Glaucio Neves em Niterói, RJ.

Text of As Grandes Tendências Globais de Cidades

  • 1. QUAIS AS GRANDESTENDNCIAS GLOBAIS DECIDADES?

2. A CIDADE A CASA DA PROSPERIDADE. O LUGAR ONDE OSSERES TM ACESSO A BENS PBLICOS ESSENCIAIS. A CIDADE TAMBMONDE AMBIES, ASPIRAES E OUTROS ASPECTOS IMATERIAIS DA VIDASO REALIZADOS, PROPORCIONANDO SATISFAO E FELICIDADE. O LUGAR ONDE AS PERSPECTIVAS DE PROSPERIDADE EBEM-ESTAR COLETIVO PODEM SER AUMENTADAS2Fonte: ONU HABITAT, o State of the Words Cities Report 2012-2013 traduo livre 3. O MUNDO EST CADA VEZ MAISURBANO O mundo est cada vez mais urbano e a maior parte da populao mundial j vive em cidades. Espera-se que 2/3 do crescimento mundial, at 2025, vir de 600 cidades. O desenvolvimento das cidades ganha relevncia como estratgia para tornar os pases mais competitivos emelhorar a qualidade de vida dos seus cidados.50004500400035003000250020001500100050001950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030Milhes de pessoasPopulao rural Populao urbanaFonte: Organizao das Naes Unidas (ONU - UN-HABITAT) (2008). State of the Worlds Cities - Harmonious Cities.3 4. GRANDES CIDADES NO MUNDO TENDEM ATER O DESENVOLVIMENTO HUMANO MAIORQUE SEUS PASES...Comparao de IDH de pases e cidadesDakar Mumbai Nova Cidade do MxicoDelhiCairo Seoul TorontoIDH dos pases em 2010 IDH das cidades1.00.90.80.70.60.50.40.30.2Fonte: ONU HABITAT, o State of the Worlds Cities Report 2012-2013. Nota: o IDH dos municpios do Brasil, com base no Censo 2010, ainda no foi divulgado. 4Em 2003 o IDH do Brasil correspondia a 0,788, enquanto o de So Paulo equivalia a 0,805 5. MEGALPOLES EM 2000 Megalpole uma extensa rea geogrfica que contempla a conurbao de mltiplas metrpoles,cuja populao total superior a 10 milhes de habitantes em 1950, apenas Tquio e Nova Iorqueeram classificadas neste grupo. So as maiores e mais influentes aglomeraes urbanas da atualidade, com intenso fluxo econmico,movimentao de pessoas, e desafios tpicos das grandes cidades.PopulaoPequena Grande Megacidade> 10 mTaxa de crescimento< 0% 0-3% 3-6% > 6% 5Fonte: The Guardian infogrfico the rise of megacities 6. MEGALPOLES EM 2010 No intervalo de uma dcada, os principais destaques no crescimento populacional foram: Aumento no nmero de megalpoles, de 17 para 23 cidades, em sua maioria nos eixos emergentes incremento de 35%; frica e sia so as nicas regies com taxa de crescimento populacional superior a 3%.PopulaoPequena Grande Megacidade> 10 mTaxa de crescimento< 0% 0-3% 3-6% > 6% 6Fonte: The Guardian infogrfico the rise of megacities 7. MEGALPOLES EM 2025 Na projeo dos prximos 15 anos, possvel destacar trs fenmenos relacionados ao crescimento das cidades: Cidades de pases emergentes alcanam influncia geopoltica cada vez maior populaes robustas e distribudas emmaior nmero de espaos urbanos. Sero 37 megalpoles, aumento de 61% no perodo; Estabilizao das taxas de crescimento populacional, tornando-as mais homogneas entre as diferentes regies do globo; O mundo est ficando cada vez mais conurbado, com diminuio dos intervalos geogrficos entre cidades eadensamento populacional.PopulaoPequena Grande Megacidade> 10 mTaxa de crescimento< 0% 0-3% 3-6% > 6% 7Fonte: The Guardian infogrfico the rise of megacities 8. BOA PARTE EM REGIES POUCODESENVOLVIDAS* Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2012). World Urbanization Prospects: The 2011 Revision.Aproximao da projeo para 2025.8 9. DESAFIOS COMUNS DE CIDADES DOSPASES EM DESENVOLVIMENTOPOBREZA E INDIGNCIA, POLUIO,DESIGUALDADE ECONMICA, VIOLNCIA EDEGRADAO, DROGAS E EXCLUSO SOCIAL,BAIXA PRODUTIVIDADE, ACESSO AOS SERVIOSPBLICOS, DESORGANIZAO ESPACIAL EOCUPAO IRREGULAR, DIFICULDADE DEMOBILIDADE...9 10. Como sero as cidades no futuro?PRINCIPAIS LINHAS DE DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES LDERES GLOBAIS EM DIFERENTESDIMENSES DA QUALIDADE DE VIDA 11. MAIS PODEROSAS QUE NAES?AS CIDADES SE TORNARAM O LOCAL ONDE AS COISAS REALMENTE ACONTECEM E CONQUISTARAM RELEVNCIAGEOPOLTICA MAIOR QUE A DE SEUS PASES.SEGUNDO SASKIA SASSEN, SOCILOGA HOLANDESA, AS RELAES ENTRE GOVERNOS NACIONAIS SO CADA VEZMAIS INSUFICIENTES PARA EXPLICAR O QUE ACONTECE NA ARENA INTERNACIONAL.CHAMADAS CIDADES GLOBAIS GRUPO COM MAIS DE 100 ATORES INFLUENTES NAS DECISES E ESTRATGIASQUE IMPACTAM A VIDA DE 7 BILHES DE PESSOAS SO ATUALMENTE OS CENTROS DE COMANDO DA ECONOMIAINTERNACIONAL.NO CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO, AS CIDADES FORMAM REDES ESPECIALIZADAS E COMPLEXAS, TORNANDO ACOMPETITIVIDADE ENTRE UNIDADES URBANAS POTENCIALIZADA E COM EFEITOS EM ESCALA MUNDIAL.OS PREFEITOS DE CIDADES COMO SO PAULO, NOVA IORQUE E TQUIO SE ENVOLVEM CADA VEZ MAIS NASAGENDAS INTERNACIONAIS E POSSUEM CONSIDERVEL INFLUNCIA NO DESENVOLVIMENTO DE SEUS PRPRIOSPASES.11 12. LINHAS DE DESENVOLVIMENTO1 CIDADES COM HABITABILIDADE2 CIDADES COM ELEVADO CAPITAL HUMANO3 CIDADES INTEGRADAS4 CIDADES PRSPERAS E COMPETITIVAS5 CIDADES E GOVERNANA6 CIDADES INTELIGENTES7 CIDADES SUSTENTVEIS+++++++8 CIDADES RESILIENTES + 13. 13Cidades com habitalidade 14. A CIDADE COM HABITABILIDADEO QUE UMA CIDADE COM HABITABILIDADE1AS CHAMADAS CIDADES EQUIVALENTES SO AQUELAS QUE BUSCAM GARANTIR QUE EM QUALQUER REA DA CIDADE HAJACONDIES ADEQUADAS DE HABITABILIDADE, OU SEJA, DE MORADIA, ACESSIBILIDADE AO TRANSPORTE, SERVIOS, COMRCIO,EQUIPAMENTOS, SERVIOS PBLICOS, EDUCAO, SADE, CULTURA E AMENIDADES. OFERECE ESTABILIDADE AOS SEUS RESIDENTES. A estabilidade garantida a partir da segurana, dosservios de sade, do ambiente cultural e das caractersticas espaciais da cidade. Os cidadosresidentes devem ter confiana no bom funcionamento das instituies pblicas para exerceremsuas funes da melhor maneira possvel. A cidade torna-se tambm mais produtiva e atrativaeconomicamente. OS ESPAOS VERDES, A PROXIMIDADE DE ZONAS INDUSTRIAIS, OS BENS NATURAIS E CULTURAIS E A CONECTIVIDADEconstituem fatores que determinam as caractersticas urbansticas adequadas em uma cidade podendo-se pensar em metas de integrao espacial, como 30 minutos de locomoo entre asextremidades geogrficas urbanas. O AMBIENTE ECONMICO E POLTICO tambm , muitas vezes, considerado em estudos a respeito dequalidade de vida aos cidados. A representatividade da populao, a liberdade de expresso, ainexistncia de corrupo, alm das condies e oportunidades econmicas tambm contribuempara a habitabilidade nas cidades. 14Fonte: Liveablitiy index Economist Intellignece Unit./ Plano de Longo Prazo So Paulo 2040 15. A CIDADE COM HABITABILIDADECOMO SE TORNAR UMA CIDADE COMHABITABILIDADE 1ESTENDER A QUALIDADE URBANA PARA TODOS. A cidade deve garantir que todos os seus habitantesgerem interaes produtivas no sentido intelectual, cultural e ambiental. O desenvolvimentohumano mensurado atravs das condies mnimas de habitabilidade, como nvel de instruo,oportunidade de gerao de renda e esperana de vida fatores derivados do suporte dado pelascidades aos seus cidados.PLANEJAMENTO E DESENHO URBANO DE LONGO PRAZO. A viso do desenvolvimento do espao urbanode uma cidade deve ser monitorado e planejado de modo a garantir o acesso aos servios pblicosbsicos, moradias adequadas e mobilidade por todo o permetro urbano. Os fatores supracitadosso facilitadores do crescimento e do desenvolvimento sustentvel de uma cidade.OTIMIZAO DA INFRAESTRUTURA E PROTEO AO MEIO AMBIENTE. Uma cidade deve contemplarestruturas integradas que suportem o volume e o fluxo populacional. Neste sentido, espaosurbanos com maior pegada ecolgica so aqueles que promovem uma nova racionalidade namovimentao de pessoas e mercadorias reduzir as emisses de carbono ser cada vez maiselemento decisivo na competitividade entre as cidades.Fonte: Liveablitiy index Economist Intellignece Unit./ Plano de Longo Prazo So Paulo 204015 16. VIENA USTRIACIDADE COM ALTA HABITABILIDADENO EIU LIVEABILITY RANKING DE 2012, VIENA FIGUROU NA 2. COLOCAOVIENA UMA CIDADE COM ALTA HABITABILIDADE POR DIVERSOS MOTIVOS E AES QUE VO DESDE CONDIES PARAPRTICAS DE CAMINHADA E ATIVIDADES ECOLGICAS AT A INCORPORAO DE TECNOLOGIAS PARA AQUECIMENTO EREFRIGERAO.16OS DIFERENCIAIS: A cidade apresenta qualidade de vida equivalente para seus cidados independentemente do bairro ondemoram. O sistema de educao e sade de Viena so referncias no oferecimento de servios pblicos de qualidade paratoda a populao. As reas verdes fazem parte do cenrio da cidade. Os bosques de Viena, o zoolgico Lainz e os vrios vinhedosfazem parte das 15 trilhas para caminhadas definidas pelo Escritrio Florestal de Viena. Abriga o Festival de Filmes na Praa Rathaus tornando o local em uma grande sala de concertos a cu aberto eum ponto gourmet para milhares de visitantes. Incorpora Centros de Refrigerao, que funcionam atravs do uso da energia que foi desperdiadaanteriormente. Os distritos de refrigerao absorvem gastos de energias de incineradores de resduos e daestao de energia de biomassa florestal. A cidade consegue poupar grande quantidade de energia por meiode novas tecnologias.Fonte: Portal Wien Energie 17. 17Cidades com elevado capital humano 18. A CIDADE COM ELEVADO CAPITALHUMANOO QUE UMA CIDADE COM CAPITAL HUMANO QUALIFICADO2O SUCESSO DAS CIDADES DEPENDE MAIS DAS COMPETNCIAS DE SEUS HABITANTES DO QUE DE RUAS OU EDIFCIOS. OSINVESTIMENTOS NO CAPITAL HUMANO PODEM LEVAR DCADAS PARA DAR RETORNO, MAS A CONSTRUO DE GRANDESNAES E CIDADES NO TAREFA PARA IMPACIENTES EDWARD GLAESER MIGRAO DOS BENS FSICOS PARA OS BENS INTELECTUAIS. A riqueza das naes era constituda a partir dovalor e volume de bens naturais exportados. Atualmente, no campo dos servios avanados, dasideias e inovaes tecnolgicas que caminham as cidades mais desenvolvidas o diferencialcompetitivo de uma economia com alto grau de sofisticao ocorre a partir da construo de umcapital humano qualificado. CORRELAO POSITIVA ENTRE EDUCAO, GANHOS PESSOAIS E RESILINCIA URBANA. Os anos mdios de estudode uma populao interferem positivamente nos ganhos pessoais desta, ou seja, no nvel de renda,acesso a servios e oportunidades. GERAO DE EXTERNALIDADES DO CAPITAL HUMANO. Economistas documentam este fenmeno como asmltiplas e positivas consequncias de uma rea urbana possuir grande concentrao de pessoasbem instrudas, as quais elevam o nvel de boas ideias, emprego e bem estar da comunidade. Almdisso, capital humano qualificado gera riquezas para a cidade por meio dos servios avanados e emreas como infraestrutura, inovao e tecnologias, produtividade no trabalho e mudanas culturais. 18Fonte: Glaeser, Edward L. Triumph of the City 19. 2A CIDADE COM ELEVADO CAPITALHUMANOCOMO SE TORNAR UMA CIDADE COM CAPITAL HUMANOQUALIFICADOEDUCAO BSICA DE QUALIDADE E PARA TODOS. o primeiro passo para a qualificao do capitalhumano. A primeira garantia deve ocorrer no acesso s instituies de ensino de nvel bsico eavanado. A segunda iniciativa garantir que os professores sejam bem capacitados e instrudospara educarem a gerao seguinte os gastos em educao podem levar at duas dcadas parasurtirem efeitos slidos e irreversveis na prosperidade de uma nao.AS POLTICAS PBLICAS DEVEM PRIVILEGIAR O CIDADO. O desenvolvimento do capital humano somente possvel atravs da elevao da qualidade dos servios pblicos bsicos, como sade,saneamento, mobilidade e segurana. Neste sentido, importante o desenho de polticas pblicasque sejam integradas e efetivas na garantia da qualidade de vida do cidado e na atratividade deempresas e centros tecnolgicos.FORMAO DE CENTROS ACADMICOS, FINANCEIROS E EMPRESARIAIS essencial para que a cidadeprospere e crie melhores condies para seus cidados. Estas instituies favorecem a interao e acolaborao entre as pessoas, gerando uma massa crtica que cria tecnologias, inovaes e orefinamento de solues para a cidade como um todo, alm de serem os principais centros deformao das lideranas nos diversos segmentos econmicos.Fonte: Glaeser, Edward L. Triumph of the City19 20. BOSTON EUACIDADE COM ELEVADO CAPITAL HUMANOCIDADE REFERNCIA MUNDIAL EM EDUCAO DESDE 1990BOSTON, ASSIM COMO DETROIT E SYRACUSE, ERA UMA CIDADE INDUSTRIAL HABITADA POR UMA POPULAO COMBAIXA RENDA NO PERODO ENTRE 1950 E 1980. HOJE, A CIDADE REPRESENTA UM IMPORTANTE POLO ECONMICOGERADOR DE CONHECIMENTO PARA TODO O MUNDO.20OS DIFERENCIAIS: A cidade soube reinventar-se a partir do alto capital humano qualificado. Atrao de conhecimento por meio das universidades. Trabalhadores de Boston possuam um nvel educacional superior ao das outras cidadesindustriais - a partir da revoluo tecnolgica na dcada de 1980, a populao despedida dasfbricas obteve espao no mundo da comunicao e da internet. Em 2003, Boston era a regio metropolitana com os maiores ndices de educao no pas.Fonte: Glaeser, Edward L. REINVENTING BOSTON: 1640-2003. Nber Working Paper Series, Dec. 2003. 21. 21Cidades integradas 22. A CIDADE INTEGRADAO QUE UMA CIDADE INTEGRADA3MAIS PESSOAS ESTO SE MOVIMENTANDO MAIS E MAIS RAPIDAMENTE. AS ESTRUTURAS POLTICAS, OS OBSTCULOS LEGAIS,A ECONOMIA E A POPULAO DEVEM ATUAR DE MANEIRA A ORGANIZAR A MOBILIDADE DE FORMA SOCIALMENTE INCLUSIVA,SAUDVEL, SEGURA, ECOLOGICAMENTE ACEITVEL E ECONOMICAMENTE EFICIENTE. A CIDADE INTEGRADA SOCIALMENTE INCLUSIVA. A conectividade elemento central para melhoria da qualidadede vida acesso aos servios pblicos bsicos e s oportunidades de emprego e lazer. O sistema demobilidade descentralizado, integrado e multimodal visa atender s zonas residenciais e comerciais,incluindo as extremidades do permetro urbano, bem como os diversos segmentos da sociedade crianas,jovens, deficientes e idosos. Numa cidade integrada, transita-se de um extremo ao outro em 30 minutosem transporte pblico. AMBIENTALMENTE RESPONSVEL. Solues de mobilidade centralizadas no pedestre no transporte pblico dealta capacidade e capilaridade, em substituio s cidades desenhadas para os carros. Os veculosautomotores com baixa emisso de carbono so priorizados diante dos tradicionais. A MOBILIDADE TAMBM UM PROMOTOR DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO. O acesso aos pontos de conexointramunicipais so fundamentais para a prosperidade de uma cidade. O controle do trnsito e adiminuio do tempo de deslocamento das pessoas representam ganhos de produtividade e,consequentemente, alavancam os benefcios econmicos de entidades pblicas e privadas, e a qualidadede vida. 22Fonte: Agenda 21 Urban Mobilit; Cities for Mobility 23. A CIDADE INTEGRADACOMO SE TORNAR UMA CIDADE INTEGRADA 3PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE URBANA, COM PARTICIPAO POPULAR. As cidades devem desenhar seus planos demobilidade que contemplem a multimodalidade de transportes e interaja com diferentes grupos dasociedade civil entendendo e conciliando suas demandas e rotinas. Deve-se priorizar o uso do transportepblico e a criao de pontos de conexo por toda a cidade.ENGENHARIA E INTELIGNCIA DO TRFEGO. Alm da facilitao do uso de novas formas de transporte, essencial que haja o desenho e o controle do fluxo de pessoas e mercadorias pela cidade. A construo decentros de inteligncia e monitoramento do trnsito so aliados na identificao de gargalos, elaboraode planos de contingncia e implementao de melhorias no transporte urbano.INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. O planejamento e execuo de obras deve ser correlacionado aoplanejamento futuro da rede transportes. Cada vez mais so abertos espaos para entrada de novastecnologias na mobilidade exigindo maior integrao entre os mesmos. Neste contexto, essencialpensar o calamento de todas as vias, com acessibilidade a deficientes e idosos, bem como asfaltamento eredimensionamento dos espaos entre ciclovias, nibus, metr e automveis.POLTICAS PBLICAS E FISCALIZAO DO TRNSITO. A criao de novos programas de incentivo aos transportesmultimodais e criao de novas tecnologias deve ser acompanhada da efetiva fiscalizao das regrasurbanas de locomoo, garantindo a otimizao do uso da rede de mobilidade.23Fonte: Agenda 21 Urban Mobilit; Cities for Mobility 24. AMSTERDCIDADE INTEGRADAA CIDADE OCUPA A PRIMEIRA POSIO NO BICYCLE FRIENDLY CITY RANKING 2013O DESENVOLVIMENTO DA CIDADE TROUXE ATRATIVIDADE ECONMICA E SOCIAL. ALM DE EXPANDIRGEOGRAFICAMENTE, A CIDADE PRECISOU AUMENTAR SUA CONECTIVIDADE COM AS DEMAIS CIDADES DA EUROPA SEMIR DE ENCONTRO LOCOMOO DAS BICICLETAS.O DESAFIO INTEGRAR AS DIVERSAS REAS DA CIDADE POR MEIO DO TRANSPORTE PBLICO SEM COMPROMETER A LOCOMOO DASBICICLETAS NO MBITO LOCAL. A SEGURANA AO PEDESTRE E AO CICLISTA ESSENCIAL NO CONTEXTO DE AMSTERDAM. O sistema de nibus desenvolveu linhas para integrar as diversas reas da cidade. 90% das casas possui um ponto amenos de 400 metros de distncia. O sistema possui um website com todas as informaes referentes ao transporte por nibus. O nmero de passageiros de nibus aumento em 40% entre 2000 e 2006. Os trens nacionais e internacionais aceitam ciclistas sem aumento na tarifa.24Fonte: Agenda 21 Urban Mobilit; Cities for Mobility The Copenhagenize Index 2013 25. 25Cidades prsperas e competitivas 26. A CIDADE COMPETITIVAO QUE UMA CIDADE COMPETITIVA UMA CIDADE NO COMPETE COM OUTRA COMO OS NEGCIOS CORPORATIVOS, mas a riqueza das cidades criada a partir do ncleo privado e so suas interaes que necessitam competir local,nacional e globalmente. Pode-se traduzir como a capacidade de atrair capital, negcios etalentos. GOVERNOS MUNICIPAIS PODEM E DEVEM TER POLTICAS PARA APRIMORAR O AMBIENTE DE NEGCIOS local oque, no limite, deve elevar o nvel de renda de seus residentes, visando alguns aspectosessenciais na promoo do desenvolvimento:o As cidades devem se esforar para PROVER UM MELHOR AMBIENTE QUE O DE OUTRAS CIDADES,pelo menos em determinados aspectos (ou nichos);o As cidades precisam continuamente se aprimorar e INOVAR PARA ALCANAREM OCRESCIMENTO SUSTENTVEL.264A COMPETITIVIDADE DEFINIDA COMO UM CONJUNTO DE INSTITUIES, POLTICAS E FATORES QUE DETERMINAM O NVEL DEPRODUTIVIDADE DE UM PAS. O NVEL DE PRODUTIVIDADE, POR SUA VEZ, DETERMINA O NVEL DE PROSPERIDADE QUE PODE SERALCANADO POR UMA ECONOMIA. EM OUTRAS PALAVRAS, UMA CIDADE COMPETITIVA EST MAIS APTA A SUSTENTAR O SEUCRESCIMENTO. 27. A CIDADE COMPETITIVAO QUE UMA CIDADE COMPETITIVA1 FATORES DE BASE2 PROMOTORES DAEFICINCIA3 FATORES DESOFISTICAO Atributos essenciais ao desenvolvimento de competncias e estruturas deuma cidade:INSTITUIES FORTALECIDAS, INFRAESTRUTURA OPERANTE, AMBIENTEMACROECONMICO ESTVEL, SADE E EDUCAO PRIMRIA DE QUALIDADE. Amadurecimento dos componentes de base; as atenes se concentram naotimizao e ampliao dos atributos sociais, ambientais e econmicos:EDUCAO SUPERIOR E TREINAMENTO, EFICINCIA DO MERCADO DE BENS DECONSUMO E DE TRABALHO, DESENVOLVIMENTO DO SETOR FINANCEIRO,TECNOLOGIAS E MERCADO CONSUMIDOR. Manuteno dos estgios anteriores e avano na sofisticao dascondies de habitabilidade e desenvolvimento:SOFISTICAO DOS NEGCIOS E INOVAO.Fonte: Global Competitiveness Report Frum Econmico Mundial274 28. A CIDADE COMPETITIVACOMO SE TORNAR UMA CIDADE COMPETITIVA 4COMPETITIVIDADE E VISO DE LONGO PRAZO: a economia global est mais complexa do que nunca.Nesse sentido, a Prefeitura da cidade est concorrendo com cidades to prximas e to distantespara se tornar a cidade das oportunidades em um mundo no qual as pessoas e o fluxo de capitalinvestido so altamente mveis.NOVOS PENSAMENTOS, NOVAS POLTICAS PBLICAS: fomento s indstrias, inovaes e tecnologias; ainfraestrutura crtica deve ser conservada; uma fora de trabalho especializada deve serdesenvolvida; a qualidade de vida deve melhorar, fundamental para a atrao de empresas etalentos.FACILITAES AO DESENVOLVIMENTO: remoo de barreiras regulatrias e de financiamento, visando orpido crescimento dos negcios; remoo de impedimentos do cdigo de zoneamento e deconstruo para tecnologias de energia limpa; acesso ao financiamento da eficincia energticapelo uso estratgico de recursos federais combinados a recursos privados.Fonte: PlanNYC, A Greener, Greater New York. Iniciativa da Prefeitura de Nova Iorque28 29. NOVA IORQUECASO DE SUCESSOCONSIDERADA A CIDADE MAIS COMPETITIVA E DEVER ASSIM PERMANECER EM 2025NOVA IORQUE APRESENTOU INDICADORES POSITIVOS EM QUASE TODAS AS CATEGORIAS DO GLOBAL CITYCOMPETITIVENESS INDEX, ENCABEANDO OS RANKINGS DE MATURIDADE FINANCEIRA (1), PERFIL INSTITUCIONAL (2)E FORA ECONMICA (3)O DESAFIO EM 1970, O GOVERNO SE APROXIMOU DA FALNCIA, AS MORADIAS ESTAVAM ABANDONADAS, OS PARQUESNEGLIGENCIADOS. BAIRROS E VIZINHANAS COLAPSARAM, METRS QUEBRARAM E O CRIME SAIU DO CONTROLE. NOVAIORQUE MOSTRAVA-SE COMO UMA CIDADE SEM SEGURANA, DESAGRADVEL, INGOVERNVEL E INSOLVEL A prefeitura elaborou o PlanNYC, um planejamento de 30 anos para a cidade. A cidade era inteiramente focada na soluo de crises imediatas. Nesse sentido, o planejamento para2030 busca solues ativas em detrimento de ajustes reativos. Segundo a prefeitura, 1970 os ensinouque o investimento no futuro no se trata de um luxo, mas de um imperativo. Foram priorizadas as dimenses crticas qualidade de vida dos cidados, como transporte ehabitao.29Fonte: PlanNYC, A Greener, Greater New York. Iniciativa da Prefeitura de Nova Iorque 30. 30Cidades e governana 31. A CIDADE E A GOVERNANAO QUE UMA CIDADE COM GOVERNANA5ESTRUTURAS POLTICA, ADMINISTRATIVA E SOCIAL ESTVEIS, COMO COMPONENTES NECESSRIOS PARA A MODERNIZAOECONMICA OU COMO PR-CONDIES PARA PROMOVER UM DESENVOLVIMENTO HUMANO SUSTENTVEL. ESTRUTURA PELA QUAL AS CIDADES SO GERIDAS, MONITORADAS E INCENTIVADAS com a finalidade deprosperarem e se desenvolverem de modo sustentvel. A governana contempla instrumentosinternos de deciso que representam seus eleitores, bem como facilita a prestao de contas e ocontrole por parte da populao. O objetivo que haja a promoo dos instrumentos da democraciaparticipativa. INSTITUIES FORTES E REGRAS CLARAS. As cidades com governana bem estabelecida possuem uma redede instituies fortalecidas e capazes de efetivar as leis que regem a sociedade. Ao mesmo tempo, apopulao tem a garantia de atuar sob um arcabouo legal e institucional que funciona de modotransparente. COMUNICAO E TRANSPARNCIA so pilares essenciais para que o ocorra a boa governana por parte doEstado e da sociedade. A finalidade decisria e de monitoramento so aspectos que ocorrem combase no fluxo de informaes atualizado e fidedigno. Isto possvel com a interao entre os atoresinternos e externos ao governo, bem como pelo interesse e participao de todos os envolvidos. 31 32. A CIDADE E A GOVERNANACOMO SE TORNAR UMA CIDADE COM GOVERNANA 5CAPACIDADE DE PARTICIPAO: o desenvolvimento de instituies fortes e representativas passa pelo apoioe participao de comunidades, conselhos, associaes, reunies diretivas e demais interaes quecanalizem a opinio e demandas da sociedade. Alm disso, a cooperao e participao dos demaisentes federativos impacta positivamente na governana municipal.SIMETRIA DE INFORMAES E PRESTAO DE CONTAS E CONTROLE: necessrio que hajam mecanismos internose externos ao prprio governo para o monitoramento e fiscalizao das decises e aes quecontemplem a esfera pblica. Somente possvel garantir a governana de qualidade atravs dasimetria de informaes entre o Estado e os cidados, por meio de mecanismos eficientes detransparncia.ESTRUTURAS EM REDE DE GOVERNANA: a presena de agncias regulatrias uma alternativa para acapacidade de monitoramento interno do governo. Alm disso, a diviso dos trs poderes devegarantir que haja a sistemtica avaliao e fiscalizao de uns sobre os outros, com igual intensidade ecompetncia. A sociedade deve estabelecer um canal claro de comunicao e interao com asentidades pblicas. O objetivo que os atores possam interagir como uma slida e complexa rede deinformao, deciso, avaliao e fiscalizao do Estado.Fonte: Frey, 2000. Governana Eletrnica: experincias de cidades europeias e algumas lies para pases em desenvolvimento e ProgramasCidades Sustentveis32 33. KYOTO - JAPOCIDADE COM GOVERNANAPLANO DIRETOR DA CIDADE COM GOVERNANA ENTRE OS ATORES LOCAISEM 2001, O PLANO DIRETOR DA CIDADE DE KYOTO, POR UMA VIDA PACFICA E UMA CIDADE PRSPERA FOICRIADO PARA ORIENTAR AS AES DOS PRXIMOS 10 ANOS. O PLANO VISAVA ARTICULAR AS FUNES URBANAS DACIDADE COM O MEIO AMBIENTE, AS RELAES SOCIAIS E A RELAO DE CONFIANA ENTRE OS CIDADOS E AADMINISTRAO PBLICA.O DESAFIO DESENVOLVER UM PLANO DE CIDADE A PARTIR DO ESFORO CONJUNTO ENTRE OS CIDADOS, SETOR PBLICO E SETORPRIVADO, EM BUSCA DA MELHOR KYOTO POSSVEL PARA TODOS. Criao de uma nova imagem da cidade a partir de suas comunidades locais. Cada regio estabeleceu uma estratgia para executar as funes administrativas essenciais para oplanejamento de Kyoto. Foram criadas estratgias a partir da demanda dos cidados, como buscar o equilbrio entre a vidaprofissional e social das pessoas, e estimular o desenvolvimento local e a participao.Fonte: Programas Cidades Sustentveis33 34. 34Cidades inteligentes 35. A CIDADE INTELIGENTEO QUE UMA CIDADE INTELIGENTEALCANAR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, ECONMICA E SOCIAL ATRAVS DA INTEGRAO SISTEMTICA DE SEUPLANEJAMENTO, PROJETOS, OPERAES E GESTO. TAL CONCEITO ENGLOBA DESDE A GESTO DOS BENS PBLICOS EOPERAES DA CIDADE AT UMA MELHOR PROVISO DE SERVIOS E INFORMAES A SEUS HABITANTES. COLETA E ANLISE SISTMICAS DE DADOS atravs de tecnologias que captam as informaes emanadaspor toda a cidade desde o clima at a o fluxo de movimentaes das pessoas. A anlise dosinsumos se torna o principal valor agregado dos sistemas de inteligncia urbanos. So descobertospadres e algoritmos entre as informaes, sendo possvel ter conhecimento das diversas atividadesque constituem a cidade. PLANOS DE CONTINGNCIA E MELHORIAS so viabilizados com base nas anlises previamente elaboradas.H a integrao dos mecanismos de reao para uma resposta automtica s mudanas noambiente. Isto pode ser interessante no caso de, por exemplo, um desastre natural, iminncia decrimes ou adoo de tecnologias verdes para construes. CONVERGNCIA DO MUNDO VIRTUAL COM O MUNDO FSICO, aproveitando a infraestrutura existente. Istopode acarretar em poucas solues transversais para muitos problemas, como a integrao damalha viria e o aumento de veculos de transporte com o mesmo nmero de ruas.356Fonte: Smart cities of the future in Asia: The opportunities for UK business. UK Trade & Investments, 2011 36. A CIDADE INTELIGENTEO QUE UMA CIDADE INTELIGENTE366CIDADEINTELIGENTECIDADOS INTELIGENTESPLANEJAMENTO INTELIGENTE DA CIDADEMOBILIDADE INTELIGENTEGOVERNANA INTELIGENTE NEGCIOS INTELIGENTESCONSTRUES INTELIGENTESTECNOLOGIA DA INFORMAO ENERGIA INTELIGENTEINTELIGENTEFonte: Smart cities of the future in Asia: The opportunities for UK business. UK Trade & Investments, 2011 37. A CIDADE INTELIGENTECOMO SE TORNAR UMA CIDADE INTELIGENTE 6PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO, COMO O SMARTER CITY ROADMAP, que contempla objetivos e aesconcretas de curto prazo integrados viso de 20 a 30 anos cidade, com priorizao dosinvestimentos que produzam maior impacto na sociedade, Integrao dos diversos sistemas quecompem a complexa rede de conexes e otimizao dos servios e operaes.TORNAR-SE UMA CIDADE INTELIGENTE NO PASSA APENAS PELO USO DA TECNOLOGIA. A tecnologia a foraimpulsionadora e transversal s diversas transformaes, porm necessrio um trabalhosistemtico de apropriao de informaes e anlises cada vez mais complexas.INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA DIGITAL SO MAIS BARATOS DO QUE AQUELES EM INFRAESTRUTURA URBANA. Istoocorre por conta da otimizao da estrutura instalada, como a reengenharia do trfego deautomveis, por exemplo.A PARTICIPAO DA POPULAO ESSENCIAL PARA A SUSTENTABILIDADE DE TODO O PROCESSO de transformaoda cidade. As redes sociais auxiliam na comunicao e expresso dos sentimentos e desejos doscidados, criando uma rede colaborativa em prol do refinamento das estruturas e servios urbanos.Fonte: Smart cities of the future in Asia: The opportunities for UK business. UK Trade & Investments, 201137 38. AMSTERDCIDADE INTELIGENTETRANSFORMAO DE AMSTERD EM UMA CIDADE TOTALMENTE INTELIGENTEAMSTERDAM SMART CITY (ASC) UMA PARCERIA NICA ENTRE INICIATIVA PRIVADA, AUTORIDADES, INSTITUTOS DEPESQUISA E OS CIDADOS. O OBJETIVO TRANSFORMAR A REGIO METROPOLITANA EM UMA CIDADE INTELIGENTE APARTIR DO FOCO EM MORADIA, TRABALHO, MOBILIDADE, INSTALAES PBLICAS E DADOS ABERTOS AO PBLICO.O DESAFIO TER ORGANIZAES DE CONTROLE DE ENERGIA PARA REDUO DOS IMPACTOS CLIMTICOS MUNICIPAIS AT 2015 20% DA ENERGIA CONSUMIDA NA CIDADE SER PROVENIENTE DE FONTE RENOVVEL REDUZIR EM 40% AS EMISSES DE CO2 AT 2025 (EM COMPARAO S EMISSES DE 1990) A introduo de uma tecnologia do sculo XXI em um edifcio do sculo XVII ir reduzir as emisses de38 H 32 projetos em desenvolvimento com destaque para os setores de energia e conectividade. Amsterd se transformou em um laboratrio urbano vivo, que permite o teste e a demonstrao deprodutos e servios inovadores.CO2 em 50%.Fonte: Programa Cidades Sustentveis E Portal Amsterdamsmartcity.com 39. 39Cidades sustentveis 40. A CIDADE SUSTENTVELO QUE UMA CIDADE SUSTENTVELSUPRIR AS NECESSIDADES DO PRESENTE SEM COMPROMETER A HABILIDADE DAS FUTURAS GERAES EM GARANTIR SUASPRPRIAS NECESSIDADES. O TRIP DA SUSTENTABILIDADE VISA SUPRIR ECONMICA, AMBIENTAL E SOCIALMENTE AS DEMANDASDE UMA POPULAO EM DETERMINADA REDE URBANA. TODOS OS ORGANISMOS DEVEM TER A OPORTUNIDADE DE SOBREVIVER E PROSPERAR, seja este um habitante,uma instituio ou um parque. A ideia que tudo o que gera bem-estar naqueles que desfrutam doespao urbano tenham a oportunidade de continuar a se desenvolver e se multiplicar. INTEGRAO DE PENSAMENTOS E AES. Uma forte caracterstica das cidades sustentveis a sinergiaentre as diversas dimenses de uma cidade, como educao, mobilidade e habitao. A fim de queuma das reas finalsticas funcione adequadamente, necessrio que as demais operem emequilbrio. Portanto, demanda-se que haja uma viso holstica sobre o planejamento edesenvolvimento de programas para a sustentabilidade da cidade como um todo. OS CUSTOS MARGINAIS NA ADOO DE UMA CIDADE SUSTENTVEL SO DECRESCENTES, uma vez que a adoo detecnologias que preservem o meio ambiente, a qualidade do crescimento econmico e a qualidadede vida se torna mais barata do que a manuteno de estruturas e servios que devem serreimplantados constantemente.407Fonte: Hart & Milstein. Criando valor sustentvel. RAE Executivo, 2004. 41. A CIDADE SUSTENTVELO QUE UMA CIDADE SUSTENTVEL417Governana eGovernoSociedade eComunidadeDesenvolvi-mentoeInfraestruturaRecursosnaturais emeio-ambienteCIDADESUSTENTVELPLANEJAMENTOURBANOGOVERNANAEDUCAOSADEGESTO DE SERVIOSPBLICOS BSICOSGESTO DE RECURSOSNATURAISGESTO DE RESDUOS MOBILIDADE URBANA 42. A CIDADE SUSTENTVELCOMO SE TORNAR UMA CIDADE SUSTENTVEL 7O VALOR DEVE SER COMPARTILHADO ENTRE SOCIEDADE, SETOR PRIVADO E SETOR PBLICO, a fim de contemplartoda a rede de interesses e oportunidades que cada ator pode oferecer. As polticas pblicas devemenglobar as demandas de cada segmento da sociedade, visando a interao e os ganhos de escalanas transaes.PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO. A adoo de tecnologias que viabilizem a sustentabilidade dosorganismos de uma cidade requerem um planejamento de longo prazo. Alm disso, as aes eprogramas de governo devem contemplar esta temtica em suas obras e desenhos urbanos.QUANDO MAIS ADENSADOS OS CONGLOMERADOS URBANOS, MAIS SUSTENTVEL TENDE A SER A CIDADE. Istoocorre por conta da otimizao da estrutura instalada, com o aproveitamento dos sistemas detransporte e comunicao. A tendncia que as pessoas fiquem cada vez mais prximas econvivam de modo mais eficiente com estas tecnologias.RECURSOS NATURAIS. Temas como a captao de gua e tratamento de esgotos, coleta de lixo ereciclagem, emisses atmosfricas j so temas vencidos em muitas cidades de vanguarda nosculo passado. A nova agenda deste sculo nas cidades lderes concentra-se fortemente nareduo das emisses de gases de efeito estufa e na descarbonizao da economia.Fonte: Hart & Milstein. Criando valor sustentvel. RAE Executivo, 2004.42 43. VANCOUVERCIDADE SUSTENTVELALMEJA SER A CIDADE MAIS SUSTENTVEL DO MUNDO AT 2020O CAMINHO ESCOLHIDO POR VANCOUVER DIRECIONAR O DESENVOLVIMENTO DA CIDADE ATRAVS DASUSTENTABILIDADE, PAUTADO EM POLTICAS DE CURTO E LONGO PRAZOS.O DESAFIO DESENVOLVER BAIRROS NO APENAS COM ALTA DENSIDADE POPULACIONAL, MAS COM GRANDE DINMICA INTERNA. AS DIFERENTES REAS DEVEM APRESENTAR ALTA OFERTA DE OPORTUNIDADES, SERVIOS PBLICOS E COMERCIAIS, MAS,AO MESMO TEMPO, SER INTERLIGADAS AO RESTANTE DA CIDADE POR MEIO DO TRANSPORTE PBLICO. Vancouver criou um plano de aes sustentveis para 2020. O diferencial a abrangncia do plano, quevai desde metas para diminuio da poluio e do lixo a aes em mobilidade, construo e economiaverde. Os diferentes eixos relacionam-se e convergem para grandes resultados. A meta para 2020 a reduo43em 33% na emisso de gases efeito estufa. Distncia percorrida pelos residentes deve reduzir em 20% em relao a 2007 h metas como a deque todo cidado viva a cinco minutos andando de parques ou reas verdes.Fonte: City of Vancouver, Greenest City 2020 Action Plan 44. 44Cidades resilientes 45. A CIDADE RESILIENTEO QUE UMA CIDADE RESILIENTERESILINCIA A CAPACIDADE DE UMA COMUNIDADE EM SUPORTAR A PRESSO, SOBREVIVER, SE ADAPTAR, SE RECUPERAR DEUMA CRISE OU DESASTRE E SEGUIR ADIANTE. A RESILINCIA UM PRODUTO COLETIVO, PORTANTO PRECISA SERCOMPREENDIDA COMO UM BENEFCIO SOCIAL AO CONSTRUIR A HABILIDADE DE ADAPTABILIDADE E REGENERAO. CONSCIENTES QUE SE ENCONTRAM NA LINHA DE FRENTE, as cidades so responsveis pelas primeiras aesem prol da soluo de um contexto adverso. Neste sentido, as cidades resilientes contam com umplanejamento de mdio prazo, com aes que englobam a reviso e manuteno da infraestruturada cidade, cobrindo os pontos de maior probabilidade de risco sobrevivncia e qualidade de vidados habitantes. MAIS PREPARADA E MENOS VULNERVEL a desastres naturais ou imprevistos causados por seusresidentes. Isto ocorre por conta de uma slida e complexa rede de pessoas e sistemas integradosuns aos outros com disposio para auxiliar e contingenciar situaes de risco ao espao urbano. COMUNICATIVA E INTEGRADA, as cidades que possuem um perfil resiliente possuem tecnologia paramonitorar e antever os principais acontecimentos dentro e fora do permetro urbano. Alm disso,contam com uma rede de comunicao em mo dupla: cidados e governo trabalham em parceriapara compartilhar informaes sobre as movimentaes da cidade.458Fonte: ICLEI Local Governments for Sustainability 46. A CIDADE RESILIENTECOMO SE TORNAR UMA CIDADE RESILIENTE 8DIAGNSTICO E PLANEJAMENTO URBANO. O entendimento das vulnerabilidades e pontos de atenode uma cidade so essenciais para a construo de um plano de contingncia aos riscos, bem comoa concepo de uma estrutura urbana que esteja minimamente preparada para antever e evitaracontecimentos que possam gerar algum dano sua populao.INTEGRAO E PARTICIPAO DOS STAKEHOLDERS LOCAIS. Cada cidado que mora ou frequentadeterminado espao urbano possui responsabilidades e opinies sobre o mesmo. Neste sentido, interessante que o governo local oua as sugestes de melhoria e interaja com a comunidade a fimde instru-la sobre os riscos e os planos de contingncia da cidade.TECNOLOGIAS HUMANAS E DIGITAIS. A estrutura tecnolgica para monitoramento e antecipao dedesastres to importante quanto o tempo de reao das pessoas ao receberem os primeirosavisos gerados sobre a identificao de um risco em potencial.CIDADES COSTEIRAS EMUDANAS CLIMTICAS. Cidades costeiras como Nova Iorque e Rios de Janeiro jrealizaram simulaes dos impactos da elevao do nvel mdio do mar por conta das mudanasclimticas. Embora seja uma evento de maturao lenta e gradual, seu impacto irreversvel.Diversas cidades j se preparam estudos para se adaptar ao futuro nvel do mar.Fonte: Agenda 21 Urban Mobilit; Cities for Mobility46 47. ANCONA - ITLIACIDADE RESILIENTEA CIDADE POSSUI UM ROBUSTO PLANO DE CONTINGNCIA PARA DESASTRES NATURAISO DESENVOLVIMENTO DA CIDADE DE ANCONA SE DEU ATRAVS DA COSTA LITORNEA, NUM TERRENO COM FORTEDECLIVE. AS RESIDNCIAS E O COMRCIO FICAM BASTANTE PRXIMOS DO NVEL DO MAR, SEM RECUO SIGNIFICATIVOENTRE O PRINCIPAL MONTE DA CIDADE E A GUA.O DESAFIO A CIDADE TEM UM HISTRICO DE DESLIZAMENTOS DE TERRA APS FORTES CHUVAS, COMO EM 1982, QUANDO 4000PESSOAS FORAM EVACUADAS DA REA. AS LIGAES DE TRANSPORTES SO BASTANTE VULNERVEIS, CONTANDO COMDUAS VIAS DE ACESSO AO LONGO DA COSTA E UMA LIGAO FERROVIRIA NORTE-SUL. Aps estudos geolgicos, a comunidade concluiu que no poderiam solucionar o problema do deslizamento, mas47sim aprender a conviver com ele no removendo o risco mas adaptando e melhorando a gesto de risco. Estrutura para governana: 3 conselhos de adaptao local com no mximo 10 pessoas em cada, sendo cada umcom um foco em determinado risco climtico. "Matriz de impacto-influncia" para identificao dos principais grupos afetados por cada impacto climtico,auxiliando a identificao de grupos e agentes para atuar conjuntamente com a cidade nesse sentido.Fonte: Agenda 21 Urban Mobilit; Cities for Mobility The Copenhagenize Index 2013