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Pastel de Águeda - Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa

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Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa

Pastel de ÁguedaUm doce de excelência

“HádocesquesóÁguedatemparati” édestaformaqueaCâmaraMunicipaldeÁguedaconvidatodosaconheceremaexcelênciadadoçaria tradicional local,

numainiciativaqueultrapassa jáas fronteirasdopaís.

De entre os doces queÁgueda tem para si há umque se destaca, o famoso Pas-tel de Águeda, cujas origensse perdem nos tempos, masque a tradição diz remontarao Convento de SantoAntónio de Serém, a norte dacidade de Águeda. Atenta àprocura crescente do valorúnico e tradicional do Pastelde Águeda, a autarquia deuinício, em conjunto comdiversos produtores, comerci-antes e a Confraria Eno-Gas-tronómica Sabores do Bo-taréu, ao seu processo de cer-tificação através da consti-tuição de um Agrupamentode Produtores. O Vereador doTurismo Edson Santos de-fende que “através da certifi-cação pretende-se promover,

valorizar e defender a quali-dade do Pastel de Águeda,bem como assegurar a conti-nuidade do fabrico de umdoce tão emblemático doconcelho”.Quem visita Águeda tem

ainda a oportunidade de sedeliciar com uma gastrono-mia rica e variada, com ou-tros doces bem característicosdeste concelho - os fuzis, se-quilhos, cavacas, ou ainda obolo de St.ª Eulália -, mas

também com o leitão à Bair-rada acompanhado pelosmelhores espumantes da re-gião. Outras são as atraçõesque trazem milhares de visi-tantes até Águeda: o festivalAgitÁgueda (4 a 26 de julho

de 2015), a Pateira de Fer-mentelos ou as serranias doCaramulo através de percur-sos pedestres. De todos ficaráa vontade para regressar edescobrir que mais Águedatem para si!

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Vizela

Pão-de-Ló CobertoBolinhol

Foiumavizelensequenos finaisdoseculoXIXcriouumdePão-de-Lóoriginal,dedimensõespequenase formatorectangular,paramais facilmenteser

transportadoparaas feiras, embrulhadoem“linhol” (panode linho).

Desde tempos remotos que ohomem procurou o vale doVizela para permanência hu-mana. Aqui se fixou e aquidescobriu o que o territóriotinha para oferecer. Seja pe-los vales férteis e amenos,propícios a uma agriculturade excelência, seja pela quali-dade inegável das suas águastermais exploradas desde ostempos da romanização dapenínsula ibérica, a verdade éque as marcas desta per-manência subsistem até aosdias de hoje nas tradições.Destas tradições Vizelenses, agastronomia é uma daquelasque mais marca deixou noterritório, como se o apegoaos bens essenciais da sobre-vivência humana tivesse ob-tido uma expressão mais vin-

cada nesta parte do território.E nestas tradições a doçariatradicional alcança contornosde excelência. Assim, destavontade e deste saber fazernasce o famoso Pão-de-Lócoberto de Vizela, o Bolinhol.Esta receita, unicamente con-feccionada em Vizela foi,desde o princípio, abraçadapelos Vizelenses e propagadade geração em geração deprodutores, até aos nossosdias. Aliada à tradição e aosaber fazer único o Bolinholchega até hoje mantendo osmétodos de fabrico ances-trais, incutindo assim ao pro-duto os contornos deoriginalidade que lhe sãoatribuídos. O Bolinhol foi, du-rante os anos 20, um produtode referência na cidade do

Porto. O seu sabor chegou aser considerado por figurastão ímpares como o GeneralFranco e o antigo rei deEspanha, D. Juan Carlos. Hojeem dia quem se desloque aVizela, quer seja pela belezapanorâmica das paisagens doBaixo-Minho, onde a per-spectiva se perde na ampli-tude de discreta intimidadeou nos lúdicos meandros dorio, quer seja pela degustaçãodas iguarias do concelho, omais certo é ser-lhe apresen-tado como sobremesa o fa-moso Pão-de-Ló. Acompan-hando a gastronomia dequalidade e o vinho verdetradicional da região, o Bolin-hol será uma referência in-contornável em Vizela. Hajavontade para o descobrir…!

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Madeira

Bolo de Mel de CanaSeis séculos de história

Parasalvaguardaragenuinidadeeprotegercontraadulterações, SRARN,criouasmarcas«MeldeCanadaMadeira», «BolodeMeldeCanadaMadeira»e«BroasdeMeldeCanadaMadeira»,bemcomoosrespetivosselosdeautenticação.

A doçaria do Mel de Cana estáhistoricamente associada àindústria da cana-de-açúcar naIlha da Madeira, o qual re-monta aos princípios do séculoXV. Já em 1419, Cristóvão Co-lombo, que antes da descobertada América viveu no arquipé-lago, referenciava aos Reis deEspanha que o Mel de Canadevia constar dos mantimentosde qualquer embarcação, dadoser “o melhor alimento doMundo e o mais são”.Não será por isso de estranharque a receita mais antiga deBolo de Mel de Cana, cujamatéria-prima base distinta é osumo da cana-de-açúcar,também date do século XV, cri-ada por freiras de um conventocatólico. O Bolo de Mel de Canaé, sem dúvida, a jóia da doçaria

madeirense e, para o seu sabore aroma inconfundíveis, alémdo Mel de Cana, também con-tribuem especiarias orientais,frutos secos e outros condi-mentos especiais. Esta incom-parável delicatessen re-comenda o bom uso, que devaser sempre partida à mão e, depreferência, acompanhada deum Vinho Madeira. Todas estasiguarias, servem de base acriação de um turismo gas-tronómico e cultural que temvindo a ser promovido pela Di-reção Regional do Turismo. Dadoçaria tradicional, destaca-seainda a Queijada da Madeira,um pequeno bolo achatado, re-dondo, cujo gosto é agradávelpelo seu recheio de requeijãode leite de vaca e ovos, com

origem no Convento da Encar-nação no Funchal e fomentadapelas freiras de Santa Clara,sendo esta considerada a or-ganização económica mais im-portante do século XVII e XVIII.A Associação de Industriais dePanificação, Pastelaria e Con-feitaria da Madeira tem nos úl-timos tempos, intervindo nasalvaguarda das tradições damadeira, através do registo demarcas especificas “Bolo doCaco da Madeira”, Pão de Casada Madeira” e da submissão aIGP das mesmas. Já no decorrerdeste ano a AIPCRAM iniciou acompilação de receitas tradi-cionais da madeira, com o ob-jectivo de preservar estamemória através de publi-cação.

Ribeira

de Pena

Ribeira de Penaconvida, naturalmente

Estesdocesengrandeceramdeformasignificativaagastronomiaportuguesa, sendo,namaiorpartedasvezes, constituídospeloaçúcar,

gemadeovoeaamêndoa.

Consta que os doces conven-tuais apareceram com a intro-dução do açúcar por volta doséc. XV em Portugal e eramelaborados pelas freiras efrades que viviam nos conven-tos. Estes doces engrandece-ram de forma significativa agastronomia portuguesa,sendo, na maior parte dasvezes, constituídos pelo açúcar,gema de ovo e a amêndoa.Em relação à chila no forno,não podemos comprovar se éoriginário de algum convento,embora possua os três ingredi-entes base da doçaria conven-tual, este doce tradicional ori-undo de Ribeira de Pena quepode ser, habitualmente, sabo-reado na Adega do Maneca, noTá-se Bem e no Cantinho doChurrasco. Ribeira de Pena é

um concelho tipicamente dointerior e está na transição doMinho para Trás-os-Montes.Dominado pela bacia hidro-gráfica do Tâmega, no seucurso médio, o município pos-sui uma grande riqueza e var-iedade paisagística. Os valesprofundos definidos peloTâmega e pelos seus afluentes,com o seu verde intenso, têmuma expressão agrícola, cul-tural e de povoamento tipica-mente minhota. Acima da cotados 400 metros, predominamas encostas e os maciços ro-chosos tipicamente transmon-tanos, com o Barroso, a norte ea sul o Alvão. Da sua história,há dois factos significativos areter, o Foral recebido dasmãos de D. Afonso IV, e outor-

gado em Tentúgal a 29 de Se-tembro de 1331 e, ainda, a pas-sagem de Camilo CasteloBranco por terras de Ribeira dePena, onde passou alguns anosda sua adolescência e casoucom Joaquina Pereira deFrança, na Igreja do Salvador a18 de agosto de 1841. Rui VazAlves, presidente da CâmaraMunicipal, defende o desen-volvimento económico do mu-nicípio assente em quatrograndes áreas: indústria, agri-cultura, floresta e turismo.Acreditando que esta estratégiaé apropriada à criação de pos-tos de trabalho, à fixação dapopulação e à dinamização docomércio local, valorizando osrecursos endógenos, a culturae o património.

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Santo Tirso

Jesuítas, um pastelcom 120 anos de história

Criadoshámaisde120anos,os tradicionais jesuítas têmsidoresponsáveisporcolocaronomedeSantoTirsoemmuitasbocas...

Criados há mais de 120 anos, ostradicionais jesuítas têm sido re-sponsáveis por colocar o nomede Santo Tirso em muitas bocas...Apesar da origem do nome e dareceita estar envolta em algummistério, acredita-se que estárelacionada com uma das con-feitarias mais famosas da cidade.Terá sido um pasteleiro espan-hol, empregado de GuilhermeFerreira de Moura, a dar o nomee a forma aos pastéis, depois deter trabalhado numa comuni-dade de padres jesuítas, em Bil-bao. E não será fruto do acasoque este pastel folhado triangu-lar, com um ‘chapéu’ de açúcar eclaras, se assemelhe tanto àsvestes dos monges que lhe dão onome. Hoje em dia, os jesuítasde Santo Tirso continuam a serconsiderados únicos e mantêm o

estatuto de principal atração gas-tronómica da cidade, seguidospelos limonetes, um pastel demassa folhada, recheado comcreme de limão e cobertura deglace. Mas, nesta Páscoa, SantoTirso tem muito mais para ofere-cer para além da doçaria tradi-cional. Entre 3 e 6 de abril, o mu-nicípio organiza a segundaedição do Mercado Nazareno epropõe uma viagem no tempo,por alguns dos momentos bíbli-cos mais marcantes da quadrapascal. Recriações históricas pro-tagonizadas por atores profis-sionais das quais se destaca osmilagres de Cristo, a chegada aJerusalém, a Crucificação e aRessurreição, prometem sur-preender os visitantes. Duranteos quatro dias, na praça em

frente ao edifício da Câmara Mu-nicipal, o público terá aindaoportunidade de assistir a ani-mações de rua, combates entresoldados romanos e várias re-criações de época, pensadaspara despertar o interesse demiúdos e graúdos. E já que estáde passagem de Santo Tirso, ap-roveite para conhecer as 47 es-culturas que compõe o MuseuInternacional de Escultura Con-temporânea, espalhadas porcinco núcleos principais da ci-dade: Parque D. Maria II e jardinsadjacentes; Praça 25 de Abril;Parque dos Carvalhais; PraçaCamilo Castelo Branco; e ParqueUrbano de Rabada. O maior mu-seu de escultura ao ar livre estáno concelho de Santo Tirso,basta passear, pela cidade.

Alcobaça

Alcobaça, cidadedos doces conventuais

OsMosteirosdeAlcobaçaeCozsãoocoraçãodoreceituárioconventual.OMuseudoVinhoeoRaúldaBernarda,oparquedosMonges, SãoMartinho

doPortoeapraiadeParedesdaVitóriasãooutras referências.

A Doçaria Conventual é umareferência do turismo gas-tronómico português e umamarca identitária que o Mu-nicípio de Alcobaça soubefruir. A história dos docesconventuais cruza-se com ahistória dos antigos coutos deAlcobaça, terra de muita riqu-eza e abundância adminis-trada pelos Monges de Cister.Grande parte do receituárioconventual foi concebido nascozinhas dos Mosteiros de Al-cobaça e Coz: o Pão-de-Lóde Alfeizerão, as cornucópias,as trouxas-de-ovos, entremuitos outros. Estas iguariasrespeitam uma tradição secu-lar que trabalha uma base deovos e açúcar dando-lhesforma e sabor únicos.O legado da Doçaria Conven-

tual, mantido em segredo aolongo dos séculos pelos Mon-ges e pelas Monjas de Cister,foi recuperado pelo Municípiode Alcobaça através daMostra Internacional de Do-ces & Licores Conventuais. Oevento, que este ano celebraa 17ª edição, representa umaboa oportunidade para mil-hares de visitantes apreci-arem não só a imensa riquezagastronómica local, mastambém nacional e interna-cional. É um acontecimentosingular que todos os anos,em novembro, atrai gentes detodas a proveniênciasmovidas pela gula e pela cu-riosidade.A Mostra Internacional deDoces & Licores Conventuais

tem vindo a afirmar-se comouma das principais bandeirasde Alcobaça, projetando a ci-dade e o concelho além-fron-teiras. Situada entre a serra eo mar, onde a beleza naturalserve de pano de fundo, Alco-baça é um local ideal para sevisitar em qualquer época doano.Desde o Carnaval de Alco-baça “Folia & Algazarra” (fe-vereiro), passando pelo festi-val Books & Movies (junho),Aljubarrota Medieval (agosto),Feira de São Bernardo(agosto) até à Passagem deAno em São Martinho doPorto (dezembro), há motivosde sobra para visitar Alco-baça. Um destino turístico deexcelência.

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Ovos Moles de AveiroUma jóia conventual

Oficina de Doceensina tradição

Quando se fala de Aveiro há,entre muitas outras coisas,duas que nos vem à ideia:moliceiros e Ovos Moles. Equando se fala de OvosMoles cita-se o Mosteiro deJesus de Aveiro e vem àmemória toda a gloriosadoçaria que nasceu nos con-ventos. Após a extinção dasordens religiosas começarama ser confeccionados porvárias casas seculares e, sãohoje, um ícone regional mastambém um doce identifica-dor das especialidades por-tuguesas.

Hoje em dia, a sua certifi-cação, permite inscrever amenção oficial: “Ovos Molesde Aveiro – Indicação Geo-gráfica Protegida”. Foi, aliás,o primeiro produto nacionalde doçaria a obter estadistinção por parte da UniãoEuropeia.Tradicionalmente, os OvosMoles são servidos em barri-cas de madeira, decoradascom pinturas de temasaveirenses, usando-setambém os potes em porce-lana. A mais conhecidaforma de aplicação de ovos-

moles é em folhas de hóstia,moldadas em formas de mo-tivos marinhos como con-chas de bivalves ou outros.Apesar de o seu consumopoder ser directo, ou emforminhas fechadas de hós-tia, os ovos moles entram emoutras confecções doceirasimportantes. A nova cozinhatambém decidiu tirar partidoda excepcional qualidade eversatilidade dos ovos moles,usado como um componentede sobremesa. Sem esquecera versão gelado de ovosmoles.

A Oficina do Doce per-tencente ao Grupo Fabridoce,é um espaço interactivo dedemonstração do fabrico dosOvos Moles, que se localizaem pleno centro da cidade deAveiro, no canal central, co-abitando com os tradicionaisbarcos moliceiros. Ali terá aoportunidade de conhecertoda a envolvente históricaassociada aos doces conven-tuais da Região de Aveiro.Um espaço de exposiçãodidáctico, historicamenterepresentativo, onde poderáver ao vivo, com muita

magia, a forma de fabricomais tradicional dos OvosMoles. Os mais arrojados,esses, terão a oportunidadede experimentar a sua artecomo doceiros (as) à modaantiga, procedendo ao enchi-mento e corte daqueles docescom desenhos marítimos. Nasequência desta demon-stração terá o prazer de pro-var estes deliciosos doces,ex-libris da nossa cidade.Mais recentemente, a Oficinado Doce integrou na suaoferta também a visita Gela-dos de Portugal, na qual o

visitante tem a oportunidadede assistir a uma demon-stração do processo de fab-rico dos Gelados de Portugal,novo conceito de gelados ar-tesanais com a assinatura dogrupo Fabridoce.

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Uma Doce TradiçãoDesde 1968

À hora a que lê este artigo, pro-vavelmente sentado na Paste-laria Califa, enquanto toma umcafé e se delicia com um pastelde nata, em Malaca, na Malásia,alguém estará também a trin-car um no “Restoran de Lis-bon”. Ou na “Comme a Lis-bonne” em Paris, no chiquebairro do Marais, que tem aodomingo a sua maior enchente.Com algumas horas de difer-ença, em Chinatown, NovaIorque, a pastelaria Bread Talk,abrirá as portas onde os seusclientes fazem fila paracomerem as saborosas “egg-tarts”, como são conhecidos osnossos pastéis de nata na maiorparte do Mundo. Verdadeiroembaixador do nosso país, opastel de nata tem a sua origemem Portugal, e reza a história

que serão uma receita dosmonges que transpôs as pare-des dos mosteiros em 1837.Não tão antiga, mas também jácom alguma história que osseus 47 anos proporcionam, ebem conhecida em Lisboa, emPortugal e de muitos portugue-ses que povoam o globo, oCalifa tem no seu pastel de nata

um dos seus produtos de ex-celência. Tendo iniciado o seupercurso em 31 de Maio de1968, no então modesto bairrode São Domingos de Benficaem Lisboa, poderá dizer-se queo seu crescimento anda de mãodada com o da zona em que seinsere, e de que se tornou a suaprincipal referência. Actual-

mente com 3 pisos, 150 lugaressentados, uma zona recente deesplanada, num ambientemoderno mas carregado dehistórias que os milhares de cli-entes que continuam a preferi-la guardam nas suas mais sa-borosas e marcantes recor-dações. Além da sua já famosae reconhecida qualidade de

Pastelaria, (quem já não ouviufalar das longas filas no Natalpara obter um dos melhoresBolo Rei do país), estende agoraà restauração, com a sua con-hecida criatividade e excelênciade qualidade, um novo serviçode “Steak House”, todos os diasdas 19h00 as 22h30. O Califa,em Lisboa, merece a sua visita.

Verdadeiroembaixadordonossopaís, opasteldenatatemasuaorigememPortugal, e rezaahistóriaqueserãoumareceitadosmongesquetranspôs

asparedesdosmosteirosem1837.

Pastéisde Al-Madan

DaspáginasdahistóriadagastronomiaalmadenseaMeltejo retirouoquedemaisdoceencontrouepreparouosPastéisdeAl-Madan.

Os pastéis de AI-Madan são oque de melhor podemos en-contrar na riquíssima históriada cidade de Almada cuja fun-dação se perde na memóriado tempo e que herdou onome do topónimo árabeAI-Madan, ou a mina de ouro”porque aqui se explorava oouro, nas areias do Tejo e naconhecida mina da Adiça.A arqueologia tem posto adescoberto importantes docu-mentos que dão a conhecer aocupação humana de Almada,desde o Calcolítico, 3000 anosantes de Cristo, até aos nossosdias; cinco mil anos deHistória onde se inseremvários povos, nomeadamenteFenícios, Romanos e Muçul-manos, com as mais diversasculturas e formas de vida que,

forçosamente, se refletem nagastronomia tradicional. En-volvida pelo Tejo e pelas lin-das praias do Atlântico, alcan-tilada sobre as falésias so-branceiras a fazer inveja àcapital do reino, Almada sem-pre se evidenciou como entre-posto privilegiado para o

abastecimento da cidade deLisboa em que os portos deCacilhas e de Porto Brandãodesempenharam um papelpreponderante. Como umsoldado na linha da frente, Al-mada sempre marcou pre-sença nos momentos decisivosda História de Portugal, distin-

guindo-se, quer nas lutas con-tra o domínio estrangeiroquando a nossa soberania eraameaçada, quer pela liberdadee cidadania do seu povo,escrevendo gloriosas páginasna História de Portugal. Daspáginas da História da gastro-nomia almadense a Meltejo

retirou o que de mais doce en-controu e preparou os Pastéisde AI-Madan, para levar à suamesa os doces sabores daHistória, frutos do saber dosprofissionais que querem dar-lhe a conhecer a cidade, nes-tes requintados Pastéis de AI-Madan.

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Celorico

de Basto

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Capotes, Claudinosou Caparicanos

No dia 22 de Dezembro de1984,na véspera de umgrande casamento ocorridonesta antiga vila, agora ci-dade, nascia a Pastelaria OCapote. Garantia-se, assim, amanutenção da genuína re-ceita original dos Claudinos,inalterada e em segredo, umavez que os sucessivos paste-leiros que a foram conhe-cendo pertencerem à mesmafamília. Ainda hoje, é dasmãos dessa mesma famíliaque continuam a sair osClaudinos, os Garibaldis edemais pastelaria d’O Capote.Este Bolo começa por serfabricado na antiga PastelariaCosta Nova, situada mesmono centro da Costa, que per-manecem para sempre gra-vados na lembrança.

O Claudino é um bolo sim-ples com um desing diferentee inovador. È um bolo cro-cante de massa folhada di-vidido em duas partes re-cheado com um fabulosocreme pasteleiro. Toda aconfeção é feita manual-mente e com segredos anti-

gos, os ingredientes utiliza-dos são da melhor qualidade.Para além dos de tamanhonormal, cerca de 16 cm, osClaudinos também saem emminiaturas e em tamanhogrande, como bolo de ani-versário. O Garibaldi é umbolo feito a partir de uma

mousse chocolate, colocadasobre uma base de pão de lócom cerca de 5 mm e cobertacom outra igual, sendo guar-necida em cima por capa dechocolate. Orgulhamo-nos deser uma pastelaria de fabricoPróprio, em que toda a pas-telaria, doce ou salgada é

produzida por nós e feitasmanualmente com a receitados nossos antigos… Se nuncaprovou, ou mesmo já conhe-cendo, vale a pena uma ida àCosta da Caparica e deliciar-se com um Claudino morn-inho. Vai ver que não se vaiarrepender.

Acontinuidadedapastelariaseguepelasmãosdosdescendes,RicardoFerrinhoeRitaFerrinhoqueem2008nãodeixarammorrer

umagrandetradição.

Pão-de-ló de Celoricode tão fino paladar…

Pão-de-ló sobressaipelosabor,pelaqualidade,peloaroma.CeloricodeBastoondeoMinhomudadecor.

Celorico de Basto é um con-celho cada vez mais procuradopelos turistas. Com um patri-mónio arquitetónico vastomostra-se como roteiro devisita obrigatória. Em Celoricode Basto demarca-se o Castelode Arnoia, único Castelo daRota do Românico, situado naVilla de Basto. Os inúmeros so-lares, exuberantes, e os jardinsde camélias, meticulosamenteornamentados, definem apaisagem. Os muitos motivosde interesse deste concelho sãoainda mais “apetecíveis”quando misturados com adoçaria que tão bem nos carac-teriza. “O nosso pão-de-lósobressai pelo sabor, pelaqualidade, pelo aroma. É umdoce feito com todo o primorque se destaca dos demais,

fruto do empenho de quem oproduz.” Não se trata de umdoce industrializado mas feitocom produtos meticulosamenteselecionados e com um ingre-diente muito particular, a sabe-doria vinda de geração emgeração! “Este pão-de-ló temalgo único, soberbo, algo quedeleita o paladar de quem temo privilégio de o provar. Não éseco, nem demasiado húmido,é sempre apetecível” destacouo autarca local, Joaquim Mota eSilva, apreciador do doce.A existência deste pão-de-lóadvém de 1870, na altura aDoçaria Oliveira publicava ver-sos num papel fino no qual en-volvia o doce. As marcas dessaaltura vingaram com o passardo tempo e ainda hoje, essesversos continuam a ser a marca

indiscutível do valor atribuídoao Pão-de-ló. Estamos a incre-mentar um aditivo que dá umsabor especial ao pão-de-ló, odoce de camélia. Um doce quederiva da flor que nos identi-fica, que vai proliferando portodo o concelho. Esta misturade paladares transformou opão-de-ló, ainda mais rico e desabor único. As cavacastambém têm um valor especialem Celorico de Basto, são mais“fofinhas” e “delicadas”. Maspara tornar esta doçaria aindamais apetitosa juntamos umcondimento especial, o nossoVinho Verde, de qualidade de-marcada e de sabor e aromamuito particular que o tornaúnico e irrepetível, feito exclu-sivamente com “as nossasuvas”.

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A seleção perfeitade Vinho do Porto

para a Páscoa

Nestaépocamarcadapeladoçaria tradicional, oGraham’sTawny20AnoseoGraham’sSixGrapessãooacompanhamentoperfeitoparaadoçuradasamêndoas torradasedochocolatenegro.

Nesta época marcada peladoçaria tradicional, oGraham’s Tawny 20 Anos e oGraham’s Six Grapes são oacompanhamento perfeitopara a doçura das amêndoastorradas e do chocolate ne-gro. O Graham’s Tawny 20Anos apresenta uma cor âm-bar dourada e um caracterís-tico aroma a noz e a frutadeliciosamente amadurecida,

com notas delicadas de cascade laranja. Levemente adoci-cado e suave, é requintada-mente aveludado graças aum cuidado envelhecimentode mais de 20 anos. Servidoligeiramente fresco, acom-panha extremamente bemamêndoas, nozes, leite-creme, pão-de-ló ou docesde ovos. Um vinho aper-feiçoado durante mais de 20

anos que combina a frescurados Portos jovens com acomplexidade dos Portosenvelhecidos.Já o Graham’s Six Grapesapresenta uma cor vermelhaintensa e profunda, com umaroma sedutor a cerejas eameixas maduras e um pa-lato complexo, vibrante e es-truturado. É um vinho encor-pado, frutado, robusto e de

excelente qualidade, fre-quentemente descrito como“o Porto de todos os diaspara o apreciador de Vinhodo Porto Vintage”. O seu es-tilo jovem e assertivo torna-oideal para acompanharchocolate negro com elevadograu de cacau, assim comosobremesas à base dechocolate. Delicioso apósa refeição.

Fafe

Pão-de-lóEspecialidade de Fafe

Segredodedoçariacommaisde70anosestánamatéria-primaeconfeção

Quem passa por Fafe não podesair sem provar o Pão-de-ló eos tradicionais doces de gema.São duas das iguarias gas-tronómicas mais conhecidas eapreciadas do concelho, sendoa Doçaria de Fornelos a maiorprodutora destes doces. Refira-se que só por altura da Páscoae do Natal, doçaria produz mil-hares de quilos de pão-de-ló edoces de gema.A utilização de forno de alve-naria e a qualidade dos ovossão dois dos motivos pelosquais o pão-de-ló de Fornelosé conhecido a nível nacional eaté mesmo internacional.A confeção destes em Fornelostem uma história que remontahá mais de setenta anos, pelasmãos da visavó de César Fre-itas, atual proprietário da

Doçaria. O negócio familiarpassou de pais para filhos e,hoje, a empresa tem um grandecapacidade de produção, nãoesquecendo, no entanto, a im-portância da utilização de for-nos a lenha e a qualidade damatéria-prima.“A nossa doçaria existe há maisde setenta anos, começou coma minha visavó, passando parao meu avô, o meu pai e agorasou eu que estou à frente dosdestinos da empresa”, disse,explicando que o segredo parao sucesso destas duas iguariasdeve-se à forma como sãoconfecionadas.“Claro que existe um segredona confeção dos nossos doces,que não revelamos, no entanto,o essencial está na matéria-

prima e na confeção. Aquiainda produzimos de formatradicional, usando fornos dealvenaria, ovos de qualidade eformas de barro. Não tenhodúvidas que são estas carac-terísticas que nos distinguemdos outros”, esclareceu.Feitos à base de ovos, açúcar efarinha, os doces de Fornelosforam mencionados por váriosautores, em vários livros, entreeles, no livro de José AugustoVieira, em 1886.

Doçaria de FornelosDoces RegionaisAv. Sta. Comba, 2714820-427 Fornelos - FafeTel. 253 599 011Fax: 253 599 [email protected]

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Abrantes

Palha de Abrantesrecria história do Tejo

Feitodegemasdeovos, açúcareamêndoa, sobumpedacinhodefolhadeobreia, esta iguaria temorigemnaimagemdapalhavindadoAlentejo.

Se o mandarem para a Abrantescomer palha, não se sinta ofen-dido! A Palha de Abrantes é oex-líbris dos doces conventuaisque se associam a esta cidade.Feito de gemas de ovos, açúcare amêndoa, sob um pedacinhode folha de obreia, esta iguariatem origem na imagem da palhavinda do Alentejo, que pelo rioTejo seguia por esta cidade acaminho dos estábulos de Lis-boa, no séc. XVI. Na freguesia deRio de Moinhos teve origem ou-tro dos doces famosos deAbrantes – as tigeladas. Reza alenda que, uma habitante dafreguesia com a ajuda de umaamiga, lavadeira do convento daGraça (demolido em 1902), con-seguiu o segredo do doce dasfreiras. A receita passou degeração em geração, até aos

dias de hoje, sempre cozida emtijelas de barro, daí o nome.Uma vez em Abrantes, e após sedeliciar com este docinho numadas pastelarias do concelho,parta à descoberta do seunotável centro histórico, queainda hoje mantem a traça ar-quitetónica original, percorra assuas ruas estreitas de seixo ro-lado e repletas de marcas queperduram no tempo. O ponto devisita obrigatório é o seu castelo,onde poderá encontrar os vo-luptuosos túmulos góticos dosCondes de Abrantes no MuseuD. Lopo de Almeida e deslum-brar-se com 360 graus depaisagem sobre o Tejo na suaTorre de Menagem. Aproveite,ainda, para conhecer amagnífica Albufeira de Castelo

de Bode em canoa, partindo daPraia Fluvial de Aldeia do Mato;o Parque Urbano de S. Lourençoe os seus percursos sempre como pequeno lago no olhar; e oParque Ribeirinho Aquapolis,onde pode registar apanorâmica da cidade espel-hada no rio. Qualquer época doano pode ser uma boa alturapara visitar Abrantes, mas emOutubro é sem dúvida mais de-licioso. No último fim-de-se-mana, a cidade acolhe a FeiraNacional de Doçaria Tradicionalem que as Tigeladas, a BroasFervidas de noz e mel e a fa-mosa Palha de Abrantes são asiguarias anfitriãs desta fabulosamostra de pequenos e irre-sistíveis pecados vindos devários pontos do país.

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Page 11: Pastel de Águeda - Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa

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