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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIUAÍ CAMPUS DE PARNAÍBA CURSO: BACHARELADO EM BIOMEDICINA DISCIPLINA: BACTERIOLOGIA PROFESSORA: ANNA CAROLINA T C PEREIRA 2013.2

Bacteriologia seminário Treponema e Leptospira

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Page 1: Bacteriologia   seminário Treponema e Leptospira

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIUAÍ

CAMPUS DE PARNAÍBA

CURSO: BACHARELADO EM BIOMEDICINA

DISCIPLINA: BACTERIOLOGIA

PROFESSORA: ANNA CAROLINA T C PEREIRA

2013.2

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Page 3: Bacteriologia   seminário Treponema e Leptospira

Duas espécies causam doenças em humanos: Treponema pallidum e Treponema carateum

Treponema pallidum pallidum – sífilis

Treponema pallidum endemicum – sífilis endêmica (bejel)

Treponema pallidum pertenue – bouba

Causa pinta Não são doenças venéreas

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Treponema – Fisiologia e Estrutura

• Espiroquetas delgadas espiraladas

• Extremidades pontudas e retas

• Três flagelos periplasmáticos

• Filamentos axiais

• Microaerofílica e dependente

da glicose

• Não visíveis por coloração de

Gram ou Giemsa - CCE

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Treponemas – Patogênese e imunidade

• Proteína de membrana externa – aderência à superfície das

células do hospedeiro

• Hialuronidade – degrada ácido hialurônico – infiltração

perivascular

• Fibronectina das células infectadas – proteção contra a

fagocitose

• Destruição tecidual e lesões – decorrentes da resposta

imune

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Treponemas – Patogênese e imunidade

• Curso clínico da sífilis – 3 fases:

Fase primária – caracterizada por cancros

Fase secundária – caracterizada por lesões dispersas pelo

corpo, sintomas clínicos

Fase tardia – todos os tecidos estão envolvidos

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Exantema disseminado na sífilis

secundária

Cancro primário do prepúcio do pênis.

Tipicamente a lesão é indolor, grande

números de espiroquetas estão presentes

na lesão

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• Aborto

Sífilis congênita na

infância:

→ Ceratite intersticial

→ Dentes de Huthinson

→ Nariz em sela

→ Periostite

→ Outras anomalias

• Sífilis Congênita

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Treponema – Epidemiologia

• Humanos são os únicos hospedeiros naturais

• Transmissão: venérea, congênita e transfusão sanguínea

• Não disseminada por contato em objetos inanimados –

assentos sanitários

• Bejel – África e Austrália

• Bouba – África, América do Sul e Indonésia

• Pinta – América Central e do Sul

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Treponema – Doenças clínicas

• Sífilis primária :

Cancro sifilítico – pápula – úlcera indolor com bordas

elevadas – linfadenopatia regional indolor

• Sífilis secundária:

Evidência clínica – síndrome semelhante à influenza –

erupção mucocutânea generalizada – exantema

• Sífilis terciária (tardia) – inflamação crônica e difusa –

lesões em diversos órgãos e tecidos – ossos, pele, meninges,

coração

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Treponema – Diagnóstico laboratorial

• Microscopia

Campo escuro

Coloração com anticorpo fluorescente direto - DAF

• Sorologia

Teste não treponêmicos

VDRL – Teste do Laboratório de Pesquisa

De Doenças Venéreas

RPR – Teste rápido de reagina plasmina

Testes treponêmicos

FTA-ABS – Absorção com anticorpos

treponêmicos fluorescentes

TP-TA – Teste de aglutinação com

partículas com Treponema pallidum

ELISA

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Sífilis – Tratamento, prevenção e controle

• Prevenção e controle:

Não há vacinas

Uso de camisinha

Tratamento dos enfermos

• Tratamento:

Penicilina

→ Penicilina benzantina de longa ação – sífilis primária

→ Penicilina G – sífilis secundária e tardia

Tetraciclina, doxiciclina – alérgicos à penicilina

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Leptospira

Leptospira interrogans

Leptospira biflexa

Cepas patogênicas

Cepas não patogênicas

Análise de ácidos nucleicos – 17 espécies

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Leptospira - Fisiologia e estrutura

• Espiroquetas delgadas espiraladas

• Uma das extremidades em gancho

• Dois flagelos periplasmáticos

• Aeróbios obrigatórios

• Ótimo crescimento em meios

suplementados – ácidos graxos

de cadeias longas, sais de

amônio e vitaminas B2, B12 Coloração pela prata de Leptospira

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Leptospira – Patogênese e imunidade

• Infecções subclínicas ou doença sistêmica severa (doença

de Weil) – icterícia rubínica, insuficiência renal aguda e

hemorragias – mais comumente pulmonar

• Patogênese:

Penetram – membranas mucosas intactas e na pele –

cortes pequenos e abrasões

Eliminação das leptospiras – desenvolvimento da

imunidade

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Leptospirose – Epidemiologia

• Distribuição mundial

• Hospedeiros reservatórios e acidentais

Roedores e pequenos mamíferos Cães, animais rurais, seres humanos, etc

• Infecções ocorrem em meses quentes e chuvosos

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Infecções

assintomáticas

Colonização

dos túbulos

renais –

eliminação pela

urina

Córregos, rios,

águas paradas e

solos úmidos –

contaminados

pela urina de

animais

infectados

Exposição direta a animais infectados ou

a água contaminada – fontes de infecção

em hospedeiros acidentais

Bactéria penetra pele íntegra ou lesionada e em

mucosas – imersa por tempo elevado em água

contaminada

Quadro clínico bifásico: FASE PRECOCE (ou septicêmica);

FASE TARDIA (ou imune).

Precoce – Duração de 3 a 7 – febre, cefaleia, mialgias, anorexia, náuseas, vômitos,dor torácica, diarreia, tosse seca

Tardia – Síndrome de Weil – icterícia rubínica, insuficiência renal aguda e hemorragias, mais comumente pulmonar

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Leptospira – Diagnóstico laboratorial

• Microscopia

Coloração pela prata

Coloração de Gram

Microscopia de campo escuro

Coloração com anticorpo fluorescente direto – DAF

• Sorologia

Teste de aglutinação microscópica - TAM

Não confiável

→ Relativamente insensível

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• Cultura

Fletcher, EMJH ou Tween 80 albumina

Leptospira – Diagnóstico laboratorial

• Crescem lentamente – 6 A 16 horas

• Incubação a 28º a 30º – por quatro meses - positivas em

duas semanas

• coleta – sangue, urina, LCR

• Inoculação - 1 a 2 gotas de sangue

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Leptospirose – Tratamento, prevenção e controle

• Penicilina intravenosa

• Doxiciclina

• Controle:

Vacinação de animais

Controle de roedores

• Prevenção:

Evitar água em proximidade de lixão, água de chuva e

contato com animais suspeitos

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1.BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.

Departamentos de Vigilância Epidemiológica. Doenças Infecciosas e parasitárias:

guia de bolso. 8 ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010, p. 274-282.

2.BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.

Leptospirose: o que é e como prevenir. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível

em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/folder/leptos_folder.pdf. Acesso

em: 11 de janeiro 2014.

3.GOMES, Marcos. Gênero Leptospira spp. Microbiologia Clínica Veterinária

Vet 3225 Área de Bacteriologia, UFRGS, 2011.

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