21
Ceratite Bacteriana R2 Pietro B. de Azevedo HCPA – Oftalmologia 18.03.2014

Ceratite bacteriana

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Ceratite bacteriana

Ceratite Bacteriana

R2 Pietro B. de AzevedoHCPA – Oftalmologia

18.03.2014

Page 2: Ceratite bacteriana

Introdução

‘PEDAL’ mnemonic: Pain, Epithelial defects, Discharge, Anterior chamber reaction, Location.

  Infecciosa EstérilTamanho Grande PequenaProgressão Rápida Lenta

Defeito epitelial Muito comum e grande Incomum e pequeno

Dor (pain) Moderada – grave LeveSecreção (discharge) Purulenta MucopurulentaNº Única Múltiplas

Lateralidade Unilateral Frequentemente bilateral

RCA Grave LeveLocalização Central PeriféricaReação corneana adjacente Extensiva Limitada

PEDAL brasileiro: Pus, defeito Epitelial, Dor, reação de câmara Anterior, Localização

Page 3: Ceratite bacteriana

Fatores de Risco

Trauma

Inclusive cirúrgico (LASIK)

Lentes de contatoHipóxiaMicrotraumaAderência bacterianaLC gelatinosasUso prolongado aumeta 10-15x o risco

Doenças da superfície ocularOlho secoTriquíaseBlefarite crônicaAnestesia corneanaExposição

OutrosImunodepressão

Def. vit ADM Alcoolismo

Page 4: Ceratite bacteriana

Patógenos

Pseudomonas aeruginosa LC

Staphylococcus aureus Patologia ocular prévia

Streptococci S. pyogenes

S. pneumoniaePós-trauma (LASIK)

Page 5: Ceratite bacteriana

PERIGO!!!

Penetram o epitélio da córneal normal Neisseria gonorrhoeae

Neisseria meningitidis

Clostridium diphtheriae

Haemophilus influenzae

Shigella sp

Listeria monocytogenes

Page 6: Ceratite bacteriana

Sintomas Dor

Fotofobia

Visão turva / BAV

Sinais

• Hiperemia conjuntival• Edema palpabral / quemose• Secreção purulenta

Page 7: Ceratite bacteriana

Sinais

1. • Defeito epitelial c/ infiltrado

2.

• Aumento do infiltrado

3.

• Edema estromal, dobras da memb Descemet e uveíte anterior

4. • Quemose e edema palpebral (casos severos)

5. • Progressão do infiltrado e hipópio

6. • Descemetocele perfuração (pseudomonas)

7. • Endoftalmite (rara sem perfuração)

8. • Cicatrização, vascularização e opacificação

Page 8: Ceratite bacteriana
Page 9: Ceratite bacteriana

ATENÇÃO

HipoestesiaSugere co-infecção por herpes

Anel corneano imunológicoGram – / Fungos / Acantamoeba / Vírus /

Anestésico

Page 10: Ceratite bacteriana

Investigação

Raspado corneano Preservativos podem reduzir positividade da cultura

Margem e base

Rotina: sangue, chocolate e Sabouraud

Gram Violeta cristal

Identifica 75%

Cultura 48h

Sensibilidade em disco de difusão (Kirby–Bauer) – relevância?

Anestalcon® é menos bacteriostático que Anestésico®

Mandatória em casos graves

Page 11: Ceratite bacteriana

Colorações

OrganismoGram Bacteria, fungi, Microsporidia

Giemsa Bacteria, fungi, Acanthamoeba, Microsporidia

Calcofluor white (fluorescent microscope) Acanthamoeba, fungi, Microsporidia

Acid-fast stain (AFB)e.g. Ziehl–Neelsen, Auramine O (fluorescent)

Mycobacterium, Nocardia spp.

Grocott-Gömöri methenamine-silver Fungi, Acanthamoeba, MicrosporidiaPeriodic acid-Schiff (PAS) Fungi, Acanthamoeba

Page 12: Ceratite bacteriana

Meios de cultura

Organismos

Ágar sangueMaioria das bactérias e fungos (exceto: Neisseria, Haemophilus e Moraxella)

Ágar chocolateBactérias fastidiosas (Neisseria, Haemophilus e Moraxella)

Ágar Sabouraud dextrose Fungos

Ágar não-nutriente com E. coli

Acanthamoeba

Infusão cérebro-coração (BHI)

Organismos de difícil cultura (streptococci, meningococci. fungos)

Caldo de carne assadaAnaeróbios (e.g. Propionibacterium acnes)

Löwenstein-Jensen Mycobacteria, Nocardia

Page 13: Ceratite bacteriana

Tratamento

Hospitalização raramente é necessária

Suspender uso das LCs

ATB empírico (amplo espectro) deve ser iniciado antes dos resultados dos exames

Midriáticos Prevenir sinéquias e reduzir dor (espasmo ciliar)

Promover reepitelização LA/SA, LCT, oclusão, recobrimento conjuntival

Page 14: Ceratite bacteriana

Antiinflamatórios

Esteroides Controvérsia

Pró:Reduz inflamação, aumenta conforto e “minimiza

cicatrização”

Contra:Promove replicação de fungos, herpes e

micobactérias

Retarda reepitelização

AINES

Page 15: Ceratite bacteriana

ATB

Monoterapia Menor toxicidade à superfície e mais conveniente

FluoroquinolonaCipro/oflox:

atividade limitada G+ (strepto)

Cipro causa depósitos brancos

Moxi/gati: 4ª geração

em casos de resistência (causa menos resistência)

Menor toxicidade

moxi penetra mais (coelhos)

Page 16: Ceratite bacteriana

ATB

Monoterapia Menor toxicidade à superfície e mais conveniente

FluoroquinolonaCipro/oflox:

atividade limitada G+ (strepto)

Cipro causa depósitos brancos

Moxi/gati: 4ª geração

em casos de resistência (causa menos resistência)

Menor toxicidade

moxi penetra mais (coelhos)

Page 17: Ceratite bacteriana

ATB

DuoterapiaPode ser 1ª escolha se doença

agressiva ou strepto

2 ATB “fortificados”Cefalosporina: G+ (cefazolina, cefuroxima)

Aminoglicosídeo: G- (gentamicina)

Alto custo, disponibilidade reduzida, risco de contaminação, meia-vida curta

Page 18: Ceratite bacteriana

ATB sistêmico

Normalmente não é necessário

Indicações:1. Potencial envolvimento sistêmico

Neisseria meningitidis

Haemophilus influenzae

Neisseria gonorrhoeae

2. Afinamento corneano grave / perfuração Ciprofloxacino (ATB) + tetraciclina (anticolagenase)

3. Envolvimento escleral ATB VO ou IV

Page 19: Ceratite bacteriana

ICO

In

tern

ati

on

al C

linic

al

Gu

idelin

es

Page 20: Ceratite bacteriana

Falha do tratamento Não reepitelização ≠ falha do tratamento

Toxicidade das drogas

Cultura negativa ou resistente não trocar ATB se melhora clínica

Se não há melhora clínica em 24-48h revisar tto ATB Consultar Lab

Recoletar material (adicionar colorações e meios de cultura)

Bacteriana?

Biópsia pode ser necessária

Ceratoplastia (Tx) pode ser necessária Resistente ao tratamento clínico

Perfuração

Page 21: Ceratite bacteriana

Obrigado