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CIRURGIA TORÁCICA

Cirurgia toracica

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Trabalho apresentado na disciplina de Clinica cirúrgica no curso Tec. Enfermagem, turma B11 no Colégio Tableau na cidade de Taubaté. Ano 2012.

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  • 1. O que cirurgia torcica?A Cirurgia Torcica a especialidade que trata asafeces dospulmes, brnquios, traquia, diafragma, paredetorcica, esfago e mediastino.As cirurgias torcicas podem ser feitas atravs degrandes cortes (Toracotomias) ou atravs da cirurgiaVideo-Assistida .

2. Algumas das doenas tratadas pela cirurgiatorcica so: Pneumotrax (Ar na pleura) Derrame Pleural (gua na Pleura) Hiperidrose - Simpatectomia (cirurgia para suorexcessivo) Ndulo de pulmo Tumores de pulmo (cncer do pulmo) Tumores de parede torcica Tumores de mediastino (Cistos, timoma,tumores de clulas germinativas, tumoresneurais e neuroendcrinos, etc.) Estenose de traquia (estreitamento de traquia) 3. Empiema pleural (ps na pleura) Hemotrax (sangue na pleural) Trauma torcico (tiros, facadas e pancadas notrax) Deformidades torcicas (pectus escavatum ecarinatum) Metstases pulmonares (Avaliao e retirada) Bronquiectasias Sequelas de tuberculose Broncoscopia diagnstica (rgida e flexvel) Broncoscopia teraputica (rgida e flexvel) Retirada de corpos estranhos de via area 4. MATERIAIS UTILIZADOS: 5. Rugina curvaAFASTADOR FINOCHIETTOCstotomo 6. BRONCOSCOPIADefinio:A broncoscopia um procedimento invasivo queproporciona a visualizao direta da rvoretraqueobrnquica, sendo realizada atravs deaparelhos flexveis ou rgidos.Tem finalidade diagnstica, teraputica e depesquisa. 7. Indicao:A visualizao da traquia necessria em algumasdoenas do pescoo (como por exemplo da tireidee do esfago), podendo identificar causas deobstrues passagem normal do ar.Os brnquios precisam ser examinados nos casosde hemoptise (escarro com sangue) e para se fazer odiagnstico do cncer de pulmo. Muitas vezes, noentanto, a indicao da broncoscopia no tantoexaminar os brnquios, mas sim colher materialdos pulmes. 8. Como feita? A anestesia local imprescindvel, tanto para evitardor como para inibir os reflexos de nsia de vmito ede tosse. Em algumas situaes o mdico utiliza orecurso de sedar o paciente, nestes casos geralmenteatravs de medicao endovenosa. Aps a aplicao dos anestsicos (spray, gelia einjetvel), o aparelho introduzido por uma dasnarinas (ou pela boca) e, a seguir, segue o caminhoque o ar faz at entrar nos pulmes. O procedimentotodo de uma broncoscopia demora entre 5 a 10minutos, dependendo das tcnicas a seremutilizadas para a coleta de material. 9. PNEUMOTORXDefinio: Acmulo de ar na cavidade pleural associado a colapso pulmonar.Classificao: - Etiologia: espontneo, traumtico e iatrognico - Fisiologia: aberto, fechado e hipertensivo. - Magnitude: de 5 a 100%. 10. Fisiopatologia:Inicia-se com a ruptura do septo alveolar eformao da bolha, seguida de ruptura da mesmapara a cavidade pleural livre.Sintomas: Dor torcica aguda e intensa (92%). Dispnia de incio sbito (79%) Diminuio do murmrio vesicular e do frmito tracovocal Hipersonoridade percusso 11. Tratamento:Clnico (Conservador) Pneumotrax < 25%, paciente oligo sintomtico, no primeiro episdio.Drenagem pleural pneumotrax > 25% , com ou sem sintomas, mesmo noprimeiro episdio pneumotrax hipertensivo pneumotrax com aumento progressivo menor que 25%, segundo episdio 12. Dreno Pleural: O tratamento cirrgico - colocar um dreno (um tubo),geralmente sob anestesia local, acoplado a uma vlvulaunidirecional que s permite o ar sair para fora do espaopleural e, assim, facilitar a reexpanso do pulmo. Se o pneumotrax for pequeno, existe a opo do mdicono colocar o dreno, mas isto implica uma vigilncia clnica(e repetir o raio-x) para ter certeza de que a natureza vaiconseguir resolver sozinha este problema, reabsorvendo oar que vazou sem a ajuda do dreno. Quem j teve pneumotrax espontneo uma vez tem umrisco maior de ter outro episdio (outro vazamento de ar)no futuro. Se este fenmeno ficar repetitivo demais, podeser necessria uma operao de maior porte para evitar queisto continue acontecendo 13. Tipos de cirurgia: Vdeo toracoscopia A cirurgia torcica vdeo assistida representa uma alternativa operatria para abordar vrias doenas torcicas.O avano tecnolgico na cmera de vdeo melhorou o processamento digital da imagem captada e aumentou as opes operatrias por VATS, passando-se a realizar cirurgias que, anteriormente, eram somente feitas por toracotomia. A VATS tm a vantagem de ser menos mrbida e ter menor taxa de internao hospitalar 14. Videotoracoscopia- Pequenas incises sero feitas no lado que ser operado.- O cirurgio colocar um pequeno tubo com uma cmera atravs de umpequeno corte. A cmera permitir ver o pulmo e toda a cavidade emum monitor de vdeo. Outros instrumentos cirrgicos so colocadosatravs de outras incises. Este tipo de cirurgia chamada de CirurgiaTorcica vdeo assistida (CTVA) ou VATS (em ingls).- Quando o procedimento termina, um ou mais tubos sotemporariamente colocados no trax (entre as costelas) para drenarlquido ou ar. Esses tubos so chamados de DRENOS e conectados a umfrasco apropriado. As incises so fechadas (suturadas). 15. ToracotomiaCompreende-se qualquer aberturada cavidade torcica visando examinaras estruturas expostas cirurgicamente, sejapara a coletade material para diagnstico laboratorial ouremoo/correo de partes lesadas. 16. TORACOTOMIA- O cirurgio realizar uma inciso do lado que ser operado. Sercolocado um instrumento (Finochetto) para afastar suas costelas paraque o pulmo possa ser exposto.- Quando o procedimento terminar, um ou mais drenos podero sercolocados no trax (entre as costelas) para retirar lquidos ou ar. Ascostelas, os msculos e a pele sero suturados.Devemos lembrar que, s vezes, a cirurgia inicia-se por toracoscopia,mas pode ser necessrio mudar a ttica e mudar a inciso para umatoracotomia. Isso depende do que encontrado durante oprocedimento. 17. Tipos de ToracotomiaAntero-lateral Anterior 18. Postero-lateral Postero lateral anterior 19. Vertical ArciformeOmega 20. PARCIAL INFERIOR PARCIAL SUPERIORVia de acesso aos 2 hemitoracesTORACOTOMIA COMBINADAInciso toraco- cervicalUNILATERAL MEDIANA 21. Tecnica de esternotomia 22. INCISO VERTICAL 23. INCISO ANTERO - LATERAL 24. Colapso total de pulmo direito Segmento pulmonar(pice) com bolha rota 25. Orientaes em Cirurgia TorcicaAvaliao - Exames pr-operatrio e diagnsticoPara ajudar na avaliao e no diagnstico da doena, umavariedade de exames e testes podem ser realizados.Exames para diagnsticoExames de imagem:So mtodos de auxlio no diagnstico.No entanto, elas no so capazes de dizer, com certeza, se umadoena benigna ou maligna.Os exames de imagem incluem: radiografia de trax (raiox), tomografia computadorizada de trax, PET-CT, ressonncia magntica e outros. 26. Exame para visualizao direta e bipsias:So exames que podem mostrar dentro do pulmo e as regies aoredor deles. Tambm so teis para realizar as bipsias egeralmente, feitos com anestesia local, sedao ou anestesiageral. So eles:- Broncoscopia: feita com um tubo fino que introduzidopelo nariz ou boca para examinar a traqueia e brnquios.- Mediastinoscopia: uma operao, feita atravs de umaparelho que introduzido por uma inciso no pescoo paraexaminar a regio prxima aos pulmes, principalmente oslinfonodos.- Bipsia por agulha: feita pela introduo de uma agulha pelaparede torcica ou pela broncoscopia. Permite retirar umfragmento ou lquido para anlise. 27. Exames para avaliao pr-operatrio:Voc pode precisar fazer outros exames para avaliar asua funo pulmonar e assim determinarmos a sua areserva funcional. Atravs deles podemos estimar oquanto de pulmo pode ser ressecado.Espirometria: avalia quanto ar consegue entrar equanto ar pode sair dos seus pulmes. Tambm medecomo os pulmes expandem ou contraem.Difuso: avaliao da sua respirao atravs dapassagem dos gases entre o sangue e o pulmo. 28. Ergoespirometria: Avaliao completa do sistemacardiorrespiratrio. feito com um teste de esforopor esteira ou bicicleta, com medidas do consumo deoxignio por uma mscara.Oximetria de pulso: mede a porcentagem deoxignio no sangue.Gasometria arterial: mostra a presso de oxignio nosangue 29. Intervenes de enfermagem Pr- Operatrio-Atender o paciente conforme suas necessidadespsicolgicas (esclarecimento de dvidas);- Verificar sinais vitais;- Pesar o paciente;- Colher material para exames conforme solicitaomdica;- Observar e anotar aceitao da dieta;- Orientar higiene oral e corporal antes deencaminhar o paciente para o centro cirrgico; 30. - Manter o paciente em jejum, conforme rotina;- Fazer tricotomia conforme rotina;- Orientar o paciente a esvaziar a bexiga 30minutos antes da cirurgia;- Retirar prteses dentrias, jias, ornamentos eidentific-los;- Encaminhar o paciente ao centro cirrgico. 31. Intervenes de enfermagem Ps-Operatrio- Receber e transferir o paciente da maca para o leito comcuidado, observando sondas e soro etc.- Posicionar o paciente no leito, conforme o tipo deanestesia;- Verificar sinais vitais;- Observar o estado de conscincia (sonolncia);- Avaliar drenagens e soroterapia;- Fazer medicaes conforme prescrio;- Realizar movimentos dos membros superiores ouinferiores livres se possvel; 32. - Controlar a diurese;- Assistir psicologicamente o paciente e osfamiliares;- Observar e relatar as seguintes complicaes: .Pulmonares (cianose, dispnia, agitao); .Urinrias (infeco e reteno urinria); .Gastrointestinais(nuseas, vmitos, constipaointestinal, sede); .Vasculares (Cianoses e edemas); .Ferida operatria (hemorragia, infeco edeiscncia) .Choque. 33. Riscos e ComplicaesEm cirurgia torcica nos temos uma taxa decomplicao que varia de 10 a 25%. Ou seja, em cada10 paciente operados, de 1 a 4 deles apresentamcomplicaes.Os exames pr-operatrios servem para avaliar orisco desses eventos ocorrerem e assim tentarmosminimiz-los atravs de medidas preventivasantes, durante e aps a cirurgia. 34. De um modo geral as complicaes so divididas em:Pulmonares- Infeco pulmonar (pneumonia).- Perda area (vazamento de ar pelo dreno), quepoder prolongar a internao.- Fistula bronco-pleural.- Insuficincia respiratria (intubao prolongada,traqueostomia)- Atelectasia com necessidade de Broncoscopia. 35. Pleurais- Infeco da pleura empiema.- Derrame pleural (liquido acumulado ao redor dopulmo).Cardiovasculares- Trombose venosa e embolia pulmonar.- Arritmias cardacas.- Infarto do miocrdio.- Acidente vascular cerebral. 36. Outras- Infeco da inciso / ferida operatria.- Sepses- Sangramento. 37. RECUPERAO NO HOSPITAL- Depois da operao, voc acordar na sala de RPA.Voc se sentir sonolento, um cateter introduzido naveia, infundir S.F e medicamentos para aliviar a dore alguns aparelhos e cabos mostram a respirao e aF.C.- Para ajudar a prevenir infeces dos pulmes emant-los limpos, um fisioterapeuta ensinarexerccios para auxiliar a respirao. Dependendo desua condio, um enfermeiro ou fisioterapeuta oajudar a levantar e deambular o mais breve possvelpara uma rpida recuperao. 38. FISIOTERAPIA RESPIRATTIAA fisioterapia respiratria tem sido muito utilizadaantes e depois das cirurgias torcicas na prevenoe tratamento de complicaes, como reteno desecreo, atelectasias e pneumonia. A necessidadede cada paciente ir determinar o tempo dedurao e freqncia da fisioterapia respiratria.Porm, alguns antecedentes como otabagismo, etilismo, obesidade, desnutrio, idadee tempo prolongado de anestsicos podem tornar opaciente mais suscetvel a complicaes no ps-operatrio. 39. TEMPO DE INTERNAOGeralmente, o tempo de internao aps umaoperao varia de 1 a 5 dias, se no houvercomplicaes. 40. TIAGO INGRIDKATIANA REGINALDONIVALDO