198
Antibióticos Prof. Dr. Alexsander Augusto

Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander

Citation preview

Antibióticos

Prof. Dr. Alexsander Augusto

Histórico

Primeira Fase ( Triphati)

- “Coalhada mofada” em furúnculos pelos

chineses

- Óleo de Chalmoogra pelos hindus no tratamento

da hanseníase

- Quenopódio pelos Aztecas para vermes

intestinais

- Mercúrio por Paracelsius (Século XVI) na sífilis

- Casca de cinchona (Século XVII) para febres

Histórico

Hipócrates, 400 anos a.C. empregava lavagem

de ferimentos com vinho para evitar infecção e

recomendava bolores tostados para o

tratamento de doenças genitais femininas.

Histórico

Entretanto, as causas destas doenças só

começaram a ser descobertas a partir de

1878, graças aos trabalhos de

PASTEUR, KOCH e seus

contemporâneos que demonstraram a

origem infecciosa de várias enfermidades

do homem e dos animais.

Antibiose

Histórico

Segunda Fase ( Ehrlrich)

- Corantes e compostos organometálicos: azul de

metileno, vermelho de tripano

- Se coram as bactérias, algum agente pode ser

capaz de entrar e destruir as bactérias

Histórico

Fracastórius, séc. XVI: mercúrio (sífilis).

Paracelso, séc. XVII: Antimônio, arsênico (sífilis).

Ehrlich, 1910: salvarsan e neo-salvarsan.(derivado arsenio-

Arsfenamina)

Gaspar Viana, 1912: tártaro emético (leishmaniose;

tratamento racional das doenças parasitárias).

Histórico

Terceira Fase ( Domagk -1935) Quimioterápicos

Modernos

Eisenberg, 1913: sulfas empregadas como corantes,

com efeito antibacteriano “in vitro”.

Gerard Domagk, 1932: atividade antibacteriana das

sulfas “in vivo” – prontosil rubrum, infecções

estreptocócicas em camundongos.

Fleming, 1928: penicilina (Penicillium sp).

Histórico

Chain e Florey, 1941: uso prático em 1943, nos

EUA.

Waksman, 1944: estreptomicina (Streptomyces

griseus).

Burkholder e Gottlieb, 1947: cloromicetina

(Streptomyces venezuelae).

TODOS FORAM AGRACIADOS COM O PRÊMIO

NOBEL

“O jovem médico começa a vida com vinte drogas para uma doença, já o velho médico termina sua vida com uma única droga para

vinte-doenças”.

William Osler (1903)

ESTRUTURA

• Principais componentes:

- Cápsula

- Parede celular

- Membrana citoplasmática

PAREDE ESTREPTOCOCOS B

PAREDE CELULAR

CÁPSULA

A cápsula torna a bactéria antifagocitária, sendo um importante fator

de virulência desses microorganismos.

Os grupos A e C têm a cápsula composta de ácido hialurônico, que

confere a esses grupos um aspecto mucóide nas colônias.

Pseudomona aeruginosa Gram -,

baciliforme

Pseudomona aeruginosa

Haemophilus influenzae, cocos

gram-

Infecções do Trato Urinário em

Mulheres Sexualmente Ativas

Escherichia coli Enteropatogênica

Febre Reumática

Relação Bactéria X Hospedeiro X

Drogas

Emprego Clínico dos Antimicrobianos

hospedeiro

Antimicrobiano ↓

Meio ambiente (comunitário x hospitalar)

microrganismos

Interações:

Febre X Antibióticos

Receptores Tolls

PAMP

s

Lipopolissacarídeo – LPS Presente nas

Bactérias Gram - Negativas (PAMP)

Macrófagos → Toll 4 no Reconhecimento do LPS

Neutrófilos

Substâncias Microbicidas

FEBRE APÓS INFECÇÃO

Microbial

tissue invasion

Adhesion Molecules Hypothalamic

Neuron

Altered

firing rate

Enhanced Peripheral

Immune Response

Febrile

Normal Tem

pera

ture

(ºC

)

Leukocyte

Migration

TNF-

IL-1

IL-6

Pyrogenic

Cytokines

Pre-optic

area

Time

CRF

Locais de Ação dos Antibióticos

Duração do Tratamento

Osteomelite → 42 dias

Endocardite Bacteriana → 28 dias

Endocardite Bacteriana por Enterococos → 42 dias

Doença Inflamatória Pélvica → 10 dias

Pericardite → 20 dias

Artrite Séptica → 14 dias

Artrite Gonocócica → 3 dias

Pielonefrite → 14 dias

Pneumonia estafilocócica → 14 dias

Faringites exsudativas e membranosa → 7 a 10 dias

Utilização

Os antibióticos estão entre os agentes mais indiscriminadamente prescritos, em parte por possuírem excelente perfil de segurança

Fator de contribuição para o problema internacional da RESISTÊNCIA BACTERIANA

Na prática, o termo antibiótico tornou-se sinônimo do termo AGENTE ANTIBACTERIANO

Alterar a entrada do antibiótico:

Diminuição da permeabilidade

Interior da bactéria

Parede

Celular

Porina

Antibiótico

Antibióticos geralmente entram nas bactérias através

de canais protéicos (porinas) da parede celular

Alterar a captação do antibiótico:

Diminuição da permeabilidade

Interior of organism

Parede

Celular

Nova porina Antibiótico

Nova porina na parede celular impede a entrada

de antibióticos na bactéria

Mutações e Recombinações

Plasmídeo Molécula circular de DNA em dupla hélice

que se replicam de forma autônoma

(extracromossômica)

Transportam genes → pilus sexual →

conjugação

Propriedades de maior relevância →

resistência aos antibióticos e fatores de

virulência

Plasmídeo

Resistência aos Antibióticos

Resistência Inata x Adquirida

1 2

3

4

CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (MIC) E

CONCENTRAÇÃO BACTERICIDA MÍNIMA (MBC)

Ao expor um inóculo padrão de uma bactéria a uma variedade de concentrações de um antibiótico, pode-se determinar a menor concentração da droga capaz de inibir o crescimento bacteriano = MIC

A menor concentração de antibiótico necessária para matar a bactéria é conhecida como a concentração bactericida mínima (MBC), que frequentemente é 2-8 vezes aquela do MIC

Os antibióticos cujas as concentrações sanguíneas excedem a MBC são denominados de BACTERICIDAS

Aqueles antibióticos que excedem a MIC, mas não excedem a

MBC, são classificados como BACTERIOSTÁTICOS

Classificação dos Antimicrobianos

• Por efeito nos micro-organismos, os antibacterianos podem ser:

1. Bactericidas;

2. Bacteriostáticos;

• Esses efeitos podem não ser absolutos:

1. Cloranfenicol (bacteriostático→bactericida): Haemophilus e Neisseria meningitides. Ñ gestantes

2. Cefaclor (bactericida→bacteriostático): alguns Haemophilus. Cefalosporina de 2ª geração

Superinfeção

Bactericidas: Morte Por

Concentração ou Tempo

Os aminoglicosídeos e as fluorquinolonas são

dependentes de concentração para eliminar as bactérias

Os beta lactâmicos e os glicopeptídeos têm a sua ação

bactericida dependente do tempo

Efeito Pós Morte (PAE) → Associado as

fluoroquinolonas e aminoglicosídeos

Beta Lactâmicos e Gram negativas

Justifica as doses de pulso

SINERGISMO E ANTAGONISMO DOS

ANTIBACTERIANOS

ENDOCARDITE ENTEROCÓCICA: COMBINAÇÃO DE

PENICILINA + AMINOGLICOSÍDEOS → SINERGISMO

MENINGITE BACTERIANA: PENICILINA +

TETRACICLINA → ANTAGONISMO IN VIVO

Associações dos Antibióticos

1. Casos de infecções graves, ainda sem

diagnóstico, até a terapêutica definitiva

2. Infecções mistas

3. Redução da dose de fármacos, potencialmente

tóxicos

4. Evitar aparecimento de resistência bacteriana

5. Conseguir efeito farmacológico sinérgico

Associações dos Antibióticos

1. Bacteriostático mais bactericida pode ser

associação antagonista

2. Bacteriostático mais bacteriostático é

associação simplesmente aditiva

3. Bactericida mais bactericida podem ser

associações sinérgicas

Pseudomona aeruginosa → aminoglicosídeo +

carbenicilina ou ticarcilina

Estreptocos do Grupo D → penicilina ou ampicilina com

um aminoglicosídeo (estreptomicina)

ESPECTRO DE ATIVIDADE DOS

ANTIBIÓTICOS

Os antibióticos ativos contra muitas espécies

bacterianas são referidos como antibióticos de

amplo espectro

Os antibióticos que têm atividade contra poucas

espécies bacterianas são denominados de

antibióticos de espectro restrito

Toxicidade Seletiva

Esse termo significa que o fármaco é

prejudicial para o parasita, mas não para o

hospedeiro.

A toxicidade seletiva é mais relativa que

absoluta, isso significa que a droga, numa

concentração tolerada pelo hospedeiro, tem

a capacidade de lesar um micro-organismo

infectante.

Toxicidade aos Antibióticos

Hipersensibilidades (=Alergias) ≠ Sensibilidade

Complexo Hapteno-Carreador

Toxicidade: Hipersensibilidades

Toxicidade aos Antibióticos

Peniciloil – Polilisina (PPL)

Seleção da Antibioticoterapia FATORES DO HOSPEDEIRO

Local da Infecção

Funções Hepáticas e Renais

Idade

Alergia Medicamentosa

Via de Administração Requerida

FATORES DAS DROGAS

Atividade contra o patógeno

Capacidade de atingir o local da infecção

Via de Administração

Efeitos Adversos

Dosagem

Sabor

Custos

Seleção da Antibioticoterapia

Os antibióticos podem ser utilizados como recursos profiláticos ou terapêuticos

É efetiva apenas contra infecções bacterianas

Importante descobrir o organismo envolvido a fim de se estabelecer a antibioticoterapia de eleição

Fatores do Hospedeiro/ Sítio da Infecção

Antibiograma determina um protocolo terapêutico mais adequado

Profilaxia

Endocardites

Tuberculose

Febre Reumática

Meningite meningocócica

Pós operatório (Cesariana)

Considerar Staphylococcus aureus

resistentes (MRSA) As cefalosporinas são preferidas na profilaxia em cirurgias,

devido ao seu amplo espectro

Beta Lactâmicos - Subclasses

PENICILINAS

CEFALOSPORINAS

CARBAPENEMS

MONOBACTÂMICOS

S

CH2

NH C C

CH2

C N COOH

O Núcleo Central

Penicilinas

S

NH C CH2

C N COOH

C

O Núcleo Central

Cefalosporinas

BETA-LACTÂMICOS

BETA-LACTÂMICOS

NH OCH3 C C

C N

O C CH2

COOH Núcleo Central

Cefamicinas

C

NH

C C C S

HO

C N

O COOH

Núcleo Central

Carbapenemas

BETA-LACTÂMICOS

H3N C

C N SO3

O

Núcleo Central

Monobactâmicos

PENICILINAS

S

H CH3

R N CH CH C

Amidase CH3

C N C COOH

O

Beta-Lactamases

(AC. 6 AMINOPENICILÂNICO)

H

O

C C

H

BENZIL-PENICILINA

O

C C C

N

O CH3

OXACILINA

PENICILINAS

H

O

C C

NH2

ALFA-AMINOBENZIL PENICILINA

( AMPICILINA )

H

O

HO C C

NH2

ALFA-AMINOBENZIL PENICILINA

( AMOXICILINA )

Beta Lactâmicos

Beta Lactâmicos

Penicilinas Padrão

Penicilina G Cristalina (i.v.)

Penicilina V (p.o.)

Penicilina G Procaína Aquosa (i.m.)

Penicilina G Benzatina (i.m.)

TRATAMENTO: - Infecções Estreptocócicas, Meningocócicas, Neisseria meningitidis e da

Sífilis

SINERGISMO: - Aminoglicosídeos no tratemento de infecções enterococos e contra Listeria

monocytogenes

A Penicilina G Cristalina é reservada a administração IV

A Penicilina Benzatina G, contem a penicilina G e uma base amônia,

resulta em concentrações séricas baixas porém detectáveis até 1 mês na

corrente sanguínea

A Penicilina G Procaína Aquosa é uma mistura de penicilina e procaína. A

procaína retarda a absorção da penicilina, resultando em uma

concentração de aproximadamente 12 horas.

Penicilinas Antiestafilocócicas

Meticilina → incidência elevada de nefrite

Nafcilina

Isoxazolil Penicilina

Oxacilina

Cloxaxilina

Dicloxacilina

Floxacilina

São resistentes a hidrólise pelas beta lactamases,

entretanto existem os Estafilocos Meticilina Resistentes

(MRSA)

Penicilinas Antiestafilocócicas

Aminopenicilinas

Ativas nas infecções do trato respiratório: Streptococcus pneumonie, Haemophilus influenzae

A amoxicilina é utilizada no tratamento de infecções do trato urinário não complicada

Ampicilina + Gentamicina i.v.: enterococos e Listeria monocytogenes

Aminopenicilinas

Ativas nas infecções do trato respiratório: Streptococcus pneumonie, Haemophilus influenzae + bacilos gram negativos aeróbios (Pseudomona aeruginosa)

Carboxipenicilinas

- Ticarcilina

- Piperacilina

Ureidopenicilinas

- Azlocilina

- Mezlocilina

Aminopenicilinas Espectro Ampliado ou

Penicilinas Antipseudomonas

Carbapenems

Imipenem e Meropenem

São estáveis frente à maioria das beta lactamases

Ativos contra estreptococos, estafilococos,

enterobactérias, P. aeruginosa, H.influenzae e bactérias

anaeróbias

Como as cefalosporinas, não têm atividade contra

Listeria monocytogenes e estafilococos meticilina-

resistentes

O imipenem é degradado pela deidropeptidase 1

humana (beta lactamase humana), por isso é sempre

associado à cilastina (inibidor específico da beta

lactamase renal)

Novo Carbapenem

Doripenem (common name doripenem monohydrate) is an ultra-broad-spectrum

injectable antibiotic. It is a beta-lactam and belongs to the subgroup of carbapenems. It is

particularly active against Pseudomonas aeruginosa.

Doripenem can be used for bacterial infections such as: complex abdominal infections, pneumonia

within the setting of a hospital, and complicated infections of the urinary tract including kidney

infections with septicemia. Doripenem decreases the process of cell wall growth, which eventually

leads to elimination of the infectious cell bacteria altogether.

It is recommended that those allergic to doripenem or to any type of beta-lactam antibiotics such as

cephalosporin or other Carbapenems not receive doripenem.

Inibidores da Beta Lactamase

Se ligam covalentemente à beta lactamase bacteriana,

permitindo que os agentes beta lactâmicos exerçam seus

efeitos antibacterianos

Não inibem a cefalosporinase do tipo I, induzível mediada

por cromossomo, que pode hidrolisar todas as

cefalosporinas, incluindo as de terceira geração

Inibidores de -

lactamases -

lactamases Plasmídios Cromossomos

Beta-lactamases

da classe A

Beta-lactamases

da classe C

Estafilococos

H influenzae

N.gonorrhoeae

Salmonella

Shigella

E coli

K pneumoniae

Enterobacter

Citrobacter

Serratia

Pseudomonas

Legionella

Bacteroides

Branhamella

Combinação Penicilina- Inibidor Beta

Lactâmico

Amoxicilina + Clavulonato (p.o.)

Ampicilina + Sulbactam (i.v.)

Ticarcilina + Clavulonato (i.v.)

Piperacilina + Tazobactam (i.v.)

Cefalosporinas

A primeira cefalosporina foi descrita em 1954 por

Giuseppe Brotzu, a partir do fungo Cephalosporium

acremonium

Há as cefalosporinas de primeira, segunda, terceira e

quarta geração

Primeira Geração

Cefradoxila (p.o.)

Cefalexina (p.o.)

Cefazolina (i.v./p.o.)

Cefalotina (i.v./p.o.)

Cefradina (i.v./p.o.)

Cefalopirina (i.v./p.o.)

São ativas contra estafilococos, estreptococos, E. coli,

Proteus mirabilis, Klebisiella pneumoniae

São úteis no tratamento das infecções da pele e dos

tecidos moles e na profilaxia após procedimentos

cirúrgicos

A Cefazolina é a mais utilizada por via parenteral

Segunda Geração

Contra H. influenzae

- Ceflacor (p.o.)

- Cefamandol

- Cefonicida

- Ceforanida

- Cefprozil (p.o.)

- Cefuroxima

- Cefuroxima axetil (p.o.) As cefalosporinas não são ativas contra os estafilococos

meticilina resistentes

Segunda Geração

Contra Bacterioides fragilis

- Cefmetazol

- Cefotetan

- Cefoxitina

Tratamento empírico de uma variedade de

infecções em crianças causadas por

estreptococos, S. aureus, H. influenzae, exceto

em casos de meningites

Terceira Geração Cefotaxima

Ceftriaxona

Ceftizoxima

Cefoperazona

Moxalactam

Amplo Espectro ou Quarta Geração

Ceftazidima

Cefepima

Cefpodoxima

Procexil

I. Importantes no tratamento de meningites (S. pneumoniae, Neisseria meningitidis e H. influenzae) e infecções graves de pneumonia hospitalar

II. São susceptíveis a cefalosporinase do tipo I (Enterobacter cloacae, E. aerogenes, Citrobacter freundii, Serratia marcescens e P. aeruginosa)

Monobactâmicos: Aztreonam

Encontra – se disponível em formulação parenteral

Não possui nenhuma atividade contra bactérias gram positivas

Vantagem de não ser alérgico e substituído em indivíduos alérgicos as penicilinas e cefalosporinas

Glicopeptídeos: Vancomicina e

Teicoplamina São drogas de alto peso molecular, constituídas de

açúcares e Aminoácidos

Vancomicina : predominantemente bactericida e inibe a

síntese da parede celular por ligar se covalentemente a

dois resíduos de D-Alanina terminais, impedindo o

extensão do peptídeoglicano da bactéria

Em razão do seu alto peso molecular, é incapaz de

penetrar a membrana das bactérias Gram negativas,

tendo a sua atuação na membrana das Gram positivas

Infusão lenta IV → evitar eritema

Indicações da Vancomicina

Estafilococos, estafilococos meticilina resistente,

estreptococos, enterococos, pneumococos e Clostridium

difficile

Alternativa aos beta lactâmicos em pacientes alérgicos

Em razão do seu alto peso molecular, é incapaz de

penetrar a membrana das bactérias Gram negativas,

tendo a sua atuação na membrana das Gram positivas

Uma opção frente estafilococos meticilina resistentes

Infusão lenta IV → evitar eritema

OUTROS

INIBIDORES DA

SÍNTESE DA

PAREDE

CELULAR

Teicoplanina

Glicopeptídio =

Complexo de 6

análogos que

possuem a mesma

base linear

heptapeptídica, uma

aglicona com

aminoácidos

aromáticos, D-

manose e N-acetil-

ß-D-glicosamina

como açúcares.

OUTROS INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE

CELULAR Teicoplanina

Derivado de produtos de fermentação do Actinoplanes

teichomyceticus;

Maior lipossolubilidade que a vancomicina, o que proporciona

rápida penetração nos tecidos e em fagócitos;

Meia vida: 45-70h; hidrossolubilidade em pH fisiológico;

IM e EV;

Ao contrário da vancomicina, apresenta uma taxa de ligação

protéica de 90% (lento clearance renal);

Dose EV de 3 a 6mg/Kg- 5min – [ ] plasmática máx: 53-

112mg/L;

Eliminação renal: 80%

OUTROS INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE

CELULAR Teicoplanina

Mecanismo de ação: espectro antibacteriano e mecanismo de

ação semelhantes ao da VANCOMICINA:

Forma um complexo com o precursor terminal, que é a D-alanil-

D-alanina que se encaixa num “bolso” da molécula da

teicoplanina.

Efeitos adversos: pouca dor no local da injeção, s/ síndrome

“do homem vermelho”, rara ototoxicidade.

Usos clínicos: Antib. alternativo da vancomicina (reações

alérgicas); vantagem: maior potência, menor freqüência

posológica e menos ototoxicidade e nefrotoxicidade. Infecções

sérias por G+, inclusive endocardite por MRSA, pneumonia,

septicemia, infecções dos tecidos moles do trato urinário e

osteomielite.

Bactérias gram-positivas, particularmente cocos gram-

positivos, como Staphylococcus aureus, estafilococos

coagulase-negativo e Enterococcus spp. - são patógenos

extremamente importantes no ambiente hospitalar.

Apesar da complexidade da resistência aos antimicrobianos

em gram-negativos, em anos recentes, tem dominado a

atenção, novos padrões de resistência em gram-positivos

têm surgido, como: resistência à vancomicina em

Enterococcus spp. (VRE) e resistência à oxacilina (ORSA),

em S. aureus na comunidade.

Aminoglicosídeos

Tem seu mecanismo por se ligarem à subunidade

ribossomal 30 s e distorcem a sua estrutura

conformacional, interferindo no início da síntese proteica

Consiste de dois ou mais açúcares ligados por ligações

glicosídicas a um anel aminociclitol

Não são absorvidos por via oral e são excretados de

forma inalterada ( adequados para infecções urinárias)

Indicações: Enterococos (+penicilinas), Brucella,

Klebsiella, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus

agalactiae, Espiroquetas, Micoplasma, Clamídia

Estrutura química

Os aminoglicosídios apresentam em sua estrutura

um anel essencial: o aminociclitol.

Aminoglicosídio ligações glicosídicas entre o

aminociclitol e dois ou mais grupamentos amino ou

aminoaçúcares.

-O aminociclitol desse grupo farmacológico

é a 2- desoxiestreptamina.

Estrutura química

Mecanismo de ação

Interferem na síntese protéica bacteriana porque se fixam ao

ribossoma da célula, na subunidade 30S. Ocorre bloqueio da

formação do complexo de iniciação.

Aminoglicosídeos

Amicacina (i.m./i.v.)

Estreptomicina (i.m./i.v.)

Canamicina (i.m./i.v.)

Neomicina (p.o)

Gentamicina (i.m./i.v.)

Tobramicina (i.m./i.v.)

Resistência Bacteriana: Alteração da permeabilidade e

produção de enzimas

Adicionam grupos acetil, Adenil, fosforil e impedem

atuação no sítio alvo

Principais Efeitos Colaterais

Ototoxicidade

Nefrotoxicidade

Paralisia

Urticária

Quinolonas

Quinolonas

Primeira Geração:

-Ácido Nalidíxico

Segunda Geração:

- Ciprofloxacino

- Norfloxacino

- Ofloxacino

Terceira Geração:

- Levofloxacino

Quarta Geração:

- Moxifloxacino

Quinolonas

Indicações

O ciprofloxacino é o fármaco de escolha para o

tratamento do carbúnculo de Anthrax

Ciprofloxacino e norfloxacino são eficazes em

infecções urinárias, até as mais complicadas

Levofloxacino é a opção para infecções

resistentes a associação Amoxicilina +

Clavulanato

Levofloxacino e Moxifloxacino são conhecidos

como fluorquinolonas respiratórias, devido a sua

atividade contra Streptococcus pneumoniae

Indicações

Atuam em microrganismos anaeróbios

Espiroquetas

Micoplasmas

Clamídias

Carbúnculo de Anthrax

Posologia

Duas vezes ao dia (meia-vida curta)

Norfloxacina

Ciprofloxacina

Ofloxacina

Uma vez ao dia (meia-vida longa)

Levofloxacina

Esparfloxacina

Gatifloxacina

Moxifloxacina

Trovafloxacina

Efeitos Adversos Gastrointestinal (+ comuns=anorexia, náuseas, vômitos, desconforto

gástrico, diarréia(5%))

Neurológica (0,9-11%, cefaléia, leve tontura, insônia, alterações do

humor, ansiedade ou depressão)

Cardiovascular (prolongamento do intervalo QT)

Novas fluoroquinolonas (trovafloxacina,

esparfloxacina, moxifloxacina, gatifloxacina)

Hepática (toxicidade – trovafloxacina(qndo não houver outra

alternativa))

Reações alérgicas (0,4-2,2%, exantemas, urticária e fototoxicidade)

Osteotendinosa (>50anos, AINES, dor, inflamação e ruptura de

tendão)

De modo geral

são bem

toleradas

Efeitos Adversos

Artropatia;

Erosão das cartilagens;

Não devem ser

administradas a crianças e

em mulheres grávidas e que

amamentam.

Interações

Cátions polivalentes

Antiácidos

Teofilina

Ciprofloxacina (administradas no mesmo dispositivo - precipitado)

Inibição das enzimas do CYP-450

Não ocorre com norfloxacina, ofloxacina,

levofloxacina

Ciclosporina

Aumento de nefrotoxicidade

Mecanismo de ação

Comum a todos os macrolídeos

Liga-se a subunidade 50s do ribossomo

bacteriano(receptor) – impede o crescimento da

cadeia peptídica inibindo sua síntese protéica.

Azitromicina

Anel

macrolídio de

lactona de 15

átomos;

Adição de um

N metilado no

anel de lactona

da eritromicina.

Macrolídios

Aplicações Terapêuticas

• Infecções por Clamídia (Clamydia pneumoniae, Calamydia psittaci, Clamydia trachomatis)

→ A Azitromicina é uma alternativa a tetraciclina no tratamento de infecções uretrais, endocervicais, retais ou epidermais

→ A Eritromicina é o fármaco de escolha para infecções urogenitais decorrentes de clamídia durante as gestações

• Sífilis

→ A Eritromicina é utilizada em pacientes alérgicos à benzilpenicilina

• Pneumonia por Micoplasma (Mycoplasma pneumoniae)→ denominada de pneumonia atípica

→ Eritromicina ou Tetraciclina são eficazes

Aplicações Terapêuticas

• Doença do Legionário – Legionella pneumophila

(Legionelose)

→ A Azitromicina é o tratamento de escolha

A Telitromicina é um cetolídeo de espectro

antibacteriano similar a Azitromicina, porém a sua

modificação estrutural neutraliza a maioria dos

mecanismos de resistência, comum a esta classe

→ A Azitromicina e a Claritromicina são ativas contra

Mycobacterium avium (Imunodeprimidos)

Interações Medicamentosas

• Eritromicina, Claritromicina e Telitromicina:

inibem o Complexo Enzimático Citocromo P450

(CYP 450)

• Concentração sérica de metabólitos tóxicos dos

seguintes fármacos: Atorvastatina,

Carbamazepina, Ciclosporina, Sinvastatina,

Teofilina, Valproato, Varfarina,

Principais Efeitos Colaterais

• Distúbios Gastrointestinais

• Icterícia

• Ototoxicidade

Tetraciclinas

Núcleo hidronaftaceno

TECLO a METADE do DOMINÓ

Tetraciclinas

Mecanismo

de ação

X

Bloqueia

a ligação

da RNA

aminoacil

transfera

se

Tetraciclinas

Atividade antimicrobiana

Amplo espectro;

Bacteriostáticas para numerosas bactérias G+ e

G-, incluindo anaeróbios, riquétsias, clamídias,

micoplasmas; também ativas contra alguns

protozoários, como, por exemplo, amebas;

As atividades da maioria das tetraciclinas são

semelhantes.

Tetraciclinas Interações Medicamentosas

Diminuição da absorção: Ca, Mg, Al em antiácidos ou

ainda com leite, ferro, complexos vitamínicos, bicarbonato

de Na e Cimetidina;

Diminuição da ½ da doxiciclina: Carbamazepina,

difenilidantoína, barbitúricos e ingestão crônica de álcool;

Nefrotoxicidade: anestesia com metoxiflurano e

administração de tetraciclinas;

Reduzir a ação de contraceptivos (tetraciclina) e

potencializar os efeitos anticoagulantes orais (warfarina

sódica).

Principais Efeitos Colaterais

Mecanismo de

Resistência

Tetraciclinas

1) Efluxo do fármaco (PTN

induzidas pelo fármaco);

2) Alteração das PTNs da

membrana externa (mutação-

cromossomo);

3) Proteção do sítio de ligação

ribossômico (PTN-plasmídio).

MINOCICLINA e

DOXICICLINA trasporte

+ lento - sensível

Plasmídios transmitidos por

transdução ou conjugação.

Antimicrobianos inibidores da

síntese de metabólitos –

Sulfonamidas e Trimetoprima

Sulfonamidas

NH2

SO2NH2

NH2

COOH

Sulfanilamida Ácido p-aminobenzóico (PABA)

Grupo amino e sulfamil

O grupo para-NH2 é essencial e só pode ser substituído por radicais

capazes de serem convertidos in vivo em grupo amino livre.

Sulfonamidas

Sulfonamidas Classificação

Aplicação terapêutica

Sulfametoxazol + Trimetoprima = BACTRIM®

Bactericida

Resistência

VO ou EV

400mgSMT/80mgTMP

AFH4 = transferência de unidades de carbono:

grupo hidroximetílico (-CH2OH), formílico (-

CHO) ou metílico (-CH3)

e aminoácidos

Propriedades

físicas e

químicas

diferentes da

humana

Similaridade estrutural entre a sulfanilamida e o PABA (importante

precursor da síntese de purinas)

(Adaptado de Atlas, R.M., Principles of Microbiology, 1997)

Isoniazida: afeta o metabolismo do NAD ou piridoxal, inibe a síntese

do ácido micólico - "fator corda". (bacteriostático)

Sulfametoxazol + Trimetoprima Indicação Oral:

Infecções sistêmicas por P. carinii, Shigelose, infecções

sistêmicas por Salmonella (causada por microrganismos resistentes

à ampicilina ou ao cloranfenicol), infecções não complicadas das

vias urinárias inferiores (tratamento por 10 d), prostatite;

Profilaxia contra infecções recorrentes das vias urinárias;

Shigelose, infecções das vias urinárias ou otite média em crianças.

Indicação EV (solução glicosada a 5%-infusão- 60 a 90 min):

Pneumonia por Pneumocystis moderadamente grava a grave;

Sepse por G- (incluindo Enterobacter e Serratia = resistentes a

outros fármacos);

Shigelose, infecções das vias urinárias

800mg(SMX)/160mg(TMP)-12/12: 3 d a 12 semanas

F

Sulfametoxazol + Trimetoprima

Anemias, distúrbios da coagulação, granulocitopenia

Cristalúria, náuseas,

vômitos, diarréia, glossite

e estomatite, cefaléia,

depressão e alucinações

Sulfonamidas

Mecanismo de ação –

Bacteriostático

Bactérias X Mamíferos

Resistência

PABA e Enzima de baixa afinidade

(plasmídio transmissível)

Permeabilidade

Sulfonamidas

Atividade

Os microrganismos sensíveis são aqueles que precisam

sintetizar seu próprio ácido fólico. As células de

mamíferos não são afetadas, uma vez que necessitam de

ácido fólico pré-formado por serem incapazes de

sintetizá-lo.

G+ e G-. Nocardia, Chlamydia trachomatis e alguns protozoários.

Algumas bactérias entéricas, como E coli, Klebsiella, Salmonella,

shigella e Enterobacter.

Sulfonamidas

Farmacocinética

Oral/EV

Tópico

PTNs P:70%

Antimicrobianos inibidores da

função da membrana

plasmática - Polimixinas

Polimixinas Origem: Bacillus polymyxa;

Polimixina B e E (colistina ou colistimetato sódico);

Parenteral e oral;

Sulfato de polimixina B: uso IM, ½ vida de 6 horas,

pode acumular-se no organismo;

Metanossulfonato de colistina: uso IM, ½ vida de 1,5

a 2,7 horas; Também EV;

Alta ligação à PTNs e não se difundem bem nos

fluidos do corpo (elevado PM);

Se ligam e persistem por vários dias em alguns

tecidos;

Excreção renal;

Polimixinas

Atividade:

Bacilos entéricos G-, E. coli, Enterobacter e

Klebisiella spp. e Pseudomonas aeruginosa.

Outras: H. influenzae, Salmonelas e Shigelas

Resistentes: Proteus, Serratia e o Bacteroides

fragilis, além de todas as G+. Neissérias e

brucelas.

Polimixinas + sulfas e a trimetoprima = aumento de

atividade

Polimixinas

Mecanismo de ação : bactericida

Interage com os componentes fosfolipídios da

membrana citoplasmática das bactérias,

aumentando a permeabilidade e saída de

pequenas moléculas do interior celular.

Mecanismo Polimixinas

(A) membrana citoplasmática, (B) peptideoglicanas, (C) arabinogalactana, (D)

mannose-capped lipoarabinomanana, (E) proteínas associadas à membrana e

envelope celular, (F) ácidos micólicos e (G) moléculas glicolipídicas associadas

aos ácidos micólicos.

Estrutura da parede celular das micobactérias

Prevenção: Vacina BCG, evitar contágio

Tratamento: Antibioticoterapia - até maio 2010

Situação Tempo/Tratamento

Indicado

Esquema I: Sem tratamento anterior: 2 R H Z / 4 R H

Esquema IR: Com tratamento anterior:

Recidivante ou retorno após abandono:

2 R H Z E / 4 R H E

Esquema II: Meningite Tuberculosa: 2 R H Z / 7R H

Esquema III: Falência dos Esquemas I ou

IR:

3 S Et E Z / 9 Et E

R=Rifampicina; H=Isoniazida; Z=Pirazinamida; E= Etambutol;

Et=Estreptomicina

Tratamento: Antibioticoterapia - a partir de 2010

Situação Tempo/Tratament

o Indicado

Esquema básico para adultos

e adolescentes

Casos novos e retratamento*

2 R H Z E / 4 R H

Esquema para

meningoencefalite para

adultos e adolescentes

2 R H Z E / 7 R H

R-rifampicina, H-isoniazida, Z-pirazinamida, E-etambutol,

S-estreptomicina, L-levofloxacina, T-terizidona

Resistência aos antimicrobianos em TB

Monoresistência - freqüente

Combinação de drogas

Resistência Primária x Resistência Adquirida

MDR TB = Multi droga resistencia

OMS = Rif + Inh

Brasil = Rif + Inh + 3a drogra

XDR TB = MDR + fluoroquinolona + 1 das 3 de 2a

linha (capreomicina, canamicina ou amicacina).

Mecanismos de ação dos principais antimicrobianos

OUTROS INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE

CELULAR Ciclosserina

Hidrossolúvel e muito instável em pH ácido;

Inibe numerosos G- e G+, porém é utilizada quase

exclusivamente no tratamento da tuberculose causada por

cepas de M tuberculosis resistentes aos agentes de primeira

linha;

Análogo estrutural da D-alanina, que inibe a incorporação da

D-alanina no pentapeptídio peptidioglicano ao inibir a enzima

alanina racemase, que converte a L-alanina em D-alanina, e a

Maior parte excretada na forma ativa na urina;

Tuberculose: 0,5 a 1g/d, em duas ou três doses fracionadas;

Grave toxicidade do SNC relacionada à dose, com cefaléia,

tremores, psicose aguda e convulsões.

Cloranfenicol: Cloranfenicol, Tianfenicol.

Lincosamidas: Lincomicina e Clindamicina

Estreptograminas: Quinuspristina-Dalfopristina.

Bacitracina

OUTRAS DROGAS

2001 - PADRÕES DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

BACTÉRIAS ANTIMICROBIANOS

E. coli / Salmonella spp ------------- -----------------

K. pneumoniae AMPICILINA,

CARBENICILINA

Enterobacter spp AMPICILINA,

CEFALOTINA

P. mirabilis TETRACICLINAS,

NITROFURANTOINAS

S. marcescens AMPICILINA,

CEFALOTINA e

TETRACICLINAS

Enterococcus spp PENICILINA,

CEFALOTINA

Bactérias Resistência Intrínseca

Enterobactérias

Penicilina G, Vancomicina e Teicoplanina, Eritromicina, Claritromicina,

Azitromicina, Clindamicina, Linezolida, Quinuspristina/Dalfopristina,

Mupirocina, Ácido Fusídico.

Acinetobacter baumannii Ampicilina, Amoxicilina, Cefalosporinas de 1ª Geração, (Cefalotina, Cefazolina,

Cefalexina, Cefadroxil, Cefradina, Cefapirina)

Pseudomonas aeruginosa

Ampicilina, Amoxicilia/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª Geração,

Cefalosporinas de 2ª Geração, (Cefoxitina, Cefotetam, Cefmetazol, Cefuroxima,

Cefamandol, Cefaclor, Cefetamet, Cefprozil), Cefotaxima, Ceftriaxona, Ácido

Nalidixico, Sulfametoxazol-Trimetoprima

Burkholderia capacia

Ampicilina, Amoxicilina, Cefalosporinas de 1ª Geração, Colistina e/ou

Polimixina B, Aminoglicosídeos (Amicacina, Gentamicina, Netilmicina,

Kanamicina)

Stenotrophomonas

maltophilia

Todos os beta-lactâmicos – Penicilinas, Cefalosporinas, combinados com

inibidares de Beta-Lactamase, Monobactam, Carbapenens, (Imipenem,

Meropenem, Ertapenem) -, Exceto Ticarcilina/Ácido Clavulânico,

Aminoglicisídeos

Klebsiella spp. Ampicilina, Amoxicilina, Carbenicilina, Ticarcilina

Citrobacter diversus Ampicilina, Amoxicilina, Carbenicilina, Ticarcilina

Citrobacter freunddii Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Cefoxitina

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

Resistência intrínseca típica de algumas bactérias mais frequentemente isoladas no laboratório de microbiologia

Bactérias Resistência Intrínseca

Enterobacter spp. Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Cefoxitina

Morganella morganii Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Cefuroxima, Colistina, Nitrofurantoína

Providencia spp. Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Gentamicina

Proteus mirabilis Colistina, Nitofurantoína, Tetraciclina

Proteus vulgaris Ampicilina, Amoxicilina, Cefuroxima, Cefalotina, Colistina, Nitrofurantoína

Serratia spp. Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Cefuroxima, Colistina

Serratia marcescens Ampicilina, Amoxicilina, Amoxicilina/Ácido Clavulânico, Cefalosporinas de 1ª

Geração, Cefuroxima, Colistina, Nitrofurantoína

Campylobacter jejuni

Campylobacter coli Sulfametoxazol-Trimetoprima

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ... Cont.

Resistência intrínseca típica de algumas bactérias mais frequentemente isoladas no laboratório de microbiologia

Bactérias Resistência Intrínseca

Haemophilus influenzae Penicilina G, Eritromicina, Clindamicina

Moraxella Catarrhalis Trimetoprima

Gram – Positivos Aztreonam, Colistina, Ácido Nalidixico

Estreptococcos Ácido Fusídico, Aminoglicosídeos (em baixas concentrações)

Streptococcus pneumoniae Trimetoprima, Aminoglicosídeos

Staphylococcus aureus

resistente à Oxacilina Todos os Betalactâmicos

Enterococos Penicilina G, Carbenicilina, Ticarcilina, todas as Cefalosporinas,

Aminoglicosídeos (exceto altos níveis)

Enterococcus faecalis Quinopristina/Dalfopristina

Listeria Cefalosporinas de 3ª Geração, Ciprofloxacina, Norfloxacina

Oplustil, C. – USP, 2005 - 2006

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ... Cont.

Resistência intrínseca típica de algumas bactérias mais frequentemente isoladas no laboratório de microbiologia

Cascata do uso de antimicrobianos

A) Enterobactérias:

1. Ampicilina – Ampicilina/sulbactan

Ticarcilina/sulbactan

2. Gentamicina – Tobramicina

Amicacina

3. Cefazolina - Cefuroxima – Ceftazidima

Carbapenêmicos

Monobactâmicos (Azitreonam)

- Ceftriaxona

4. Sulfametoxazol-Trimetoprim

5. Nitrofurantoína (para isolados de urina)

Cascata do uso de antimicrobianos

B) Pseudomonas aeruginosa:

1. Aminoglicosídeo – Gentamicina

Tobramicina

Amicacina

2. Cefotaxima – Ceftriaxona

Ceftazidima

3. Ureidopenicilina – Piperacilina + tazobactan

Carbapenêmicos

4. Ofloxacina – Ciprofloxacina

Cascata do uso de antimicrobianos

C) Enterococcus sp

1. Ampicilina – Ampicilina/sulbactan

Piperacilina

Carbapenêmicos

2. Vancomicina – Ofloxacina

Cloranfenicol

Doxiciclina

3. Estreptomicina em associação sinérgica (nível elevado)

4. Nitrofurantoína (apenas para isolados de urina)

5. Oxazolidona – Quinuspristina + Dalfopristina

Principais interações dos antimicrobianos com o

hospedeiro humano

Nefrotoxicidade

• Cefalosporinas de 1ª geração;

• Penicilinas de 3ª geração;

• Aminoglicosídeos;

• Vancomicina;

• Rifampicina;

• Anfotericina B;

• Aciclovir;

• Pentamidina (Pneumocystis carinii);

Principais interações dos antimicrobianos com o

hospedeiro humano

Neurotoxicidade

• Cefalosporinas de 3ªgeração;

• Metronidazol;

• Aminoglicosídeos;

• Vancomicina;

• Etambutol;

• Isoniazida;

• Pirimetamina;

Principais interações dos antimicrobianos com o

hospedeiro humano

• Cefalosporinas;

• Penicilinas

(3ªgeração);

• Aztreonam;

• Quinolonas;

• Tetraciclinas;

• Clindamicina;

• Imipenem;

• Rifampicina;

• Isoniazida;

• Pirazinamida;

• Pentamidina;

• Anfotericina B;

• Aciclovir;

• Ziduvodine;

Hepatotoxicidade

Principais interações dos antimicrobianos com o

hospedeiro humano

• Clindamicina;

• Cloranfenicol;

• Metronidazol;

• Quinolonas;

• Vancomicina;

• Anfotericina B;

• Cetoconazol;

• Aciclovir;

• Pirimetamina;

• Pentamidina;

• Primaquina;

• Cloroquina;

Mielotoxicidade

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Álcool

• Metronidazol, cefamandol 2ªG, cefoperazona

– pós operatorio 3ªG;

• Efeitos: vômitos incoercíveis (dura horas ou

dias) e mal-estar intenso.

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Anticoagulantes

• Metronidazol (aumento da atividade);

• Sulfamídicos (aumento da atividade);

• Cefamandol (aumento da atividade);

• Rifampicina (diminuição da atividade);

• Griseofulvina (diminuição da atividade);

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Digitálicos

• Aminoglicosídeos (aumento da nefrotoxicidade);

• Anfotericina B (aumento da nefrotoxicidade);

• Eritromicina (intolerância à digital);

• Tetraciclina (intolerância à digital);

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Anticoncepcionais

• Ampicilina (diminuição da atividade);

• Tetraciclina (diminuição da atividade);

• Rifampicina (diminuição da atividade);

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Fenitoína (anticonvulssivante) aumenta níveis sg

• Cloranfenicol (diminuição da excreção);

• Isoniazida (diminuição da excreção);

• Trimetoprim (diminuição da excreção);

• Sulfamídicos (diminuição da excreção);

Principais interações dos antimicrobianos com

outras drogas

Hipoglicemiantes

• Cloranfenicol (aumento da atividade);

• Sulfamídicos (aumento da atividade);

• Quinina (aumento da atividade);

ANTIMICROBIANOS

ANTIBIÓTICOS E QUIMIOTERÁPICOS

NOMES COMERCIAIS NO BRASIL

A. ANTIBACTERIANOS

A.1. BETA LACTÂMICOS

A.1.1. PENICILINAS

A.1.1.1. Amoxicilina

Amoxicilina, Amoxil, Hiconcil, Amoxifar, Amoxil BD, Cibramox, Novocilin, Novoxil, Polimoxil,

Larocin, Amoxiped.

A.1.1.2. Amoxicilina + Ácido Clavulânico

Clavoxil, Clavulin, Novamox, Clavulin BD.

A.1.1.3. Ampicilina

Ampicilina, Amplacilina, Binotal, Ampicron, Ampifar, Ampispectrim, Ampitotal, Amplitor, Bacterion,

Binopen, Cilipen, Gramcilina, Makrocilin, Ampicilase.

A.1.1.4. Ampicilina + Sulbactam

Unasyn, Unasyn oral.

A.1.1.5. Carbenicilina

Carbenicilina.

A.1.1.6. Oxacilina

Oxacilina, Staficilin N.

A.1.1.7. Penicilina G Benzatina

Ampiretard, Benzetacil, Longacilin, Penicilina G Benzatina.

A.1.1.8. Penicilina G Cristalina

Megapen, Penicilina G potássica cristalizada.

A.1.1.9. Penicilina G Procaína Benapen, Despacilin, Penicilina G procaína, Wycillin R. A.1.1.10. Penicilina V (Fenoximetil Penicilina potássica) Meracilina, Oracilin, Penicilina V, Pen-Ve-oral, Pen-ve-cidina. A.1.1.11. Ticarcilina + Ácido Clavulânico Timentin. A.1.1.12. Piperacilina + Tazobactan Tazocin. A.1.2. CEFALOSPORINAS . A.1.2.1. Primeira Geração A.1.2.1.1. Cefadroxil Cefadroxil, Cefamox, Drocef. A.1.2.1.2. Cefalexina Cefalexina, Keflex, Cefalexin. A.1.2.1.3. Cefalotina Cefalotina, Keflin neutro. A.1.2.1.4. Cefazolina Cefamezin, Kefazol.

. A.1.2.2. Segunda Geração

A.1.2.2.1. Cefuroxima axetil

Zinnat.

A.1.2.2.2. Cefaclor

Cefaclor, Ceclor, Ceclor AF.

A.1.2.2.3. Cefoxitina

Mefoxin, Cefoxitina sódica.

A.1.2.2.4. Cefuroxima

Zinacef.

A.1.2.2.5. Loracarbef

Lorabid.

. A.1.2.3. Terceira Geração

A.1.2.3.1. Cefamet pivoxil

Globocef.

A.1.2.3.2. Cefixima

Plenax.

A.1.2.3.3. Cefodizima

Timecef.

A.1.2.3.4. Cefoperazona

Cefobid.

A.1.2.3.5. Cefotaxima

Claforan.

A.1.2.3.6. Cefoxitina

Mefoxin.

A.1.2.3.7. Ceftazidima

Fortaz, Kefadim, Tazidem.

A.1.2.3.8. Ceftriaxona

Rocefin, Triaxin.

A.1.2.3.9. Cefpodoxima

Orelox.

. A.1.2.4. Quarta Geração

A.1.2.4.1. Cefepima

Maxicef.

A.1.2.4.2. Cefpiroma

Cefron.

A.1.3. CARBAPENÊMICOS

A.1.3.1. Imipenem – Cilastatina

Tienam.

A.1.3. Meropenem

Meronem.

A.1.4. MONOBACTÂMICOS

A.1.4.1. Aztreonam

Azactam.

A.2. AMINOGLICOSÍDEOS

A.2.1. Amicacina

Amicacina, Amikin, Novamin.

A.2.2. Espectinomicina

Trobicin.

A.2.3. Estreptomicina

Estreptomicina.

A.2.4. Gentamicina

Garamicina, Gentamicina, Septopal, Amplomicina, Gentaplus, Gentaxil.

A.2.5. Neomicina

Neomicina.

A.2.6. Netilmicina

Netromicina.

A.2.7. Tobramicina

Tobramicina, Tobrex.

A.2.8. Arbecacina

Harbekacin.

A.3. MACROLÍDEOS

A.3.1. Azitromicina

Azitromin, Azitromicina, Zitromax.

A.3.2. Claritromicina

Klaricid, Claritromicina, Klaricid UD.

A.3.3. Eritromicina

Eritromicina, Ilosone, Pantomicina, Erytrex, Eryacnen, Eribiotic, Ilotrex, Eritrofar, Ilocin, Lisotrex, Ilotrex.

A.3.4. Espiramicina

Rovamicina.

A.3.5. Miocamicina

Midecamin.

A.3.6. Roxitromicina

Rotram, Rulid, Ritroxin, Roxitron, Ritromicina.

A.3.7. Diritromicina

Dynabac.

A.3.8. Telitromicina

Ketec.

A.4. QUINOLONAS

1ªgeração

A.4.1. Ácido Nalidíxico

Wintomylon.

A.4.2. Ácido Oxolínico

Urilim, Urigram.

A.4.3. Ácido Pipemídico

Balurol, Pipram, Pipurol, Uroxina.

2ªgeração

A.4.4. Ciprofloxacina

Ciprofloxacina, Cipro, Ciflox, Ciprex, Procin, Quinoflox, Cicloxan.

A.4.5. Gatifloxacina

Tequin.

A.4.6. Lomefloxacina

Maxaquin.

A.4.7. Norfloxacina

Floxaquin, Floxinol, Noracin, Respexil, Uroflox, Chibroxin, Uroplex.

A.4.8. Levofloxacina

Levaquim.

A.4.9. Moxifloxacina

Avalox.

A.4.10. Ofloxacina

Floxtat, Ofloxan, Oflox, Ofloxacina.

A.4.11. Pefloxacina

Peflacin.

A.5. TETRACICLINAS

A.5.1. Doxiciclina

Vibramicina, Doxiciclina.

A.5.2. Minociclina

Minomax.

A.5.3. Oxitetraciclina

Terramicina.

A.5.4. Tetraciclina (Cloridrato e Fosfato)

Ambra-Sinto, Infex, Statinclyne, Tetraciclina, Tetrex.

A.6. SULFONAMIDAS

A.6.1. Sulfadiazina

Sulfadiazina, Sulfadiazima de prata.

A.6.2. Sulfadoxina

Fansidar.

A.6.3. Sulfametoxazol-Trimetoprima (Cotrimoxazol)

Bactrim, Bactrim F, Infectrin, Infectrin F, Assepium, Bactricin, Bactrisan, Bactoprim, Baxapril,

Benectrim, Duoctrim, Ectrim, Espectrin, Imuneprin, Infectracin, Leotrim, Lupectrin, Metorprin,

Neotrin, Quiftrim, Roytrim, Septiolan, Silpin, Sulfametoxazol-Trimetoprim, Teutrin, Trimexazol.

A.7. GLICOPEPTÍDEOS

A.7.1. Teicoplanina

Targocid.

A.7.2. Vancomicina

Vancomicina, Vancocina.

A.8. OUTROS ANTIMICROBIANOS ANTIBACTERIANOS

A.8.1. Ácido Fusídico

Verutex.

A.8.2. Clindamicina

Dalacin-C.

A.8.3. Lincomicina

Frademicina, Lincomicina, Lincoplex, Macrolin.

A.8.4. Cloranfenicol

Cloranfenicol, Cloromicetina, Quemicetina, Sintomicetina, Farmicetina, Clorfenil, Neo-fenicol.

A.8.5. Fosfomicina Trometanol

Monuril.

A.8.6. Metronidazol

Flagyl, Metronidazol, Metronix.

A.8.7. Mupirocina

Bactroban.

A.8.8. Nitrofurantoína

Macrodantina, Urofuran, Furoxona, Furadantina.

A.8.9. Rifamicina

Rifocina, Rimactan.

A.8.10. Secnidazol

Secnidal.

A.8.11. Tianfenicol

Glitisol, Flogotisol.

A.9. ESTREPTOGRAMINAS

A.9.1. Pristinamicina

Piostacina.

A.9.2. Quinuspristina – Dalfopristina

Synercid.

FIM...

“A vida não tem valor

quando não se pode ser

útil a outrem.”

Louis Pasteur