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Enfisema Pulmonar Enfisema Pulmonar Deficiência da proteína α 1 - antitripsina (AAT)

Enfisema Pulmonar

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Enfisema PulmonarEnfisema PulmonarDeficiência da proteína α1 - antitripsina (AAT)

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Enfisema Pulmonar

É um transtorno em que as estruturas dos pulmões conhecidas como alvéolos ou sacos aéreos incham-se de maneira excessiva.

Este inchamento excessivo promove a destruição das paredes alveolares, o que causa uma diminuição da função respiratória.

Os síntomas precoces da enfisema incluem falta de ar e tosse.

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Reconstrução tridimensional de uma tomografía computarizada (TC) de um paciente com deficiência severa de AAT.

A enfisema, representada pelas áreas escuras, aparece predominantemente na zona inferior dos pulmões, tal como se assinala com as flechas.

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Sintomas

Perda da capacidade respiratória Oxigenação insuficiente Chiado no peito Capacidade reduzida para exercícios

físicos

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Causas

Infecções das vias aéreas Tabagismo Poluição do ar Herança genética caracterizada pela

deficiência de uma proteína chamada α1 –

antitripsina (AAT) que pode também

provocar doenças hepáticas.

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O enfisema causado pela deficiência da α1 – antitripsina (AAT) surge em idade precoce, enquanto que, quando causado por outros fatores, como o tabagismo, ocorre em idades mais avançadas, após muitos anos de fumo.

A estreita relação entre a deficiência de AAT e o desenvolvimento de enfisema foi descrita pela primeira vez em 1963, por Laurell e Ericksson, que notaram a ausência da banda α1 (alfa1) na eletroforese de proteínas. A principal função da AAT é de proteger os tecidos da elastase, enzima produzida pelos neutrófilos.

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Deficiência de α1 – antitripsina (AAT)

A deficiência da α1 – antitripsina é uma doença genética autossômica co-dominante.

Para que a doença se manifeste, é necessário que o indivíduo herde dois genes anormais – um do pai e outro da mãe.

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Deficiência de α1 – antitripsina (AAT)

O Alfa-1 se caracteriza por uns níveis no sangue muitos baixos ou inexistentes de uma proteína chamada AAT (alfa-1 antitripsina) que é produzida pelo fígado. A função principal da AAT é de proteger o tecido pulmonar da inflamação ocasionada pelas infecções e pelos irritantes inalados, como a fumaça de cigarro.

Os baixos níveis da AAT em sangue ocorrem porque o fígado não pode liberar a AAT com rapidez normal.  Numa porcentagem pequena dos afetados, a acumulação da AAT ocasiona dano grave ao fígado.

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Manifestações do Alfa-1

Asma com uma obstrução de fluxo de ar que não reverte completamente depois de um tratamento agressivo com broncodilatadores.

Dilatação das vias aéreas (bronquiectasias) Cirrose hepática em crianças, adolescentes e adultos Hepatite crônica e câncer do fígado em adultos Inflamação dos vasos sanguíneos pequenos

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Sinais e sintomas mais comuns da Alfa-1

Falta de ar em repouso ou ao realizar algum esforço Fadiga ou ofegação Tosse crônica Infecções pulmonares frequentes Alergias durante todo o ano Rápida deterioração da função pulmonar sem uma história

significativa do tabagismo Coloração amarelada de olhos e pele Vômito de sangue ou rastro de sangue nas fezes

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Classificação das variantes da deficiência de α1 - antitripsina

Níveis normais de antitripsina Níveis baixos ou menos que 35% do normal Níveis nulos ou sem atividade Antitripsina disfuncional

(presença de α1 – antitripsina com função anormal)

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α1 - Antitripsina

É uma glicoproteína de 52kDa sintetizada primariamente pelo fígado (hepatócitos) e codificada no cromossoma 14q31-32.115-17

Possui atividade de inibição proteolítica da elastase neutrofílica e de outras proteinases

É uma enzima inibidora “in vitro” da protease tripsina pancreática

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α1 - Antitripsina

Inicialmente se denominou assim pela sua habilidade de inibir a tripsina pancreática

A deficiência de α1-antitripsina provoca a destruição lenta das fibras elásticas dos pulmões – Enfisema Pulmonar

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Glicoproteína de cadeia polipeptídica única de 394 resíduos de

aminoácidos

Três dos seus resíduos de asparagina tem carboidratos ligados às

suas cadeias laterais

Possui formato alongado: 30% em α–hélice e aproximadamente

40% em folhas beta

Possui um grupo metionil-seril (posição 358 e 359) onde se liga ao

centro ativo das serinoproteases

Possui ligação com a protease apertada chamada por isso de

“suicida”.

Características da α1 - Antitripsina

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Funções da α1 - antitripsina

α1 – antitripsina

elastase neutrofílica (protease serina que é responsável pela

hidrólise da elastina no pulmão)

inibe

Com a perda da capacidade inibidora da α1 – antitripsina a atividade da elastase (enzima produzida pelos neutrófilos) pode ocasionar enfisema pulmonar

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Funções da α1 - antitripsina

A α1–antitripsina também protege os tecidos em períodos de stress, como na inflamação.

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Medida da α1 – antitripsina

Pode-se medir a atividade antiproteolítica no plasma utilizando substratos sintéticos como a N-benzoil-DL-arginina-p-nitroanilida

Usa-se a tripsina como enzima porque 95% da atividade antitripsínica do plasma são devidos à α1–antitripsina.

Utiliza-se também a radioimunodifusão, mas seu uso é mais útil em casos de doenças genéticas

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Conseqüências da mutação de Glu para Lys

Mudança de um aminoácido ácido para um básico pode ser grave.

A antitripsina mutante (variante Z) é pobremente secretada das células hepáticas.

A proteína mutante (variante Z) acumula-se no retículo endoplasmático.

A ponte salina Glu342 e Lys290 deixa de ser formada ocasionando em dobras lentas da molécula.

Aminoácidos hidrofóbicos interajem com aminoácidos similares causando agregação e o fracasso da secreção

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Observações importantes

O tabagismo leva a uma deficiência de α1 – antitripsina a partir da oxidação dos resíduos de metionina ao sulfóxido que leva à inativação de proteínas, inclusive a α1 – antitripsina.

A oxidação biológica de resíduos de metionina nas proteínas pode ser obtida por íon hipoclorito, peróxido de hidrogênio ou superóxidos e radicais hidroxilas.

A provável oxidação da metionina pode ser decorrente de algum agente presente na fumaça do cigarro

Os resíduos de metionina oxidada podem contribuir para patologias como artrite rematóide e cataratas do cristalino.

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Tratamento da Enfisema

A meta do tratamento é aliviar os sintomas do doente e prevenir a progressão da doença.

Estudos estão sendo realizados para esclarecer melhor o mecanismo de lesão no fígado para se obter possibilidades de tratamento que bloqueie essas lesões.

Podem ser usados corticóides ou broncodilatadores, por via oral ou inalatória.

A terapia do oxigênio também beneficia muitos pacientes aliviando os sintomas.

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Tratamento da Enfisema

α1 – antitripsina recombinantes

Muitos progressos foram feitos para a administração de α1 – antitripsina recombinante sob forma de aerossol.

Essa proteína recombinante foi isolada de células de leveduras transformadas ainda que para expressarem um gene ativo para a α1 – antitripsina humana.