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Epidemiologi a e Saúde Bucal Saúde Coletiva III Profª Roseane Cordeiro

Epidemiologia e saúde bucal

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Epidemiologia e Saúde Bucal

Saúde Coletiva III

Profª Roseane Cordeiro

Epidemiologia

O que é ??

Pra que serve?

Medronho, 2009.“Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, promoção ou recuperação da saúde individual e coletiva , produzindo informação e conhecimento para tomada de decisão.”

Ou seja...EPI SobreDEMO PopulaçãoLOGIA Estudo

A epidemiologia

Estudo dos determinantes de saúde-enfermidade

Análise das situações de saúde

Avaliação de tecnologias e processos no campo da saúde

Epidemiologia Descritiva Estuda a frequência e distribuição dos

parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações.

Epidemiologia Analítica Testa hipóteses de relações causais.

Ela é uma ciência fundamental para a saúde pública;

Tem dado grandes contribuições à melhoria da saúde das populações;

É essencial no processo de identificação e mapeamento de doenças emergentes.

Como surgiu a Epidemiologia?

Grécia antiga... As explicações sobre o processo saúde-

doença eram baseadas em concepções mágico-religiosas.

Medicina grega: Ausclepius (Esculápio)

Hygeia Ações preventivas, higiene.

Panacea Deusa da cura.

Histórico da epidemiologia... Abordagem racional Hipócrates, pai da Medicina.

Doenças que afetavam grande parte da população.

Endemia e Epidemia

460 a.C. – 377 a. C

Segundo Hipócrates...

Saúde: equilíbrio entre o homem e seu meio.(De ares, águas e lugares)

Doença: desequilíbrio de quatro humores fundamentais: sangue, linfa, bile amarela e bile negra.

Império Romano Construção de aquedutos, hábitos de

banhos diários, banhos públicos : aumento da higiene pessoal.

Contagem da população: realização do censo. Estudo descritivo

Galeno , médico particular do Imperador Marco Aurélio.

Cláudio Galeno(201 – 130 a.C.)

Idade Média

Caráter mágico-religioso Domínio da Igreja Católica Doença=castigo Criação dos primeiros hospitais

Medicina árabe Base – medicina hipocrática. Avanços farmacêuticos e técnicas

cirúrgicas. Descrição da varíola, asma e alergia Hospitais: centros de cura da doença,

escola de medicina. Avicena (989-1037) – Cânon da medicina. Averróes (1126-1198) – Precursor do

Higienismo.

Saber Clínico

Estatística MedicinaSocial

EPIDEMIOLOGIA

Saber Clínico Tradição anglo-saxônica: Thomas Sydenham – Médico e precursor

da ciência epidemiológica . “História Natural das Enfermidades”.

Tradição francesa: Foucault - Medicina do coletivo:

Medicina Veterinária. Academia de Medicina de Paris -

epidemia no rebanho ovino. 1ª vez conta-se doença para sua eliminação.

ESTATÍSTICA

Medida do Estado

“Conjunto de atributos de uma nação.” -Hermann Conring

Raíz política Necessidade de contar o

povo e o exército com disciplina e saúde.

Teoria das probabilidades (Blaise Pascal – Daniel Bernouilli)

Pierre Simon Laplace : aperfeiçoou os métodos aplicando-os a questões de mortalidade e outros fenômenos em saúde.

Blaise Pascal

Daniel Bernouilli

Em 1825, Alexandre Louis publica estudo estatístico sobre 1960 casos de tuberculose. Precursor da avaliação da eficácia pela Estatística.

1839: William Farr cria o registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra o País de Gales. – Sistema de informação em saúde.

Intervenções do Estado na saúde da população França (1789) : Medicina Urbana

Alemanha: Política Médica, medidas compulsórias de controle e vigilância das enfermidades. Imposição de regras de higiene.

Inglaterra: Revolução industrial – medicina do trabalhador

Medicina Social 1838 – Guérin : Abordagem coletiva da

saúde, elaborou termo medicina social. Rudolf Virchow: Movimento médico-

social na Alemanha. Exílio interno, se voltou à patologia.

London Epidemiological Society Criada em 1850 Florence Nightingale – mãe fundadora

da Enfermagem John Snow – Pai da Epidemiologia

Florence Nightingale

John SnowAcreditava que cólera e peste negra eram causadas por poluição, ar viciado.Antecipou-se à teoria microbiana de Pasteur.Em 1850 , concluiu que os casos de coléra morbo no bairro londrino Soho, estavam atribuidos à distribuição de água , pela bomba localizada na Broad Street.

1813-1858

Nas décadas seguintes: avanço da medicina clínica.

Achados de Claude Bernard, Rudolf Virchow, Louis Pasteur e Robert Koch.

Medicina social do colonialismo

Bernard, Virchow, Pasteur e Koch.

Estatística Médica (EUA) 1872: American Public Health

Association

Epidemiologia no mundo 1910 - Relatório de Flexner:

“separou individual do coletivo na saúde.”

1918: Inauguração da John Hopkings School of Hygiene and Public Health, Baltimore, EUA. – Modelo para escolas de saúde pública

Wade Hampton Frost : primeiro professor de epidemiologia do mundo (John Hopkins)

Major Greenwood : primeiro professor de epidemiologia e estatística

Wade Frost

Major Greenwod

Crise 1929: retomada do caráter social das doenças.

Conceito de risco

1919: conceito de risco, utilizado por William Topley. (cobaias)

Populações humanas: 1921, William Howard Jr.

Formalizado em 1933, por Wade Hampton Frost

Décadas de 30 e 40(EUA) – Incorporação da prevenção na formação de profissionais de saúde.

Após II Guerra Mundial: realização de inquéritos epidemiológicos.

1950: Aperfeiçoamento das técnicas epidemiológicas.

1960: matematização da disciplina.

1954: criação da Internacional Epidemiological Association

1964: American Journal of Epidemiology.

1970: Epidemiologia como instrumento de investigação sobre o complexo saúde-doença.

1970 e 1980: 3 tendências da Epidemiologia:

- Clínica

- Bases matemáticas

- Abordagem critica

Atualmente , ampliação da epidemiologia: farmacoepidemiologia, epidemiologia genética e epidemiologia dos serviços de saúde.

Epidemiologia no Brasil

1903: Presidente Rodrigues Alves nomeia Oswaldo Cruz para Diretoria Geral de Saúde Pública.

1904: Revolta da Vacina

Carlos Chagas 1905: Controle do surto de malária. 1909: descoberta do agente etiológico

da Doença de Chagas.

1945: Faculdade de Higiene e Saúde Pública em SP.

1970: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

1979: Criação da ABRASCO

Barreto – Bases Medline/Pubmed , entre 1985 e 2004 : 211.727 artigos relacionados a Epidemiologia

Epidemiologia e Saúde Bucal 1980 – Implantação do CD no Sistema

Único de Saúde.

Em 2008 - 37,1% dos CD estavam inseridos no SUS ( MS e CFO).

Atuação do CD no SUS:- Levantamentos epidemiológicos- Planejamento de atividades preventivas

e ações de saúde.- Serviços a grupos com necessidades

específicas.

Descrição dos estudos epidemiológicos Objetivos:- Avaliar a carga de doença que se abate

sobre a população.- Identificar mudanças na distribuição de

doenças no tempo e espaço.- Reconhecer grupos com necessidades

mais específicas

- Denunciar desigualdades nas distribuições de doenças

- Reconhecer oportunidades de intervenção potencialmente mais efetivas

ÍndicesVários índices e indicadores de saúde são empregados para descrever a distribuição populacional das doenças bucais.

São formas de medir a saúde bucal da população.

Índices CPO e ceo

CPOe

CariadoPerdido

ObturadoExtração indicada

Klein e Palmer (1937) : estudo descritivo de saúde bucal em crianças indígenas

CPO-D : Nº de dentes

CPO-S: Nº de superfícies

Critérios para levantamento epidemiológico: Dente é considerado presente quando

qualquer parte da sua coroa clínica estiver atravessado a mucosa gengival;

Na presença de um dente decíduo e permanente ocupando o mesmo lugar , deve-se considerar o permanente.

No caso de dúvida entre hígido e cariado, considerar hígido.

Dúvida entre cariado e restaurado, considerar restaurado;

Dúvida entre cariado e extração indicada considerar cariado.

CPO-D

Considerar cariado:

Sulco, fissura ou superfície que apresente cavidade evidente, tecido amolecido ou descoloração do esmalte.

Considerar como hígidos:

Quando não há evidência de lesão no dente.

Os estágios iniciais não são levados em consideração(manchas esbranquiçadas)

Considerados restaurados:

Dentes com restauração em resina composta e amálgama.

Cálculo do CPO-D Fórmula para cálculo do levantamento

epidemiológico: CPO-D/ceo-d Individual: Soma dos

dentes C+P+O=CPODICPO-D/Iceo-d : Somas do CPO-D / Nº de pessoas examinadas

CPO-S Nos dentes anteriores – 4 superfícies Nos dentes posteriores – 5 superfíicies

Considerar a condição de cariado,perdido, obturado como no CPO-D

Cálculo do CPO-S/ceo-s Individual: Soma dos nºs de superficies

atingidas ICPO-S/Iceo-s: Cpo-s/ceo-s total / nº de

pessoas examinadas

Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S) Proposto por Greene e Vermillion (1964) Utilização de corantes nas superfícies:-VESTIBULARES: 16,26,11 e 31- LINGUAIS: 36 e 46

* No caso do dente índice estar ausente, deve-se substituí-lo pelo subsequente.

Escores0 – Nenhum resíduo ou mancha.

1 - Resíduo cobrindo não mais que 1/3 da superfície dentária.

2 - Resíduo cobrindo mais do que 1/3, mas não mais do que 2/3 da superfície dentária.

3 - Resíduos cobrindo mais que 2/3 da superfície dentária.

Cálculo do IHO-S Soma dos scores/ nº de dentes

examinados. IHO-S coletivo : Soma dos IHO-S / nº de

pessoas examinadas

INTERPRETAÇÃO CLÍNICA

SCORES

BOA 0,0-0,6

REGULAR 0,7-1,8

RUIM 1,9-3,0

DÚVIDAS?????????????????

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EXERCÍCIOS