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Farmacologia em pacientes especiais

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Farmacologia em pacientes especiais: a influências das alterações renais, hepáticas e cardíacas nos processos farmacocinéticos

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COLEGIADO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICASCOLEGIADO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Janilda Moreira Larissa Ramalho Thálita Caires

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1. Introdução

2. Insuficiência Renal

3. Insuficiência Hepática

4. Insuficiência Cardíaca

5. Considerações Finais

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A Farmacologia firma o ato de prescrever permitindo que se realize a terapêutica medicamentosa de forma

mais racional e científica.

A Farmacocinética fornece informações que orientam o estabelecimento de esquemas posológicos e os reajustes que devem ser feitos em determinadas

situações fisiológicas, habituais e/ou patológicas.

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O DESAFIO: TEORIA x PRÁTICA

SBN aponta uma tendência de aumento da taxa de prevalência de doença crônica renal;

SBC relata que a insuficiência cardíacaconstitui a principal causa de hospitalizaçãoentre paciente com mais de 65 anos;

SBH ?, mas merece atenção devidoao risco de contaminação.

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http://www.infoescola.com/wp-contentuploads/200908/nefron.

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• Engloba uma variedade de condições clínicas caracterizadas pela retenção de compostos nitrogenados (creatina, uréia, etc), geralmente relacionados com a redução de volumes.

• Inclui enfermidades como glomerulonefrites, necrose cortical e distúrbios extra-renais com alterações circulatórias ou até mesmo oclusão ao fluxo urinário.

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• Constitui uma síndrome de causas variadas, cuja alteração fisiopatológica principal reside na diminuição do número de néfrons.

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• Eliminação e o tempo de meia-vida;

• Biotransformação ( reações de oxidação e glicuronidação);

• Volume de distribuição.

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• A furosemida tem seu mecanismo de ação tubular prejudicado devido ao menor número de néfrons.

• Atua na alça de Henle e túbulos distais do néfron.

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Figura 2. Cinética plasmática na redução da dose sem modificar o intervalo de administração.

• É desejavel para drogas cujo efeito terapêutico é proporcional a concentração.

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Figura 3. Cinética plasmática na diminuição da frequência de administração sem reduzir a dose.

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Figura 4. Cinética plasmática na redução da dose e da frequência de administração

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• Ainda não há estudos que comprovem maior eficácia e segurança de um método em relação ao outro. Se houver necessidade de uma dose de ataque esta não precisa ser modificada em pacientes com insuficiência renal. (FUCHS, 1998).

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O fígado é a maior glândula do corpo e é responsável por produzir, armazenar, alterar e excretar uma grande quantidade de

substâncias que participam do metabolismo.

http://2.bp.blogspot.com/hZJSf1ZdGgM/SaRFGrYxBfI/AAAAAAAAAE8/7b8XMzjCryA/s400/F%C3%ADgado

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Surge como consequência de qualquer perturbação da função hepática.

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- Caracterizada pelo surgimento de encefalopatia hepática.

- Distingui-se pela deterioração clínica dramática e rápida.

- Apresenta taxa de mortalidade de 60 a 85%.

-A principal causa é a hepatite viral.

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-Caracterizada por uma inflamação do fígado causada por diversos tipos de vírus.

-Atualmente são conhecidos 5 tipos de hepatite viral:

HEPATITE A: causada por vírus RNA (enterovírus); - prevalência em países subdesenvolvidos, ambientes superpovoados e condições sanitárias precárias; - transmitida pela via fecal-oral; - taxa de mortalidade de 5%; - apresenta imunidade contra si mesma.

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HEPATITE B: causada por partícula viral duplamente protegida contendo DNA ; - transmitida através de sangue contaminado; - pode apresentar-se assintomática ou fulminante; - risco de cirrose e câncer; - é conferida imunidade através da vacinação.

HEPATITE C: causada por pelo menos 3 vírus RNA diferentes - transmitida através de sangue contaminado e relação sexual; - evolução semelhante à da hepatite B.

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HEPATITE D: causada por vírus RNA incapaz de replicação individualmente; - pode se apresentar de duas formas: co-infecção e superinfecção; - risco de forma fulminante na co-infecção

HEPATITE E: causada por vírus RNA; - distribuição restrita na África e na Ásia; - não produz sequela e não evolui para cronicidade - produz alta mortalidade em gestantes (20%) - confere imunidade contra si mesma.

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-Caracterizada por necrose aguda dos hepatócitos devido a certas substâncias químicas que exercem efeitos tóxicos sobre o fígado

Hepatotoxinas: tetracloreto de carbono, fosfóro, clorofórmio e compostos com ouro.

-Medicamentos também podem induzir hepatite tóxica.

Medicamentos: Isoniazida, Halotano, acetaminofeno e certos antibióticos e antimetabólitos.

- Recuperação na fase aguda é rápida se a exposição à hepatotoxina for rápida ou se ela for removida precocemente.

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Pode ser definida como fibrose do fígado, frequentemente acompanhada de necrose tecidual.

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- 40% dos pacientes são assintomáticos

- Pode ser suspeitada quando há achados clínicos ou laboratoriais que indiquem insuficiência hepática.

- Etiologias: Hepatite autoimune, lesão hepática induzida por drogas ou hepatotoxinas, lesão hepática induzida pelo consumo excessivo de álcool e hepatites virais (B, C, D e E)

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- A insuficiência hepática pode alterar tanto a farmacocinética como também a dinâmica de alguns fármacos;

- A maneira pela qual o metabolismo será afetado vai depender da gravidade da enfermidade: Massa hepática; Funções biossintéticas e biotransformadoras; Fluxo sanguíneo hepático; Albumina Bilirrubina

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- A Biotransformação é mais afetada nos processos de fase I:

Biodisponibilidade;

Volume de Distribuição;

Depuração Hepática;

Eliminação.

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BIOTRANSFORMAÇÃO:

- O fígado constitui a primeira barreira de destoxificação efeito de primeira passagem;

- Capacidade diminuída do C-P450 Biodisponibilidade oral aumentada;

- Presença prolongada dos fármacos risco de exacerbação das respostas e efeitos adversos.

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VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO:

- Hipoalbuminemia aumento na vida média do fármaco;

- Hiperbilirrubinemia deslocamento da união dos fármacos ligados a proteínas.

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DEPURAÇÃO:

- Fármaco com alta taxa de eliminação afetado pela variação no fluxo sanguíneo

Fluxo hepático diminuído Depuração diminuída

- Fármaco com baixa taxa de eliminação afetada pela fração de fármaco ligado a proteína.

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ELIMINAÇÃO:

- Recirculação entero-hepática.

- Colestase

http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologiaimagens/Circulacao-entero-hepatica

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- Modificações a nível farmacodinâmico:

Aumento da sensibilidade do SNC;

Potenciação dos efeitos dos anticoagulantes orais

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Não há um método quantitativo específico que determine as alterações da função hepática para permitir o ajuste de doses nos

insuficientes hepáticos

- Estudos clínicos e cinéticos avaliam o impacto da enfermidade e sua gravidade;

- Recomenda-se iniciar o tratamento a doses baixas e ajustar segundo a resposta do paciente;

- Monitoração de níveis plasmáticos e vigiar aparição de efeitos adversos;

- Repetição das doses pode causar surgimento de fenômenos tóxicos

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• Fisiologia cardíaca• O coração é um órgão composto basicamente

por músculos;• É formado por duas bombas: o coração direito e

o coração esquerdo;• Cada uma dessas é bombas é formada por

duas câmaras: o átrio e o ventrículo

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http://www.web/dive.comlang/en&option/46

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• É descrita como a incapacidade do coração impulsionar o sangue a volume e intensidade suficientes para as necessidades metabólicas do organismo.

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o Manifestações clínicas da falência cardíaca:• Falência anterógrada;• Falência retrógrada

o Em termos fisiopatológicos são descritas duas alterações:

• A falência sistólica:• A falência diastólica

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o Principais causas:• Doença cardíaca congênita;• Isquemia cardíaca;• Infarto do miocárdio;• Anemia;• Hipertensão;

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o Adaptação posológica

• Reduzir as doses do fármaco nos pacientes com insuficiência cardíaca.

• Ex : lidocaína

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• A farmacocinética tem por principal objetivo, na prática

assistencial, a individualização posológica para uma melhor tratamento farmacológico a fim de alcançar a máxima eficácia terapêutica com a mínima incidência de efeitos adversos.

• O êxito no tratamento farmacológico em alguns casos é dificultado pelo fato de alguns pacientes apresentarem condições especiais que alteram os perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos dos medicamentos.

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• Farmacocinética clínica constitui um princípio fundamental para uma terapêutica correta que visa garantir o efeito benéfico do fármaco a fim de reverter ou atenuar um quadro.

• O farmacêutico clínico deve incorporar a farmacocinética nas suas atividades essenciais como uma prática rotineira.

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