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Decisão Judicial sobre a Homeopatia Como interpretar o Artigo 13 Instrução Normativa 007 do MA Conquista da UFV para ensinar a ciência da Homeopatia Monografia apresentada à Disciplina Ciências da Homeopatia da Universidade Federal de Viçosa. Área: Ciências Homeopáticas Orientadores: José Alberto Moreno Eliete Fagundes Virgínia Stefanichen Autor: Eduardo Egisto Indaiatuba 2013 Universidade Federal de Viçosa Indaiatuba – SP Ciências Homeopáticas

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Homeopatia - Como Interpretar a Lei para Homeopatia Monografia apresentada para a disciplina Ciências da Homeopatia Universidade Federal de Viçosa Orientadores: José Alberto Moreno | Eliete Fagundes | Virgínia Stefanichen Autor: Eduardo Egisto

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Decisão Judicial sobre a Homeopatia Como interpretar o Artigo 13

Instrução Normativa 007 do MA Conquista da UFV para ensinar a

ciência da Homeopatia

Monografia apresentada à Disciplina Ciências da Homeopatia da Universidade Federal de Viçosa. Área: Ciências Homeopáticas Orientadores: José Alberto Moreno Eliete Fagundes Virgínia Stefanichen Autor: Eduardo Egisto

Indaiatuba

2013

Universidade Federal de Viçosa Indaiatuba – SP

Ciências Homeopáticas

Universidade Federal de Viçosa – UFV Homeopatia

Homeopatia | Agosto de 2013 – pág. 2

Autor Eduardo Egisto Grosso Junior – 134476

Capa Foto: “Laboratório de Homeopatia”

http://www.googole.com.br/images – 2013

Agradecimentos

Agradeço aos Mestres Eliete Fagundes e José Moreno, que

concederam a oportunidade de iniciar meu maior sonho e realizar este

estudo dirigido à minha formação profissional. Obrigado.

Pensamento “Todos nascem sem saber... Todos partem sem saber tudo... O quanto

cabe cada um saber? A condição de cada indivíduo não se mede pelo

quanto ele sabe, mas sim pelo quanto ele usa do que sabe.”

Resumo Estudar as Leis que regem nosso cotidiano. Hoje sabemos que

podemos cuidar do indivíduo conhecendo a filosofia energética e com o

respeito da sociedade. Somos amparados e temos o direito a exercer

de forma digna a filosofia da Homeopatia. A conclusão deste trabalho

se dará o conhecimento das Leis que regem os direitos de uso da

homeopatia e seus terapeutas.

Abstract Studying the Laws that govern our daily lives. Today we know that we

can take care of the individual knowing the philosophy energetic and

respect of society. We are supported and have the right to engage in a

dignified philosophy of homeopathy. The conclusion of this work will be

given the knowledge of the laws governing the rights of use of

homeopathy and their therapists.

Palavras Chave: Homeopatia | Homeopathic | Lei 5991 | Normativa 007 | Portaria 971

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Homeopatia | Agosto de 2013 – pág. 3

Sumário

Autor | Capa | Agradecimentos | Pensamento | Resumo | Abstract 02

Introdução 04

Etapas da Monografia

I. A decisão judicial sobre a Homeopatia; 05

II. A Lei 5991, como interpretar o artigo 13; 05

III. A portaria 971 do Ministério da Saúde; 08

IV. A Instrução Normativa 007 do Ministério da Agricultura; 08

V. O "C. B. O."; 09

VI. A conquista da UFV para ensinar a Ciência da

Homeopatia; 09

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Homeopatia | Agosto de 2013 – pág. 4

Introdução

Linha de Raciocínio – O Direito de Uso

Hoje se sabe o Poder da Medicina Energética, a comprovação das

Terapias Complementares Holísticas na cura do indivíduo e a energia que

emana de todo este processo.

Não bastam ajudar a humanidade, seus habitantes terrestres e

aquáticos, plantas, animais e a água, tem que saber como fazê-lo em todos os

aspectos, até mesmo pela Lei dos Homens.

Conhecer e entender as Leis e Decretos que regulamentam o uso da

Homeopatia e suas condições faz com que sejamos mais que apenas

instrumentos de divulgação, sejam livres para a arte de curar.

Agradeço ao site homeopatias.com e aos seus idealizadores, as ricas

informações que obtive para parte deste trabalho, aos autores dos títulos

sugeridos para este trabalho, também foram de grande valia. Ler nunca foi

demais, ainda mais quem é da área da saúde. Sentimo-nos sempre um eterno

aprendiz.

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Monografia Proposta

I. A decisão judicial sobre a Homeopatia

Esta talvez tenha sido a mais árdua das lutas que a UFV teve em seu rol

até o momento. A UFV, com um incrível repertório e a razão ao seu lado, em

paridade com um dos conselhos mais fortes do país, o CRM, tentando

desesperadamente de alguma forma, reaver uma “especialidade”, que é do

povo, sempre foi do povo e permanecerá do povo. Teremos mais ênfase no

pronunciamento da utilização em nosso próximo tópico.

II. A Lei 5991 e como interpretar o Artigo 13

Conforme a Lei:

CAPÍTULO III - Da Farmácia Homeopática

Art. 9º - O comércio de medicamentos homeopáticos obedecerá às disposições desta

Lei, atendidas as suas peculiaridades.

Art. 10 - A farmácia homeopática só poderá manipular fórmulas oficinais e magistrais,

obedecida a farmaco-técnica homeopática.

Parágrafo único. A manipulação de medicamentos homeopáticos não constantes das

farmacopéias ou dos formulários homeopáticos depende de aprovação do órgão sanitário

federal.

Art. 11 - O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia baixará instruções

sobre o receituário, utensílios, equipamentos e relação do estoque mínimo de produtos

homeopáticos.

Art. 12 - É permitido às farmácias homeopáticas manter seções de vendas de

correlatos e de medicamentos não homeopáticos quando apresentados em suas embalagens

originais.

Art. 13 - Dependerá da receita médica a dispensação de medicamentos homeopáticos,

cuja concentração de substância ativa corresponda às doses máximas farmacologicamente

estabelecidas.

Art. 14 - Nas localidades desprovidas de farmácia homeopática, poderá ser autorizado

o funcionamento de posto de medicamentos homeopáticos ou a dispensação dos produtos em

farmácia alopática.

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E Sobre o Receituário:

CAPÍTULO VI - Do Receituário

Art. 35 - Somente será aviada a receita:

a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados

a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;

b) que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo

de usar a medicação;

c) que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da

residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional.

Parágrafo único. O receituário de medicamentos entorpecentes ou a estes equiparados

e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua classificação, obedecerá às

disposições da legislação federal específica.

Art. 36 - A receita de medicamentos magistrais e oficinais, preparados na farmácia,

deverá ser registrada em livro de receituário.

§ 1o É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em

drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa, bem

como a intermediação entre empresas. (Incluído pela Lei nº 11.951, de 2009)

§ 2o É vedada às farmácias que possuem filiais a centralização total da manipulação

em apenas 1 (um) dos estabelecimentos. (Incluído pela Lei nº 11.951, de 2009)

Art. 37 - A farmácia, a drogaria e o dispensário de medicamentos terão livro, segundo

modelo oficial, destinado ao registro do receituário de medicamentos sob regime de controle

sanitário especial.

Parágrafo único. O controle do estoque dos produtos de que trata o presente artigo

será feito mediante registro especial, respeitada a legislação específica para os entorpecentes

e os a estes equiparados, e as normas baixadas pelo Serviço Nacional de Fiscalização da

Medicina e Farmácia.

Art. 38 - A farmácia e a drogaria disporão de rótulos impressos para uso nas

embalagens dos produtos aviados, deles constando o nome e endereço do estabelecimento, o

número da licença sanitária, o nome do responsável técnico e o número do seu registro no

Conselho Regional de Farmácia.

Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere o presente artigo, a farmácia terá

impressos com os dizeres: "Uso Externo", "Uso Interno", "Agite quando Usar", "Uso Veterinário"

e "Veneno".

Art. 39 - Os dizeres da receita serão transcritos integralmente no rótulo aposto ao

continente o invólucro do medicamento aviado, com a data de sua manipulação, número de

ordem do registro de receituário, nome do paciente e do profissional que a prescreveu.

Parágrafo único. O responsável técnico pelo estabelecimento rubricará os rótulos das

fórmulas aviadas e bem assim a receita correspondente para devolução ao cliente ou arquivo,

quando for o caso.

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Art. 40 - A receita em código, para aviamento na farmácia privativa da instituição,

somente poderá ser prescrita por profissional vinculado à unidade hospitalar.

Art. 41 - Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites

farmacológicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades, o responsável técnico pelo

estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu.

Art. 42 - Na ausência do responsável técnico pela farmácia ou de seu substituto, será

vedado o aviamento de fórmula que dependa de manipulação na qual figure substância sob

regime de controle sanitário especial.

Art. 43 - O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário

especial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a

verificação da sua autenticidade.

A lei federal 5991, em seu artigo 13, em vigor, dando à população

brasileira, o respeito e o uso da ciência da homeopatia. A verdadeira

homeopatia, aquela que conhecemos como a hipocrática, a energética, a

ciência que recupera o indivíduo em seu estado intimo, em toda sua plenitude.

Foi definido pelo governo que o uso da ciência da homeopatia pode e

deve ser usada como repertório de uso da saúde, seja ela para o homem ou a

natureza de nosso planeta, fazendo valer o reestabelecimento e a promoção de

saúde.

Há uma restrição de prescrição limitando e dividindo a homeopatia em

dois blocos: A Homeopatia Livre, que pode ser prescrita pela população e a

Homeopatia que contém substanciam toxicas que só devem ser prescritas por

profissionais registrados no CRM. As homeopatias livres (que são em sua

maioria), preparadas pelo processo das diluições e sucções sucessivas, são

livres para serem vendidas e adquiridas por qualquer pessoa nas farmácias

homeopáticas. Já as restritivas contêm substancias toxicas se usadas de forma

errônea.

Veja a tabela na integra no link

http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=02/06/2003&jornal=1&pagina=34

&totalArquivos=176 – acessado em 31/08/2013.

Somos livres para exercer a atividade homeopática graças a UFV, a

ATENEMG e o CONAHOM, que se seguirá no tópico “A conquista da UFV para

ensinar a Ciência da Homeopatia”.

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III. A Portaria 971 do Ministério da Saúde

Esta Portaria aprova a política de uso das terapias holísticas, promovendo a

Homeopatia, a Acupuntura a Fitoterapia e outras terapias holísticas no uso do

reestabelecimento o quadro clínico do indivíduo.

Conforme consta no site homeopatias.com “... garantir financiamento

específico para divulgação e informação dos conhecimentos básicos da

homeopatia para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS,

considerando as metodologias participativas e o saber popular... “ e “... 1996 -

10ª Conferência Nacional de Saúde que, em seu relatório final, aprovou a

"incorporação ao SUS, em todo o País, de práticas de saúde como a

fitoterapia, acupuntura e homeopatia... “.

Com estas ferramentas, garantindo o espaço social, promovendo de forma

inicial única, a inserção definitiva das práticas homeopáticas no plano

governamental.

IV. A Instrução Normativa 007 do Ministério da

Agricultura

Faz-se a liberação e a utilização da homeopatia no campo rural,

incentivando o seu uso e tornando o profissional homeopata indispensável para

todos os seres vivos do planeta.

Conforme o site homeopatias.com “... O conhecimento da homeopatia pelo

aluno de homeopatia da UFV permite que ele divulgue as vantagens desta

ciência na produção agrícola e animal. A homeopatização das águas usadas

na irrigação agrícola é um grande avanço tecnológico. Desta forma, o uso da

Homeopatia na agricultura substitui com grandes vantagens os agrotóxicos,

defensivos agrícolas e antibióticos. Pois, estes acabam gerando moléculas

tóxicas e estas formando metais pesados nos humanos e animais, podendo

gerar doenças a médio e longo prazo, para as quais a medicina oficial não tem

solução. A homeopatização das águas agrícolas ajuda a harmonização do

meio ambiente... “.

Fazendo desta forma, preconizando o sentido inicial que Hahnemann

desenvolveu, o sentido de curar nosso universo em todas as formas.

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V. O C.B.O. – Classificação Brasileira de Ocupações

Conforme o CBO, temos a aprovação e a Classificação Brasileira de

Ocupações – CBO / 2002, para uso em todo território nacional e autoriza a sua

publicação, dito o Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, no uso da

atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da

Constituição Federal, resolve: Art. 1º Aprovar a Classificação Brasileira de

Ocupações – CBO, versão 2002, para uso em todo território nacional.

A classificação descrita é a de Terapeuta holístico, sob o código 3221-25,

com ênfase as profissões de Homeopata (não médico), Naturopata, Terapeuta

Alternativo, Terapeuta Naturalista, entre outras linhas de estudo holísticas.

Faz-se saber que:

“Aplicam procedimentos estéticos e terapêuticos manipulativos, energéticos,

vibracionais e não farmacêuticos. Os procedimentos terapêuticos visam a

tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais, músculo-esqueléticas e

energéticas; além de patologias e deformidades podais. No caso das doulas, visam

prestar suporte contínuo a gestante no ciclo gravídico puerperal, favorecendo a

evolução do parto e bem-estar da gestante. Avaliam as disfunções fisiológicas,

sistêmicas, energéticas, vibracionais e inestéticas dos pacientes/clientes.

Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências

florais e fitoterápicos com o objetivo de diminuir dores, reconduzir ao equilíbrio

energético, fisiológico e psico-orgânico, bem como cosméticos, cosmecêuticos e

óleos essenciais visando sua saúde e bem estar. Alguns profissionais fazem uso de

instrumental pérfuro-cortante, medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam

métodos das medicinas oriental e convencional.”

VI. A Conquista da UFV para Ensinar a Ciência da

Homeopatia

Criada em 1995 pela Universidade Federal de Viçosa, o Curso de

Homeopatia, coordenado pelo professor Vicente Wagner Dias Casali.

“Comprovada a eficiência da homeopatia na área agrícola, Casali, propôs a criação

da matéria homeopatia para a graduação e para a pós-graduação.

O curso de extensão alcançou bons resultados no tocante inscrição dos alunos, o

que permitiu salas cheias, com pessoas das mais diversas profissões. Tamanho

sucesso fez despertar o descontentamento da Associação Médica Homeopática

Brasileira – AMHB, que entende ser a ciência da homeopatia restrita aos médicos,

aos odontologistas e aos médicos veterinários. Tomados por uma visão bastante

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reduzida, os membros da associação buscaram impedir que a homeopatia fosse

pesquisada pela agronomia e, especialmente, que fosse ensinada a população.

Para tanto, a associação tentou convencer os responsáveis pelo curso a cessarem

o aprendizado. Ao perceberem que a UFV não cederia à autonomia de suas

decisões aos apelos de um órgão de classe, este buscou representar junto as

Promotorias de Justiça, porém, os médicos não obtiveram êxito em seu intento, não

havendo qualquer ação judicial contra a UFV. Garantido está, ainda, o direito dos

discentes da graduação e da pós-graduação de praticar a homeopatia voltada sua

especialidade, e aos alunos do curso de extensão de buscar informações sobre

esta ciência, no que se refere ao conhecimento genérico da mesma, haja vista que,

apesar de não ser nova, ela não se difundiu totalmente pela população, o que faz

com que a maioria das pessoas. As explicações dadas pela UFV associação, e

também o fato de as Promotorias de Justiças não entenderem pela necessidade de

instauração da ação civil pública, são suficientes para convencer os médicos de que

também não há prática do delito de exercício ilegal de medicina, o que permite

concluir pela ciência dos mesmos de que a denunciação é necessariamente

caluniosa, feita somente com fins intimidatórios.

O que os médicos buscam, na verdade, é a extinção de um curso que eles

entendem fazer concorrência com o curso ministrado por eles, e não uma

preocupação com a saúde da comunidade.

A Universidade de Viçosa oferece o curso de extensão sobre homeopatia pelo fato

de a população estar interessada na ciência da homeopatia e não na terapêutica

humana, o que faz com que o evento tenha grande receptividade entre os cidadãos

que não têm acesso ao assunto nos cursos dos médicos. Como o Ministério da

Agricultura permite a aplicação da homeopatia nos animais e plantas pelos

cidadãos, estes necessitam saber um pouco mais sobre essa tradição cultural

brasileira, que se iniciou em 1840.

O fato de o CFM ter permitido ao médico se especializar na parte da terapêutica

humana da homeopatia, em 1980, não interrompeu a prática da homeopatia pelo

povo em razão da citada permissão ser destinada ao âmbito interno do Conselho.

O reconhecimento oficial de uso da homeopatia popular, feito pelo governo federal,

reforça que a homeopatia é livre e não se limita uma das inúmeras especialidades

médicas como vulgarmente se crê.

A UFV com o curso de extensão tem em vista que plantas e animais respondem

aos preparados homeopáticos o que significa produzir alimentos sem agrotóxicos,

ou seja, alimentos com qualidade, beneficiando a saúde da humanidade. O CFM,

posicionando-se contrariamente Instrução Normativa nº 7, estaria contra a própria

saúde, o que é inadmissível.

Durante 162 anos (1840-2002) a homeopatia vem sendo preservada pela

população brasileira que a transmitiu culturalmente, de geração a geração,

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tornando-a assim de conhecimento público, patrimônio cultural e tradição popular.

Portanto, são quase dois séculos de cultura que não deixa de existir, e muito menos

é cassada, no momento que um Conselho de classe resolve, com um século e meio

de atraso, permitir que seus profissionais pratiquem também a homeopatia.

Até 1980, a prática da homeopatia pelos médicos era proibida. Mas, existiam como

ainda existem, laboratórios que fornecem preparados homeopáticos e matrizes s

pessoas comuns. Até a década de 80, a homeopatia era ocupação dos cidadãos e

não faz sentido deixar de ser, mesmo profissionais que também se interessem por

esta área. O médico estuda química no seu curso nem por isso é processado pelo

profissional de Química por trabalhar com produtos químicos de efeito terapêutico.

Assim, cada um usa o saber de maneira específica, adequando-o sua área.

Em 1980, o Conselho Federal de Medicina – CFM publicou a Resolução nº 1.000,

que criou a especialidade médica em homeopatia, e, apesar de, até então, os

médicos terem arduamente perseguido os homeopatas, ao admitirem a

especialização de seus membros nesta ciência, a medicina decidiu agir de modo a

apropriar-se do conhecimento. A priori, não há qualquer ato de apropriação

exclusiva na criação de uma Resolução. Porém, os médicos utilizam tal resolução

como sendo uma norma capaz de conferir total exclusividade da ciência classe. E

assim fizeram ao enviar documentos UFV nos quais reiteram o conteúdo da

resolução que tomam por base para demonstrar a propriedade.

Trata-se de um equívoco gritante. As resoluções são expedidas por associações

civis, órgãos de classe, e demais entidades particulares para normatizar

internamente sua conduta. Não atingem as pessoas que a elas não pertencem.

Ademais, tais normas não podem ser utilizadas de modo a afrontar todas as regras

supracitadas, expedidas pelo legislativo brasileiro, das mais diversas hierarquias,

dentre as quais se encontram as magnas normas constitucionais.

Decretos, portarias, leis federais, constituição federal, tudo isto é demasiadamente

superior tão utilizada resolução, que nada mais faz do que permitir a especialização

dos médicos em homeopatia, mas não é capaz de coibi-la aos demais profissionais.

O curso de homeopatia da UFV é legal, apesar de contrariar interesses dos

médicos. Neste estudo se concluiu que não há nada que moral ou juridicamente

impeça o curso de funcionar. Trata-se, isto sim, da tentativa de um órgão de classe

de findar com a produção de uma ciência por profissionais outros que não médicos,

exclusivamente por motivos econômicos. Não há que se falar em proteção da

população contra atividade desregrada da Universidade, pois que a mesma pauta-

se pelas regras que lhes são impostas, detendo o conteúdo necessário para

desenvolver o estudo da ciência em questão. A AMHB, em reunião com a UFV,

admitiu que a intenção desta de ajudar a população é boa, mas não teria a mesma

competência para tanto. Além do equívoco desta declaração, admitiram também

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que cabe aos médicos a tarefa de ministrar cursos sobre homeopatia direcionados

população (e não só a médicos, dentistas e veterinários, como ocorre), mas que tal

ainda não foi feito por motivos burocráticos, e por falta de tempo. Ora, tais

declarações são no mínimo vergonhosas, pois que enquanto a associação reúne

tempo e organiza sua burocracia, a população fica sem acesso ao conhecimento

sobre homeopatia. Bom seria que a associação deixasse de preocupar-se com o

que já está sendo feito, e passasse a organizar cursos informativos sobre tantos

outros assuntos cujo acesso a população ainda não tem estes sim, na área

exclusivamente médica.

A UFV e seus professores tem farta proteção constitucional para manter o Curso de

Homeopatia. A legislação específica é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Também as normas sobre homeopatia não concedem, em momento

algum, o direito exclusivo da ciência a determinada classe. Os promotores de

Justiça nunca encontraram uma ilegalidade no Curso de Homeopatia, nem as

Delegacias de Polícia, em todos os processos que os médicos fizeram contra o

Curso e contra a UFV”.

Extraído do site homeopatias.com