2
A morte de Inês de Castro é um dos mais belos episódios líricos presentes na epopeia e está dividido em três partes: A primeira, referentes as causas da morte de Inês, vítima do amor. A segunda, constitui o desenvolvimento em que se descreve o modo de vida feliz e despreocupado que Inês tinha em Coimbra Nesta parte e também apresentada a razão pela qual o povo considera que Inês deve ser morta, temendo que a união entre Pedro e Inês leve ao domínio espanhol. O poeta põe em questão a grandeza moral do Rei por solucionar o problema de seu reino mandando matar a mãe dos seus netos: “Tirar Inês ao mundo, determina”; “Que furor consentiu que a espada fina, Que pôde sustentar o grande peso Do furor Mauro, fosse alevantada Contra üa fraca dama delicada?”. Também nesta segunda parte é redigida o discurso suplicante de Inês ao rei de Portugal, seu pai. Ela utiliza súplicas e argumento para comover o Rei na sua determinação - apresenta a sua situação de mãe e a orfandade de seus filhos, declara-se inocente perante toda a situação de futuro conflito, comove o rei dizendo-lhe que sendo um cavaleiro que sabe dar morte, também sabe ”dar vida, com clemência” e como alternativa à morte, dá preferência ao exílio.

Ines de castro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Ines de castro

A morte de Inês de Castro é um dos mais belos episódios líricos presentes na

epopeia e está dividido em três partes:

A primeira, referentes as causas da morte de Inês, vítima do amor.

A segunda, constitui o desenvolvimento em que se descreve o modo de vida

feliz e despreocupado que Inês tinha em Coimbra

Nesta parte e também apresentada a razão pela qual o povo considera que

Inês deve ser morta, temendo que a união entre Pedro e Inês leve ao domínio

espanhol.

O poeta põe em questão a grandeza moral do Rei por solucionar o problema

de seu reino mandando matar a mãe dos seus netos:

“Tirar Inês ao mundo, determina”;

“Que furor consentiu que a espada fina,

Que pôde sustentar o grande peso

Do furor Mauro, fosse alevantada

Contra üa fraca dama delicada?”.

Também nesta segunda parte é redigida o discurso suplicante de Inês ao rei

de Portugal, seu pai. Ela utiliza súplicas e argumento para comover o Rei na sua

determinação - apresenta a sua situação de mãe e a orfandade de seus filhos, declara-

se inocente perante toda a situação de futuro conflito, comove o rei dizendo-lhe que

sendo um cavaleiro que sabe dar morte, também sabe ”dar vida, com clemência” e

como alternativa à morte, dá preferência ao exílio.

A terceira e última parte, constitui a reprovação do narrador, sublinhada pelo

pranto comovente das “filhas do Mondego” e pela “animização” da Natureza, que

chora a morte de Inês, sua antiga confidente.