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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NA INFÂNCIA Rodrigo Riro Internato de Pediatria Prof.Ellen Mota 2015

Insuficiência Renal Aguda na Infância

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Page 1: Insuficiência Renal Aguda na Infância

INSUFICIÊNCIA RENALAGUDA NA INFÂNCIA

Rodrigo RiroInternato de Pediatria

Prof.Ellen Mota2015

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DEFINIÇÃO

• “Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a redução aguda da

função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à

diminuição do ritmo de filtração glomerular, porém ocorrem

também disfunções no controle do equilíbrio hidro-

eletrolítico e ácido-básico.”

Sociedade Brasileira de Nefrologia, Projeto Diretrizes,IRA,2001

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INTRODUÇÃO• A IRA( insuficiência Renal aguda), ocorre em 2- 3 % das crianças admitidas

em centros de tratamento terciário pediátrico e em até 8% das Uti´s neonatal.(Nelson Tratado de pediatria 18ºed.)

• Lesão Renal Aguda:Termo usado para definir as situações onde ocorre um insulto renal com disfunção transitória que não chega a exigir diálise.

• As causa de LRA e IRA podem ser:1. redução da perfusão renal(pré-renal), 2. doença renal parenquimatosa glomerular ou tubular(renal) 3. obstrução das vias urinárias(pós-renal)

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PATOGÊNESE• Chamada também azotemia pré-renal

• Redução efetiva volume arterial circular

• Leva a à perfusão renal inadequada

• Leva Taxa de filtração glomerular diminuída

• Se a causa for prontamente corrigida a função renal retorna ao normal, se não pode ocorrer lesão renal parenquimatosa intrínseca.

• Causas comuns: desidratação sepse, hemorragia hipoalbuminemia grave, insuficiência cardíaca

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PATOGÊNESE• Variedade de distúrbios caracterizados por lesão ao parênquima renal,

incluindo hipoperfusão/isquemia sustentadas*.

• Muitas formas de glomerulonefrites, incluindo a pós infecciosa, nefrite lúpica, nefrite da púrpura de Henoch-Schonlein nefrite antimembrana-basal, entre outros.

• Síndrome Hemolítico Urêmica, causa mais comum nos EUA,caractertísticas: IRA, anemia hemolítica micro angiopática e trombocitopênica, causas:

1. Países subdesenvolvidos lesão endotelial induzida toxina Shigellalike. 2. Países desenvolvidos Escherichia Coli(O157:H7)

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PATOGÊNESE• Necrose Tubular Aguda

• Mais frequente em lactentes e crianças criticamente doentes expostos a insultos nefrotóxicos.

• Ocorre necrose das células tubulares.

• Mecanismos de lesão renal:1. Alterações da hemodinâmica intra-renal2. Obstrução tubular e retrodifusão passiva do filtrado glomerular das células tubulares lesadas para capilares peritubulares

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Revisão rápida

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PATOGÊNESE• Também inclui variedade de insultos

• Em RN e lactentes, condições como válvulas da uretra posterior e obstrução ureterpélvica bilateral são maioria dos casos.

• Outras condições como urolitíase, tumor (intraabdominal, trato urinário) são causas.

• Bexiga neurogênica pode causar em crianças mais velhas e adolescentes.

• Paciente com dois rins funcionantes a obstrução deve ser bilateral.

• Em geral alivio da obstrução-> recuperação função renal

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PRINCIPAIS CAUSAS DE IRA EM RNPré-renal• Diarréia, Vômitos, Choque séptico• Hipóxia-isquemia severa. Asfixia perinatal, Pós-parada, Hipotensão prolongada

• Ventilação artificial com pressão alta.• Trombose de veia renal bilateral

Renal• Choque, sepse grave• Hipóxia grave, asfixia perinatal• Disgenesias, hipoplasia

Pós Renal• Válvula de uretra posterior• Estenose ou obstrução

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PRINCIPAIS CAUSAS E

CLASSIFICAÇÃO

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Dando uma aprofundada a causas especiais/etiologia.

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HIPOVOLEMIA E DESIDRATAÇÃO

• Diminuição de volume

• Hipovolemia->hipoperfusão->hipóxia

• Rapidamente reversível

1. Perdas do trato gastrointestinal2. Hemorragias3. Poliúria4. Perdas insensíveis massivas

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OUTRAS CAUSAS DE PRÉ RENAL EM RECÉM

NASCIDOS• Doenças que cursam com

diminuição do volume efetivo

1. Insuficiência cardíaca

2. Síndrome Nefrótica

3. Sepse

4. Perdas para o terceiro espaço

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SINDROME HEMOLÍTICO URÊMICA

• Causa frequente de IRA em crianças• Gastroenteritis enteroinvasiva: E. Coli serotipo

O157.H7.• Gera:

o Lesão endotelial capilar e arteriolar renal.

o Trombos intravasculares.

o Trombocitopenia.

o Anemia microangiopática.

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SINDROME HEMOLÍTICO URÊMICA

• Sinais/sintomas:

• Hematúria

• Edema

• Hipertensão

• IRA aguda mais colite

• Dor abdominal

• Fraqueza

• febre

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TOXIDADE POR DROGAS• Faixa etária pediátrica o uso de drogas

nefrotóxicas junto com a sepse e isquemia renal são as principais causas de IRA.

• Drogas nefrotóxicas como:1. aminoglicosídeos, 2. anfotericina B, 3. contrastes radiológicos

4. drogas que interfiram na hemodinâmica renal como• os inibidores da enzima conversora de angiotensina • bloqueadores de receptores de angiotensina I

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GLOMERULONEFRITE PÓS ESTREPTOCÓCICA

• Surgimento a partir de 10-14 dias após faringite ou impetigo estreptocócico.

• Pode haver congestão e insuficiência renal.

• Achados: urina rotina; hematúria. Proteinúria discreta

• C3 baixo por até 30 dias

• Aso elevado

• Bom Prognóstico

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ESTENOSE OU OBSTRUÇÃO Intrarrenal / pelve

• Cistos congênitos.• Estenose pelviureteral.• Litíase• Traumatismos.

Ureter:

• Ureter ectópico.• Megaureter.• Litiase.• Traumatismos.

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SINTOMAS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICO

LABORATORIAIS da IRA• Quando suspeitar:

• Oligúria ou anúria são sinais mais frequentes

• Retenção hídrica->edema

• Sinais de dist.eletroliticos raros como sinais iniciais

• Diurese normal da criança 1,5-4 ml/kg/hora

• Diurese menor que 1ml/kg/hora levantar suspeita

• Oliguria diurese<0,6/ml/kg/hora ou diurese <400 ml/dia crianças maiores

• Outros: anemia leve/multifatorial, hiperpotassemia

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• A sintomatologia geral vai ser de acordo com a apresentação da doença de base que

a esta provocando.

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SINTOMAS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICO LABORATORIAIS da IRA

• Ao exame físico:• Observar sinais de desidratação,

hipovolemia ou choque:1. Taquicardia, pulsos finos2. Perfusão diminuída3. Extremidades frias

• Congestão e hipervolemia1. Edema, Hepatomegalia2. Taquidispneia3. B3 ou galope

• Sinais de doença de base1. Rash, artrite, Hematúria2. Cólica renal3. Dermatite4. Vasculite5. Massa abdominal

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DIAGNÓSTICO• HISTÓRIA V

• EXAME FÍSICO V

• EXAMES LABORATORIAIS/COMPLEMENTARES

• CÁLCULO DE TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR

• IDENTIFICAÇÃO DE DISTÚRBIOS SECUNDÁRIOS

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DIAGNÓSTICO• Exames laboratoriais

iniciais mais importantes:

• Creatinina

• Uréia

• Sumário de urina

• Ionograma(Na, K,cl, Ca, P , Mg)

IDADE NÍVEIS DE CREATININA

Rn 0,3-1,0mg/dl

Pré-escolar 0,2-0,5 mg/dl

Escolar 0,3-0,7 mg/dl

Adolescente 0,5-1 mg/dl

Obs: níveis de creatinina varia com a idade, com a massa muscular, e com variações fisiológicas

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DIAGNÓSTICO• OBS:• Na Ira a creatinina sérica aumenta cerca de 0,5 a

1,0mg/dl a cada dia.

• Assim lesão renal demora um pouco para se apresentar nos níveis de creatinina

• A creatinina só se eleva a partir de perdas de 30-40% da função renal.

• A redução da creatinina pode mascarar disfunção renal, associado a caquexia e desnutrição

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DIAGNÓSTICO• Ureia

• Níveis de ureia aumentam aproximadamente 20 a 40 mg/dl a cada dia de IRA.

• Geralmente níveis de ureia é 20 x maior que o de creatinina e esta relação é maior quando há desidratação ou obstrução urinária.

• Aumento da ureia sem piora da taxa de filtração glomerular: catabolismo acelerado

1. Trauma2. Queimadura3. Febre4. Cirurgia

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CAUSAS DE ALTERAÇÃO DA UREIA E

CREATININA DE ORIGEM

EXTRARRENALAUMENTO DE UREIA DIMINUIÇÃO DE UREIA AUMENTO DE

CREATININASepse Desnutrição Rabdomiolisis

Hipercatabolismo Insuficiencia hepática Fármacos :Cimetidina

Hemorragia digestiva Síndrome nefrotica sulfametoxazol

Corticoides

Aporte calórico excessivo

Desidratação

Hipoperfusão renal

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DIAGNÓSTICO• Cálculo de Taxa de Filtração Glomerular (clearence de

creatinina): Em ml/min/1,73m2

• Formula de Schwartz= K x estatura em cm + creatinina(mg/dl)

• K= 0,31 para prematuros, • 0,33 para lactentes desnutridos• 0,45 para Rn e lactentes eutróficos• 0,55 para crianças e meninas adolescentes• 0,7 em meninos adolescentes

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DIAGNÓSTICO

CLEARENCE DE CREATININA (ml/min/1,73 m2)

IDADE FAIXA NORMAL MÉDIA

0 A 7 DIAS 16 a 66 41

8 DIAS A 2 MESES 25 a 107 66

2 A 24 MESES 60 a 132 96

2 A 12 ANOS 89 a 177 133

ADOLESCENTE FEMININO

90 a 162 126

ADOLESCENTE MASCULINO

91 a 189 140

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ACHADOS DO SEDIMENTO URINARIO

CILINDROS PATOLOGIAHialinos Fracasso renal agudo

funcionalGranulosos E

Cell epiteliais do túbuloNTA

Hemáticos GMN ou VasculitisLeucocitos e piúria Nefropatía Tubulointersticial

Eosinofilicos Nefrite por hipersensibilidade

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DIAGNÓSTICO• N, K, Cl, Mg, gasometria

venosa

• Problemas mais frequentes

1. Hiponatremia dilucional

2. Hiperpotassemia

3. Acidose metabólica

4. Hiperfosfatemia

5. Hipocalcemia

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MARCADORES RENAIS PRECOCES

• Cistatina C eleva de 1 a 2 dias antes da creatinina

• Lipocalina associada a gelatinase neutrofilica (NGAL)

Aumenta tanto no sangue, quanto na urina 2 a 6 h após lesão isquemica, útil pacientes graves.

• C3 e C4 Ajuda a definir etiologia->origem renal, C3 baixo em 90% casos de Gnda, nefrite do lúpus e na membranoproliferativa.

• Densidade urinária• Incapacidade de concentrar urina->IRA.

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EXAMES COMPLEMENTARES E ACHADOS

• Radiografia de Tórax Edema pulmonar, cardiomegalia por congestão, consolidações e infiltrados

• Hemograma e plaquetas Anemia dilucional moderada maioria dos casos, anemias graves no caso de lúpus, sindrome hemolítico urêmico(por hemólise). • Pesquisa de causa primária anticorpo antinuclear, anti-dna, sorologia hepb

• Biopsia renal Casos duvidosos

• Fração de excreção de sódio e ureia Ajuda diferenciar disfunções renais e pré renais

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Exames de imagens ajudam a identificar ira por obstrução de vias urinárias e identificar sinais de

IRC(rins pequenos)

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DIFERENCIAÇÃO LABORATORIAL ENTRE I.RENAL E PRÉ-RENAL

• Utiliza1. Densidade urinária

2. Fração de excreção de sódio

3. Osmolaridade urinária

4. Índice de falha renal

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Fração E.Na = Na Urina X Creatinina plasmática x 100(Cr urina x Na plasmático)

IFR= Índice de falha renal IFR = (Na urina x Cr plasma)x 100

(Cr urina )

DIFERENCIAÇÃO LABORATORIAL ENTRE OLIGÚRIA RENAL E PRÉ-RENALl

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DIFERENCIAÇÃO LABORATORIAL ENTRE

I.RENAL E PRÉ-RENAL

PRE-RENAL RENAL POS-RENAL

Na urina (mEq/L)

<20 > 40 >40

FENa<1 >2 >2

IFR<1 >2 >2

OSMOLARIDAD URINARIA

> 500 <300 < 400

Cr Urina/ Cr plasma

> 40 <20 < 20

Ureia/Cr plasma >20 < 10 – 20 < 10 – 20

Densidade urinaria

> 1.015 <1.015 <1.015

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RIFLE

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IRA VS. IRC

NORMAL IRA IRC

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DIAGNOSTICO DIFERENCIAL IRA

Elevação dos Produtos Nitrogenados

Rins pequenosCre <0,5 mg/dl/d

Cre. previa elevada

Rins pequenosCre >0,5 mg/dl/d

Cre. previa elevada

Rins norm ou grandesCre >0,5 mg/dl/d

Cre. previa normal

1°: IRC, IRA, IRC reagudizada?

IRC Enf. previa

IRA sobre IRC IRA

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TRATAMENTO1. Medidas gerais

2. Restrição Hídrica

3. Nutrição

4. Ajuste de dose de medicamentos

5. Correção de distúrbios eletrolíticos

6. Manejo da Hipertensão

7. Hemodiálise sn

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TRATAMENTO• Medidas Gerais• Balanço hídrico e

peso a cada 12 h

• Medida rigorosa do volume urinário

• Pacientes críticos manter sonda ajuda monitorização

• Restrição Hídrica• Se houver congestão

e oliguria associada

• Nutrição• Oferecer calorias

suficientes com o menor aporte hídrico

• Se o aporte for menor que 60 kcal/kg, ocorre ocorre catabolismo que contribui para uremia acidose e hiperpotassemia

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TRATAMENTO

• Correção de distúrbios eletrolíticos a seguir>>>

• Ajuste de dose de Medicamentos

• Quando disfunção não for rapidamente revertida

• Avaliar causas que podem ser facilmente revertidas por reposição volumétrica

• 20ml/kg quantas vezes necessitar

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MANEJO DAS COMPLICAÇÕESSODIO

Hiponatremia é dilucional e sua correção depende da restrição hídrica.

Se hiponatremia severa com sintomas neurológicos: letargia, irritabilidade, convulsões deve se corrigir com NaCl 3% EV en 60 a 120 minutos

Déficit de Na (mEq) = (125 – Na atual) x 0.6 x peso (kg)

tto é perigoso em pacientes com sobrecarga hídrica (ICC, HTA) e so se deve iniciar desde que se inicie a DIALISE

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MANEJO DAS COMPLICACÕESPOTASSIO

Leve (5.5 -6.5 mEq/L)

Moderado(6.5 -7.5 mEq/L) Severo

(>7.5 mEq/L)(Resina de troca)

Sulfato de poliestireno de cálcio-Sorcal

Dose 0,5-1g/kg/dose

Gluconato de calcio

Sorcal

Diálise urgente

Bicarbonato de sodio

Solução Polarizante

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Olho: ondas T apiculadas no ECG hiperpolarização das membranas realizar terapia agressiva

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MANEJO DAS COMPLICAÇÕESCALCIO E FOSFORO

Hipocalcemia Geralmente associado a hiperpotassemia corrigir com bolus de cálcio 0,6ml/kg de gluconato de cálcioEvitar dar cálcio se fosfato >7..formação complexos Ca-P

Relação Ca x P < 60 carbonato de Ca: 50 -150 mg/kg

Relação Ca x P > 60 Quelantes de fosfatos: hidróxido de Aluminio:

1cc/kg/dia• Hiperfosfatemia:

Exige restrição de fosfatos por via oral ou na nutrição parenteral e uso de carbonato ou acetato de calcio como quelante do fosforo

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MANEJO DAS COMPLICAÇÕESACIDOSE METABÓLICA

• Mais bem tratado por dialise pelo risco de piora da congestão

• Correção aguda e rápida agrava a hipocalcemia e pode piorar congestão

• Pode ser feita correção aguda caso bicarbonato<12mEq/l

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• Diuréticos podem ser eficazes se há hipervolemia

• Bloqueadores de cálcio como nifedipina(dose oral ou sublingual de 0,25mg/kg/dose)

• Inibidores de ECA como Captopril são drogas mais usadas

• Alternativa labetol ou esmolol

• Nitroprussiato (0,5-0,8 ug/kg/minuto) reservado casos graves

(repercussão neurológica ou cardiopulmonar)

MANEJO DAS COMPLICAÇÕESHIPERTENSÃO

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HEMODIÁLISE• TIPOS• Hemodiálise de Urgência Seções com duração média de 2 a 8 h, medida rápida e eficaz para corrigir a hipervolemia, dist.eletrolíticos, uremia.

• Hemodiálise continua Utilizados em pacientes críticos em uti

• Diálise peritoneal de urgência Principal alternativa na IRA do RN e pode usar qualquer idade.

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HEMODIÁLISE• Indicações1. Oligúria ou anúria resistente a animação volumétrica

e diuréticos2. Hiperpotassemia grave, >7mEq/l3. Hipervolemia e congestão grave4. Uremia Grave com sinais de

encefalopatia(convulsões, etc)5. Hiponatremia grave6. Hipocalcemia grave7. Acidose grave em hipervolêmicos8. Hiperuricemia9. Intoxicações específicas10.Síndrome hemolítico urêmica

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BIBLIOGRAFIA• Sociedade Brasileira de Nefrologia, Diagnóstico, Prevenção e Tratamento da Insuficiência

Renal Aguda, 2001

• KLIEGMAN, Robert M. et al. Nelson Tratado de Pediatria, tradução de Alexandre Vianna Aldighieri Soares. et al.18.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009

• Machado Souza Freire. Kenia. et al.Lesão renal aguda em crianças: incidência e fatores prognósticos em pacientes gravemente enfermos. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(2):166-174

• Andreoli SP. Acute kidney injury in children. Pediatr Nephrol. 2009;24(2):253-63.

• Liberato Bresolin N, Toporovski J. Insuficiência renal aguda na sepse. Arch Latinoam Nefrol Pediatr. 2005;5(3):164-72

• Nguyen MT, Devarajan P. Biomarkers for the early detection of acute kidney injury. Pediatr Nephrol. 2008; 23(12):2151-7.

• Google imagens• CUBA GARCIA, MIRIAM VIOLETA MORAN SOLANO, CESAR MARTIN. INSUFICIENCIA RENAL AGUDA.

PEDIATRIA

CUBA GARCIA, MIRIAM VIOLETA

MORAN SOLANO, CESAR MARTIN

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