52
Intervenção em grupos particularmente vulneráveis António José Lopes de Almeida (Portugal) |Enfermeiro; Mestre em Enfermagem| Enfermeiro – Unidade de Cuidados Intensivos de Neurocríticos no Hospital de São José – Lisboa Professor Assistente – Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL) Vice-Presidente - Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) 22 de maio de 2015

Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

António José Lopes de Almeida (Portugal)|Enfermeiro; Mestre em Enfermagem|

Enfermeiro – Unidade de Cuidados Intensivos de Neurocríticos noHospital de São José – Lisboa

Professor Assistente – Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL) Vice-Presidente - Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI)

22 de maio de 2015

Page 2: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Por onde começar?

Page 3: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis
Page 4: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Conceito de vulnerabilidade

Vulnerabilidade = vulnerável

São termos empregados para designar suscetibilidade das pessoas a problemas ou danos

Page 5: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Conceito de vulnerabilidade

“Vulnerabilidade expressa de um modo geral a possibilidade de alguém ser ferido. Ser vulnerável significa estar suscetível a sofrer danos”

Morais, I. (2010)

Page 6: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis
Page 7: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Vulnerabilidade provocadaDesigualdade e opressão ao poder

Quem detêm o poder

Quem se submete ao poder

Page 8: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

As dimensões de vulnerabilidade

Ind

ivid

ual • Todos os

indivíduos são suscetíveis aos fatores de risco

• Quantidade e qualidade de informação que os indivíduos dispõem sobre os fatores de risco

Soci

al • O acesso à

informação, ao conteúdo e à qualidade dessa informação, os significados que estas adquirem perante os valores e interesses das pessoas

• Aspetos sociais devem ser incorporados nas análises de vulnerabilidade

polí

tica

ou

in

stit

uci

on

al• A vida das pessoas

nas sociedades está sempre mediada pelas diversas instituições sociais: famílias, escolas, serviços de saúde, etc.

• É necessário que existam esforços institucionais para as pessoas para não se expor aos fatores de risco e de se proteger dos seus danos

Page 9: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Variáveis das dimensões de análise da vulnerabilidade

Individual Social Politica/InstitucionalValoresInteressesCrençasDesejosVolição

ConhecimentosAtitudesComportamentosRelações familiaresRelações de amizade

Relações afetivo-sexuaisRelações profissionaisSituação materialSituação psico-emocionalSituação físicaRedes e suportes sociais

Normas sociaisReferências culturaisRelações de gêneroRelações de etniaRelações entre gerações

Normas e crenças religiosasEstigma e descriminaçãoSalários

Suporte socialAcesso à educaçãoAcesso à justiçaAcesso à cultura, lazer, desportoAcessos aos MídiasLiberdade de pensamento e expressãoParticipação politicaExercício de cidadania

Compromisso político dos governosDefinição de políticas específicasPlaneamento e avaliação das políticasParticipação social no planeamento e avaliaçãoRecursos humanos e materiais para as políticas

GovernabilidadeControlo socialSustentabilidade politicaArticulação multissetorial das açõesAtividades intersectoriais

EquidadeAbordagens multidisciplinaresIntegração entre tratamento, prevenção e promoçãoPreparação técnico-científica dos profissionais e equipasCompromisso e responsabilidade dos profissionaisRespeito, proteção e promoção dos direitos humanosParticipação comunitária na gestão dos serviçosPlaneamento, supervisão e avaliação dos serviçosResponsabilidade social e jurídica dos serviços

Page 10: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

“Theoretical Nursing Development and Progress”

(1985, 1991, 1997, 2004, 2006)

Mais de 150 artigos publicas em revistas no âmbito das Ciências Sociais, Enfermagem e

Medicina

Page 11: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

O processo de transição“ Envolvem a ocorrência num período de transição e têm um sentido ou momento”

Meleis et al 1994 (krall et al 2006)

“Passagem de uma fase da vida para outra, de uma condição ou estado de vida para outro”

Meleis et al (2000)

“A transição refere-se a ambos os processos e o resultado de uma complexa interação pessoa-ambiente”

Meleis et al (1994)

Page 12: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

O processo de transição

A vulnerabilidade, como condição ontológica, pode ser agravada pela vivência do processo de transição

Page 13: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Vulnerabilidade acrescida em saúde: Aqueles que estão suscetíveis a desenvolver problemas de

saúde devido à sua condição sociocultural, limitação económica, marginalização e/ou características pessoais tais como idade, género ou situações de doença.

Chesnay e Anderson (2011)

Identificação dos problemas da

situação

Planeamento e intervenções na

solução dos problemas

identificados

Diminuição das situações de

vulnerabilidade acrescida presente na

família

Page 14: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis
Page 15: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Análise de uma Situação de Cuidados: “Joana”

Page 16: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Análise de uma Situação de Cuidados: Joana

• “Joana” de 15 anos com o diagnóstico de Leucemia Mieloide

Aguda;

• Internada nos cuidados intensivos de um Hospital Central de

Lisboa;

• Situação de prognostico reservado com futuras complicações;

• Joana e os pais recusavam a entubação orotraqueal;

• Presença de um dos pais 24 horas por dia.

Page 17: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Análise de uma Situação de Cuidados: Joana

• Necessitou de ser traqueotomizada;

• Períodos de instabilidade hemodinâmica;

• Situação degrada-se;

• Vivências intensas de esperança e desespero;

• Joana falece, ao final do sexagésimo terceiro dia de

internamento.

Page 18: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Questões éticasTrabalho em

equipaFamília

Nursing as caring

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 19: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 20: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

1. Dificuldade na comunicação e falta de

conhecimento

2. Experiências físicas assustadoras

3. Extrema dependência

4. Privação de sono/alteração do padrão

5. Medo/ansiedade

6. Alterações cognitivas

7. Dor e desconforto

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 21: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

1. Dificuldade na comunicação e falta

de conhecimento: Informar adequadamente a família sobre a

situação clinica da Joana e esclarecer dúvidas. A presença dos pais como fonte de uma

facilitação na comunicação com a Joana

2. Experiência físicas assustadoras: Tentar minimizar as “dores sentidas” pelas

intervenções invasivas

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 22: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

3. Extrema dependência: O internamento, a perda de autonomia nas

atividades de vida diária, promover a autonomia dentro das possibilidades;

Encontrar meios auxiliares para proporcionar conforto e minimizar a agressividade de um

internamento.

4. Privação do sono / alteração do

padrão: Ter em atenção volumes de alarmes, se possível

manter a visualização do dia e da noite (através de janela) e se for desejo da Joana manter um

relógio.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 23: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

5. Medo/ ansiedade: Dar espaço para a Joana e a sua família

expressarem os seus medos e ansiedades; Vigiar estado emocional.

6. Alterações cognitivas: Alertar que devido à medicação existe a

possibilidade de alterações do comportamento/resposta da Joana

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 24: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Experiências Adversas

7. Dor/desconforto:

Explorar formas de diminuir a dor e desconforto sentidas durante o internamento

Comunicar com os pais e a Joana, afim de estabelecer o melhor plano de cuidados.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 25: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 26: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

• Problema• Situação clínica da paciente agrava-se;• Necessidade de proceder à entubação orotraqueal

e outras técnicas invasivas;• Recusa de entubação orotraqueal pela paciente e

família.

• Dilema • Proceder à entubação orotraqueal da paciente

assegurando a sua ventilação ou respeitar a sua vontade de não ser entubada?

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 27: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

• Legal : Agir

• Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos - art.º

150º C.P.

Pressupostos:

• Qualificação do agente

• Intenção terapêutica

• Indicação médica

• Realização segundo as legis artis

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 28: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

• Legal : Não Agir

• Intervenção médica arbitrária - Art.º 156º do C.P.

A recusa de tratamento por parte do paciente deve ser respeitada, protegendo o direito à autodeterminação da pessoa.

“Direito a dispor do corpo e da própria vida”

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 29: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

Ético:

• Princípio da Beneficiência• “Promover o Bem”; • dever de cuidar; • dever de advogar defendendo os direitos dos que

são incapazes ou temporariamente inaptos para se defenderem.

• Princípio da Autonomia• Respeitar a vontade do paciente.

Informar o paciente /família convenientemente

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 30: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

• “Os menores devem ser informados, na medida do possível,

dos atos ou exames necessários ao seu estado de saúde, em

função da sua idade e capacidade de compreensão, com

prévia e indispensável informação aos seus representantes

legais, que darão ou não o seu consentimento.”

Carta dos Direitos do Paciente Internado

• Obtenção do Consentimento INFORMADO• Simplicidade;• Suficiência;• Esclarecimento.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 31: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Considerações éticas

• Os pais de Joana tinham um papel ativo no plano

de cuidados e na tomada de decisão.

• Princípio da Confidencialidade

• Princípio da Veracidade

• “O paciente internado tem direito à privacidade

na prestação de todo e qualquer ato clínico.”

Carta dos Direitos do Paciente Internado

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 32: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Trabalho em equipa

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 33: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Trabalho em equipa

“Uma equipa de trabalho (grupo formal) distingue-se

de um grupo de amigos (grupo informal) pelo facto de os

seus membros desempenharem funções de trabalho

interdependentes e partilharem a responsabilidade

por resultados específicos nas suas organizações.”

Ferreira (1996)

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 34: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Trabalho em equipa

“As principais vantagens (…) prendem-se com a criação

de soluções mais criativas e mais eficazes na tomada de

decisão e, devido ao estabelecimento de

relacionamento informal que é fonte de suporte social

e de motivação (…)

Ferreira (1996)

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 35: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Trabalho em equipa

• “É necessário preparar as enfermeiras para interagirem com os

pais, bem como, conhecer a família como um todo, pois o

cuidado integral inclui a família (…).”

• “Por outro lado, identificam o médico com facilidade, pois é

sempre o mesmo que atende seus filhos e passa as informações

que desejam saber. Assim, percebemos que há uma necessidade

das enfermeiras se identificarem melhor, serem mais incisivas

na forma de falar com os pais.”

Kamada (2006)

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 36: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Trabalho em equipa

• “(…) é difícil lidar com a morte e informar a família.“

• “(…) a equipe não oferece suporte às necessidades

emocionais da família, transformando a experiência de

internação em UTI num processo negativo e frustrante.”

Leite e Carvalho (2005)

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 37: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Família

“A família é quem seus membros dizem que são.”

WRIGHT (2002)

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 38: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Família

A Enfermagem e a atenção à família

• Necessidades na atenção à família:

informação, apoio/suporte, referenciação,

comunicação.

• O processo de comunicação como recurso de suporte à

família

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 39: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Família

A enfermagem e a interação com a família:

Conhecer a família;

Mostrar disponibilidade;

A complexidade da relação com a família;

O cuidar de enfermagem é também o cuidar da

família;

Família como parceira de cuidados;

Objetivos a atingir com a família.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 40: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Família

As Barreiras à comunicação e o aporte das técnicas de comunicação

“Os enfermeiros utilizam técnicas de comunicação terapêutica...”

Riley (2004)

Técnicas de Comunicação:

“Escuta”, “Silêncio”, Orientação”, “Comentários abertos”, “Redução da Distância”, “Consideração”,

“Recapitulação”, “Reflexão”, “Clarificação”, “Validação consensual”, “Focalização”, “Síntese”, “Planificação”

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 41: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Família

Phaneuf (2005) adjetiva assim a forma de se exprimir da Enfermagem:

“simples”;“clara”;“breve”;

“apropriada ao tempo e às circunstâncias”; “adaptável às reações...”.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 42: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis
Page 43: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 44: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

“Cuidar, prestar cuidados, tomar conta, é primeiro que tudo,

um ato de VIDA, no sentido de que representa uma variedade

infinita de atividades que visam manter, sustentar a VIDA e

permitir-lhe continuar e reproduzir-se. Ao cuidar, não

podemos pois fugir à questão: mas que vida se sustenta? E a

que preço? Para que razão de existir? Cuidar é um ato

individual que prestamos a nós próprios desde que

adquirimos autonomia mas é, igualmente um ato de

reciprocidade que somos levados a prestar a toda a pessoa…”

(Collière, 1999)

 

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 45: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

Os familiares de paciente crítico precisam de informações.

O Pode ser muito assustador para os amigos e para a família serem confrontados com um familiar internado numa unidade de cuidados intensivos.

O Naturalmente, eles têm muitas perguntas sobre o porquê e o que está a acontecer.

O Apenas as mudanças no estado do seu familiar são importantes.

O É importante identificar e apoiar os familiares destes pacientes.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 46: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

Tecer laços de confiança

O Processo impregnado de todas aquelas “pequenas coisas”

que constituem os Cuidados de Enfermagem fundados no:

O Respeito pela pessoa e que permita caminhar com ela;

O Ter uma palavra ou um sorriso;

O Ter disponibilidade o estar presente saber escutar;

O Identificar inquietações .

Diminuir a ansiedade do paciente e da família.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 47: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

Uma permanência dos pais 24h por dia é:

▫ Cuidar da filha;

▫ Cuidar dos pais;

▫ Envolver nos cuidados;

▫ Sentirem-se úteis;

▫ Oferecer um cadeirão para pernoitarem, roupa para se taparem

e pedir-se uma ceia com os seus nomes, não era mais do que

aceita-los como um “prolongamento” da Joana e nossos

parceiros no cuidar;

▫ Ao estarem envolvidos nos cuidados mais facilmente puderam

aceitar todo o processo que se foi desenrolando até à morte da

Joana.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 48: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Experiências Adversas

Considerações éticas

Trabalho em equipa

Família

Nursing as caring

Nursing as caring

Apesar de a morte ser “companheira” na nossa

profissão, não é fácil lidar com ela nem aceitá-la. É a

revolta de investir, e ver alguém “partir” sem nada mais se

poder fazer, é o não saber como agir perante a família que

perde o seu familiar.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE ACRESCIDA

Page 49: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

• Ser suscetível a tensões e injustiças sociais

• Seu interior pode ser objecto de instrumentalização sectário

• Devido a sua mente frágil

• Sujeito a adoecer, a sofrer a dor e incapacidade

fisicamente psicologicamente

socialmenteespiritualmente

Torralba Fr (1998)

Page 50: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis
Page 51: Intervenção em grupos particularmente vulneráveis

Estar vivo é estar em “perigo”,é estar vulnerável!