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Meningite Tuberculosa Jefferson Lennard de Araújo Santos

Meningite tuberculosa

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Informações sobre a Meningite Tuberculosa, sintomas, prevenção e dicas

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Meningite Tuberculosa

Jefferson Lennard de Araújo Santos

Sobre a doença

• Meningite tuberculosa é uma infecção grave que ocorreno sistema nervoso central e tem como causador oMycobacterium tuberculosis, um bacilo que tem comomeio de dispersão o ar.

• É uma das complicações mais graves da Tuberculose. Oseu quadro clínico costuma ser de inicio lenta e seussintomas se apresentam paulatinamente, porém podemvim de modo abrupto, marcado pelo surgimento deconvulsões. A fala, o espirro e, principalmente, a tossede um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lançano ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seuinterior o bacilo.

.

Além do homem, há outros animais que

servem também de reservatório, com

destaque ao boi. Já começa daqui um dos

cuidados a serem tomados em relação ao

meio ambiente. Com a finalidade de ingerir

carnes não contaminada e que também nãohaja a transmissão de pessoa à pessoa.

• Portanto, deve-se procurar transmitir à população as causas

e consequências da doença e procurar sempre analisar com

o fator moradia da pessoa, para agregar informações

referentes de como se dá o comportamento da família do

infectado ou de simplesmente evitar que haja um.

Divisões Sintomatológicas

Na Meningite Tuberculosa não tratada, classicamente o curso da

doença e dividido em três estágios:

Estágio I - Em geral, tem duração de 1 a 2 semanas,

caracterizando-se pela inespecificidade dos sintomas, podendo

ocorrer febre, mialgias, sonolência, apatia, irritabilidade, cefaleia,

anorexia, vômitos, dor abdominal e mudanças súbitas do humor,

sintomas comuns a qualquer processo inespecífico. Nessa fase, o

paciente pode encontrar-se lúcido e o diagnóstico geralmente é

estabelecido pelos achados ligúricos.

Estágio II - Caracteriza-se pela persistência dos sintomassistêmicos e pelo surgimento de evidências de dano cerebral(sinais de lesão de nervos cranianos, exteriorizando-se porparesias, plegias, estrabismo, ptose palpebral, irritaçãomeníngea e hipertensão endocraniana). Nessa fase, algunspacientes apresentam manifestações de encefalite, comtremores periféricos, distúrbios da fala, trejeitos e movimentosatetoides.

Estágio III ou período terminal - Ocorre quando surge odéficit neurológico focal, opistótono, rigidez de nuca,alterações do ritmo cardíaco e da respiração e graus variadosde perturbação da consciência, incluindo o coma. Emqualquer estagio clínico da doença, pode-se observarconvulsões focais ou generalizadas.

Mycobacterium tuberculosis é um aeróbio

obrigatório. Por esta razão, no caso clássico de

tuberculose, complexos MTB são sempre

encontrados nos lobos superiores bem arejados dos

pulmões. A bactéria é um parasita intracelular

facultativo , geralmente de macrófagos , e tem um

tempo de geração lenta , 15-20 horas . Esse ataque

ao macrófagos é uma característica fisiológica que

contribui para a sua virulência .

A sua evolução demorada é um dos fatores que a

diferencia de outros tipos de meningite. Além desse fato

e da mortalidade bem elevada, a doença apresenta

alterações do LCR (líquido cefalorraquidiano) e o

tratamento menos eficaz, com um maior número de

sequelas

A figura histológica mostra osbacilos álcool-ácido resistentesda tuberculose em coloraçãoavermelhada.

Técnicas de Identificação

• Pode-se utilizar a Tomografia Computadorizada (TC) ou

mesmo a Ressonância Magnética (RM). A TC é um

método que se tornou bastante acessível na atualidade,

apresentando algumas facilidades que ajudaram na sua

ampla difusão. Trata-se de um exame de execução

rápida, o que facilita a avaliação de pacientes com

quadros confusionais e de agitação psicomotora.

Permite uma adequada análise das cavidades

paranasais e mastóides facilitando a detecção de lesões

inflamatórias que por extensão direta possam acometer

o encéfalo.

A RM sem dúvida representa um grande avanço na

neurorradiologia. A resolução de imagem associada

à sua capacidade multiplanar implementaram

bastante o diagnóstico das afecções neurológicas,

incluindo as lesões inflamatórias/infecciosas do

sistema nervoso. É um método altamente sensível

às alterações do conteúdo hídrico do tecido

encefálico, condição quase que invariavelmente

presente nessas afecções.

A RM é o melhor método

para a demonstração de

cistos intraventriculares e

neste caso evidencia um

volumoso cisto no IV

ventrículo que obstrui a

circulação liquórica.

• Toda essa análise tem que está em perfeita harmonia

com as análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), já

que alterações na sua constituição e nos elementos que

o compõem dão indicador se está havendo meningite

tuberculosa ou não, ou mesmo se é outro tipo de

doença; como por exemplo nos testes envolvendo a

quantidade de cloro no líquido, no qual há diminuição da

sua quantidade. O mesmo vale para a glicose presente

no LCR

Sua relação com o Meio

• A Meningite Tuberculosa não sofre variaçõessazonais e sua distribuição não é igual em todosos continentes. A doença guarda íntima relaçãocom as características socioeconômicas,principalmente naqueles países onde apopulação está sujeita à desnutrição e àscondições precárias de habitação. Com relaçãoà faixa etária, o risco de adoecimento é elevadonos primeiros anos de vida, muito baixo naidade escolar, voltando a se elevar naadolescência e no início da idade adulta.

• Os indivíduos HIV (+) também têm um maior risco de

adoecimento. A incidência de Meningite Tuberculosa é

indicador epidemiológico importante de uma região, pois

guarda estreita correlação com a incidência de casos

bacilíferos na população adulta, além de indicar baixas

coberturas vacinais com BCG.

• Mas por que mesmo a incidência é menor quando está na fase de

infância?

Pelo fato de a meningite bacteriana em crianças com 2 meses a 12

anos de idade ser geralmente causada por Streptococus

pneumoniae, Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae tipo

b.

Portanto, quando houve a implementação de imunização universal

contra esta última bactéria, começando com cerca de 2 meses de

idade, a incidência de meningite por H. influenzae tipo b caiu

rapidamente. A idade mediana de meningite bacteriana nos Estados

Unidos aumentou de 15 meses em 1986 para 25 anos em 1995.

Com isso, a meningite agora é mais comumente

causada por S. pneumoniae e N. meningitidis.

• Isso pode mostrar um balanço em relação ao número de

casos da doença com a faixa etária da pessoa para ter

um ideia de como foi medicada sua prevenção contra o

agente bactericida e dá um norte em relação às medidas

a serem tomadas para a prevenção e vacinação da

comunidade

Medicamentos

• O esquema preconizado para casos da forma

meningoencefálica em adultos e adolescentes consiste em

doses fixas combinadas por nove meses, sendo dois meses

de RHZE ( Rifampicina -R, Isoniazida -H e Pirazinamida –Z eEtambutol –E ) seguidos de sete meses de RH em doses que

variam conforme o peso.

• O esquema preconizado para casos da forma

meningoencefálica em crianças (menores de 10 anos de

idade) consiste em doses fixas combinadas por nove meses,

sendo dois meses de RHZ seguidos de sete meses de RH

em doses que variam conforme o peso

Referências Bibliográficas• Disponível em: < http://www.medicinapratica.com.br/tag/meningite-

tuberculosa/> Acesso em: 31 mar. 2014

• Disponível em: < http://textbookofbacteriology.net/tuberculosis.html> Acesso em: 31 mar. 2014

• Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1809/meningite_tuberculosa.htm?_mobile=off > Acesso em: 01 abr. 2014

• Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=521 > Acesso em: 31 mar. 2014

• Disponível em: <http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis/upload/118/757/silvestrecruz_mening.pdf> Acesso em: 31 mar. 2014

• Disponível em: <http://meningitesaude.blogspot.com.br/2011/12/meningite-tuberculosa.html> Acesso em: 31 mar. 2014

• Disponível em: <http://www.misodor.com/MENINGITES%20PEDIATRIA.php>

Acesso em: 01 abr. 2014