41
PATOLOGIA M.Sc. Hugo Hoffmann

PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula ministrada ao curso de nutrição do UNIVAG

Citation preview

Page 1: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

PATOLOGIAM.Sc. Hugo Hoffmann

Page 2: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

ADAPTAÇÕES DO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO

CELULARES

Page 3: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

As adaptações são alterações

reversíveis em tamanho,

número, fenótipo, atividade

metabólica ou funções das

células, em resposta a

alterações do seu sistema.

Tais adaptações podem

assumir várias formas

distintas.

Page 4: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Aumento do tamanho das células

que resulta em aumento do

tamanho do órgão. O órgão

hipertrofiado não possui novas

células, apenas células maiores.

O tamanho aumentado das

células é devido a síntese de

mais componentes estruturais

das células.

HIPERTROFIA

Page 5: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

RESPOSTA CELULAR AO ESTRESSE

CÉLULAS CAPAZES DE DIVISÃO

CÉLULAS INCAPAZES DE DIVISÃO

HIPERPLASIA

HIPERTROFIA

se adaptam fazendo

HIPERTROFIA

se adaptam fazendo apenas

Em muitos órgãos, hipertrofia e hiperplasia coexistem, contribuindo para o aumento do tamanho.

Page 6: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

TIPOS DE HIPERTROFIA

FISIOLÓGICA PATOLÓGICA

RESPOSTA DO AUMENTO DA DEMANDA METABÓLICA

CAUSA EFEITO

AUMENTO DA CARGA DE TRABALHO

AUMENTO DO TAMANHO DAS

FIBRAS MUSCULARES

SOBRECARGA HEMODINÂMICA CRÔNICA

CAUSA EFEITO

HIPERTENSÃO ARTERIAL OU

DEFICIÊNCIAS EM VALVAS

LESÃO OU MORTE CELULAR

(INFARTO MIOCÁRDIO)

Page 7: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Hipertrofia é o resultado do

aumento de produção de

proteínas celulares. Muito do

nosso conhecimento sobre a

hipertrofia é baseado em

estudos do coração. Nesse

órgão, ela pode ser induzida

por:

MECANISMOS DE HIPERTROFIA AÇÕES CONJUNTAS DE

SENSORES MECÂNICOS

Aumento da carga de trabalho

FATORES DE CRESCIMENTO

TGF-β = proteína que controla a

proliferação, diferenciação celular e

outras funções.

AGENTES VASOATIVOS

Ex: noradrenalina, dopamina,

adrenalina.

Page 8: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

MECANISMOS DE HIPERTROFIA AÇÕES CONJUNTAS DE

SENSORES MECÂNICOS

Aumento da carga de trabalho

FATORES DE CRESCIMENTO

TGF-β = proteína que controla a

proliferação, diferenciação celular e

outras funções.

AGENTES VASOATIVOS

Ex: noradrenalina, dopamina,

adrenalina.

Os próprios sensores mecânicos induzem a

produção de fatores de crescimento e agentes

vasoativos. Esses estímulos atuam

coordenadamente para aumentar a síntese de proteínas musculares

responsáveis pela hipertrofia.

Page 9: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Seja qual for a causa exata e o

mecanismo da hipertrofia

cardíaca, ela finalmente alcança

um limite depois do qual o

aumento da massa muscular

deixa de ser capaz de

compensar a sobrecarga.

HIPERTROFIA

Tractografia evidencia fibras miocárdicas do ventrículo

esquerdo(Cardiocore, 47:4, out.-dez. 2012, p. 162)

Page 10: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Nesse estágio, ocorrem várias

alterações regressivas nas fibras

miocárdicas, das quais as mais

importantes são lise e perda de

elementos contráteis

miofibrilares. Em casos

extremos, ocorre a morte dos

miócitos, por apoptose ou

necrose.

HIPERTROFIA

Tractografia evidencia fibras miocárdicas do ventrículo

esquerdo(Cardiocore, 47:4, out.-dez. 2012, p. 162)

Page 11: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

O resultado final dessas

alterações é a insuficiência

cardíaca, uma sequência de

eventos que ilustra como uma

adaptação ao estresse pode

progredir para lesão celular

funcionalmente significativa, se

o estresse não for aliviado.

HIPERTROFIA

Tractografia evidencia fibras miocárdicas do ventrículo

esquerdo(Cardiocore, 47:4, out.-dez. 2012, p. 162)

Page 12: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

MECANISMOS BIOQUÍMICOS DA HIPERTROFIA MIOCÁRDICA

Page 13: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

É um aumento do número de células

em um órgão ou tecido, resultando

geralmente em aumento da massa de

um órgão ou tecido. Embora

hiperplasia e hipertrofia sejam

processos distintos, frequentemente

ocorrem juntas e podem ser induzidas

pelos mesmos estímulos externos.

HIPERPLASIA

Page 14: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

HIPERPLASIA

Page 15: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Só ocorre em uma população celular

_______________ de se dividir,

aumentando, portanto, o número de

células. Existem dois tipos: fisiológica

e patológica.

( ) INCAPAZ

( ) CAPAZ

HIPERPLASIA

Page 16: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Só ocorre em uma população celular

_______________ de se dividir,

aumentando, portanto, o número de

células.

( ) INCAPAZ

( X ) CAPAZ

HIPERPLASIA

Page 17: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

TIPOS DE HIPERPLASIA

FISIOLÓGICA PATOLÓGICA

HORMONALCOMPENSATÓRI

A

AUMENTO DA CAPACIDADE

FUNCIONAL DE UM TECIDO QUANDO

NECESSÁRIO

AUMENTO DA MASSA DE UM TECIDO APÓS

LESÃO OU RESSECÇÃO

PARCIAL

Page 18: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

TIPOS DE HIPERPLASIA

FISIOLÓGICA PATOLÓGICA

HORMONALCOMPENSATÓRI

A

EX: PROLIFERAÇÃO

DO EPITÉLIO GLANDULAR DA

MAMA FEMININA NA PUBERDADE E

DURANTE A GRAVIDEZ.

INDIVÍDUOS QUE DOAM UM LOBO

DO FÍGADO PARA

TRANSPLANTE TEM-NO

RESTAURADO AO SEU TAMANHO

ORIGINAL.

EXCESSO DE HORMÔNIOS

FATORES DE CRESCIMENTO

A HIPERPLASIA ENDOMETRIAL É CAUSADA PELO ESTÍMULO POR HORMÔNIOS

HIPOFISÁRIOS E ESTROGÊNIO OVARIANO.

A “HPB” É ESTIMULADA

PELO ANDROGÊNIO.

ELA É REVERSÍVEL

QUANDO NÃO HÁ MUTAÇÕES E

O ESTÍMULO INICIAL É

REMOVIDO.

Page 19: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Doença viral que, com maior

frequência, se manifesta nos

genitais de homens e mulheres.

Estes vírus estão relacionados ao

desenvolvimento de câncer. A

transmissão se dá por contato

direto e o período de incubação é

de 3 meses.

HPV (Human Papiloma Virus)

Page 20: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Lesões múltiplas (pápulas

circunscritas), localizadas

ou difusas e de tamanho

variável. Pode também

aparecer como lesão

única.

HPV (Human Papiloma Virus)

Page 21: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

HPV (Human Papiloma Virus)

EPITÉLIO HIPERPLÁSICO

OS GENES VIRAIS ESTIMULAM A CÉLULA INFECTADA A EXPRESSAR PROTEÍNAS (FATORES DE CRESCIMENTO) QUE

ESTIMULAM A PROLIFERAÇÃO CELULAR

Page 22: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

É o resultado da proliferação de células maduras induzida

por fatores de crescimento e, em alguns casos, pelo

surgimento elevado de novas células a partir de células-

tronco teciduais.

Após a hepatectomia parcial, são produzidos no fígado

fatores de crescimento que se ligam a receptores nas

células sobreviventes e ativam as vias de sinalização que

estimulam a proliferação celular.

HIPERPLASIA

Page 23: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

Redução do tamanho de

um órgão ou tecido que

resulta da diminuição

do tamanho e do

número de células.

ATROFIA

Page 24: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

A) Cérebro normal de

adulto jovem.

B) Atrofia do cérebro em

um homem de 82 anos

com doença

cerebrovascular

artetroclerótica,

resultante da redução

do suprimento

sanguíneo.

ATROFIA

Page 25: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

TIPOS DE ATROFIA

FISIOLÓGICA PATOLÓGICA

UM PROCESSO COMUM NO DESENVOLVIMENTO NORMAL

ALGUMAS ESTRUTURAS EMBRIONÁRIAS, COMO A

NOTOCORDA, SOFREM ATROFIA DURANTE O DESENVOLVIMENTO

FETAL. O ÚTERO DIMINUI DE TAMANHO LOGO APÓS O PARTO, E ESTA É UMA FORMA DE ATROFIA

FISIOLÓGICA.

DEPENDE DA CAUSA BÁSICA E PODE SER:

LOCAL GENERALIZADA

Page 26: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

REDUÇÃO DA CARGA

DE TRABALHO

QUANDO OCORRE

ATROFIA DE DESUSO

Nos músculos esqueléticos de um paciente com repouso completo em leito hospitalar.

COMO OCORRE

A redução inicial do tamanho celular é reversível quando a atividade é iniciada. Com um desuso mais prolongado, as fibras musculares esqueléticas diminuem em número (devido apoptose), assim como em tamanho.

Page 27: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

PERDA DE INVERVAÇÃ

O

QUANDO OCORRE

ATROFIA POR DESNERVAÇÃ

O

Quando os nervos sofrem lesão celular.

COMO OCORRE

A lesão celular nos nervos causa efeito danoso no metabolismo do músculo esquelético que tem seu funcionamento normal afetado.

Page 28: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

DIMINUIÇÃO DO

SUPRIMENTO

SANGUÍNEO

QUANDO OCORRE

Em uma doença oclusiva arterial.

COMO OCORRE

A oclusão arterial se desenvolve lentamente e um dos seus efeitos é a redução do suprimento sanguíneo para um tecido e isso provocará atrofia do mesmo. Na fase adulta avançada o cérebro e o coração sofrem de atrofia progressiva, geralmente causa por arteroscleose.

Page 29: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

NUTRIÇÃO INADEQUAD

A

QUANDO OCORRE

Caquexia.

COMO OCORRE

Uma desnutrição proteico-calórica profunda está associada ao uso do músculo esquelético como fonte de energia, após a depleção de outras fontes de reserva, como o tecido adiposo.

Page 30: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

PERDA DE ESTIMULAÇÃ

O ENDÓCRINA

QUANDO OCORRE

Pós-menopausa.

COMO OCORRE

Muitos tecidos que respondem a hormônios (mama e órgãos reprodutores) dependem da estimulação endócrina para função e metabolismo normais. A perda de estimulação estrogênica após a menopausa resulta em atrofia fisiológica do endométrio, epitélio vaginal e mama.

Page 31: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

CAUSAS COMUNS DE ATROFIA

PRESSÃO

QUANDO OCORRE

Um tumor benigno em crescimento pode causar atrofia nos tecidos saudáveis circundantes, provavelmente como resultado de alterações isquêmicas causadas por comprometimento do suprimento sanguíneo pela pressão exercida da massa em expansão.

COMO OCORRE

Quando há qualquer tipo de compressão tecidual por qualquer período de tempo.

Page 32: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

ALTERAÇÕES CELULARES NA ATROFIA

IDÊNTICAS EM TODAS AS CAUSAS

DIMINUIÇÃO NO TAMANHO DAS CÉLULAS E DAS

ORGANELAS

REDUÇÃO DA NECESSIDADE

METABÓLICA DA CÉLULA O SUFICIENTE

PARA SOBREVIVER

O MÚSCULO ATRÓFICO APRESENTA MENOS

MITOCÔNDRIAS, MIOFILAMENTOS E

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

GRANULAR

Page 33: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

ATROFIA

Ao restabelecer a proporção entre a demanda metabólica

da célula e menores níveis de suprimento sanguíneo,

nutrição ou estimulação trófica, um novo equilíbrio é

alcançado.

No início do processo trófico, as células tem sua função

diminuída, mas não estão mortas. Contudo, a atrofia por

perda gradual do suprimento sanguíneo pode gerar uma

lesão irreversível e morte por apoptose.

Page 34: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

MECANISMOS DA ATROFIA

A atrofia resulta da diminuição da

síntese proteica e do aumento da

degradação da atividade metabólica

reduzida.

Em muitas situações, a atrofia é

também acompanhada por aumento da

autofagia, com aumento do número de

vacúolos autofágicos.

Page 35: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

METAPLASIA

É uma alteração reversível na qual um

tipo celular diferenciado (ex: epitelial) é

substituído por outro tipo celular.

Ela representa uma substituição

adaptativa de células sensíveis ao

estresse por tipos celulares mais

capazes de suportar o ambiente hostil.

Page 36: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

METAPLASIA

ESCAMO

SOCOLUNAR

Page 37: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

METAPLASIA

A metaplasia epitelial mais comum é a colunar para

escamosa, como ocorre no trato respiratório em

resposta à irritação crônica.

Nos fumantes habituais de cigarros, as células epiteliais

normais, colunares e ciliadas da traqueia e dos

brônquios, são, com frequência substituídas por células

epiteliais escamosas estratificadas.

Page 38: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

A) Diagrama esquemático.

B) Metaplasia do epitélio colunar

(à esquerda) para epitélio

escamoso (à direita) em um

brônquio.

METAPLASIA DO EPITÉLIO COLUNAR NORMAL PARA

EPITÉLIO ESCAMOSO

Page 39: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

METAPLASIA

O epitélio escamoso estratificado é mais resistente e,

por isso, capaz de sobreviver sob circunstâncias nas

quais o epitélio colunar especializado mais frágil teria

sucumbido.

Essa substituição tem um preço. Embora o revestimento

epitelial se torne rígido, os importantes mecanismos de

proteção contra infecções (secreção de muco e ação dos

cílios do epitélio colunar) são perdidos.

Page 40: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

METAPLASIA

A metaplasia epitelial é uma faca de

dois gumes e, na maioria das

circunstâncias, representa uma

alteração não desejada.

Além disso, as influências que

predispõem à metaplasia, se

persistirem, podem iniciar a

transformação maligna no epitélio

metaplásico.

O CÂNCER NO TRATO

RESPIRATÓRIO É COMPOSTO POR

CÉLULAS ESCAMOSAS QUE

SURGIRAM EM ÁREAS DE

METAPLASIA DO EPITÉLIO COLUNAR

NORMAL PARA EPITÉLIO

ESCAMOSO

Page 41: PATOLOGIA [002] - Adaptações do Crescimento Celular

MECANISMOS DA METAPLASIA

Não se trata de uma alteração

no fenótipo de um tipo celular

já diferenciado, em vez disso, é

resultado de uma

reprogramação de células-

tronco que sabidamente

existem em tecidos normais.

CITOCINAS (sinais químicos)

+FATORES DE CRESCIMENTO

+ COMPONENTES DA MATRIZ

EXTRACELULAR

=EXPRESSÃO DE GENES QUE DIRECIONAM AS CÉLULAS PARA UMA VIA ESPECÍFICA

DE DIFERENCIAÇÃO