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Sepse abdominal 17.06.15

Sepse abdominal

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Page 1: Sepse abdominal

Sepse abdominal

17.06.15

Page 2: Sepse abdominal

SIRS

• Duas ou mais das seguintes condições:

1) Temperatura <36°C ou >38°C

2) Respirações >20/min ou PaCO2 <32 mmHg

3) Frequência cardíaca >90/min

4) Leucócitos <4,000/mm ou

Leucócitos >12,000/mm ou

mais que 10% de bastões.

Page 3: Sepse abdominal

CONCEITOS BÁSICOS

SEPSE: SIRS NA PRESENÇA DE INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA.

SEPSE GRAVE: SEPSE ASSOCIADA A DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR OU SDRA OU DISFUNÇÃO DE 2 OU + 2 OU + SISTEMAS.

CHOQUE SÉPTICO: SEPSE COM DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR QUE PERSISTE APÓS APÓS 40ML/KG 40ML/KG DE CRISTALÓIDE.

Page 4: Sepse abdominal

CONCEITOS BÁSICOS

CHOQUE SÉPTICO REFRATÁRIO A VOLUME: SEPSE COM DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR QUE PERSISTE APÓS, PELO MENOS, 60ML/KG DE VOLUME.

CHOQUE SÉPTICO RESISTENTE A CATECOLAMINAS: CHOQUE QUE PERSISTE COM DOPAMINA = 10 MCG/KG/MIN E/OU CATECOLAMINAS DE AÇÃO DIRETA

Page 5: Sepse abdominal

DIAGNÓSTICO PRECOCE: SUSPEITAR QUANDO?DIAGNÓSTICO PRECOCE: SUSPEITAR QUANDO?

CONFIRMAÇÃO ou SUSPEITA DE INFECÇÃO ALTERAÇÕES CLÍNICAS:

• TAQUI OU BRADICARDIA• TAQUIPNÉIA• TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR > 2

seg, EXTREMIDADES FRIAS, MOTEADAS• HIPER OU HIPOTERMIA• GRADIENTE DE PULSOS CENTRAIS E

PERIFÉRICOS • OLIGÚRIA < 1ML/KG/H• ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE

CONSCIÊNCIA • PA (< P5 para idade = 70 + 2 x idade)• SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO < 92%

Page 6: Sepse abdominal

QUANDO HÁ ALTERAÇÕES CLÍNICASQUANDO HÁ ALTERAÇÕES CLÍNICAS

SUSPEITA DE INFECÇÃO ALTERAÇÕES CLÍNICAS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS:

• LACTATO (2X O VALOR NORMAL, >2 MMOL/L*)

• ACIDOSE METABÓLICA (BE < - 5MEQ/L)• SvO2 (<70%)• PO2/FIO2 < 300 OU PCO2 > 65• LEUCOCITOSE OU LEUCOPENIA/

PLAQUETAS/ TAP/ PTT (ALARGADOS)• GLICEMIA (HIPO OU HIPER)

Page 7: Sepse abdominal

LABORATÓRIO LABORATÓRIO

TRATAMENTOTRATAMENTODIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO CLÍNICOCLÍNICO

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TERAPIA GUIADA POR TERAPIA GUIADA POR METASMETAS

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2º COMPONENTE

ACESSO VASCULAR:

Weiss S.L. et al: Septic shock: Rapid recognition and initial resuscitation in children. UpToData Aug 2014. |

Page 10: Sepse abdominal

3º COMPONENTE

FLUIDO INTRA-VENOSO:

Weiss S.L. et al: Septic shock: Rapid recognition and initial resuscitation in children. UpToData Aug 2014.Dellinger RP et al: Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2012. Crit Care Med. 2013;

Page 11: Sepse abdominal

HEMODERIVADOS:

HEMOGLOBINA ALVO: > 10 G/DL DURANTE A RESSUSCITAÇÃO, SE SvO2 <70%. APÓS ESTABILIZAR, HB > 7 G/DL.

PLASMA: PARA OS CASOS DE DESORDENS DA COAGULAÇÃO (CIVD, PÚRPURA).

3º COMPONENTE

CRIANÇAS NORMOTENSAS E COM ANEMIA HEMOLÍTICA SEVERA: TRANSFUSÃO DE TRANSFUSÃO DE

HEMÁCIAS HEMÁCIAS É SUPERIOR A CRISTALÓIDES OU ALBUMINA EM BOLUS.

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4º COMPONENTE

ANTIBIÓTICOS:

Page 13: Sepse abdominal

5º COMPONENTE

AMINAS VASOATIVAS:

Weiss S.L. et al: Septic shock: Rapid recognition and initial resuscitation in children. UpToData Aug 2014.Dellinger RP et al: Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2012. Crit Care Med. 2013;

Page 14: Sepse abdominal

ALVOS DA TERAPIA GUIADA POR METAS

Dellinger RP, Levy MM, et al: Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2012. Crit Care Med. 2013; 41:580-637

Page 15: Sepse abdominal
Page 16: Sepse abdominal

Antibiótico de escolha do cirurgiãoBisturiciclina

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Sepse abdominal

• Abordagem agressiva, precisa e rápida;

• Identificação da infecção: clínica em 72% dos casos;

• Exames de imagem: 25%;

• Controle adequado do foco infeccioso é o principal fator de influência na redução da mortalidade desse tipo de paciente.

Sepse abdominal. Revista do CBC Ano I · Nº3 · Vol I Agosto de 2002

Page 18: Sepse abdominal

Caso 1

10 anos, masculino, dor mesogástrica de moderada intensidade que após 12 horas migrou para FID associado a náuseas, vômitos, alterações do hábito intestinal (constipação) e febre < 38ºC.

Page 19: Sepse abdominal

Caso 1

EF: abdome plano, sem abaulamentos, sem cicatriz cirúrgica e ausência de circulação colateral. Presença de ruídos hidroaéreos diminuído em FID. Parede abdominal tensa e dor à palpação em FID. Ausência de massas palpáveis. Timpanismo predominante à percussão. Blumberg+, Giordano -, Murphy -.Hemograma: 16.900 leucócitos 9% bastonetes

Page 20: Sepse abdominal

Hemograma: 17.000 leucócitos 7% bastonetesAmilase: 88 (VN: 20-160)EAS: LeucocitúriaRx tórax: NDNRx abdome

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Qual diagnóstico?

APENDICITE

CALCULOSE URETERAL

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

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Escore de Alvarado

Jo YH et al. The accuracy of emergency medicine and surgical residents in the diagnosis of acute . Am J Emerg Med 2010; 28: 766-770

Page 25: Sepse abdominal

Caso 2

Feminino, 47 anos, obesa, há 4 horas apresenta dor no hipocôndrio direito, tipo cólica, com náuseas e vômitos após ingesta hipercalórica. Apresentava-se clinicamente estável, sem sinais de insuficiência respiratória e de peritonite. Exames admissionais mostravam amilase: 80 UI/ml, TGO: 50 UI/ml, DLH:12 UI/l, glicose 89 mg/dl e leucócitos:8.500.

Page 26: Sepse abdominal

Qual exame seria útil ao diagnóstico?

RX ABDOME

ULTRA-SONOGRAFIA

TOMOGRAFIA

Page 27: Sepse abdominal

Caso 2

Feminino, 47 anos, obesa, há 4 horas apresenta dor no hipocôndrio direito, tipo cólica, com náuseas e vômitos após ingesta hipercalórica. Apresentava-se clinicamente estável, sem sinais de insuficiência respiratória e de peritonite. Exames admissionais mostravam amilase: 80 UI/ml, TGO: 50 UI/ml, DLH:12 UI/l, glicose 89 mg/dl e leucócitos:8.500. Constatou-se ao ultrassom de abdome superior cálculo na vesícula biliar.

Page 28: Sepse abdominal

Diagnóstico?

COLEDOCOLITÍASE

COLANGITE

COLELITIASE

Page 29: Sepse abdominal

Doença dos 5 "Fs"

• Female

• Family history

• Forty

• Fat

• Fertile

Validating the 5Fs mnemonic for cholelithiasis: time to include family history. Postgrad Med J. 2013 Nov;89(1057):638-41.

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Caso 3

Feminino, 47 anos, obesa, apresenta hoje dor no hipocôndrio direito, tipo cólica, com náuseas e vômitos após ingesta hipercalórica.

Estável, sem sinais de insuficiência respiratória. Murphy+.

Exames admissionais mostravam amilase: 80 UI/ml. 18.500 leucócitos 10% bastonetes. Constatou-se ao ultrassom de abdome superior vesícula biliar de parede espessada e colelitiase.

Page 31: Sepse abdominal

Diagnóstico?

COLECISTITE

COLANGITE

PANCREATITE

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Caso 4

Masculino, 60 anos, dor abdominal, há dois dias, difusa, associada a vômitos e febre. O paciente relata apresentar constipação crônica.

Abdome distendido, doloroso à palpação difusa, principalmente no quadrante inferior esquerdo, com dor à descompressão brusca desse local.

Leucocitose com desvio à esquerda.

Raio X de abdome agudo: não há pneumoperitônio

Page 33: Sepse abdominal

Diagnóstico?

CALCULOSE VIA URINÁRIA

DIVERTICULITE

APENDICITE

Page 34: Sepse abdominal

Doença diverticular dos colons

Page 35: Sepse abdominal

Caso 5

Masculino, 50 anos, etilista (2L de cachaça/dia) chega ao pronto-socorro com dor abdominal em epigástrio que irradia para dorso de moderada intensidade associada a vômitos e febre.

Amilase: 3.000. TGO: 300 UI/ml, DLH: 450 UI/l, glicose 220 mg/dl e leucócitos:17.500.

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Page 37: Sepse abdominal

Diagnóstico?

HEPATITE

COLITE

PANCREATITE

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Page 39: Sepse abdominal

SIRS

• Duas ou mais das seguintes condições:

1) Temperatura <36°C ou >38°C

2) Respirações >20/min ou PaCO2 <32 mmHg

3) Frequência cardíaca >90/min

4) Leucócitos <4,000/mm ou

Leucócitos >12,000/mm ou

mais que 10% de bastões.

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BISAP(Bedside Index for Severity in

Acute Pancreatitis)• B UN > 25 mg/dl

• I mpaired mental state (alteração da consciência)

• S ystemic inflammatory response syndrome (síndrome da resposta inflamatória   sistêmica

• A ge > 6o years (idade > 60 anos)

• P leural effusion (derrame pleural)

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BISAP

• Ureia no sangue >53 mg/dL (1 ponto)

• Alteração no nível de consciência com Glasgow <15 (1 ponto)

• Evidência de SRIS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica) (1 ponto)

• Idade do paciente >60 anos (1 ponto)

• Análise de imagem revela derrame pleural (1 ponto)

Page 42: Sepse abdominal

BISAP

• 0-2 Pontos: baixa mortalidade

(<2 por cento)

• 3-5 Pontos: Alta mortalidade

(>15 por cento)

Page 43: Sepse abdominal

Manejo da sepse abdominal

Tempo certo

Controle da origem infecciosa;

X

Procedimentos retardados

Incompletos

Sartelli et al. World Journal of Emergency Surgery 2014, 9:22

Page 44: Sepse abdominal

http://pt.slideshare.net/pabmorais

[email protected]