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Suporte Avançado de Vida (SAV)Dr José Alexandre Pires de Almeida
Fisioterapeuta Intensivista
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Epidemiologia
Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Epidemiologia
Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Epidemiologia
- Sobre a obrigatoriedade sobre a disposição do
Desfibrilador Externo Automático (DEA):
Rio Grande Sul (lei nº 13.109/08),
Paraná (lei nº 14.649/05),
São Paulo (lei nº 12.736/07) e
Distrito Federal (lei nº 3.585/05)
Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Epidemiologia
Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Epidemiologia
Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221
SBV e SAV
Avaliação Primária – Suporte Básico de Vida (SBV)
- Reconhecimento da PCR
- Suporte Hemodinâmico e Respiratório
Avaliação Secundária – Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Dispositivos Invasivos de VVAAs
- Acesso Venoso
- Drogas
- Desfibrilação Elétrica
- Estabilização com Vasopressores
Revisão – SBV (Cadeia de PCREH)
Revisão - SBV
Revisão - SBV
Escala de Coma de Glasgow
Parada Cárdio-Respiratória
Cessação súbita e inesperada da circulação
- Inconsciência
- Respiração Agônica (Gasping) ou Apnéia
- Ausência de Pulso nas artérias
Cadeia de PCRIH
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
De acordo com as Diretrizes dos Arquivos Brasileiros
de Cardiologia de 2013, recomenda-se e informa-se
que:
- Ênfase na realização da Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP) de boa qualidade
- Administração de Drogas vasopressoras
(epinefrina/adrenalina – também cronotrópica - e
vasopressina) e antiarrítmicas (lidocaína ou
amiodarona) EM CONUNTO não influenciam
diretamente na taxa de sobrevida hospitalar de
acordo com estudos preliminares.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Pode-se administrar epinefrina , tão logo possível,
após início da PCR devido à um ritmo não chocável.
- Caso uma via aérea avançada seja estabelecida, as
compressões torácicas devem ser aplicadas
continuamente (com frequência entre 100 e 120
compressões/minuto) e ventilações de 6 a 8
segundos.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Atropina (antiarrítmico) não é mais utilizado na PCR
em assistolia e AESP devido à falta de evidência que
comprove sua eficiência na utilização de forma
rotineira.
- Ênfase na monitorização fisiológica durante a RCP,
com o objetivo de otimizar a qualidade das
manobras e como indicador do retorno da
circulação espontânea (RCE). Ex: Pulso central ecapnografia quantitativa (ETCO₂) no caso de IOT.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Capnografia Quantitativa: em pacientes intubados, a
incapacidade de obter um ETCO₂ superior a 10mmHg
após 20 minutos de RCP pode ser utilizada como um
dos parâmetros de interrupção da RCP, não
isoladamente.
RCP de QUALIDADE
Os socorristas devem
Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min
Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5cm)
Permitir o retorno do tórax após cada compressão
Minimizar as interrupções nas compressões
Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões,
cada respiração administrada em 1 segundo, provocando
elevação do tórax)
RCP de QUALIDADE
Os socorristas não devem
Comprimir a um frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min
Comprimir a uma profundidade inferior a 5cm ou superior a 6cm
Apoiar-se sobre o tórax durante as compressões
Interromper as compressões por mais que 10 segundos
Aplicar ventilação excessivo (ou seja, uma quantidade excessiva
de respirações ou respirações com força excessiva)
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Via Aérea definitiva;
- Acesso venoso periférico e Medicação;
- Monitorização cardíaca;
- Desfibrilação.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Via aérea definitiva
Intubação Endotraqueal
Isola a via respiratória, prevenindo a aspiração de conteúdo gástrico;
Permite a ventilação com pressões menos elevadas e sem
necessidade de sincronismo.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Intubação Endotraqueal
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Logo após a intubação deve-se testar a posição do tubo
dentro da traquéia;
- Inicia-se a ausculta pelo epigástrio, segue se a do pulmão
esquerdo e depois do direito;
- Estando em posição correta, insuflar o BALONETE e fixar o
tubo endotraqueal com muito cuidado.(20-30mmHg).
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Suporte Avançado de Vida
Acesso venoso periférico e medicação
- Puncionar acesso calibroso, atentar para suapermeabilidade;
- Conectar ao acesso solução salina a 0,9%;
- Atentar para push 20 ml de SF 0,9% após ainfusão das drogas e elevação do membropuncionado.
Suporte Avançado de Vida
Acesso venoso periférico e medicação
Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Medicações
- Adrenalina ou Epinefrina: Catecolaminaendógena.
Efeitos:
Aumento da pressão arterial;
Aumento da contratilidade miocárdica;
Aumento na resistência periférica total;
Aumento do fluxo sanguíneo coronariano.
Atropina: É um fármaco parassimpatolítico.
- Efeitos:
- Acelera a frequência do Nódulo Sinusal;
- Melhora a condução atrioventricular;
- Pode restaurar o ritmo cardíaco.
- Antes indicada apenas na modalidade de assistolia e
bradicardia com atividade elétrica sem pulso, não é mais
utilizado na PCR devido à falta de evidência quecomprove sua eficiência na utilização de forma rotineira.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Suporte Avançado de Vida
- Amiodarona ou lidocaína: antiarrítmicode primeira escolha
- Dose: 300 mg EV em bolus, podendo serrepetida na dose de 150mg;
- Após retorno da circulação espontâneainiciar infusão contínua de 1 mg/Kg/h nasprimeiras 6 horas; e continuar com 0,5mg/Kg/h nas próximas 18 horas.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Bicarbonato de Sódio:
Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Bicarbonato de Sódio:
Revista Brasileira de Terapia Intensiva 377 Vol. 18 Nº 4, Outubro – Dezembro, 2006
Suporte Avançado de Vida
(SAV)- Bicarbonato de Sódio:
Revista Brasileira de Terapia Intensiva 377 Vol. 18 Nº 4, Outubro – Dezembro, 2006
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
- Bicarbonato: PCR de longa duração, em
dose - 1mEq/kg EV em bolus repetida após
10min.
- Não utilizar em conjunto com adrenalina,
atropina ou xilocaina.
- Devido a inibição desses medicamentos.
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Monitorização
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Desfibrilação
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Desfibrilação
Descarga elétrica realizada na PCR que objetiva
reorganizar o ritmo cardíaco normal, ou seja o sistema
condutor.
Assincrônica
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Desfibrilação
- Conhecer seu funcionamento e indicações é imprescindível (descarga varia de acordo com peso e altura);
- Aparelho monofásico: 360 J
- Aparelho bifásico: 200J
Suporte Avançado de Vida
(SAV) Só ocorre desfibrilação em PCR por Taquicardia Ventricular sem Pulso e
Fibrilação Ventricular!!!
Utilizar gel condutor em quantidade suficiente, para evitar queimaduras;
No momento da descarga atentar para que todos integrantes da equipe
estejam afastados do paciente, após reiniciar manobras.
TIPOS DE PCR
Tipos de PCR
(Conheça a família Pinto) Antônio Eduardo Silva Pinto
Assis
“Tá Veloz”
Flavinha
Tipos de PCR
Taquicardia Ventricular sem pulso;
Fibrilação Ventricular;
Atividade elétrica sem pulso ( AESP);
Assistolia.
AESP
Assistolia ou Parada
Cardíaca propriamente dita
AESP e Assistolia
Choque não é indicado
Por que?
Choque para o coração para reorganização da
atividade elétrica. (Nó sinusal e Nó atrioventricular)
Taquicardia Ventricular sem
pulso (excitação excessiva nó
atrioventricular): ritmo
acelerado e rítmico
Taquicardia Ventricular sem
pulso (excitação excessiva nó
atrioventricular): ritmo
acelerado e rítmico
Fibrilação Ventricular: ritmo
acelerado e desorganizado
Fibrilação Ventricular: ritmo
acelerado e desorganizado
ECG da PCR
Suporte Avançado de Vida
Medicações
Tratar ritmos com medicamentos apropriados:
Se assistolia ou AESP RCP =>Adrenalina
1mg IV a cada 3-5min e/ou atropina 1mg IV a cada 3-5minuos (máximo de 3 mg) => RCP => tratamento de fatores contribuintes
Suporte Avançado de Vida
Medicações
Se FV/TV choque => RCP => adrenalina1mg IV => choque => RCP => Antiarrítmicos(amiodarona/Lidocaína).
Injetar 20ml de solução salina apósmedicações.
Se pulso palpável, medir pressão arterial.
CARRO DE EMERGÊNCIA
CARRO DE EMERGÊNCIA
Sempre que utilizado, o carro deverá ser revisto eimediatamente reposto todo o material gasto.
- Após a utilização do carro de emergência,deve-se:
- Contar os fármacos utilizados e registar;
- Avisar a Farmácia para repor o material utilizado;
MATERIAIS QUE DEVEM ESTAR NA CAIXA DE
EMERGÊNCIA
Material de proteção;
Oxímetro de pulso;
Cânula orofaríngea( Guedel);
Bolsa valva-máscara com reservatório de O2;
Tubo endotraqueal (5,0 ao 9,0)
Cuidados Pós-PCR
Revista Brasileira de Terapia IntensivaVol. 20 No 2, Abril/Junho, 2008
Cuidados Pós-PCR Angiografia coronária de emergência: para todos os
pacientes com supranivelamento do segmento ST ou
indivíduos eletricamente instáveis , no entanto, sem
supranivelamento do segmento ST.
Cuidados Pós-PCR
Cuidados Pós-PCR
Controle direcionado da temperatura (CDT): Todos os
pacientes comatosos ou com ECG < 8 (não
responsivos) com retorno da circulação espontânea
(RCE) devem ser submetidos ao CDT, comtemperatura alvo entre 32⁰C e 34⁰C por pelo menos
24h.
Cuidados Pós-PCR
Continuação do Controle direcionado da
temperatura (CDT) após 24h: é aconselhável evitar
ativamente a febre em pacientes comatosos após o
CDT. Alguns estudos demonstraram que a febre, após
o reaquecimento com relação ao CDT, está
associada diretamente à danos neurológicos.
Cuidados Pós-PCR
Metas hemodinâmicas após a ressuscitação: é
aconselhável evitar e prevenir quadro de hipotensão
(PAS < 90mmHg e PAM < 65mmHg)
PAM: A manutenção de uma pressão mínima é
necessário para a perfusão coronariana e tecidual.
PAM = PAS + (PAD x 2)
3
Referências
Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113
Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221
Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113
CIRCULATION, GUIDELINES. 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care:
Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/vol112/24_suppl/> Acesso em 15 de Agosto de 2010.
DARLI M. C. B. e Cols. Novas Diretrizes da Ressuscitação Cardiopulmonar. RevLatino-am Enfermagem. v.16, n.6. Nov/Dez. 2008.
BORTOLOTTI,F.- Manual do Socorrista – Porto Alegre, editora Expansão Editorial.2008.
MELO M. C. B. e Cols. Atendimento à parada cardiorrespiratória: suporte progressivo à vida. Revista Médica de Minas Gerais. v. 18, n. 4, p. 267-274. 2008.
Referências
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Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/vol112/24_suppl/> Acesso em 15 de Agosto de 2010.
DARLI M. C. B. e Cols. Novas Diretrizes da Ressuscitação Cardiopulmonar. Rev Latino-am Enfermagem. v.16, n.6. Nov/Dez. 2008.
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MELO M. C. B. e Cols. Atendimento à parada cardiorrespiratória: suporte progressivo à vida. Revista Médica de Minas Gerais. v. 18, n. 4, p. 267-274. 2008.
Referências
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Currents in Emergency Cardiovascular Care. Atendimento Pré- Hospitalar ao Traumatizado - Tradução da 6ª Edição. 2005. v.16, n. 4 Dez/05 –Fev/06.
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Núcleo de Biossegurança. NUBio Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz. p.170. 2003.
SANTORO D. C. e OLIVEIRA C. M. Conduta dos enfermeiros em situação de Parada Cardiorrespiratória frente às recomendações atuais. Revista Nursing. v. 10, n. 110, p. 329 – 333. 2007.
Referências
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Agarwal DA, Hess EP, Atkinson EJ, White RD. Ventricular fibrillation in Rochester,Minnesota: experience over 18 years. Resuscitation. 2009;80(11):1253-8.
Cruz Filho FES VL. Epidemiologia da morte cardíaca súbita. In: Timerman S,Ramires JAF. (editores). Ressuscitação e emergências cardiovasculares dobásico ao avançado. Barueri: Manole; 2007. p. 42-54.
Larsen MP, Eisenberg MS, Cummins RO, Hallstrom AP. Predicting survival from out-of-hospital cardiac arrest: a graphic model. Ann Emerg Med. 1993;22(11):1652-8.
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