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Comprimidos Revestidos e Drágeas Alessandra Madril Daniela Schmalfuss Guilherme Becker Universidade Federal de Pelotas Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos Curso de Farmácia Tecnologia Farmacêutica I

Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

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Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

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Page 1: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Comprimidos Revestidos e Drágeas

Alessandra MadrilDaniela Schmalfuss

Guilherme Becker

Universidade Federal de PelotasCentro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos

Curso de FarmáciaTecnologia Farmacêutica I

Page 2: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

CONTEÚDOS

Conceitos e Definições

Vias de Administração

Vantagens e Desvantagens

Matérias-primas

Processos de Fabricação

Equipamentos

Acondicionamento

Aplicabilidade

Controle de Qualidade

Formulações 2

Page 3: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Comprimidos Revestidos

Formas Farmacêuticas

Sólidas

Granulados

Cápsulas

Comprimidos

Comprimidos Revestidos

Drágeas

Pós

3

Page 4: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Comprimidos Revestidos

4

Conceito

• Forma Farmacêutica sólida, administrada porvia oral, contendo um ou associações deprincípios ativos, dose única, obtida porcompressão, revestidos com finalidade demodificar sua liberação ou proteger o fármaco.

• Ex.: Comprimidos de Liberação Prolongada,Comprimidos de Liberação Retardada.

Page 5: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Introdução

5

Comprimido de Liberação ProlongadaComprimido de Liberação Prolongada

• Possui uma ou mais camadas de revestimento destinadas a modificar a velocidade ou extensão da liberação dos PA.

• Permite redução na frequência de doses (Posologia).

• Sinônimos: Liberação estendida, sustentada, ação prolongada, desintegração lenta, liberação gradual.

Comprimido de Liberação RetardadaComprimido de Liberação Retardada

• Possui uma ou mais camadas de revestimento destinadas a modificar a velocidade ou extensão de liberação dos PA, apresentando uma liberação retardada.

• Sinônimos: Gastro-resistentes, de Revestimento entérico, Desintegração retardada.

Page 6: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Introdução

6

Comprimido de Liberação SustentadaComprimido de Liberação Sustentada

• Liberação inicial de fármaco, suficiente para disponibilizar a dose terapêutica logo após a administração, a qual é seguida de uma liberação gradual do fármaco, por um período de tempo estendido;

Comprimido de Liberação RepetidaComprimido de Liberação Repetida

• Uma dose individual é liberada regularmente logo após a sua administração, e uma segunda ou terceira doses são subsequentemente liberadas, em intervalos intermitentes.

Page 7: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Siglas

7

Sigla Significado Exemplos

XR Extended Release (Liberação Estendida): Liberação Prolongada do fármaco.

Cipro XR, AlenthusXR

SR Sustained Release (Liberação Sustentada): Rápida liberação seguida de liberação gradual por período

prolongado.

Voltaren SR, IndapenSR

AP / LP

Ação Prolongada / Liberação Prolongada: Liberação prolongada do fármaco.

Tylenol AP, BiofenacLP

CLR Crono-Liberação Regulada Biofenac CLR

CD Controlled Diffusion (Difusão Controlada) Antipress CD

OROS Osmotic Controlled-Release Oral Delivery System (Sistema de liberação Oral Osmoticamente Controlada)

Adalat OROS

Page 8: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Revestimento de Comprimidos

8

Objetivos Proteção Física e/ou química do fármaco.

Controlar a liberação do fármaco, simplificando esquemas posológicos.

Propiciar a administração oral de fármacos lábeis frente ao pH estomacal.

Fins estéticos de marketing.

Mascarar características organoléticas desagradáveis do fármaco (Sabor, cheiro, cor).

Facilitar a deglutição.

Proteger a mucosa gástrica quando o fármaco é irritante, diminuindo irritações, náuseas e vômitos.

Page 9: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Vias de Administração

9

ComprimidosComprimidos

Via sublingual

Para Implantação

Via vaginal

Bucais

Mastigáveis

Efervescentes

Comprimidos Revestidos / drágeasComprimidos Revestidos / drágeas

Via oral

Page 10: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Via Oral - TGI

10

Local pH

Estômago vazio 1-3,2

Estômago cheio Até 6

Duodeno 5-7

Jejuno 6-7

Íleo 7-7,5

Page 11: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Vantagens e Desvantagens (Comprimidos)

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- VO Conveniente e segura;

- Precisão de Dose;

- Estabilidade Química, Física e Microbiológica;

- Boa aceitação;

- Resistência Mecânica;

- Processos Estabelecidos;

- Inviolável.

- Problemas da BD;

- Condições Especiais de Produção;

- Compressibilidade dos pós.

Page 12: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Vantagens e Desvantagens (Comprimidos Revestidos)

12

- Proteção Química e física do PA;

- Facilidade de deglutição.

- Mascarar características organolépticas desagradáveis;

- Proteção da mucosa gástrica.

- Processo de produção mais caro.

- Cuidados na administração.

Page 13: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Prospecção de Medicamentos

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Descoberta de Fármacos (Química Medicinal)

Purificação;

Cristalização.

Pó não caracterizado

Redução do Tamanho de partícula (Moagem);

Caracterização (Forma, Tamanho, Densidade).

Pó Caracterizado

Mistura com adjuvantes

Granulação/Compressão

Cápsulas;

Comprimidos;

Grânulos

Controle da Liberação

Comprimidos Revestidos;

Drágeas

Page 14: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Estudos de Pré-formulação

14

Características Organolépticas;

Pureza;Tamanho de

partícula, forma, área superficial;

Solubilidade;

Dissolução;

Constante de dissociação,

Coeficiente de partição;

Propriedades do cristal e

polimorfismo;

Estabilidade química e física;

Compatibilidade com excipientes e

materiais de embalagem;

Densidade; Higroscopia; Compressibilidade;

Fluidez; Molhabilidade.

Page 15: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Comprimidos

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Diluentes

• Material de enchimento para produzir volume, propriedades de fluxo e compressibilidade adequada.

Absorventes

• Absorção de água dos extratos ou fixação de compostos voláteis.

Aglutinantes

• Promove adesão das partículas em granulados para compressão.

Desagregantes

• Promove a desagregação e dissolução mais rápida do comprimido.

Lubrificantes

• Reduz a fricção durante o processo de compressão.

Molhantes

• Reduz a tensão superficial e interfacial. Dificulta a liberação do pó.

Tampões

• Resistência a alteração de pH.

Corantes, Edulcorantes, Aromatizantes

• Melhorar características organolépticas.

Page 16: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Comprimidos

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Lactose, Amidos, Amidos hidrolisados, Celulose Microcristalina, Derivados da celulose, Fosfato de Cálcio dibásicodihidratado, Manitol, Sorbitol, Sacarose em pó, Sulfato de Cálcio dihidratado, Dextrose.

DiluentesGoma arábica, Derivados da celulose, Gelatina, Glicose, PVP, Amido, Amido pré-gelatinizado, Alginatode Sódio e derivados, Sorbitol, Goma tragacanta.

AglutinantesAmido e derivados, Celulose e derivados, Magmas, Alginatos, PVP modificado.

Desintegrantes

Ácido esteárico e sais e derivados, Talco, Polietilenoglicóis, Tensoativos, Ceras.

Lubrificantes

Derivados da Sílica, Talco, Amido de milho.

Deslizantes

Edulcorantes naturais ou artificiais, aromas.

Corantes, aromatizantes e edulcorantes

Page 17: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

17

Características Ideias para um filme de revestimento

• Solubilidade no Solvente selecionado para preparação.

• Solubilidade necessária para o uso pretendido.

• Capacidade de produzir um produto com bom aspecto.

• Estabilidade na presença de calor, luz, umidade, ar e do substrato a ser revestido.

• Propriedades não devem alterar com envelhecimento.

• Não deve possuir cor, sabor ou cheiro.

• Compatibilidade com os excipientes mais frequentemente usados.

• Não ser tóxico nem possuir atividade farmacológica.

• Fácil aplicação.

• Resistência a fratura.

• Capacidade de ser Impresso.

Page 18: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

18

• Revestimento metálicos

• Revestimentos com polietilenoglicóis

• Revestimentos com derivados da celulose

• Revestimentos com zeína

• Revestimentos com PVP

• Revestimentos com silicones

• Revestimentos gastro-resistentes

Page 19: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

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• Revestimentos gastro-resistentes

1. Com goma laca

2. Acetoftalato de celulose

3. Ácido abiético

4. Polímeros sintéticos

5. Estearato de butilo

Page 20: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

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Revestimentos Metálicos

• Sobre comprimidos previamente revestidos sem polimento

• Finalidade de melhorar apresentação

• Metais empregados ouro e prata em folhas de soluções acéticas de gelatina, muscilagem, albumina

Revestimentos com polietilenoglicóis

• Operação muito mais rápida

• Solução alcoolica de PEG 50ºC

• Pode-se empregar coloração , desde que soluvel

• Polimento realizado com ceras

Page 21: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

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Revestimentos com derivados da celulose

• Hidroxietilcelulose 5%, em solução alcoolica 50ºC

• Mantem a forma do núcleo, sem aumentar peso (+3%)

• Carboximetilcelulose sódica + sacarose + amido + corantes secagem IV, polimento PEG3550 em clorofórmio (comp 8mm)

Revestimentos com zeína

• Zeína proteína extraída do gluten de milho

• Dissolvida em 10% de isopropanol a 91% com 3% de tween 20 a 0,03% de eritrosina

• Películas finas

• Comprimidos praticamente com mesmo peso do núcleo

Page 22: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes - Revestimento

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Revestimentos com PVP

• Polivinilpirrolidona10-20-30% em álcool absoluto ou isopropílico

• Associada a goma laca ou PEG

Revestimentos com silicones

• Protegem o núcleo contra umidade, ar etc

• Emulsão de silicone em acetona (7-1-%)

Page 23: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes – RevestimentoGastro-resistentes

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• Resistência aos meios gástricos.

• Ser suscetível e permeável ao meio intestinal.

• Compatibilidade com excipientes e fármaco.

• Devem formar filme contínuo.

• Custo reduzido.

• Facilidade de aplicação.

• Capacidade de serem impressos.

Características Ideais

Page 24: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes – RevestimentoGastro-resistentes

24

Com goma laca

• Uma das mais utilizadas

• Dificuldade de uso pela falta de elasticidade e aderência (add de gorduras)

• Vantagem econômica

• Pode causar irritações intestinais

Acetoftalato de celulose

• Dissolução no intestino após hidrólise enzimática independente de pH

• Usa-se ftalato de etilo como plastificante para não aparecer fendas

Ácido abiético

• Pode ser asssociado a éstere, ácidos graxos, e ácido benzóico

• Patentes com associação com anidrido maleico

Page 25: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes – RevestimentoGastro-resistentes

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Polímeros sintéticos

• Resinas sintéticas vinílicas e arílicas

• Verniz insolúvel em meio ácido mas facilmente solúvel em meio neutro

• Fornecidas em solução com álcool isopropílico

• 20-60 camadas

Estearato de butilo

• É hidrolisado no intestino a álcool butílico e ácido esteárico, em pqnas qde atóxico

• Drageamento por imersão em solução

• Pode add plastificante na mistura

Page 26: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes – Plastificantes

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• Plastificantes Internos: Ocorre modificação química do polímero de revestimento inicial, proporcionando propriedades físicas mais adequadas.

• Plastificantes externos: Mais frequente. São adicionados à solução de revestimento de forma a alterar a flexibilidade, força tensil ou propriedades de adesão do filme. São líquidos não voláteis ou outros polímeros.

• Exemplos: Óleo de Rícino, Propilenoglicol, Glicerina, PEG de Baixo peso molecular, Tensoativos como Tweens e Spans e ésteres de ácidos orgânicos

Page 27: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Excipientes – Opacificantes

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• Substâncias inorgânicas, finamente divididas, usadas para conferir um leque alargado de cores, melhorarem o revestimento, mascarar cor.

• Exemplos: Dióxido de Titânio, Talco, Carbonatos, Sulfatos, Óxidos e hidróxidos (Cálcio, Magnésio)

Page 28: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Processos de Fabricação

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Fárm

aco

+ E

xcip

ien

tes

Fárm

aco

+ E

xcip

ien

tes

TamisaçãoTamisação MisturaMistura

GranulaçãoGranulação

Via ÚmidaVia Úmida RevestimentoRevestimento

Via SecaVia Seca RevestimentoRevestimento

Compressão DiretaCompressão Direta RevestimentoRevestimento

1 23

4

5

Page 29: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Objetivo

•Uniformizar a granulometria Tamises;

•Uniformizar o conteúdo Misturadores (em V, em Y, Misturadores helicoidais)

Tamisação e Mistura

29

1 2

Page 30: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Objetivos

• Aumentar a fluidez da MP do alimentador da máquina de comprimir para a matriz;

• Aumentar a densidade, melhorando a compressibilidade da MP.

• Facilitar a compressão e processamento da MP.

Diferentes Processos

• Granulação Via úmida, Granulação Via seca, outras formas de granulação.

Granulação

30

3

Page 31: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

MPMP TamisaçãoTamisação MisturaMistura

AglomeraçãoAglomeraçãoGranulaçãoGranulaçãoSecagemSecagem

CalibraçãoCalibraçãoMistura c/

LubrificantesMistura c/

LubrificantesCompressãoCompressão

Granulação Via Úmida

31

3

Page 32: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

MPMP TamisaçãoTamisação MisturaMistura

CompactaçãoCompactaçãoTrituraçãoTrituraçãoCalibraçãoCalibração

Mistura c/ lubrificantesMistura c/

lubrificantesCompressãoCompressão

Granulação Via Seca

32

3

Page 33: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

MPMP TamisaçãoTamisação

Mistura c/ LubrificanteMistura c/

LubrificanteCompressãoCompressão

Compressão Direta

33

4

Page 34: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Comparação entre os processos

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Fases de Processamento

Via Úmida Via Seca Compressão Direta

Matéria-Prima • • •

Pesar • • •

Tamisar • • •

Misturar • •

Comprimir (Pastilhão) •

Massa Úmida •

Moagem •

Secagem •

Moagem • •

Mistura • •

Compressão • • •

Page 35: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Propriedades dos

Comprimidos

Composição do

Revestimento

Processo de Revestimento

Revestimento

35

5

Page 36: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Resistência a atritos e abrasão.

Não podem lascar.

Superfície resistente ao calor e material de revestimento.

Superfície lisa.

Forma: Ideal = Esférica. Devem possuir faces arredondadas e convexas.

Composição da superfície adequada ao material de revestimento ou utilização de tensoativos.

Propriedades dos Comprimidos

36

5

Page 37: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Processo de Revestimento

37

5

Princípio

• Aplicação de uma composição de revestimento a comprimidos submetidos a fluidização com uso de ar aquecido para facilitar evaporação dos solventes.

• A distribuição do revestimento é realizada pelo movimento dos comprimidos perpendicular (Bacia de revestimento) ou verticalmente (Fluidização).

Page 38: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

Sistema com Bacias Perfuradas

Sistema de Leito Fluidizado

Equipamentos

38

Page 39: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

39

• Bacia de metal circular (D= 20 a 150cm) montada num certo ângulo sobre uma base.

• Gira sobre seu eixo horizontal por impulsão de motor.

• Ar aquecido é direcionado e aplicado sobre a superfície do leito.

• Exaustão é realizada com tubos na frente da bacia.

• Soluções de revestimento são aplicadas manualmente ou por aspersão (Diminui o tempo de revestimento)

Tradicional

Page 40: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

40

Page 41: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

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• Sistema fechado.

• Bacia com defletores e um difusor que distribui o ar aquecido uniformemente sobre a superfície do leito de comprimidos.

• Maior eficiência.

Bacia de Revestimento da Pellegrini

Page 42: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Bacia de Revestimento Pellegrini

42

Page 43: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

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• Ar aquecido é introduzido através de uma lâmina perfurada que está imersa no leito de comprimidos.

• Como o aquecimento não é somente na superfície a secagem é mais adequada.

• Solução de revestimento é aplicada por um sistema de aspersão com atomização na superfície do leito.

• Maior eficiência

Sistema de Lâmina Imersa

Page 44: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Lâmina Imersa

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Page 45: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

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• Tubo é imerso no leito de comprimidos.

• O tubo distribui o ar aquecido além de possuir um sistema de aspersão da solução de revestimento.

• Aquecimento e solução são aplicados simultaneamente.

• Ar aquecido é extraído através de tubo convencional.

• Tempo de Processamento relativamente curto.

Sistema do Tubo de Imersão

Page 46: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

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Page 47: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Bacia Convencional

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Page 48: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema com Bacias Perfuradas

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• Tambor perfurado ou parcialmente perfurado que gira sobre seu eixo horizontal em um câmara fechada.

• Solução de revestimento é aplicada a superfície da bacia através de bicos de aspersão.

Geral

• Ar de Secagem é direcionado para a bacia obrigado a passar através do leito de comprimidos sendo eliminado através de perfurações no tambor.

Sistema Accela-Cota / Hi-Coater

Page 49: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema com Bacias Perfuradas

49

Page 50: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema com Bacias Perfuradas

50

• Ar quente é introduzido através de defletores ocos e perfurados que estão na periferia interior do tambor.

• À medida que a bacia roda as barras defletores permitem a passagem do ar seco através do leito de comprimidos.

Sistema Driacoater

• Diversas configurações para o movimento do ar.

• Melhora a fluidização e a secagem

Sistema Glatt

Page 51: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema com Bacias Perfuradas

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Page 52: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Variáveis do Processo

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Da Bacia

• Concepção da bacia e dos defletores.

• Velocidade e Carga da Bacia.

Ar do Processamento

• Qualidade do ar

• Temperatura

• Débito

• Equilíbrio entre entrada e saída

Aspersão

• Taxa de Aspersão

• Grau de Atomização

• Padrão de Aspersão

• Distância do bico de aspersão do leito dos comprimidos.

Page 53: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Leito Fluidizado

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• Câmara com forma de coluna com fluxo ascendente do ar de secagem, fluidizando o leito de comprimidos.

• Corrente de ar controlada.

• Solução de revestimento aspergida por bicos na parte superior ou inferior da câmara.

• Sistema de elevado impacto: Cuidado com comprimidos friáveis.

Geral

Page 54: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Leito Fluidizado

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Page 55: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Sistema de Leito Fluidizado

55

Page 56: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Variáveis do Processo

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Controle da Temperatura de Entrada e Saída do Ar

Forma dos comprimidos, tamanho, densidade, quantidade de carga

Controle do padrão de fluidização

Controle do ar de processamento

Concepção da Câmara

Page 57: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Aspersores para aplicação de soluções

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• Líquido de revestimento é bombeado a pressão elevada (250-3000 psig) através de um orifício reduzido (0,23-0,51mm de diâmetro) formando um spray finamente dividido.

• Dimensões do orifício = Sólidos suspensos devem ser moídos ou filtrados.

• Grau de Atomização e velocidade de aspersão depende: Pressão do fluido, tamanho do orifício e viscosidade do líquido.

Aspersores de Pressão Elevada

• Líquido é bombeado através de um orifício mais largo (0,51-1,52 mm de diâmetro).

• A pressão reduzida (10-100 psig) do ar atinge o líquido no bico do atomizador formando o spray.

• Grau de Atomização e velocidade de aspersão depende: Pressão do fluido, Orifício de saída do líquido e ar, viscosidade do líquido e pressão de saída do ar.

Aspersores de Pressão baixa

Page 58: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Aspersores para aplicação de soluções

58

Page 59: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Parâmetros do Processo

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Capacidade de Ar A(T,H)

• Valor que representa a quantidade de solvente que pode ser removida durante o processo.

Composição do Revestimento C(S)

• Solventes constituem maior parte na formulação da solução de revestimento.

• Deve ser facilmente e uniformemente evaporável.

Área de Superfície do Comprimido (pSA)

• Área de superfície total diminui com o aumento do tamanho dos comprimidos.

Eficiência do Equipamento (E)

• Divisão do aumento de massa do comprimido revestido pela massa de revestimento excluindo os ingredientes voláteis.

• Peliculares = 90-95%

• Drágeas = 60%

Page 60: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Equipamentos de Apoio e Instalações

60

De acordo com as BPF

Espaço adequado para preparação de solução de revestimento.

Espaço para armazenagem do produto semi-acabado.

Ventilação adequada e instalação elétrica à prova de explosão quando se trabalha com solventes concentrados.

Tratamento do ar.

Tanques para a preparação de soluções, filtros e misturadores.

Moinhos coloidal ou de bolas para triturar pós insolúveis.

Tanques com aquecimento para manter as soluções

Page 61: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Automatização

61

Page 62: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Outras Formas de Revestimento

62

Revestimento por Compressão

•Dupla Compressão. Produto acabado é um comprimido dentro de outro.

•Útil quando o núcleo do comprimido não pode tolerar solventes orgânicos ou água e necessita ser revestido.

Revestimento Eletrostático

•Aplicação de uma carga eletrostática forte.

•Material de revestimento contém íons de carga oposta a que é aspergida no substrato carregado.

•Consegue-se revestimento uniforme e completo.

Revestimento por Imersão

•Ciclos de Imersão na Solução de Revestimento e Secagem.

•Sem aplicação Industrial

Revestimento Pelicular sob vácuo

•Bacia de Revestimento em sistema fechado com aquecimento. Bombas de vácuo retiram o solvente volatilizado que é aspergido por sistemas hidráulicos.

•Sem necessidade de ar aquecido a velocidade elevada Maior eficiência e menos energia

Page 63: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Principais funções:

- proteção, assegurando a conservação até o momento da utilização;

- funcionalidade, sendo esta direcionada para facilitar o uso do medicamento;

- identificação e informação, por meio de rotulagem, bula, lote entre outros

(LEHIR, 1997)

Page 64: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Armazenamento em frascos fechados, em locais de baixa umidade e protegidos de temperaturas extremas;

• Produtos propensos a decomposição por umidade: frascos com dessecante

• Fármacos afetados pela luz: recipiente resistente à luz

Page 65: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Embalagem unitária: blíster em alumínio ou papel revestido com polietileno

• Embalagem múltipla: em tubos, frascos de vidro, polietileno ou PVC

• Podem conter gel de sílica para evitar a umidade

Page 66: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Muito semelhante ao dos comprimidos

• Considerar revestimento características próprias

Controle de Qualidade

66

Avaliação do Peso

Ensaios de desagregação

Determinação da umidade

Page 67: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Igual a comprimidos

• Verificar o peso antes do revestimento

• Verificar peso final tolerância

• Camada drageificante pode ser removida mecanicamente ou por imersão em álcool isopropílico

Controle de Qualidade

67

Avaliação do Peso

Page 68: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Para comprimidos revestidos vulgares

• Para comprimidos gastro-resistentes

• Processos in vivo

Controle de Qualidade

68

Ensaios de desagregação

Page 69: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Para comprimidos revestidos vulgares

Controle de Qualidade

69

Ensaios de desagregação

Qde

• 1 comprimido

Solvente

• Água líquido desagregação

Tempo

• 60 minutos

Qde

•6 comprimido

Solvente

•HCl 0,1N líquido desagregação

Tempo

•30 minutos

Page 70: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Para comprimidos gastro resistentes

Controle de Qualidade

70

Ensaios de desagregação

Qde

•6 comprimido

Solvente

•HCl 0,1N líquido desagregação

Tempo

•2 horas

Qde

• 6 comprimido

Solvente

• Tampão fosfato pH6,8

Tempo

• 60 minutos

Page 71: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Processos in vivo

Especialmente para comprimidos revestimento gastro-resistente

Por controle radiográfico (sulfato de bário, ácido iodoalfônico)

Velocidade de absorção ou eliminação (riboflavina)

Controle de Qualidade

71

Ensaios de desagregação

Page 72: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Controle de Qualidade

72

Ensai de desagregação

• Interesse na previsão da estabilidade• Trituração de 10 a 12 comprimidos• Proceder com mesmos ensaios descritos para pósPerda de massa ao aquecerAparelho Leymarie (arraste a vapor)Karl-FisherBalaça infravermelho

Page 73: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Exemplos de Medicamentos

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• Benegrip – Dipirona,

Maleato de clorfeniramina, Cafeína

• Aspirina – Ácido

Acetilsalicílico

Page 74: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Bacia Accela-Cota de 61cm de diâmetro com 2 defletores

• Sistema de Aspersão – Bico de Aspersão com ar atomizado com um bico de aspersão de 1mm e uma tampa de revestimento plana.

• Sistema de Bombeamento – Tanques sob pressão.

• Materiais de Revestimento

• Carga da Bacia – 12Kg de Comprimidos convexos com 12.5mm de diâmtro.

• Procedimento: Acertar a velocidade da bacia entre 12 e 15 rpm. Ajustar a temperatura de entrada de ar para que o ar de saída apresente uma temperatura de 30°C durante a aplicação da solução. Usar uma temperatura de 40-50°C para os sistemas de revestimento em meio aquoso. A pressão do ar de atomização deve ser igual a 30 a 50 psig.

1) Materiais e Equipamentos

Formulações

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Page 75: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

• Carregar a bacia com comprimidos. Montar e ajustar o bico de aspersão para aspergir sobre a meia parte superior do leito de comprimidos e o ar de atomização.

• Ligar o aquecimento, o ar de secagem, a exaustão e o ar para atomização.

• Agitar a bacia intermitentemente enquanto os comprimidos estão a aquecer.

• Quando a temperatura de exaustão atinge 30°C, iniciar aspersão.

• Aplicar 3 a 4 litros de solução corada a um débito de 70 a 100 ml/min. Diminui o débito se os comprimidos começarem a aderir.

• Aplicar 1,5 a 2,5 litros de solução transparente a um débito de 70 a 100 ml/min. Diminuir caso ocorra aderência.

• Permitir que os comprimidos sequem na bacia com ar e calor durante 5 a 10 minutos.

2) Processos

Formulações

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Page 76: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Fórmula 1 Contendo HPMC em Meio orgânico

• Hidroxipropilmetilceulose 2910 US, 15cP ------------------- 4%

• Propilenoglicol, USP --------------------------------------------1.2%

• Álcool etílico ------------------------------------------------------ 45%

• Cloreto de Metileno ----------------------------------------qs 100%

Preparação

• Polímero é adicionado gradualmente ao álcool etílico sob agitação.

• Parte do Cloreto de Metileno é adicionada para dissolver o polímero.

• Adiciona-se o Propilenoglicol e o restante do Cloreto de Metileno.

• Adição de Corantes, opacificantes ou aromatizantes insolúveis devem ser moídos previamente.

Aspersão Mecânica ou aplicação manual.

Formulações

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Page 77: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Fórmula 2 – Fórmula Gastro-resistente

•Acetoftalato de Celulose, NF -------------------------------- 5,0%

•Polietilenoglicol 8000, NF ----------------------------------- 15,0%

•Monoleato de Sorbitano, NF -------------------------------- 0,3%

•Corante amarelo, D&C verniz #5 -------------------------- 0,05%

•Dióxido de Titânio --------------------------------------------- 0,5%

•Vanilina ----------------------------------------------------------- 0,1%

•Óleo de Rícino ------------------------------------------------- 0,25%

•Álcool Etílico --------------------------------------------------- 12,0%

•Acetona --------------------------------------------------------- qs 100%

Preparação

•Acetoftalato de Celulose é dissolvida no Álcool, Monoleato de Sorbitano e parte da Acetona.

•Dióxido de Tiânio e Vanilina previamente moídos são adicionados na acetona e após à solução.

•O PEG 8000 é fundido e adicionado juntamente com o óleo de rícino à dispersão, previamente aquecida.

•Completa-se com Acetona

Adicionada manualmente ou diluída com solventes apropriados para aspersão

Formulações

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Page 78: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Orientar quanto:

Partição de Comprimidos.

Administração com alimentos.

Administração com quantidade suficiente de água.

Cuidados Farmacêuticos

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Page 79: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Drágeas

Conceito

• Comprimidos revestidos com açúcar incolor ou colorido.

Objetivos

• Proteção do fármaco do meio;

• Melhorar a aparência do comprimido;

• Permite impressão sobre comprimido;

• Barreira contra sabor e odor desagradável.

Desvantagens

• Tempo requerido e necessidade de experiência no processo;

• Aumento do tamanho, peso e custo de transporte (Até 50% mais peso e volume).

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Page 80: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Drageamento

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Impermeabilização e selagem do núcleo

Revestimento Primário

Alisamento e arredondamento

final

Acabamento e coloração

Impressão

Princípio do Drageamento

• Série de turbinas de aço inoxidável, parcialmente abertas na frente com tamanhos e capacidades diferentes. Operam em um ângulo de 40°.

• Durante operação é mecanicamente girada em velocidade moderada enquanto a solução de revestimento é aspergida. Fluxo de ar quente auxilia na secagem.

Page 81: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Impermeabilização e selagem do núcleo

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Objetivos

• Evita penetração de umidade nos núcleos.

• Necessário nos processos manuais.

• Processos por aspersão podem dispensar a camada isolante por não ocorrer sobremolhagem localizada.

Materiais de Isolamento – Geralmente alcoólicos

• Shellac: Tempo de desintegração e dissolução aumentam com o tempo devido a polimerização.

• Zeína: Obtida a partir do milho. Solúvel em álcool.

Page 82: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Revestimento primário

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Objetivos

• Arredondar arestas e aumentar o tamanho do comprimido.

Princípio

• Aplicação alternada de um xarope com aglutinante (Gelatina, Goma arábica, PVP) que adere aos comprimidos e de pós de enchimento, seguido de secagem. (3 a 5 revestimentos)

• Prossegue-se até alcançar o arredondamento e espessura aceitável.

• No processo de aspersão, as soluções e suspensões são aspergidas intermitentemente. A secagem é uma etapa crítica.

Page 83: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Alisamento e arredondamento final

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Objetivo

• Cobrir e preencher todas as imperfeições sobre a superfície do comprimido deixada pela camada anterior e conferir à drágea a cor desejada.

Princípio – 5 a 10 revestimentos

• 1°Xarope: Xarope de enchimento contendo pós suspensos. Podem ser adicionados corantes diluídos para proporcionar base de cor. Comprimidos devem estar completamente lisos.

• 2° Xarope: Soluções de açúcar contendo um corante são aplicadas até tamanho e cor final adequada.

• 3° Xarope: Fase de acabamento, podem ser aplicadas algumas camadas de xarope claro.

Page 84: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acabamento e coloração final

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Objetivo

• Obter o brilho desejado.

Princípio

• Polimento dos comprimidos em bacias de revestimento polidas ou em bacias de polimento revestidas com telas de lona por aplicação de cera em pó (Cera de abelha ou carnaúba) ou de soluções aquecidas dessas ceras em éter de petróleo ou outros solventes voláteis adequados.

Page 85: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Impressão

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• Máquina especial de impressão de FF Sólidas.

• Pode ser:

– Baixo-relevo: Imprimir o símbolo abaixo da superfície.

– Alto-relevo: Símbolo fica acima da superfície.

– Impressão gravada: Símbolo é talhado na superfície durante a produção.

Page 86: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Equipamentos

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Sistema de Bacia Convencional

Sistema com Bacias Perfuradas

Page 87: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Principais funções:

- proteção, assegurando a conservação até o momento da utilização;

- funcionalidade, sendo esta direcionada para facilitar o uso do medicamento;

- identificação e informação, por meio de rotulagem, bula, lote entre outros

(LEHIR, 1997)

Page 88: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Armazenamento em frascos fechados, em locais de baixa umidade e protegidos de temperaturas extremas;

• Produtos propensos a decomposição por umidade: frascos com dessecante

• Fármacos afetados pela luz: recipiente resistente à luz

Page 89: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Acondicionamento

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• Embalagem unitária: blíster em alumínio ou papel revestido com polietileno

• Embalagem múltipla: em tubos, frascos de vidro, polietileno ou PVC

• Podem conter gel de sílica para evitar a umidade

Page 90: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Controle de Qualidade

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• Vide Comprimidos Revestidos

• Peso médioPesa-se individualmente 20 drágeas e determina-se o peso médio.

Não mais que 2 unidades fora dos limites tabelados, em relação ao peso médio.

Nenhuma acima ou abaixo do dobro do % de variação indicado.

Drágeas e comprimidos

revestidos

Até 25,0 mg ± 15,0%

Entre 25,0 e 150,0 mg ± 10,0%

Entre 150,0 e 300,0 mg ± 7,5%

Acima de 300,0 mg ± 5,0%

Page 91: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Exemplos de Medicamentos

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• Neosaldina® - Dipirona

sódica, mucato de isometepteno, cafeína

• Buscopan - Brometo de N-

butilescopolamina

Page 92: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Bacias de revestimento – Aço Inoxidável, 1m de diâmetro com controle de velocidade, 2 a 3 bicos para atomização de ar, com orifício para líquido de 1 a 1,5 mm de diâmetro. Pressão de ar = 30 a 40 psig.

• Núcleos dos comprimidos: 55 a 70Kg de comprimidos com 9,5mm de diâmetro, convexos.

1) Materiais e Equipamentos

Page 93: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Iniciar a rotação dos comprimidos a 10 rpm. Acertar o ar de entrada a 30°C.

• Aplicar 3 vezes a solução de Zeína, 800ml por aplicação.

• Esperar 15 a 20 minutos entre as aplicações para assegurar a secagem.

• Caso ocorra aderência aplicar uma quantidade mínima de talco.

2) Processos – Camada Isolante

Page 94: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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Soluções para Camada Isolante Variações da Fórmula (g)

Acetoftalato de Celulose 175

Zeína 480

Ácido Oleíco, USP 60

Propilenoglicol, USP 52,5

Polietilenoglicol 4000 144

Cloreto de Metileno 480 ml 840 ml

Álcool a 95° qs Qs 2,4 l Qs 1,75 l

Page 95: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Desligar o aquecimento e a entrada de ar. Usar exclusivamente a extração de ar. Começar a rotação a 10rpm.

• Aplicar 3 a 9 revestimentos. Usar 1,5 l da solução aquecida de gelatina/acácia para o primeiro revestimento. Reduzir as quantidade subsequentes, observando a redução das arestas. A espessura é avaliada pela variação de volume.

• Aguardar pelo menos 20 minutos entre revestimentos para permitir secagem adequada. Adicionar o pó de enchimento até que os comprimidos rolem livremente.

• Após aplicação da última camada, agitar por 2 a 4 horas na bacia, assegurando a secagem.

2) Processos – Enchimento

Page 96: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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Soluções de Enchimento Variações na Fórmula

Gelatina 60g 5,4kg 60g

Acácia 60g 2,7kg 450g 60g

Açúcar de Cana 1500g 53,7g

Xarope de Glicose 450g 1500g

Xarope, USP 3,785 l

Água destilada 1,0 l 44,3kg 1,0l

Page 97: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Remover o excesso de poeira numa bacia antes de iniciar o processo. Desligar exaustão de ar. Ajustar a entrada de ar para temperatura de exaustão entre 45-48°C. Ajustar a velocidade para 12 rpm.

• Aplicar 5 a 15 revestimentos do xarope de enchimento em quantidade estritamente suficiente para molhar o leito.

• Aplicar vários revestimentos com xarope espesso corado de forma semelhante até volume de núcleo específico.

• Desligar o aquecimento e reduzir a entrada e exaustão de ar.

• Aplicar vários revestimentos de solução de xarope comum corado até aspecto cristalizado.

2) Processos – Camada Alisante/Corante

Page 98: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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Pós de enchimento Variações na Fórmula

Caulino 225kg

Dextrina 112kg 185kg

Cacau em Pó 60kg

Carbonato de Cálcio Precipitado 480kg

Açúcar de cana em pó 4,1kg 112kg 240kg

Acácia em pó 0,12kg

Amido de Milho 1,35kg

Talco, USP 0,23kg

Page 99: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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Soluções de Xarope Xarope deenchimento

Xaropes Espessos Xaropes Comuns

Corante qs qs qs qs qs Qs

Pó de enchimento 22,7kg

Carbonato de Cálcio leve

7,75kg

Açúcar de cana em pó

136kg 22,7kg 2,73kg 181kg 85g 1,2kg

Amido de Milho 1,36kg

Xarope, USP 22,7l 3,785 l 256kg

Água destilada 76kg q.s. 100 ml

1,0 l

Page 100: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Garantir que a bacia se encontre limpa.

• Usar a bacia com aquecimento desligado, não fornecer ar e a exaustão deve estar num valor mínimo. Velocidade da bacia em 12 rpm.

• Aplicar rapidamente 3 ou 4 revestimentos de xarope comum corado.

• Os últimos podem ser aplicados sem corante.

• Desligar o ar de exaustão antes da aplicação da última camada. Aplicar o último revestimento, misturar uniformemente e desligar a bacia com os núcleos úmidos. Agitar o conteúdo frequentemente, deixando-os secar lentamente.

2) Processos – Acabamento

Page 101: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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• Em bacia com revestimento de tecido.

• Fornecimento de ar, exaustão e aquecimento desligados. Velocidade de 12 rpm.

• Aplicar 3 ou 4 revestimentos com solução de polimento aquecida, aproximadamente 300ml por aplicação.

• Deixar o solvente evaporar completamente entre aplicações.

2) Processos – Polimento

Page 102: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Formulações

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Soluções de Polimento Variações da Fórmula

Cera de Carnaúba Amarela 0,09kg 10g

Cera Branca de Abelha 0,09kg 90g

Parafina Sólida 0,02kg

Éter de Petróleo 3,785l 1,0l

Page 103: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Questões

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• 1. Cite os objetivos do revestimento e drageamento de comprimidos.

• 2. Construa um organograma com as etapas do processo de produção de comprimidos revestidos.

• 3. Explique as etapas de produção de drágeas.• 4. Cite e explique as diferentes formas de liberação dos

comprimidos revestidos.• 5. A liberação dos princípios ativos de uma forma

farmacêutica de liberação modificada está condicionada a características físico-químicas da formulação e fisiológicas do organismo, cite e explique essas características e sua influência sobre a liberação do fármaco.

Page 104: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Referências

• ALLEN, L. V; et al. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 9. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2013.

• PRISTA, L. N; et al. Tecnologia Farmacêutica. 6. ed. Vol. I. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 2003.

• LACHMAN, L; et al. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica. 1. ed. Vol. II. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 2001.

• HICKEY, A. J; GANDERTON, D. Pharmaceutical Process Engineering. Vol. 112. Drugs and the Pharmaceutical Sciences. Marcel Dekker: New York, 2001.

• FLORENCE, A. T; ATTWOOD, D. Physicochemical Principles ofPharmacy. 1. ed. Pharmaceutical Press: London, 2006.

• STORPIRTIS, S; et al. Biofarmacotécnica. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2011.

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Page 105: Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas

Comprimidos Revestidos e Drágeas

Alessandra MadrilDaniela Schmalfuss

Guilherme Becker

Universidade Federal de PelotasCentro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos

Curso de FarmáciaTecnologia Farmacêutica I